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Noções de Arquivologia Prof.: Charlley Luz Aula especial para as turmas de Biblioteconomia da FESPSP em alusão ao dia do bibliotecário 12/03/13

Noções de Arquivologia

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apresentação com os princípios arquivísticos

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Noções  de  Arquivologia  

Prof.:  Charlley  Luz  

Aula  especial  para  as  turmas  de  Biblioteconomia  da  FESPSP  em  alusão  ao  dia  do  bibliotecário  

12/03/13  

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A  escrita  é  filha  da  Arquivologia,  assim  como  a  Arquivologia  é  filha  da  escrita.    O  desenvolvimento  da  escrita  surge  da  necessidade  de  registro  de  a9vidades  administra9vas.    

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Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

Arquivologia  =  Arquivís9ca    Ciência  /  Disciplina  /  Técnica    

   

Tem  por  objePvo  o  conhecimento  dos  arquivos  e  das  teorias,  métodos  e  

técnicas  a  serem  observados  na  sua  consPtuição,  

organização,  desenvolvimento  e  

uPlização.    

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Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

 “conjunto  de  documentos  que,  independente  da  natureza  ou  do  suporte,  são  reunidos  por  acumulação  ao  longo  das  aPvidades  de  pessoas  Ssicas  ou  jurídicas,  públicas  ou  privadas”    

                   DTA  06  

Arquivo    

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Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

“Arquivo  são  os  conjuntos  de  documentos  PRODUZIDOS  e  RECEBIDOS  por  órgãos  públicos,  ins9tuições  de  caráter  público  e  en9dades  privadas,  em  decorrência  do  exercício  de  a9vidades  específicas,  bem  como  por  pessoa  Ssica,  qualquer  que  seja  o  suporte  da  informação  ou  a  natureza  dos  documentos”      (Lei  no  8.159,  de  08-­‐01-­‐1991.  Art.  2o)    

 

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arquivo  1  Conjunto  de  documentos  produzidos  e  acumulados  por  uma  enPdade  colePva,  pública  ou  privada,  pessoa  ou  família,  no  desempenho  de  suas  aPvidades,  independentemente  da  natureza  do  suporte.  Ver  também  fundo.    2  InsPtuição  ou  serviço  que  tem  por  finalidade  a  custódia,  o  processamento  técnico,  a  conservação  e  o  acesso(1)  a  documentos.    3  Instalações  onde  funcionam  arquivos(2).    4  Móvel  desPnado  à  guarda  de  documentos.  

Cuidado:  É  um  termo  polissêmico  

Fonte:  DICIONÁRIO  BRASILEIRO  DE  TERMINOLOGIA  ARQUIVÍSTICA  

Arquivo  

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A  natureza  dos  arquivos  é  administra9va,  é  jurídica,  é  informacional,  é  probatória,  é  orgânica,  é  serial,  é  concnua,  é  cumula9va.    A  soma  de  todas  estas  caracterísPcas  faz  do  arquivo  uma  insPtuição  única  e  inconfundível”    (BELLOTTO,  2005)    

 

Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

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A  principal  finalidade  do  arquivo  é  servir  à  ADMINISTRAÇÃO,  consPtuindo-­‐se,  com  o  decorrer  do  tempo,  em  base  do  conhecimento  da  HISTÓRIA.      

Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

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 DOCUMENTO    Unidade  de  registro  de  informações,  em  qualquer  suporte  ou  formato  -­‐  suscenvel  de  consulta,  estudo,  prova  e  pesquisa.      INFORMAÇÃO    Elemento  referencial,  noção,  idéia  ou  mensagem  conPdos  em  um  documento.      SUPORTE    Material  no  qual  são  registradas  as  informações.      

Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

DOCUMENTO  =  SUPORTE  +  INFORMAÇÃO    

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SUPORTE      •  Material  sobre  o  qual  as  informações  são  registradas    

•  Ex:  Fita  magnéPca,  película  filmográfica,  papel,  pergaminho,  papiro  etc    

Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    

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Conceitos  Fundamentais  de  Arquivologia    DOCUMENTO  de  ARQUIVO    Informação  registrada  produzida  e  manPda  por  uma  insPtuição  ou  pessoa  ao  longo  de  suas  aPvidades  administraPvas,  com  valor  de  prova.  São  fortemente  ancorados  nos  princípios  da  proveniência,  da  organicidade,  unicidade  e  da  indivisibilidade.  

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Processos

Entrada: materiais, serviços e

informações

Saída: materiais, serviços e

informaçõesAgregação de valor

Atividade fim

Atividade meio

O  caráter  orgânico  do  Arquivo  

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Biblioteca  e  arquivo  

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Semelhanças  controle  bibliográfico  e  arquivísPco    

         Por  conta  da  proximidade  das  áreas,  o  controle  bibliográfico  e  arquivísPco  guardam  semelhanças  e  diferenças,  as  quais  HAGEN  (1998)  apresentou.    

           As  semelhanças  seriam:    •  a)  a  permissão  da  exploração  da  documentação  por  parte  tanto  de  

catálogos  bibliográficos  quanto  de  instrumentos  arquivísPcos  de  referência;    

•  b)  a  consciência  da  necessidade  de  descrever  tanto  os  elementos  Ssicos  quanto  os  intelectuais;    

•  c)  o  “dilema  comum  da  busca  de  informação”,  onde  quem  faz  o  instrumento  está  em  vantagem  em  relação  ao  pesquisador  quanto  à  disponibilidade  dos  dados  acerca  do  material  descrito.  

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Diferenças  controle  bibliográfico  e  arquivísPco    

•  a)  as  caracterís9cas  Ssicas  e  intelectuais  entre  livros  e  documentos  de  arquivo,  pois  livros  são  preparados  para  serem  descritos  e  divulgados,  sendo  unidades  com  ctulo,  autor  e  assunto  definidos,  enquanto  os  arquivos  são  o  resultado  de  uma  a9vidade,  sendo  conjuntos  de  documentos  que  não  podem  ser  definidos  por  um  assunto  ou  autor;    

•  b)  os  pesquisadores  desses  acervos  apresentam  necessidades  informacionais  disPntas.  A  busca  de  informação  bibliográfica  é  em  geral  mais  específica  do  que  a  arquivísPca,  baseada  principalmente  em  informações  contextuais.  

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Documentos Não  ArquivísPcos:  Informação  não  orgânica  

•  Documentação  promocional  não  solicitada  e  sem  interesse  para  o  desPnatário;  

•  Legislação  de  interesse  geral;  •  Manuais  de  procedimentos  para  o  cumprimento  de  

preceitos  legais;  •  Normas  de  redação;  •  Recortes  de  periódicos  sobre  assuntos  de  interesses  

diversos;  •  Modelos  de  preenchimento  de  formulários;  •  Textos  usados.  

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CaracterísPcas  dos  Arquivos  

Os  documentos  NÃO  são  objeto  de  COLEÇÃO  (escolha  ar9ficial)  e  sim  da  acumulação  natural,  no  decurso  de  a9vidades  administra9vas.    

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A  classificação  aplicada  a  cada  arquivo  respeitara  as  par9cularidades  da  insPtuição  produtora.  Não  há  um  arranjo  pré-­‐  estabelecido.      

CaracterísPcas  dos  Arquivos  

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Princípios  ArquivísPcos    •  Os   princípios   arquivísPcos   consPtuem   o   marco   principal   da   diferença  

entre  a  arquivísPca  e  as  outras  ciências  documentárias.  São  eles:  

–  Princípio  da  Proveniência  –  Princípio  da  Organicidade  –  Princípio  da  Unicidade  –  Princípio  da  Indivisibilidade  ou  integridade  –  Princípio  da  CumulaPvidade  

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Princípio  da  Proveniência:    

Arquivos  originários  de  uma   ins9tuição  ou  de  uma   pessoa   devem   manter   a   respecPva  individualidade,   dentro   de   seu   contexto  orgânico   de   produção,   não   devendo   ser  mesclados  a  outros  de  origem  disPnta.  

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Aplicação:  AutenPcidade  é  a  manutenção  da  integridade  do  fundo  de  arquivo.  Desde  que  se  entenda  que  a  Imparcialidade  diz  respeito  à  verdade  administra:va  dos  documentos,  ou  seja,  ao  fato  de  os  documentos  consPtuírem-­‐se  num  reflexo  fiel  das  a9vidades  desenvolvidas,  vê-­‐se  que  a  

AutenPcidade  depende  da  manutenção  dessa  Imparcialidade.  

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Princípio  da  Organicidade:    

         As  relações  administra9vas  orgânicas  se  refletem  nos  conjuntos  documentais.  A  

organicidade  é  a  qualidade  segundo  a  qual  os  arquivos  espelham  a  estrutura,  funções  e  

a9vidades  da  enPdade  produtora  /  acumuladora  em  suas  relações  internas    e  externas.  

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Aplicação:  A  Organicidade  do  arquivo  realiza-­‐se  através  da  acumulação  dos  documentos.  A  acumulação,  com  base  em  um  Plano  de  Classificação,  de  modo  correspondente  ao  fluxo  do  desenvolvimento  das  ações,  apresenta  as  relações  existentes  entre  as  funções/a9vidades  /tarefas.    Essa  acumulação  faz  com  que  o  arquivo  reflita,  no  

seu  todo,  a  missão  realizada.  

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Princípio  da  Unicidade:    

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Unicidade  -­‐  “não  obstante  forma,  gênero,  Ppo  ou  suporte,  os  documentos  de  arquivo  conservam  seu  caráter  único,  em  função  do  contexto  em  que  foram  produzidos”.  (BELLOTTO,  2002,  p.  21).  Ou  seja,  documentos  duplicados  não  são  necessariamente  o  mesmo.  

Aplicação:    

UNICIDADE  DO  DOCUMENTO    ·∙  o  documento  produzido  em  mais  de  uma  via  ou  cópia  terá  apenas  uma  delas  preservadas.    

 UNICIDADE  DA  INFORMAÇÃO    

·∙  a  mesma  informação  conPda  em  mais  de  uma  espécie  documental  determina  a  preservação  de  um  único  exemplar,  observada  a  integralidade  da  informação  e  do  suporte.    

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Princípio  da  Indivisibilidade  ou  integridade:      

 Os  fundos  de  arquivo  devem  ser  preservados  sem  dispersão,  muPlação,  alienação,  destruição  não  autorizada  ou  adição  indevida.    

 

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Aplicação:  A  imparcialidade  dos  documentos  refere-­‐se  à  capacidade  dos  documentos  de  refle9rem  fielmente  as  ações  do  seu  produtor.  Destaca-­‐se  a  verdade  administraPva  do  documento  e  

não  a  verdade  do  seu  conteúdo.  O  moPvo  da  criação  de  um  documento,  independentemente  do  seu  conteúdo  ser  ou  não,  suponhamos,  uma  fraude,  seria  legí9mo  

no  que  se  refere  à  sua  relação  com  as  a9vidades  da  en9dade  que  o  criou.    

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Princípio  da  cumulaPvidade:  

   O  arquivo  é  uma  formação  progressiva,  

natural  e  orgânica  

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Os  itens  documentais  de  um  arquivo  não  são  escolhidos  previamente  para  serem  acumulados,  eles  se  acumulam  à  medida  

que  são  produzidos.  Mas  uma  boa  CumulaPvidade  se  realiza  quando  os  documentos  são  organizados  de  acordo  com  o  

desenvolvimento  das  ações;  

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O  Conselho  Internacional  de  Arquivos,  ao  editar  a  norma  para  descrição  de  arquivos  -­‐  ISAD(G),  indica  procedimentos  baseados  nos  princípios  arquivís:cos  sem  determinar  uma  estrutura  fixa  de  organização  ou  estabelecer  códigos  e  Mtulos.  Cada  arquivo  merecerá  sempre  uma  análise,  planejamento  e  tratamento  próprios  à  sua  conformação.  

Cada  arquivo  é  único  

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CaracterísPcas  próprias  dos  arquivos  

Os  princípios  arquivísPcos  estabelecem  três  caracterís9cas  intrínsecas  ao  arquivo  que  podem  ser  assim  designadas:      

•   a  singularidade  do  produtor  do  arquivo,    •   a  filiação  dos  documentos  às  ações  que  promovem  a  missão  definida  e  •   a  dependência  dos  documentos  dos  seus  pares.  

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Teoria  das  Três  Idades    

         A  teoria  das  três  idades  corresponde  à  sistemaPzação  do  ciclo  vital  dos  documentos  de  arquivo.  É  uma  denominação  que  corresponde  ao  uso  dos  documentos.  

 

37  Giorgione  (  Itália,  1477-­‐1510)  óleo  sobre  tela  Palazzo  PiP,  Galleria  PalaPna,    Florença.  

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Ciclo  de  Vida  das  Informações  Arquivís9cas  

1ª Idade 2ª Idade 3ª Idade Arquivos correntes

Arquivos de gestão

Arquivos vivos Arquivos ativos

Arquivos intermediários

Arquivos semi-ativos Pré-arquivo

Arquivos permanentes

Arquivos inativos Arquivos definitivos Arquivos históricos

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Arquivo Corrente Arquivo Intermediário

Arquivo Permanente

Valor Primário Primário Secundário

Acesso Restrito aos acumuladores

Restrito aos acumuladores ou com

autorização

Aberto

Conservação Física Centralizada ou Descentralizada

Centralizada Centralizada

Justificativa de conservação

Apoio às atividades cotidianas

Razões administrativas, legais ou fiscais

Pesquisa, administrativa

Volume 100% Sensível diminuição 5-10% do total acumulado

Localização física Próxima ao acumulador Fora do setor de trabalho

Instituição arquivística

Processamento Técnico

Classificação, temporalidade

Temporalidade Arranjo, descrição

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A criação ou recepção dos documentos

Proveniência interna Proveniência externa

Arquivos Correntes Possibilidade de

uso alta Conservação nos setores

Avaliação e Eliminação

Arquivo Intermediário Possibilidade de

uso decrescente Depósito

centralizado

Eliminação e Arranjo

transferência

Recolhimento Arquivo

Permanente Valor Secundário

Depósito Centralizado 5 a 10%

O ciclo de vida dos documentos e os arquivos

.

Orgânico

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