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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - SUPEL

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - SUPEL Produzido por: Equipe Os Concurseiros de Rondônia – OSCR. WWW.OSCONCURSEIROSDERONDONIA.COM.BR WWW.EDITORAATUALIZAJURIS.COM.BR WWW.ATUALIZAJURIS.COM.BR

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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INTRODUÇÃO

Por que resolvemos criar uma apostila e distribuir de graça?

Quando começamos a estudar para concursos públicos nós não sabíamos como estudar, qual o material nos levaria até a aprovação de forma mais rápida. Fomos por muitas vezes enganados com apostilas compradas em bancas de revistas e outras.

Foi então que resolvemos criar nossa própria apostila, para auxiliar o nosso estudo para os concursos que fomos fazendo. Já tivemos algumas aprovações, então queremos difundir a nossa “técnica” de estudar para aqueles que estão começando tenha a oportunidade de adiantar os estudos e obter a tão sonhada aprovação.

Esta apostila vem para auxiliar nos seus estudos, sentimos em falar, mas só com ela não é suficiente. Bem sabemos que para se preparar para concursos precisamos treinar bastante, sendo assim, você concurseiro (a) deverá procurar resolver o número maior de questões da banca FUNCAB.

Nossa sugestão:

1) Leia está apostila de 3 a 5 vezes; 2) Resolva em torno de 10 a 20 provas da FUNCAB; e

Observação: De importância para as matérias básicas - português, informática e história e geográfia de Rondônia. Tendo em vista que elas farão a diferença na sua aprovação. Embora, nós, a princípio não vamos fazer apostilas dessas matérias.

Vocês seguindo a nossa sugestão é certa aprovação. Não tem jeito é INEVITÁVEL! Acredite em você, mesmo que tudo apareça que não vai dar certo. Caso não tenha concentração em casa, procure imediatamente uma biblioteca, pois, “biblioteca é o jardim dos sonhos” de um estudante.

Lembrando que como diz o professor Wilber: “O suor que hoje jás do seu rosto, servirá de refrigero para sua alma amanhã”, pois, por mais longe que possa parecer estar uma data um dia ela chegará e não importará se estará preparado ou não, ela chegará. Então que você e nós possamos estarmos preparados para o dia de nossa vitória que já foi decretada.

Visite sempre a nossas páginas, lá tem muita motivação para não deixar você olhar para baixo, mas, sim para o ALVO.

Seu sucesso é o nosso sucesso.

“Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.” Provérbios 22:29.

EQUIPE DOS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA!

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PORTO VELHO 31/03/2014

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CONHECIMENTOS BÁSICOS

Língua Portuguesa:

1. Compreensão de textos. 2. Denotação e conotação. 3. Ortografia: emprego das letras e acentuação

gráfica. 4. Sinais de Pontuação. 5. Classes de palavras esuas flexões. 6. Coletivos. 7. Verbos: conjugação, emprego dos tempos,

modos e vozes verbais. 8. Concordâncias: nominal e verbal. 9. Regências: nominal e verbal. 10. Emprego do acento indicativo da crase. 11. Colocação dos pronomes. 12. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia,

paronímia, polissemia e figuras de linguagem. 13. Funções sintáticas de termos e de orações. 14. Processos sintáticos: subordinação e

coordenação. 15. Redação Oficial.

Informática Básica:

1. Ambiente operacional Windows (95/98/ME/2000/XP).

2. Fundamentos do Windows, operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho, trabalho com pastas e arquivos, localização de arquivos e pastas, movimentação e cópia de arquivos, pastas, criação e exclusão de arquivos e pastas, compartilhamentos e áreas de transferência; Configurações básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano e protetor de tela; Windows Explorer. Ambiente Intranet e Internet.

3. Conceito básico de Internet e Intranet e utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à Internet.

4. Principais navegadores. 5. Ferramentas de busca e pesquisa. 6. Processador de textos. 7. MS Office 2003/2007/XP . Conceito s básicos.

Criação de documentos. Abrir e salvar documentos. Digitação. Edição de textos.

Estilos. Formatação. Tabelas e tabulações. Cabeçalho e rodapé. Configuração de página. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. Planilha Eletrônica.

8. MS Office 2003/2007/XP – Excel. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Estilos. Formatação. Fórmulas e funções. Gráficos. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. Correio eletrônico. Conceitos básicos. Formatos de mensagens. Transmissão e recepção de mensagens. Catálogo de endereços. Arquivos anexados. Uso dos recursos. Ícones. Atalhos de teclado.

9. Segurança da Informação. Cuidados relativos à segurança e sistemas antivírus.

História e Geografia de Rondônia:

1. A formação do estado de Rondônia. 2. Povoamento da Bacia Amazônica: período

colonial. 3. Capitania de Mato Grosso. 4. Principais ciclos econômicos. 5. Projetos de colonização. 6. Tratados e limites. 7. Antecedentes da criação do estado. 8. Primeiros núcleos urbanos. 9. Criação dos municípios. 10. Evolução político administrativa. 11. Desenvolvimento econômico. 12. Transportes rodoviário, ferroviário, marítimo e

aéreo. 13. População. 14. Movimentos migratórios. 15. Processo de urbanização. 16. Questão indígena. 17. Desenvolvimento sustentável. 18. Relevo Vegetação. 19. Desmatamento. 20. Hidrografia. 21. Aspectos econômicos. 22. Meso e micro regiões. 23. Problemas ecológicos.

Noções de Administração Pública:

1. O paradigma do cliente na gestão pública. 2. As trajetórias de conceitos e práticas relativas

ao servidor público. 3. Ética, organização e cidadania. 4. Comunicação na gestão pública. 5. Lei Complementar Estadual nº 68/92 - Estatuto dos

Servidores Públicos do Estado de Rondônia.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:

1 - Conceito de Constituição;

2 - classificação das constituições;

3 - Princípios Fundamentais da República Federativa do

Brasil (arts. 1º ao 4º da Constituição Federal);

4 - Direitos e Garantias Fundamentais (arts. 5º ao 17 da

Constituição Federal);

5 - tutela constitucional das liberdades: hábeas corpus,

hábeas data, mandado de segurança e mandado de

injunção;

6 - organização político-administrativa (arts. 18 a 35 da

Constituição Federal);

7 - administração pública (arts. 37 ao 43 da

Constituição de 1988);

8 - Poder Executivo ( arts. 76 ao 91 da Constituição

Federal).

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO:

1. Conceito de administração pública sob os aspectos orgânico, formal e material;

2. fontes do Direito Administrativo: doutrina e jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos, estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais, costumes.

3. Princípios da administração pública; 4. administração pública direta e indireta (órgãos

e entidades. Centralização e descentralização da atividade administrativa do Estado.

5. Empresas públicas e sociedades de economia mista. Autarquias e fundações públicas);

6. agentes públicos . 7. Empregados públicos. 8. Disciplina constitucional dos agentes públicos. 9. atos administrativos (validade, características,

classificação, revisão e extinção); 10. poderes da administração pública; 11. bens públicos (regime jurídico, classificação e

regime de uso).

NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA.

1. Arquivística: princípios e conceitos. 2. Legislação arquivística. 3. Gestão de documentos. 4. Protocolos: recebimento, registro, distribuição,

tramitação e expedição de documentos. 5. Classificação de documentos de arquivo. 6. Arquivamento e ordenação de documentos de

arquivo. 7. Tabela de temporalidade de documentos de

arquivo. 8. Acondicionamento e armazenamento de

documentos de arquivo. 9. Preservação e conservação de documentos de

arquivo .

NOÇÕES DE LICITAÇÕES E CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS:

1. Licitações e contratos de acordo com a Lei nº. 8.666/93;

2. 10.520/02 e suas alterações.

INFORMAÇÕES

VAGAS 15* (2) def.

DATA DA PROVA 11/05/2014

REMUNERAÇÃO R$ 900,00

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Apostila de Direito Administrativo – Noções básicas –

SUPEL – Agente Administrativo

1 - Conceito de administração pública sob os aspectos

orgânico, formal e material;

2 - fontes do Direito Administrativo: doutrina e

jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos,

estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais,

costumes.

3 - Princípios da administração pública;

4 - administração pública direta e indireta (órgãos e

entidades. Centralização e descentralização da atividade

administrativa do Estado.

5 - Empresas públicas e sociedades de economia mista.

Autarquias e fundações públicas);

6 - agentes públicos .

7 - Empregados públicos.

8 - Disciplina constitucional dos agentes públicos.

9 - atos administrativos (validade, características,

classificação, revisão e extinção);

10 - poderes da administração pública;

11 - bens públicos (regime jurídico, classificação e regime de

uso).

“Para se alcançar o sucesso não é preciso ser brilhante, é

preciso está focado”.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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1. Administração Pública

Em sentido amplo, Administração Pública envolve

os órgãos de governo (que exercem função política) e os

órgãos e pessoas jurídicas (que exercem função meramente

administrativa).

Em sentido estrito, por conseguinte, Administração

Pública só envolve os órgãos que exercem função

meramente administrativa e de execução dos programas de

governo.

Por outro lado, Administração Pública em sentido

formal, subjetivo ou orgânico é o conjunto de órgãos,

pessoas jurídicas e agentes constituídos para a consecução

dos fins do Governo, não importando a atividade que

exerçam (em regra, desempenham função administrativa)

envolvendo a Administração Direta e Indireta. O Brasil adota

o critério formal de Administração Pública.

Pode também a Administração Pública apresentar-

se em sentido material, objetivo ou funcional que nada

mais é do que o conjunto de atividades administrativas

executadas pelo Estado por meio de seus órgãos e agentes.

2. Direito Administrativo

2.1 Conceito

Ramo do Direito Público que rege a organização e o

exercício das atividades do Estado voltadas para a satisfação

do interesse público.

2.2 Fontes

Os textos administrativos, no Brasil, não estão

codificados em um só corpo de lei, ao contrário, estão

espalhados na Constituição, em diversas leis ordinárias e

complementares. Por conseguinte, quatro são as principais

fontes norteadoras do direito administrativo:

a) Lei: principal fonte do ramo administrativo; fonte

primária; a gênese do direito administrativo; Ex:.

Constituição Federal;

b) Jurisprudência: representada pelas reiteradas

decisões judiciais em um mesmo sentido; fonte secundária;

c) Doutrina: conjunto de ideias, teses do direito

positivo emanadas dos estudiosos do direito; fonte

secundária;

d) Costumes: conjunto de práticas habituais

observadas de forma uniforme por determinado grupo que

as considera obrigatórias; só é relevante para o direito

administrativo quando influenciam na criação de

jurisprudências; menos que fonte secundária, sendo

meramente fonte indireta.

e) Regulamentos: Os regulamentos são atos

administrativos que se destinam a especificar os comandos

da lei ou fornecer situações que ainda não foram

disciplinadas por lei. O regulamento não pode modificar a

lei, mas apenas explicá-la. Quando o regulamento tem por

objetivo explicar a lei (regulamento de execução) terá que se

ater ao que a lei contém; já quando o regulamento se

destinar a prover situações que não foram contempladas por

lei (regulamento autônomo) não poderá invadir a lei.

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f) Regimentos: São atos administrativos normativos

destinados a reger o funcionamento dos órgãos da

Administração, e atinge aquelas pessoas que estão

vinculadas à atividade regimental.

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5163227.pdf

g) Instruções: São as ordens gerais que visam explicar

o modo e forma de execução do serviço público, expedidas

por um superior hierárquico com finalidade de orientar o

desempenho das atribuições pelos subordinados.

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h) Tratado internacional: É um acordo formal e

escrito, celebrado entre Estados e/ou organizações

internacionais. Tem por finalidade produzir efeitos na ordem

jurídica de direito internacional. Por ser um acordo,

pressupõe manifestação de vontade bilateral ou multilateral.

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i) Estatuto: É um regulamento que determina ou

estabelece norma. Pode ser definido como um conjunto de

normas jurídicas que regulamenta o funcionamento de uma

pessoa jurídica, quer seja uma sociedade, uma associação ou

uma fundação.

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3. Princípios

Proposições básicas, diretrizes primordiais que

condicionam as estruturações subsequentes. Encontram-se

explícita ou implicitamente no texto da Carta Magna e não

existe hierarquia entre tais princípios.

3.1 Princípio da Supremacia do Interesse Público

Princípio implícito, no qual se presume que toda

atuação do Estado seja pautada no interesse da coletividade,

e uma vez que, havendo confronto entre interesse individual

e o coletivo (público), este deve prevalecer.

Todavia, assim como todos os princípios jurídicos,

este princípio não é dotado de caráter absoluto. Ex:.

Cláusulas Pétreas, artigo 60, § 4° da CF.

3.2 Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público

Os bens e interesses públicos são indisponíveis,

visto que, não pertencem à Administração Pública, nem tão

pouco aos administradores e agentes públicos. Razão esta

que o interesse público não pode ser objeto de disposição,

sendo a Administração Pública mera gestora dos bens e

interesses públicos.

3.3 Princípio da Legalidade

Presente nos mais diversos ramos do direito; é

postulado basilar, o qual expressa à ideia de que a

Administração Pública só pode atuar quando exista lei que o

determine, diferentemente do que ocorre para os

particulares que podem praticar quaisquer atos que a lei não

proíba.

3.4 Princípio da Moralidade

Exigência de atuação ética dos agentes da

Administração Pública. Diferente da moral comum (distinção

entre o bem e o mal), a moralidade administrativa é jurídica

(probidade e boa fé), podendo ainda ser passível de

invalidação e podendo acarretar penalidades dispostas no

Código de ética do servidor público ou na Lei 8.429/92

quando acarretar atos de improbidade administrativa.

3.5 Princípio da Impessoalidade

Impõe tratamento isonômico aos administrados,

bem como atuação neutra dos agentes públicos (concurso

público/licitação).

Ainda nesta vertente, a Administração pública deve

visar ao interesse da coletividade, sendo vedado assim, que

ocorra a promoção pessoal de agente público por meio das

realizações da Administração Pública (serviços/obras).

3.6 Princípio da Publicidade

Exigência de publicação em órgão oficial, pois,

enquanto não publicado o ato administrativo não está apto

para produzir efeitos.

Outro aspecto que se pode abordar é também a

exigência de transparência na atuação administrativa,

gerando assim amplo controle da Administração Pública

pelos administrados.

3.7 Princípio da Eficiência

Foi incluído no texto constitucional através da

Emenda Constitucional 19/98 que impõe à Administração

Pública uma atuação com presteza e perfeição, sendo

aplicável a toda atividade administrativa de todos os

Poderes e de todas as esferas da Federação.

Desta forma, o administrador deve procurar a

solução que melhor atenda ao interesse público, deve

analisar os custos e benefícios e maximizar o

aproveitamento dos recursos públicos.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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3.8 Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade

A Administração Pública deve atuar de forma

razoável, ou seja, os limites que alcançam sua conduta

devem se apresentar dentro dos padrões e limites normais

de aceitabilidade no seio da sociedade.

Por outro lado, o princípio da proporcionalidade,

segundo concepção majoritária, representa uma das

vertentes da própria razoabilidade, respeitando o binômio

adequação e necessidade, exigindo assim, proporcionalidade

entre os meios utilizados e os fins objetivados.

3.9 Princípio da Autotutela

A Administração Pública tem o poder-dever de

controlar seus próprios atos, não havendo necessidade de

provocação, podendo assim agir de ofício.

Pode a Administração revogar um ato

administrativo legal em razão da conveniência e

oportunidade, ou anular um ato administrativo em virtude

de certa ilegalidade. Observar súmulas 346 e 473 do STF.

3.10 Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos

Os serviços públicos por serem de vital importância

para o Estado não podem ser interrompidos, sendo sua

observância de cunho obrigatório não somente para toda

Administração Pública como também para os particulares

que estejam incumbidos de prestarem serviços públicos sob

o regime de delegação.

4 Organização da Administração Pública:

administração Direta e Indireta

Integram a Federação brasileira os entes federados

(entidades políticas) que possuem competência para editar

leis, sendo no Brasil: União/Estado/Distrito

Federal/Municípios – Administração Direta; Bem como

também integram a Federação as entidades administrativas:

Autarquias/Fundações Públicas/Empresas

Públicas/Sociedades de Economia Mista – Administração

Indireta, que não legislam, tão somente executam as leis

editadas pelas pessoas políticas.

“Vale salientar que órgãos são centros de

competência instituídos para o desempenho de funções

estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à

pessoa jurídica a que pertencem” (Hely Lopes Meirelles).

Têm como principais características: a) destituição

de personalidade jurídica; b) expressam a vontade da

entidade que pertencem; c) dotados de competências ou

atribuições específicas; d) meios ou instrumentos de ação

das pessoas jurídicas;

Em contrapartida, Ente ou Entidades são dotados

de personalidade jurídica própria os diferenciando

significamente de órgãos que a este pertencem.

4.1 Noções de centralização, descentralização e

desconcentração

A centralização ocorre quando o Estado executa

suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos e agentes

integrantes da Administração Direta.

A descentralização, por outro lado, ocorre quando

o Estado desempenha algumas de suas tarefas através de

outras pessoas, ou seja, indiretamente, delegando certas

atribuições a terceiros, o que pressupõe a existência de duas

pessoas distintas: o Estado e a entidade que executará o

serviço.

A descentralização pode se apresentar de duas

formas, sendo por outorga/serviço – em virtude de lei que

atribui ou autoriza que outra pessoa execute e detenha a

titularidade do serviço, ou por delegação/colaboração –

quando um contrato ou ato unilateral atribui a outra pessoa

à execução do serviço, porém, não sua titularidade que

continua sendo do Estado.

A figura da desconcentração ocorre de maneira

exclusiva dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, trata-se

meramente de uma técnica administrativa de distribuição

interna dentro de uma só pessoa jurídica com intuito de

tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

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5. Administração Direta

Como conceituado anteriormente, Administração

Direta é o conjunto de órgãos que compõe as pessoas

políticas do Estado, que concomitantemente é titular e

executora do serviço público, que editam as leis, que tem

sua competência de agir caracterizado pela centralização, no

qual o Estado age diretamente sem intervenção de terceiros,

sendo composta pela União, Estados o Distrito Federal e

Municípios.

5.1 Administração Indireta

Conjunto de pessoas jurídicas que vinculadas à

Administração Direta executam as atividades

administrativas, que têm sua competência caracterizada

pela descentralização, no qual o Estado delega a terceiros a

execução de serviços, sendo resguardada a titularidade que

continua pertencendo ao Estado.

Integram a Administração Indireta a Autarquia,

Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de

Economia Mista. A seguir breves comentários sobre cada

espécie de entidades.

5.1.1 Autarquia

Pessoa jurídica de direito público interno, criada por

lei específica, e extinta, pelo princípio do paralelismo,

também por lei específica.

A responsabilidade civil é objetiva (necessidade

econômica de repara dano independe de falta de serviço ou

culpa do agente, bastando tão somente à existência do

dano), artigo 37, § 6° da CF.

Com relação aos terceiros as Autarquias expedem

verdadeiros atos administrativos, passíveis desta forma de

serem impugnados por Mandado de Segurança.

A licitação é obrigatória para compras, alienações,

concessões, permissões e locações.

A contratação de pessoal depende de concurso

público, e seus servidores são regidos pelo regime jurídico

único.

O patrimônio das Autarquias é considerado bem

público, logo, inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis.

As autarquias possuem imunidade tributária e

privilégios processuais na Fazenda Pública, e quando

federais terão seus litígios processados e julgados na Justiça

Federal (artigo 109, I da CF).

Alguns exemplos de Autarquias: Instituto Nacional

de Seguro Social – INSS; Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária – INCRA.

5.1.2 Fundações Públicas

Não se podem confundir primeiramente Fundações

Públicas pertencentes à Administração Indireta, com as

fundações privadas, uma vez que, estas são criadas por ato

de vontade de um particular, a partir de um patrimônio

privado e visando um fim que não o público.

As Fundações Públicas de direito privado (fundação

governamental), a lei apenas autoriza sua criação, sujeitam-

se a um regime jurídico híbrido, ou seja, em parte reguladas

por normas de direito privado e em outras por normas de

direito público. Não possuem privilégios processuais, e tão

pouco, imunidades tributárias. Devem obedecer a Lei

8.666/93 quanto às licitações e seus empregados regidos

pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Em outro prisma, as Fundações Públicas de direito

público, são uma espécie de autarquia sendo autorizadas

por lei, com finalidade específica não lucrativa e de cunho

social; assistência médica e hospitalar; educação e ensino;

pesquisa e; atividades culturais.

É obrigatória a licitação em todas as situações,

respeitando-se os parâmetros da Lei 8.666/93.

A responsabilidade civil, assim como no caso das

Autarquias é objetiva, como disposto no artigo 37, § 6° da

CF.

Seus bens por estarem afetados pelo serviço

público não podem ser penhorados, respeitando assim, a

continuidade da prestação do serviço público.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 10/23

Seus agentes devem ser selecionados pela

realização de concurso público e abarcados pelo regime

jurídico único.

As fundações Públicas por serem instituídas e

mantidas pelo Poder Público, conforme artigo 150, § 2° da

CF, são alcançadas pelo princípio da imunidade tributária e

doravante pelas prerrogativas que a ordem jurídica atribui às

Autarquias.

Quando de natureza federal, as Fundações Públicas

terão seus litígios processados e julgados na Justiça Federal

(artigo 109, I da CF).

5.1.3 Empresas Públicas

Pessoa jurídica de direito privado, integrante da

Administração Indireta, tendo sua criação autorizada por lei

específica, sob qualquer forma jurídica, com capital

exclusivamente público e podendo explorar atividades

econômicas ou prestar serviços públicos.

Quando exploradoras de atividades econômicas as

Empresas Públicas não fazem jus à imunidade tributária

recíproca; sua atividade se sujeita predominantemente ao

regime de direito privado; não se sujeitam ao artigo 37, § 6°

da CF, ou seja, não se sujeitam à responsabilidade civil

objetiva; seus bens não se enquadram como públicos.

Em sentido oposto, quando as Empresas Públicas

prestarem serviços públicos suas atividades se sujeitam ao

regime de direito público.

Diferentemente das Empresas Públicas que

exploram atividades econômicas, estas por prestarem

serviços públicos podem gozar de privilégios fiscais

exclusivos e fazem jus à imunidade tributária recíproca.

A contratação de pessoal deve ser precedida de

concurso público, artigo 37, II da CF, todavia, serão regidos

pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Os seus bens são considerados públicos, portanto,

sujeitos ao regime de direito público.

O respeito às regras de licitação e contratos (Lei

8.666/93) deve ser integral, uma vez que, prestam serviços

públicos.

Não estão sujeitas a falência como bem prevê o

artigo 2°, I da Lei 11.101/2005.

Sujeitas ao artigo 37, §6° da CF, isto é, a elas se

aplicam as regras da responsabilidade civil objetiva.

Quando federais terão seus pleitos processados e

julgados na Justiça Federal, ou seja, gozam de foro

privilegiado, artigo 109, I da CF.

Exemplo de Empresa Pública exploradora de serviço

público: Caixa Econômica Federal – CEF; prestadora de

serviço público: Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social – BNDES.

5.1.4 Sociedades de Economia Mista

Pessoa jurídica de direito privado, autorizada por lei

específica, sua forma jurídica é a modalidade de sociedade

anônima (unicamente), tendo seu capital social formado por

capitais públicos e privado (mistos), sendo, porém, o

controle acionário da pessoa política instituidora ou de

entidade da respectiva Administração Indireta, podendo por

fim explorar atividades econômicas ou prestar serviços

públicos.

Quando exploradoras de atividades econômicas as

Sociedades de Economia Mista não fazem jus à imunidade

tributária recíproca; sua atividade se sujeita

predominantemente ao regime de direito privado; não se

sujeitam ao artigo 37, § 6° da CF, ou seja, não se sujeitam à

responsabilidade civil objetiva; seus bens não se enquadram

como públicos.

Contudo, quando em sentido contrário, ou seja,

quando prestadoras de serviços públicos, as Sociedades de

Economia Mista quanto se sujeitam ao regime de direito

público.

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Diferentemente das Sociedades de Economia Mista

que exploram atividades econômicas, estas por prestarem

serviços públicos podem gozar de privilégios fiscais

exclusivos e fazem jus à imunidade tributária recíproca.

A contratação de pessoal deve ser precedida de

concurso público, artigo 37, II da CF, todavia, serão regidos

pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Os seus bens são considerados públicos, portanto,

sujeitos ao regime de direito público.

O respeito às regras de licitação e contratos (Lei

8.666/93) deve ser integral, uma vez que, prestam serviços

públicos.

Não estão sujeitas a falência como bem prevê o

artigo 2°, I da Lei 11.101/2005.

Sujeitas ao artigo 37, §6° da CF, isto é, a elas se

aplicam as regras da responsabilidade civil objetiva.

Quando federais terão seus pleitos processados e

julgados na Justiça Federal, ou seja, gozam de foro

privilegiado, artigo 109, I da CF.

Exemplos de Sociedades de Economia Mista

exploradoras de atividades econômicas: Banco do Brasil S/A

– BB; Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás; prestadora de

serviço público: SABESP.

6 Agentes Públicos

São todos aqueles que, de forma definitiva ou

meramente transitória, executam uma função pública

proposta pelo Estado.

6.1 Classificação

Vamos adotar a classificação proposta pelo mestre

Hely Lopes Meirelles, que separa os agentes públicos em

cinco grupos distintos:

a) Agentes Políticos: integrantes dos mais altos

escalões do Poder Público, possuindo vínculo político e

responsáveis pela elaboração das diretrizes de atuação

governamental com funções de direção, orientação e

supervisão geral da Administração Pública. Ex:. Juízes;

Deputados.

b) Agentes Administrativos: São aqueles que exercem

uma atividade pública de natureza profissional e

remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime

jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem.

Podem ser subdivididos em: servidores públicos – agentes

administrativos sujeitos a regime jurídico-administrativo

(estatutários); empregados públicos – ocupantes de

empregos públicos sujeitos a regime jurídico contratual

trabalhista (celetistas); temporários – são aqueles

contratados por um tempo determinado visando atender

necessidade de excepcional interesse público.

c) Agentes Honoríficos: São os cidadãos convocados

para prestarem, transitoriamente, serviços específicos ao

Estado sem remuneração, não possuindo também vínculo

profissional com a Administração Pública. Ex:. mesários

eleitorais; jurados do Tribunal do Júri.

d) Agentes Delegados: Particulares que recebem uma

incumbência específica para executar uma atividade, obra

ou serviço público por sua conta e risco, em nome próprio e

sob a fiscalização permanente do poder delegante. Ex:.

concessionários; permissionários; leiloeiros.

e) Agentes credenciados: também particulares que

recebem a incumbência específica para representar à

Administração em determinado ato ou atividade específica,

mediante remuneração do poder credenciante. Ex:. um

artista consagrado que fosse incumbido oficialmente de

representar o Brasil em um congresso internacional sobre

proteção da propriedade intelectual.

6.2 Cargo e função

Cargo público é o conjunto de atribuições e

responsabilidades previstas na estrutura organizacional que

devem ser cometidas a um servidor e remuneração fixadas

em lei ou diploma a ela equivalente. Pode-se classificar o

cargo ainda em: efetivo: providos por concurso público;

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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regime estatutário; estabilidade. Em comissão: livre

nomeação e exoneração; transitório; relação de confiança.

Vitalícios: maior garantia de permanência; somente podem

perder o cargo por meio de sentença transitada em julgado.

Quanto à expressão função pública, pode-se definir

como conjunto de atribuições às quais não corresponde um

cargo ou emprego. Na Carta Magna estão previstas duas

espécies: artigo 37, IX (exercida por servidores contratados

temporariamente); artigo 37, V (funções de confiança, sendo

ocupadas somente por quem possui cargo efetivo).

OBS: Importante à leitura da Lei 8.112/90!!!

7 Empregados Públicos

Em outro prisma, a expressão emprego público

nada mais é de que a relação jurídica entre os ocupantes de

emprego e o Estado por meio de contrato regida pela

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Segue a Lei 9.962/2000 que disciplina o regime de

emprego público do pessoal da Administração Federal

Direta, autárquica e fundacional.

LEI No 9.962, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2000.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário.

§ 1o Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a transformação dos atuais cargos em empregos.

§ 2o É vedado:

I – submeter ao regime de que trata esta Lei:

a) (VETADO)

b) cargos públicos de provimento em comissão;

II – alcançar, nas leis a que se refere o § 1o, servidores regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações.

§ 3o Estende-se o disposto no § 2o à criação de empregos ou à transformação de cargos em empregos não abrangidas pelo § 1o.

§ 4o (VETADO)

Art. 2o A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego.

Art. 3o O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será rescindido por ato unilateral da Administração pública nas seguintes hipóteses:

I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;

II – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

III – necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da Constituição Federal;

IV – insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.

Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos previstos no caput as contratações de pessoal decorrentes da autonomia de gestão de que trata o § 8o do art. 37 da Constituição Federal.

Art. 4o Aplica-se às leis a que se refere o § 1o do art. 1o desta Lei o disposto no art. 246 da Constituição Federal.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de fevereiro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

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8 Disciplina constitucional dos agente públicos

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(PARTE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)

Art. 39. A U/E/D.F/M instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2º A U/E/D.F manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; [MACETE: EDUSAÚ, TRANSMOLA, VESPRE, ALIHI] VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; ; XIII - duração do trabalho normal não + 8 hs diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º); XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a + do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120d; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 5d XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

§ 5º Lei da U/E/D.F/M poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 7º Lei da U/E/D.F/M disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da U/E/D.F/M, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. ; § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

II - compulsoriamente, aos 70a de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo -10a de efetivo exercício no serviço público e 5a no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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a) 60a de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55a de idade e 30 de contribuição, se mulher;

b) 65a de idade, se homem, e 60a de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ; I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; ; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; ; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; ; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; ; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. ; § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I portadores de deficiência;

II que exerçam atividades de risco;

III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5a, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de

que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus

proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: III

- voluntariamente, desde que cumprido tempo -10a de efetivo

exercício no serviço público e 5a no cargo efetivo em que se dará

a aposentadoria, observadas as seguintes condições: ; a) 60a de

idade e 35 de contribuição, se homem, e 55a de idade e 30 de

contribuição, se mulher;

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ; I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; ; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; ; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; ; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; ; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. ; § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

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Art. 37, XI: Ninguém pode ganhar além que:

União = STF

executivo: Governado

Estado = Legislativo: Deputados Estaduais e DF.

Judiciário: Desembargadores do TJ, 90,25%.

Municipal: Prefeito

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

§ 14 - A U/E/D.F/M, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo P.E, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por LC. ; § 1° A LC de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. ; § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. ; § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela U/E/D.F/M, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. ; § 4º LC disciplinará a relação entre a U/E/D.F/M, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. ; § 5º A LC de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. ; § 6º A LC a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os

requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.

Art. 142. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

Art. 41. São estáveis após 3a de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

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II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de LC, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Seção III DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO D.F E DOS TERRITÓRIOS

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos E/D.F/T.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do D.F e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

Art. 14. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar -10a de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar +10a de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Art. 40. § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. Art. 142. § 2º - Não caberá "HC" em relação a punições disciplinares militares. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei; III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de 2a de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei;IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do

oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade +2a, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; [Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a + do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120d; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 5d; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5a de idade em creches e pré-escolas;; Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da U/E/ D.F/M obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da U/E/D.F/M, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no D.F, o subsídio mensal do Governador no âmbito do P.E, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do P.L e o subsídio dos Desembargadores do T.J, limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, no âmbito do PJ, aplicável este limite aos membros do M.P, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;] IX - RVEC 41/03 X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos E/D.F/T aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.

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9 Atos Administrativos

O conceito de ato administrativo segundo o mestre

Hely Lopes Meirelles é “toda manifestação unilateral de

vontade da Administração Pública que, agindo nessa

qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,

transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor

obrigações aos administrados ou a si própria”.

Figura em contrassenso quanto ao ato

administrativo é o fato administrativo que segundo a

renomada autora Maria Sylvia Di Pietro considera fatos

administrativos “eventos da natureza, não decorrentes de

manifestação ou declaração humana, que produzam efeitos

no âmbito do direito administrativo, a exemplo da morte de

um servidor”.

9.1 Validade e eficácia

Quanto à figura da validade do ato administrativo,

tem-se quando este se encontra em total conformidade com

o ordenamento jurídico, não contendo assim nenhuma

irregularidade, tão pouco, ilegalidade.

No que tange ao aspecto da eficácia, esta se

apresenta quando o ato já está disponível para a produção

de seus efeitos próprios, não dependo assim de eventos

posteriores.

9.2 Atos Vinculados e Discricionários

Atos vinculados são os atos que a Administração

Pública pratica sem nenhuma margem de liberdade de

decisão, uma vez que, a própria lei se encarregou de

estabelecer os limites de atuação do agente público, não

existindo margem para apreciação da oportunidade e

conveniência do ato a ser praticado.

Em sentido antagônico, apresentam-se os atos

discricionários que são aqueles que a Administração pratica

com certa liberdade de escolha, nos limites da lei, quanto ao

seu conteúdo, modo de realização, sua oportunidade e

conveniência administrativas.

9.3 Classificação

9.3.1 atos gerais e individuais

Atos gerais são aqueles dirigidos a pessoas

indeterminadas, ou seja, não possuem destinatários

determinados; ex:. portaria.

Atos individuais, por sua vez, são aqueles dirigidos a

destinatários determinados, certos, produzindo diretamente

seus efeitos concretos; ex:. nomeação.

9.3.2 atos internos e externos

Atos internos são aqueles destinados a produzir

efeitos somente no âmbito da Administração, tipicamente

operacional, normalmente não exigindo publicação oficial,

mas tão somente ciência ao destinatário; ex:. portaria de

remoção de servidor.

Atos externos, em contrapartida, são aqueles que

atingem os administrados em geral, devendo, portanto ser

publicados em órgão oficial; ex:. nomeação de candidatos

aprovados em concurso público.

9.3.3 atos simples, complexo e composto

Atos simples são aqueles que decorrem de uma

única manifestação de vontade de uma pessoa ou de um

órgão, simples ou colegiado; ex:. multa de trânsito.

Atos complexos são aqueles que necessitam da

manifestação de duas ou mais vontades produzidas por mais

de um órgão ou autoridades diferentes; ex:. portarias

conjuntas.

Por fim, os atos compostos são aqueles decorrentes

da manifestação de vontades dentro de um mesmo órgão,

sendo uma principal e a outra secundária; ex:. nomeação do

Procurador-Geral da República que deve ser precedida de

aprovação do Senado Federal.

9.3.4 Atos de império, de gestão e de expediente

Os atos de império são aqueles que a Administração

impõe coercitivamente aos administrados, criando assim

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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obrigações ou restrições para os mesmos; ex:.

desapropriação.

Os atos de gestão são aqueles praticados pela

Administração na qualidade de gestora de seus bens e

serviços e em posição de igualdade com o particular; ex:.

contrato de locação de um bem móvel.

Já os atos de expediente são aqueles internos da

Administração, visando, desta forma dar andamento aos

processos e serviços; atos de rotina; ex:. cadastramento de

processos em sistema informatizado.

9.3.5 Atos constitutivos, extintivos, modificativos e

declaratórios

Atos constitutivos são aqueles em que a

Administração cria, modifica ou extingue direito ou situação

jurídica dos seus administrados; ex:. concessão de licença.

Atos extintivos são aqueles que põem fim a

situações jurídicas individuais existentes; ex:. demissão de

servidor.

Atos modificativos são aqueles que alteram

situações jurídicas preexistentes, contudo, sem provocar a

extinção de direitos e obrigações; ex:. alteração de horários

em uma repartição.

Finalizando, os atos declaratórios são aqueles que a

Administração apenas reconhece um direito que já existia

antes do ato, não criado assim situação jurídica nova; ex:.

licença.

9.3.6 Ato-regra, ato-condição e ato subjetivo

Ato-regra são aqueles que criam situações gerais,

abstratas e impessoais, podendo ser modificados pela

vontade de quem os produziu e sem possibilidade de direito

adquirido; ex:. regulamento.

Ato-condição são aqueles que alguém pratica

incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo de outrem,

debaixo de situações criadas pelos atos-regra; ex:. acordo na

concessão de serviço público.

Em se tratando de atos subjetivos, são aqueles que

criam situações particulares, concretas e pessoais, sendo

imodificáveis pela vontade de apenas uma das partes e

podem gerar direitos adquiridos; ex:. contratos.

9.4 Atributos/características dos atos administrativos

São as qualidades ou características presentes nos

atos administrativos que os diferenciam dos demais atos.

Os principais atributos elencados pela maioria dos

autores são: Presunção de legitimidade; Imperatividade;

Auto-executoriedade; Tipicidade – PITA.

A presunção de legitimidade vislumbra uma

presunção de que os atos administrativos são verdadeiros

(fé pública), legais e legítimos, não dependo de lei expressa

neste sentido.

Vale ressaltar que tal presunção não tem um

condão absoluto ou intocável, pelo contrário, trata-se de

uma presunção relativa (juris tantum), ou seja, admitem

prova em contrário a cargo de quem alega a ilegitimidade.

A imperatividade, por sua vez, traduz-se na

possibilidade de a Administração, de maneira unilateral,

criar obrigações para os administrados que se encontrem em

seu círculo de incidência. Reflete um ato coercitivo. Decorre

do Poder Extroverso do Estado.

A figura da auto-executoriedade permite que o

mesmo seja executado diretamente, ou seja, independe de

prévia autorização judicial para execução do ato.

Importante destacar que para o Professor Celso

Antônio Bandeira de Mello exigibilidade e executoriedade

são figuras distintas. Para o mestre a exigibilidade é

“caracterizada pela obrigação que o administrado tem

quanto ao cumprir o ato”; em contraponto, a

executoriedade “seria a possibilidade de a administração,

praticar o ato, ou compelir direta e materialmente o

administrado a praticá-lo”.

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Por fim, a tipicidade para a renomada autora Maria

Sylvia Di Pietro é “o atributo pelo qual o ato administrativo

deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei

como aptas a produzir determinados resultados”.

9.5 Extinção ou desfazimento dos Atos

Administrativos

Tal fenômeno poderá ser resultante do

reconhecimento da ilegitimidade do ato, ou ainda

simplesmente poderá advir da desnecessidade de existência

do mesmo, denotando sua extinção ou desaparecimento.

Sintetizaremos as principais formas de extinção dos

atos administrativos abarcadas pela maioria dos autores

administrativistas.

a) Renúncia: ocorre quando o beneficiado dispõe, de

maneira facultativa da vantagem que lhe foi concedida. Ex:.

dono de banca de jornal que abre mão da permissão de uso

de bem público concedida.

b) Cumprimento de seus efeitos ou extinção natural:

decorre do cumprimento normal dos efeitos de determinado

ato. Ex:. concessão de férias.

c) Desaparecimento do sujeito ou extinção subjetiva:

ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou

do ato. Ex:. permissão, uma vez que, a morte do

permissionário extingue o ato em questão.

d) Desaparecimento do objeto ou extinção objetiva:

ocorre quando o objeto sobre o qual recai o ato desaparece.

Ex:. bem tombado que desaparece em virtude de um

terremoto.

e) Contraposição ou derrubada: extinção do ato

decorrente da prática de um outro ato administrativo

oposto ao primeiro. Ex:. exoneração que extingue a

nomeação.

f) Caducidade: extinção do ato em decorrência de

uma lei não mais permitir a prática de determinado ato.

g) cassação: extinção do ato em razão do beneficiário

deixar de cumprir os requisitos para a exigência da

manutenção do ato e de seus efeitos. Não deixa de ser uma

forma de sanção ao particular beneficiado. Ex:. um

restaurante que teve seu alvará cassado em virtude da falta

de higiene.

h) Anulação: deve ocorrer quando existir vício no ato

no que tange à legalidade. Pode ser realizado pela

Administração (autotutela) ou pelo Poder Judiciário

(ilegalidade). Seus efeitos são retroativos (ex tunc), ou seja,

retroagem seus efeitos ao momento da prática do ato.

Contudo, os eventuais efeitos já produzidos perante

terceiros de boa fé, anteriores à data de anulação, não serão

desfeitos, sendo assim resguardados. Vale ressaltar que o

artigo 54 da Lei 9.784/99 prevê um prazo de 5 cinco anos

para anulação de atos administrativos ilegais, independente

do vício, ressalvado os casos de má-fé.

i) Revogação: em outro diapasão, ocorre quando um

ato válido é retirado do mundo jurídico por razões de

conveniência e oportunidade – portanto – sendo um critério

discricionário e realizável somente pela Administração

Pública. Seus efeitos, diferentemente do que ocorre na

anulação seus efeitos são prospectivos (ex nunc), ou seja,

para frente, devendo, por conseguinte, serem respeitados os

direitos adquiridos.

Alguns atos são insuscetíveis de revogação como

são os casos dos atos consumados (já exauriram seus

efeitos); atos vinculados (não comportam juízo de

oportunidade e conveniência); atos que já geraram direitos

adquiridos; atos que integram um procedimento; atos

complexos;

9.6 Quadro Diferenciador: Anulação X Revogação

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

Sujeito

Competente

Administração /

Judiciário

Administração

Motivo Ilegalidade Conveniência /

Oportunidade

Efeitos Ex tunc,

retroagem

Ex nunc, não

retroagem

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9.7 Convalidação

Processo no qual a Administração Pública procura

aproveitar atos administrativos com vícios superáveis,

podendo confirmá-los no todo ou em parte, se aplicando a

atos nulos ou anuláveis, sendo seus efeitos retroativos (ex

tunc).

Na esfera federal, o artigo 55 da Lei 9.784/99, assim

preceitua:

Artigo 55. Em decisão na qual se evidencie não

acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a

terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis

poderão ser convalidados pela própria Administração. (grifo

nosso).

Quanto aos vícios de legalidade, enquadram-se

como defeitos sanáveis: a) vício relativo à competência; b)

vício de forma.

Vale mencionar que a revisão de um ato

administrativo decorre do princípio da autotutela em que à

Administração Pública tem o dever de anular seus próprios

atos que eivados de vícios de legalidade.

10 Poderes Administrativos

Na visão de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,

pode-se conceituar poderes administrativos como “o

conjunto de prerrogativas de direito que a ordem jurídica

confere aos agentes administrativos para o fim de permitir

que o Estado alcance seus fins”.

10.1 Poder Hierárquico

É o poder conferido ao agente público para

organizar/escalonar a estrutura da Administração e fiscalizar

a atuação de seus subordinados. O poder hierárquico é

ainda irrestrito, permanente e automático.

Vale destacar que não há hierarquia entre pessoas

jurídicas diferentes, estando presente a subordinação

(interna) somente no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.

Não podemos olvidar do termo vinculação (externa)

que existe entre a Administração direta e as entidades da

indireta, em que não há hierarquia, mas, tão somente o

chamado controle finalístico, tutela administrativa ou

supervisão.

10.2 Poder Disciplinar

É um poder-dever conferido a Administração

Pública para aplicação de sanções decorrente da prática de

infrações funcionais.

Importante mencionar que somente as pessoas

detentoras de algum vínculo jurídico específico com o

Estado é que podem ser alcançadas pelo poder disciplinar.

Como Regra geral, a doutrina hodiernamente,

aponta o poder disciplinar como de exercício discricionário,

todavia, esta discricionariedade se dá somente quanto à

escolha ou graduação da penalidade, uma vez que, não

existe discricionariedade quanto ao de ver de punir o

infrator.

Vale ressaltar também que, o ato de aplicar

penalidade deve ser sempre motivado e assegurado a todos

os envolvidos o direito ao contraditório e a ampla defesa

(artigo 5º, LV, CF).

10.3 Poder Regulamentar

Em sentido amplo, é o poder conferido ao agente

público para expedição de atos normativos gerais e

abstratos.

Já em sentido restrito, é o poder conferido ao Chefe

do Poder Executivo para editar atos administrativos

normativos, tendo seu exercício se materializado quando der

fiel execução às leis por meio de tais atos.

Pode-se dividir a figura do decreto em:

a) decretos de execução: artigo 84, IV da CF; regras

jurídicas gerais, abstratas e impessoais; atos normativos

secundários;

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b) decretos autônomos ou independentes:

prerrogativa de editar regulamentos diretamente derivados

da Constituição Federal; atos primários. Podem ser:

externos – normas dirigidas a todos os cidadãos; internos –

dizem respeito à organização, competência e funcionamento

da Administração Pública.

10.4 Poder de Polícia

No entendimento de Vicente Paulo e Marcelo

Alexandrino, poder de polícia “é o poder de que dispõe a

Administração Pública para condicionar ou restringir o uso

de bens e o exercício de direitos ou atividades pelo

particular, em prol do bem-estar da coletividade”.

Interessante conceito quanto ao poder de polícia

expresso no artigo 78 do Código Tributário Nacional:

Artigo 78. Considera-se poder de polícia a atividade

da administração pública que, limitando ao disciplinando

direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou

abstenção de fato, em razão de interesse público

concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes,

à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de

atividades econômicas de pendentes de concessão ou

autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao

respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

Polícia

Administrativa

Polícia Judiciária

Caráter preventivo; Caráter repressivo;

Exercido pelas autoridades

administrativas e polícias;

Exercido pela polícia civil e

militar;

Atua sobre bens, direitos e

atividades;

Atua sobre pessoas;

Age sobre ilícitos

administrativos;

Age sobre ilícitos penais;

O poder de polícia é exercitado por meio de atos

administrativos que deve está pautado dentro dos limites

estabelecidos pela lei, sendo observadas pela Administração

a necessidade, proporcionalidade e eficácia.

Não existem sanções de polícia administrativa que

impliquem detenção ou reclusão de pessoas, visto que esta

atua sobre bens, pessoas e atividades.

De forma tradicional a doutrina aponta três

atributos do poder de polícia: CAD – coercibilidade: medidas

que podem ser impostas pela Administração ao

administrado, inclusive mediante o emprego de força; Auto-

executoriedade: possibilidade da Administração de executar

seus atos diretamente, ou seja, sem necessidade de prévia

autorização judicial; Discricionariedade: razoável liberdade

de atuação no que tange a valoração da oportunidade e

conveniência de sua prática. Há, no entanto, exceções. Ex:.

licença para construção em terreno próprio; exercício de

uma profissão; Em tais casos, quando atendidos os pré-

requisitos legais pelo particular, estes atos tornam-se

vinculados.

Não se pode deixar de destacar o prazo

prescricional das ações punitivas decorrentes do exercício do

poder de polícia que é de 5 (cinco anos), de acordo com a

Lei 9.873/99, objetivando apurar infrações à legislação em

vigor, contados a partir da prática do ato, ou em se tratando

de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver

cessado.

Figura importante que vale a pena destacar, o

abuso de poder na escorreita visão do mestre Hely Lopes

Meirelles “ocorre quando a autoridade, embora competente

para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições

ou se desvia das finalidades administrativas”.

Pode-se dividir o abuso de poder em duas espécies:

a) excesso de poder: ocorre quando o agente público

atua fora dos limites de sua esfera de competência

administrativa; Ex:. Presidente da república institui um

imposto através de decreto.

b) desvio de poder ou desvio de finalidade: ocorre

quando o agente público, embora dentro dos limites de sua

esfera de competência, contraria finalidade expressa na lei

que autorizou ou determinou a sua atuação. Ex:.

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desapropriação de imóvel de desafeto com o fim de

prejudicá-lo.

Importante frisar que, todos os atos praticados com

abuso de poder são nulos – devendo ser declarados pela

Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.

11 Bens Públicos

11.1 Regime jurídico

É caracterizado pela – inalienabilidade: não é

absoluta, visto que, o art. 101 do CC estabelece que “os bens

públicos dominicais podem ser alienadas observadas as

exigências da lei”. Excetuados os bens de uso comum e

especiais que são inalienáveis como disposto no art. 100 do

CC. Imprescritibilidade: os bens públicos são imprescritíveis

e insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião, art. 102

do CC. Impenhorabilidade: os bens públicos são

impenhoráveis visto que devem estar disponíveis para que o

Estado possa desenvolver normalmente suas atividades.

Impende destacar também que a execução contra o Estado

é feita mediante precatórios, art. 100 CFRB. Não-

onerabilidade: os bens públicos não poderão ser objeto de

penhor, hipoteca ou anticrese.

11.2 Classificação

11.2.1 Quanto à titularidade

Podem ser da União; Estados; DF; Municípios –

U/E/DF/T;

11.2.2 Quanto à destinação

A) Uso comum do povo: pode ser utilizado por

qualquer um do povo; ex:. rios; mares;

B) Uso especial: Destinados à execução de serviços

públicos. Ex:. quartéis, escolas públicas;

C) Uso dominical: Não tem destinação específica (bens

desafetados); ex:. prédios públicos desativo; terras

devolutas;

Segue os artigos 98-103 do CC que se referem aos

bens públicos abordados logo acima:

CAPÍTULO III

Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

11.2.3 Quanto à disponibilidade

A) Bens indisponíveis por natureza: Não podem

alienados ou mesmo onerados pelas entidades a que

pertencem; ex:. bem de uso comum do povo;

B) Bens patrimoniais indisponíveis: Nestes o Pode

Público não pode dispor; não podem ser alienados; detém

uma finalidade específica pública de utilização; ex:. bens de

uso especial;

C) Bens patrimoniais disponíveis: Possuem natureza

patrimonial; por se encontrarem desafetados, podem ser

alienados conforme estipulação legal; ex:. bens dominicais;

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Referências bibliográficas:

Alexandrino, Marcelo; Vicente, Paulo – Direito

Administrativo Descomplicado, 18 edição, Forense, São

Paulo, Método, 2010.

Carvalho Filho, José dos Santos – Manual de Direito

Administrativo, 22 edição, Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2009.

Andrade, Flávia Cristina Moura de – Direito

Administrativo, 2 edição, Premier Máxima, São Paulo, 2008.

Produzido por:

Equipe Os Concurseiros de Rondônia – OSCR.

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“Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não a abandones e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento. Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará. Dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará. Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida.” “O que adquire entendimento ama a sua alma; o que cultiva a inteligência achará o bem.” Provérbios 19:8 “O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.” Provérbios 24:5 “Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e dirige no caminho o teu coração.” Provérbios 23:19 “Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição” inferior. Provérbios 22:29 'Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e te fartarás de pão.” Provérbios 20:13 “Há ouro e abundância de rubis, mas os lábios do conhecimento são jóia preciosa.” Provérbios 20:15 “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Provérbios 17:28