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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - SUPEL Produzido por: Equipe Os Concurseiros de Rondônia – OSCR. WWW.OSCONCURSEIROSDERONDONIA.COM.BR WWW.EDITORAATUALIZAJURIS.COM.BR WWW.ATUALIZAJURIS.COM.BR
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 2/23
INTRODUÇÃO
Por que resolvemos criar uma apostila e distribuir de graça?
Quando começamos a estudar para concursos públicos nós não sabíamos como estudar, qual o material nos levaria até a aprovação de forma mais rápida. Fomos por muitas vezes enganados com apostilas compradas em bancas de revistas e outras.
Foi então que resolvemos criar nossa própria apostila, para auxiliar o nosso estudo para os concursos que fomos fazendo. Já tivemos algumas aprovações, então queremos difundir a nossa “técnica” de estudar para aqueles que estão começando tenha a oportunidade de adiantar os estudos e obter a tão sonhada aprovação.
Esta apostila vem para auxiliar nos seus estudos, sentimos em falar, mas só com ela não é suficiente. Bem sabemos que para se preparar para concursos precisamos treinar bastante, sendo assim, você concurseiro (a) deverá procurar resolver o número maior de questões da banca FUNCAB.
Nossa sugestão:
1) Leia está apostila de 3 a 5 vezes; 2) Resolva em torno de 10 a 20 provas da FUNCAB; e
Observação: De importância para as matérias básicas - português, informática e história e geográfia de Rondônia. Tendo em vista que elas farão a diferença na sua aprovação. Embora, nós, a princípio não vamos fazer apostilas dessas matérias.
Vocês seguindo a nossa sugestão é certa aprovação. Não tem jeito é INEVITÁVEL! Acredite em você, mesmo que tudo apareça que não vai dar certo. Caso não tenha concentração em casa, procure imediatamente uma biblioteca, pois, “biblioteca é o jardim dos sonhos” de um estudante.
Lembrando que como diz o professor Wilber: “O suor que hoje jás do seu rosto, servirá de refrigero para sua alma amanhã”, pois, por mais longe que possa parecer estar uma data um dia ela chegará e não importará se estará preparado ou não, ela chegará. Então que você e nós possamos estarmos preparados para o dia de nossa vitória que já foi decretada.
Visite sempre a nossas páginas, lá tem muita motivação para não deixar você olhar para baixo, mas, sim para o ALVO.
Seu sucesso é o nosso sucesso.
“Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.” Provérbios 22:29.
EQUIPE DOS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA!
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PORTO VELHO 31/03/2014
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CONHECIMENTOS BÁSICOS
Língua Portuguesa:
1. Compreensão de textos. 2. Denotação e conotação. 3. Ortografia: emprego das letras e acentuação
gráfica. 4. Sinais de Pontuação. 5. Classes de palavras esuas flexões. 6. Coletivos. 7. Verbos: conjugação, emprego dos tempos,
modos e vozes verbais. 8. Concordâncias: nominal e verbal. 9. Regências: nominal e verbal. 10. Emprego do acento indicativo da crase. 11. Colocação dos pronomes. 12. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia,
paronímia, polissemia e figuras de linguagem. 13. Funções sintáticas de termos e de orações. 14. Processos sintáticos: subordinação e
coordenação. 15. Redação Oficial.
Informática Básica:
1. Ambiente operacional Windows (95/98/ME/2000/XP).
2. Fundamentos do Windows, operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho, trabalho com pastas e arquivos, localização de arquivos e pastas, movimentação e cópia de arquivos, pastas, criação e exclusão de arquivos e pastas, compartilhamentos e áreas de transferência; Configurações básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano e protetor de tela; Windows Explorer. Ambiente Intranet e Internet.
3. Conceito básico de Internet e Intranet e utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à Internet.
4. Principais navegadores. 5. Ferramentas de busca e pesquisa. 6. Processador de textos. 7. MS Office 2003/2007/XP . Conceito s básicos.
Criação de documentos. Abrir e salvar documentos. Digitação. Edição de textos.
Estilos. Formatação. Tabelas e tabulações. Cabeçalho e rodapé. Configuração de página. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. Planilha Eletrônica.
8. MS Office 2003/2007/XP – Excel. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Estilos. Formatação. Fórmulas e funções. Gráficos. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. Correio eletrônico. Conceitos básicos. Formatos de mensagens. Transmissão e recepção de mensagens. Catálogo de endereços. Arquivos anexados. Uso dos recursos. Ícones. Atalhos de teclado.
9. Segurança da Informação. Cuidados relativos à segurança e sistemas antivírus.
História e Geografia de Rondônia:
1. A formação do estado de Rondônia. 2. Povoamento da Bacia Amazônica: período
colonial. 3. Capitania de Mato Grosso. 4. Principais ciclos econômicos. 5. Projetos de colonização. 6. Tratados e limites. 7. Antecedentes da criação do estado. 8. Primeiros núcleos urbanos. 9. Criação dos municípios. 10. Evolução político administrativa. 11. Desenvolvimento econômico. 12. Transportes rodoviário, ferroviário, marítimo e
aéreo. 13. População. 14. Movimentos migratórios. 15. Processo de urbanização. 16. Questão indígena. 17. Desenvolvimento sustentável. 18. Relevo Vegetação. 19. Desmatamento. 20. Hidrografia. 21. Aspectos econômicos. 22. Meso e micro regiões. 23. Problemas ecológicos.
Noções de Administração Pública:
1. O paradigma do cliente na gestão pública. 2. As trajetórias de conceitos e práticas relativas
ao servidor público. 3. Ética, organização e cidadania. 4. Comunicação na gestão pública. 5. Lei Complementar Estadual nº 68/92 - Estatuto dos
Servidores Públicos do Estado de Rondônia.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 4/23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:
1 - Conceito de Constituição;
2 - classificação das constituições;
3 - Princípios Fundamentais da República Federativa do
Brasil (arts. 1º ao 4º da Constituição Federal);
4 - Direitos e Garantias Fundamentais (arts. 5º ao 17 da
Constituição Federal);
5 - tutela constitucional das liberdades: hábeas corpus,
hábeas data, mandado de segurança e mandado de
injunção;
6 - organização político-administrativa (arts. 18 a 35 da
Constituição Federal);
7 - administração pública (arts. 37 ao 43 da
Constituição de 1988);
8 - Poder Executivo ( arts. 76 ao 91 da Constituição
Federal).
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO:
1. Conceito de administração pública sob os aspectos orgânico, formal e material;
2. fontes do Direito Administrativo: doutrina e jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos, estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais, costumes.
3. Princípios da administração pública; 4. administração pública direta e indireta (órgãos
e entidades. Centralização e descentralização da atividade administrativa do Estado.
5. Empresas públicas e sociedades de economia mista. Autarquias e fundações públicas);
6. agentes públicos . 7. Empregados públicos. 8. Disciplina constitucional dos agentes públicos. 9. atos administrativos (validade, características,
classificação, revisão e extinção); 10. poderes da administração pública; 11. bens públicos (regime jurídico, classificação e
regime de uso).
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA.
1. Arquivística: princípios e conceitos. 2. Legislação arquivística. 3. Gestão de documentos. 4. Protocolos: recebimento, registro, distribuição,
tramitação e expedição de documentos. 5. Classificação de documentos de arquivo. 6. Arquivamento e ordenação de documentos de
arquivo. 7. Tabela de temporalidade de documentos de
arquivo. 8. Acondicionamento e armazenamento de
documentos de arquivo. 9. Preservação e conservação de documentos de
arquivo .
NOÇÕES DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS:
1. Licitações e contratos de acordo com a Lei nº. 8.666/93;
2. 10.520/02 e suas alterações.
INFORMAÇÕES
VAGAS 15* (2) def.
DATA DA PROVA 11/05/2014
REMUNERAÇÃO R$ 900,00
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AGENTE ADMINISTRATIVO ATUALIZA JURIS 5/23
Apostila de Direito Administrativo – Noções básicas –
SUPEL – Agente Administrativo
1 - Conceito de administração pública sob os aspectos
orgânico, formal e material;
2 - fontes do Direito Administrativo: doutrina e
jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos,
estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais,
costumes.
3 - Princípios da administração pública;
4 - administração pública direta e indireta (órgãos e
entidades. Centralização e descentralização da atividade
administrativa do Estado.
5 - Empresas públicas e sociedades de economia mista.
Autarquias e fundações públicas);
6 - agentes públicos .
7 - Empregados públicos.
8 - Disciplina constitucional dos agentes públicos.
9 - atos administrativos (validade, características,
classificação, revisão e extinção);
10 - poderes da administração pública;
11 - bens públicos (regime jurídico, classificação e regime de
uso).
“Para se alcançar o sucesso não é preciso ser brilhante, é
preciso está focado”.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 6/23
1. Administração Pública
Em sentido amplo, Administração Pública envolve
os órgãos de governo (que exercem função política) e os
órgãos e pessoas jurídicas (que exercem função meramente
administrativa).
Em sentido estrito, por conseguinte, Administração
Pública só envolve os órgãos que exercem função
meramente administrativa e de execução dos programas de
governo.
Por outro lado, Administração Pública em sentido
formal, subjetivo ou orgânico é o conjunto de órgãos,
pessoas jurídicas e agentes constituídos para a consecução
dos fins do Governo, não importando a atividade que
exerçam (em regra, desempenham função administrativa)
envolvendo a Administração Direta e Indireta. O Brasil adota
o critério formal de Administração Pública.
Pode também a Administração Pública apresentar-
se em sentido material, objetivo ou funcional que nada
mais é do que o conjunto de atividades administrativas
executadas pelo Estado por meio de seus órgãos e agentes.
2. Direito Administrativo
2.1 Conceito
Ramo do Direito Público que rege a organização e o
exercício das atividades do Estado voltadas para a satisfação
do interesse público.
2.2 Fontes
Os textos administrativos, no Brasil, não estão
codificados em um só corpo de lei, ao contrário, estão
espalhados na Constituição, em diversas leis ordinárias e
complementares. Por conseguinte, quatro são as principais
fontes norteadoras do direito administrativo:
a) Lei: principal fonte do ramo administrativo; fonte
primária; a gênese do direito administrativo; Ex:.
Constituição Federal;
b) Jurisprudência: representada pelas reiteradas
decisões judiciais em um mesmo sentido; fonte secundária;
c) Doutrina: conjunto de ideias, teses do direito
positivo emanadas dos estudiosos do direito; fonte
secundária;
d) Costumes: conjunto de práticas habituais
observadas de forma uniforme por determinado grupo que
as considera obrigatórias; só é relevante para o direito
administrativo quando influenciam na criação de
jurisprudências; menos que fonte secundária, sendo
meramente fonte indireta.
e) Regulamentos: Os regulamentos são atos
administrativos que se destinam a especificar os comandos
da lei ou fornecer situações que ainda não foram
disciplinadas por lei. O regulamento não pode modificar a
lei, mas apenas explicá-la. Quando o regulamento tem por
objetivo explicar a lei (regulamento de execução) terá que se
ater ao que a lei contém; já quando o regulamento se
destinar a prover situações que não foram contempladas por
lei (regulamento autônomo) não poderá invadir a lei.
www.livrariagrancursos.com.br/.../Adendo%202_2012090
5163227.pdf
f) Regimentos: São atos administrativos normativos
destinados a reger o funcionamento dos órgãos da
Administração, e atinge aquelas pessoas que estão
vinculadas à atividade regimental.
www.livrariagrancursos.com.br/.../Adendo%202_2012090
5163227.pdf
g) Instruções: São as ordens gerais que visam explicar
o modo e forma de execução do serviço público, expedidas
por um superior hierárquico com finalidade de orientar o
desempenho das atribuições pelos subordinados.
www.livrariagrancursos.com.br/.../Adendo%202_2012090
5163227.pdf
h) Tratado internacional: É um acordo formal e
escrito, celebrado entre Estados e/ou organizações
internacionais. Tem por finalidade produzir efeitos na ordem
jurídica de direito internacional. Por ser um acordo,
pressupõe manifestação de vontade bilateral ou multilateral.
www.livrariagrancursos.com.br/.../Adendo%202_2012090
5163227.pdf
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i) Estatuto: É um regulamento que determina ou
estabelece norma. Pode ser definido como um conjunto de
normas jurídicas que regulamenta o funcionamento de uma
pessoa jurídica, quer seja uma sociedade, uma associação ou
uma fundação.
www.livrariagrancursos.com.br/.../Adendo%202_2012090
5163227.pdf
3. Princípios
Proposições básicas, diretrizes primordiais que
condicionam as estruturações subsequentes. Encontram-se
explícita ou implicitamente no texto da Carta Magna e não
existe hierarquia entre tais princípios.
3.1 Princípio da Supremacia do Interesse Público
Princípio implícito, no qual se presume que toda
atuação do Estado seja pautada no interesse da coletividade,
e uma vez que, havendo confronto entre interesse individual
e o coletivo (público), este deve prevalecer.
Todavia, assim como todos os princípios jurídicos,
este princípio não é dotado de caráter absoluto. Ex:.
Cláusulas Pétreas, artigo 60, § 4° da CF.
3.2 Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
Os bens e interesses públicos são indisponíveis,
visto que, não pertencem à Administração Pública, nem tão
pouco aos administradores e agentes públicos. Razão esta
que o interesse público não pode ser objeto de disposição,
sendo a Administração Pública mera gestora dos bens e
interesses públicos.
3.3 Princípio da Legalidade
Presente nos mais diversos ramos do direito; é
postulado basilar, o qual expressa à ideia de que a
Administração Pública só pode atuar quando exista lei que o
determine, diferentemente do que ocorre para os
particulares que podem praticar quaisquer atos que a lei não
proíba.
3.4 Princípio da Moralidade
Exigência de atuação ética dos agentes da
Administração Pública. Diferente da moral comum (distinção
entre o bem e o mal), a moralidade administrativa é jurídica
(probidade e boa fé), podendo ainda ser passível de
invalidação e podendo acarretar penalidades dispostas no
Código de ética do servidor público ou na Lei 8.429/92
quando acarretar atos de improbidade administrativa.
3.5 Princípio da Impessoalidade
Impõe tratamento isonômico aos administrados,
bem como atuação neutra dos agentes públicos (concurso
público/licitação).
Ainda nesta vertente, a Administração pública deve
visar ao interesse da coletividade, sendo vedado assim, que
ocorra a promoção pessoal de agente público por meio das
realizações da Administração Pública (serviços/obras).
3.6 Princípio da Publicidade
Exigência de publicação em órgão oficial, pois,
enquanto não publicado o ato administrativo não está apto
para produzir efeitos.
Outro aspecto que se pode abordar é também a
exigência de transparência na atuação administrativa,
gerando assim amplo controle da Administração Pública
pelos administrados.
3.7 Princípio da Eficiência
Foi incluído no texto constitucional através da
Emenda Constitucional 19/98 que impõe à Administração
Pública uma atuação com presteza e perfeição, sendo
aplicável a toda atividade administrativa de todos os
Poderes e de todas as esferas da Federação.
Desta forma, o administrador deve procurar a
solução que melhor atenda ao interesse público, deve
analisar os custos e benefícios e maximizar o
aproveitamento dos recursos públicos.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 8/23
3.8 Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade
A Administração Pública deve atuar de forma
razoável, ou seja, os limites que alcançam sua conduta
devem se apresentar dentro dos padrões e limites normais
de aceitabilidade no seio da sociedade.
Por outro lado, o princípio da proporcionalidade,
segundo concepção majoritária, representa uma das
vertentes da própria razoabilidade, respeitando o binômio
adequação e necessidade, exigindo assim, proporcionalidade
entre os meios utilizados e os fins objetivados.
3.9 Princípio da Autotutela
A Administração Pública tem o poder-dever de
controlar seus próprios atos, não havendo necessidade de
provocação, podendo assim agir de ofício.
Pode a Administração revogar um ato
administrativo legal em razão da conveniência e
oportunidade, ou anular um ato administrativo em virtude
de certa ilegalidade. Observar súmulas 346 e 473 do STF.
3.10 Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos
Os serviços públicos por serem de vital importância
para o Estado não podem ser interrompidos, sendo sua
observância de cunho obrigatório não somente para toda
Administração Pública como também para os particulares
que estejam incumbidos de prestarem serviços públicos sob
o regime de delegação.
4 Organização da Administração Pública:
administração Direta e Indireta
Integram a Federação brasileira os entes federados
(entidades políticas) que possuem competência para editar
leis, sendo no Brasil: União/Estado/Distrito
Federal/Municípios – Administração Direta; Bem como
também integram a Federação as entidades administrativas:
Autarquias/Fundações Públicas/Empresas
Públicas/Sociedades de Economia Mista – Administração
Indireta, que não legislam, tão somente executam as leis
editadas pelas pessoas políticas.
“Vale salientar que órgãos são centros de
competência instituídos para o desempenho de funções
estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à
pessoa jurídica a que pertencem” (Hely Lopes Meirelles).
Têm como principais características: a) destituição
de personalidade jurídica; b) expressam a vontade da
entidade que pertencem; c) dotados de competências ou
atribuições específicas; d) meios ou instrumentos de ação
das pessoas jurídicas;
Em contrapartida, Ente ou Entidades são dotados
de personalidade jurídica própria os diferenciando
significamente de órgãos que a este pertencem.
4.1 Noções de centralização, descentralização e
desconcentração
A centralização ocorre quando o Estado executa
suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos e agentes
integrantes da Administração Direta.
A descentralização, por outro lado, ocorre quando
o Estado desempenha algumas de suas tarefas através de
outras pessoas, ou seja, indiretamente, delegando certas
atribuições a terceiros, o que pressupõe a existência de duas
pessoas distintas: o Estado e a entidade que executará o
serviço.
A descentralização pode se apresentar de duas
formas, sendo por outorga/serviço – em virtude de lei que
atribui ou autoriza que outra pessoa execute e detenha a
titularidade do serviço, ou por delegação/colaboração –
quando um contrato ou ato unilateral atribui a outra pessoa
à execução do serviço, porém, não sua titularidade que
continua sendo do Estado.
A figura da desconcentração ocorre de maneira
exclusiva dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, trata-se
meramente de uma técnica administrativa de distribuição
interna dentro de uma só pessoa jurídica com intuito de
tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.
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AGENTE ADMINISTRATIVO ATUALIZA JURIS 9/23
5. Administração Direta
Como conceituado anteriormente, Administração
Direta é o conjunto de órgãos que compõe as pessoas
políticas do Estado, que concomitantemente é titular e
executora do serviço público, que editam as leis, que tem
sua competência de agir caracterizado pela centralização, no
qual o Estado age diretamente sem intervenção de terceiros,
sendo composta pela União, Estados o Distrito Federal e
Municípios.
5.1 Administração Indireta
Conjunto de pessoas jurídicas que vinculadas à
Administração Direta executam as atividades
administrativas, que têm sua competência caracterizada
pela descentralização, no qual o Estado delega a terceiros a
execução de serviços, sendo resguardada a titularidade que
continua pertencendo ao Estado.
Integram a Administração Indireta a Autarquia,
Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista. A seguir breves comentários sobre cada
espécie de entidades.
5.1.1 Autarquia
Pessoa jurídica de direito público interno, criada por
lei específica, e extinta, pelo princípio do paralelismo,
também por lei específica.
A responsabilidade civil é objetiva (necessidade
econômica de repara dano independe de falta de serviço ou
culpa do agente, bastando tão somente à existência do
dano), artigo 37, § 6° da CF.
Com relação aos terceiros as Autarquias expedem
verdadeiros atos administrativos, passíveis desta forma de
serem impugnados por Mandado de Segurança.
A licitação é obrigatória para compras, alienações,
concessões, permissões e locações.
A contratação de pessoal depende de concurso
público, e seus servidores são regidos pelo regime jurídico
único.
O patrimônio das Autarquias é considerado bem
público, logo, inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis.
As autarquias possuem imunidade tributária e
privilégios processuais na Fazenda Pública, e quando
federais terão seus litígios processados e julgados na Justiça
Federal (artigo 109, I da CF).
Alguns exemplos de Autarquias: Instituto Nacional
de Seguro Social – INSS; Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária – INCRA.
5.1.2 Fundações Públicas
Não se podem confundir primeiramente Fundações
Públicas pertencentes à Administração Indireta, com as
fundações privadas, uma vez que, estas são criadas por ato
de vontade de um particular, a partir de um patrimônio
privado e visando um fim que não o público.
As Fundações Públicas de direito privado (fundação
governamental), a lei apenas autoriza sua criação, sujeitam-
se a um regime jurídico híbrido, ou seja, em parte reguladas
por normas de direito privado e em outras por normas de
direito público. Não possuem privilégios processuais, e tão
pouco, imunidades tributárias. Devem obedecer a Lei
8.666/93 quanto às licitações e seus empregados regidos
pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Em outro prisma, as Fundações Públicas de direito
público, são uma espécie de autarquia sendo autorizadas
por lei, com finalidade específica não lucrativa e de cunho
social; assistência médica e hospitalar; educação e ensino;
pesquisa e; atividades culturais.
É obrigatória a licitação em todas as situações,
respeitando-se os parâmetros da Lei 8.666/93.
A responsabilidade civil, assim como no caso das
Autarquias é objetiva, como disposto no artigo 37, § 6° da
CF.
Seus bens por estarem afetados pelo serviço
público não podem ser penhorados, respeitando assim, a
continuidade da prestação do serviço público.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTE ADMINISTRATIVO - SUPEL OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA 10/23
Seus agentes devem ser selecionados pela
realização de concurso público e abarcados pelo regime
jurídico único.
As fundações Públicas por serem instituídas e
mantidas pelo Poder Público, conforme artigo 150, § 2° da
CF, são alcançadas pelo princípio da imunidade tributária e
doravante pelas prerrogativas que a ordem jurídica atribui às
Autarquias.
Quando de natureza federal, as Fundações Públicas
terão seus litígios processados e julgados na Justiça Federal
(artigo 109, I da CF).
5.1.3 Empresas Públicas
Pessoa jurídica de direito privado, integrante da
Administração Indireta, tendo sua criação autorizada por lei
específica, sob qualquer forma jurídica, com capital
exclusivamente público e podendo explorar atividades
econômicas ou prestar serviços públicos.
Quando exploradoras de atividades econômicas as
Empresas Públicas não fazem jus à imunidade tributária
recíproca; sua atividade se sujeita predominantemente ao
regime de direito privado; não se sujeitam ao artigo 37, § 6°
da CF, ou seja, não se sujeitam à responsabilidade civil
objetiva; seus bens não se enquadram como públicos.
Em sentido oposto, quando as Empresas Públicas
prestarem serviços públicos suas atividades se sujeitam ao
regime de direito público.
Diferentemente das Empresas Públicas que
exploram atividades econômicas, estas por prestarem
serviços públicos podem gozar de privilégios fiscais
exclusivos e fazem jus à imunidade tributária recíproca.
A contratação de pessoal deve ser precedida de
concurso público, artigo 37, II da CF, todavia, serão regidos
pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Os seus bens são considerados públicos, portanto,
sujeitos ao regime de direito público.
O respeito às regras de licitação e contratos (Lei
8.666/93) deve ser integral, uma vez que, prestam serviços
públicos.
Não estão sujeitas a falência como bem prevê o
artigo 2°, I da Lei 11.101/2005.
Sujeitas ao artigo 37, §6° da CF, isto é, a elas se
aplicam as regras da responsabilidade civil objetiva.
Quando federais terão seus pleitos processados e
julgados na Justiça Federal, ou seja, gozam de foro
privilegiado, artigo 109, I da CF.
Exemplo de Empresa Pública exploradora de serviço
público: Caixa Econômica Federal – CEF; prestadora de
serviço público: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES.
5.1.4 Sociedades de Economia Mista
Pessoa jurídica de direito privado, autorizada por lei
específica, sua forma jurídica é a modalidade de sociedade
anônima (unicamente), tendo seu capital social formado por
capitais públicos e privado (mistos), sendo, porém, o
controle acionário da pessoa política instituidora ou de
entidade da respectiva Administração Indireta, podendo por
fim explorar atividades econômicas ou prestar serviços
públicos.
Quando exploradoras de atividades econômicas as
Sociedades de Economia Mista não fazem jus à imunidade
tributária recíproca; sua atividade se sujeita
predominantemente ao regime de direito privado; não se
sujeitam ao artigo 37, § 6° da CF, ou seja, não se sujeitam à
responsabilidade civil objetiva; seus bens não se enquadram
como públicos.
Contudo, quando em sentido contrário, ou seja,
quando prestadoras de serviços públicos, as Sociedades de
Economia Mista quanto se sujeitam ao regime de direito
público.
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AGENTE ADMINISTRATIVO ATUALIZA JURIS 11/23
Diferentemente das Sociedades de Economia Mista
que exploram atividades econômicas, estas por prestarem
serviços públicos podem gozar de privilégios fiscais
exclusivos e fazem jus à imunidade tributária recíproca.
A contratação de pessoal deve ser precedida de
concurso público, artigo 37, II da CF, todavia, serão regidos
pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Os seus bens são considerados públicos, portanto,
sujeitos ao regime de direito público.
O respeito às regras de licitação e contratos (Lei
8.666/93) deve ser integral, uma vez que, prestam serviços
públicos.
Não estão sujeitas a falência como bem prevê o
artigo 2°, I da Lei 11.101/2005.
Sujeitas ao artigo 37, §6° da CF, isto é, a elas se
aplicam as regras da responsabilidade civil objetiva.
Quando federais terão seus pleitos processados e
julgados na Justiça Federal, ou seja, gozam de foro
privilegiado, artigo 109, I da CF.
Exemplos de Sociedades de Economia Mista
exploradoras de atividades econômicas: Banco do Brasil S/A
– BB; Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás; prestadora de
serviço público: SABESP.
6 Agentes Públicos
São todos aqueles que, de forma definitiva ou
meramente transitória, executam uma função pública
proposta pelo Estado.
6.1 Classificação
Vamos adotar a classificação proposta pelo mestre
Hely Lopes Meirelles, que separa os agentes públicos em
cinco grupos distintos:
a) Agentes Políticos: integrantes dos mais altos
escalões do Poder Público, possuindo vínculo político e
responsáveis pela elaboração das diretrizes de atuação
governamental com funções de direção, orientação e
supervisão geral da Administração Pública. Ex:. Juízes;
Deputados.
b) Agentes Administrativos: São aqueles que exercem
uma atividade pública de natureza profissional e
remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime
jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem.
Podem ser subdivididos em: servidores públicos – agentes
administrativos sujeitos a regime jurídico-administrativo
(estatutários); empregados públicos – ocupantes de
empregos públicos sujeitos a regime jurídico contratual
trabalhista (celetistas); temporários – são aqueles
contratados por um tempo determinado visando atender
necessidade de excepcional interesse público.
c) Agentes Honoríficos: São os cidadãos convocados
para prestarem, transitoriamente, serviços específicos ao
Estado sem remuneração, não possuindo também vínculo
profissional com a Administração Pública. Ex:. mesários
eleitorais; jurados do Tribunal do Júri.
d) Agentes Delegados: Particulares que recebem uma
incumbência específica para executar uma atividade, obra
ou serviço público por sua conta e risco, em nome próprio e
sob a fiscalização permanente do poder delegante. Ex:.
concessionários; permissionários; leiloeiros.
e) Agentes credenciados: também particulares que
recebem a incumbência específica para representar à
Administração em determinado ato ou atividade específica,
mediante remuneração do poder credenciante. Ex:. um
artista consagrado que fosse incumbido oficialmente de
representar o Brasil em um congresso internacional sobre
proteção da propriedade intelectual.
6.2 Cargo e função
Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que
devem ser cometidas a um servidor e remuneração fixadas
em lei ou diploma a ela equivalente. Pode-se classificar o
cargo ainda em: efetivo: providos por concurso público;
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regime estatutário; estabilidade. Em comissão: livre
nomeação e exoneração; transitório; relação de confiança.
Vitalícios: maior garantia de permanência; somente podem
perder o cargo por meio de sentença transitada em julgado.
Quanto à expressão função pública, pode-se definir
como conjunto de atribuições às quais não corresponde um
cargo ou emprego. Na Carta Magna estão previstas duas
espécies: artigo 37, IX (exercida por servidores contratados
temporariamente); artigo 37, V (funções de confiança, sendo
ocupadas somente por quem possui cargo efetivo).
OBS: Importante à leitura da Lei 8.112/90!!!
7 Empregados Públicos
Em outro prisma, a expressão emprego público
nada mais é de que a relação jurídica entre os ocupantes de
emprego e o Estado por meio de contrato regida pela
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Segue a Lei 9.962/2000 que disciplina o regime de
emprego público do pessoal da Administração Federal
Direta, autárquica e fundacional.
LEI No 9.962, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2000.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário.
§ 1o Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a transformação dos atuais cargos em empregos.
§ 2o É vedado:
I – submeter ao regime de que trata esta Lei:
a) (VETADO)
b) cargos públicos de provimento em comissão;
II – alcançar, nas leis a que se refere o § 1o, servidores regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações.
§ 3o Estende-se o disposto no § 2o à criação de empregos ou à transformação de cargos em empregos não abrangidas pelo § 1o.
§ 4o (VETADO)
Art. 2o A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego.
Art. 3o O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será rescindido por ato unilateral da Administração pública nas seguintes hipóteses:
I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
II – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
III – necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da Constituição Federal;
IV – insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.
Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos previstos no caput as contratações de pessoal decorrentes da autonomia de gestão de que trata o § 8o do art. 37 da Constituição Federal.
Art. 4o Aplica-se às leis a que se refere o § 1o do art. 1o desta Lei o disposto no art. 246 da Constituição Federal.
Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de fevereiro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
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8 Disciplina constitucional dos agente públicos
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(PARTE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
Art. 39. A U/E/D.F/M instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º A U/E/D.F manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; [MACETE: EDUSAÚ, TRANSMOLA, VESPRE, ALIHI] VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; ; XIII - duração do trabalho normal não + 8 hs diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º); XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a + do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120d; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 5d XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 5º Lei da U/E/D.F/M poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
§ 7º Lei da U/E/D.F/M disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da U/E/D.F/M, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. ; § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos 70a de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo -10a de efetivo exercício no serviço público e 5a no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
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a) 60a de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55a de idade e 30 de contribuição, se mulher;
b) 65a de idade, se homem, e 60a de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ; I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; ; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; ; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; ; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; ; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. ; § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I portadores de deficiência;
II que exerçam atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5a, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: III
- voluntariamente, desde que cumprido tempo -10a de efetivo
exercício no serviço público e 5a no cargo efetivo em que se dará
a aposentadoria, observadas as seguintes condições: ; a) 60a de
idade e 35 de contribuição, se homem, e 55a de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ; I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; ; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; ; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; ; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; ; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. ; § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
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Art. 37, XI: Ninguém pode ganhar além que:
União = STF
executivo: Governado
Estado = Legislativo: Deputados Estaduais e DF.
Judiciário: Desembargadores do TJ, 90,25%.
Municipal: Prefeito
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
§ 14 - A U/E/D.F/M, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo P.E, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por LC. ; § 1° A LC de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. ; § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. ; § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela U/E/D.F/M, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. ; § 4º LC disciplinará a relação entre a U/E/D.F/M, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. ; § 5º A LC de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. ; § 6º A LC a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os
requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.
Art. 142. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
Art. 41. São estáveis após 3a de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
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II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de LC, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Seção III DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO D.F E DOS TERRITÓRIOS
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos E/D.F/T.
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do D.F e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
Art. 14. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar -10a de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar +10a de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Art. 40. § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. Art. 142. § 2º - Não caberá "HC" em relação a punições disciplinares militares. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei; III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de 2a de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei;IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade +2a, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; [Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a + do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120d; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 5d; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5a de idade em creches e pré-escolas;; Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da U/E/ D.F/M obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da U/E/D.F/M, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no D.F, o subsídio mensal do Governador no âmbito do P.E, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do P.L e o subsídio dos Desembargadores do T.J, limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, no âmbito do PJ, aplicável este limite aos membros do M.P, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;] IX - RVEC 41/03 X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos E/D.F/T aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
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9 Atos Administrativos
O conceito de ato administrativo segundo o mestre
Hely Lopes Meirelles é “toda manifestação unilateral de
vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria”.
Figura em contrassenso quanto ao ato
administrativo é o fato administrativo que segundo a
renomada autora Maria Sylvia Di Pietro considera fatos
administrativos “eventos da natureza, não decorrentes de
manifestação ou declaração humana, que produzam efeitos
no âmbito do direito administrativo, a exemplo da morte de
um servidor”.
9.1 Validade e eficácia
Quanto à figura da validade do ato administrativo,
tem-se quando este se encontra em total conformidade com
o ordenamento jurídico, não contendo assim nenhuma
irregularidade, tão pouco, ilegalidade.
No que tange ao aspecto da eficácia, esta se
apresenta quando o ato já está disponível para a produção
de seus efeitos próprios, não dependo assim de eventos
posteriores.
9.2 Atos Vinculados e Discricionários
Atos vinculados são os atos que a Administração
Pública pratica sem nenhuma margem de liberdade de
decisão, uma vez que, a própria lei se encarregou de
estabelecer os limites de atuação do agente público, não
existindo margem para apreciação da oportunidade e
conveniência do ato a ser praticado.
Em sentido antagônico, apresentam-se os atos
discricionários que são aqueles que a Administração pratica
com certa liberdade de escolha, nos limites da lei, quanto ao
seu conteúdo, modo de realização, sua oportunidade e
conveniência administrativas.
9.3 Classificação
9.3.1 atos gerais e individuais
Atos gerais são aqueles dirigidos a pessoas
indeterminadas, ou seja, não possuem destinatários
determinados; ex:. portaria.
Atos individuais, por sua vez, são aqueles dirigidos a
destinatários determinados, certos, produzindo diretamente
seus efeitos concretos; ex:. nomeação.
9.3.2 atos internos e externos
Atos internos são aqueles destinados a produzir
efeitos somente no âmbito da Administração, tipicamente
operacional, normalmente não exigindo publicação oficial,
mas tão somente ciência ao destinatário; ex:. portaria de
remoção de servidor.
Atos externos, em contrapartida, são aqueles que
atingem os administrados em geral, devendo, portanto ser
publicados em órgão oficial; ex:. nomeação de candidatos
aprovados em concurso público.
9.3.3 atos simples, complexo e composto
Atos simples são aqueles que decorrem de uma
única manifestação de vontade de uma pessoa ou de um
órgão, simples ou colegiado; ex:. multa de trânsito.
Atos complexos são aqueles que necessitam da
manifestação de duas ou mais vontades produzidas por mais
de um órgão ou autoridades diferentes; ex:. portarias
conjuntas.
Por fim, os atos compostos são aqueles decorrentes
da manifestação de vontades dentro de um mesmo órgão,
sendo uma principal e a outra secundária; ex:. nomeação do
Procurador-Geral da República que deve ser precedida de
aprovação do Senado Federal.
9.3.4 Atos de império, de gestão e de expediente
Os atos de império são aqueles que a Administração
impõe coercitivamente aos administrados, criando assim
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obrigações ou restrições para os mesmos; ex:.
desapropriação.
Os atos de gestão são aqueles praticados pela
Administração na qualidade de gestora de seus bens e
serviços e em posição de igualdade com o particular; ex:.
contrato de locação de um bem móvel.
Já os atos de expediente são aqueles internos da
Administração, visando, desta forma dar andamento aos
processos e serviços; atos de rotina; ex:. cadastramento de
processos em sistema informatizado.
9.3.5 Atos constitutivos, extintivos, modificativos e
declaratórios
Atos constitutivos são aqueles em que a
Administração cria, modifica ou extingue direito ou situação
jurídica dos seus administrados; ex:. concessão de licença.
Atos extintivos são aqueles que põem fim a
situações jurídicas individuais existentes; ex:. demissão de
servidor.
Atos modificativos são aqueles que alteram
situações jurídicas preexistentes, contudo, sem provocar a
extinção de direitos e obrigações; ex:. alteração de horários
em uma repartição.
Finalizando, os atos declaratórios são aqueles que a
Administração apenas reconhece um direito que já existia
antes do ato, não criado assim situação jurídica nova; ex:.
licença.
9.3.6 Ato-regra, ato-condição e ato subjetivo
Ato-regra são aqueles que criam situações gerais,
abstratas e impessoais, podendo ser modificados pela
vontade de quem os produziu e sem possibilidade de direito
adquirido; ex:. regulamento.
Ato-condição são aqueles que alguém pratica
incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo de outrem,
debaixo de situações criadas pelos atos-regra; ex:. acordo na
concessão de serviço público.
Em se tratando de atos subjetivos, são aqueles que
criam situações particulares, concretas e pessoais, sendo
imodificáveis pela vontade de apenas uma das partes e
podem gerar direitos adquiridos; ex:. contratos.
9.4 Atributos/características dos atos administrativos
São as qualidades ou características presentes nos
atos administrativos que os diferenciam dos demais atos.
Os principais atributos elencados pela maioria dos
autores são: Presunção de legitimidade; Imperatividade;
Auto-executoriedade; Tipicidade – PITA.
A presunção de legitimidade vislumbra uma
presunção de que os atos administrativos são verdadeiros
(fé pública), legais e legítimos, não dependo de lei expressa
neste sentido.
Vale ressaltar que tal presunção não tem um
condão absoluto ou intocável, pelo contrário, trata-se de
uma presunção relativa (juris tantum), ou seja, admitem
prova em contrário a cargo de quem alega a ilegitimidade.
A imperatividade, por sua vez, traduz-se na
possibilidade de a Administração, de maneira unilateral,
criar obrigações para os administrados que se encontrem em
seu círculo de incidência. Reflete um ato coercitivo. Decorre
do Poder Extroverso do Estado.
A figura da auto-executoriedade permite que o
mesmo seja executado diretamente, ou seja, independe de
prévia autorização judicial para execução do ato.
Importante destacar que para o Professor Celso
Antônio Bandeira de Mello exigibilidade e executoriedade
são figuras distintas. Para o mestre a exigibilidade é
“caracterizada pela obrigação que o administrado tem
quanto ao cumprir o ato”; em contraponto, a
executoriedade “seria a possibilidade de a administração,
praticar o ato, ou compelir direta e materialmente o
administrado a praticá-lo”.
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Por fim, a tipicidade para a renomada autora Maria
Sylvia Di Pietro é “o atributo pelo qual o ato administrativo
deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei
como aptas a produzir determinados resultados”.
9.5 Extinção ou desfazimento dos Atos
Administrativos
Tal fenômeno poderá ser resultante do
reconhecimento da ilegitimidade do ato, ou ainda
simplesmente poderá advir da desnecessidade de existência
do mesmo, denotando sua extinção ou desaparecimento.
Sintetizaremos as principais formas de extinção dos
atos administrativos abarcadas pela maioria dos autores
administrativistas.
a) Renúncia: ocorre quando o beneficiado dispõe, de
maneira facultativa da vantagem que lhe foi concedida. Ex:.
dono de banca de jornal que abre mão da permissão de uso
de bem público concedida.
b) Cumprimento de seus efeitos ou extinção natural:
decorre do cumprimento normal dos efeitos de determinado
ato. Ex:. concessão de férias.
c) Desaparecimento do sujeito ou extinção subjetiva:
ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou
do ato. Ex:. permissão, uma vez que, a morte do
permissionário extingue o ato em questão.
d) Desaparecimento do objeto ou extinção objetiva:
ocorre quando o objeto sobre o qual recai o ato desaparece.
Ex:. bem tombado que desaparece em virtude de um
terremoto.
e) Contraposição ou derrubada: extinção do ato
decorrente da prática de um outro ato administrativo
oposto ao primeiro. Ex:. exoneração que extingue a
nomeação.
f) Caducidade: extinção do ato em decorrência de
uma lei não mais permitir a prática de determinado ato.
g) cassação: extinção do ato em razão do beneficiário
deixar de cumprir os requisitos para a exigência da
manutenção do ato e de seus efeitos. Não deixa de ser uma
forma de sanção ao particular beneficiado. Ex:. um
restaurante que teve seu alvará cassado em virtude da falta
de higiene.
h) Anulação: deve ocorrer quando existir vício no ato
no que tange à legalidade. Pode ser realizado pela
Administração (autotutela) ou pelo Poder Judiciário
(ilegalidade). Seus efeitos são retroativos (ex tunc), ou seja,
retroagem seus efeitos ao momento da prática do ato.
Contudo, os eventuais efeitos já produzidos perante
terceiros de boa fé, anteriores à data de anulação, não serão
desfeitos, sendo assim resguardados. Vale ressaltar que o
artigo 54 da Lei 9.784/99 prevê um prazo de 5 cinco anos
para anulação de atos administrativos ilegais, independente
do vício, ressalvado os casos de má-fé.
i) Revogação: em outro diapasão, ocorre quando um
ato válido é retirado do mundo jurídico por razões de
conveniência e oportunidade – portanto – sendo um critério
discricionário e realizável somente pela Administração
Pública. Seus efeitos, diferentemente do que ocorre na
anulação seus efeitos são prospectivos (ex nunc), ou seja,
para frente, devendo, por conseguinte, serem respeitados os
direitos adquiridos.
Alguns atos são insuscetíveis de revogação como
são os casos dos atos consumados (já exauriram seus
efeitos); atos vinculados (não comportam juízo de
oportunidade e conveniência); atos que já geraram direitos
adquiridos; atos que integram um procedimento; atos
complexos;
9.6 Quadro Diferenciador: Anulação X Revogação
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Sujeito
Competente
Administração /
Judiciário
Administração
Motivo Ilegalidade Conveniência /
Oportunidade
Efeitos Ex tunc,
retroagem
Ex nunc, não
retroagem
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9.7 Convalidação
Processo no qual a Administração Pública procura
aproveitar atos administrativos com vícios superáveis,
podendo confirmá-los no todo ou em parte, se aplicando a
atos nulos ou anuláveis, sendo seus efeitos retroativos (ex
tunc).
Na esfera federal, o artigo 55 da Lei 9.784/99, assim
preceitua:
Artigo 55. Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração. (grifo
nosso).
Quanto aos vícios de legalidade, enquadram-se
como defeitos sanáveis: a) vício relativo à competência; b)
vício de forma.
Vale mencionar que a revisão de um ato
administrativo decorre do princípio da autotutela em que à
Administração Pública tem o dever de anular seus próprios
atos que eivados de vícios de legalidade.
10 Poderes Administrativos
Na visão de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,
pode-se conceituar poderes administrativos como “o
conjunto de prerrogativas de direito que a ordem jurídica
confere aos agentes administrativos para o fim de permitir
que o Estado alcance seus fins”.
10.1 Poder Hierárquico
É o poder conferido ao agente público para
organizar/escalonar a estrutura da Administração e fiscalizar
a atuação de seus subordinados. O poder hierárquico é
ainda irrestrito, permanente e automático.
Vale destacar que não há hierarquia entre pessoas
jurídicas diferentes, estando presente a subordinação
(interna) somente no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
Não podemos olvidar do termo vinculação (externa)
que existe entre a Administração direta e as entidades da
indireta, em que não há hierarquia, mas, tão somente o
chamado controle finalístico, tutela administrativa ou
supervisão.
10.2 Poder Disciplinar
É um poder-dever conferido a Administração
Pública para aplicação de sanções decorrente da prática de
infrações funcionais.
Importante mencionar que somente as pessoas
detentoras de algum vínculo jurídico específico com o
Estado é que podem ser alcançadas pelo poder disciplinar.
Como Regra geral, a doutrina hodiernamente,
aponta o poder disciplinar como de exercício discricionário,
todavia, esta discricionariedade se dá somente quanto à
escolha ou graduação da penalidade, uma vez que, não
existe discricionariedade quanto ao de ver de punir o
infrator.
Vale ressaltar também que, o ato de aplicar
penalidade deve ser sempre motivado e assegurado a todos
os envolvidos o direito ao contraditório e a ampla defesa
(artigo 5º, LV, CF).
10.3 Poder Regulamentar
Em sentido amplo, é o poder conferido ao agente
público para expedição de atos normativos gerais e
abstratos.
Já em sentido restrito, é o poder conferido ao Chefe
do Poder Executivo para editar atos administrativos
normativos, tendo seu exercício se materializado quando der
fiel execução às leis por meio de tais atos.
Pode-se dividir a figura do decreto em:
a) decretos de execução: artigo 84, IV da CF; regras
jurídicas gerais, abstratas e impessoais; atos normativos
secundários;
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b) decretos autônomos ou independentes:
prerrogativa de editar regulamentos diretamente derivados
da Constituição Federal; atos primários. Podem ser:
externos – normas dirigidas a todos os cidadãos; internos –
dizem respeito à organização, competência e funcionamento
da Administração Pública.
10.4 Poder de Polícia
No entendimento de Vicente Paulo e Marcelo
Alexandrino, poder de polícia “é o poder de que dispõe a
Administração Pública para condicionar ou restringir o uso
de bens e o exercício de direitos ou atividades pelo
particular, em prol do bem-estar da coletividade”.
Interessante conceito quanto ao poder de polícia
expresso no artigo 78 do Código Tributário Nacional:
Artigo 78. Considera-se poder de polícia a atividade
da administração pública que, limitando ao disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes,
à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas de pendentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.
Polícia
Administrativa
Polícia Judiciária
Caráter preventivo; Caráter repressivo;
Exercido pelas autoridades
administrativas e polícias;
Exercido pela polícia civil e
militar;
Atua sobre bens, direitos e
atividades;
Atua sobre pessoas;
Age sobre ilícitos
administrativos;
Age sobre ilícitos penais;
O poder de polícia é exercitado por meio de atos
administrativos que deve está pautado dentro dos limites
estabelecidos pela lei, sendo observadas pela Administração
a necessidade, proporcionalidade e eficácia.
Não existem sanções de polícia administrativa que
impliquem detenção ou reclusão de pessoas, visto que esta
atua sobre bens, pessoas e atividades.
De forma tradicional a doutrina aponta três
atributos do poder de polícia: CAD – coercibilidade: medidas
que podem ser impostas pela Administração ao
administrado, inclusive mediante o emprego de força; Auto-
executoriedade: possibilidade da Administração de executar
seus atos diretamente, ou seja, sem necessidade de prévia
autorização judicial; Discricionariedade: razoável liberdade
de atuação no que tange a valoração da oportunidade e
conveniência de sua prática. Há, no entanto, exceções. Ex:.
licença para construção em terreno próprio; exercício de
uma profissão; Em tais casos, quando atendidos os pré-
requisitos legais pelo particular, estes atos tornam-se
vinculados.
Não se pode deixar de destacar o prazo
prescricional das ações punitivas decorrentes do exercício do
poder de polícia que é de 5 (cinco anos), de acordo com a
Lei 9.873/99, objetivando apurar infrações à legislação em
vigor, contados a partir da prática do ato, ou em se tratando
de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver
cessado.
Figura importante que vale a pena destacar, o
abuso de poder na escorreita visão do mestre Hely Lopes
Meirelles “ocorre quando a autoridade, embora competente
para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições
ou se desvia das finalidades administrativas”.
Pode-se dividir o abuso de poder em duas espécies:
a) excesso de poder: ocorre quando o agente público
atua fora dos limites de sua esfera de competência
administrativa; Ex:. Presidente da república institui um
imposto através de decreto.
b) desvio de poder ou desvio de finalidade: ocorre
quando o agente público, embora dentro dos limites de sua
esfera de competência, contraria finalidade expressa na lei
que autorizou ou determinou a sua atuação. Ex:.
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desapropriação de imóvel de desafeto com o fim de
prejudicá-lo.
Importante frisar que, todos os atos praticados com
abuso de poder são nulos – devendo ser declarados pela
Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.
11 Bens Públicos
11.1 Regime jurídico
É caracterizado pela – inalienabilidade: não é
absoluta, visto que, o art. 101 do CC estabelece que “os bens
públicos dominicais podem ser alienadas observadas as
exigências da lei”. Excetuados os bens de uso comum e
especiais que são inalienáveis como disposto no art. 100 do
CC. Imprescritibilidade: os bens públicos são imprescritíveis
e insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião, art. 102
do CC. Impenhorabilidade: os bens públicos são
impenhoráveis visto que devem estar disponíveis para que o
Estado possa desenvolver normalmente suas atividades.
Impende destacar também que a execução contra o Estado
é feita mediante precatórios, art. 100 CFRB. Não-
onerabilidade: os bens públicos não poderão ser objeto de
penhor, hipoteca ou anticrese.
11.2 Classificação
11.2.1 Quanto à titularidade
Podem ser da União; Estados; DF; Municípios –
U/E/DF/T;
11.2.2 Quanto à destinação
A) Uso comum do povo: pode ser utilizado por
qualquer um do povo; ex:. rios; mares;
B) Uso especial: Destinados à execução de serviços
públicos. Ex:. quartéis, escolas públicas;
C) Uso dominical: Não tem destinação específica (bens
desafetados); ex:. prédios públicos desativo; terras
devolutas;
Segue os artigos 98-103 do CC que se referem aos
bens públicos abordados logo acima:
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
11.2.3 Quanto à disponibilidade
A) Bens indisponíveis por natureza: Não podem
alienados ou mesmo onerados pelas entidades a que
pertencem; ex:. bem de uso comum do povo;
B) Bens patrimoniais indisponíveis: Nestes o Pode
Público não pode dispor; não podem ser alienados; detém
uma finalidade específica pública de utilização; ex:. bens de
uso especial;
C) Bens patrimoniais disponíveis: Possuem natureza
patrimonial; por se encontrarem desafetados, podem ser
alienados conforme estipulação legal; ex:. bens dominicais;
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Referências bibliográficas:
Alexandrino, Marcelo; Vicente, Paulo – Direito
Administrativo Descomplicado, 18 edição, Forense, São
Paulo, Método, 2010.
Carvalho Filho, José dos Santos – Manual de Direito
Administrativo, 22 edição, Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2009.
Andrade, Flávia Cristina Moura de – Direito
Administrativo, 2 edição, Premier Máxima, São Paulo, 2008.
Produzido por:
Equipe Os Concurseiros de Rondônia – OSCR.
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PARABÉNS POR TER CHEGADO ATÉ AQUI!
“Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não a abandones e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento. Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará. Dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará. Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida.” “O que adquire entendimento ama a sua alma; o que cultiva a inteligência achará o bem.” Provérbios 19:8 “O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.” Provérbios 24:5 “Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e dirige no caminho o teu coração.” Provérbios 23:19 “Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição” inferior. Provérbios 22:29 'Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e te fartarás de pão.” Provérbios 20:13 “Há ouro e abundância de rubis, mas os lábios do conhecimento são jóia preciosa.” Provérbios 20:15 “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Provérbios 17:28