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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE AUDITORIA INDEPENDENTE AUDITORIA INTERNA PERÍCIA CONTÁBIL Porto Alegre Atualizado até abril de 2014

Normas Auditorias Perícia Contábil

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Livro para Normas Auditorias e Pericias.

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  • 1. CONSELHO REGIONAL DECONTABILIDADEDO RIO GRANDE DO SULNORMAS BRASILEIRASDE CONTABILIDADEAUDITORIA INDEPENDENTEAUDITORIA INTERNAPERCIA CONTBILPorto AlegreAtualizado at abril de 2014

2. EDITOR:CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADEDO RIO GRANDE DO SULRua Baronesa do Gravata, 47190160-070 Porto Alegre-RSFone/fax (51) 3254-9400E-mail: [email protected]: http://www.crcrs.org.brCOORDENADOR GERAL:Contador ANTNIO PALCIOS Presidente do CRCRSCoordenao da edio: Mrcia Bohrer IbaezEdio revista e atualizada at abril de 2014. 3. PREFCIOColega:O Programa de Fiscalizao Preventiva Educao Continua-dado CRCRS tem o objetivo fiscalizar por meio da atualizao dosprofissionais da Contabilidade do Rio Grande do Sul.Esta ao tambm alcanada mediante a edio de livros,com abordagens tanto tcnicas quanto da legislao profissional con-tbile das normas vigentes.Assim, afinados com essa diretiva, estamos, pois, mais umavez pondo disposio da Classe Contbil esta publicao, que con-tmas Normas Brasileiras de Contabilidade relacionadas auditoriaindependente, auditoria interna e percia contbil, atualizadas at abrilde 2014.Porto Alegre, 17 de abril de 2014.Contador ANTNIO PALCIOSPresidente do CRCRS 4. SUMRIOAUDITORIA INDEPENDENTE ................................................................ 13Resoluo CFC n 1.019, de 18-02-05. Dispe sobre o Cadastro Nacio-nalde Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal deContabilidade (CFC), e d outras providncias ...................................... 15Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas de AuditoriaIndependente de Informao Contbil Histrica NBC TA .................. 19Resoluo CFC n 1.202, de 27-11-09. Aprova a NBC TA ESTRU-TURACONCEITUAL Estrutura Conceitual para Trabalhos deAssegurao ............................................................................................... 21Resoluo CFC n 1.203, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 200 Objeti-vosGerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria emConformidade com as Normas de Auditoria ............................................ 50Resoluo CFC n 1.204, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 210 Con-cordnciacom os Termos do Trabalho da Auditoria .............................. 88Resoluo CFC n 1.205, de 27-11-09. Norma Brasileira de Contabili-dade.NBC TA 220 (R1), de 24-01-14. Altera a NBC TA 220 quedispe sobre controle de qualidade da auditoria de demonstraescontbeis ................................................................................................... 116Resoluo CFC n 1.206, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 230 Docu-mentaode Auditoria ............................................................................. 138Resoluo CFC n 1.207, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 240 Res-ponsabilidadedo Auditor em relao Fraude, no Contexto da Au-ditoriadas Demonstraes Contbeis .................................................... 154Resoluo CFC n 1.208, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 250 Consi-deraode Leis e Regulamentos na Auditoria de DemonstraesContbeis .................................................................................................. 211Resoluo CFC n 1.209, de 27-11-09. Norma Brasileira de Contabili-dade.NBC TA 260 (R1), de 24-01-14. Altera a NBC TA 260 quedispe sobre comunicao com os responsveis pela governana ....... 230Resoluo CFC n 1.210, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 265 Comu-nicaode Deficincia de Controle Interno .......................................... 259Resoluo CFC n 1.211, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 300 Plane-jamentode Auditoria de Demonstraes Contbeis .............................. 275Norma Brasileira de Contabilidade. NBC TA 315, de 24-01-14. Dnova redao NBC TA 315 que dispe sobre a identificao e aavaliao dos riscos de distoro relevante por meio do entendi-mentoda entidade e do seu ambiente ..................................................... 290Resoluo CFC n 1.213, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 320 Mate-rialidadeno Planejamento e na Execuo da Auditoria ....................... 3565 5. Resoluo CFC n 1.214, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 330 Res-postado Auditor aos Riscos Avaliados ................................................... 368Resoluo CFC n 1.215, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 402 Consi-deraesde Auditoria para a Entidade que Utiliza OrganizaoPrestadora de Servios .......................................................................... 4398Resoluo CFC n 1.216, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 450 Avalia-odas Distores Identificadas Durante a Auditoria ......................... 428Resoluo CFC n 1.217, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 500 Evi-dnciade Auditoria .................................................................................. 442Resoluo CFC n 1.218, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 501 Evi-dnciade Auditoria Consideraes Especficas paraItens Selecionados .................................................................................... 465Resoluo CFC n 1.219, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 505 Con-firmaesExternas ................................................................................... 479Resoluo CFC n 1.220, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 510 Traba-lhosIniciais Saldos Iniciais .................................................................. 494Resoluo CFC n 1.221, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 520 Proce-dimentosAnalticos .................................................................................. 510Resoluo CFC n 1.222, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 530 Amos-tragemem Auditoria ................................................................................ 521Resoluo CFC n 1.223, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 540 Audito-riade Estimativas Contbeis, Inclusive do Valor Justo e Divulga-esRelacionadas .................................................................................... 541Resoluo CFC n 1.224, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 550 PartesRelacionadas ............................................................................................ 596Resoluo CFC n 1.225, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 560 Even-tosSubsequentes ....................................................................................... 630Resoluo CFC n 1.226, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 570 Conti-nuidadeOperacional ............................................................................... 645Resoluo CFC n 1.227, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 580 Repre-sentaesFormais .................................................................................... 665Resoluo CFC n 1.228, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 600 Consi-deraesEspeciais Auditorias de Demonstraes Contbeis deGrupos, incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes .......... 685Norma Brasileira de Contabilidade. NBC TA 610, de 24-01-2014. Dnova redao NBC TA 610 que dispe sobre a utilizao dotrabalho de auditoria interna...................................................................... 747Resoluo CFC n 1.230, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 620 Utili-zaodo Trabalho de Especialistas ........................................................ 773Resoluo CFC n 1.231, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 700 For-maode Opinio e Emisso do Relatrio do Auditor Independentesobre as Demonstraes Contbeis ........................................................ 797Resoluo CFC n 1.232, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 705 Modi-ficaesna Opinio do Auditor Independente ....................................... 8356 6. Resoluo CFC n 1.233, de 27-12-09. Aprova a NBC TA 706 Par-grafosde nfase e Pargrafos de Outros Assuntos no Relatrio doAuditor Independente ............................................................................... 868Resoluo CFC n 1.234, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 710 Infor-maesComparativas Valores Correspondentes e DemonstraesContbeis Comparativas ......................................................................... 883Resoluo CFC n 1.235, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 720 Res-ponsabilidadedo Auditor em Relao a Outras Informaes Inclu-dasem Documentos que Contenham Demonstraes Contbeis Au-ditadas....................................................................................................... 908Resoluo CFC n 1.236, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 800 Consi-deraesEspeciais Auditorias de Demonstraes Contbeis Ela-boradasde Acordo com Estruturas de Contabilidade para Propsi-tosEspeciais ............................................................................................. 917Resoluo CFC n 1.237, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 805 Consi-deraesEspeciais Auditoria de Quadros Isolados das Demons-traesContbeis e de Elementos, Contas ou Itens Especficos dasDemonstraes Contbeis ....................................................................... 937Resoluo CFC n 1.238, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 810 Traba-lhospara a Emisso de Relatrio sobre Demonstraes ContbeisCondensadas ............................................................................................. 962Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas de Reviso de In-formaoContbil Histrica NBC TR ............................................ 993Norma Brasileira de Contabilidade. NBC TR 2440, de 25-10-2013.Dispe sobre trabalhos de reviso de demonstraes contbeis.............. 995Resoluo CFC n 1.274, de 22-01-10. Aprova a NBC TR 2410 Revi-sode Informaes Intermedirias Executada pelo Auditor da Enti-dade......................................................................................................... 1090Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas de Assegurao deInformao No Histrica NBC TO .............................................. 1139Resoluo CFC n 1.160, de 13-02-09. Aprova a NBC TO 3000 Tra-balhode Assegurao Diferente de Auditoria e Reviso .................... 1141Resoluo CFC n 1.354, de 15-07-11. Aprova a NBC TO 3402 Rela-triosde Assegurao de Controles em Organizao Prestadora deServios ................................................................................................... 1172Norma Brasileira de Contabilidade. NBC TO 3420, de 19-04-13. Dispesobre trabalho de assegurao sobre a compilao de informaesfinanceiras pro forma includas em prospecto ..................................... 12327 7. Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas de Servio Correlato NBC TSC ............................................................................................ 1249Resoluo CFC n 1.277, de 26-02-10. Aprova a NBC TSC 4400 Trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados sobre Infor-maoContbil ...................................................................................... 1251Norma Brasileira de Contabilidade. NBC TSC 4410, de 30-08-13. Dis-pesobre trabalho de compilao de informaes contbeis ............ 1265Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria IndependenteProfissionais .......................................................................................... 1311Resoluo CFC n 821, de 17-12-97. Aprova a NBC P 1 NormasProfissionais de Auditor Independente, com alteraes e d outrasprovidncias ........................................................................................... 1313Resoluo CFC n 851, de 13-08-99. Aprova a NBC P 1 IT 01 Regulamentao do item 1.9 da NBC P 1 Normas Profissionais deAuditor Independente ............................................................................. 1317Resoluo CFC n 1.201, de 27-11-09, Aprova a NBC PA 01 Controlede Qualidade para Firmas (Pessoas Jurdicas e Fsicas) de Audito-resIndependentes ................................................................................... 1320Resoluo CFC n 1.323, de 21-01-11. Aprova a NBC PA 11 RevisoExterna de Qualidade pelos Pares ........................................................ 1363Norma Brasileira de Contabilidade NBC PA 12 (R1), de 11-12-13. Dnova redao NBC PA 12 que dispe sobre educao profissionalcontinuada ............................................................................................... 1378Resoluo CFC n 1.109, de 29-11-07. Dispe sobre NBC PA 13 Norma sobre Exame de Qualificao Tcnica para Registro no Ca-dastroNacional de Auditores Independentes (CNAI) do ConselhoFederal de Contabilidade (CFC) .......................................................... 1395Resoluo CFC n 1.311, de 09-12-10. Aprova a NBC PA 290 Trabalhos de Auditoria e Reviso ......................................................... 1404Resoluo CFC n 1.312, de 09-12-10. Aprova a NBC PA 291 Inde-pendncia Outros Trabalhos de Assegurao .................................. 1484Comunicados Tcnicos de Auditoria Independente ............................. 1531Resoluo CFC n 1.320, de 21-01-11. Aprova o CTA 02 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes ContbeisIndividuais e Consolidadas referentes aos exerccios findos em, ou apartir de, 31 de dezembro de 2010 ........................................................ 1533Resoluo CFC n 1.321, de 21-01-11. Aprova o CTA 03 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes ContbeisIndividuais e Consolidadas de Instituies Financeiras e Demais8 8. Instituies Autorizadas a Funcionar pelo Banco Central do Brasil(BCB) de exerccios findos em, ou a partir de, 31 de dezembro de2010 ......................................................................................................... 1558Resoluo CFC n 1.322, de 21-01-11. Aprova o CTA 04 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes ContbeisIndividuais e Consolidadas de Entidades Supervisionadas pela Su-perintendnciade Seguros Privados (SUSEP) referentes aos exerc-ciosfindos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2010 ..................... 1584Resoluo CFC n 1.331, de 18-03-11. Aprova o CTA 05 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes Contbeisde Fundos de Investimento referentes aos exerccios ou perodosfindos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2010 ............................. 1606Resoluo CFC n 1.332, de 18-03-11. Aprova o CTA 06 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes Contbeisdo exerccio social iniciado a partir de 1 de janeiro de 2010 decompanhias abertas que estejam apresentando, conforme facultadopela Deliberao CVM n 656-11, nessas demonstraes contbeisanuais, nota explicativa evidenciando, para cada trimestre de 2010e de 2009, os efeitos no resultado e no patrimnio lquido decorren-tesda plena adoo das normas contbeis de 2010 ............................ 1613Resoluo CFC n 1.333, de 18-03-11. Aprova o CTA 07 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes ContbeisIndividuais e Consolidadas de Entidades supervisionadas pela ANSreferentes ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2010 .................. 1617Norma Brasileira de Contabilidade. NBC CTA 08, de 26-07-2013. Dnova redao ao CTA 08 que dispe sobre a emisso do relatriodo auditor independente sobre demonstraes contbeis das Entida-desFechadas de Previdncia Complementar (EFPC) ........................ 1625Resoluo CFC n 1.335, de 18-03-11. Aprova o CTA 09 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes Contbeisdo exerccio social encerrado em, ou a partir de, 31 de dezembro de2010 de entidades de incorporao imobiliria .................................. 1637Resoluo CFC n 1.336, de 18-03-11. Aprova o CTA 10 Emisso doRelatrio (Parecer) do Auditor Independente sobre DemonstraesContbeis de Pequenas e Mdias Empresas referentes ao exercciofindo em 31 de dezembro de 2010 ......................................................... 1647Resoluo CFC n 1.338, de 15-04-11. Aprova o CTA 11 Emisso deRelatrios de Reviso das Informaes Trimestrais do ano de 2010a serem reapresentadas, considerando as normas contbeis vigentesem 2010 ................................................................................................... 1671Resoluo CFC n 1.387, de 30-03-12. Aprova o CTA 12 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre as Demonstraes Cont-beisde Grupo Econmico que no elabora demonstraes contbeis9 9. consolidadas e a controladora no se enquadrar nos requerimentosprevistos no item 10 da NBC TG 36 Demonstraes Consolidadas 1673Resoluo CFC n 1.388, de 30-03-12. Aprova o CTA 13 Emisso doRelatrio do Auditor Independente sobre as Demonstraes Cont-beisIndividuais e Consolidadas de Entidades Supervisionadas pelaAgncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) referentes aos exer-cciosfindos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2011 .................. 1685Resoluo CFC n 1.393, de 25-05-2012. Aprova o CTA 14 Emissodo Relatrio do Auditor Independente sobre Demonstraes Cont-beisde Instituies Autorizadas a Funcionar pelo Banco Central doBrasil, em decorrncia da opo facultada pela Resoluo CMN n.4.036-11 para diferimento do resultado lquido negativo, a partir de1 de janeiro de 2012, de renegociaes de operaes de crdito ce-didasat 30 de novembro de 2011 ........................................................ 1695Resoluo CFC n 1.405, de 25-08-2012. Aprova o CTA 15 Emissodo Relatrio do Auditor Independente sobre as Demonstraes Con-tbeisIntermedirias Individuais de Entidades Supervisionadas pelaSUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012, emdecorrncia da edio da Circular SUSEP n. 446-12 ....................... 1699Resoluo CFC n 1.410, de 26-10-2012. Aprova o CTA 16 Emissode Relatrio de Auditoria sobre a Base de Contribuies dos Agen-tesFinanceiros ao Fundo de Compensao de Variaes Salariais(FCVS) e altera o Anexo II do CTR 01 ................................................. 1705Norma Brasileira de Contabilidade. CTA 17, de 26-07-2013. Dispesobre a emisso do relatrio do auditor independente sobre as demons-traescontbeis individuais e consolidadas em decorrncia de altera-esintroduzidas para o Teste de Adequao de Passivos pela SUSEP . 1709Norma Brasileira de Contabilidade. CTA 18, de 26-07-2013. Dispesobre a emisso do relatrio do auditor independente e procedimen-tosde auditoria requeridos quando da reapresentao de demons-traescontbeis ou informaes intermedirias ............................... 1714Norma Brasileira de Contabilidade. CTA 19, de 21-02-2014. Dispesobre orientao aos auditores independentes sobre o entendimentoa respeito dos procedimentos adotados, ou a serem adotados, pelaadministrao das entidades na avaliao dos assuntos contidos naMedida Provisria 627-13 ..................................................................... 1754Norma Brasileira de Contabilidade. CTA 20, de 11-04-2014. Dispesobre orientao aos auditores independentes sobre os padres tc-nicose profissionais a serem observados pelo auditor independente,nomeado como perito ou como empresa especializada, para emissode laudo de avaliao dos ativos lquidos a valor contbil ou dos a-tivoslquidos contbeis ajustados a preos de mercado ..................... 176010 10. Resoluo CFC n 1.345, de 19-05-11. Aprova o CTR 01 Emisso deRelatrio de Reviso das Informaes Trimestrais (ITR) a partir de2011 ......................................................................................................... 1791Resoluo CFC n 1.353, de 15-07-11. Aprova o CTR 02 Emisso deRelatrio de Reviso das Informaes Trimestrais (IFT e ITR) deinstituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil . 1807Resoluo CFC n 1.396, de 22-06-2012. Aprova o CTSC 01 Relat-riosobre a Aplicao de Procedimentos Previamente Acordadospara Atendimento ao Despacho n 4.991-11 e Ofcio n 507-12 daSuperintendncia de Fiscalizao Econmica e Financeira (SFF) daAgncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL) ................................. 1823Resoluo CFC n 1.400, de 27-07-2012. Aprova o CTSC 02 Relat-riosobre a Aplicao de Procedimentos Previamente Acordadospara Atendimento ao Despacho n. 514/12 da Superintendncia deFiscalizao Econmica e Financeira (SFF) da Agncia Nacionalde Energia Eltrica (ANEEL) ................................................................ 1838Resoluo CFC n 1.407, de 21-09-2012. Aprova o CTO 01 Emisso de Relatrio de Assegirao Relacionaqdo com Sustentabi-lidadee Responsabilidade Social e altera os Anexos I e II do CTR01 ............................................................................................................. 1848AUDITORIA INTERNA .......................................................................... 1869Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnica de Auditoria Interna NBC TI ................................................................................................ 1871Resoluo CFC n 986, de 21-11-03. Aprova a NBC TI 01 Da Audito-riaInterna ............................................................................................... 1873PERCIA CONTBIL .............................................................................. 1883Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnica de Percia NBC TP 1885Resoluo CFC n 1.243, de 10-12-09. Aprova a NBC TP 01 PerciaContbil .................................................................................................. 1887Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Perito NBCPP ........................................................................................................... 1911Resoluo CFC n 1.244, de 10-12-09. Aprova a NBC PP 01 PeritoContbil ..................................................................................................... 191311 11. AUDITORIA INDEPENDENTE Cadastro Nacional de Auditores Independen-tesdo CFC NBC TA NBC TR NBC TO NBC TSC Normas Profissionais NBC PA Comunicados Tcnicos 12. RESOLUO CFC n 1.019(1)de 18 de fevereiro de 2005Dispe sobre o Cadastro Nacional deAuditores Independentes (CNAI) do Conse-lhoFederal de Contabilidade (CFC), e doutras providncias.O Conselho Federal de Contabilidade, no exerccio de suas atri-buies15legais e regimentais,Considerando que a NBC P 5, aprovada pela Resoluo CFC n1.018-05, previu a organizao do Cadastro Nacional de AuditoresIndependentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC);Considerando que o Exame de Qualificao Tcnica para registro noCadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do ConselhoFederal de Contabilidade um dos requisitos para a inscrio do Conta-dorno citado cadastro de auditores independentes;Considerando a importncia de se estimular o estudo das NormasBrasileiras de Contabilidade inerentes rea de Auditoria;Considerando a necessidade de se conhecer o mbito de atuaodos profissionais que militam no campo da Auditoria Independente;Considerando o interesse de se ampliar a exigncia do cumpri-mentodo Programa de Educao Continuada para todos os que atuamno campo da Auditoria Independente;Considerando que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)detm a competncia para instituir e legislar os documentos pertinen-tesao Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI),RESOLVE: 13. Art. 1 O Contador regularmente registrado no Conselho Regio-nalde Contabilidade (CRC), independente do tempo de inscrio,tendo sido aprovado no Exame de Qualificao Tcnica, ter direitoao registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI)do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).Art. 2 Comporo o Cadastro Nacional de Auditores Independentes(CNAI) os Contadores com registro regular na Comisso de ValoresMobilirios (CVM), at 10 de dezembro de 2003, na condio de Res-ponsveisTcnicos de empresa de auditoria ou como pessoa fsica, inde-pendentede se submeterem ao Exame de Qualificao Tcnica.Art. 3 O Contador aprovado no Exame de Qualificao Tcnica se-rinscrito de forma automtica no Cadastro Nacional dos Auditores In-dependentes(CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).(2) 1 O Conselho Federal de Contabilidade disponibilizar em suapgina na internet a certido de registro no CNAI, a partir da data depublicao do resultado no Dirio Oficial da Unio.(2) 2 Para manuteno de seu cadastro, o profissional dever com-provarsua participao no Programa de Educao Continuada, nostermos estabelecidos em resolues do CFC.(2)Art. 4 Sero excludos, de ofcio, do CNAI os profissionais que:a) no comprovarem a participao no Programa de Educao Con-tinuadanos termos das resolues do CFC que tratam dessa matria.b) forem suspensos do exerccio profissional;c) tiverem os seus registros baixados pelos Conselhos Regionais16de Contabilidade (CRCs); ed) forem excludos dos registros dos rgos regulamentadores, nostatus correspondente ao referido rgo.Art. 5 O reingresso do profissional no CNAI, sanadas as condi-esque determinaram a excluso, conforme art. 4, depender:a) da obteno de novo certificado de aprovao do Exame deQualificao Tcnica;b) do pedido de nova inscrio; ec) do pagamento dos emolumentos.Art. 6 O profissional inscrito no CNAI dever manter os seusdados cadastrais atualizados, acessando o site do CFC. 14. Art. 7 O Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI),cuja inscrio ser concedida pelo Conselho Federal de Contabilidade(CFC), conter, no mnimo, as seguintes informaes:a) nome do Auditor por extenso;b) nmero de registro no CNAI;c) nmero do registro no Conselho Regional de Contabilidade;d) nacionalidade e naturalidade;e) data de nascimento;f) nmero de registro no CPF/MF;g) nmero do RG/RNE;h) ttulo e data da diplomao e nome da instituio de ensino17expedidora do diploma;i) especializaes e ttulos;j) empresa(s) a(s) qual(is) se acha vinculado e o tipo de vnculo,se for o caso; ek) dados sobre a comprovao do cumprimento do Programa deEducao Continuada.Art. 8 O CNAI ser mantido e monitorado pelo Conselho Fede-ralde Contabilidade (CFC), a quem caber administrar e esclarecertoda a matria inerente ao mesmo.Art. 9 As Certides de Registro sero emitidas pelos ConselhosRegionais de Contabilidade (CRCs), quando requeridas pelos cadas-tradosou obtidas por meio eletrnico no site do CFC.Art. 10. Ao presidente do Conselho Federal de Contabilidade(CFC) caber resolver os casos omissos e as dvidas resultantes daaplicao da presente Resoluo, dando cincia ao Plenrio de suasdecises.Art. 11. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 18 de fevereiro de 2005.Jos Martonio Alves Coelho Presidente(1) Publicada no DOU, de 28-02-2005.(2) Redao dada pela Resoluo CFC n 1.147-08, publicada no DOU de 16-12-2008. 15. 18 16. Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnica deAuditoria Independente de Informao ContbilHistrica NBC TA 17. A Resoluo CFC n. 1.329-11 alterou a sigla e a numerao desta Norma deNBC TA 01 para NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL.RESOLUO CFC n 1.202(1)de 27 de novembro de 2009Aprova a NBC TA ESTRUTURA CON-CEITUAL Estrutura Conceitual para Tra-balhosde Assegurao.(3)O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-ciode suas atribuies legais e regimentais,CONSIDERANDO o processo de convergncia das Normas Bra-sileirasde Contabilidade aos padres internacionais;CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade membro associado da IFAC Federao Internacional de Contadores;CONSIDERANDO a Poltica de Traduo e Reproduo deNormas, emitida pela IFAC em dezembro de 2008;CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do servio ao inte-ressepblico, recomenda que seus membros e associados realizem atraduo das suas normas internacionais e demais publicaes;CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes,a IFAC autorizou, no Brasil, como tradutores das suas normas e publi-caes,o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON Institu-todos Auditores Independentes do Brasil;CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cesso de direitos fir-mado,outorgou aos rgos tradutores os direitos de realizar a tradu-o,publicao e distribuio das normas internacionais impressas e21em formato eletrnico,RESOLVE: 18. Art. 1. Aprovar a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL Estrutura Conceitual para Trabalhos de Assegurao, elaborada deacordo com a sua equivalente internacional Estrutura Conceitual daIFAC.Art. 2. Alterar a sigla da NBC TA 01 Reviso Externa de Qua-lidadepelos Pares, aprovada pela Resoluo CFC n 1.158-09, paraNBC PA 03 Reviso Externa de Qualidade pelos Pares.(2)Art. 3. Esta Resoluo entra em vigor nos exerccios iniciadosem ou aps 1. de janeiro de 2010.Braslia, 27 de novembro de 2009.Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente22 19. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL ESTRUTURACONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAOndice ItemINTRODUO 1 3PRINCPIOS TICOS E NORMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE 4 6DEFINIO E OBJETIVO DO TRABALHO DE ASSEGURAO 7 11ABRANGNCIA DA ESTRUTURA CONCEITUAL 12 14RELATRIO SOBRE TRABALHO DE NO ASSEGURAO 15 16ACEITAO DO TRABALHO 17 19ELEMENTOS DO TRABALHO DE ASSEGURAO 20RELACIONAMENTO ENTRE TRS PARTES 21 30OBJETO 31 33CRITRIOS 34 38EVIDNCIAS 39 55RELATRIO DE ASSEGURAO 56 60USO INDEVIDO DO NOME DO AUDITOR INDEPENDENTE 61APNDICEIntroduo1. Esta Estrutura Conceitual define e descreve os elementos e osobjetivos de um trabalho de assegurao, identificando os trabalhosaos quais so aplicadas as Normas Tcnicas de Auditoria (NBC TA),Normas Tcnicas de Reviso (NBC TR), e Normas para Outros Tra-balhosde Assegurao (NBC TO). Ela proporciona orientao e refe-rnciapara:(a) Profissionais de Contabilidade na prtica de auditoria (Audi-toresIndependentes) quando executam trabalhos de assegurao. Pro-fissionaisde Contabilidade no setor pblico so remetidos para aPerspectiva do Setor Pblico no final desta Estrutura Conceitual. OsProfissionais de Contabilidade que no estejam nem na prtica deauditoria nem no setor pblico so encorajados a considerar esta Es-truturaConceitual quando executarem trabalhos de assegurao;(*)(*) Um Profissional de Contabilidade que no esteja na prtica de auditoria in-dependente,por exemplo, um auditor interno, aplica esta estrutura e mencionaem seu relatrio esta estrutura e as NBC TA, NBC TR ou NBC TO que sejamaplicveis. No caso do Profissional de Contabilidade, de outros membros da e-quipede trabalho e, quando aplicvel, de outros empregados desse profissionalno serem independentes da entidade auditada para a qual est sendo efetuado otrabalho de assegurao, a falta de independncia e a natureza do relacionamen-23 20. to com essa entidade devem ser divulgados no relatrio do Profissional de Con-tabilidade.Tambm no deve ser usada a palavra independente no ttulo dorelatrio, e o propsito e o uso do relatrio devem ser restritos.(b) outros envolvidos em trabalhos de assegurao, incluindo osusurios previstos do relatrio de assegurao e a parte responsvel; e(c) emisso de normas tcnicas (NBC TA, NBC TR e NBC TO)pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).2. Esta Estrutura Conceitual no estabelece normas prprias nemexigncias relativas a procedimentos para execuo de trabalhos deassegurao. As NBC TA, NBC TR e NBC TO contm princpiosbsicos, procedimentos essenciais e respectiva orientao, de modoconsistente com os conceitos desta Estrutura Conceitual, para a execu-ode trabalhos de assegurao.3. O que se segue uma viso geral desta Estrutura Conceitual: IntroduoEsta Estrutura Conceitual trata dos trabalhos de assegurao exe-cutadospor auditores independentes. Ela proporciona orientao ereferncia para auditores independentes e para outros envolvidos emtrabalhos de assegurao, como aqueles que contratam um auditorindependente (contratante). Definio e objetivo do trabalho de asseguraoEssa parte da Estrutura Conceitual define os trabalhos de assegu-raoe identifica os objetivos dos dois tipos de trabalhos de assegura-o,cuja execuo permitida ao auditor independente. Ela defineesses dois tipos como trabalhos de assegurao razovel e traba-lhosde assegurao limitada. (observao: quando se tratar de traba-lhode assegurao de informaes contbeis histricas (por exemplo,demonstraes contbeis), o trabalho de assegurao razovel de-nominadoauditoria, e o trabalho de assegurao limitada denomi-nado24reviso). 21. Abrangncia da estrutura conceitualEssa parte distingue os trabalhos de assegurao de outros traba-lhos,como os de consultoria. Aceitao de trabalhoEssa parte estabelece as caractersticas que devem estar necessa-riamentepresentes antes do auditor independente aceitar um trabalho25de assegurao. Elementos do trabalho de asseguraoEssa parte identifica e discute os cinco elementos presentes nostrabalhos de assegurao executados por auditores independentes: umrelacionamento de trs partes, um objeto, critrios, evidncias e umrelatrio de assegurao. Essa seo explica as diferenas importantesentre os trabalhos de assegurao razovel e os de assegurao limita-da(tambm detalhadas no Apndice). Essa seo discute tambm, porexemplo, as variaes significativas no objeto dos trabalhos de asse-gurao,as caractersticas exigidas dos critrios adequados, o papel dorisco e da materialidade nos trabalhos de assegurao, e como as con-clusesso expressas em cada um dos dois tipos de trabalhos de asse-gurao. Uso indevido do nome do auditor independenteEssa parte discute as implicaes da associao do auditor inde-pendentecom determinado objeto.Princpios ticos e normas de controle de qualidade4. Em adio a esta Estrutura Conceitual e s normas tcnicas(NBC TA, NBC TR e NBC TO), os auditores independentes que exe-cutamtrabalhos de assegurao so disciplinados:(a) pelo Cdigo de tica Profissional do Contabilista do Conse-lhoFederal de Contabilidade (CFC), que estabelece princpios ticosfundamentais para os contabilistas; e(b) pela Norma de Controle de Qualidade (NBC PA 01 Con-trolede Qualidade para Firmas (Pessoas Jurdicas e Fsicas) de Audi-toresIndependentes que executam exames de auditoria e revises deinformao contbil histrica, outros trabalhos de assegurao e servi-oscorrelatos.) 22. 5. Os princpios fundamentais da tica profissional a serem ob-servadospelos auditores independentes esto implcitos no Cdigo detica Profissional do Contabilista do CFC, incluindo:(a) honestidade(ou integridade);(b) objetividade;(c) competncia e zelo profissionais;(d) sigilo; e(e) comportamento profissional.6. O Cdigo de tica Profissional do Contabilista e as normasprofissionais relacionadas mostram como a estrutura conceitual deveser aplicada em situaes especficas. Fornecem exemplos de salva-guardasque podem ser adequadas para tratar das ameaas ao cumpri-mentodos princpios fundamentais e fornece, tambm, exemplos desituaes onde no h salvaguardas disponveis para tratar as ameaas.Especificamente com referncia necessria Independncia a norma,aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade, inclui uma aborda-gemconceitual independncia, que leva em considerao, para cadatrabalho de assegurao, as ameaas independncia, as salvaguardasaceitas e o interesse pblico. Isso exige que as firmas e os membrosdas equipes de assegurao identifiquem e avaliem as circunstncias eos relacionamentos que possam gerar ameaas independncia e to-memaes adequadas para eliminar essas ameaas, ou reduzi-las a umnvel aceitvel, pela aplicao de salvaguardas.Definio e objetivo do trabalho de assegurao7. Trabalho de assegurao significa um trabalho no qual oauditor independente expressa uma concluso com a finalidade deaumentar o grau de confiana dos outros usurios previstos, que noseja a parte responsvel, acerca do resultado da avaliao ou mensura-ode determinado objeto de acordo com os critrios aplicveis.8. O resultado da avaliao ou mensurao de um objeto a in-formaoresultante da aplicao de critrios ao objeto. Essa informa-oresultante pode ser, por exemplo, as demonstraes contbeis deuma entidade, ou uma afirmao acerca da eficcia do seu controleinterno, ou seja:26 23. (a) o reconhecimento, a mensurao, a apresentao e a divulga-onas demonstraes contbeis (resultado da avaliao ou mensura-ode determinado objeto) da entidade resultam da aplicao da es-truturade relatrios financeiros para o reconhecimento, a mensurao,a apresentao e a divulgao, como as Prticas Contbeis Adotadasno Brasil (critrios), sua posio patrimonial e financeira, ao seudesempenho operacional e aos seus fluxos de caixa (objetos).(b) uma afirmao acerca da eficcia do controle interno (resulta-do)resulta da aplicao da estrutura conceitual para a avaliao daeficcia do controle interno, tais como os critrios (COSO ou Co-Co(*)) em relao ao controle interno (objeto).(*) COSO vem da sigla em ingls aplicvel ao Comittee of Sponsoring Organi-zationof the Tradeway Comission, enquanto CoCo refere-se aos princpios doInstituto Canadense de Contadores.Ao longo desta Estrutura Conceitual, a expresso informaosobre o objeto usada para significar o resultado da avaliao oumensurao do objeto de acordo com os critrios aplicveis. a in-formaoa respeito do objeto sobre a qual o auditor independenteobtm evidncias apropriadas e suficientes, que permitam a funda-mentaorazovel a fim de expressar uma concluso no relatrio de27assegurao.9. A informao sobre o objeto pode no estar expressa de formaapropriada no contexto do objeto e dos critrios, podendo, por isso,estar distorcida, eventualmente at numa extenso relevante. Isso o-correquando a informao sobre o objeto no reflete de forma apro-priadaa aplicao dos critrios ao objeto; por exemplo, quando asdemonstraes contbeis da entidade no representam adequadamente,em todos os aspectos relevantes, sua posio patrimonial e financeira,o desempenho operacional de suas operaes e os seus fluxos de cai-xa,conforme as prticas contbeis adotadas no Brasil, ou quando umaafirmao (ou afirmaes) da entidade de que seu controle interno eficaz no est declarada de forma adequada, em todos os aspectosrelevantes, conforme o COSO ou o CoCo.10. Em alguns trabalhos de assegurao, a avaliao ou a mensu-raodo objeto executada pela parte responsvel, estando a informa-osobre o objeto na forma de afirmao pela parte responsvel, a-firmaoessa que fica disponvel aos usurios previstos. Esses traba-lhosso denominados trabalhos baseados em afirmao (ou afirma- 24. es). Em outros trabalhos de assegurao, o auditor independenteexecuta diretamente a avaliao ou a mensurao do objeto, ou obtmrepresentao da parte responsvel de que executou a avaliao ou amensurao, a qual no fica disponvel aos usurios previstos. A in-formaosobre o objeto prestada aos usurios previstos no relatriode assegurao. Esses trabalhos so denominados trabalhos de relat-riodireto.11. Segundo esta Estrutura Conceitual, existem dois tipos de tra-balhosde assegurao cuja execuo permitida ao auditor indepen-dente:trabalho de assegurao razovel e trabalho de asseguraolimitada. O objetivo do trabalho de assegurao razovel reduzir orisco do trabalho de assegurao a um nvel aceitavelmente baixo,considerando as circunstncias do trabalho como base para uma formapositiva de expresso da concluso do auditor independente. O objeti-vodo trabalho de assegurao limitada o de reduzir o risco de traba-lhode assegurao a um nvel que seja aceitvel, considerando ascircunstncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do que notrabalho de assegurao razovel, como base para uma forma negativade expresso da concluso do auditor independente.(*)(*) Circunstncias do trabalho incluem os termos do trabalho, inclusive se ele serefere a trabalho de assegurao razovel ou limitada, as caractersticas do obje-todo trabalho, os critrios a utilizar, as necessidades dos usurios previstos, ascaractersticas relevantes e o ambiente da parte responsvel, alm de outros as-suntoscomo eventos, operaes, condies e prticas, que podem ter efeito sig-nificativo28sobre o trabalho.Abrangncia da estrutura conceitual12. Nem todos os trabalhos executados por auditores independen-tesso trabalhos de assegurao. Outros trabalhos frequentementeexecutados que no satisfazem a definio acima (e por isso no soprevistos nesta Estrutura Conceitual) incluem:(a) trabalhos cobertos pelas Normas Tcnicas para ServiosCorrelatos (NBC TSC), tais como trabalhos de procedimentos previ-amenteacordados e compilaes de informaes financeiras ou deoutras informaes.(b) a elaborao de declaraes de impostos em que no h umaconcluso que expresse qualquer forma de assegurao.(c) trabalhos de consultoria (ou de assessoria), tais como consul-toriagerencial e de impostos.(*) 25. (*) Trabalhos de consultoria utilizam profissionais com conhecimento tcnico eacadmico de contabilidade, especializao, experincia e conhecimentos adqui-ridosno processo de consultoria. O processo de consultoria um processo anal-ticoque envolve tipicamente algumas combinaes de atividades relacionadascom: determinao de objetivos, descoberta de fatos, definio de problemas oude oportunidades, avaliao de alternativas, desenvolvimento de recomendaes(incluindo aes), comunicao de resultados e, s vezes, implantao e acom-panhamentoposterior. Relatrios (se emitidos) so escritos geralmente na formade narrativas (ou forma longa). Geralmente, o trabalho executado apenas parauso e benefcio do cliente. A natureza e o alcance do trabalho so determinadospor acordo entre o profissional de contabilidade e o cliente. Qualquer servioque preencha a definio de trabalho de assegurao no de consultoria, massim de assegurao.13. Um trabalho de assegurao pode ser parte de um trabalhomais amplo, por exemplo, quando um trabalho de consultoria paraaquisio de empresa inclui a exigncia de expressar asseguraoquanto s informaes contbeis histricas ou prospectivas. Nessascircunstncias, esta Estrutura Conceitual aplica-se somente parte deassegurao do trabalho.14. Os trabalhos a seguir, que podem satisfazer a definio apre-sentadano item 7, no necessitam ser executados de acordo com esta29Estrutura Conceitual:(a) trabalhos para testemunhar em processos legais com respeitoa contabilidade, auditoria, aspectos fiscais e tributrios ou outros as-suntos;e(b) trabalhos que incluam opinies profissionais, pontos de vistaou relatos, a partir dos quais o usurio possa inferir alguma assegura-o,se tudo o que se segue for aplicvel:(i) essas opinies, esses pontos de vista ou essa redao someramente acessrios face ao trabalho como um todo;(ii) qualquer relatrio emitido expressamente restrito aosusurios previstos nele especificados;(iii) segundo entendimento por escrito com os usurios pre-vistos,o trabalho no se destina a ser trabalho de assegurao; e(iv) o trabalho no foi apresentado como sendo de assegura-ono relatrio emitido. 26. Relatrio sobre trabalho de no assegurao15. O auditor independente que relate sobre um trabalho que noseja de assegurao, no mbito desta Estrutura Conceitual, distingueclaramente esse relatrio de relatrio de assegurao. Assim, para noconfundir os usurios previstos, o relatrio que no seja de assegura-oevita, por exemplo:(a) sugerir conformidade com esta Estrutura Conceitual ou comas NBC TAs, NBC TRs ou NBC TOs;(b) usar indevidamente as palavras assegurao, auditoria ou30reviso;(c) incluir declarao que possa ser confundida com uma con-clusoconcebida para aumentar o grau de confiana dos usurios pre-vistosacerca do resultado da avaliao ou mensurao de objeto deacordo com os critrios aplicveis.16. O auditor independente e a parte responsvel podem concor-darem aplicar os princpios desta Estrutura Conceitual a um trabalhoquando no houver outros usurios previstos alm da parte respons-vel,desde que sejam satisfeitas todas as outras exigncias previstasnas NBC TAs, NBC TRs e NBC TOs. Nesses casos, o relatrio doauditor independente inclui uma declarao restringindo o uso do rela-trio parte responsvel.Aceitao de trabalho17. O auditor independente deve aceitar um trabalho de assegura-osomente se, com base em seu conhecimento preliminar das cir-cunstnciasdo trabalho, indicar que:(a) possa cumprir com as exigncias do Cdigo de tica, comoindependncia e competncia profissional; e(b) o trabalho contm todas as seguintes caractersticas:(i) o objeto do trabalho apropriado;(ii) os critrios a serem adotados so adequados e esto dis-ponveisaos usurios previstos;(iii) o auditor independente tem acesso apropriado e sufici-entes evidncias que daro suporte ou fundamentao para asua concluso; 27. (iv) a concluso do auditor independente, quer seja em for-made Assegurao Razovel quer em forma de AsseguraoLimitada, puder estar contida em relatrio escrito; e(v) o auditor independente se satisfaz que h um propsitoracional para o trabalho. Se houver uma limitao relevante na ex-tensodo seu trabalho (ver item 55), provavelmente o trabalho noter um propsito racional. O auditor independente pode considerartambm que a parte contratante tem a inteno de associar o nomedo auditor ao objeto de maneira no apropriada (ver item 61).As Normas especficas (NBC TAs, NBC TRs e NBC TOs) po-demincluir requisitos adicionais que necessitam ser satisfeitos antes31da aceitao do trabalho.18. Quando um trabalho potencial no puder ser aceito como tra-balhode assegurao, porque no evidencia todas as caractersticas doitem anterior, a parte contratante pode estar em condies de identifi-carum trabalho diferente, que satisfaz as necessidades dos usuriosprevistos. Por exemplo:(a) se os critrios originais no forem adequados, um trabalhode assegurao pode ainda ser executado, desde que:(i) a parte contratante possa identificar um aspecto do objetooriginal para o qual esses critrios sejam adequados, e o auditorindependente possa executar o trabalho de assegurao com res-peitoa esse aspecto como um objeto por si prprio. Nesses casos,o relatrio de assegurao torna claro que no se relaciona com oobjeto original na sua totalidade; ou(ii) possam ser selecionados ou desenvolvidos critrios al-ternativospara o objeto original.(b) a parte contratante pode solicitar um trabalho que no sejaum trabalho de assegurao, como um trabalho de consultoria ou umtrabalho de procedimentos previamente acordados.19. Uma vez aceito o trabalho de assegurao, o auditor indepen-denteno pode alterar esse trabalho para trabalho de no assegurao,assim como no pode alterar o alcance do trabalho de asseguraorazovel para trabalho de assegurao limitada sem uma justificativarazovel. Uma alterao de circunstncias que afete as necessidadesdos usurios previstos, ou um mal entendido com referncia nature- 28. za do trabalho, justifica geralmente o pedido para alterao no traba-lho.Se essa alterao for feita, o auditor independente no deve igno-rara evidncia obtida anteriormente alterao.Elementos do trabalho de assegurao20. So discutidos nesta seo os seguintes elementos de traba-lhode assegurao:(a) relacionamento entre trs partes, envolvendo o auditor inde-pendente,a parte responsvel e os usurios previstos;(b) objeto apropriado;(c) critrios adequados;(d) evidncias apropriadas e suficientes; e(e) relatrio de assegurao escrito na forma apropriada paratrabalho de assegurao razovel ou para trabalho de asseguraolimitada.Relacionamento entre trs partes21. Os trabalhos de assegurao envolvem trs partes distintas: oauditor independente, a parte responsvel e os usurios previstos.22. A parte responsvel e os usurios previstos podem ser de di-ferentesentidades ou da mesma entidade. Como exemplo do ltimocaso, na estrutura de administrao dualista, o conselho de administra-opode procurar assegurao acerca da informao proporcionadapela diretoria executiva da entidade. O relacionamento entre a parteresponsvel e os usurios previstos necessita ser visto no contexto detrabalho especfico e pode diferir de linhas de responsabilidade maistradicionalmente definidas. Por exemplo, um executivo da alta admi-nistraoda entidade (usurio previsto) pode contratar o auditor inde-pendentepara executar um trabalho de assegurao sobre um aspectoparticular das atividades da entidade, aspecto esse que da responsa-bilidadeimediata de um nvel mais baixo de gesto (parte respons-vel),mas pelo qual o executivo, em ltima anlise, responsvel.Auditor independente23. A expresso auditor independente, como usada nesta Es-truturaConceitual, mais ampla do que a usada nas NBC TAs ouNBC TRs, que se refere apenas a auditores independentes que execu-32 29. tam trabalhos de auditoria ou de reviso de informaes contbeishistricas.24. Pode ser solicitado ao auditor independente que execute tra-balhosde assegurao em vasta gama de objetos. Alguns desses obje-tospodem exigir conhecimentos especializados alm dos geralmentepossudos por auditor independente. Conforme referido no item 17(a),um auditor independente no aceita um trabalho se seu conhecimentopreliminar das circunstncias do trabalho indicar que no sero satis-feitosos requisitos ticos referentes competncia profissional. Emalguns casos, esse requisito pode ser satisfeito pelo auditor indepen-dentepelo uso do trabalho de pessoas de outras reas profissionais,referidas como especialista. Nesses casos, o auditor independente sesatisfaz de que os especialistas que executam o trabalho possuem cole-tivamenteos conhecimentos e as habilidades exigidos, e que o auditorindependente tem um nvel adequado de envolvimento no trabalho ecompreenso do mesmo para o qual seja usado qualquer especialista.Parte responsvel25. A parte responsvel a pessoa (ou as pessoas) que:(a) e responsvel pelo objeto no trabalho de relatrio direto; ou(b) no trabalho com base em afirmao, a parte responsvel aresponsvel pela informao sobre o objeto (a afirmao) e pode serresponsvel pelo objeto. Um exemplo de quando a parte responsvelresponde tanto pela informao sobre o objeto como pelo objeto quando a entidade contrata um auditor independente para executar umtrabalho de assegurao relacionado a um relatrio que ela tenha ela-boradosobre suas prprias prticas de sustentabilidade. Um exemplode quando a parte responsvel responde pela informao sobre o obje-to,mas no pelo objeto, d-se quando uma organizao governamen-talcontrata um auditor independente para executar um trabalho deassegurao, relativo ao relatrio sobre as prticas de sustentabilidadeda empresa privada, relatrio esse que a referida organizao gover-namentaltenha elaborado com o objetivo de distribuir para os usurios33previstos.A parte responsvel pode ser ou pode no ser a parte que contratao auditor independente (a parte contratante).26. A parte responsvel geralmente fornece ao auditor indepen-denteuma representao formal (carta de representao da adminis- 30. trao), que avalia ou mensura o objeto de acordo com os critriosaplicveis, devendo ela ficar ou no disposio dos usurios previs-toscomo uma afirmao. No trabalho de relatrio direto, o auditorindependente pode no ser capaz de obter essa representao quando aparte contratante for diferente da parte responsvel.Usurios previstos27. Os usurios previstos so a pessoa, as pessoas ou o grupo depessoas para quem o auditor independente submete seu relatrio deassegurao. A parte responsvel pode ser um dos usurios previstos,mas no pode ser o nico.28. Sempre que possvel, o relatrio de assegurao dirigido atodos os usurios previstos, mas em alguns casos, podem existir outrosusurios. O auditor independente pode no ser capaz de identificartodos os que iro ler o relatrio de assegurao, particularmente quan-dohouver grande nmero de pessoas que tenham acesso ao relatrio.Nesses casos, particularmente quando for provvel que possveis leito-restenham vasta escala de interesses no objeto, os usurios previstospodem ser limitados aos principais interessados com demandas signi-ficativase comuns. Os usurios previstos podem ser identificados dediferentes formas, por exemplo, mediante acordo entre o auditor inde-pendentee a parte responsvel, com a parte contratante ou por lei.29. Sempre que possvel, h envolvimento entre os usuriosprevistos ou os seus representantes com o auditor independente e aparte responsvel (ou a parte contratante, se diferente) para determinaros requisitos do trabalho. Independente do envolvimento de outros ediferentemente de trabalho de procedimentos previamente acordados(que envolve relatar fatos identificados com base nos procedimentos,em vez de uma concluso):(a) o auditor independente responsvel pela determinao danatureza, da poca e da extenso dos procedimentos; e(b) exigido do auditor independente que continue investigandoqualquer assunto que tenha chegado ao seu conhecimento e que o levea questionar se deve ser feita modificao relevante na informaosobre o objeto do trabalho.30. Em alguns casos, os usurios previstos (por exemplo, ban-queirose reguladores) exigem ou pedem parte responsvel (ou parte contratante, se diferente) que providencie um trabalho de assegu-34 31. rao a ser executado com uma finalidade especfica. Quando os tra-balhosforem destinados para usurios previstos especificados ou comuma finalidade especfica, o auditor independente considera incluiruma restrio no relatrio de assegurao que limita o seu uso a essesusurios previstos ou a essa finalidade.Objeto31. O objeto e a informao sobre o objeto de trabalho de asse-guraopodem tomar vrias formas, como:(a) desempenho ou condies financeiras (por exemplo, posiopatrimonial e financeira histrica ou prospectiva, desempenho dasoperaes e fluxos de caixa) para os quais a informao sobre o objetopode ser o reconhecimento, a mensurao, a apresentao e a divulga-onas demonstraes contbeis;(b) desempenho ou condies no financeiras (por exemplo, de-sempenhoda entidade) para os quais a informao sobre o objeto podeser o principal indicador de eficincia e eficcia;(c) caractersticas fsicas (por exemplo, capacidade de instala-o)para os quais a informao sobre o objeto pode ser um documen-tode especificaes;(d) sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da enti-dadeou o sistema de tecnologia da informao) para os quais a infor-maosobre o objeto pode ser uma afirmao acerca da sua eficcia;(e) o comportamento (por exemplo, governana corporativa daentidade, conformidade com regulamentao, prticas de recursoshumanos) para o qual a informao sobre o objeto pode ser uma decla-raode conformidade ou uma declarao de eficcia.32. Os objetos tm diferentes caractersticas, incluindo o grauem que a informao acerca deles qualitativa versus quantitativa,objetiva versus subjetiva, histrica versus prospectiva, e se relaciona auma determinada data-base ou abrange um perodo. Essas caractersti-casafetam:(a) a preciso com que o objeto pode ser avaliado ou mensurado35de acordo com os critrios; e(b) a persuaso da evidncia disponvel. 32. O relatrio de assegurao aponta caractersticas de particular re-levncia36aos usurios previstos.33. Um objeto apropriado tem as seguintes caractersticas:(a) identificvel e passvel de avaliao ou mensurao basea-daem critrios identificados; e(b) as informaes sobre esse objeto podem ser submetidas aosprocedimentos que proporcionem evidncia suficiente e que permitamuma concluso apropriada, quer se trate de assegurao razovel querde assegurao limitada.Critrios34. Os critrios so os pontos de referncia (benchmarks) usadospara avaliar ou mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante,referncias para a apresentao e a divulgao. Os critrios podem serformais; por exemplo, na elaborao de demonstraes contbeis, oscritrios podem ser as prticas contbeis adotadas no Brasil. Quandose relatar sobre controle interno, os critrios podem ser a estruturaconceitual estabelecida de controle interno, ou objetivos de controleindividual especificamente planejados para o trabalho. Quando serelatar sobre conformidade, os critrios podem estar relacionados comlei, regulamento ou contrato. Exemplos de critrios menos formaisso: cdigo de conduta desenvolvido internamente (como o nmero devezes que se espera que determinado comit se rena durante o ano)ou nvel acordado de desempenho.35. So exigidos critrios adequados para a avaliao ou para amensurao razoavelmente consistente de um objeto dentro do contex-tode julgamento profissional. Sem uma base de referncia proporcio-nadapor critrios adequados, qualquer concluso est sujeita inter-pretaoindividual e a mal-entendidos. Critrios adequados dependemdo contexto, isto , so relevantes s circunstncias do trabalho. Atpara o mesmo objeto pode haver critrios diferentes. Por exemplo,quando o objeto a satisfao do cliente, uma parte responsvel podeselecionar o nmero de queixas de clientes satisfatoriamente resolvi-das,e outra parte responsvel pode selecionar o nmero de comprasrepetidas nos trs meses que se seguem compra inicial.36. Os critrios adequados apresentam as seguintes caractersti-cas: 33. (a) relevncia: critrios relevantes contribuem para a tomada de37deciso pelos usurios previstos;(b) integridade: os critrios so suficientemente completosquando os fatores relevantes, que podem influenciar as concluses nocontexto do trabalho, no foram omitidos. Critrios completos inclu-em,quando relevante, pontos de referncia (benchmarks) para a di-vulgaoe a apresentao;(c) confiabilidade: critrios confiveis permitem a avaliao oua mensurao razoavelmente uniforme do objeto, o que inclui, quandorelevante, a apresentao e a divulgao, quando utilizada em circuns-tnciassimilares por auditores independentes igualmente qualificados;(d) neutralidade: critrios neutros contribuem para conclusesno tendenciosas;(e) entendimento: critrios compreensveis possibilitam conclu-sesclaras e completas e sem o risco de interpretaes significativa-mentediferentes.A avaliao ou a mensurao de objeto com base nas prpriasexpectativas, julgamentos e experincia individual do auditor inde-pendenteno constituem critrios adequados.37. O auditor independente avalia a adequao de critrios paradeterminado trabalho ao considerar se eles refletem as caractersticasacima mencionadas. A importncia relativa de cada caracterstica dedeterminado trabalho uma questo de julgamento. Os critrios po-demser estabelecidos ou especificamente desenvolvidos. Os critriosestabelecidos so os que esto incorporados em leis ou em regulamen-tos,ou os que so emitidos por reconhecidas organizaes de especia-listas,que seguem um processo transparente de tramitao. Critriosespecificamente desenvolvidos so os aqueles planejados para a fina-lidadedo trabalho. Se os critrios forem estabelecidos ou especifica-mentedesenvolvidos, eles afetam o trabalho que o auditor indepen-denteexecuta a fim de avaliar a sua adequao para determinado tra-balho.38. Os critrios necessitam estar disponveis aos usurios previs-tospara lhes permitir compreender como o objeto foi avaliado oumensurado. Os critrios podem estar disposio dos usurios previs-tospor uma ou mais das seguintes formas: 34. (a) publicamente;(b) por meio de incluso, de maneira clara, na apresentao da38informao sobre o objeto;(c) por incluso, de maneira clara, no relatrio de assegurao;(d) por entendimento geral, como por exemplo, o critrio demensurar o tempo em horas e minutos.Os critrios podem, tambm, apenas estar disposio de usu-riosprevistos especficos; por exemplo, os termos do contrato ou cri-triosemitidos por uma associao do setor que estejam apenas dis-posiodos que atuam nesse setor. Quando os critrios identificadosestiverem apenas disposio de usurios previstos especficos ouforem relevantes apenas para finalidade especfica, o uso do relatriode assegurao restrito a esses usurios previstos ou a essa finalida-de.(*)(*) Enquanto o relatrio de assegurao pode ser de uso restrito, no caso de terum propsito especfico ou de ser destinado somente para determinados usu-riosprevistos, a ausncia de restrio em relao a um determinado leitor oupropsito no indicativa, por si s, de que o auditor independente assume aresponsabilidade legal perante esse leitor ou esse propsito. A assuno dessaresponsabilidade depende das circunstncias de cada caso e dos aspectos jurdi-cosrelevantes envolvidos.Evidncias39. O auditor independente planeja e executa o trabalho de asse-guraocom atitude de ceticismo profissional para obter evidnciaapropriada e suficiente sobre se a informao relativa ao objeto estlivre de distores relevantes. O auditor independente considera amaterialidade, o risco do trabalho de assegurao, a quantidade e aqualidade das evidncias disponveis quando planeja e executa o tra-balho,em especial quando determina a natureza, a poca ou a exten-sodos procedimentos de obteno de evidncia.Ceticismo profissional40. O auditor independente planeja e executa o trabalho de asse-guraocom atitude de ceticismo profissional, reconhecendo que po-demexistir circunstncias que faam com que a informao sobre oobjeto contenha distores relevantes. A atitude de ceticismo profis-sionalsignifica que o auditor independente faz uma avaliao crtica,mantendo-se de forma mentalmente questionadora, com referncia 35. validade da evidncia obtida e mantm-se alerta para qualquer evidn-ciaque contradiga ou ponha em dvida a confiabilidade de documen-tosou representaes da parte responsvel. Por exemplo, necessriaatitude de ceticismo profissional ao longo de todo o trabalho. Isso necessrio, para que o auditor independente reduza o risco de noidentificar circunstncias suspeitas, de generalizar em suas conclusescom base em observaes e de usar pressupostos errados na determi-naoda natureza, poca e extenso dos procedimentos de obtenode evidncia e da avaliao dos respectivos resultados.41. O trabalho de assegurao raramente envolve a autenticaode documentos e o auditor independente no est treinado para ser,nem se espera que ele seja, especialista nesse tipo de autenticao.Contudo, o auditor independente considera a confiabilidade da infor-maoa ser usada como evidncia, por exemplo, fotocpias, fac-smiles,documentos filmados ou digitalizados ou outros documentoseletrnicos, incluindo a considerao dos controles sobre a sua prepa-raoe manuteno, quando relevantes.Suficincia e adequao da evidncia suficiente e apropriada42. Suficincia a medida da quantidade da evidncia. Adequa-o a medida da qualidade da evidncia; isto , a sua relevncia e asua confiabilidade. A quantidade de evidncia necessria afetadapelo risco da informao sobre o objeto conter distores relevantes(quanto maior o risco, maior o nvel de evidncia que, provavelmente,ser exigido) e tambm pela qualidade de tal evidncia (quanto maiselevada a qualidade, menor o nvel de evidncia que ser exigido).Assim sendo, a suficincia e a adequao de evidncia esto inter--relacionadas. Entretanto, a simples obteno de mais evidncia podeno compensar a sua inadequao ou falta de qualidade.43. A confiabilidade da evidncia influenciada pela sua fonte epela sua natureza e dependente das circunstncias individuais emque obtida. Podem ser feitas generalizaes acerca da confiabilidadede vrias espcies de evidncias; porm, tais generalizaes estosujeitas a excees importantes. Mesmo quando a evidncia for obtidade fontes externas entidade, podem existir circunstncias capazes deafetar a confiabilidade da informao obtida. Por exemplo, a evidnciaobtida de fonte externa independente pode no ser confivel se a fonteno for abalizada. Embora reconhecendo que podem existir excees,39 36. as seguintes generalizaes acerca da confiabilidade da evidnciapodem ser teis:(a) a evidncia mais confivel quando for obtida de fontes in-dependentes,40fora da entidade;(b) a evidncia que gerada internamente mais confivelquando os controles internos so eficazes;(c) a evidncia obtida diretamente pelo auditor independente(por exemplo, a observao da aplicao de controle) mais confiveldo que a evidncia obtida indiretamente ou por inferncia (por exem-plo,a indagao acerca da aplicao de controle);(d) a evidncia mais confivel quando em forma documental,seja em papel, em forma eletrnica ou outro meio (por exemplo, a atade reunio formalmente elaborada mais confivel do que uma decla-raooral subsequente daquilo que foi discutido);(e) a evidncia proporcionada por documentos originais maisconfivel do que a evidncia proporcionada por fotocpias ou fac-smiles.44. O auditor independente geralmente obtm mais segurana deevidncia consistente quando for obtida de diferentes fontes ou denatureza diferente, do que de itens de evidncia individualmente con-siderados.Adicionalmente, a obteno de evidncia de fontes diferen-tesou de natureza diferente pode indicar que a evidncia de item indi-vidualno confivel. Por exemplo, corroborar a informao obtidade fonte independente da entidade pode aumentar a segurana que oauditor independente obtm de representao da parte responsvel.Por outro lado, quando a evidncia obtida de fonte for inconsistentecom a obtida de outra fonte, o auditor independente determina quaisprocedimentos adicionais de obteno de evidncia so necessriospara resolver a inconsistncia.45. Em termos de obter evidncia apropriada e suficiente, ge-ralmentemais difcil obter segurana acerca da informao sobre oobjeto cobrindo um perodo do que acerca da informao sobre o ob-jetoem dado momento. Adicionalmente, as concluses proporciona-dassobre processos so geralmente limitadas ao perodo abrangidopelo trabalho; o auditor independente no proporciona conclusessobre se no futuro o processo continuar a funcionar da maneira espe-cificada. 37. 46. O auditor independente considera a relao entre o custo deobter evidncia e a utilidade da informao obtida. Contudo, a questoda dificuldade ou do gasto envolvido no por si s fundamento vli-dopara omitir procedimento de obteno de evidncia para o qual noh alternativa. O auditor independente usa o seu julgamento profissio-nale exerce o ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e a quali-dadeda evidncia e, por conseguinte, sua suficincia e sua adequaopara fundamentar o relatrio de assegurao.Materialidade47. A materialidade importante quando o auditor independentedetermina a natureza, a poca e a extenso dos procedimentos de ob-tenode evidncia e quando ele determina se a informao sobre oobjeto est isenta de distoro. Ao considerar a materialidade, o audi-torindependente compreende e avalia quais fatores podem influenciaras decises dos usurios previstos. Por exemplo, quando os critriosidentificados permitirem variaes na apresentao da informaosobre o objeto, o auditor independente considera como a apresentaoadotada pode influenciar as decises dos usurios previstos. A materi-alidade considerada no contexto de fatores quantitativos e qualitati-vos,como a magnitude relativa, a natureza e a extenso dos efeitosdesses fatores na avaliao ou na mensurao do objeto e os interessesdos usurios previstos. A determinao da materialidade e a importn-ciarelativa de fatores quantitativos e qualitativos em determinadotrabalho so assuntos que envolvem o julgamento profissional do au-ditorindependente.Risco do trabalho de assegurao48. O risco do trabalho de assegurao o risco de que o auditorindependente expresse uma concluso inapropriada caso a informaosobre o objeto contenha distores relevantes(*). Em trabalho de asse-guraorazovel, o auditor independente reduz o risco de trabalho deassegurao a um nvel aceitavelmente baixo nas circunstncias, demodo a obter garantia razovel de confiabilidade como fundamentopara uma forma positiva de expresso da sua concluso. O nvel dorisco do trabalho de assegurao mais elevado em trabalho de asse-guraolimitada do que em trabalho de assegurao razovel, porfora das diferenas existentes em relao natureza, poca ou extenso dos procedimentos de obteno de evidncia. Contudo, emtrabalho de assegurao limitada, a combinao da natureza, poca e41 38. extenso dos procedimentos de obteno de evidncia , pelo menos,suficiente para o auditor independente obter um nvel significativo desegurana como base para expressar uma concluso na forma negati-va,de que nada chegou ao seu conhecimento. Para ser significativo, provvel que o nvel de segurana obtido pelo auditor independenteaumente a confiana dos usurios previstos acerca da informao so-breo objeto, a um grau que seja claramente mais do que trivial.(*) a) isso inclui o risco, naqueles trabalhos de relatrio direto, em que ainformao sobre o objeto consta apenas na concluso do auditor independente,na qual este conclui inapropriadamente que o objeto est, em todos os aspectosrelevantes, de acordo com o critrio XYZ; por exemplo: em nossa opinio, oscontroles internos so eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo comos critrios XYZ; eb) em adio ao risco do trabalho de assegurao, o AuditorIndependente est exposto ao risco de expressar uma conclusoerrada quando a informao sobre o objeto no est significativa-mentedistorcida e os riscos de perda decorrentes de litgio, publi-cidadeadversa, ou outros fatos que surgem em conexo com oobjeto relatado. Esses riscos no fazem parte dos riscos de traba-lho42de assegurao.49. Em geral, o risco do trabalho de assegurao pode ser repre-sentadopelos seguintes componentes, embora nem todos estes com-ponentesestejam necessariamente presentes ou sejam significativospara todos os trabalhos de assegurao:(a) o risco de que a informao sobre o objeto contenha distor-esrelevantes, o que, por sua vez, consiste em:(i) risco inerente a suscetibilidade da informao sobre oobjeto a uma distoro relevante, pressupondo que no haja con-trolesrelacionados; e(ii) risco de controle o risco de que uma distoro relevantepossa ocorrer e no ser evitada, ou detectada e corrigida, em tem-pohbil por controles internos relacionados. Quando o risco decontrole relevante para o objeto, algum risco de controle sempreexistir em decorrncia das limitaes inerentes ao desenho e operao do controle interno; e(b) risco de deteco o risco de que o auditor independente nodetecte uma distoro relevante existente. 39. O grau em que o auditor independente considera cada um dessescomponentes afetado pelas circunstncias do trabalho, em particular,pela natureza do objeto e se est sendo executado um trabalho de as-seguraorazovel ou de assegurao limitada.Natureza, poca e extenso dos procedimentos de obteno deevidncia50. A natureza, poca e a extenso dos procedimentos de obten-ode evidncia variam de um trabalho para outro. Em teoria, sopossveis infinitas variaes nos procedimentos de obteno de evi-dncia.Na prtica, porm, essas variaes so difceis de comunicarde forma clara e sem ambiguidade. O auditor independente tenta co-munic-las de forma clara e sem ambiguidade e utiliza a forma apro-priadaa um trabalho de assegurao razovel ou a um trabalho deassegurao limitada. Quando a informao sobre o objeto compostade diversos aspectos, concluses separadas podem ser expressas paracada aspecto. Do mesmo modo que nem todas essas concluses neces-sitamdo mesmo nvel de procedimentos de obteno de evidncias,cada concluso expressa da forma que seja apropriada, tanto na as-seguraorazovel quanto na assegurao limitada.51. Assegurao razovel um conceito que se relaciona coma acumulao de evidncia necessria para que o auditor independenteconclua com relao informao sobre o objeto tomada como umtodo. Para estar em posio de expressar uma concluso de formapositiva, exigida em trabalho de assegurao razovel, necessrioque o auditor independente obtenha evidncia apropriada e suficiente,como parte do processo de trabalho sistemtico e repetitivo, envol-vendo:(a) o entendimento do objeto e de outras circunstncias que, de-pendendodo objeto, incluem o entendimento do controle interno;(b) com base nesse entendimento, avaliar os riscos de que a in-formaosobre o objeto possa conter distores relevantes;(c) resposta aos riscos identificados, incluindo o desenvolvimen-tode respostas gerais e determinao da natureza, da poca e da ex-tensode outros procedimentos;(d) executar outros procedimentos claramente ligados aos riscosidentificados, usando uma combinao de inspeo, observao, con-firmao,reclculo, reexecuo, procedimentos analticos e indaga-43 40. o. Esses procedimentos adicionais envolvem procedimentos subs-tantivosque incluem, quando aplicvel, obter informao corroborati-vade fontes independentes da parte responsvel e, dependendo danatureza do objeto, testes de eficcia operacional de controle; e(e) avaliar a suficincia e a adequao da evidncia.52. Assegurao razovel menos do que segurana absoluta.Reduzir o risco de trabalho de assegurao a zero algo raramentefactvel ou vantajoso em termos de custo, como resultado de fatorescomo:(a) uso de testes seletivos;(b) limitaes inerentes ao controle interno;(c) o fato de que muitas das evidncias disponveis ao auditorindependente serem mais persuasivas do que conclusivas;(d) uso do julgamento na obteno e na avaliao de evidncias,bem como na formao de concluses, com base nessas evidncias;(e) em alguns casos, as caractersticas do objeto, quando avalia-dasou mensuradas em comparao com os critrios identificados.53. Tanto os trabalhos de assegurao razovel como os de asse-guraolimitada requerem a aplicao de habilidades e tcnicas para aobteno de evidncias apropriadas e suficientes, no contexto do pro-cessode trabalho sistemtico e repetitivo, que inclui a obteno deentendimento do objeto e de outras circunstncias do trabalho. Noentanto, a natureza, a poca e a extenso dos procedimentos de obten-ode evidncias apropriadas e suficientes, em trabalho de assegura-olimitada, so propositadamente limitadas em comparao a umtrabalho de assegurao razovel. No caso de alguns objetos, podemexistir normas especficas de orientao sobre os procedimentos para aobteno de evidncias apropriadas e suficientes para trabalho de as-seguraolimitada. Por exemplo, a norma NBC TR 2400 Trabalhosde Reviso de Demonstraes Contbeis estabelece que a evidnciaapropriada e suficiente para revises obtida primordialmente pormeio de procedimentos analticos e indagaes. Na falta de normaespecfica, esses procedimentos variaro conforme as circunstnciasdo trabalho, em particular: o objeto e as necessidades dos usuriosprevistos e do contratante, inclusive limitaes pertinentes de tempo ede custo. Tanto nos trabalhos de assegurao razovel como nos de44 41. assegurao limitada, se o auditor independente tomar conhecimentode assunto que o leve a questionar se deve ou no ser feita algumamodificao relevante nas informaes sobre o objeto, o auditor deveexecutar outros procedimentos suficientes que permitam incluir talassunto no seu relatrio.Quantidade e qualidade da evidncia disponvel54. A quantidade ou a qualidade de evidncia disponvel afeta-dapelas:(a) caractersticas do objeto e da informao sobre o objeto. Porexemplo, pode ser esperada evidncia menos objetiva, quando a in-formaoacerca do objeto for voltada para o futuro e no histrica45(ver item 32); e(b) outras circunstncias do trabalho, que no as caractersticasdo objeto, quando se possa esperar que a evidncia existente no este-jadisponvel em funo, por exemplo, da poca de contratao doauditor independente, da poltica de reteno de documentos da enti-dadeou de restrio imposta pela parte responsvel.Geralmente, a evidncia disponvel mais persuasiva do queconclusiva.55. Uma concluso sem ressalva no apropriada para nenhumdos tipos de trabalhos de assegurao, no caso de limitao relevantena extenso do trabalho do auditor independente, isto , quando:(a) as circunstncias impeam o auditor independente de obter aevidncia requerida para reduzir o risco de trabalho de assegurao aonvel apropriado; ou(b) a parte responsvel ou o contratante imponha restrio queimpea o auditor independente de obter a evidncia requerida parareduzir o risco do trabalho de assegurao ao nvel apropriado.Relatrio de assegurao56. O auditor independente apresenta relatrio contendo umaconcluso que expresse a segurana obtida acerca da informao sobreo objeto. As NBC TAs, NBC TRs e NBC TOs estabelecem os elemen-tosbsicos dos relatrios de assegurao. Adicionalmente, o auditorindependente considera outras responsabilidades referentes emisso 42. de relatrio, inclusive a comunicao com os responsveis pela gover-nanacorporativa, quando apropriado.57. Em trabalho baseado em afirmaes, a concluso do auditor46independente pode ser redigida:(a) em termos da afirmao da parte responsvel (por exemplo:Em nossa opinio, a afirmao da parte responsvel de que os contro-lesinternos so eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordocom os critrios XYZ, adequada); ou(b) diretamente em termos do objeto e dos critrios (por exem-plo,Em nossa opinio, os controles internos so eficazes, em todosos aspectos relevantes, de acordo com os critrios XYZ).Em trabalho de relatrio direto, a concluso do auditor indepen-dente redigida diretamente em termos do objeto e dos critrios.58. Em trabalho de assegurao razovel, o auditor independenteexpressa a concluso de forma positiva, por exemplo: Em nossa opi-nio,os controles internos so eficazes, em todos os aspectos relevan-tes,de acordo com os critrios XYZ. Esta forma de expresso conduz assegurao razovel. Tendo executado procedimentos de obten-ode evidncia de natureza, poca e extenso que foram razoveis,dadas as caractersticas do objeto e outras circunstncias relevantes dotrabalho descritas no relatrio de assegurao, o auditor independenteobteve evidncia apropriada e suficiente para reduzir o risco do traba-lhode assegurao a um nvel aceitavelmente baixo.59. Em trabalho de assegurao limitada, o auditor independenteexpressa a concluso de forma negativa, por exemplo, Com base emnosso trabalho, descrito neste relatrio, no temos conhecimento denenhum fato que nos leve a acreditar que os controles internos no soeficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critriosXYZ. Esta forma de expresso conduz a um nvel de asseguraolimitada que proporcional ao nvel dos procedimentos de obtenode evidncia aplicados pelo auditor independente, dadas as caracters-ticasdo objeto e outras circunstncias do trabalho descritas no relat-riode assegurao.60. O auditor independente no expressa uma concluso sem res-salvaspara nenhum dos dois tipos de trabalho de assegurao quandoexistirem as circunstncias descritas a seguir e, no julgamento do audi-torindependente, o efeito do assunto seja ou possa ser relevante: 43. (a) exista limitao no alcance do trabalho do auditor indepen-dente(ver item 55). O auditor independente expressa uma conclusocom ressalva ou uma absteno de concluso, dependendo de quorelevante ou disseminada seja a limitao. Em alguns casos, o auditorindependente considera retirar-se do trabalho;47(b) nos casos em que:(i) a concluso do auditor independente seja redigida emtermos da afirmao da parte responsvel e que essa afirmaono seja adequada, em todos os seus aspectos relevantes; ou(ii) a concluso do auditor independente seja redigida dire-tamenteem termos do objeto e dos critrios e a informao sobreo objeto contenha distoro relevante, o auditor independente ex-pressauma concluso com ressalva ou adversa, dependendo dequo relevante ou disseminado seja o assunto.(*)(*) Naqueles trabalhos de relatrio direto, onde a informao sobre o objeto constaapenas na concluso do auditor independente, este conclui que o objeto no estde acordo, em todos os aspectos relevantes, com os critrios, como por exemplo:em nossa opinio, exceto [....], os controles internos so eficazes, em todos os as-pectosrelevantes, de acordo com os critrios XYZ. Estas concluses poderiamser consideradas como ressalvadas (ou adversas, conforme o caso).(c) quando for identificado, aps o trabalho ter sido aceito, queos critrios so inadequados ou que o objeto no apropriado para otrabalho de assegurao, o auditor independente expressa:(i) uma concluso com ressalva ou uma concluso adversa,dependendo de quo relevante ou disseminado seja o assunto,quando critrios ou objetos no apropriados induzirem os usu-riosprevistos a erro; ou(ii) uma concluso com ressalvas ou uma absteno de con-cluso,dependendo de quo relevante ou disseminado seja o as-sunto,nos demais casos.Em alguns casos, o auditor independente considera retirar-se dotrabalho.Uso indevido do nome do auditor independente61. Um auditor independente est associado a um objeto quandoemite um relatrio sobre a informao acerca do objeto, ou quandoconsente em ter seu nome associado profissionalmente ao objeto. Se o 44. auditor independente no estiver associado dessa maneira, terceirosno podem presumir a sua responsabilidade. Se o auditor independen-tetomar conhecimento de que uma parte est usando indevidamenteseu nome em associao com o objeto, ele requer dessa parte que nocontinue a faz-lo. O auditor independente tambm considera queoutros passos possam ser necessrios, como informar quaisquer tercei-rosusurios previstos de que se tenha conhecimento acerca do usoindevido de seu nome, ou procurar aconselhamento jurdico.Perspectiva do setor pblicoEsta Estrutura Conceitual relevante para todos os Profissionaisde Contabilidade no setor pblico que sejam independentes da entida-depara a qual executam trabalhos de assegurao. Quando os Profis-sionaisde Contabilidade do setor pblico no forem independentes daentidade para a qual executam um trabalho de assegurao, deve seradotada a orientao contida no item 1(a).48 45. APNDICEDiferenas entre trabalho de assegurao razovel e de asseguraolimitadaEste Apndice apresenta as diferenas entre um trabalho de asseguraorazovel e um trabalho de assegurao limitada descritos na Estrutura Con-ceitualpara Trabalhos de Assegurao.Tipo de trabalho Objetivo Procedimentos de obteno deevidncia49Relatrio de Asse-guraoTrabalho deasseguraorazovelReduzir o risco do trabalhode assegurao razovel aum nvel aceitavelmentebaixo nas circunstnciasdo trabalho, como basepara forma positiva deexpresso da conclusodo auditor independente(item 11). obtida evidncia adequada esuficiente como parte de processode trabalho sistemtico e repetitivoque inclui: entendimento das circunstn-ciasdo trabalho; determinao dos riscos; resposta aos riscos identifica-dos; execuo de procedimentosadicionais pelo uso de combina-ode inspeo, observao,confirmao, reclculo, reexe-cuo,procedimentos analticose indagao. Tais procedimen-tosadicionais envolvem proce-dimentossubstantivos, que in-cluem,quando aplicvel, a ob-tenode informao corrobora-tivae dependendo da naturezado objeto, testes de eficciaoperacional dos controles; e avaliao da suficincia eadequao da evidncia (itens51 e 52).Descrio dascircunstncias dotrabalho e da formapositiva de expres-soda concluso(item 58).Trabalho deasseguraolimitadaReduo no risco de trabalhode assegurao limitada aum nvel aceitavelmentebaixo nas circunstncias dotrabalho, mas em que o riscoseja maior do que emtrabalho de asseguraorazovel, como base paraforma negativa de expressoda concluso do auditorindependente (item 11). obtida evidncia apropriada esuficiente como parte de processode trabalho sistemtico e repetitivoque inclui a obteno de compre-ensodo objeto e de outrascircunstncias do trabalho, cujosprocedimentos so deliberadamen-telimitados em relao a trabalhode assegurao razovel (item 53).Descrio dascircunstncias dotrabalho e da formanegativa de expres-soda concluso(item 59)(1) Publicada no DOU, de 03-12-2009.(2) Revogado pela Resoluo CFC n 1.323-11, DOU de 21-02-11. 46. A Resoluo CFC n. 1.329-11 alterou a sigla e a numerao daNBC T 19.27 citada nesta Norma para NBC TG 26.RESOLUO CFC n 1.203(1)de 27 de novembro de 2009Aprova a NBC TA 200 Objetivos Geraisdo Auditor Independente e a Conduo daAuditoria em Conformidade com Normas deAuditoria.O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-ciode suas atribuies legais e regimentais,CONSIDERANDO o processo de convergncia das Normas Bra-sileirasde Contabilidade aos padres internacionais;CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade membro associado da IFAC Federao Internacional de Contadores;CONSIDERANDO a Poltica de Traduo e Reproduo deNormas, emitida pela IFAC em dezembro de 2008;CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do servio ao inte-ressepblico, recomenda que seus membros e associados realizem atraduo das suas normas internacionais e demais publicaes;CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes,a IFAC autorizou, no Brasil, como tradutores das suas normas e publi-caes,o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON Institu-todos Auditores Independentes do Brasil;CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cesso de direitos fir-mado,outorgou aos rgos tradutores os direitos de realizar a tradu-o,publicao e distribuio das normas internacionais impressas e50em formato eletrnico,RESOLVE: 47. Art. 1. Aprovar a NBC TA 200 Objetivos Gerais do AuditorIndependente e a Conduo da Auditoria em Conformidade comNormas de Auditoria, elaborada de acordo com a sua equivalenteinternacional ISA 200.Art. 2. Esta Resoluo entra em vigor nos exerccios iniciadosem ou aps 1. de janeiro de 2010.Art. 3. Aplicam-se as normas atualmente vigentes para os traba-lhosde auditoria de exerccios iniciados antes de 1. de janeiro de512010.Art. 4. Observado o disposto no artigo anterior, ficam revogadas,a partir de 1. de janeiro de 2010, as Resolues CFC ns. 820-97,830-98, 836-99, 953-03, 981-03, 1.012-05, 1.022-05, 1.024-05, 1.029-05, 1.035-05, 1.036-05, 1.037-05, 1.038-05, 1.039-05, 1.040-05 e1.054-05, publicadas no DOU, Seo I, de 21-1-98, 21-12-98, 2-3-99,3-2-03, 11-11-03, 25-1-05, 22-4-05, 9-5-05, 6-7-05, 22-9-05, 22-9-05,22-9-05, 22-9-05, 22-9-05, 22-9-05 e 8-11-05, respectivamente.Braslia, 27 de novembro de 2009.Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente 48. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC TA 200 OBJETIVOS GERAIS DO AUDITORINDEPENDENTE E A CONDUO DA AUDITORIA EMCONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIAndice ItemINTRODUOAlcance 1 2Auditoria de demonstraes contbeis 3 9Data de vigncia 10OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR 11 12DEFINIES 13REQUISITOSRequisitos ticos relacionados auditoria dedemonstraes contbeis 14Ceticismo profissional 15Julgamento profissional 16Evidncia de auditoria apropriada e suficiente e riscode auditoria 17Conduo da auditoria em conformidade com NBC TAs 18 24APLICAO E OUTROS MATERIAIS EXPLICATIVOSAuditoria de demonstraes contbeis A1 A13Requisitos ticos relacionados auditoria dedemonstraes contbeis A14 A17Ceticismo profissional A18 A22Julgamento profissional A23 A27Evidncia de auditoria apropriada e suficiente erisco de auditoria A28 A52Conduo da auditoria em conformidade com NBC TAs A53 A7652IntroduoAlcance1. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais doauditor independente na conduo da auditoria de demonstraes con-tbeisem conformidade com as normas brasileiras e internacionais deauditoria. Nesta Norma e em outras normas elas esto substancialmen-teapresentadas pela sua sigla NBC TA. Especificamente, ela expeos objetivos gerais do auditor independente e explica a natureza e oalcance da auditoria para possibilitar ao auditor independente o cum-primentodesses objetivos. Ela tambm explica o alcance, a autoridade 49. e a estrutura das NBC TAs e inclui requisitos estabelecendo as res-ponsabilidadesgerais do auditor independente aplicveis em todas asauditorias, inclusive a obrigao de atender todas as NBC TAs. Dora-vante,o auditor independente denominado o auditor.2. As NBC TAs so escritas no contexto da auditoria de demons-traescontbeis executada por um auditor. Elas devem ser adaptadasconforme necessrio s circunstncias, quando aplicadas a auditoriasde outras informaes contbeis histricas. As NBC TAs no endere-amas responsabilidades do auditor que possam existir numa legisla-o,regulamentao ou de outra forma, por exemplo, como em cone-xocom uma oferta pblica de ttulos. Essas responsabilidades po-demser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessaforma, enquanto o auditor pode encontrar aspectos nas NBCTAs que o apoiem nessas circunstncias, responsabilidade doauditor garantir cumprimento de todas as obrigaes legais, re-gulatrias53e profissionais.Auditoria de demonstraes contbeis3. O objetivo da auditoria aumentar o grau de confiana nasdemonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso alcanado me-diantea expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstra-escontbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, emconformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel. Nocaso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opini-oexpressa se as demonstraes contbeis esto apresentadas adequa-damente,em todos os aspectos relevantes, em conformidade com aestrutura de relatrio financeiro. A auditoria conduzida em conformi-dadecom as normas de auditoria e exigncias ticas relevantes capaci-tao auditor a formar essa opinio (ver item A1).4. As demonstraes contbeis sujeitas auditoria so as da en-tidade,elaboradas pela sua administrao, com superviso geral dosresponsveis pela governana. As NBC TAs no impem responsabi-lidades administrao ou aos responsveis pela governana e no sesobrepe s leis e regulamentos que governam as suas responsabilida-des.Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de audito-ria conduzida com base na premissa de que a administrao e, quan- 50. do apropriado, os responsveis pela governana tm conhecimento decertas responsabilidades que so fundamentais para a conduo daauditoria. A auditoria das demonstraes contbeis no exime dessasresponsabilidades a administrao ou os responsveis pela governana(ver itens A2 a A11).5. Como base para a opinio do auditor, as NBC TAs exigemque ele obtenha segurana razovel de que as demonstraes contbeiscomo um todo esto livres de distoro relevante, independentementese causadas por fraude ou erro. Assegurao razovel um nvel ele-vadode segurana. Esse nvel conseguido quando o auditor obtmevidncia de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nvelaceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto , o risco de que o audi-torexpresse uma opinio inadequada quando as demonstraes cont-beiscontiverem distoro relevante). Contudo, assegurao razovelno um nvel absoluto de segurana porque h limitaes inerentesem uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evi-dnciasde auditoria em que o auditor baseia suas concluses e suaopinio, persuasiva e no conclusiva (ver itens A28 a A52).6. O conceito de materialidade aplicado pelo auditor no plane-jamentoe na execuo da auditoria, e na avaliao do efeito de distor-esidentificadas sobre a auditoria e de distores no corrigidas, sehouver, sobre as demonstraes contbeis (NBC TA 320 - Materiali-dadeno Planejamento e na Execuo da Auditoria, e NBC TA 450 -Avaliao das Distores Identificadas durante a Auditoria). Em geral,as distores, inclusive as omisses, so consideradas relevantes se forrazovel esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem asdecises econmicas dos usurios tomadas com base nas demonstra-escontbeis. Julgamentos sobre a materialidade so estabelecidoslevando-se em considerao as circunstncias envolvidas e so afeta-daspela percepo que o auditor tem das necessidades dos usuriosdas demonstraes contbeis e pelo tamanho ou natureza de uma dis-toro,ou por uma combinao de ambos. A opinio do auditor con-sideraas demonstraes contbeis como um todo e, portanto, o auditorno responsvel pela deteco de distores que no sejam relevan-tespara as demonstraes contbeis como um todo.7. A estrutura das NBC TAs contempla uma introduo, os obje-tivos,os requisitos e uma seo contendo aplicao e outros materiais54 51. explicativos que se destinam a dar suporte ao auditor na obteno desegurana razovel. Quando necessrio, elas so complementadas comApndices. As NBC TAs exigem que o auditor exera o julgamentoprofissional e man