8
[Digite texto] Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 28/05/2010. O futuro da Biblioteconomia* Vânia Mara Alves Lima A nossa sociedade desde o final do século passado tem sido denominada sociedade da informação ou sociedade do conhecimento. Informação e conhecimento são conceitos interdependentes e interdisciplinares, pois sem informação não se produz o conhecimento e sem conhecimento não se produz informação. Atualmente, com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, que permitem qualquer pessoa “postar” uma informação, a qual pode gerar um conhecimento que se transformará novamente em informação, em um ciclo constante, surgem questionamentos sobre o futuro da Biblioteconomia. Isso porque o objetivo da Biblioteconomia tem sido dar condições para que esse ciclo conhecimento/informação/conhecimento se efetive e possibilite o desenvolvimento da sociedade. Das tábuas de argila ao IPad foram várias as mudanças de paradigma na área, mas é a partir do final do século 20, com a consolidação da Internet e a crescente velocidade na atualização das tecnologias da comunicação, que a Biblioteconomia sofre as mais profundas modificações, passando a conviver com documentos digitais em estoques eletrônicos. Segundo índices internacionais até 2015 a maioria dos documentos que importam para a pesquisa e o ensino, em todas as áreas, serão em formato digital (BARRETO, 2010). Até a bíblia da Ciência da Informação, o “Annual Review of Information Science” teve sua versão impressa cancelada esse ano, devido a queda na demanda e a alta dos custos. Consolida-se então a principal mudança no paradigma que norteou a Biblioteconomia por séculos, do paradigma do acervo físico passa-se para paradigma da informação. Nesse paradigma, além de desenvolver novas metodologias e instrumentos de trabalho, que permitam organizar e recuperar a informação independente do seu suporte, a Biblioteconomia também deve considerar uma variável, que por muitos anos foi inferida como importante, mas que nesse

O futuro da biblioteconomia no brasil texto da profa. vania lima

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Fala apresentada pela Profª Drª Vânia Mara Alves Lima (ECA-USP), no dia 28/05/2010, no Debate: O futuro da Biblioteconomia no Brasil, durante o I Seminário de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Citation preview

Page 1: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

O futuro da Biblioteconomia*

Vânia Mara Alves Lima

A nossa sociedade desde o final do século passado tem sido

denominada sociedade da informação ou sociedade do conhecimento.

Informação e conhecimento são conceitos interdependentes e

interdisciplinares, pois sem informação não se produz o conhecimento e sem

conhecimento não se produz informação. Atualmente, com o desenvolvimento

das novas tecnologias de comunicação, que permitem qualquer pessoa

“postar” uma informação, a qual pode gerar um conhecimento que se

transformará novamente em informação, em um ciclo constante, surgem

questionamentos sobre o futuro da Biblioteconomia. Isso porque o objetivo da

Biblioteconomia tem sido dar condições para que esse ciclo

conhecimento/informação/conhecimento se efetive e possibilite o

desenvolvimento da sociedade.

Das tábuas de argila ao IPad foram várias as mudanças de paradigma

na área, mas é a partir do final do século 20, com a consolidação da Internet e

a crescente velocidade na atualização das tecnologias da comunicação, que a

Biblioteconomia sofre as mais profundas modificações, passando a conviver

com documentos digitais em estoques eletrônicos. Segundo índices

internacionais até 2015 a maioria dos documentos que importam para a

pesquisa e o ensino, em todas as áreas, serão em formato digital (BARRETO,

2010). Até a bíblia da Ciência da Informação, o “Annual Review of Information

Science” teve sua versão impressa cancelada esse ano, devido a queda na

demanda e a alta dos custos. Consolida-se então a principal mudança no

paradigma que norteou a Biblioteconomia por séculos, do paradigma do acervo

físico passa-se para paradigma da informação.

Nesse paradigma, além de desenvolver novas metodologias e

instrumentos de trabalho, que permitam organizar e recuperar a informação

independente do seu suporte, a Biblioteconomia também deve considerar uma

variável, que por muitos anos foi inferida como importante, mas que nesse

Page 2: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

início de século tem se apresentado como um objeto de estudo prioritário na

área, o relacionamento sujeito/informação.

A era digital veio provocar uma revolução na forma como as pessoas

interagem com a informação, como se comunicam e como disseminam essa

informação. O usuário hoje gera e dissemina a informação, em redes sociais

como o orkut, o facebook e principalmente o twitter. E essas ferramentas se

tornaram tão importantes na disseminação da informação que a Library of

Congress comprou os “tweets”, os quais serão arquivados digitalmente pela

LC. São 50 milhões de ”tweets” todos os dias e se vocês enviaram algum tweet

hoje parabéns os seus 140 caracteres já fazem parte do acervo da LC.

Esse usuário nascido depois de 1993, que não conhece a vida antes da

Web, pertence a denominada “geração google”, objeto de um estudo da British

Library e do Joint Information Systems Committee (JISC). Nesse estudo,

divulgado em 2008, foram analisados: o comportamento dessa geração frente

a ampla variedade de recursos de informações que se criam digitalmente,

principalmente, no que se refere a busca de conteúdos na web e se isso

interferiria no comportamento de futuros pesquisadores.

O estudo demonstra que enquanto usuária de recursos informacionais, a

geração “google” busca cada vez mais "a resposta" e não um formato

determinado; como uma monografia ou um artigo de revista. Por outro lado,

observa que ela demonstra dificuldade na seleção dos termos de busca mais

adequados e na maioria das vezes utiliza a linguagem natural, o que causa um

elevado indice de revocação e um alto ruído na recuperação da informação

requisitada.

Outra característica do comportamento informacional da geração google

é a leitura superficial. O estudo demonstra que 60% dos usuários de revistas

eletrônicas não visualizam mais do que três páginas de um artigo e mais de

65% desses usuários nunca regressam a essas páginas.

Essa leitura seletiva pode ser considerada como consequência do

grande volume de informações que recebemos diariamente, qualquer que seja

o assunto, mas também está relacionada à competência informacional do

usuário, a qual deve ser objeto de investigação da Biblioteconomia.

Page 3: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

O usuário hoje não é mais um sujeito passivo em relação aos sistemas

de informação, portanto é necessário elaborar novas metodologias para o

desenvolvimento de sua capacitação informacional, além do domínio das novas

tecnologias. Essa capacitação inclui a apropriação dos processos inerentes a

um sistema de recuperação da informação, como a lógica da representação

das informações na base de dados e as ferramentas chaves para a

recuperação dessas informações, como os mapas conceituais e as

terminologias do domínio no qual o sistema se insere.

As tecnologias da informacão e comunicação proporcionaram uma

autonomia aos usuários que não deve ser encarada como "ameaça", mas

sim como um estímulo ao desenvolvimento de novas alternativas para a

Biblioteconomia e consequentemente uma reformulaçao na atuação das

bibliotecas.

Os novos cursos de graduação em Biblioteconomia devem não só

formar profissionais capazes de analisar o ambiente em que atuam e inventar

novas possibilidades de atender as necessidades sociais, mas principalmente

preparar profissionais que possam atuar efetivamente na capacitação dos

usuários para quaisquer sistemas de informação. Além disso, os cursos devem

começar a discutir o futuro do bibliotecário enquanto profissional da

informação.

Segundo Souza (2004), ao termo profissional da informação, podemos

atribuir dois significados: o primeiro deles é composto por vários papéis

profissionais já estabelecidos, social e economicamente, incluído o

bibliotecário, o segundo é de um novo papel profissional que vem se

estabelecendo social e politicamente a partir dos anos noventa no contexto em

que surge a tal Sociedade da Informação e do Conhecimento.

O nome profissional designa identificação genérica socialmente atribuída

a um conjunto de funções interrelacionadas executadas por pessoas que as

adquirem como habilidades intelectuais e/ou operativas com base em

preparação acadêmica ou por meio de treinamento e estágios de

aprendizagem. Essas habilidades, necessárias à execução de funções em

dada sociedade e tempo, são reescritas ou redefinidas por várias razões, por

Page 4: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

um lado, as novas descobertas científicas e as novas aplicações tecnológicas,

e por outro lado, às decisões econômicas e políticas (SOUZA, 2004).

A pergunta que se apresenta é se os cursos de Biblioteconomia têm

redefinido as habilidades e competências do bibliotecário para atuar na

sociedade?

Tradicionalmente, segundo Souza (2004), o bibliotecário tem duas

missões básicas:

• conhecer e utilizar os meios que levam a localização de qualquer fonte

de informação cujo conteúdo possa a qualquer momento ser pedido por

qualquer pessoa;

• produzir informação sintética, descritiva e analítica de todo o acervo

físico, ou não, que constituído pelo conjunto de todas as fontes

conhecidas tenha conteúdo que possa a qualquer momento ser pedido

por qualquer pessoa.

Será que bibliotecário está humanamente preparado para cumprir com

essas missões em qualquer situação ou ambiente, independentemente do

instrumental tecnológico que lhe for colocado em mãos?

Voltamos ao tema da interdisciplinaridade, já delineada na relação

informação/conhecimento, e que se concretiza como uma das dificuldades no

tratamento da informação. A informação é complexa e necessita de equipes

multidisciplinares para desenvolver seus processos de análise

(DRABENSTOTT, 1997).

Disputas sobre o que é da minha área ou o que é da sua área são

frequentes, lembro bem uma discussão quando da hierarquização dos

descritores do Vocabulário Controlado do SIBi/USP, entre a Engenharia

Agronômica (ESALQ) e a Engenharia Química (POLI). Depois de muitos

argumentos sobre em qual hierarquia deveriam ser incluídos determinados

descritores a bibliotecária da Poli resolveu a questão dizendo: “a premissa aqui

é seguinte, você planta a cana e eu faço a pinga” contemplando assim, nesse

contexto, a questão da interdisciplinaridade.

Inserimos também na pauta para as discussões sobre o futuro da

Biblioteconomia, a questão terminológica. Os limites de uma área do

Page 5: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

conhecimento refletem-se na sua terminologia. A terminologia de uma área

específica é a base para a comunicação científica e, portanto, essencial para a

representação, recuperação e disseminação da informação possibilitando

assim, o avanço do conhecimento. Portanto, para delinear a Biblioteconomia no

futuro precisamos traduzir as questões quanto as novas tecnologias e a

capacitação informacional dos usuários em conceitos da área de maneira a

constituir uma nova terminologia que possibilite a comunicação científica e o

avanço do conhecimento no âmbito da Biblioteconomia

Nossos colegas da área da computação, por exemplo, elaboram

esquemas para a organização e classificação da informação em sites, aos

quais denominam de ontologias ou taxonomias, como processos de uma área

que vem sendo conhecida como Arquitetura da Informação. Mas, não seriam

os bibliotecários também arquitetos da informação?

Segundo Lucio Costa (1995) "Arquitetura é construção, mas, construção

concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para

determinada finalidade e visando a determinada intenção”, ou ainda,

“construção em função de uma determinada época, de um determinado meio,

de uma determinada técnica e de um determinado programa”. Qualquer

semelhança aqui não é mera coincidência, afinal o espaço informacional virtual

necessita urgentemente de organização visando as finalidades e as intenções

de seus usuários, ou como bem coloca Carvalho, a Biblioteconomia precisa

contemplar o contexto, o tema e o público.

Alguns alunos têm questionado sobre “como se especializar em uma

área se os cursos de graduação hoje, se mostram genéricos sem o

direcionamento para áreas específicas de atuação?

Essa também é uma das questões a serem respondidas se a

Biblioteconomia quer ter futuro. Como conciliar uma formação humanística

geral, necessária para o entendimento da sociedade na qual estamos

inseridos, e ao mesmo tempo conhecer e trabalhar com públicos específicos de

informação?

Talvez um curso com uma formação interdisciplinar, onde em um

primeiro momento o aluno seja capacitado a compreender a informação na

Page 6: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

sociedade contemporânea, sua relação com a cultura, a economia, a história, a

educação e domine plenamente os instrumentos de busca para obter as

informações de que necessita principalmente aquelas que se articulam com

outros campos do saber. Onde essa compreensão implique no

desenvolvimento da capacidade de crítica e de elaboração de soluções para

questões da área e em um segundo momento o aluno possa obter o

conhecimento fundamental de áreas específicas da Informação como a

informação do ponto de vista dos usuários de serviços, a identificação de

produtos informacionais aplicáveis a determinadas situações, noções sobre a

informação aplicada aos campos da educação, das corporações e negócios, da

administração pública e privada, fundamentos de museu enquanto informação

organizada, bases da informação pública e da ação cultural, teoria e prática de

bancos de dados, bases da tecnologia da informação e noções essenciais da

organização temática do conhecimento (MILANESI, 2009).

Uma formação interdisciplinar, como base, permitiria aos futuros

egressos:

- desenvolver novas formas de acesso, sem restrição geográfica e temporal;

- experimentar novos meios de recuperação e administração da informação,

- mediar a inclusão digital, para que ela leve efetivamente a uma inclusão

informacional, cultural e social;

- mediar os processos da infoeducação, a saber, o protagonismo cultural e a

apropriação simbólica, destacando o objetivo histórico dos dispositivos culturais

e educacionais, em resumo mediar a assimilação cultural;

- orientar as chamadas unidades de informação especializada a atuarem como

centro de produção e disseminação do conhecimento científico e tecnológico;

- organizar, processar e disseminar as informações na Web, além de

disponibilizar mecanismos de busca eficientes para os usuários do sistema.

Passaríamos assim, de uma prática bibliotecária racionalizadora de

raízes norte-americanas, fundamentada na regulamentação de uma profissão,

para o exercício de atividades de documentação e de estudo onde surgem

perfis profissionais diversos, nem sempre regulamentados, cujo ponto comum é

a informação.

Page 7: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

Para ter um futuro a Biblioteconomia precisa se arriscar, nada mais deve

ser sagrado, tudo é passível de modificação ou renegociação. Ela deve iniciar a

sua transformação, sem esperar que o mercado lhe indique o caminho a

seguir. É necessário sair do isolamento e parar de se colocar como guardiã do

conhecimento e proprietária dos meios de acesso à informação, ampliar seu

relacionamento não só com as chamadas áreas “irmãs”, Arquivologia,

Museologia, mas principalmente com a Comunicação, com a Educação e com

a Computação, além de ocupar o seu espaço nas redes sociais. Ela deve estar

aberta a novas metodologias de análise, processamento e disseminação da

informação, buscando contemplar futuras realidades sociais. Para isso o maior

desafio é renovar os conteúdos programaticos dos cursos de graduação.

O desafio da mudança não pode ser visto como uma ameaça mortal,

mas uma oportunidade para renovação, talvez mesmo um renascimento do

ensino superior e de sua biblioteca. Finalizando, como bem disse Peter

Drucker, a melhor forma de prever o futuro é criá-lo.

Bibliografia

BAPTISTA, S MULLER, S. Considerações sobre o mercado de trabalho do bibliotecário Inf. cult. soc . Ciudad Autónoma de Buenos Aires, n.12, ene./jun. 2005. BREGLIA, V L A ; RODRIGUES, M E. O desafio de modelar a formação profissional: o futuro do presente. Inf.Inf ., Londrina, v. 7, n. 1, p. 57-66, jan./jun. 2002 CASTRO, C. O ensino e pratica da Biblioteconomia na era das inceetezas. ETD- Educação Temática Digital. Campinas,v.6, n.2, p.17-29 jun.2005 COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p. DRABENSTOTT, K M; BURMAN, C M. Revisão analítica da biblioteca do futuro. Ci. Inf. v. 26 n. 2 Brasilia May/Aug. 1997. MATHEWS, B. S. O bibliotecário como empreendedor: um projeto para transformar o nosso futuro. Disponível em: http://extralibris.org/2006/11/o-bibliotecario-como-empreendedor-um-projeto-para-transformar-o-nosso-futuro. Acessado em 22/05/2010. MILANESI, L. Proposta para reestruturação do CBD . 2009 (Documento de trabalho)

Page 8: O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima

[Digite texto]

Palestra proferida no Seminário Biblioteconomia e Ciência da Informação da Faculdade de

Biblioteconomia e Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em

28/05/2010.

SANTOS, J. O moderno profissional da informação: o bibliotecário e seu perfil face aos novos tempo. Inf.&Inf., Londrina, v.1, n.1, p.5-13, jan./jun. 1996 SOUZA, Francisco Chagas. O nome profissional “bibliotecário” no Brasil: o efeito das mudanças sociais e econômicas dos últimos anos doséculo XX . Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf ., Florianópolis, n.18, 2º sem. 2004. INFORMATION behaviour of the researcher of the future. De la British Library y el JISC, traduccíon em español publicado en línea el 11 de enero de 2008. <http://www.jisc.ac.uk/media/documents/programmes/r eppres/ gg_final_keynote_11012008.pdf>. Acesso 22/05/2010,