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Ecologia de Populações Modelos de predador e presa Prof. Dr. Harold Gordon Fowler [email protected]

O modelo de Lotka e Volterra da predação

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Lotka volterra predação

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Ecologia de Populações

Modelos de predador e presa Prof. Dr. Harold Gordon Fowler

[email protected]

Modelo genérico

),()(

),()(

yxehygdt

dy

yxhxfdt

dx

• f(x) crescimento da presa • g(y) mortalidade do predador • h(x,y) predação • e coeficiente da conversão de presas em biomassa do predador

Análise da estabilidade local

Jacobiana no equilibrio positivo

0

0*

*

*

by

axJ

detJ*>0 e trJ*=0 (centro)

Sistemas lineares de 2D (hiperbólicos)

Análise da estabilidade local

Prova da existencia de trajetorias centrais (teorema da linearização)

Existência de um primeiro integral H(x,y) :

aybxyrxmyxH )ln()ln(),(

O Modelo de Lotka e Volterra com o crescimento logístico da presa

bxymydt

dy

axyK

xrx

dt

dx

1

Isoclinais nulos do modelo de Lotka-Volterra com o crescimento logístico

da presa

Modelo de Lotka-Volterra com o crescimento logístico da presa

bxymydt

dy

axyK

xrx

dt

dx

1

Pontos de equilíbrio : (0,0) (K,0) (x*,y*)

Analise de estabilidade local

Jacobiano a equilíbrio positivo

0*

*

*

*

by

axK

rxJ

detJ*>0 e trJ*<0 (estável)

Condição da estabilidade assintoica local

Isoclinais de Lotka-Volterra

Campo de orientação do modelo de Lotka-Volterra

O modelo de Lotka-Volterra

Equação de crescimento da presa: dN = a N - b N P dt Equação do crescimento do predador: dN = c N P -- d P dt Onde N e P são as densidades da presa e predador

respectivamente. a e d são as taxas per capita de mudança na ausência do outro.

b e c são as taxas de mudança do predador e presa respectivamente que resultam da interação entre eles.

Resultado e a 3ro gráfico a esquerda

Há um aumento cíclico e quebra nas populações de predador e presa no tempo

Densidade de predadores sempre atrás da densidade da presa

Cenário de Banquete e Fome

Presa e predador nunca atingem a extinção

Regulação mutua de populações

Análise simplificada

Modelo sugere uma regulação mútua de populações

Resposta funcional: quanto mais presa, mais consumo ocorre

Resposta numérica: aumento do consumo resulta no aumento da reprodução do predador

Mas não é tão simples. Quais outros fatores podem estar envolvidos?

Exemplo. Cobertura vegetal

Prevê o comportamento cíclico - amplitude depende das condições iniciais

Isoclinal de Crescimento Zero Da presa

Isoclinal de crescimento Zero do predador

Coexistência de Predador e Presa

Sob quais condições existe uma coexistência estável de predador e presa?

O resultado é similar ao resultado com a competição entre duas espécies.

Coexistência de Predador e Presa

Nossa estratégia básica é – 1) escrever equações diferencias simples

que descrevem o crescimento das duas populações

– 2) definir o equilíbrio como o ponto onde as populações não mudam.

– 3) realizar uma análise do plano de fase usando os isoclinais das duas espécies.

Modelos de Predação

Nicholson e Bailey desenvolveram um modelo de hospedeiro – Parasitóide que renova as premissas:

- a mortalidade do predador é independente da densidade.

- a conversão de energia pelos predadores em nascimentos é retardada por uma geração.

Duas Equações Ligagas – O Modelo de Nicholson e Bailey :

Equação do crescimento do hospedeiro (presa): H t+1 = r H t e

(-a Pt)

Equação do crescimento do Parasitóide (predador): P t+1 = Pt [ 1 - e

(-a Pt) ] Onde H é o hospedeiro ou presa. P é o predador ou

parasitóide. t é o tempo, r é a taxa finita de aumento do hospedeiro. a é a taxa de parasitismo por cada parasitóide.

Duas Equações Ligagas – O Modelo de Nicholson e Bailey :

Equação de crescimento de hospedeiro (presa): H t+1 = H t e

(-a Pt)

Equação de crescimento de Parasitóide (predador): P t+1 = Pt [ 1 - e

(-a Pt) ] Se o número de hospedeiros retirado pelos parasitóides iguala a fração

ou presas que é o recrutamento, então a população parental fica igual. Se o parasitóide retira parte da população parental de hospedeiros então

a população de parasitóide diminua. Assim, a sobre-exploração por parasitóide/predador pode resultar em

oscilações maiores e a extinção possível de uma população ou outra

Modelo de Lotka-Volterra

Taxa de crescimento da poplação da presa: dH/dt = rH-pHP

H: tamanho da população da presa P: tamanho da população do predador p: proporção de encontros que terminam na matança (eficiencia de captura) r: taxa intrínseca de aumento da população de presa

Taxa de crescimento do predador: dP/dt = apHP-dP a: fração de energia da presa convertida em predadores novos p: proporção de encontros que resulta na matança (eficiencia de captura) d: taxa de mortalidade do predador

Modelo de Lotka-Volterra

O modelo de Lotka-Volterra pode gerar ciclos populacionais de predador e presa porque eles controlam reciprocamente o crescimento populacional do outro (efeito dinâmico) Porém, obtenção uma dinamica ciclica estável é rara com esse modelo simples

Modelo de Lotka-Volterra

Coexistência de Predador e Presa

Modelo da população de predador:

dPapHPdt

dP

Coexistência de Predador e Presa

Aqui, dP/dt é a taxa de crescimento do predador.

a = eficiência da produção do predador (proporçao da energia assimilada pelo predador que é convertida em biomassa nova do predador.

p= eficiência de ingestão do predador (proporção da presa disponível atualmente consumida).

Coexistência de Predador e Presa

H = densidade da presa.

d = taxa de mortalidade do predador. Na ausência da presa, a população do predador precisa cair a zero.

Coexistência de Predador e Presa

Para a população de presa:

pHPrHdt

dH

Coexistência de Predador e Presa

dH/dt = taxa de crescimento da população da presa.

H = densidade da presa.

p= eficiência de ingestão do predador (proporção da presa disponível atualmente consumida).

P é a densidade do predador.

r é a taxa de natalidade da presa.

Coexistência de Predador e Presa

Os nascimentos da presa sofrem diminuição pelas mortes (pHP).

Os encontros entre predadores e presas é o produto de seus números. Essa é a idéia da ‘movimentação browniana’.

Coexistência de Predador e Presa

Em equilíbrio,

dPapHPdt

dP 0

pHPrHdt

dH 0

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Os sistemas de predador e presa podem ter mais de um estado estável

A presa é limitada pela disponibilidade de alimento e os efeitos do predador: – Algumas populações podem ter dois ou mais

pontos estáveis de equilíbrio, ou estados estáveis múltiplos:

Uma situação dessas aparece quando: – A presa exibe um padrão típico de dependência de

densidade (crescimento reduzido ao aproximar a capacidade de suporte)

– O predador exibe uma resposta funcional to Tipo III

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Três Equilíbrios O modelo de respostas de predador e presa a densidade de presa resulta em três estados estáveis de equilíbrio: – Um ponto estável A (densidade baixa da presa) onde:

Qualquer aumento da população de presa é compensado pelo aumento de eficiência da captura de presas pelo predador

– Um ponto não estável B (densidade intermédia da presa) onde:

O controle da presa muda da predação a limitação de recursos

– Um ponto estável C onde: A presa escapa de controle do predador e é regulada próxima a sua capacidade de suporte pela escassez de alimentos

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Implicações de Estados Estáveis Múltiplos

Os predadores podem controlar uma presa a um nível populacional baixo (ponto A no modelo), mas podem perder o potencial de regular a densidade da presa se essa aumenta acima do ponto B no modelo: – Um predador que controla uma praga agrícola pode

perder o controle dessa praga se o predador passa uma supressão por outros fatores temporalmente:

Uma vez que a população da praga excede o ponto B, aumentará a nível populacional no ponto C, independente da atividade do predador

Nesse ponto, a população de praga ficara elevada até outro fator reduz a população de praga embaixo do ponto B no modelo

Equilíbrio

pHPrH

dPapHP

Equilíbrio

Isoclinal do predador:

aP

dH

Equilíbrio

Isoclinal da presa:

p

rP

Equilíbrio

Como no caso de espécies competidorasl essas equações diferenciais não tem soluçõex explícitas. Precisamos graficar os isoclinais.

Isso produz o gráfico a seguir:

Equilíbrio

O comportamento desse sistema é intuitivo.

Produz o tipo de comportamento que pode ser presenciado no sistema de lobos e alces na Ilha de Royale.

O mesmo tipo de comportamento se apresenta no sistema de lince e lebre. Podemos fazer um gráfico:

Equilíbrio

Os tempos de retorno tem sentido.

Demora para que a população do predador alcançar a população da presa.

Os predadores não produzem predadores novos instantaneamente. Tampouco parem de reproduzir no mesmo instante.

Equilíbrio

Podemos tornar o modelo mais real.

Existe uma capacidade de suporte da população da presa, e provavelmente uma capacidade de suporte para o predador.

Também existe um efeito de Allee: alguma população mínima necessária para suster a população.

Equilíbrio

O sistema fica mais interessante. A localização exata do isoclinal do predador é importante.

Os resultados serão diferentes para sistemas nos quais o isoclinal do predador fica a esquerda ou direto do ‘corcundo’ do isoclinal da presa.

Equilíbrio Não Estável

No primeiro cenário, uma vez perturbado o sistema do ponto de equilíbrio, o sistema gira fora dos limites e resulta na extinção. Por que?

Equilíbrio Não Estável

Nesse caso, a corcunda fica ao direto do isoclinal do predador resultando num sistema não estável. Por que?

A população do predador é capaz de crescer ainda sob condições de densidade baixa da presa porque o predador é eficiente. Quando o predador fica menos eficiente, o isoclinal do predador muda ao direto

Equilíbrio Estável

Quando a ‘corcunda’ fica a esquerda, a região na qual a população do predador não cresce é maior.

As densidades muito elevadas da presa são necessárias para que o predador aumenta. Isso pode ser o resultado da cripse, ou o forrageio ineficiente do predador.

Modelo de Lotka-Volterra com o crescimento exponencial da

presa : coexistência

O modelo de Lotka-Volterra

O modelo de Lotka-Volterra

Modelo de Lotka-Volterra com o crescimento logístico da presa : r

extinção do predador

BifurcaçãoTranscritica

*xK

*xK (K,0) estável e (x*,y*) não estável e negativo

(K,0) e (x*,y*) são iguais

*xK (K,0) não estável e (x*,y*) estável e positivo

Perda de soluções periódicas

bxymydt

dy

axyK

xrx

dt

dx

1

x-y

0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5

x

0

1,6

3,2

4,8

6,4

8

y

x-y

0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5

x

0

4

8

12

16

20

y

coexistencia Extinção do predador

Resposta funcional Tipo I e II

O modelo de Holling

xD

bxymy

dt

dy

xD

axy

K

xrx

dt

dx

1

Existência de um ciclo de limites ( bifurcação super-crítica de Hopf)

22

22

yxyxdt

dy

yxxydt

dx

Coodenados Polares

1

2

dt

d

rrdt

dr

Equilíbrio estável

Na bifurcação

Existencia de um ciclo de limites

Bifurcação super-crítica de Hopf

A Teorema de Poincaré-Bendixson

Uma semi-orbita restrito no plano tende a : • um equilíbrio estável • um ciclo de limites • um gráfico de ciclo

Região de Armadilha

Região de Armadilha : Annulus

Exemplo de uma região de armadilha

xdt

dy

xxy

dt

dx

3

3

Modelo de Van der Pol (l>0)

O modelo de Holling

xD

bxymy

dt

dy

xD

axy

K

xrx

dt

dx

1

Isoclinais nulos do modelo de Holling

Caixa de Poincaré para o modelo de Holling

Modelo de Holling com ciclo de limites

Paradoxo de enriquecimento

Com o aumento de K : • Extinção do predador • Coexistencia do predador e presa (TC) • Equilibrio de predador e presa fica não estãvel (Hopf) • Ocorrencia de um ciclo de limite estável (variações grandes)

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Quais equilíbrios são prováveis?

Os modelos de predador e presa sugerem que: – A presa é mais provável estar em equilíbrio

relativamente alto ou relativamente baixo (ou tal vez ambos)

– Os equilíbrios a densidades intermédias da presa não são prováveis

Outros modelos de presa e predador

• Resposta funcional (Tipo III, dependente da razãot …) • Presa-predador-super-predador… • Níveis tróficos

Condições de estabilidade de Routh-Hurwitz

0... 1

1

2

2

1

1

n

n

n

nnn aaaa

00)(, ik

HRk

11aH

• Equações características

• Condições de estabilidade : M* l.a.s.

2

31

21 a

aaH

31

42

531

3

0

1

aa

aa

aaa

H

Condições de estabilidade de Routh-Hurwitz

032

2

1

3 aaa

011

trAaH

• Dimensão 2

• Dimensão 3

0det2 AtrA

0det3212

AaaaH

011 aH

03212 aaaH

033 aH

Exemplo de 3 níveis tróficos

dyzzzdt

dz

cyzbxymydt

dy

axyrxdt

dx

)1(

Modelo de competição inter-específica

2

1

21

2

2

22

2

1

2

12

1

1

11

1

1

1

K

xa

K

xxr

dt

dx

K

xa

K

xxr

dt

dx

Sistema transformado

buvvd

dv

avuud

du

1

1

O efeito de exploração sobre a Presa

( )H x hx

( )hx

H xc x

Analisa o modelo com duas funções não constantes de coleta na equalçao da

presa.

1.

2.

O efeito de exploração sobre a Presa

Encontre os pontos de equilíbrio e determine a estabilidade local

O efeito de exploração sobre a Presa

Descobrir as bifurcações, órbitas periódicas e orbitas de conexão

Exemplo de uma Bifurcação de Hopf

Diagrama de Bifurcação da Equação Logística

Modelo: Esforço de Caça Constante

(1 )axy

x x x hxy x

bxy y d

y x

•A presa é caçada a uma taxa definida por uma função linear. •Existem dois pontos de equilíbrio no primeiro quadrante sob certos valores dos parametros. • um ponto representa a co-existencia das esppecies. •Esforço máximo de caça = 1

Bifurcações do Modelo

Bifurcação de Hopf

Bifurcação Transcritica

Conexão dos Orbitos

Modelo de Limitação da Caça

(1 )axy hx

x x xy x c x

bxy y d

y x

• A presa e caçada a uma taxa definida por uma função racional. •O modelo tem três equilíbrios que existem no primeiro quadrante sob certas condições. • Um desses pontos representa a coexistência das espécies

Bifurcações no Modelo de limitação da caça

Conclusões

A coexistência é possível com ambas políticas de exploração.

As bifurcações múltiplas e orbitas de conexão existem no equilíbrio de coexistência.

A caça máxima sustentável do modelo de esforço constante da caça

O modelo original prevê oscilações de predadores e presas observadas freqüentemente na natureza.

– Um aumento da taxa de natalidade da presa aumenta a densidade de equilíbrio do predador, mas não da presa

Essa previsão is borne out em experimentos simples com bactérias e bacteriófagos por Bohannan e Lenski.

Tem várias fraquezas, porém

– oscilações completamente neutras não são observadas na natureza – são artefatos da simplicidade do modelo

– modelo tem como premissa a eficiência de captura da presa é independente da densidade de presa – a presa não fica saciada

– Modelo tem como premissa nenhuma dependência de densidade da presa

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Modificação do Modelo de Lotka-Volterra para Predadores e

Presas Existem vários problemas com as equações de Lotka-Volterra: – A carência de qualquer força que tende

restaurar as populações ao equilíbrio conjunto:

Essa condição é conhecido como o equilíbrio neutro

– A carência da saciação do predador: Cada predador consume uma proporção constante da população da presa independente da densidade da presa

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Vários fatores reduzem as oscilações de predador e presa

Todas as condições a seguir tendem estabilizar os números de predadores e presas (no sentido de manter tamanhos populacionais de equilíbrio que não variam): – Ineficiência do predador

– Limitações dependentes de densidade do predador ou presa por fatores externos

– Presas alternativas para o predador

– Refúgios de predação em densidades baixas da presa

– Tempos de retorno curtos na resposta do predador a mudanças da abundancia da presa

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Influencias Destabilizantes

A presença de ciclos de predadores e presas indica influencias destabilizantes: – Tais influencias tipicamente retardam o tempo nas

interações entre predadores e presas: Período de desenvolvimento

Tempo necessário para a resposta numérica do predador

Tempo para induzir a resposta imune em indivíduos ou respostas induzidas nas plantas

– Quando as influencias destabilizantes pesam mais do que os estabilizantes, os ciclos populacionais podem acontecer

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Efeitos de Níveis Diferentes da Predação

Os predadores não eficientes não podem manter a presa a níveis baixos (presa limitada por recursos, principalmente).

O aumento da eficiência do predador adiciona um segundo ponto estável a densidade baixa da presa.

Um aumento adicional das respostas numéricas e funcionais do predador pode eliminar um ponto estável de densidade alta da presa

A predação intensa em todo nível pode forçar a extinção da presa

(c) 2001 by W. H. Freeman and

Company

Quando o predador força a presa a extinção?

É possível que o predador força a presa a extinção quando: – Os predadores e presas mantidos em

sistemas simples de laboratório

– O predador se mantêm em densidades altas pela disponibilidade de presas alternativas menos preferidas:

O controle biológico pode ser melhorado ao oferecer presas alternativas aos parasitóides e predadores

Como predadores (não prudentes) coexistir com presas naturalmente?

Natureza é complexa

Locais de esconderijo da presa

Meta-populações: populações podem “se esconder” de predadores

– Eventualmente os predadores encontram populações não exploradas e podem levar essas a extinção;

– Porém, as presas individuais dispersam continuamente e encontram locais onde não existem predadores.

– Exemplo e o universo de ácaros e laranjas de Huffaker e populações de Cactoblastis e Opuntia na Austrália

Escolhas alternativas de presas

– Podem estabilizar interações de predadores e presas por aliviar a pressão sobre cada espécie de presa

Coexistência de predadores e presas

Até aqui tivemos como premissa que as respostas de predadores a presas (e o oposto) são instantâneas

Efeito de tempos de retorno

Uma situação mais real inclua tempos de retorno (o tempo necessário para a presa consumida ser transforma em novos predadores, ou para os predadores morrer de fome)

A incorporação de tempos de retorno aos modelos geralmente tem efeitos destabiliziantes, resultando em oscilações maiores das populações de predador e presa

Harrison (1995) incorporou tempos de retorno a resposta numérica de Didinium consumindo presas de Paramecium Melhorou muito o ajuste dos modelos a flutuações reais de populações de predador e presa descritos por Luckinbill (1973)

Modelos de predação e experimentos simples de microcosmos prevêem:

Coexistência no equilíbrio estável, após ciclos de oscilações apagadas, ou dentro de ciclos de limites estáveis, ou instabilidade e falta de

coexistência, dependendo especialmente da biologia das espécies que interagem:

A resposta funcional dos predadores as presas (geralmente leva a instabilidade se não lineares)

Capacidade de suporte dos predadores e presas na ausência do outro (freqüentemente estabilizantes)

Refúgios para as presas (freqüentemente estabilizantes)

Especificidade do predador a presa (não estabilizante se a troca ocorre a uma densidade menor da presa, mas estabilizante se a troca ocorre em densidades maiores da presa)

E mais…

Dinâmica de um modelo dependente da razão de predadores e presas com diretrizes não constantes

de exploração

Modelos de Predadores e Presas

1925 e 1926: Lotka e Volterra independentemente propuseram um par de equações diferenciais que modelam a relação entre um predador solitário e uma presa solitária num ambiente:

x rx axy

y bxy cy

Variáveis e Parâmetros x – população da presa y – população do predador r – taxa intrínseca de aumento da presa a – coeficiente de predação b – taxa reprodutiva por 1 presa consumida c – taxa de mortalidade do predador

Modelo de dependência de razão de predadores e presas

(1 )axy

x x xy x

bxyy dy

y x

Parâmetros e variáveis x – população da presa y – população do predador a – taxa de captura da presa d – taxa de mortalidade do predador b – taxa de conversão do predador

Crescimento

Da presa predação

Mortalidade Do predador

Crescimento Do predador

O modelo de Lotka-Volterra

bxymydt

dy

axyrxdt

dx

• r taxa de crescimento da presa : lei de Malthus • m taxa de mortalidade do predador: mortalidade natural• lei de ação de massa • a e b coeficientes de predação : b=ea • e coeficiente de conversão de presa em biomassa do predador

( )H x hx

( )hx

H xc x

Comparar modelos com duas funções não constantes da exploração da presa.

1.

2.

Modelo de esforço constante de exploração

(1 )axy

x x x hxy x

bxy y d

y x

• A presa é explorada a uma taxa definida por uma função linear. •Existem dois equilíbrios no primeiro quadrante sob certos valores dos parâmetros. • Um dos pontos representa a coexistência da espécie. •Esforço máximo de exploração = 1

( )H x hx

O efeito de exploração sobre a Presa

(1 )axy

x x x hy x

bxyy dy

y x

( )H x hx

Bifurcações no Modelo de esforço constante de exploração

Bifurcação de Hopf

Bifurcação trans-crítica

( )H x hx

Orbitas de conexão

( )H x hx

Modelo de limitação a exploração

(1 )axy hx

x x xy x c x

bxy y d

y x

• A presa e caçada a uma taxa definida por uma função racional. •O modelo tem três equilíbrios que existem no primeiro quadrante sob certas condições. • Um desses pontos representa a coexistência das espécies

( )hx

H xc x

Bifurcações no Modelo de limitação a exploração

( )hx

H xc x

Resumo

Coexistência é possível sob os diretrizes de exploração.

Bifurcações múltiplas e orbitas de conexão existem no equilíbrio de coexistência.

A produção máxima sustentável calculada para o modelo de esforço constante de exploração

Images from Estes et al. 1998

Images from Estes et al. 1998

O modelo de Lotka-Volterra pode imitar os ciclos de predadores e presas

obeservados na natureza

Resultado e a 3ro gráfico a

esquerda

Há um aumento cíclico e

quebra nas populações de

predador e presa no tempo

Densidade de predadores

sempre atrás da densidade da

presa

Cenário de Banquete e Fome

Presa e predador nunca

atingem a extinção

Regulação mutua de

populações

Análise simplificada

Graphical analyses and stability of predator-prey systems Modifications of prey isocline (see lecture, text)

– Humped prey isocline

Why is it often hump-shaped? (Recall slope of logistic model)

Efeito de Allee em densidades baixas de presas

Stability depends on relative position of predator isocline

– Prey refuge from predator

Modifications of predator isocline

– Predator carrying capacity

– Predator interference (e.g., territoriality)

Factors that destabilize predator-prey interactions

– Time lags, predator efficiency

– Monophagous predator (inability to switch prey)

Estabilidade e Instabilidade Fatores que promovem a estabilidade

– Predadores não eficientes

– Dependência da densidade no predador ou na presa

– Predador troca a presa alternativa antes da extinção da presa

– Tempos de retorno pequenos em resposta a densidade da presa

Fatores que promovem a instabilidade

– Predadores muito eficientes

– Dependência da densidade inversa dos predadores ou presas

– Tempos de retorno longos em resposta a densidade do predador

– Ambientes simples, sem refúgios

Population Cycles in

Mathematical and Laboratory

Models Lotka Volterra assumes host population

grows exponentially, and population size is

limited by parasites, pathogens, and

predators:

dNh/dt = rhNh – pNhNp

rhNh = Exponential growth by host population.

– Opposed by:

P = rate of parasitism / predation.

Nh = Number of hosts.

Np = Number of parasites / predators.

Population Cycles in

Mathematical and Laboratory

Models Lotka Volterra assumes parasite/predator

growth rate is determined by rate of

conversion of food into offspring minus

mortality rate of parasitoid population:

dNp/dt = cpNhNp-dpNp

cpNhNp = Conversion rate of hosts into

offspring.

pNhNp = Rate at which exploiters destroy

hosts.

C = Conversion factor

O modelo de Lotka-Volterra imita os ciclos naturais do lince e da lebre

Seleção de um modelo Lotka-Volterra Clássico

(crescimento exponencial da presa, resposta funcional Tipo I do predador)

Não estável estruturalmente, mas interesse histórica

Lotka-Volterra (crescimento logístico da presa, resposta funcional Tipo I

do predador)

Não tem ciclos!

Rosenzweig-MacArthur (crescimento logístico da presa, resposta funcional Tipo II

do predador, saciação do predador)

Ciclos!