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ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E DOS DESPORTOS-SECD 14º DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO CULTURA E DESPORTOS- DIRED ESCOLA ESTADUAL ZENON DE SOUSA- UMARIZAL/RN RELATÓRIO DE PESQUISA O USO DE FOGUETES DE GARRAFAS PET NA DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ALCANCE MÁXIMO NO LANÇAMENTO OBLIQUO

O USO DE FOGUETES DE GARRAFAS PET NA DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ALCANCE MÁXIMO NO LANÇAMENTO OBLIQUO

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ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E DOS DESPORTOS-SECD

14º DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO CULTURA E DESPORTOS- DIRED

ESCOLA ESTADUAL ZENON DE SOUSA- UMARIZAL/RN

RELATÓRIO DE PESQUISA

O USO DE FOGUETES DE GARRAFAS PET NA DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO

DE ALCANCE MÁXIMO NO LANÇAMENTO OBLIQUO

UMARIZAL-RN

2015

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CARLOS HENRIQUE SILVA DE OLIVEIRA

LUIZ FERNANDO NUNES SILVA

O USO DE FOGUETES DE GARRAFAS PET NA DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO

DE ALCANCE MÁXIMO NO LANÇAMENTO OBLIQUO

TRABALHO DE

INICIAÇÃO

CIENTÍFICA

DESTINADA A IMOVIC

(I movimento de incentivo

as ciência)

COMO REQUISITO

PARCIAL PARA A

PARTICIPAÇÃO DE

OUTRAS FEIRAS

Orientador: Professor Francisco Roberlânio da Silva Lima

UMARIZAL-RN

2015

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SUMÁRIO

RESUMO..............................................................................................04

INTRODUÇÃO....................................................................................05

OBJETIVOS.........................................................................................06

JUSTIFICATIVA.................................................................................07

CONTEXTO DO PROJETO................................................................08

FOGUETES..........................................................................................09

Historias dos foguetes...........................................................................09

O foguete...............................................................................................10

Funcionamento dos foguetes..................................................................11

FUNDAMENTOS TEORICOS............................................................12

DESCRIÇÃO DO ESPERIMENTO.....................................................13

Construção dos foguetes.........................................................................13

BASE DE LANCHAMENTO E MONTAGEM...................................15

Materiais usados para construção da base dos lançamentos....................17

METODOLOGIA..................................................................................19

RESULTADOS......................................................................................19

Tabela de lançamentos dos foguetes.......................................................19

Gráfico com as medias dos lançamentos.................................................20

CONCLUSÕES......................................................................................21

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................22

ANEXOS................................................................................................23

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1. RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo relatar o desenvolvimento de uma

atividade experimental, realizada por nós Carlos Henrique Silva de Oliveira Luiz

Fernando Nunes Silva, alunos sob a orientação do professor de Artes Francisco

Roberlânio da Silva Lima, da E.E. Zenon de Sousa de Umarizal/RN. Apresentaremos a

seguir as etapas estabelecidas desde a criação de tal projeto, seu desenvolvimento, e nas

considerações finais é apresentado o resultado do experimento.

Procuramos através de este experimento determinar um ângulo modelo para

lançamentos de foguetes com garrafas PET de forma que se obtenham melhores

distâncias. Observar se existe alguma relação entre a quantidade de ml e o alcance

atingido. Determinar uma média de alcance que cada um dos ângulos trabalhados.

Há 09 anos surgia a MOBFOG, (Mostra Brasileira de Lançamentos de Foguetes)

a qual é organizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), seu intuito é

levar para as escolas o ensino da astronomia e nesse caso específico os foguetes.

Contudo, podemos ver nos meios de comunicação diversas escolas e pessoas avulsas

soltando foguetes cada qual à sua maneira. Alguns seguem à regras pré-determinadas

mas sempre os resultados vistos nos vídeos são de alcances bem variáveis ou sem

qualquer cuidado no manuseio do material e alguns lançamentos até de forma

desastrosas podemos ver.

Já que o objetivo principal era estabelecer um ângulo modelo para atingir os

maiores alcances, optamos pela seguinte metodologia. Escolhemos 04 ângulos

diferentes para nossos testes, sendo que para cada um lançamos 03 foguetes com

quantidades de ml diferentes para a partir daí obter um resultado mais preciso, com a

média das distâncias. Após todos os lançamentos fizemos os cálculos necessários para

determinar as alturas atingidas e as médias também. Nosso objetivo é que esse projeto

venha servir de orientação para outros professores e alunos que pretendem ter alcances

maiores e com a segurança necessária.

Palavras-Chave: Foguete. Garrafa PET. Ângulo.

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2. INTRODUÇÃO

Nosso projeto surgiu da necessidade que percebemos ao participar da IX MOBFOG

(mostra brasileira de foguetes), ao pesquisarmos materiais na internet notamos a falta de

preparo e cuidado em diversos vídeos no youtube nos lançamentos. Até mesmo sites

onde existe alguns passo-a-passo, sentimos a ausência de dados sobre qual ângulo ideal

para obter melhores alcances. O que acabavam por fim cada qual escolhendo usando

ângulo pré-estabelecido ou mesmo escolhendo de forma aleatória. mas, será mesmo que

aqueles erma os mais propícios para tal proposta? Partindo dessa necessidade que surgiu

nosso questionamento se seria possível com o uso de foguetes de garrafa PET

estabelecer o angulo padrão de alcance máximo?

A proposta aqui apresentada conta com informações resultantes de nossas

experiências e visamos com isso auxiliar professores e alunos que participam

anualmente da MOBFOG, novos participantes e amadores avulsos amantes dos

foguetes. Esperamos que nossa contribuição seja significativa no meio escolar e que as

informações aqui descritas possam contribuir com melhores desempenhos nos

lançamentos.

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3. OBJETIVOS

Geral: O objetivo do projeto é estabelece através desta atividade experimental um

padrão ideal para lançamentos com foguetes produzidos com garrafas pet, tendo como

base conceitos da física fundamentados na terceira lei de Newton. Específicos: observar

se existe alguma relação entre a quantidade de ml e o alcance atingido. Determinar uma

média de alcance que cada um dos ângulos trabalhados.

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4. JUSTIFICATIVA

O projeto surgiu a partir de uma curiosidade: seria possível determinar um modelo para

lançamentos de foguetes produzidos com garrafas pet? Esse questionamento veio

justamente pelo fato de termos participado da IX MOBFOG 2015 (Mostra Brasileira de

Lançamentos de Foguetes) a qual é organizada pela Universidade Estadual do Rio de

Janeiro (UERJ). A MOBFOG orientava usarmos 45º para lançamentos por ser este

aparentemente, o melhor ângulo para lançamentos oblíquos. Decidimos então

pesquisarmos na internet e notamos que Existem diversos vídeos, sites e blogs

orientando o uso dos 45º também para lançamentos dos foguetes, mas notamos que

haviam variações nos alcances atingidos pelos foguetes. Daí surgiu o nosso

questionamento.

Além do mais o projeto irá contribuir para que mais alunos sejam agraciados

com tal resultado alcançando assim melhores distancias em seus lançamentos haja vista

que terão uma compreensão melhor de como agir e padrão para se orientarem em seus

lançamentos de foguetes.

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5. CONTEXTO DO PROJETO

O projeto foi realizado na Escola Estadual Zenon de Sousa, localizada na cidade

de Umarizal/RN. O projeto surgiu logo após participarmos de um experimento durante a

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica-OBA e a Mostra Brasileira de

Foguetes-MOBFOG que acontecem todos os anos a nível nacional, a qual é realizada

pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a MOBFOG, propõe anualmente

como desafio para as escolas participantes, produzirem e lançarem o mais distante

possível, foguetes produzidos com garrafas pet pelos alunos

A MOBFOG propõe anualmente uma competição de foguetes para os alunos do ensino

fundamental e médio, os melhores resultados de cada categoria são enviados para a

comissão organizadora da MOBFOG, que seleciona os melhores resultados do Brasil

para participar da Jornada de Foguetes.

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6. FOGUETES

6.1 HISTÓRIAS DOS FOGUETES

De acordo com os escritores Nogueira e Filho “enquanto os irmãos Wright, Santos

Doumont e vários outros pioneiros desafiavam a gravidade, o russo Kostantin

Tsiolkovsky (1857-1935), outro fã de Verne, desenvolveu a teoria de que os foguetes

poderiam chegar ao espeço." (NOGUEIRA, SALVADOR E FILHO, JOSÉ

NOGUEIRA PESSOA, 2009). Na verdade, a história dos foguetes teria começado bem

antes dos Santos Domount e seu 14-bis ou até mesmo dos irmãos Wright, teria surgido

na China em 1232 durante uma batalha contra o povo mongol. Os chineses teriam se

defendido usando "Flechas de fogo voador" que seriam os tais foguetes. Ilustrações do

século XIII mostram modelos do foguete.

No século 20, na pequena vila de Ijevskoe nasceu Tsiolkolvsky. Autodidata

amante da astronáutica, tornou-se membro da comunidade científica russa mesmo nunca

cursado uma faculdade. Ele já mencionava o uso do hidrogênio e do oxigênio líquidos

como o uso de combustível para foguetes. Provando estar à frente da época. Mas por

não ter como comprovar na prática muitos duvidaram. Porém, muitos anos depois

Robert Hutchin Goddard (1882-1945) iria demonstrar sua admiração e curiosidade pela

astronáutica, trazendo uma grande contribuição ao publicar “A method reaching

extreme altitudes" (um método para atingir altitudes extremas). Tsiolkolvsky inclusive

chegou a lançar seu primeiro foguete a combustível líquido que apesar de ter subido

somente 12,5m mostrou que futuramente seria possível sim.

Wernher Magnus Maximillian Von Braun (1912-1977) foi o criador do famoso

V-2. Foguete utilizado pelos alemães para atacar Londres no final da segunda guerra

mundial com vários bombardeios. Ao cessar a guerra, Von Braun e vários outros

cientistas foram repatriados indo trabalhar no exército americano.

Sergei Pavlovich Korolev (1907-1966) nasceu em Zythomyr,atualmente

Ucrânia. ele "inspecionou pessoalmente na Alemanha, os materiais confiscados pelo

Exército Vermelho sobre o V-2 de Von Braunn, e trabalhou com vários pesquisadores

alemães capturados para estabelecer a liderança russa nessa tecnologia."(NOGUEIRA,

SALVADOR E FILHO, JOSÉ NOGUEIRA PESSOA, 2009) Após conseguir recriar

uma construção idêntica ao V-2, será também o criador futuramente do R-7 que apesar

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de ter fracassado nas mãos de Sergei, os soviéticos adotaram esse modelo e com ele

lançaram o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1. Começava a partir de então

a chamada Era Espacial.

o Sputnik vai causar um grande impacto dar um novo rumo aos futuros

projetistas de foguetes pois agora abandoariam o estudo balístico e entrariam num

acordo. "A história da Guerra Fria ganhou um novo capítulo. Mais do que nunca, as

superpotências rivais precisavam conversar e se entender sobre as regras básicas das

novas atividades espaciais, que então eram totalmente militarizadas." (Revista de

História, 2007) Vai surgir então o Copuos, sigla em inglês para "Uso Pacífico do

Espaço". Por isso, criarão em 1959 pelos americanos e soviéticos na Organização das

Nações Unidas. Desde essa data o Brasil faz parte até hoje.

6. O FOGUETE

O que são foguetes? Foguetes é uma forma de veículos destinados ao transporte de

cargas como satélites e pessoas ao espaço. Modelos mais conhecidos são aqueles cuja

função é a sondagem, ou seja, são aqueles que enviam satélites ao espaço para a coleta

de informações. Mas também existentes alguns destinados ao envio de pessoas ao

espaço também como o caso do astronauta russo Yuri Gagarin.

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6. FUNCIONAMENTOS DOS FOGUETES

Quanto ao tipo de combustível usado, existem três tipos de foguete:

Foguete de combustível líquido - Neste tipo de combustível o propelente e o oxidante

permanecem armazenados em tanques fora da câmara de combustão, durante o

lançamento eles são bombeados e misturados na câmara onde entram em combustão

dando a força de empuxo necessária;

Foguete de combustível sólido - Tanto o propelente e oxidante, estão já misturados na

própria câmara de combustão em estado sólido. Desta forma o propelete é queimado de

dentro para fora, ao longo de todo o seu comprimento. “Podem ser armazenados por

vários anos. Em contrapartida, são menos eficientes que os líquidos, e uma vez iniciada

a combustão, não há como interrompê-la."(BOAS, DANTON JOSÉ FORTES VILAS E

FILHO, JOSÉ BEZERRA PESSOA,2007)

Foguete de combustível híbrido - O propelente e oxidante permanecem em câmaras

separadas e em estados diferentes: líquido/sólido ou gasoso/sólido. Atualmente

encontra-se em estado de testes em países como EUA e Brasil.

Os foguetes possuem um formato cilíndrico para diminuir o atrito com o ar. O motor

que impulsiona o foguete fica na parte traseira, é lá que os gases são expelidos.

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7. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Num foguete produzido com garrafa PET, podemos notar tanto os fenômenos da física

quanto da química atuando juntas. Para nossa pesquisa usamos como base teórica, a Lei

da ação e reação, que está exemplificada na 3ª Lei de Newton. Resnick explica essa lei

com as seguintes palavras: “A cada ação, sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as

ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas para partes

contrárias” (RESNICK & HALLIDAY, 1984).

Imaginemos uma bexiga fechada cheia de ar. A pressão fica em todas as direções

unifromente. Quando Liberamos o ar que está preso no balão, ele se move em sentido

contrário ao ar expelido. A essa expulsão do ar, chamamos de "ação" e o movimento

oposto da bexiga chamamos de "reação." No foguete, os gases saem pela tubeira, é lá

que ocorre a combustão dos propelentes. a força que impulsiona o foguete a subir

recebe o nome de empuxo. A intensidade resultante da força do empuxo depende de

vários fatores. “Os gases geram uma força de empuxo “(ação)” que desloca o foguete

em sentido contrário ("reação").” (BOAS, DANTON JOSÉ FORTES VILAS E FILHO,

JOSÉ BEZERRA PESSOA, 2007)

Portanto: “as forças de ação e reação são sempre aplicadas em corpos

distintos.”(BONJORNO, JOSÉ ROBERTO,2015) Há uma interação entre esses dois

corpos acontecendo ao mesmo tempo e para lados opostos.

8. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO

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8.1 CONSTRUÇÃO DOS FOGUETES

O experimento do foguete de garrafa pet, consistiu na construção de 03 foguetes

de tamanhos variados, todos utilizando garrafas descartáveis de refrigerante. Os

foguetes 01 e 02 são idênticos em sua estrutura, usamos garrafas PETs de 2l para a

construção dos tais. Uma garrafa é cortada a 15 cm a partir do bico e fixada com fita

adesiva no fundo da outra garrafa, a qual está inteira. A outra garrafa não sofre

alterações, ela serve como um tanque onde a água junto com o ar inserido por uma

bomba de pneu de bicicleta faz com que a pressão dentro da garrafa aumente e expulse

o líquido para fora e assim sirva como propulsão para o voo do foguete.

A estabilidade do foguete é garantida com o uso de aletas (asetas) laterais no

foguete. 03 aletas para o foguete 01 e 05 aletas no foguete 02. Por fim incluímos um

bico feito de cartolina e revestido com fita adesiva no nariz do foguete.

O que faz nosso foguete voar é a força chamada empuxo. É essa força

que empurra o ar pressurizado empurra a água para fora o que faz a garrafa ter uma

reação no sentido contrário.

Figura 01. Partes do foguete

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Figura 02. Medidas das aletas.

As aletas foram feitas recortes de plásticos de pastas escolares por ser mais

resistente a queda que o papelão e não molhar. Medimos o diâmetro das garrafas para

calcular a que distância ficariam as aletas entre si, depois as fixamos com fita adesiva

ao foguete.

Figura 03. Peso no bico do foguete.

Para que nosso foguete tivesse uma estabilidade durante o voo,

colocamos uma pequena bexiga cheia com uma colher rasa de areia.

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Figura 04. Foguete pronto

MATERIAL PARA CONTRUÇÃO DO FOGUETE

06 cartolinas

04 garrafas PET

01 pacote de bexigas (lisas 6.5)

9. BASE DE LANÇAMENTO E MONTAGEM

Uma das partes peças fundamentais para que tenhamos segurança durante os

lançamentos é a base. É ela que dará sustentabilidade aos nossos foguetes bem como a

precisão necessária em cada um. Para obter tal segurança e resultados precisos, a base

estará fixada em uma tábua de madeira e esta presa ao solo por pesos que podem ser 02

paralelepípedos. a base possui uma trava de segurança que serve para liberar o foguete

somente quando puxamos tal trava garantindo tempo necessário para irmos a um local

seguro bem como para que pegue maior pressão para um voo maior.

Figura 05. Canos para base Figura 06. Conectores da base

A base de lançamento é uma das partes fundamentais do projeto, ela que irá

garantir o controle do lançamento do foguete, ou seja, ela deve ser projetada para lançar

o foguete no momento desejado. A base deve conter as garras que irão manter o foguete

preso a ela pelo tempo necessário, uma inclinação que favoreça o maior alcance do

foguete na horizontal e um dispositivo de segurança para eliminar combustível de

dentro do recipiente de reação caso algo de errado ocorra. O formato da base pode

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variar, mas deve conter os aspectos citados acima. Na imagem abaixo é apresentado um

a base construída no projeto. Usamos o modelo da MOBFOG

A base foi construída com cinco canos de pvc marrons de 20 mm de diâmetro,

sendo dois pedaços de 20 cm, um pedaço de 25 cm e dois pedaços de 10 cm de

comprimento, como mostra a figura 05. Nós conectamos os canos entre si usando dois

“caps”, dois “joelhos ou cotovelos” e um “te”, como mostra a figura 06. Os pedaços de

10 cm são conectados num “te” e nos “joelhos”. Os dois pedaços de 20 cm foram

conectados nestes “joelhos” e tapados com os caps. O pedaço de 25 cm, ou tubo de

lançamento, foi conectado primeiro no “te”, este, depois, colado nos pedaços de 10 cm,

inclinado de 45 graus em relação à base. Colocamos cola na parte interna das conexões.

Isso facilitou a entrada dos canos nas conexões além de colá-las firmemente

O que prende o foguete a base são as abraçadeiras. São elas que impedem do

foguete sair antes do momento. Ver figura abaixo:

Figura 07.local de encaixe do foguete Figura 08. Válvula de segurança

Igualmente importante para a nossa base é a válvula de segurança. Em caso de

falha no lançamento, basta abortar usando a válvula. (figura 08)

Figura 09. Gatilho de segurança. Figura 10. Base montada

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Após o foguete estar pressurizado liberamos o gatilho de segurança que solta o

foguete da base. (figura 09)

9.1 MATERIAL USADO PARA CONTRUÇÃO DA BASE DE

LANÇAMENTO

03 canos de pvc de 20cm e 4 mm,

02 canos de pvc de 10cm e 4 mm

01 cano de pvc de 25cm e 4 mm

02 joelhos de quatro mm

01 “te” de quatro mm

01 cola de cano

01 serra

01 furadeira

01 um pedaço de fitilho

01 pedaço de barbante

01 pedaço de cano de 20

01 pedaço de câmara de ar

01 cap de pneu de bicicleta

01 caneta piloto

10 braçadeiras

01 anel de balão (bocal)

10. METODOLOGIA

Usamos como metodologia para obter os resultados propostos em nosso projeto,

a seguinte forma: de início estabelecemos 04 ângulos distintos para usarmos como

referencias. Os ângulos escolhidos foram: 35º, 45º, 55º e 65º. Em cada um destes,

fizemos três lançamentos com quantidades distintas de água. As medidas usadas foram

200ml,300ml e 400ml. De início testamos com quantidades bem maiores como 600 ml,

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contudo, ficou muito pesado e obtivemos uma distância e altura muito inferiores. O

mesmo aconteceu ao utilizarmos apenas 100 ml. Então decidimos utilizar as medidas

citadas anteriormente. Usamos como medidor uma outra garrafa previamente marcada,

e para calcular as distancias obtidas, usamos uma trena. Cada lançamento foi gravado

com nossos celulares para depois calcular os segundos de cada voo.

MATERIAL PARA OS LANÇAMENTOS

02 Foguetes de garrafas PET

01 Base de lançamento

01 Bomba de ar de bicicleta

01 Transferidor

01 Cronometro

01 trena

02 óculos de proteção

02 pares de luvas

01 medidor de litro

01 funil

01 balde de 5l

01 fita isolante

02 fitas adesivas

02 tesouras

01 régua

01 transferidor

11. RESULTADOS

Analisando a tabela abaixo podemos perceber que o ângulo de 45º obteve um

melhor alcance quando fizemos uso de 200ml e que seu maior alcance foi de 55m. O

ângulo de 65º obteve um alcance de até 48m quando utilizamos 200ml também.

Podemos notar que os ângulos de 55º e 35º tiveram melhores distâncias ao utilizarmos a

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medida de 400ml para os lançamentos, sendo que o primeiro atingiu 35m e o segundo

47m.

11.1 TABELAS DOS LANÇAMENTOS DOS FOGUETES

Logo abaixo temos um gráfico onde podemos notar a média de cada um. O

ângulo de 55º que esta representada na parábola de cor roxa teve uma altitude acima dos

10m e uma média de alcance de 35m de distância. Apesar da boa altitude alcançada, ele

teve uma distância bem inferior aos demais. A seguir temos o ângulo de 65º

representado na cor verde. Foi o que teve uma melhor altitude atingindo acima dos 20m

e uma distância média de 47m. A parábola de cor azul está representando o grau de 35º

que obteve uma média 47m de distância e altura acima dos 8m. Já o ângulo de 45º

representado na cor vermelha apesar da sua baixa altitude em relação aos demais

lançamentos, foi o de melhor resultado de alcance conseguindo uma média de 55m.

11.2 GRÁFICO COM AS MÉDIAS DOS LANÇAMENTOS

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12. CONCLUSÃO

Através da análise dos resultados de cada lançamento e a comparação das médias

obtidas por cada ângulo podemos concluir que sim é possível determinar um ângulo que

possa ser usado como padrão para melhores alcances em lançamentos oblíquos, e que é

o ângulo de 45º. Também notamos que as melhores quantidades de ml para lançamentos

são 200ml e 400ml.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Coleção Explorando o Ensino- ASTRONÁUTICA. v12, 2009. Autores diversos

Física Mecânica, 1º ano. 2ºed.2015. Autores diversos

RESNICK, Robert; HALLIDAY, David. Física: 1. 4º ed., Rio de Janeiro: LTC –

Livros técnicos e científicos editora, 1984.

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http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0096.pdf

Acessado em 15.06.2015

http://www.ppgec.unb.br/images/sampledata/dissertacoes/2009/proposicao/

valeria_c_l_silva.pdf

Acessado em 15.06.2015

file:///C:/Users/Roberlanio/Downloads/18-51-1-PB.pdf

Acessado em 16.06.2015

http://www.professorgomes.com.br/arquivos/Leis%20de%20Newton%20e%20Suas

%20Aplicacoes.pdf

Acessado em 16.06.2015

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/50-anos-da-era-espacial

acessado em 18.07.2015

ANEXOS

Material usado na montagem dos foguetes

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FASE DE LANÇAMENTOS DOS FOGUETES

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