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Oficina de ativismo em rede

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Roteiro da unidade temática: Multidão (Negri e Hardt), Emergência (Steven Johnson), The Dragonfly Effect (Aaker e Smith), Design Thinking (Brown) e estudos de casos.

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O que veremos?

• O conceito de MULTIDÃO (HARDT, M. E NEGRI, A., 2005);

• Análise de casos de ciberativismo em múltiplas mídias digitais com histórias apropriadas e expandidas coletivamente;

• A metodologia do Design Thinking (BROWN, Tim, 2009);

• A metodologia de engajamento Efeito Libélula (AAKER, J. E SMITH, A., 2010);

• Reflexão final sobre a intensidade/viabilidade da aplicabilidade das dinâmicas acima.

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MULTIDÃO HARDT E NEGRI, 2005

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Do imperialismo ao poder em rede

• IMPERIALISMO (“velha” ordem)

• soberania do estado-nação ampliada p/territórios estrangeiros (modernidade); (p. 10)

• PODER EM REDE (“nova” ordem)

• estados-nação + instituições supranacionais + grandes corporações capitalistas (contemporaneidade). (p. 10)

• “A Multidão é a alternativa viva que vem se constituindo dentro do Império.” (p. 12)

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O Império e a ordem global (p. 11)

• Nenhum estado-nação pode manter a [sua visão de] ordem global sem colaborar com os outros grandes poderes na REDE do Império;

• A ordem global contemporânea não se caracteriza nem pode ser sustentada pela participação igualitária de todos, nem pelo controle multilateral sob a autoridade das Nações Unidas (ONU);

• A atual ordem global é definida por RÍGIDAS DIVISÕES E HIERARQUIAS em termos regionais [no sentido de blocos de nações], nacionais e locais;

• TESE: unilateralismo e multilateralismo não são desejáveis como tem sido apresentados nem mesmo possíveis: as tentativas de sustentá-los não serão capazes de manter a atual ordem global considerando-se as condições atuais.

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O Império e a ordem global (p. 11)

• O estado de guerra é inevitável no império: a guerra funciona como instrumento de domínio.

• Pax Imperii = arremedo de paz que, na realidade, preside um ESTADO DE GUERRA PERMANENTE:

Democratas x Republicanos; PT x PSDB; Grêmio x Inter; Odone x Koff; heavy metal x axé; ateus x evangélicos…

• … O ESTADO DE GUERRA PERMANENTE FAZ COM QUE SEMPRE SE ESTEJA EM CAMPANHA!!!

(manutenção ou tomada do poder: reforço simbólico constante)

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Povo, massa e classe operária não são a Multidão

• POVO: concepção unitária que reduz as mais amplas diferenças que caracterizam a população a uma identidade única: o “povo” é UNO. (p. 12)

• MASSAS: são compostas de todos os tipos e espécies, mas não se pode afirmar que diferentes sujeitos sociais formam as massas. Sua essência é a INDIFERENÇA: todas as diferenças são submersas e afogadas. Todas as cores são cinza. Só são capazes de mover-se em uníssono porque constituem um CONGLOMERADO INDISTINTO E UNIFORME; (p. 13)

• CLASSE OPERÁRIA: refere-se a todos os trabalhadores assalariados, diferenciando-os dos pobres que prestam serviços domésticos sem remuneração e de todos os demais que não recebem salário. (p. 13)

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PERAÍ!

Onde é que eu me encaixo?!

Povo, massa e classe operária são conceitos cunhados a partir da Revolução Industrial. Assim como naquele período, a atual reconfiguração sociotécnica requer novas reflexões conceituais…

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AS DUAS FACES DA GLOBALIZAÇÃO (p. 12)

• O Império dissemina em caráter global sua rede de hierarquias e divisões que mantém a ordem através de novos mecanismos de controle e permanente conflito;

• A globalização também é a CRIAÇÃO de NOVOS CIRCUITOS de COOPERAÇÃO e COLABORAÇÃO que se ALARGAM pelas nações e os continentes, FACULTANDO uma QUANTIDADE INFINITA de ENCONTROS.

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ESSA IDEIA ESTÁ CONECTADA A…

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A internet: um modelo para a Multidão

Multidão e internet = redes distributivas:

- Os vários nós se mantém diferentes, mas estão todo conectados na rede.

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MULTIDÃO Em NEGRI e HARDT

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GESTOS #occupyws Como a Multidão se comunica

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DESAFIO

• Fazer com que uma multiplicidade social seja capaz de se comunicar e agir em comum, ao mesmo tempo em que se mantém internamente diferente.

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MULTIDÃO E DEMOCRACIA

• Se a Multidão não é uma identidade (como o povo) nem é uniforme (como as massas), suas diferenças internas devem descobrir o comum [the common] que lhe permite COMUNICAR-SE e AGIR em CONJUNTO. (p. 14)

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PRODUÇÃO BIOPOLÍTICA (p. 14-15)

• Não envolve apenas a produção de bens materiais (no sentido econômico) como também afeta e produz todas as facetas da vida social, sejam econômicas, culturais ou políticas.

• O trabalho tende a criar redes de cooperação e comunicação e a funcionar dentro delas;

• Todo aquele que TRABALHA com a INFORMAÇÃO ou o CONHECIMENTO depende do conhecimento COMUM recebido de outros e, por sua vez, cria NOVOS CONHECIMENTOS COMUNS.

• Aplica-se a todas as formas de trabalho que criam projetos imateriais como ideias, imagens, afetos e relações.

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A importância da Multidão (p. 16-17)

• A atual quebra de paradigma sociotécnico induz a repensarmos conceitos políticos básicos como poder, resistência, multidão e democracia;

• A Multidão é a classe global emergente, que atua através do Império para criar uma sociedade global alternativa;

• Uma democracia da Multidão pode ser um vetor para a saída dessa eterna situação de conflito e guerra operada pelo poder do Império.

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Tópicos relacionados à Multidão

• Resistência;

• A produção do comum;

• A mobilização do comum.

(isso leva à cultura hacker, às ciberguerras, ao hacktivismo, ao crowdfunding, ao crowdsourcing… Mas o Império também se rearticula em rede – é uma briga de gato e rato)

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EMERGÊNCIA JOHNSON, Steven, 2001.

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EMERGÊNCIA

• Dictyostelium discoideum (NAKAGAKI, T., 2000): bactéria cujo comportamento oscila entre ser uma criatura única e uma multidão.

• Na maior parte do tempo, cada criatura comporta-se como um indivíduo.

• Sob condições adequadas (calor, umidade, luz, condição do ar, abundância de alimento, etc.), aglomeram-se em um organismo maior, que passa a consumir madeira e folhas apodrecidas.

• Quando o ambiente torna-se hostil, separam-se novamente.

• Comportamento de grupo coordenado –> MORFOGÊNESE (TURING, 1954): capacidade de todas as formas de vida de desenvolverem progressivamente corpos mais elaborados a partir de inícios incrivelmente simples.

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EMERGÊNCIA

• Comportamento bottom-up: avaliação geral das condições ambientais – liberação de feromônios que faz com que os demais indivíduos ajam coordenadamente SEM UM LÍDER, SEM UMA ORDEM (KELLER e SEGEL, 1968);

• CIÊNCIA DA AUTO-ORGANIZAÇÃO (Adam SMITH, ENGELS, Charles DARWIN, Alan TURING): reconhecimento de padrões comuns em dinâmicas físicas, químicas, biológicas, sociais…

• Isso também leva ao PENSAMENTO EM REDE!!!

• POR QUE HÁ O CENTRO E A PERIFERIA EM UMA CIDADE?!

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DESIGN THINKING BROWN, Tim, 2009.

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O Design Thinking

• Metodologia voltada para a inovação;

• Inovação = criatividade focada no desenvolvimento de uma cadeia produtiva;

• Reconhecimento do contexto socioeconômico e cultural, EMPATIA (colocar-se no lugar do público-alvo: concentrar esforços na experiência do usuário e não em como o designer ou o cliente pensa sobre a apropriação que o usuário fará do produto);

• Preocupação com o ambiente (espaço) em que o produto ou serviço será utilizado;

• Foco na ESTRATÉGIA (plataforma) é prioritário sobre o material e a forma.

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O EFEITO LIBÉLULA AAKER e SMITH, 2010

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A metodologia

• Baseada no Design Thinking;

• Voltada à inovação social;

• Soluções rápidas de comunicação via redes sociais;

• Discurso assertivo, positivo, intimista;

• Solicitação implícita de urgência;

• Metas parciais rumo ao objetivo maior;

• Engajamento.

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E-MAIL

• PERSONALIZAR: incluir detalhes específicos e acessíveis sobre a pessoa ou causa que você está tentando ajudar. Dê ao interlocutor uma razão para se preocupar;

• INFORMAR: use o e-mail como uma oportunidade para EDUCAR a sua audiência;

• DIRETO: solicite ajuda específica, explique ao público o que quer que ele faça e lhe dê todas as ferramentas que eles precisam para realizar a tarefa com facilidade