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Curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo Oficinas de Produção em Jornalismo Prof. Ms. Elizeu N. Silva Junho de 2012

Oficinas de jornalismo impresso

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Oficinas de produção em Jornalismo, ministradas em junho/2012 na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

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Curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo

Oficinas de Produçãoem Jornalismo

Prof. Ms. Elizeu N. SilvaJunho de 2012

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JORNALISMO: Seleciona e hierarquiza acontecimentos com

valor de notícia, visando a difusão dos mesmos. A seleção é a

pedra angular do processo.

NOTÍCIA: “Relato de fatos ou acontecimentos atuais, de

interesse e importância para a comunidade, e capaz de ser

compreendido pelo público”.

“Matéria-prima com que se constrói o jornal” (Celso Kelley).

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:

a) Não são rígidos nem universais.

b) Sujeitos à subjetividade na interpretação.

c) Adotados conjuntamente na produção e na difusão da

notícia.

d) Dependentes da linha editorial da publicação.

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CRITÉRIOS DE

NOTICIABILIDADE:

PROXIMIDADE: Quanto mais próximo

for o acontecimento, maior chance

de interessar ao público.

(Proximidade geográfica, afetiva,

cultural etc.)

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Jornais de hoje, 27/06/2012: Brasil

Page 6: Oficinas de jornalismo impresso

Jornais de hoje, 27/06/2012: Argentina e Chile

Page 7: Oficinas de jornalismo impresso

Jornais de hoje, 27/06/2012: Uruguai

Page 8: Oficinas de jornalismo impresso

Jornais de hoje, 27/06/2012: Venezuela

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:

TEMPORALIDADE: Quanto mais recente o acontecimento, maior

chance de virar notícia. Efemérides e datas

especiais/comemorativas também determinam a noticiabilidade

de acontecimentos.

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Jornais de hoje, 27/06/2012: Estados Unidos

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:

RELEVÂNCIA/IMPACTO: Quanto maior a intensidade e/ou a

quantidade de pessoas envolvidas e/ou afetadas pelo

acontecimento, ou quanto mais ambíguo, maior a chance de

virar notícia.

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Acidente com avião da AirFrance

Page 13: Oficinas de jornalismo impresso

Fusão entre bancos Itaú e Unibanco

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):

OPORTUNIDADE: Quando os fatores de temporalidade e

proximidade, entre outros, permitem o acompanhamento do

fato pela mídia.

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Jornais de hoje, 27/06/2012: Portugal, Argentina e Brasil

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):

IMPREVISIBILIDADE: Quanto mais surpreendente for um

acontecimento, mais chance terá de se tornar notícia.

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CRITÉRIOS DE

NOTICIABILIDADE (Cont.):

PROEMINÊNCIA DOS

ENVOLVIDOS (pessoas ou

organizações, países): Quanto

mais importantes forem os

atores envolvidos no

acontecimento, maior a chance

de virar notícia.

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CRITÉRIOS DE

NOTICIABILIDADE (Cont.):

CONSONÂNCIA: Quanto mais

agendável for um

acontecimento, quanto mais

corresponder às expectativas

e quanto mais o seu relato se

adaptar ao medium, mais

probabilidades tem de se

tornar notícia.

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CRITÉRIOS DE

NOTICIABILIDADE (Cont.):

CONTINUIDADE: Potencialidade

do acontecimento de gerar

desdobramentos. Ou o

desdobramento, mesmo

imprevisto, de fatos

anteriormente noticiados.

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CRITÉRIOS DE

NOTICIABILIDADE

(Cont.):

ABRANGÊNCIA: Quanto

maior a abrangência

(temática) de um

acontecimento, maior a

probabilidade de virar

notícia.

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CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):

NEGATIVIDADE: Quanto mais o acontecimento representar uma

contradição com os valores sociais vigentes, maior a chance de

virar notícia. (Usos e gratificações)

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

a) Informativo

b) Opinativo

c) Interpretativo

d) Utilitário

e) Diversional

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

a) Informativo: Nota, notícia, reportagem objetiva, entrevista.

“A distinção entre a nota, notícia e a reportagem está exatamente na progressão dos acontecimentos, sua captação pela instituição jornalística e acessibilidade de que goza o público. A nota corresponde ao relato de acontecimentos que estão em processo de configuração e por isso é mais frequente no rádio e na TV. A notícia é um relato integral de um fato que já eclodiu no organismo social. A reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que já são percebidas pela instituição jornalística. Por sua vez, a entrevista é um relato que privilegia um ou mais protagonistas do acontecer, possibilitando-lhes um contato direto com a coletividade”. MELO, José Marques; ASSIS, Francisco. Gêneros Jornalísticos no Brasil. Ed. UMESP, São Bernardo do Campo, 2010. p. 85

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

b) Opinativo: Editorial, artigo, resenha ou crítica, coluna,

comentário, crônica, charge e caricatura, cartas (leitor).

“Os gêneros jornalísticos não são estáticos. Ao contrário, possuem tendência híbrida e dialética. Estão intrinsecamente relacionados ao movimento da sociedade aliada aos meios de expressão social. Qualquer alteração nos contextos sociais e nos processos de difusão da informação pode ocasionar uma mudança nos gêneros ou possibilitar uma nova nuance a ser considerada”. Idem, p. 107.

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

c) Interpretativo: Reportagem interpretativa e/ou em

profundidade. Aprofundamento, antecedentes (temporais,

espaciais e do fato), contextualização e humanização

(Leandro e Medina) / Antecedentes, projeção de futuro,

prognósticos, informação íntegra e análise (Luiz Beltrão).

Formatos: análise, perfil, enquete, cronologia.

Para transformar a notícia em uma reportagem interpretativa, usa-se três direções: a) articular ao fato nuclear outros fatos que o situam num presente e num espaço conjunturais; b) valorização do humano no fato jornalístico, conduzindo o relato a um nível de generalização capaz de encontrar as preocupações do conjunto do público; c) aproximação da informação jornalística com a informação científica, entendida como um quadro de referência criteriosamente reconstituído, com suporte em pesquisa bibliográfica e de arquivo. Idem, p. 111 – com adaptações.

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

d) Utilitário: Tem como propósito orientar o leitor, oferecendo-

lhe informação útil. Leva ao leitor informações que ele

necessita de imediato ou que pode necessitar em algum

momento. Informações que ajuda-o a tomar suas decisões

cotidianas.

Indicador: Cenário econômico, meteorologia, necrologia etc.

Cotação: Variações dos mercados, moedas, produção industrial, agrícola etc.

Roteiro: Dados indispensáveis para consumo de bens simbólicos.

Serviço: Focado nos interesses dos usuários de serviços públicos, bem como

dos consumidores.

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Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso

GÊNEROS:

e) Diversional: Nem tudo que o jornal publica é notícia.

Também reserva espaço – geralmente pequeno, é verdade –

para conteúdos que não têm a função primordial de informar

acontecimentos, mas, sim, que se apresentam como ofertas

de diversão para o público consumir em momentos de lazer.

(Idem, p. 141). Formatos: Histórias de Interesse Humano: releitura de um acontecimento a

partir de detalhes que possam suscitar a emoção do leitor. / Histórias coloridas:

Descrição do cenário onde os fatos ocorrem, suas cores e sensações percebidas

pelo repórter.

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Estrutura da notícia: Lide (lead), sublide, documentação, conclusão.

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Aberturas de reportagem:Teoria do Jornalismo >> Felipe Pena

“Aperto a mão de Marius, selamos o acordo e ele me entrega as chaves. Sou agora proprietário de um Land Rover Defender TD5 2001. Estou na África do Sul há apenas uma semana (novembro 2009) e consigo comprar o carro para nossa expedição no continente. O 4×4 vem com alguns acessórios essenciais: tanque duplo de gasolina de 120 litros, reservatório de água potável de 35 litros, um sistema eficiente de duas baterias e uma gaveta de alumínio imensa, de um metro de largura, que encaixa na traseira do carro. Tudo isso por apenas 27 mil reais.”

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Bibliografia

LAGE, Nilson. A reportagem. São Paulo, Ed. Record, 2001

__________. Estrutura da notícia. São Paulo, Ed. Ática, 2006

MELO, José Marques; ASSIS, Francisco. Gêneros jornalísticos no Brasil. São

Bernardo do Campo, Ed. UMESP, 2010

PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. São Paulo, Ed. Contexto, 2005

RABAÇA, Carlos Guimarães; BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de

comunicação. São Paulo, 5ª edição, Ed. Campus, 2002

Capas e páginas de jornais:

http://www.newseum.org/

www.folhasp.com.br