orientação e técnica para o uso da fotografia como instrumento de pesquisa em ciências sociais-parte 1

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Fotoetnografia -1

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  • 1. ORIENTAO E TCNICA PARA O USO DA FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE PESQUISA EM CINCIAS SOCIAIS CARLOS LEONARDO COELHO RECUERO

2. Carlos Leonardo RecueroProfessor da Universidade Catlica de PelotasPesquisador de Comunicao e Fotografia Doutorando em Lingstica AplicadaMestre em Desenvolvimento Social Mestre em Cincias Sociais comnfase em antropologia FotografoSite do projeto: projetoilhadosmarinheiros.wordpress.com Site pessoal: [email protected] @crecuero 3. SE PUDESSE NARRAR COM PALAVRAS, NO NECESSITARIAARRASTAR UMA CMARA ATRSDE MIM (Lewis Hine). 4. Bronislaw Malinowski afirma que:Conhecer bem a teoria cientifica e estar a par de suas ltimasdescobertas no significa estar sobrecarregado de idias preconcebidas.Se um homem parte numa expedio decidido a provar certas hiptesese incapaz de mudar seus pontos de vista constantemente,abandonando-os sem hesitar ante a presso da evidncia, sem dvida seutrabalho ser intil. Mas quanto maior for o nmero de problemas queleve consigo para o trabalho de campo, quanto mais esteja habituado amoldar suas teorias aos fatos e a decidir quo relevantes eles so s suasteorias, tanto mais estar bem equipado para o seu trabalho de pesquisa.As idias pr-concebidas so perniciosas a qualquer estudo cientfico; acapacidade de levantar problemas, no entanto, constitui uma dasmaiores virtudes do cientista. ( Malinowski.1978. p.22) 5. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?1. Alguns conceitos importantes. 6. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?2. A fotografia como instrumento de pesquisa 7. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?3. A importncia de uma equipe na pesquisa fotoetnogrca 8. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?4. Orientaes e tcnicas para o uso da fotografia na pesquisa 9. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?4. O Caso do Projeto Fotogrfico Ilha dos Marinheiros 10. 1. Alguns conceitos importantes. 11. ETNOLOGIAEtnologia um termo originrio do sculoXIX para designar estudos comparativosdos modos de vida dos seres humanos. 12. CINCIAS SOCIAIS um ramo da Cincia que estuda os aspectos sociaisdo mundo humano, ou seja, a vida social deindivduos e grupos humanos.AntropologiaEstudos da ComunicaoEconomiaAdministraoArqueologiaContabilidadeGeograa HumanaHistriaLingusticaCincia PolticaEsttisticaPsicologia SocialDireitoSociologia. 13. A PESQUISA Pesquisa um processo sistemtico de construo do conhecimento que tem como metas principaisgerarnovos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pr- existente. basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve. 14. ETNOGRAFIAEtnografia - Grafia vem do grego graf(o) significaescrever sobre, escrever sobre um tipo particular -um etn(o) ou uma sociedade em particular..Para Geertz, praticar etnografia no somente estabelecer relaes, selecionarinformantes transcrever textos, levantargenealogias, mapear campos, manter umdirio "o que define o tipo de esforointelectual que ele representa: um riscoelaborado para uma "descriodensa" (Geertz, 1989, p. 15). 15. ETNOGRAFIAEtnografia escrita do visvel. A descrio etnogrficadepende das qualidades de observao, de sensibilidadeao outro, do conhecimento sobre o contexto estudado, dainteligncia e da imaginao cientfica do etngrafo. 16. ETNOGRAFIAO trabalho cientifico etnogrfico no dizer,de Marcel Mauss(2006), adverte que(...)tiene como fin la observacin de lassociedades; como objetivo, el conocimientode los hechos sociales. Registra esoshechos, por necesidad establece susestadsticas y publica documentos quebrindan el mximo de certeza (MAUSS,2006:21). 17. SOBRE A IMAGEMO primeiro homemque imaginouescrever comeou pordesenhar ou pintarcasas, rvores,pssaros. Escreviacomo pensava, porImagens (CERFAUX,1974:5). 18. SOBRE A IMAGEMConhecer ver, diziamos gregos. O que se v? Aimagem de uma realidade.Ressalta Teilhard de Chardim (...) a histriado mundo vivo se resume na elaborao deolhos cada vez mais perfeitos no seio de umcosmos, onde possvel ver cada vezmais (CHARDIM, apud CERFAUX,1974:3). 19. A compreenso da realidade age no domnioda visibilidade e no domnio da recodificaomental da natureza observada. Durkheimentendia que:(...) Para toda forma depensamento de atividade humana,no se pode questionar a naturezae a origem dos fenmenos semantes t-los identificado eanalisado, e tambm descobertoem que medida as relaes que osunem bastam para explic-los(DURKHEIM apud LEVI-STRAUSS, 1993:14). 20. FOTOGRAFIAFOTO = vem do grego [fs], LUZGRAFIA = , vem do grego e signica escrever, desenhar.Fotografia seriaento: Escrever coma luz; Desenharcom a luz; Narrarcom a luz . 21. Atribui-se Etienne-Renaud-Agustin Serres asprimeiras razes e fundamentos no uso dafotografia como forma investigativa na cincia. Ouso da fotografia em trabalhos antropolgicos,com o artigo percursor Observations surlpplication de la phorographie letude dsraces humaines pelo Comples rendushebdomadaires des sances de lAcadmie dsSciences, ( t. XXI, de 21 de julio de 1845, pp242.246) 22. FOTOGRAFIASusan Sontag diz queA fotografia implicainevitavelmente certopatrocnio darealidade. Por estar lafora, o mundo passa aestar dentro dafotografia (SONTAG,1981: 79) 23. A sugesto deE.R.A.Serres, diz (...) sealamos la gran utilidad que este arteprometia para elestdio de las razas humanas, oantropologiacomparada.(SERRES, inNARANJO, 2006: 26) 24. Arlindo Machado, em seu livro A IlusoEspecular (1984), ao referir-se ao uso dafotografia nas cincias sociais, dizia (...)para apurar o exame objetivo do real, asociologia e a antropologia poderiam obterresultados mais produtivos se passassem aexaminar a maneira como cada comunidadefotografa ese deixafotografar (MACHADO, 1984:55). 25. FOTOGRAFIA O pensamento de PierreBourdieu que diz Laplaca fotogrfica nointerpreta nada, solamenteregistra. Su exactitud, sufidelidad no puedem serpuestas em cuestin (Bourdieu. 2003. P.135). 26. FOTOGRAFIAMilton Guran diz: (...) recorrer fotografia permite,ao contrrio, ver e rever, portanto, olhar melhor (...)(GURAN apud ACHUTTI, 1998:116), evidenciandouma supremacia da imagem tcnica, sobre a visonormal e da possibilidade de se rever o fenmeno semter que esperar que ele acontea novamente. 27. FOTOGRAFIAMarcel Mauss tambm sugere o uso do mtodo fotogrficoem trabalhos de etnografia ao mencionar mtodos deobservao em seu livro Manual de Etnograa, pois, ela (afotografia) fornece a possibilidade de interpretar a realidadecaptada ao se tom-la como objeto e se tentar compreender oscones que compem os sistemas simblicos registradossobre as representaes sociais. 28. , John Collier Jr. afirmaque (...) o valor dafotografia, nestacircunstncia, que elaoferece modossingulares de observar edescrever a cultura, oque pode fornecer novasindicaes para asignificncia dasvariveis (COLLIERJR., 1973:34). 29. ANTROPOLOGIA VISUAL 30. ANTROPOLOGIA VISUALUm dos marcos iniciais com o livro Balinese Character 31. Margaret Mead pressentia e intua na poca ,do trabalho Balinese Character, que chegavao momento onde no bastaria falar ediscursar em torno do homem, apenasdescrevendo-o. Haver-se-a de mostr-lo,exp-lo, torn-lo visvel para melhorconhece-lo, sendo a objetividade de talempreendimento no mais ameaada pelovisor da cmara do que pelo caderno decampo do antroplogo (SAMAIN,1995:24). 32. La representacinfidedigna de los tiposhumanos es la base de laantropologia y se obtienemediantedosprocedimentos, ambosefectivos: el daguerrotipo,por um lado, y el vaciadode bustos em escayola, poroutro (SERRES, apudNARANJO, 2006: 32). 33. BRONISLAW MALINOWSKIOBSERVAOPARTICIPANTE 34. PESQUISAS ETNOGRFICASE A FOTOGRAFIA 35. Ento...FOTOETNOGRAFIA(...) o resultado de um exerccio utilizando-me da fotografia, nosentido da constituio de uma narrativa etnogrfica (ACHUTTI,1997: 15) 36. FOTOETNOGRAFIAO mtodo Fotoetnogrfico desenvolvido por Achutti(1997) e que busca (...) dar a mesma importncia linguagem escrita e linguagem visual, fotogrfica,no caso (ACHUTTI, 2004:73). o que sugerimospara pesquisas etnogrficas na rea da comunicao social. 37. FOTOETNOGRAFIA Fotoetnografia (...) o resultado de um exerccio utilizando-me da fotografia, no sentido da constituio de umanarrativa etnogrfica (ACHUTTI, 1997: 15) 38. FOTOETNOGRAFIAAo se falar de fotoetnografia, se fala de uma hiperescrita (textoshbridos no lineares) entre diferentes meios e variados discursos(STAM. 2001), que so utilizados para apresentar, documentar edescrever um acontecimento observado. onde atravs destatcnica de ir mesclando imagens e textos escritos da formatradicional, tentam descrever um fenmeno social, de uma formamais clara e inteligvel, alm de proporcionar ao observador apossibilidade de elaborar outras interpretaes alm da descritapela letras e palavras. 39. 2. A fotografia como instrumentode pesquisa 40. A VISODigo que, (...) a formao doconhecimento ocidental se faz pelossentidos, principalmente pelaviso (RECUERO, 2006:200), e que amquina fotogrfica no se apresentacomo um remdio para nossaslimitaes visuais, mas como umauxiliarparanossapercepo(COLLIER JR., 1973:01). 41. A Fotograa e o seu uso comoinstrumento de pesquisa. A fotografia parece atrelar imagem sentidos diretamente relacionados com um discurso tanto verbal, quanto no-verbal. No-verbal pela sua propriedade imagtica, icnica e visual capaz de p ro d u z i r s i g n i f i c a d o s inteligveis ao sujeito. 42. Quando se pensa que a interaoentre os registros verbais e osregistros visuais, como diz Samain,ao falar sobre o livro de Bateson eMead, Balinese Character,devem ser (...) concebidos comoverdadeiras fontes de pesquisa eno apenas como meras e possveisilustraes (SAMAIN. apudALVES, 2004: 53), define-se ecaracteriza-se a importncia dafotografia, no caso, para arealizao do trabalho de pesquisa. 43. A imagem no um equivalente ao texto. Ela nopossui a capacidade enunciativa da linguagem escritatradicional, mas traz consigo algumas particularidadesque vo alm do olhar e do ver, mas que fazem pensar,por ser (...) uma representao dasrepresentaes (SAMAIN, apud ALVES, 2004: 71),pois vo adquirindo ento uma imperturbvel imutaodesta realidade registrada, que ali aprisionada mostra oque diz Sontag (...) o qo irreal e remota arealidade (SONTAG, 1981: 157). 44. ESCREVER COM IMAGENSAssim, como se ordenam as letras, as palavras e asfrases, para se enunciar uma informao, as fotografiasnecessitam tambm desta organizao, de forma afazerem o observador pensar, atravs da simbolizaoda realidade que elas trazem consigo, como Aumontdescreve, (...) a imagem tem dessa maneira acapacidade de transmitir e talvez, de fabricar reflexono que diz respeito ao mundo (AUMONT apudALVES, 2004: 71). 45. 3. A importncia de uma equipe napesquisa fotoetnogrca 46. Observao participante. 47. A observao participante supe umainterao entre o pesquisador e o pesquisado 48. Seu Bolinha o informante. 49. A observao participante exige que se insira noambiente da pesquisa e assim se possa irconstruindo o prpria objeto e se redefinindo osobjetivos de sua pesquisa. 50. Uma pesquisa com fotografias, exige odesenvolvimento de uma observaoparticipante. 51. A observao participante implica saber ouvir,escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. 52. preciso aprender quando perguntar e quandono perguntar, assim como que perguntas fazerna hora certa 53. importante ter o registro de TUDO emimagens fotogrficas e em um dirio de campo. 54. Os tropeos no convvio com os moradores,fazem aprender a pensar e a refletir sobre anatureza de suas relaes com os informantes 55. Para um etnlogo, um antroplogo ou mesmo umfotgrafo, se faz necessrio desempenhar, a funodo flneur para poder se conhecer o objeto deestudo. 56. Procure desenvolver um amplo conhecimentosobre o seu objeto de pesquisa. Conhea bem oseu campo de pesquisa. 57. IMPORTANTE A EQUIPE SABERCOMPARTILHAR DESCOBERTAS 58. importante um sentido de TIME, para arealizao de um bom trabalho. 59. A organizao do material de pesquisa decampo fundamental.Projeto Ilha dos Marinheiros Formulrio de mapeamento das casas da IlhaNome:____________________________Coordenador: ________________________Local: ______________________________Data:____________________________N* da Foto N* da casa / cor Nome da FamliaN* de habitantes Autoriza fotos? 60. Autorizaes de uso de imagem so muitoimportantes para a pesquisa. AUTORIZAO PARA USO DE IMAGEM Pelo presente instrumento particular, Eu, ___________________________________________________________ residente Ilha dos Marinheiros, municpio de Rio Grande (RS). Data de nascimento: _____________________________________________ RG:_________________________CPF:_________________________ doravante denominado(a) LICENCIANTE e o Projeto Ilha dos Marinheiros, doravante denominado LICENCIADO, tm entre si junto e acertado o que segue: 1. O LICENCIANTE autoriza o LICENCIADO a utilizar sua imagem fixada na obra adianteespecificada: mostras fotogrficas, aulas expositivas, congressos, impresses em livros e jornaise ou em matrias referentes ao Projeto Ilha dos Marinheiros. 2. O LICENCIADO a Universidade Catlica de Pelotas, aqui denominada de Projeto Ilha dosMarinheiros. 3. A presente autorizao confere ao LICENCIADO o direito de usar a imagem do LICENCIANTEfixada na obra abaixo discriminada como ilustrao de mostras fotogrficas do Projeto Ilha dosMarinheiros por prazo indeterminado. 4. O LICENCIADO no responder pelos direitos autorais de quem captou sua imagem, sempre quea fixao desta tenha sido especialmente feita para os fins desta autorizao. 5. O LICENCIANTE recuperar todos os direitos aqui cedidos sobre sua imagem fixada em obraque no tiver sido publicada aps 1 (um) ano da data deste instrumento, mediante simples cartado LICENCIANTE ao LICENCIADO solicitando a devoluo do suporte fsico correspondente. 6. O presente contrato confere exclusivamente ao LICENCIADO, obrigando-se o LICENCIANTE ano autorizar para terceiros a utilizao da imagem deste contrato, salvo a anuncia escrita doLICENCIADO. Rio Grande, de 2004. LICENCIANTE _________________________________Assinatura do fotografado LICENCIADO_________________________________Assinatura do fotgrafo 61. A pesquisa tradicional com questionrios eentrevistas so muito importantes.PROJETO ILHA DOS MARINHEIROS QUESTIONRIO MORADORES DA ILHA ALUNO:____________________________________ GRUPO:__________________________________ 1. NOME:________________________________________________I DADE:______________________ 2. N* CASA/LOCAL:______________________________________ESC OLARIDADE:____________ 3. PROFISSO:____________________________________________ ___________________________ 4. QUANTO TEMPO RESIDE NA ILHA?________________________________________________ 5. VOC POSSUI MUITAS FOTOGRAFIAS SUAS(EM QUE VC APARECE)? ( ) SIM( ) NO 6. VOC J SE VIU, EM FOTOGRAFIAS, TRABALHANDO? ( ) SIM( ) NO OBS.: ANOTAR O NOME E IDADE DE TODOS OS INTEGRANTES DA FAMLIA ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________ 62. importante uma insero na comunidade a ser investigada, e aorientao do pesquisador procurar uma a convivncia diria como objeto de pesquisa o sugere uma (...) aculturao doobservador... (MALINOWSKI, 1984:XII) 63. A equipe deve estar comprometida com otrabalho e disposta a enfrentar todas asadversidades para uma boa realizao dapesquisa. 64. A equipe disposta a enfrentar todas asadversidades para uma boa realizao dapesquisa. 65. Ao retornar ao fotografado, leve sempre asfotografias da visita anterior e lhe de as fotosde presente. 66. A entrevista com as fotografias muitoimportante para o trabalho. 67. A pesquisa sobre a comunidade, sobre a suahistria e sua cultura muito importante. 68. O feedback entre o grupo de pesquisa muitoimportante para verificar distores no trabalhoe as corrigir. cultura muito importante. 69. REFERENCIAL TERICOTRABALHO DE CAMPOANALISE DOS DADOSA REFLEXO SOBRE ESTES ELEMENTOS QUENOS DAR AS CONCLUSES, SOBRE OTRABALHO FOTOETNOGRFICO 70. 4. Orientaes e tcnicas para o uso dafotografia na pesquisa 71. Elaborar um trabalho de antropologia visual, na rea decincias sociais, com a utilizao de imagens fotogrficas,exige um minucioso planejamento e uma construo, que deveser muito bem elaborada.. 72. Fotografar: registrar o que vemos. selecionar entre o que vemos e o que queremosmostrar. Contar o que vemos, por imagens. Escrever com imagens,PARA DEPOIS FAZER OS OUTROS VEREM! 73. Antes de fotografar identifique-se eprocure esclarecer sobre os motivos pelosquais deseja fotografar. 74. A realizao de fotografias s dever ser feita aps: VOCE OBTER UMA AUTORIZAO 75. As fotografias s devero serem realizadasse os moradores visitados permitirem. 76. Devemos preservar a intimidade de cadagrupo ou famlia fotografado 77. Fotografe o comum, no espere acontecimentosespeciais. 78. A fotografia dever ser encarada comouma outra forma de contar. 79. Suas atitudes podem comprometer otrabalho de todos, fotografe comresponsabilidade. 80. Fotgrafo muito importante que: Vocganhe a confiana das pessoas as quais vaifotografar. 81. As fotografias servem para descrever asituao de uma comunidade. Fotografe tudo. 82. Uma boa fotografia para a pesquisa ser o resultado dautilizao das boas tcnicas de fotografar, aliadas aoresultado de BOAS RELAES HUMANASestabelecidas com os Ilhus. 83. Estabelea uma ordem em suas fotografias e as cumpra sempre. 84. Uma solicitao de permisso para o assunto aser fotografado e o fornecimento de umaautorizao, ainda que tcita, so importantes. 85. Mostre a cena fotografada, de forma que relateo que est vendo. 86. Bata sempre, NO MINMO, duas ou trsfotografias de cada assunto ou cena. 87. As fotografias nos permitiro inserirmo-nos noseio da comunidade. Porm, do mesmo modo,rpida e totalmente pode nos tornar rejeitados,se nos fizermos CULPADOS de intrusoindevida com a cmara. ( John Collier Jr.) 88. Toda histria deveter principio, meio efim. Ao fotografarconte sua histriacom imagens edentro desta lgica. 89. Fotgrafo : NUNCA MOSTRE AS FOTOGRAFIASD E U M A FA M L I A O U G R U P OSOCIAL, PARA OUTRO, MESMO QUESEJAM PARENTES, AMIGOS OUVIZINHOS. 90. Portanto o uso da fotografia em pesquisa, onde os aparelhosso produtos da tcnica que, por sua vez, um textocientfico aplicado (FLUSSER, 1998, p.33), busca umareflexo de como o sujeito compreende a sua sociabilidade ea sua cultura a partir destas imagens que narram suas prticassociais. 91. Assim, utilizando a fotografia, o investigador poder registrar e aproximar-se omais perto possvel de uma realidade que se modifica rapidamente, e ir aoencontro do que Levi-Strauss dizia sobre a pesquisa em etnografia: (...)consiste na observao e anlise de grupos humanos considerados em suaparticularidade (LEVI-STRAUSS, 1967:14). A fotografia, ao fragmentar arealidade, a particulariza, pois ao congelar o movimento da prpria vida, ofragmenta e o descreve com eloquncia. 92. As seqncias fotogrficas devero sercompreensveis para quem as ve. 93. Narrativa Sequncial 94. Narrativa Estrutural 95. ESTABELEA NARRATIVAS FOTOGRFICAS DE FORMA A TENTARCONTAR A HISTRIA SOMENTE ATRAVSDE IMAGENS 96. A fotografia um aprendizado de observao paciente,de elaborao minuciosa de diferentes estratgias deaproximao com o objeto, de desenvolvimento deuma percepo seletiva, de uma vigilncia constante ede prontido para captar o acontecimento no momentodo acontecimento. A dupla capacidade da cmara desubjetivar e objetivar a realidade, a constanteconscincia de que se responsvel por este processo,por uma tcnica de apreenso da realidade, de que se sujeito deste acontecimento, um ensinamentoepistemolgico. (LEAL apud ACHUTTI, 1997: XXIII) 97. Assim, utilizando a fotografia, o investigador poder registrar e aproximar-se omais perto possvel de uma realidade que se modifica rapidamente, e ir aoencontro do que Levi-Strauss dizia sobre a pesquisa em etnografia: (...)consiste na observao e anlise de grupos humanos considerados em suaparticularidade (LEVI-STRAUSS, 1967:14). A fotografia, ao fragmentar arealidade, a particulariza, pois ao congelar o movimento da prpria vida, ofragmenta e o descreve com eloquncia. 98. ORIENTAES PARA O FOTOGRAFAR 99. OS EQUIPAMENTOS FOTOGRFICOS 100. Sugesto de suporte fotogrfico e sensibilidade para o trabalho Trabalhar com ISO 400, preferencialmente. Sem o uso do flash, se reporta melhor aoclima e ao efeito da luz na cena a serfotografada. Falta Luz! Use o trip! Com filme tradicional use um ISO 400 101. Fotometre, enquadre bem, percorra os quatrocantos do visor da cmara fotogrfica antes doclic final. 102. A utilizao de closes, serve para nosdetalhar temas e assuntos com maior preciso. 103. Fotgrafo : No esquea dos filmes, das baterias dereserva e de usar as tcnicas fotogrficasem TODAS as fotografias. 104. A mquina fotogrfica. 105. NIKON D90 106. O filme fotogrfico. 107. Objetivas sugeridas. 108. Para as fotografias sugerimos umaobjetiva normal 50 mm e luminosa. 109. Para as fotografias sugerimos umaobjetiva grande angular zoom 24x85 mme luminosa. 110. Para as fotografias sugerimos umaobjetiva Zoom 70/200 mm e luminosa. 111. O TRABALHO DE CAMPO 112. Em primeiro lugar, estabelea umrelacionamento com cada pesquisado que visitar,e se insira na comunidade. 113. Existem barreiras culturais enormes entre voc eos outros. Mantenha uma atitude de respeitosendo educado, corts e interessado pelo outro. 114. Respeite os valores culturais ereligiosos dos outros. 115. O segredo est no RELACIONAMENTOestabelecido com as pessoas. 116. Estabelea relacionamentos, escute mais doque fale. Perca tempo com o outro.Assim o conquistar e saber como o deveretratar. 117. embaraoso e s vezes impossvel guardardistncia, enquanto se fazem registroshumanos. 118. As vezes mais produtivo visitar,conversar, do que fazer o trabalho decampo. 119. Mostre as situaes sociais da comunidadeapresentando em imagens os dadosetnogrficos dos Ilhus e de como a vidanaquele momento. 120. A empatia, a pacincia, a educao e a suacompreenso, serviro para que aspessoas, acreditem no seu trabalho e setornem seus parceiros, como assuntos. 121. John Collier Jr. (1974), sugere uma prxis emtrabalhos desta natureza. Que as imagens colhidasanteriormente (na visita anterior) sejam devolvidasampliadas a cada nova visita que se faz aofotografado. 122. necessrio que se interesse pelo outro,por sua vida, seus afazeres, suasnecessidades e sentimentos. 123. A simpatia e aintimidade no podemser impostas. Elas tem que seremconquistadas. 124. Os dados etnogrficos devem ser mostrados emimagens, apresentando como a vida naquelemomento do objeto de pesquisa. 125. Apresente aspectos etnogrficosparticulares do vestir e do viver no dia adia. 126. Lembrem-se, estamos invadindo aprivacidade das pessoas e lhes devemosrespeito e considerao. 127. A presena constante contribui para gerarconfiana na populao estudada. 128. No h trabalho de campo que requeiramaior responsabilidade, relacionamento,amizade do que um relato fotogrficontimo de uma cultura social e familiar.