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Orquestra Uma Introdução

Orquestra introdução

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Orquestra

Uma Introdução

“Diz-se, com muita propriedade, que a música é a fala dos anjos”

Thomas Carlyle

Platão, que se interessava pelos efeitos da música nas pessoas, afirmava que ela “é o

remédio da alma e tem poder de transformar.”

A música erudita, em especial, é considerada por suas propriedades de acalmar, promover elevação espiritual, harmonizar sentimentos.

Mas, atualmente, poucas pessoas consideram que

conhecem a música erudita e, também, é reduzido o número

daqueles que a apreciam.

Entretanto, as pessoas que afirmam desconhecer ou desgostar da música erudita já devem ter ouvido mais música orquestral e devem ter se emocionado com ela muito mais

do que imaginam.

A música erudita está presente em filmes, em programas de televisão, para dar o tom da emoção a uma cena ou evento...

...o medo e o terror em filmes como Psicose, de Alfred Hitchcock

Se você prestar atenção perceberá que composições eruditas estão por toda a parte.

A primeira coisa que as pessoas normalmente notam quando ouvem música sinfônica é a sua

GRANDIOSIDADE e a sua complexidade.

A produção de música erudita tem uma longa história, que se inicia

no período Barroco, de 1600 a 1750.

Nessa época, a música era concebida para os

reis, a nobreza e a Igreja.

Assim como a arquitetura, a pintura e a escultura dessa época, a música era cheia de

detalhes, pode se dizer exagerada e impactante.

Em Veneza, na Itália, compositores compunham músicas para serem tocadas na Catedral de São

Marcos.

Os músicos se colocavam nos balcões perto do altar e por toda igreja, para envolver os ouvintes

na música. Assim nasceu a música orquestral.

Entre os músicos dessa época estão Vivaldi e Bach.

Antônio Vivaldi era um padre e músico veneziano, com grande talento para o violino.

Seus concertos ficaram famosos na Europa e o formato que ele desenvolveu serviu de modelo para concertos compostos por todo o mundo.

Ele combinava 3 partes, chamadas movimentos, cujo andamento variava de rápido, para o lento e novamente para o rápido.

Vivaldi compôs cerca de 500 concertos para instrumentos solo e orquestras, mas sua obra

mais famosa é “As Quatro Estações”, uma série de quatro concertos para violino.

Um concerto é uma peça musical de média duração, que consiste na oposição de um ou

mais instrumentos solistas a uma orquestra ou a um grupo instrumental que executa o

acompanhamento.

Vivaldi viveu de 1678 a 1741.

Outro compositor importante foi Johann SebastianBach, um grande músico na sua época e ainda hoje comemorado.

Apesar de não ter sido conhecido mundialmente em vida, depois de quase 100 anos de sua morte, quando outro músico, Mendelssohn, o descobriu.

Uma de suas composições mais famosas foi um peça composta para músicos que tocam instrumentos de teclas, chamada “O cravo bem-temperado”.

O período da música clássica iniciou aproximadamente em 1770 e se estendeu até 1830.

As músicas eram mais simples que aquelas do Barroco, pois objetivavam agradar a pessoas

comuns, como comerciantes e professores que lecionavam a crianças.

Essa era a época chamada Idade da Razão, da invenção da eletricidade, das grandes edificações.

Havia muitos comerciantes que financiavam a produção artística, o que era chamado de

mecenato, em homenagem a Caio Mecenas, conselheiro do imperador romano César.

Um dos grandes compositores dessa época é Haydn, que viveu de 1732 a 1809.

Fanz Joseph Haydn foi um compositor austríaco, excelente professor, que teve como alunos

Mozart e Beethoven.

Compôs 104 sinfonias, óperas e peças religiosas, lançando as bases da música produzida após sua

obra.

Mozart, outro músico da época clássica, foi considerado um menino-prodígio, pois desde

criança, aos 5 anos, apresentava talento excepcional para a música.

Ele era capaz de compor uma música ‘de uma vez’, como se tivesse ‘inteira na cabeça’. Certa

vez ele disse:

“Eu componho música como um porco faz xixi.”

Beethoven (1770-1827) foi outro músico clássico importante, não apenas por seu talento e gênio, mas também porque sua música refletia a arte e

pensamento da era clássica.

Ele foi o responsável por lançar os elementos do romantismo na música, fazendo uma ponte

entre os dois períodos.

Uma das obras mais marcantes de Beethoven também foi uma das últimas, a Nona sinfonia.

O impacto que essa obra teve sobre o público de sua época e até hoje é impressionante.

O coro da Nona de Beethoven pode ser composto por 35 vozes, mas muitas vezes se apresentam

como se fossem mais de 100. Com vozes humanas cantando “Ode à alegria”, do poeta Schiller,

Beethoven conseguiu transmitir uma mensagem de paz e fraternidade da forma mais eficaz do que

seria possível por qualquer outro meio.

No período romântico a música orquestral já havia avançado muito. Era dotada de floreados e

profusão de notas como no barroco, mas com a simplicidade reflexiva da era clássica.

Os compositores românticos aceitaram de bom grado as lições dos períodos anteriores e deram à

música paixão e dramaticidade.

Usavam a música para imprimir paixão, tristeza e outros sentimentos arrebatadores. Os músicos

nessa época eram vistos como estrelas, assim como são hoje.

Entre os compositores dessa época estão:

Wagner (1813-1883)

Tchaikovsky (1840-1893)

Brahms (1833-1897)

Na era moderna, a música orquestral passa por muitas mudanças. Os compositores passam a

explorar novos tipos de músicas e instrumentos, além de diversificar as formas de compor e executar

as obras musicais.

A pintura, a poesia e até os caubóis passam a ser inspiração para músicas.

Elementos de todos os períodos anteriores se fundem, além de incorporar músicas de outras épocas, locais, culturas.

São compositores dessa época:

Debussy (1862-1918)

Stravinsky (1882-1971)

Gershwin (1898-1937)