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Era uma vez três porquinhos, e um grande lobo mau. Os três porquinhos viviam com a mãe, numa linda casinha no sopé de um monte. O lobo mau vivia sozinho numa casa no alto do monte. Um dia, a mãe dos porquinhos disse-lhe: “Meninos, chegou a ocasião de se desembaraçarem sozinhos. E de construir as vossas casinhas. “ “Realmente é altura.”Disse o porquinho mais velho, ”De nos desembaraçarmos”, disse o porquinho do meio, ”E de construir as nossas próprias casinhas”, disse o porquinho mais novo. Então, os três porquinhos arrumaram as suas coisas e deixaram a casinha do sopé da colina. “Adeus, meus filhos”, disse-lhe a mãe. “E não se esqueçam das minhas recomendações – cuidado com o lobo mau! O seu petisco favorito são porcos pequeninos”.

Os Três Portinhos

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Page 1: Os Três Portinhos

Era uma vez três porquinhos, e um grande lobo mau.Os três porquinhos viviam com a mãe, numa linda casinha no sopé de um monte.O lobo mau vivia sozinho numa casa no alto do monte.

Um dia, a mãe dos porquinhos disse-lhe:“Meninos, chegou a ocasião de se desembaraçarem sozinhos. E de construir as vossas casinhas. ““Realmente é altura.”Disse o porquinho mais velho,”De nos desembaraçarmos”, disse o porquinho do meio,”E de construir as nossas próprias casinhas”, disse o porquinho mais novo.Então, os três porquinhos arrumaram as suas coisas e deixaram a casinha do sopé da colina.

“Adeus, meus filhos”, disse-lhe a mãe.“E não se esqueçam das minhas recomendações – cuidado com o lobo mau! O seu petisco favorito são porcos pequeninos”.

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“C de cuidado”, disse o porquinho mais velho“F de feroz”, disse o porquinho do meio.“L de lobo”, disse o porquinho mais novo.E os porquinhos partiram, muito contentes dizendo adeus a mãe.

Algum tempo depois chegaram a uma encruzilhada.“Eu vou por aqui para construir a minha casa” disse o porquinho mais velho.“Eu vou por ali para construir a minha casa” disse o porquinho do meio.“E eu vou construir a minha casa aqui mesmo” disse o porquinho mais novo.

O porquinho mais novo fez a sua casa de palha.Um, dois, três, zás, trás, pás!A casa ficou pronta num abrir e fechar de olhos.Mas não era uma casa nada resistente, nem bem feita.

“Que diferença faz?” pensou o porquinho.

“Não estou para trabalhar o dia inteiro. Quero mas é ir cantar e dançar!” e assim fez.

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MAS… ALGUÉM o espiava do alto do monte.Alguém cujo petisco favorito era…porquinhos gorduchos.

O porquinho do meio fez a sua casa de estacas.Um, dois, três, zás, trás, pás!Foi um instante enquanto a acabou.“Que diferença faz?”, pensou o porquinho.“Não estou para trabalhar o dia inteiro. Quero mas é ir cantar e dançar!”E foi isso mesmo que fez.

MAS… ALGUÉM o espiava do alto do monte.Alguém cujo petisco favorito era…porquinhos gorduchos.

O porquinho mais velho construiu a sua casa de tijolos.Teve muito mais trabalho que os irmãos.Fez o soalho de madeira.Carpinteirou a porta.Pacientemente, uniu os tijolos um a um com argamassa.No telhado colocou uma chaminé.Quando terminou, a casa ficou muito bem feita.E muito sólida e resistente.“Agora posso, finalmente, descansar e divertir-me”E assim fez.

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MAS… ALGUÉM o espiava do alto do monte.Alguém cujo petisco favorito era…porquinhos gorduchos.

No dia seguinte, ALGUÉM desceu o monte.

O LOBO MAU.Dirigiu-se a casa de palhas.E bateu a porta.“Porquinho, porquinho, deixa-me entrar” disse ele.O porquinho mais novo espreitou pela janela e viu o lobo mau.“Pelos meus presuntos, garanto-te que não te deixo entrar”.“Se não abres, encho-me de ar, sopro e derrubo-te a casa”, disse o lobo.Encheu o peito de ar, soprou e a frágil casa de palha desapareceu.O porquinho mal teve tempo de se escapar.

Correu, então, a refugiar-se na casa de estacas do irmão.“Socorro, socorro! O lobo mau vem atrás de mim”, gritou.O porquinho do meio abriu-lhe a porta rapidamente e deixou-o entrar.

O lobo mau resolveu, então disfarçar-se com uma pele de carneiro.

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O lobo mau resolveu, então disfarçar-se com uma pele de carneiro.

E foi bater a porta da casa de estacas.

“Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar” disse ele com uma voz muito fininha.

“Quem és tu?”, perguntou o porquinho do meio.“Sou um carneirinho”, disse o lobo em voz suave.Os dois porquinhos espreitaram pela janela e viram o focinho do lobo por baixo da pele do

carneiro.“Pelos meus presuntos, garanto-te que não te deixo entrar”.“Se não abres, encho-me de ar, sopro e derrubo-te a casa”, disse o lobo.Encheu o peito de ar e soprou.Tornou a encher o peito de ar e a soprar.E a frágil casa de estacas ficou desfeita.Os dois porquinhos mal tiveram tempo de escapar.Correram então a refugiar-se na casa de tijolos do irmão mais velho.“Socorro, socorro! O lobo feroz vem atrás de nós”.

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O porquinho mais velho deixou-os entrar rapidamente e fechou a porta à chave.O lobo chegou logo a seguir. E começou a bater a porta.“Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar” dizia ele.“Pelos meus presuntos, garanto-te que não te deixo entrar”, disse o porquinho mais

velho.“Se não abres, encho-me de ar, sopro e derrubo-te a casa”, disse o lobo.

Os dois porquinhos mais novos ficaram cheios de medo mas o irmão mais velho sossegou-os: ”Não tenham medo, o lobo mau não é capaz de destruir esta casa. É muito resistente”.

“Assopra a vontade”, disse ele ao lobo,”Assopra ate rebentares. Não nos metes medo nenhum”.

O lobo começou…Encheu o peito de ar e soprou.Tornou a encher o peito de ar e a soprar.Encheu. Assoprou. Encheu. Assoprou…Assoprou…Já tinha o focinho mais vermelho que um tomate e as orelhas roxas como beringelas.Os olhos enchiam-se de lágrimas.

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Mas…apesar disso…Não conseguia nem fazer estremecer a casa de tijolos!O lobo mau estava furioso!Fosse como fosse, ele tinha de deitar a pata aos porquinhos.

“Já sei o que vou fazer”, disse com os seus botões.“Vou subir pelos tijolos até ao telhado e depois desço pela chaminé!”

Mas os três porquinhos ouviram o lobo no telhado.“Está em cima do telhado”, disse o porquinho mais novo.“Vai descer pela chaminé”, disse o porquinho do meio.

O porquinho mais velho então disse:“Tragam depressa uma panela cheia de água a ferver!”E os irmãos obedeceram.Estava mesmo a ferver!Puseram-na na chaminé.

O lobo desceu pela chaminé…CATRAPUZ! Caiu direitinho na panela. “ Socorro! Acudam! Vou ficar cozido!” , gritava o lobo.Quando conseguiu sair da panela o lobo fugiu a correr.Correu, correu, coreu e só parou quando se viu na sua casa.E nunca mais voltou a descer o monte.

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E nunca mais voltou a descer o monte.O lobo ainda vive na sua casa no alto do monte.Vive sozinho.Continua a ser lobo, mas já não é tão mau.E nunca mais quis comer porquinhos.Os três porquinhos vivem agora, todos juntos na casa de tijolos.Vivem muito felizes e todos os dias cantam e dançam:“Quem tem medo o lobo mau?O lobo? Que venha cá!Quem tem medo o lobo mauTrás – lá – lá - lá – lá - lá – lá !.”