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A integração da agricultura portuguesa na PAC
•Adesão à Comunidade Europeia
•Consequências da reforma de 1992
•A Agenda 2000 para Portugal
•A reforma de 2003
•A reforma de 2014
2 - A integração da agricultura portuguesa na PACA adesão à Comunidade Europeia
• Em 1977, Portugal efetuou o pedido de adesão à então CEE.• Em 1986 – Adesão à CEE A agricultura portuguesa encontrava-se económica e tecnicamente estagnada:
– contribuía com 17% para a formação do PIB e 30% para o emprego;– a produtividade e o rendimento eram muito inferiores aos dos restantes
países-membros;– o investimento era muito reduzido e as técnicas pouco evoluídas;– as infraestruturas agrícolas eram insuficientes e as características das
estruturas fundiárias dificultavam o desenvolvimento do setor (as explorações eram de pequena dimensão, com dispersão das parcelas…);
– havia pouca experiência em matéria de concorrência nos mercados interno e externo.
• Neste contexto foi negociada a integração em duas etapas:
– 1ª etapa (até 1990)- Até esse ano, Portugal não esteve sujeito às regras de preços e mercados da PAC, para facilitar a sua integração. Porém, beneficiou de incentivos financeiros do PEDAP – Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa – de modo a promover a modernização acelerada nos primeiros anos, para mais facilmente enfrentar a posterior abertura ao mercado europeu.
– 2ª etapa (iniciada em 1991. Deveria terminar em 1995) - caracterizou-se por um período negocial difícil. Foi marcada pela concretização do Mercado Único (em 1993) que, ao estabelecer a livre circulação de produtos, expôs prematuramente o mercado português à concorrência externa. Também neste período decorreu a primeira reforma da PAC o que contribuiu igualmente para tornar o processo de integração difícil.
Consequências da Reforma de 1992
• O setor agrícola português teve de se confrontar com dificuldades acrescidas:– sofreu limitações à produção, pelo sistema de quotas, na
sequência de um excesso de produção para o qual não havia contribuído;
– foi desfavorecido pelo sistema de repartição dos apoios, feito em função do rendimento médio e da área de exploração, que beneficiava essencialmente alguns setores e os países que mais produziam;
– os investimentos nos projectos co-financiados por fundos comunitários levaram ao endividamento dos agricultores, agravado pelas taxas de juro bancário que, durante muito tempo, foram as mais elevadas da União Europeia.
Progressos•Apesar das dificuldades a reforma revelou-se vantajosa por vários motivos, nomeadamente pelos fluxos financeiros oriundos do FEOGA (Garantia e Orientação), ultrapassando largamente as médias comunitárias.
•No final do Quadro Comunitário de Apoio – QCA II (1994-1999), através do PAMAF – Programa de Apoio à Modernização Agrícola e Florestal, a agricultura portuguesa encontrava-se, apesar das dificuldades, numa situação mais favorável:
– o número de explorações diminuiu quase 40%– a dimensão média aumentou de 6,3 para 9,3 ha– os investimentos em infraestruturas fundiárias, tecnologias e
formação profissional melhoraram substancialmente.
A Agenda 2000 para Portugal• No âmbito do terceiro Quadro Comunitário de Apoio – QCA III
(2000-2006), o Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural – POADR - AGRO – garantiu apoios para a modernização do setor agrícola e para a sua adaptação às novas realidades de um mercado global, cada vez mais agressivo e exigente (doc. 1).
• Desenvolvimento sustentável – forma de desenvolvimento que
pressupõe um equilíbrio entre a produção, consumo e distribuição
dos recursos, de forma a permitir a satisfação das sociedades
actuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras
satisfazerem a sua.
• Foi também criada a Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Programas Operacionais Regionais – AGRIS –, que engloba um conjunto de apoios que incentivam uma sólida aliança entre a agricultura, enquanto atividade produtiva, e o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais nas vertentes ambiental, económica e social (doc. 2).
• Outros programas, complementares ao POADR, foram definidos para apoiar a agricultura e o desenvolvimento rural:– RURIS - Plano de
Desenvolvimento Rural– LEADER + – …
A reforma de 2003
• A reforma de 2003, incentivou a procura de maior sustentabilidade e uma orientação para o mercado, colocando a ênfase na política de desenvolvimento rural.
• Colocou também uma particular atenção nos serviços que o agricultor presta à sociedade, garantindo alimentos seguros e de qualidade, a manutenção do espaço rural e a preservação do ambiente e da paisagem.
• Esta reforma alterou a forma como a União Europeia apoiava a agricultura comunitária.
• Para a agricultura portuguesa, esta reforma contemplou importantes aspetos e as novas orientações criam efetivas oportunidades de reconversão dos sistemas agrícolas.
• O seu período de aplicação iniciou-se em 2005.
• Em 2005, foram criados, em substituição do FEOGA, dois novos instrumentos de financiamento da PAC:– o FEAGA – Fundo Europeu Agrícola de Garantia– o FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento
• O Programa AGRO e a Medida AGRIS continuam em vigor para o período de 2007-2013 no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional - QREN.
• As verbas destinadas ao desenvolvimento rural, em Portugal, serão aplicadas de acordo com as prioridades do Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural 2007-2013
• PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural (2007- 2013)
Programas: • PEDAP- Programa Específico de Desenvolvimento da
Agricultura Portuguesaaté 1995
• PAMAF- Programa de Apoio à Modernização Agrícola e Florestal
entre 1994 e 1995
• POADR - Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento
Ruralde 2000 a 2006
• PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural de 2007- 20013
3 – Estratégia global de potencialização do setor agrário nacional
• Potencializar o setor agrário nacional beneficiando dos apoios comunitários:– Quadro de Referência Estratégico Nacional – QREN (2007-
2013)– Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural
(2007-2013)
• Modernização dos meios de produção e de transformação:– investir em tecnologia produtiva (máquinas, material de
transporte, sistemas de rega e de controlo da temperatura, humidade ou dosagem de rações/fertilizantes, etc);
– investir em infraestruturas (sistemas de drenagem, caminhos, armazenamento e distribuição de água).
• Reestruturação das explorações de modo a aumentar a sua dimensão. – Emparcelamento – agrupamento de parcelas ao nível da
propriedade, do direito de uso, ou do cultivo.
• Melhorar a produção e a transformação:– a produção terá de responder às necessidades de mercado
(respeitando as preferências dos consumidores, explorando vantagens e complementaridades, apresentando novos produtos revalorizando produtos tradicionais);
– produzir com qualidade (apostar em produtos que possam ser certificados e produzi-los de acordo com as respetivas normas de qualidade).
• Melhorar a distribuição e a comercialização criando condições para o escoamento da produção, passando pela organização dos produtores e pela melhoria das redes de distribuição e comercialização:– desenvolver o associativismo – organização de produtores em
cooperativas, associações ou por outras formas;– recorrer ao marketing e a novas formas de distribuição.
• valorizar os recursos humanos:– rejuvenescimento da população agrícola;– aumento do seu nível de instrução e qualificação profissional.
• Garantir a sustentabilidade:– reduzir o impacte ambiental sobre os solos e a água;– fomentar práticas ecológicas:
• Agricultura Biológica: produzir com qualidade, preservando os recursos e protegendo o meio natural, ou seja, de forma sustentável