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CEMAEE - 2014

Palestra eja

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Secretaria Municipal da Educação de Marília - SP 2014

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CEMAEE - 2014

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Imagine que as pessoas nunca falam diretamente com você, porém conversam sobre você na sua presença. Imagine que as crianças debocham de você na rua e os adultos o olham e falam em voz baixa nas suas costas. Imagine que as pessoas o tomam pelo braço e o levam pela rua sem dizer-lhe nunca onde está indo.

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Imagine que a você não é permitido ir a nenhuma parte só Imagine que os professores sempre fazem perguntas tolas como "Que cor é esta?" ou " Mostra-me o teu nariz" mesmo quando você já tem 18 anos. Imagine que as suas tentativas de fazer algo sempre são interrompidas por pessoas que fazem por você. Imagine que está doente e ninguém se dá conta.

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Imagine que você ouve as pessoas constantemente discutirem o que você pode ou não pode fazer. Imagine que você é um adulto, porém todos se referem a você como uma criança. Imagine que as pessoas estão sempre dizendo o que fazer, porém nunca conversam com você. Imagine que as pessoas só esperam condutas inapropriadas de você.

Imagine que a você não é permitido tomar, sequer, a menor decisão pessoal.

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As frases anteriores expressam algumas das limitações que a sociedade impõe a indivíduos com deficiência , principalmente aqueles, que de uma forma recorrente, se manifestam através de comportamentos inadequados.

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Filosofia centrada no aluno; Metodologia: autoestima, socialização e afetos

= autonomia;

CURRÍCULO = desenvolver ao máximo as

potencialidades de uma pessoa com necessidades educativas especiais deveria ser um conjunto dos objetivos a ensinar e procedimentos de como ensinar.

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FUNCIONAL

“Os objetivos educacionais devem ser escolhidos para o aluno enfatizando aquilo que ele vai aprender terá utilidade para a sua vida atual, ou a médio/longo prazo, ou seja, os objetivos devem ser Funcionais”

NATURAL

“Tanto os procedimentos de ensino utilizados como o ambiente de ensino devem de ser o mais semelhante possível ao que pode acontecer nos contextos reais, sendo assim, Naturais.

"Antes de se pensar o que se vai ensinar, é preciso pensar para quê se vai ensinar"

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O que ensinar ? Objetivos

Para que ensinar? Princípios Norteadores

Como Ensinar? Procedimentos

De acordo com Miura (2008, p.155)

- Currículo adequado às características individuais;

- Aplicação do conhecimento e habilidades em contexto real

;

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O termo funcional refere-se à maneira como os objetivos educacionais são escolhidos para o aluno, enfatizando-se que aquilo que ele vai aprender tenha utilidade para sua vida

Como determinar o que é funcional? ◦ Depende de diferentes fatores;

◦ Habilidades que geram autonomia ( básicas – acadêmicas);

◦ Não se restringem as AVDs;

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O aspecto natural portanto diz respeito ao ato de ensinar, as situações de ensino, aos materiais selecionados, procedimentos utilizados e a lógica da execução das atividades.

As atividades da aula devem seguir uma

ordem lógica e utilizar formas naturais para ensinar, mesmo o conteúdo acadêmico.

O professor precisa encontrar oportunidades de ensino que sejam naturais.

Evitando situações artificiais.

Respeitando a idade do aluno.

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“A estratégia é ensinar apesar dos comportamentos

inadequados. É olhar para além dos comportamentos dos alunos e ver as possibilidades que as mesmas tendem a encobrir.”

PLANEJAMENTO CRITERIOSO

Plano individual de competências Sistematização diária das competências a ensinar e

a planificação das atividades; Avaliações periódicas a partir de registros

quantitativos e qualitativos; instrução e procedimentos de ensino que buscam a

atenção do aluno e a motivação para realiza-la

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Segundo LeBlanc, o ato de aprender deveria ser reforçador em si mesmo.

Aprender deveria ser um prazer

Nessa medida, é preciso cuidar para que as atividades não se tornem cansativas;

Se atividade é motivadora, é mais fácil ao aluno engajar-se nela.

Assim, a probabilidade de manifestação de condutas inadequadas torna-se muito menor.

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a) A Pessoa como centro: A filosofia que orienta o CFN tem como principio básico é o respeito

à pessoa com necessidades educativas especiais. A pessoa com habilidades diferentes, deve ser tratada como qualquer outra pessoa gostaria de ser.

Esse trato é chamado ‘’Trato de Pessoa’’ ou ‘’Trato Amigo’’. É definido pela máxima:

‘’Não devo fazer com os outros, aquilo que não gostaria que fizessem

a mim’’. A compreensão de que toda pessoa tem desejos e sentimentos

como qualquer outro ser humano, embora muitas vezes não possa falar,

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“Sou uma pessoa Uma pessoa com sonhos

Uma pessoa com metas a realizar Uma pessoa que quer triunfar no trabalho escolhido Uma pessoa que quer amar as outras e que quer ser

amada Uma pessoa que quer que os outros a aceitem e

sejam seus amigos Uma pessoa que quer que os outros o valorizem por

suas contribuições”

Tratar a pessoa de qualquer tipo de deficiência como pessoa, se resume em olhá-la para além da deficiência.

É ser capaz de enxergar o ser humano que existe apesar das limitações verbais, motoras ou comportamentais.

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b) Concentração nas habilidades.

Quando falamos de concentração nas habilidades, estamos dizendo:

- concentre sua ação/atenção naquilo que a pessoa pode fazer, naquilo que ela faz bem.

Que os comportamentos inapropriados passem a

ser o fundo e as habilidades passem a ser figura que detém a nossa atenção.

Quando nos concentramos nas habilidades nossa tarefa de educar torna-se menos árdua, uma vez que nosso olhar está voltado para as possibilidades.

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Todos podem aprender...

A proposta do CFN sugere a avaliação dos resultados e dos procedimentos de ensino para que o professor tenha um termômetro se a maneira como está ensinando está sendo efetiva ou se deverá buscar outra, sugere um deslocamento do ângulo de observação. Retira-o do aluno e dirigi-o às técnicas e procedimentos que vêm sendo utilizadas.

As pessoas com deficiência podem aprender, porém o professor necessita analisar qual a melhor forma de ensinar, quais os melhores procedimentos, os melhores materiais.

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A partir do texto “Currículo para comportamentos adequados e

aquisição máxima de habilidades”(LeBlanc, 1998), são apontados os procedimentos básicos para que ocorra a aprendizagem:

1- MOTIVAÇÃO DO PROFESSOR

O educador deve ensinar com entusiasmo e motivação. Se o professor está entusiasmado, motivado com a atividade em

curso, seus alunos com certeza estarão.

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2- TOM DE VOZ

O tom de voz e a linguagem usada com o aluno devem ser o mais natural possível, sem gritos e tons muito altos.

O professor deveria falar com o aluno da mesma maneira que fala com outras pessoas. A compreensão que o aluno terá acerca de uma instrução ou comentário não está relacionado ao volume da voz do professor a menos que o aluno tenha problemas auditivos.

Uma boa estratégia para facilitar a compreensão por parte do aluno seria repetir a mesma instrução com diferentes palavras.

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3- HABILIDADES

As habilidades do aluno devem ser enfatizadas em detrimento de suas fraquezas. O “não” deve ser pouco usado.

Quando enfatizamos os pontos fortes dos nossos alunos, damos a eles a oportunidade de mostrarem o melhor de si.

Isso faz com que a motivação aumente em ambas as partes fazendo com que o professor tenha mais entusiasmo em ensinar e o aluno mais confiança par aprender as habilidades que ainda não domina.

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4- ATENÇÃO A atenção do aluno deve ser garantida antes de ser

dada uma ordem ou fazer um pedido. É importante certificar-se de que o aluno está de fato atento àquilo que se pede ou ensina.

Muitas vezes o aluno comete erros que poderiam ser evitados se ele estivesse realmente olhando e/ou ouvindo aquilo que se instruiu.

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5- INSTRUÇÕES

Devem ser claras. Muitos de nós teríamos dificuldades para cumprir uma instrução que não tenha ficado muito clara.

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7- REPETIÇÃO Diferença entre a repetição e modificar a

instrução - Analisar se o problema está na entrada da

informação; - Alguns alunos precisam de tempo entre a

instrução e a ação - Repetir seguidamente a mesma instrução

não significa garantia de aceleração do seu cumprimento.

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8- TEMPO DE ESPERA

Deve ser dado um tempo suficiente para a resposta do aluno.

Muitas vezes, a ansiedade do instrutor impede a manifestação da resposta por parte do aluno. Em lugar de aguardar, acaba-se

realizando aquilo que deveria ser o aluno a fazer.

É importante esperar que o aluno processe a informação recebida e emita a resposta.

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Elogios devem ser descritivos, quando necessário.

Quando um educador elogia um aluno, deve

ser muito específico com relação ao comportamento que está elogiando.

Isto é para assegurar que o aluno saiba

exatamente qual o comportamento desejável.

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9- TIPO DE AJUDA

Ter clareza do tipo de ajuda que meu aluno necessita. 10- ENSINO DE NOVAS HABILIDADES

Interesses do aluno devem ser aproveitados para ensino de novas habilidades. Partir de assuntos e/ou atividades que são do interesse do aluno, é uma das formas de aumentarmos seu grau de concentração e participação, facilitando a aprendizagem de novas habilidades.

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MAS POR QUE PENSAR EM HABILIDADES?

- Possibilita um olhar direcionado para as necessidades do aluno;

- Algo concreto;

- Consigo definir as ações a serem realizadas

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Cada pessoa aprende no seu ritmo e

em sua própria maneira; umas

aprendem melhor ouvindo outras,

exercitando a leitura e outras

escrevendo

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É um aluno que precisa de suportes e ajuda para conseguir aprender;

Pode demorar um pouco, mais com ações bem planejadas a aprendizagem acontecerá, pode não ser o que, no momento ou da forma como esperamos.

A APRENDIZAGEM ACONTECE

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LEBLANC, J. M. El Curriculum Funcional en la educación de la persona con retardo mental, 1992.

Suplicio M. Curriculo funcional natural: guia prático para a educação na área do autismo e deficiência mental - Brasília, 2005.

MIURA, R. K. K. Considerações sobre o Currículo Funcional Natural – CFN. In: OLIVEIRA, A. A. S.; OMOTE, S.; GIROTO, C. R. M. (Org.). Inclusão Escolar: as contribuições da educação especial. São Paulo: Cultura Acadêmica, Marília: Fundepe Editora, 2008. p.153-165.