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DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR E DOR OROFACIAL CAMILLA BRINGEL RÊGO

PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

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Page 1: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR E DOR OROFACIAL

CAMILLA BRINGEL RÊGO

Page 2: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

É uma síndrome de diagnóstico essencialmente clínico resultante de lesão do nervo facial localizada para além dos

núcleos do nervo facial na ponte.

CONCEITO1. Paralisia Facial Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

Page 3: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

Paresia dos músculos da mímica facial da hemifaceipsilateral

- Hiperacúsia (tolerância som)- Xeroftalmia (olho seco)- Perda do paladar nos 2/3

anteriores da língua.

CARACTRÍSTICAS

Associados ou não

1. Paralisia Facial Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

Page 4: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

CARACTRÍSTICAS

1. Paralisia Facial Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

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Idiopática Paralisia Facial de Bell - PFB (65%)

Infecciosa

Inflamatória

Imune pós-

infecciosa

Herpes Zoster Ótico - ZOE (12%)

Rubéola; Parotide; Sarampo

Doença de Lyme – Borreliaburgdorferi

Mycoplasma pneumoniae

Otopatias agudas e crônicas

Meningite e encefalite

Vacinas

Síndrome de Guillain-Barré

Traumática Fraturas do osso temporal

Iatrogênica Cirurgia na região do nervo facial

Neoplásica Parótida; Leucemias; Schwanomas

Outras Hipertensão Arterial Severa

ETIOLOGIAS

1. Paralisia Facial Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

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ANAMNESE

A forma de instalação dos sintomas

1° ASPECTO DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE

- PFB (IDIOPÁTICA)

- DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

PFB

Inicio Súbito Paralisia máxima ao terceiro dia de doença Sintomas são consequências da interruptação dasdiferentes fibras nervosas veinculadas ao 7° par Não são comuns outros sintomas

OUTRAS Instalação Progressiva (Causas neoplásicas) Dor, erupção vesicular, ect (HZO) Eritema migrans, mal-estar, etc (Doença de Lyme)

1. Paralisia Facial Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

Page 7: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E ORIENTAÇÕES1. Paralisia Facial

Periférica

2. Características

3. Etiologias

4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

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Avaliação da pressão arterial

Inspeção de toda a superfície cutânea

Exame otorrinolaringológico

Palpação

Exame neurológico

Identificar o Grau

EXAME FÍSICO

- Eritema- Palidez- Púrpura- Equimoses

- Parótidas- Cadeias ganglionares- Fígado e baço

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9. Orientação

ESCALA DEHOUSE-BRACKMAN

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Grau 1Função Normal

Função Normal

Grau 2Disfunção Ligeira

Parestesia ligeira só detectável com inspeção cuidadosa

Fecha olho completamente com mínimoesforço

Assimetria no sorrisso forçado

Sem complicações

Grau 3DisfunçãoModerada

Parestesia evidente mas não desfigurante

Fecha o olho, mas com grande esforço

Boca com desvio evidente

Podem surgir espamos, contraturas

Grau 4Disfunção

moderada/severa

Parestesia enidente e desfigurante

Não fecha o olho. Sinal de Bell

Simetria em repouso

Espamos e contraturas graves

ESCALA DE HOUSE- BRACKMANN1. Paralisia Facial

Periférica

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Grau 5Disfunção

Severa

Quase sem movimento do ladoafetado

Assimetria em repouso

Geralmente sem espasmos oucontraturas.

Assimentria no sorriso forçado

Sem complicações

Grau 6Paralisia Total

Sem qualquer tipo de movimento

Sem espamos, contraturas.

ESCALA DE HOUSE- BRACKMANN1. Paralisia Facial

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SINAIS E SINTOMAS DE ALARME

Instalação progressiva Pós-traumático ou pós-cirúrgico Febre Hipertensão arterial Otalgia, dor ou disestesia peri-auricular Vesículas no canal auditivo externo, pavilhão

auricular, palato mole Outras anomalias do exame neurológico Otite média aguda e crônica, colesteatomas,

mastoidite Adenomegalias, hepatomegalia e esplenomegalia

(hipertrofia) Púrpura, equimoses, exantemas Tumefação parotídea

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INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

Hemograma com esfregaço de sangue periférico

Avaliação de títulos de IgG para o vírus varicellazoster

Pesquisa de DNA vírico por PCR

Eletromiografia

Somente na presença de sinais/sintomas de “alarme”.

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Page 13: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

Idade >10anos

Início progressivo

Paresia grave – grau IV, V, VI segundo escala de

House-Brackmann

Vertigem

Lacrimejo, digeusia ( paladar), xeroftalmia (olho

seco)

Casos secundários, nomeadamente a Herpes Zoster

ótico (HZO)

Diabetes mellitus

FATORES CLÍNICOS DE MAU PROGNÓSTICO

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MEDIDAS GERAISLubrificação ocular (Prevenção de Úlcera de cornea) - --- Com lágrimas artificiais aplicadas a cada 60 minutose a utilização de óculos de sol para proteção contra corpos estranhos.

INTERVENÇÃO POR FISIATRIA- Estabalecimento de um diagnóstico funcional, prevenção de complicações (calor, massagem) e tratamento das mesmas (ultrassom, toxinabotulínica)

TRATAMENTO

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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Corticoterapia: - Prednisolona – 1mg/kg (início até o 5°dia)

- Prednisolona + Aciclovir80mg/Kg/dia (Máximo 3,2 g/dia)(início até o 3°dia)

TRATAMENTO

PARA HZO

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EVOLUÇÃO

EXISTEM DOIS MARCOS TEMPORAIS IMPORTANTES

20° DIA DA

DOENÇA

CASOS de Agressão nervosa mais ligeira

RECUPERAÇÃO FUNCIONAL COMPLETA

MORTE AXONAL

4 à 6 Meses para ocorrer CRESCIMENTO

e REINERVAÇÃO

IDADE PEDIÁTRICAEXCELENTE PROGNÓSTICO

RECUPRAÇÃO TOTAL SEM SEQUELAS96% dos doentes com PFB75% dos doente com HZO

PERSISTÊNCIA DOS

SINTOMAS?

CONSULTA DE REAVALIAÇÃO

RASTREAMENTO DE COMPLICAÇÕES?

SEQUELAS?ORIENTAÇÃO PARA CONSULTAS DE

CIRURGIA PLÁSTICA E OFTALMOLOGIA

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9. Orientação

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COMPLICAÇÕES/ SEQUELAS

Úlcera de córnea Contractura Paresia / Paralisia permanente / Incompetência oral Disgeusia ( paladar) Disestesia ( sentidos) Lacrimejo ou epífora ( lágrimas) Síndrome das lágrimas de crocodilo (reinervação

anómala das glândulas lacrimais com fibras parasimpáticas do núcleo salivatório)

Sincinésias (movimento involuntário de um grupo de músculos quando se executa outro movimento)

Fenômeno de Marcus Gunn invertido (inibição do elevador da pálpebra quando se abre a boca)

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4. Diagnóstico

5. Meios auxiliaresde diagnóstico

6. Fatores clínicos de mau prognóstico

7. Tratamento

8. Evolução

9. Orientação

ORIENTAÇÕES

Quando a sensibilidade não é restabelecida após o tempo preconizado de “reinervação”, o paciente precisa ser orientado sobre medidas e tratamentos coadjunvantes tais como Cirurgia Plástica e Oftalmologia.

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FIM!!!