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Cadeira de PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Professor Doutor Artur Filipe dos Santos 1

Património Cultural e Paisagístico Português - Santuário do Sameiro, Mosteiro de Paço de Sousa e Município de Penafiel - Artur Filipe dos Santos

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Cadeira de

PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS

Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea

Professor Doutor

Artur Filipe dos Santos

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Santuário do Sameiro, Mosteiro de

Paço de Sousa e Município de Penafiel

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• Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos

• Situado no ponto mais alto da bela cidade de Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, também conhecido o Santuário do Sameiro, é um dos locais mais famosos e visitados da região.

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• O Santuário foi construído em finais do século XIX a par do belo Parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro, num encantador estilo romântico, com a cidade a seus pés.

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Zeferino de Oliveira Foi um dos fundadores do Hospital de Penafiel

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• Nasceu na freguesia de Croca, a 4 de Fevereiro de 1870, embarcando para o Brasil em 1887, onde fez fortuna. Parte desse dinheiro foi empregue na sua terra natal. Foi um grande benemérito de Penafiel, com especial destaque para o Templo de Nossa Senhora da Piedade e do Parque do Sameiro, bem como para o Hospital da Misericórdia e para a Capela de São João, na freguesia de Croca, onde existe também uma escola com o seu nome. Instituiu a sopa dos pobres.

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• A nível nacional contribuiu para a criação da cadeira de Estudos Camonianos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Morreu no Brasil em Junho de 1929.

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• Daqui o panorama é de excelência, desenvolvendo-se o jardim ao longo de vários patamares que enaltecem os materiais da zona e primam pelas belas cores da vegetação nos canteiros.

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• O Santuário da Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos, de Penafiel, começou a ser construído numa segunda-feira, 1 de Fevereiro de 1886,quando então se procedeu ao desbravamento dos terrenos em que o monumento religioso iria ser levantado, e se rasgaram os primeiros caboucos para o assentamento dos seus alicerces.

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• O arranque da edificação, segundo o projecto do Eng.º Jorge Pereira Leite, de Lisboa, ficou a dever-se ao dinamismo, determinação e entusiasmo dos irmãos da Confraria de Nossa Senhora da Piedade em íntima colaboração com os irmãos da Confraria dos Santos Passos sobressaindo, de um modo muito particular, a incansável acção dos seus respectivos juízes, José Maria Pinto e Domingos José Vilela.

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• Confraria Nª Sª da Piedade e Santos Passos

• Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos foram legalmente anexadas e incorporadas assumindo a designação, que perdura até aos nossos dias de CONFRARIA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE E SANTOS PASSOS.

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• artigo 4.º do Título 1.º dos Estatutos aprovados no ano de 1886 preconizava explicitamente a edificação de um templo no monte de S. Bartolomeu, o qual teria, pelo menos, dois altares, sendo um dedicado à Senhora da Piedade e o outro aos Santos Passos.

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• Aliás estas devotas irmandades penafidelenses haviam-se já fundido, em 22 de Abril de 1885, numa única congregação religiosa – a Confraria de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos

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• – de modo a conjugar uma perfeita sinergia de esforços com vista à ingente tarefa de dar concretização ao seu grande desiderato comum: - o levantamento, no cimo do Monte de S. Bartolomeu (também conhecido por Monte do Povo, Monte da Forca ou Monte Maninho), de um moderno e magnificente templo que ficaria assim bem sobranceiro à cidade de Penafiel, dominado toda a parte alta de urbe e amplas zonas circundantes que se alongam até ao longínquo limite do seu belíssimo horizonte natural.

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• Esse sonho de erguer um templo na parte mais elevada da cidade, que ficaria sendo como um testemunho perene e marco majestoso da fé das gentes de Penafiel, já havia tenuemente despontado em 1804, quando confraria dos Santos Passos pretendeu erigir uma capela do Calvário na vertente ocidental do mesmo Monte de S. Bartolomeu.

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• Pensava-se então, em aproveitar as desamparadas ruínas da antiga capela de invocação do santo que dava o nome a esse outeiro maninho; e que se situava no seu extremo poente, quase a meio do largo que se abria no topo da velha Rua de Cimo de Vila (actual Rua Alfredo Pereira). Tal empresa, porém, nunca chegou a bom termo.

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• O culto da nossa Senhora da Piedade bem como o culto dos Santos Passos foi transferido, por acordo mútuo das duas confrarias, para a parte alta da cidade, para uma área dos terrenos de logradouro público do Monte de S. Bartolomeu;

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• terrenos esses que a Câmara Municipal lhe havia cedido, em 1882, para que aí se fizesse a nova edificação das suas duas capelas que, entretanto, haviam sido demolidas, por expropriação camarária, devido às obras de construção da praça do Mercado da Alegria.

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• Mas em vez de edificar duas pequenas igrejas em separado, as confrarias acharam por bem que seria melhor, para proveito da fé, erigir um único templo, mais imponente e de muito maior dimensão, dedicado ao culto da Senhora da Piedade e dos Santos Passos.

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• Quando se tornou oportuno meter mãos à obra, foi então utilizado o já referido projecto da autoria do Eng.º Pereira Leite, que o presidente da Edilidade, Manuel Pedro Guedes (Casa da Aveleda), mandou desenhar e ofereceu, em 1885, às respectivas confrarias agora já reunidas numa só.

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• O projecto, que custou 200$00 réis, incluía, para além da planta da nova igreja, o debuxo de um pequeno hotel e de um frondoso parque circunjacente – e esteve patente ao exame público, durante quinze dias, no salão nobre dos paços do concelho.

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• Primeiramente, porém, havia aparecido um outro traçado de autoria do Eng.º Manuel Maria Ricardo Correia, sem dúvida mais imponente mas mais dispendioso, que com certeza deve ter servido de ideia base para a planta final do Eng.º Pereira Leite.

• Altar da Senhora Nossa

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• Entretanto, com a preciosa ajuda de ofertas e donativos vários, e a avultada dádiva, ainda nesse ano de 1889, de um benemérito penafidelense emigrante no Brasil, as obras lá foram prosseguindo, não tanto no célebre andamento que se pretendia, mas mesmo assim com alguma continuidade.

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• Porém, a sempre incerta sequência dos trabalhos foi, por razões financeiras, bastas vezes interrupta ao longo dos tempos.

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• E assim, já depois de concluída o fechamento do arco cruzeiro da capela-mor em 1891, recomeçaram em Junho de 1893 os trabalhos de alvenaria, esperando-se convictamente que “não fossem mais interrompidos, enquanto não tivesse completa e pronta a capela-mor do templo, com vista a poder então ser celebrada missa aos domingos e dias santificados”.

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• Alvenaria é a construção de estruturas e de paredes utilizando unidades unidas entre si por argamassa. Estas unidades podem ser blocos (de cerâmica, de vidro ou de concreto e pedras). O termo alvenaria vem de alvenel ou alvanel - pedreiro de alvenaria -, do árabe al-banná.

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Fala-se alvenaria insossa à construção com pedras justapostas sem argamassa, e alvenaria gorda à alvenaria cuja argamassa é feita com abundância da cal em contraposição à alvenaria magra cuja argamassa é feita com pouca cal ou cimento.A alvenaria pode servir tanto como vedação ou como estrutura de uma edificação. Neste segundo caso, assume o nome de alvenaria estrutural.

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• Por essa época, o interesse demonstrado pelo audacioso empreendimento empolgava a todos, tendo-se então destacado com notáveis beneméritos das obras de edificação do futuro Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos as seguintes individualidades da sociedade penafidelense: - Presidente da Edilidade, Manuel Pedro Guedes, atrás referido: Joaquim Pereira Sotto Mayor e Meneses (Casa de Cabanelas); Simão Júlio de Almeida Mota Barbosa, superintendente das obras em curso pai do poeta José Júlio; José Maria Pinto Monteiro; José Maria Pinto; José Soares de Carvalho; António Pereira de Sousa Mota e muitas outras destacadas personalidades pertencentes às melhores famílias da cidade e do concelho.

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• Foi então que, em 27 de Agosto de 1894, a população da cidade e o povo das freguesias do concelho, bem como muitos outros crentes de terras distantes do Minho e do Douro – que devotavam grande fé a nossa Senhora da Piedade – organizarem a primeira e importante peregrinação ao Seu Santuário, já a despontar lá no sítio eminente da velhinha cidade de Penafiel.

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• As obras de acabamentos e arranjos no interior do Santuário, sob a direcção do Eng. Major Pedro Pezarat, iniciam-se em 1935 e prosseguem em 1936, suportadas pela avulta importância de 100 000$00, oferta do filho de Zeferino de Oliveira, Mário Rebelo de Oliveira. Mas os Altares de mármore, previstos para o templo, já não são abrangidos pelo donativo que se torna insuficiente para a conclusão das obras de revestimento e pintura das paredes interiores, e do fecho interno da cúpula com os seus respectivos frisos e ornamentos.

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• O altar-mor e os altares laterais foram erguidos entre os anos de 1937 a 1939, com mármore de Vila Viçosa.

• O Santuário ficou formalmente acabado em Junho de 1959

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Mosteiro de Paço de Sousa

• O Mosteiro de Paço de Sousa, também referido como Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa localiza-se em Paço de Sousa, no concelho de Penafiel, distrito do Porto, em Portugal. É um dos 21 monumentos que integram a chamada Rota do Românico do Vale do Sousa.

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• Foi fundado no século X por D. Godo Trutesindo Galindes, ascendente de Egas Moniz, o aio, que fez erguer neste local o seu paço. Serviu de refúgio ao abade Radulfo, aquando das invasões de Almançor (994). Constituía-se uma comunidade beneditina.

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• O mosteiro foi desocupado muitos anos depois e veio a cair em estado de degradação. Foi alvo de algumas obras de manutenção no século XI, vindo a ser completamente recuperado em meados do século XIII. Nesta mesma época foi feita a ampliação da Igreja anexa.

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• Novas campanhas de conservação e restauro foram empreendidas no século XVIII e, mais tarde, no século XX, após um violento incêndio ter devorado os tetos de madeira da igreja em 1927.

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• Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento foi vendido em hasta pública, mas a igreja manteve-se aberta ao público.

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• Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado no DG nº 136, de 23 de junho de 1910; 67/97, DR 301, de 31 de dezembro de 1997.

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• Características

• Apresenta um estilo arquitetónico na transição entre o estilo românico e o estilo gótico. Integra o conjunto do mosteiro uma igreja românica de três naves de apreciáveis proporções, na qual se destaca uma bela rosácea na fachada.

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• A sua traça teve influência sobre toda a região de Penafiel, podendo dizer-se que este templo se enquadra no estilo doutros monumentos românicos, como os de Roriz, Gândara, Travanca e Pombeiro.

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• No interior deste mosteiro encontra-se sepultado Egas Moniz, preceptor de Afonso I de Portugal. No interior do túmulo existe uma pequena caixa de cobre com as suas cinzas fúnebres. O túmulo em si é uma magnífica peça com altos-relevos que retratam a ida do aio de D. Afonso Henriques à Corte do reino de Leão.

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Município de Penafiel

• Penafiel é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 15 711 habitantes.

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• É sede de um município com 212,24 km² de área2 e 72 265 habitantes (20113 ), subdividido em 28 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Lousada, a nordeste por Amarante, a leste por Marco de Canaveses, a sul por Castelo de Paiva e a oeste por Gondomar e Paredes.

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• Penafiel está situada no topo e encostas de uma pequena colina (Arrifana), entre o rio Sousa e o rio Cavalum afluentes do lado esquerdo do rio Douro. Penafiel foi em tempos diocese, e actualmente permanece como um dos principais eixos urbanos da região de Vale do Sousa e Tâmega.

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• Esta cidade fica situada a 30 quilómetros a leste da cidade do Porto. É uma cidade muito antiga, dado que é a segunda cidade mais antiga do norte do país.

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• Até ao reinado de D. José I, era conhecida como Arrifana de Sousa; por carta régia de 3 de Março de 1770, viu a sua designação alterada para Penafiel, e ser elevada a cidade.

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• Também nesse ano foi, por bula do Papa Clemente XIV, erecta em sede da diocese do mesmo nome, ao mesmo tempo que a diocese de Pinhel; porém, teve curta duração, e apenas se conta um bispo na sua breve existência.

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• A origem do nome Penafiel é diferente em diversas lendas, sendo no entanto a mais comum a que afirma que a origem do nome surgiu de fortificações existentes na localidade. Quando se deu a fundação da cidade, erguiam-se aqui dois castelos: um deles situava-se junto ao rio Sousa, a norte do seu leito, e chamava-se Castelo de Aguiar de Sousa;

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• O segundo na margem sul denominava-se castelo da Pena (Pennafidelis). Atacado diversas vezes pelos mouros, esta última fortificação nunca se rendeu, o que lhe valeu o epíteto de "fiel" passando assim a ser conhecida por Castelo de Penafiel.

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• Apesar deste episódio, a povoação manteve durante séculos a sua antiga designação Arrifana de Sousa. Quanto à proveniência do nome Arrifana persistem dúvidas sobre se terá origem árabe ou se estará ligado ao nome de Arriana, filha do Ermenegildo Gonçalves e de D. Mumadona Dias.

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• Após a morte do pai, Arriana herdou esta terra de que foi senhora no século X. Diversos terrenos da região foram também propriedade de D. Mafalda na primeira metade do século XIII.

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• O inicio da paróquia de Arrifana de Sousa data do século XVI. No mesmo século, em 1519, o rei Manuel I de Portugal concede-lhe carta de foral, sem, contudo, a elevar a Vila, o que só viria a acontecer no reinado de João V de Portugal por decreto de 7 de Outubro de 1741.

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• Uma lei do rei José I de Portugal datada de 3 de Março de 1770, altera finalmente o topónimo da localidade para Penafiel e confere-lhe a categoria de cidade.

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• Ainda em 1770, é criada uma bula do Papa Clemente XIV, que criou a diocese de Penafiel, que foi assim separada eclesiasticamente da diocese do Porto. Foi nomeado bispo o carmelita Dom Frei Inácio de São Caetano, confessor de Maria I de Portugal, que na altura era ainda princesa do Brasil

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• Por se encontrar junto da futura rainha o bispo nunca chegou a administrar a diocese. D. Maria I quando foi eleita rainha convenceu o Frei a renunciar ao bispado e em 1778 o Papa Pio VI extingue a diocese, incorporando-a de novo na do Porto.

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• Este município integra a Rota do Românico do Vale do Sousa. A AGRIVAL, maior feira agrícola do Norte, realiza-se nesta cidade.

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• Turismo • É neste território que pode ser

visitado o maior castro da Península Ibérica – o Castro de Monte Mozinho (Oldrões/Galegos). Trata-se de uma cidade proto-romana, coeva do início da era, que tantos estudiosos e visitantes tem atraído para dentro dos seus limites. Integra a recentemente criada Rota dos Castros e Verracos da Fronteira Hispano-Lusa, juntamente com as Deputações de Ávila e Salamanca (Espanha) e os municípios de Miranda do Douro e Mogadouro,

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• Também merecem um especial relevo, os monumentos que integram a Rota do Românico do Vale do Sousa (apoiada pela ON – AIBT Vale do Sousa), a saber, o Mosteiro Beneditino de Paço de Sousa (onde se encontra o túmulo de Egas Moniz), a Igreja de S. Gens (Boelhe), a Igreja da Gândara (Cabeça Santa), a Igreja de S. Miguel de Entre-os-Rios (Eja), os Túmulos da Igreja de S. Pedro de Abragão, o Memorial da Ermida (Irivo) e a ponte de Espindo (entre Bustelo e Lodares/Lousada).

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• Também é de evidenciar o património e arquitectura rurais, existentes em vários lugares e aldeias do concelho, com especial incidência para as Aldeias Preservadas de Quintandona (Lagares) e Cabroelo (Capela), e de Entre-os-Rios, em recuperação. Recomenda-se ainda a visita do Mosteiro Beneditino de Bustelo e o aqueduto que se ergue na sua envolvente, bem como o Santuário da Nossa Senhora da Piedade (Sameiro) e o Centro Histórico da cidade.

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Bibliografia

• http://www.cm-penafiel.pt/VSD/Penafiel/vPT/Publica/visitarpenafiel/Personalidades/zeferinodeoliveira.htm

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Penafiel

• http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-santuario-de-nossa-senhora-da-piedade-e-santos-passos-igreja-do-sameiro-20966

• http://sameiropenafiel.blogspot.pt/2012/05/santuario-de-nossa-sr-da-piedade.html

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AUTOR Artur Filipe dos Santos [email protected] artursantos.no.sapo.pt politicsandflags.wordpress.com • Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações

Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.

• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo. Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal.

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Web: www.usc.no.sapo.pt Email: [email protected] Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com • A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição

vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.

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