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PERGAMINHO CIENTÍFICO Nº 1

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Page 1: PERGAMINHO CIENTÍFICO Nº 1

Inicia hoje (27) e segue até o dia 30 de novembro o 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, evento destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas e privadas baianas. O local, estrategicamente escolhido para sediar o evento, foi a secular Faculdade de Medicina da Bahia, localizada no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. De portas abertas para receber centenas de jovens interessados pelo conhecimen-to científico, a instituição, que faz parte do Complexo Monumental da Faculdade de Medicina, tombado pela Unesco, é um dos mais importantes patrimônios da Bahia e do Brasil. Nos corredores, Salão Nobre e Anfiteatro Alfredo Britto, partes integrantes da mais antiga escola médica do Brasil, fundada em 1808, circularão cerca de 190 estudantes oriundos de 23 instituições de ensino inscritos em catego-rias como Vida de Jovem Cientista (apresentações orais), Gabinete de Curiosidades Científicas (experimentos com pôster); Ciência Lúdica (jogos eletrôni-cos e de tabuleiro); Jovens Repórteres Científicos (vídeos de ciência) e Jovens Cientistas em Cena (peças teatrais).

Inicia hoje (27) e segue até o dia 30 de novembro o 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, evento destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas e privadas baianas. O local, estrategicamente escolhido para sediar o evento, foi a secular Faculdade de Medicina da Bahia, localizada no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. De portas abertas para receber centenas de jovens interessados pelo conhecimen-to científico, a instituição, que faz parte do Complexo Monumental da Faculdade de Medicina, tombado pela Unesco, é um dos mais importantes patrimônios da Bahia e do Brasil. Nos corredores, Salão Nobre e Anfiteatro Alfredo Britto, partes integrantes da mais antiga escola médica do Brasil, fundada em 1808, circularão cerca de 190 estudantes oriundos de 23 instituições de ensino inscritos em catego-rias como Vida de Jovem Cientista (apresentações orais), Gabinete de Curiosidades Científicas (experimentos com pôster); Ciência Lúdica (jogos eletrôni-cos e de tabuleiro); Jovens Repórteres Científicos (vídeos de ciência) e Jovens Cientistas em Cena (peças teatrais).

A programação conta ainda com um ciclo de conferências denominado O Ser Humano da Ciência. Para este primeiro dia, o Encontro terá a participação do diretor da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, além do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Nos próximos dias, o evento ainda terá a participação de personalidades como Alexander Kellner, paleontólogo da UFRJ e autor da coluna Caçador de Fósseis, da Revista Ciência Hoje Online; o navegador baiano Aleixo Belov e o

A programação conta ainda com um ciclo de conferências denominado O Ser Humano da Ciência. Para este primeiro dia, o Encontro terá a participação do diretor da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, além do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Nos próximos dias, o evento ainda terá a participação de personalidades como Alexander Kellner, paleontólogo da UFRJ e autor da coluna Caçador de Fósseis, da Revista Ciência Hoje Online; o navegador baiano Aleixo Belov e o

presidente Academia de Ciências da Bahia, Roberto Santos. A coordenadora do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia e professora do Instituto de Biologia da UFBA, Rejâne Lira, afirma que o evento conta com 5 conferências, 1 workshop sobre negócios sociais da Artemisia, 2 peças de teatro, 37 apresentações orais, 32 experimen-tos, 5 vídeos científicos e 21 Jogos. “Espero que aproveitem a Programação que construímos com muito esforço e carinho”, diz.

presidente Academia de Ciências da Bahia, Roberto Santos. A coordenadora do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia e professora do Instituto de Biologia da UFBA, Rejâne Lira, afirma que o evento conta com 5 conferências, 1 workshop sobre negócios sociais da Artemisia, 2 peças de teatro, 37 apresentações orais, 32 experimen-tos, 5 vídeos científicos e 21 Jogos. “Espero que aproveitem a Programação que construímos com muito esforço e carinho”, diz.

COMEÇA O 3º ENCONTRO DE JOVENS CIENTISTAS DA BAHIA

EDIÇÃO ESPECIAL PARA O 3º ENCONTRO DE JOVENS CIENTISTAS DA BAHIA

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A bicentenária Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB/Ufba) é palco de realização do 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia. Em 2006, a instituição histórica também sediou a primeira edição deste evento e recebeu mais de 100 estudantes da rede pública do Estado que se inscreveram para apresentar os seus trabalhos de pesquisa em forma de comunica-ção oral e experimentos. Em tempos antigos, os salões da FMB já foram cenários de intensas discussões, debates e até lutas armadas que tiveram influência nos contextos social e político de todo o território nacional. Grandes nomes como Manuel Vitorino, Afrânio Peixoto, Nina Rodrigues, Juliano Moreira, Martagão Gestei-ra, Pirajá da Silva, Gonçalo Muniz entre outros fizeram parte do quadro desta faculdade, respaldan-do a instituição em nível nacional e internacional através das suas contribuições no ensino e na pesquisa. Muitos testes e estudos realizados na Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus deram origem às pesquisas psiquiátricas, antropoló-gicas, entre outras, expandindo a cultura médica no P aís, além da criação e do aperfeiçoamento de procedimentos para o tratamento de doenças típicas no Brasil. Hoje, está guardado um grande acervo histórico da instituição, que reúne documentos da sua fundação até os dias atuais. A Ufba recolheu, catalogou e organizou todo este material para compor o Memorial da Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia, acervo muito rico e de enorme importância para a sociedade baiana e brasileira, pois é o mais importante documen-tário do ensino médico do Brasil. A atual diretora da Faculdade de Medicina, Lorene Louise, afirma que a instituição é um documento

vivo. “Acho fundamental abrir as portas desta faculdade para que as pessoas a conheçam num evento que estimula o interesse pela ciência. Nós somos um berço de produção, um marco no País, e temos uma história que permite acolher várias demandas da socieda-de”, diz. “Considero o Encontro de Jovens Cientistas uma iniciativa importante para que

De portas abertas para receber estudantes dos ensinos fundamental e médio, a Faculdadede Medicina da Bahia é a mais antiga instituição de educação superior do Brasil

os estudantes saibam que fazer ciência não é tão misterioso assim", completa. Um grande nome da ciência médica na Bahia, formado pela FMB/Ufba, o professor Roberto Santos, filho de Edgar Santos, é um dos conferencis-tas do evento. Com a palestra intitulada “A Ciência na Bahia” ele pretende chamar a atenção da juventude presente no

DUZENTOS ANOS DE HISTÓRIA

Considero o Encon-tro de Jovens Cien-tistas uma iniciativa importante para que os estudantes saibam que fazer ciência não é tão misterioso assimLORENE LOUISE SILVA PINTODIRETORA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFBA

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO

PARCEIROSCEP- Nilton Sucupira

Situada entre igrejas, conventos e casarões coloniais a FMB/Ufba originou-se da Escolade Cirurgia da Bahia, criada em 1808. Esta escola foi instalada no antigo Hopsital

Real Militar, que ocupava o prédio do Colégio dos Jesuítas, construído em 1553

CRÉDITO: FAMEB.UFBA.BR

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Entrevista comMarcos Pontes

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FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA É O BERÇO DA CIÊNCIA NO BRASIL

evento para algo bom. “A minha ideia é falar em termos de estímulo da juventude para que se dediquem. Além de cumprir as obrigações curricu-lares, que reservem algum tempo, alguma energia, para conseguir meios e recursos para realizar algum trabalho de pesquisa. Isso está cada vez mais difundido pelo Brasil afora”, revela.

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Temos o prazer de dar as boas vindas, em Salvador da Bahia, a todos os participantes do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia (EJCBA), que está este ano na sua terceira edição. Há sete anos, um grupo de professores e estudantes se reuniram na Universidade Federal da Bahia, sob a nossa Coordenação, para implantar o Projeto “Ciência, Arte & Magia”, que depois recebeu o nome de Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia, que fez nascer um sonho. Sempre me inquietei com a função social que deve ter a universidade pública em nosso País e, ao percorrer um caminho de divulgação científica sobre os animais peçonhentos, vi a necessidade de criar um caminho paralelo de vocação científica para crianças e adolescentes. Não foi fácil, aliás, não tem sido fácil, pois, há sete anos, isso era absolutamente inovador numa instituição de ensino superior e apesar do crescimento da extensão universitária no Brasil, dedicar-se a estudantes da educação básica ainda é algo inovador. Logo no início tive o apoio do Dr. Isaac Roitman, o idealizador do Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior no Brasil, a quem tenho grande apreço e admiração. Hoje, olho para trás e me sinto realizada com a grande teia que tecemos com este Programa. Digo nós porque a construção de projetos educacionais nunca pode ser feita sozinha. É necessário atrair, conquistar, convencer, brigar e principalmente acreditar. Desde 2005, o Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia tem uma rica história para contar de mais de uma centena de Eventos Científicos e de Divulgação Científica, três livros e dois capítulos de livros publicados, dezenas de artigos, centenas de resumos e é institucionalizado como Componente Curricular da UFBA, no âmbito da Atividade Curricular em Comunidade, onde a cada semestre temos o prazer de receber estudantes das diversas áreas do conhecimento para ajudar a tecer um percurso, não só importante, mas necessário, o da Cultura Científica. A nossa principal produção é sem dúvida testemunhar o crescimento dos estudantes, que muitas vezes chegam tímidos e inseguros, mas com brilho nos olhos e aqui se transformam movidos pelo desejo pelo conhecimento. Mais de 700 jovens escolares passaram por nós e não importa quanto tempo ficaram, nem as suas produções, todos fizeram algo de inovador com sua juventude e energia. A eles, o meu muito obrigada! Aos Professores, Diretores e Coordenadores Pedagógi-cos da Educação Básica, Orientandos da Graduação e da Pós-graduação, Estagiários e Bolsistas, parceiros nesta jornada, a minha justa homenagem por acredita-rem e construírem este sonho conosco. Este é um Evento Científico, mas também Social, Educativo e Cidadão. Aproveitem o Complexo Monumental da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA), que abre as portas para nós com 200 anos de história, orgulho de todos os que moram na cidade do Salvador da Bahia, berço da ciência e da cultura brasileiras.

Editorial

brasileiras.

Rejâne Maria Lira-da-Silva Coordenadora do 3º Encontrode Jovens Cientistas da Bahia

PERGAMINHO CIENTÍFICO – Informativo oficial do 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia. TIRAGEM: 300 exemplares/edição. ENDEREÇO: Rua Barão de Geremoabo, 147, Campus de Ondina, Instituto de Biologia. Cep.: 40.170-290 – Salvador/BA.

TEL.: (71) 3283-6564. E-MAIL: [email protected]. BLOG: jovenscientistasdabahia.wordpress.com FOTO CAPA: marcospontes.net. COMISSÃO ORGANIZADORA: Rejâne Maria Lira-da-Silva (Coordenadora); Rosely Cristina Lira da Silva; Josefa

Rosimere Lira da Silva; Jorge Lúcio Rodrigues das Dores; Yukari Figueroa Mise; Bárbara Rosemar Nascimento Araújo; Maria Dulcinéia Sales dos Santos. ASSESSORIA DO EVENTO: Anne Evelyn Cerqueira Gomes. ASSESSORIA DE IMPRENSA E WEBDESIGN:

QUE TIPO DE JOVEMCIENTISTA VOCÊ É?

Olá a todos! Me chamo Josenai Penha e curso o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador. Acho que ainda não sou uma cientista de fato. Mas acredito que mereço um destaque por compartilhar uma característica comum a todos: o amor pela ciência e pelo seu trabalho! Atualmente, estou divulgando minha pesquisa sobre “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta” em feiras de ciências. Meu filme predileto se

Olá a todos! Me chamo Josenai Penha e curso o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador. Acho que ainda não sou uma cientista de fato. Mas acredito que mereço um destaque por compartilhar uma característica comum a todos: o amor pela ciência e pelo seu trabalho! Atualmente, estou divulgando minha pesquisa sobre “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta” em feiras de ciências. Meu filme predileto se

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

COMO OS ASTRONAUTAS VÃOAO BANHEIRO NO ESPAÇO?

Conheça Josenai Penha, bolsista de Iniciação Científica Jr. e aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Odorico Tavares!

DR. BERINJELA EXPLICA!

Este é o título de um livro muito interes-sante de Jorge Luiz Calife, mas vamos ao que interessa! As viagens espaciais passaram da ficção à realidade na década de 1960, mas nesta época as viagens tinham pouca duração e os astronautas ficavam em cápsulas peque-nas. Logo, não havia a necessidade de banheiros. As necessidades eram feitas em garrafas plásticas e toalhas molhadas (fezes e urina, respectivamente). Isso era o que acontecia na Gemini. Com a evolução das viagens na década de 70, as naves ganharam até chuveiro! A partir da década de 80, com a utilização dos ônibus espaciais, e participação das mulheres nas missões, a suíte foi melhorada e os projetistas se viram na obrigação de desenvolver sanitários mais modernos. Para os resíduos líquidos foi desenvolvida uma

Este é o título de um livro muito interes-sante de Jorge Luiz Calife, mas vamos ao que interessa! As viagens espaciais passaram da ficção à realidade na década de 1960, mas nesta época as viagens tinham pouca duração e os astronautas ficavam em cápsulas peque-nas. Logo, não havia a necessidade de banheiros. As necessidades eram feitas em garrafas plásticas e toalhas molhadas (fezes e urina, respectivamente). Isso era o que acontecia na Gemini. Com a evolução das viagens na década de 70, as naves ganharam até chuveiro! A partir da década de 80, com a utilização dos ônibus espaciais, e participação das mulheres nas missões, a suíte foi melhorada e os projetistas se viram na obrigação de desenvolver sanitários mais modernos. Para os resíduos líquidos foi desenvolvida uma

espécie de funil para ser encaixado à área genital, permitido que tanto homens quanto mulheres pudessem urinar sentados ou em pé. Já para os resíduos sólidos existe um vaso sanitário com encaixe para os pés e uma barra sobre as coxas evitando assim que os astronau-tas saiam flutuando. Nas missões externas e aterrissagem os astronautas usam fraudas especiais que consegue absorver até um litro de dejetos. Os banheiros não usam água, apenas um fluxo de ar que suga os resíduos. Os sólidos são comprimidos e armazenados em uma cápsula que será removida na aterrissagem. Já os líquidos são despeja-dos no espaço para que evapore. Todo ar que é usado na sucção dos resíduosé filtrado para eliminar as bactérias e depois reutilizado na cabine.

espécie de funil para ser encaixado à área genital, permitido que tanto homens quanto mulheres pudessem urinar sentados ou em pé. Já para os resíduos sólidos existe um vaso sanitário com encaixe para os pés e uma barra sobre as coxas evitando assim que os astronau-tas saiam flutuando. Nas missões externas e aterrissagem os astronautas usam fraudas especiais que consegue absorver até um litro de dejetos. Os banheiros não usam água, apenas um fluxo de ar que suga os resíduos. Os sólidos são comprimidos e armazenados em uma cápsula que será removida na aterrissagem. Já os líquidos são despeja-dos no espaço para que evapore. Todo ar que é usado na sucção dos resíduosé filtrado para eliminar as bactérias e depois reutilizado na cabine.

COMO TRANSFORMARSONHOS EM REALIDADEAstronauta Marcos Pontes concede entrevista ao Pergaminho Científico e fala sobre motivação, experiência no espaço e a situação do Brasil com relação ao desenvolvimento das pesquisas espaciais

Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma missão espacial. Há seis anos, ele decolou a bordo da espaçonave russa Soyuz TMA-8 rumo à Estação Espacial Internacional, retornando à Terra no dia 9 de abril de 2006. Tendo realizado o sonho de quase todas as crianças do mundo, Marcos Pontes tem se dedicado a participar de diversos eventos contribuindo para o ensino das ciências e colaborando na luta pela educação de qualidade entre as crianças e jovens de escolas públicas e privadas brasileiras. Presença confirmada no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, Marcos Pontes fará palestra com o tema “Quando crescer, quero ser astronauta”. Confira abaixo a entrevista.

A temática de sua conferência no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia será "Quando Crescer, Quero Ser Um Astronauta!". O que pretende abordar para inspirar esta geração de futuros cientistas brasileiros?Através de uma narrativa de eventos de minha vida, falarei sobre conceitos e atitudes fundamentais para uma pessoa partir de um sonho e transformar essa ideia em realidade.

O senhor é ainda o único astronauta no Hemisfério Sul. Este dado confere? O que é preciso acontecer na educação brasileira para que mais crianças e jovens realizem o sonho de se tornarem astronautas?Eu sou o primeiro astronauta profissional (turma da NASA com dois anos de formação) de nacionalidade única de um país do Hemisfério Sul do Planeta. Existem turistas e alguns profissionais, como o Andy (nascido na Austrália) que foram para os Estados Unidos, tornaram-se cidadãos americanos, foram selecionados pela NASA e voam com a bandeira americana, como astronautas americanos. Sobre a educação brasileira, precisamos de uma revolução de coragem política e atitude dos profissionais de educação para concentrar esforços sobre o ensino fundamental: melhorar a formação, o respeito, o reconhecimento e os salários dos professores; melhorar a infraestrutura das escolas em laboratórios, qualidade e número das salas de aula, bibliotecas, salas de computadores. Ter ensino de período integral em todas as escolas públicas do País. Incluir no currículo matérias de desenvolvimento pessoal, desenvolvimento sustentável e voltar às matérias de cidadania.

Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma missão espacial. Há seis anos, ele decolou a bordo da espaçonave russa Soyuz TMA-8 rumo à Estação Espacial Internacional, retornando à Terra no dia 9 de abril de 2006. Tendo realizado o sonho de quase todas as crianças do mundo, Marcos Pontes tem se dedicado a participar de diversos eventos contribuindo para o ensino das ciências e colaborando na luta pela educação de qualidade entre as crianças e jovens de escolas públicas e privadas brasileiras. Presença confirmada no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, Marcos Pontes fará palestra com o tema “Quando crescer, quero ser astronauta”. Confira abaixo a entrevista.

A temática de sua conferência no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia será "Quando Crescer, Quero Ser Um Astronauta!". O que pretende abordar para inspirar esta geração de futuros cientistas brasileiros?Através de uma narrativa de eventos de minha vida, falarei sobre conceitos e atitudes fundamentais para uma pessoa partir de um sonho e transformar essa ideia em realidade.

O senhor é ainda o único astronauta no Hemisfério Sul. Este dado confere? O que é preciso acontecer na educação brasileira para que mais crianças e jovens realizem o sonho de se tornarem astronautas?Eu sou o primeiro astronauta profissional (turma da NASA com dois anos de formação) de nacionalidade única de um país do Hemisfério Sul do Planeta. Existem turistas e alguns profissionais, como o Andy (nascido na Austrália) que foram para os Estados Unidos, tornaram-se cidadãos americanos, foram selecionados pela NASA e voam com a bandeira americana, como astronautas americanos. Sobre a educação brasileira, precisamos de uma revolução de coragem política e atitude dos profissionais de educação para concentrar esforços sobre o ensino fundamental: melhorar a formação, o respeito, o reconhecimento e os salários dos professores; melhorar a infraestrutura das escolas em laboratórios, qualidade e número das salas de aula, bibliotecas, salas de computadores. Ter ensino de período integral em todas as escolas públicas do País. Incluir no currículo matérias de desenvolvimento pessoal, desenvolvimento sustentável e voltar às matérias de cidadania.

Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você

Parar de gastar com coisas como quadros digitais, um laptop por criança, etc. e investir para ficar excelente no básico. Depois que isto estiver feito, aí sim, pensar em um laptop por criança, etc.

O senhor foi o primeiro brasileiro a conquis-tar o espaço. Qual foi a sensação de olhar o Planeta Terra sob uma perspectiva vista por tão poucos homens?A sensação é maravilhosa do ponto de vista pessoal. No meu livro "Missão cumprida. A história completa da primeira missão espacial brasileira", disponível para compra autografado pelo meu website marcospontes.net, conto essa sensação e muito mais fatos nunca divulgados pela imprensa do antes, durante e depois da missão.

Quais são as dicas para que um estudante brasileiro, principalmente o de escolas públicas, possa seguir esta carreira?Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você. No meu livro "É Possível! Como Transformar Seus Sonhos em Realidade", também disponível autografado no meu website, eu dou todas as instruções e técnicas para todos os jovens realizarem seus sonhos. Vale a pena conferir!

Como é passar dez dias numa estação espacial? Quais os perigos e desafios?A vida na ISS é extremamente corrida e atarefada para nós. Eu sou um astronauta profissional do tipo "especialista de missão" (que na prática significa "mecânico de espaçonave). Assim, como membro da equipe de manutenção da ISS, minhas funções são, basicamente, operar, consertar, montar e reconfigurar sistemas da espaçonave. Existem riscos grandes envolvidos, basta considerar o ambiente espacial (praticamente zero pressão, irradiação, dinâmica, etc.) e ver a importância de mantermos os sistemas operando perfeita-mente. Considere também o aspecto emocional na equação. Exige uma preparação intensa. Soubemos que o senhor é candidato a empreender uma viagem à Marte. Quais as etapas a serem alcançadas para conquistar esta vaga? Porque esta viagem é considerada como sendo apenas de ida? E porque o senhor iria mesmo assim?

Parar de gastar com coisas como quadros digitais, um laptop por criança, etc. e investir para ficar excelente no básico. Depois que isto estiver feito, aí sim, pensar em um laptop por criança, etc.

O senhor foi o primeiro brasileiro a conquis-tar o espaço. Qual foi a sensação de olhar o Planeta Terra sob uma perspectiva vista por tão poucos homens?A sensação é maravilhosa do ponto de vista pessoal. No meu livro "Missão cumprida. A história completa da primeira missão espacial brasileira", disponível para compra autografado pelo meu website marcospontes.net, conto essa sensação e muito mais fatos nunca divulgados pela imprensa do antes, durante e depois da missão.

Quais são as dicas para que um estudante brasileiro, principalmente o de escolas públicas, possa seguir esta carreira?Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você. No meu livro "É Possível! Como Transformar Seus Sonhos em Realidade", também disponível autografado no meu website, eu dou todas as instruções e técnicas para todos os jovens realizarem seus sonhos. Vale a pena conferir!

Como é passar dez dias numa estação espacial? Quais os perigos e desafios?A vida na ISS é extremamente corrida e atarefada para nós. Eu sou um astronauta profissional do tipo "especialista de missão" (que na prática significa "mecânico de espaçonave). Assim, como membro da equipe de manutenção da ISS, minhas funções são, basicamente, operar, consertar, montar e reconfigurar sistemas da espaçonave. Existem riscos grandes envolvidos, basta considerar o ambiente espacial (praticamente zero pressão, irradiação, dinâmica, etc.) e ver a importância de mantermos os sistemas operando perfeita-mente. Considere também o aspecto emocional na equação. Exige uma preparação intensa. Soubemos que o senhor é candidato a empreender uma viagem à Marte. Quais as etapas a serem alcançadas para conquistar esta vaga? Porque esta viagem é considerada como sendo apenas de ida? E porque o senhor iria mesmo assim?

Como astronauta do "core" de astronautas da ISS, eu posso ser escalado (e gostaria muito). Não existem "etapas", mas é importante participar das iniciativas e desenvolvimentos do projeto. Posso depender de acordo internacio-nal do Brasil ou não, se aceitar alguma das ofertas de empresas e instituições internacionais que frequentemente me convidam para trabalhar nos seus projetos. Agora, uma missão à Marte deve acontecer apenas na década de 2030 e as primeiras tripulações realmente terão que abrir caminho e montar toda a estrutura em Marte, com pouca chance de retornar depois de todo o dano à saúde que a viagem de ida causará. Estarei velho (se estiver vivo) naquela época. Ir para Marte e cumprir essa missão seria uma maneira de encerrar com chave de ouro minha participação nesse mundo, ajudan- do outros (a humanidade) a chegarem lá.

Qual a situação do Brasil com relação às pesquisas espaciais desenvolvidas?Nosso programa espacial tem todas as áreas de trabalho, mas nenhuma realmente desenvol-vida. Faltam melhores condições de trabalho para os profissionais, melhores salários para engenheiros, técnicos e cientistas, mais contratações, melhores laboratórios, etc. Interessante notar que fomos um dos primeiros países a começar um programa espacial (início da década de 1960!). Por aí você vê que algo não funcionou bem no Brasil. Em resumo: muito política e pouco resultado.

Como astronauta do "core" de astronautas da ISS, eu posso ser escalado (e gostaria muito). Não existem "etapas", mas é importante participar das iniciativas e desenvolvimentos do projeto. Posso depender de acordo internacio-nal do Brasil ou não, se aceitar alguma das ofertas de empresas e instituições internacionais que frequentemente me convidam para trabalhar nos seus projetos. Agora, uma missão à Marte deve acontecer apenas na década de 2030 e as primeiras tripulações realmente terão que abrir caminho e montar toda a estrutura em Marte, com pouca chance de retornar depois de todo o dano à saúde que a viagem de ida causará. Estarei velho (se estiver vivo) naquela época. Ir para Marte e cumprir essa missão seria uma maneira de encerrar com chave de ouro minha participação nesse mundo, ajudan- do outros (a humanidade) a chegarem lá.

Qual a situação do Brasil com relação às pesquisas espaciais desenvolvidas?Nosso programa espacial tem todas as áreas de trabalho, mas nenhuma realmente desenvol-vida. Faltam melhores condições de trabalho para os profissionais, melhores salários para engenheiros, técnicos e cientistas, mais contratações, melhores laboratórios, etc. Interessante notar que fomos um dos primeiros países a começar um programa espacial (início da década de 1960!). Por aí você vê que algo não funcionou bem no Brasil. Em resumo: muito política e pouco resultado.

Veja a entrevista na íntegra em:jovenscientistasdabahia.wordpress.com

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CRÉDITO: MARCOSPONTES.NET

Josenai desenvolveu a pesquisa “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta”

Mariana Alcântara – Jornalista (DRT BA 2962) e Mariana Sebastião – Jornalista (DRT BA 4260). IDENTIDADE VISUAL: David Marques. PROJETO GRÁFICO/PAGINAÇÃO: Thais Mota e Daniel Pita.

MARCOS PONTESASTRONAUTA

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Temos o prazer de dar as boas vindas, em Salvador da Bahia, a todos os participantes do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia (EJCBA), que está este ano na sua terceira edição. Há sete anos, um grupo de professores e estudantes se reuniram na Universidade Federal da Bahia, sob a nossa Coordenação, para implantar o Projeto “Ciência, Arte & Magia”, que depois recebeu o nome de Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia, que fez nascer um sonho. Sempre me inquietei com a função social que deve ter a universidade pública em nosso País e, ao percorrer um caminho de divulgação científica sobre os animais peçonhentos, vi a necessidade de criar um caminho paralelo de vocação científica para crianças e adolescentes. Não foi fácil, aliás, não tem sido fácil, pois, há sete anos, isso era absolutamente inovador numa instituição de ensino superior e apesar do crescimento da extensão universitária no Brasil, dedicar-se a estudantes da educação básica ainda é algo inovador. Logo no início tive o apoio do Dr. Isaac Roitman, o idealizador do Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior no Brasil, a quem tenho grande apreço e admiração. Hoje, olho para trás e me sinto realizada com a grande teia que tecemos com este Programa. Digo nós porque a construção de projetos educacionais nunca pode ser feita sozinha. É necessário atrair, conquistar, convencer, brigar e principalmente acreditar. Desde 2005, o Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia tem uma rica história para contar de mais de uma centena de Eventos Científicos e de Divulgação Científica, três livros e dois capítulos de livros publicados, dezenas de artigos, centenas de resumos e é institucionalizado como Componente Curricular da UFBA, no âmbito da Atividade Curricular em Comunidade, onde a cada semestre temos o prazer de receber estudantes das diversas áreas do conhecimento para ajudar a tecer um percurso, não só importante, mas necessário, o da Cultura Científica. A nossa principal produção é sem dúvida testemunhar o crescimento dos estudantes, que muitas vezes chegam tímidos e inseguros, mas com brilho nos olhos e aqui se transformam movidos pelo desejo pelo conhecimento. Mais de 700 jovens escolares passaram por nós e não importa quanto tempo ficaram, nem as suas produções, todos fizeram algo de inovador com sua juventude e energia. A eles, o meu muito obrigada! Aos Professores, Diretores e Coordenadores Pedagógi-cos da Educação Básica, Orientandos da Graduação e da Pós-graduação, Estagiários e Bolsistas, parceiros nesta jornada, a minha justa homenagem por acredita-rem e construírem este sonho conosco. Este é um Evento Científico, mas também Social, Educativo e Cidadão. Aproveitem o Complexo Monumental da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA), que abre as portas para nós com 200 anos de história, orgulho de todos os que moram na cidade do Salvador da Bahia, berço da ciência e da cultura brasileiras.

Editorial

brasileiras.

Rejâne Maria Lira-da-Silva Coordenadora do 3º Encontrode Jovens Cientistas da Bahia

PERGAMINHO CIENTÍFICO – Informativo oficial do 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia. TIRAGEM: 300 exemplares/edição. ENDEREÇO: Rua Barão de Geremoabo, 147, Campus de Ondina, Instituto de Biologia. Cep.: 40.170-290 – Salvador/BA.

TEL.: (71) 3283-6564. E-MAIL: [email protected]. BLOG: jovenscientistasdabahia.wordpress.com FOTO CAPA: marcospontes.net. COMISSÃO ORGANIZADORA: Rejâne Maria Lira-da-Silva (Coordenadora); Rosely Cristina Lira da Silva; Josefa

Rosimere Lira da Silva; Jorge Lúcio Rodrigues das Dores; Yukari Figueroa Mise; Bárbara Rosemar Nascimento Araújo; Maria Dulcinéia Sales dos Santos. ASSESSORIA DO EVENTO: Anne Evelyn Cerqueira Gomes. ASSESSORIA DE IMPRENSA E WEBDESIGN:

QUE TIPO DE JOVEMCIENTISTA VOCÊ É?

Olá a todos! Me chamo Josenai Penha e curso o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador. Acho que ainda não sou uma cientista de fato. Mas acredito que mereço um destaque por compartilhar uma característica comum a todos: o amor pela ciência e pelo seu trabalho! Atualmente, estou divulgando minha pesquisa sobre “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta” em feiras de ciências. Meu filme predileto se

Olá a todos! Me chamo Josenai Penha e curso o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador. Acho que ainda não sou uma cientista de fato. Mas acredito que mereço um destaque por compartilhar uma característica comum a todos: o amor pela ciência e pelo seu trabalho! Atualmente, estou divulgando minha pesquisa sobre “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta” em feiras de ciências. Meu filme predileto se

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

chama Mãos Talentosas, que fala sobre a superação de obstáculos. Um livro? O Pequeno Príncipe! Gosto dele porque o personagem admira e questiona tudo o que conhece. Meu seriado preferido é C.S.I. Além disso, a disciplina que mais gosto é a Química pela sua capacidade de explicar a matéria macro e microsco-picamente. Ainda sou aluna do ensino médio, mas pretendo seguir carreira de cientista!

COMO OS ASTRONAUTAS VÃOAO BANHEIRO NO ESPAÇO?

Conheça Josenai Penha, bolsista de Iniciação Científica Jr. e aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Odorico Tavares!

DR. BERINJELA EXPLICA!

Este é o título de um livro muito interes-sante de Jorge Luiz Calife, mas vamos ao que interessa! As viagens espaciais passaram da ficção à realidade na década de 1960, mas nesta época as viagens tinham pouca duração e os astronautas ficavam em cápsulas peque-nas. Logo, não havia a necessidade de banheiros. As necessidades eram feitas em garrafas plásticas e toalhas molhadas (fezes e urina, respectivamente). Isso era o que acontecia na Gemini. Com a evolução das viagens na década de 70, as naves ganharam até chuveiro! A partir da década de 80, com a utilização dos ônibus espaciais, e participação das mulheres nas missões, a suíte foi melhorada e os projetistas se viram na obrigação de desenvolver sanitários mais modernos. Para os resíduos líquidos foi desenvolvida uma

Este é o título de um livro muito interes-sante de Jorge Luiz Calife, mas vamos ao que interessa! As viagens espaciais passaram da ficção à realidade na década de 1960, mas nesta época as viagens tinham pouca duração e os astronautas ficavam em cápsulas peque-nas. Logo, não havia a necessidade de banheiros. As necessidades eram feitas em garrafas plásticas e toalhas molhadas (fezes e urina, respectivamente). Isso era o que acontecia na Gemini. Com a evolução das viagens na década de 70, as naves ganharam até chuveiro! A partir da década de 80, com a utilização dos ônibus espaciais, e participação das mulheres nas missões, a suíte foi melhorada e os projetistas se viram na obrigação de desenvolver sanitários mais modernos. Para os resíduos líquidos foi desenvolvida uma

espécie de funil para ser encaixado à área genital, permitido que tanto homens quanto mulheres pudessem urinar sentados ou em pé. Já para os resíduos sólidos existe um vaso sanitário com encaixe para os pés e uma barra sobre as coxas evitando assim que os astronau-tas saiam flutuando. Nas missões externas e aterrissagem os astronautas usam fraudas especiais que consegue absorver até um litro de dejetos. Os banheiros não usam água, apenas um fluxo de ar que suga os resíduos. Os sólidos são comprimidos e armazenados em uma cápsula que será removida na aterrissagem. Já os líquidos são despeja-dos no espaço para que evapore. Todo ar que é usado na sucção dos resíduosé filtrado para eliminar as bactérias e depois reutilizado na cabine.

espécie de funil para ser encaixado à área genital, permitido que tanto homens quanto mulheres pudessem urinar sentados ou em pé. Já para os resíduos sólidos existe um vaso sanitário com encaixe para os pés e uma barra sobre as coxas evitando assim que os astronau-tas saiam flutuando. Nas missões externas e aterrissagem os astronautas usam fraudas especiais que consegue absorver até um litro de dejetos. Os banheiros não usam água, apenas um fluxo de ar que suga os resíduos. Os sólidos são comprimidos e armazenados em uma cápsula que será removida na aterrissagem. Já os líquidos são despeja-dos no espaço para que evapore. Todo ar que é usado na sucção dos resíduosé filtrado para eliminar as bactérias e depois reutilizado na cabine.

COMO TRANSFORMARSONHOS EM REALIDADEAstronauta Marcos Pontes concede entrevista ao Pergaminho Científico e fala sobre motivação, experiência no espaço e a situação do Brasil com relação ao desenvolvimento das pesquisas espaciais

Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma missão espacial. Há seis anos, ele decolou a bordo da espaçonave russa Soyuz TMA-8 rumo à Estação Espacial Internacional, retornando à Terra no dia 9 de abril de 2006. Tendo realizado o sonho de quase todas as crianças do mundo, Marcos Pontes tem se dedicado a participar de diversos eventos contribuindo para o ensino das ciências e colaborando na luta pela educação de qualidade entre as crianças e jovens de escolas públicas e privadas brasileiras. Presença confirmada no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, Marcos Pontes fará palestra com o tema “Quando crescer, quero ser astronauta”. Confira abaixo a entrevista.

A temática de sua conferência no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia será "Quando Crescer, Quero Ser Um Astronauta!". O que pretende abordar para inspirar esta geração de futuros cientistas brasileiros?Através de uma narrativa de eventos de minha vida, falarei sobre conceitos e atitudes fundamentais para uma pessoa partir de um sonho e transformar essa ideia em realidade.

O senhor é ainda o único astronauta no Hemisfério Sul. Este dado confere? O que é preciso acontecer na educação brasileira para que mais crianças e jovens realizem o sonho de se tornarem astronautas?Eu sou o primeiro astronauta profissional (turma da NASA com dois anos de formação) de nacionalidade única de um país do Hemisfério Sul do Planeta. Existem turistas e alguns profissionais, como o Andy (nascido na Austrália) que foram para os Estados Unidos, tornaram-se cidadãos americanos, foram selecionados pela NASA e voam com a bandeira americana, como astronautas americanos. Sobre a educação brasileira, precisamos de uma revolução de coragem política e atitude dos profissionais de educação para concentrar esforços sobre o ensino fundamental: melhorar a formação, o respeito, o reconhecimento e os salários dos professores; melhorar a infraestrutura das escolas em laboratórios, qualidade e número das salas de aula, bibliotecas, salas de computadores. Ter ensino de período integral em todas as escolas públicas do País. Incluir no currículo matérias de desenvolvimento pessoal, desenvolvimento sustentável e voltar às matérias de cidadania.

Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a participar de uma missão espacial. Há seis anos, ele decolou a bordo da espaçonave russa Soyuz TMA-8 rumo à Estação Espacial Internacional, retornando à Terra no dia 9 de abril de 2006. Tendo realizado o sonho de quase todas as crianças do mundo, Marcos Pontes tem se dedicado a participar de diversos eventos contribuindo para o ensino das ciências e colaborando na luta pela educação de qualidade entre as crianças e jovens de escolas públicas e privadas brasileiras. Presença confirmada no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, Marcos Pontes fará palestra com o tema “Quando crescer, quero ser astronauta”. Confira abaixo a entrevista.

A temática de sua conferência no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia será "Quando Crescer, Quero Ser Um Astronauta!". O que pretende abordar para inspirar esta geração de futuros cientistas brasileiros?Através de uma narrativa de eventos de minha vida, falarei sobre conceitos e atitudes fundamentais para uma pessoa partir de um sonho e transformar essa ideia em realidade.

O senhor é ainda o único astronauta no Hemisfério Sul. Este dado confere? O que é preciso acontecer na educação brasileira para que mais crianças e jovens realizem o sonho de se tornarem astronautas?Eu sou o primeiro astronauta profissional (turma da NASA com dois anos de formação) de nacionalidade única de um país do Hemisfério Sul do Planeta. Existem turistas e alguns profissionais, como o Andy (nascido na Austrália) que foram para os Estados Unidos, tornaram-se cidadãos americanos, foram selecionados pela NASA e voam com a bandeira americana, como astronautas americanos. Sobre a educação brasileira, precisamos de uma revolução de coragem política e atitude dos profissionais de educação para concentrar esforços sobre o ensino fundamental: melhorar a formação, o respeito, o reconhecimento e os salários dos professores; melhorar a infraestrutura das escolas em laboratórios, qualidade e número das salas de aula, bibliotecas, salas de computadores. Ter ensino de período integral em todas as escolas públicas do País. Incluir no currículo matérias de desenvolvimento pessoal, desenvolvimento sustentável e voltar às matérias de cidadania.

Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você

Parar de gastar com coisas como quadros digitais, um laptop por criança, etc. e investir para ficar excelente no básico. Depois que isto estiver feito, aí sim, pensar em um laptop por criança, etc.

O senhor foi o primeiro brasileiro a conquis-tar o espaço. Qual foi a sensação de olhar o Planeta Terra sob uma perspectiva vista por tão poucos homens?A sensação é maravilhosa do ponto de vista pessoal. No meu livro "Missão cumprida. A história completa da primeira missão espacial brasileira", disponível para compra autografado pelo meu website marcospontes.net, conto essa sensação e muito mais fatos nunca divulgados pela imprensa do antes, durante e depois da missão.

Quais são as dicas para que um estudante brasileiro, principalmente o de escolas públicas, possa seguir esta carreira?Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você. No meu livro "É Possível! Como Transformar Seus Sonhos em Realidade", também disponível autografado no meu website, eu dou todas as instruções e técnicas para todos os jovens realizarem seus sonhos. Vale a pena conferir!

Como é passar dez dias numa estação espacial? Quais os perigos e desafios?A vida na ISS é extremamente corrida e atarefada para nós. Eu sou um astronauta profissional do tipo "especialista de missão" (que na prática significa "mecânico de espaçonave). Assim, como membro da equipe de manutenção da ISS, minhas funções são, basicamente, operar, consertar, montar e reconfigurar sistemas da espaçonave. Existem riscos grandes envolvidos, basta considerar o ambiente espacial (praticamente zero pressão, irradiação, dinâmica, etc.) e ver a importância de mantermos os sistemas operando perfeita-mente. Considere também o aspecto emocional na equação. Exige uma preparação intensa. Soubemos que o senhor é candidato a empreender uma viagem à Marte. Quais as etapas a serem alcançadas para conquistar esta vaga? Porque esta viagem é considerada como sendo apenas de ida? E porque o senhor iria mesmo assim?

Parar de gastar com coisas como quadros digitais, um laptop por criança, etc. e investir para ficar excelente no básico. Depois que isto estiver feito, aí sim, pensar em um laptop por criança, etc.

O senhor foi o primeiro brasileiro a conquis-tar o espaço. Qual foi a sensação de olhar o Planeta Terra sob uma perspectiva vista por tão poucos homens?A sensação é maravilhosa do ponto de vista pessoal. No meu livro "Missão cumprida. A história completa da primeira missão espacial brasileira", disponível para compra autografado pelo meu website marcospontes.net, conto essa sensação e muito mais fatos nunca divulgados pela imprensa do antes, durante e depois da missão.

Quais são as dicas para que um estudante brasileiro, principalmente o de escolas públicas, possa seguir esta carreira?Não desistir do sonho, mesmo que falem que é impossível, cuidar da saúde, estudar muito, trabalhar, persistir e sempre fazer mais do que esperam de você. No meu livro "É Possível! Como Transformar Seus Sonhos em Realidade", também disponível autografado no meu website, eu dou todas as instruções e técnicas para todos os jovens realizarem seus sonhos. Vale a pena conferir!

Como é passar dez dias numa estação espacial? Quais os perigos e desafios?A vida na ISS é extremamente corrida e atarefada para nós. Eu sou um astronauta profissional do tipo "especialista de missão" (que na prática significa "mecânico de espaçonave). Assim, como membro da equipe de manutenção da ISS, minhas funções são, basicamente, operar, consertar, montar e reconfigurar sistemas da espaçonave. Existem riscos grandes envolvidos, basta considerar o ambiente espacial (praticamente zero pressão, irradiação, dinâmica, etc.) e ver a importância de mantermos os sistemas operando perfeita-mente. Considere também o aspecto emocional na equação. Exige uma preparação intensa. Soubemos que o senhor é candidato a empreender uma viagem à Marte. Quais as etapas a serem alcançadas para conquistar esta vaga? Porque esta viagem é considerada como sendo apenas de ida? E porque o senhor iria mesmo assim?

Como astronauta do "core" de astronautas da ISS, eu posso ser escalado (e gostaria muito). Não existem "etapas", mas é importante participar das iniciativas e desenvolvimentos do projeto. Posso depender de acordo internacio-nal do Brasil ou não, se aceitar alguma das ofertas de empresas e instituições internacionais que frequentemente me convidam para trabalhar nos seus projetos. Agora, uma missão à Marte deve acontecer apenas na década de 2030 e as primeiras tripulações realmente terão que abrir caminho e montar toda a estrutura em Marte, com pouca chance de retornar depois de todo o dano à saúde que a viagem de ida causará. Estarei velho (se estiver vivo) naquela época. Ir para Marte e cumprir essa missão seria uma maneira de encerrar com chave de ouro minha participação nesse mundo, ajudan- do outros (a humanidade) a chegarem lá.

Qual a situação do Brasil com relação às pesquisas espaciais desenvolvidas?Nosso programa espacial tem todas as áreas de trabalho, mas nenhuma realmente desenvol-vida. Faltam melhores condições de trabalho para os profissionais, melhores salários para engenheiros, técnicos e cientistas, mais contratações, melhores laboratórios, etc. Interessante notar que fomos um dos primeiros países a começar um programa espacial (início da década de 1960!). Por aí você vê que algo não funcionou bem no Brasil. Em resumo: muito política e pouco resultado.

Como astronauta do "core" de astronautas da ISS, eu posso ser escalado (e gostaria muito). Não existem "etapas", mas é importante participar das iniciativas e desenvolvimentos do projeto. Posso depender de acordo internacio-nal do Brasil ou não, se aceitar alguma das ofertas de empresas e instituições internacionais que frequentemente me convidam para trabalhar nos seus projetos. Agora, uma missão à Marte deve acontecer apenas na década de 2030 e as primeiras tripulações realmente terão que abrir caminho e montar toda a estrutura em Marte, com pouca chance de retornar depois de todo o dano à saúde que a viagem de ida causará. Estarei velho (se estiver vivo) naquela época. Ir para Marte e cumprir essa missão seria uma maneira de encerrar com chave de ouro minha participação nesse mundo, ajudan- do outros (a humanidade) a chegarem lá.

Qual a situação do Brasil com relação às pesquisas espaciais desenvolvidas?Nosso programa espacial tem todas as áreas de trabalho, mas nenhuma realmente desenvol-vida. Faltam melhores condições de trabalho para os profissionais, melhores salários para engenheiros, técnicos e cientistas, mais contratações, melhores laboratórios, etc. Interessante notar que fomos um dos primeiros países a começar um programa espacial (início da década de 1960!). Por aí você vê que algo não funcionou bem no Brasil. Em resumo: muito política e pouco resultado.

Veja a entrevista na íntegra em:jovenscientistasdabahia.wordpress.com

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CRÉDITO: MARCOSPONTES.NET

Josenai desenvolveu a pesquisa “Avaliação do Jogo Curando a Febre do Planeta”

Mariana Alcântara – Jornalista (DRT BA 2962) e Mariana Sebastião – Jornalista (DRT BA 4260). IDENTIDADE VISUAL: David Marques. PROJETO GRÁFICO/PAGINAÇÃO: Thais Mota e Daniel Pita.

MARCOS PONTESASTRONAUTA

Page 4: PERGAMINHO CIENTÍFICO Nº 1

Inicia hoje (27) e segue até o dia 30 de novembro o 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, evento destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas e privadas baianas. O local, estrategicamente escolhido para sediar o evento, foi a secular Faculdade de Medicina da Bahia, localizada no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. De portas abertas para receber centenas de jovens interessados pelo conhecimen-to científico, a instituição, que faz parte do Complexo Monumental da Faculdade de Medicina, tombado pela Unesco, é um dos mais importantes patrimônios da Bahia e do Brasil. Nos corredores, Salão Nobre e Anfiteatro Alfredo Britto, partes integrantes da mais antiga escola médica do Brasil, fundada em 1808, circularão cerca de 190 estudantes oriundos de 23 instituições de ensino inscritos em catego-rias como Vida de Jovem Cientista (apresentações orais), Gabinete de Curiosidades Científicas (experimentos com pôster); Ciência Lúdica (jogos eletrôni-cos e de tabuleiro); Jovens Repórteres Científicos (vídeos de ciência) e Jovens Cientistas em Cena (peças teatrais).

Inicia hoje (27) e segue até o dia 30 de novembro o 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, evento destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas e privadas baianas. O local, estrategicamente escolhido para sediar o evento, foi a secular Faculdade de Medicina da Bahia, localizada no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. De portas abertas para receber centenas de jovens interessados pelo conhecimen-to científico, a instituição, que faz parte do Complexo Monumental da Faculdade de Medicina, tombado pela Unesco, é um dos mais importantes patrimônios da Bahia e do Brasil. Nos corredores, Salão Nobre e Anfiteatro Alfredo Britto, partes integrantes da mais antiga escola médica do Brasil, fundada em 1808, circularão cerca de 190 estudantes oriundos de 23 instituições de ensino inscritos em catego-rias como Vida de Jovem Cientista (apresentações orais), Gabinete de Curiosidades Científicas (experimentos com pôster); Ciência Lúdica (jogos eletrôni-cos e de tabuleiro); Jovens Repórteres Científicos (vídeos de ciência) e Jovens Cientistas em Cena (peças teatrais).

A programação conta ainda com um ciclo de conferências denominado O Ser Humano da Ciência. Para este primeiro dia, o Encontro terá a participação do diretor da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, além do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Nos próximos dias, o evento ainda terá a participação de personalidades como Alexander Kellner, paleontólogo da UFRJ e autor da coluna Caçador de Fósseis, da Revista Ciência Hoje Online; o navegador baiano Aleixo Belov e o

A programação conta ainda com um ciclo de conferências denominado O Ser Humano da Ciência. Para este primeiro dia, o Encontro terá a participação do diretor da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, além do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Nos próximos dias, o evento ainda terá a participação de personalidades como Alexander Kellner, paleontólogo da UFRJ e autor da coluna Caçador de Fósseis, da Revista Ciência Hoje Online; o navegador baiano Aleixo Belov e o

presidente Academia de Ciências da Bahia, Roberto Santos. A coordenadora do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia e professora do Instituto de Biologia da UFBA, Rejâne Lira, afirma que o evento conta com 5 conferências, 1 workshop sobre negócios sociais da Artemisia, 2 peças de teatro, 37 apresentações orais, 32 experimen-tos, 5 vídeos científicos e 21 Jogos. “Espero que aproveitem a Programação que construímos com muito esforço e carinho”, diz.

presidente Academia de Ciências da Bahia, Roberto Santos. A coordenadora do Encontro de Jovens Cientistas da Bahia e professora do Instituto de Biologia da UFBA, Rejâne Lira, afirma que o evento conta com 5 conferências, 1 workshop sobre negócios sociais da Artemisia, 2 peças de teatro, 37 apresentações orais, 32 experimen-tos, 5 vídeos científicos e 21 Jogos. “Espero que aproveitem a Programação que construímos com muito esforço e carinho”, diz.

COMEÇA O 3º ENCONTRO DE JOVENS CIENTISTAS DA BAHIA

EDIÇÃO ESPECIAL PARA O 3º ENCONTRO DE JOVENS CIENTISTAS DA BAHIA

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A bicentenária Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB/Ufba) é palco de realização do 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia. Em 2006, a instituição histórica também sediou a primeira edição deste evento e recebeu mais de 100 estudantes da rede pública do Estado que se inscreveram para apresentar os seus trabalhos de pesquisa em forma de comunica-ção oral e experimentos. Em tempos antigos, os salões da FMB já foram cenários de intensas discussões, debates e até lutas armadas que tiveram influência nos contextos social e político de todo o território nacional. Grandes nomes como Manuel Vitorino, Afrânio Peixoto, Nina Rodrigues, Juliano Moreira, Martagão Gestei-ra, Pirajá da Silva, Gonçalo Muniz entre outros fizeram parte do quadro desta faculdade, respaldan-do a instituição em nível nacional e internacional através das suas contribuições no ensino e na pesquisa. Muitos testes e estudos realizados na Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus deram origem às pesquisas psiquiátricas, antropoló-gicas, entre outras, expandindo a cultura médica no P aís, além da criação e do aperfeiçoamento de procedimentos para o tratamento de doenças típicas no Brasil. Hoje, está guardado um grande acervo histórico da instituição, que reúne documentos da sua fundação até os dias atuais. A Ufba recolheu, catalogou e organizou todo este material para compor o Memorial da Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia, acervo muito rico e de enorme importância para a sociedade baiana e brasileira, pois é o mais importante documen-tário do ensino médico do Brasil. A atual diretora da Faculdade de Medicina, Lorene Louise, afirma que a instituição é um documento

vivo. “Acho fundamental abrir as portas desta faculdade para que as pessoas a conheçam num evento que estimula o interesse pela ciência. Nós somos um berço de produção, um marco no País, e temos uma história que permite acolher várias demandas da socieda-de”, diz. “Considero o Encontro de Jovens Cientistas uma iniciativa importante para que

De portas abertas para receber estudantes dos ensinos fundamental e médio, a Faculdadede Medicina da Bahia é a mais antiga instituição de educação superior do Brasil

os estudantes saibam que fazer ciência não é tão misterioso assim", completa. Um grande nome da ciência médica na Bahia, formado pela FMB/Ufba, o professor Roberto Santos, filho de Edgar Santos, é um dos conferencis-tas do evento. Com a palestra intitulada “A Ciência na Bahia” ele pretende chamar a atenção da juventude presente no

DUZENTOS ANOS DE HISTÓRIA

Considero o Encon-tro de Jovens Cien-tistas uma iniciativa importante para que os estudantes saibam que fazer ciência não é tão misterioso assimLORENE LOUISE SILVA PINTODIRETORA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFBA

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO

PARCEIROSCEP- Nilton Sucupira

Situada entre igrejas, conventos e casarões coloniais a FMB/Ufba originou-se da Escolade Cirurgia da Bahia, criada em 1808. Esta escola foi instalada no antigo Hopsital

Real Militar, que ocupava o prédio do Colégio dos Jesuítas, construído em 1553

CRÉDITO: FAMEB.UFBA.BR

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Entrevista comMarcos Pontes

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FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA É O BERÇO DA CIÊNCIA NO BRASIL

evento para algo bom. “A minha ideia é falar em termos de estímulo da juventude para que se dediquem. Além de cumprir as obrigações curricu-lares, que reservem algum tempo, alguma energia, para conseguir meios e recursos para realizar algum trabalho de pesquisa. Isso está cada vez mais difundido pelo Brasil afora”, revela.

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