Perpetuação do autoritarismo e luta contrra o regime

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Trabalho realizado pelos alunos Alexandre, Gaspar e Ana Patrícia, do 9ºB, do Agrupamento de Escolas de Montenegro

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  • 1. Perpetuao do Autoritarismo e a Luta contra o Regime
    Trabalho realizado por:
    Alexandre Mendes n1 9B
    Ana Patrcia n3 9B
    Gaspar Neves n21 9B

2. A oposio ditadura portuguesa comeou logo aps a implantao da ditadura portuguesa, em 1926 e foi-se fortificando e alargando medida que o regime autoritrio (1926-1974) perdurava. Esta oposio, especialmente comunista e republicana, lutou, perturbou e ops-se s ideias da ditadura militar (1926-1933) e do Estado Novo (1933-1974).
Oposio ao regime salazarista
3. O movimento de oposio ao regime salazarista pode-se dividir
em 3 fases:
1 fase:1926 at 1943;
2 fase:1943 at aos princpios da dcada de 60;
3 fase: finais da dcada de 60 at queda do regime.
4. No princpio da ditadura, a oposio era desorganizada e era dominada por concepes anarquistas que privilegiavam a aco violenta, radical e armada.
O Partido Comunista Portugus representou a principal estrutura organizada de oposio ditadura.
Primeira Fase
5. Os republicanos democrticos organizaram e comandaram vrias revoltas como as de 1927, 1928 e 1931, mas todas elas fracassaram.
A revolta de 1934 que foi organizada pelos comunistas e operrios que tentaram opor-se corporativizao dos sindicatos. Esta revolta, fracassou, como as outras.
Em 1932, o movimento monrquico catlico do Integralismo Lusitano fez a sua demarcao em relao ao Estado Novo.
Revoltas da 1 Fase
6. Em 1935, os nacionais-sindicalistas, vieram ainda a Portugal tentar uma revolta, mas acabou por fracassar.
Em 1938, um grupo anarco-sindicalista tentou assassinar Salazar, o "Chefe", quando ele se dirigia para a missa, mas ele conseguiu escapar ileso.
Em 1932, o movimento monrquico catlico do Integralismo Lusitano fez a sua demarcao em relao ao Estado Novo.
7. Oposio mais organizada e pacfica e a participao destes nas eleies presidenciais de 1949, 1951 e 1958. Naquela poca, a oposio organizada ao regime continuava a ser pequena, incluindo sobretudo os intelectuais, os comunistas, os profissionais liberais e os democratas.
2 fase
8. Um dos mais clebres actos que a oposio fez no estrangeiro foi a captura do paquete Santa Maria (1961) por Henrique Galvo, amigo e aliado de Delgado. Este acto despertou a ateno do Mundo. Este paquete pertencia Companhia Colonial da Navegao, uma das jias da marinha mercante portuguesa.
Em Maro de 1959, vrias figuras militares e civis planeiam um golpe de Estado em Lisboa, conhecido como "Golpe da S",que acabou em fracasso.
Revoltas
9. A partir da dcada de 60, os estudantes universitrios comearam a opor-se ao regime e um dos principais conflitos foi a Crise acadmica de 1962.
No dia 31 de Dezembro de 1961, d-se uma revolta militar e civil no quartel de Beja, comandada pelo capito Varela Gomes e Manuel Serra. O general Humberto Delgado regressou clandestinamente ao pas para participar nesta revolta, no entanto, a guerra acabou fracassada.
No ano seguinte, um grupo de oficiais liberais, dirigido pelo General Botelho Moniz, lanou uma tentativa de golpe de Estado.
10. Em 1943, nasceu o Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista (MUNAF). Era uma organizao poltica clandestina e pretendia agrupar e reorganizar a oposio (desorganizada naquele tempo). Conseguiu agrupar muitos opositores democrticos, como Mrio Soares.
MUNAF
11. Em 1945, com a derrota das grandes ditaduras (alinhados no Eixo), Salazar foi forado a fazer algumas mudanas "democrticas", nomeadamente a instituio de eleies, para dar uma boa imagem s democracias capitalistas ocidentais.
Para preparar a oposio para as eleies (tanto presidenciais como legislativas), o MUNAF foi substitudo pelo Movimento de Unidade Democrtica (MUD), em 1945.
Importncia das eleies presidenciais (1949 e 1958)
12. Os opositores participaram nas eleies presidenciais de 1949 (Norton de Matos), de 1951 (Quinto Meireles) e de 1958 (Humberto Delgado) defendendo a democratizao. As eleies de 1958 conseguiram abalar o poder do Estado Novo e deram fora e esperana oposio, mesmo que o candidato opositor (Humberto Delgado) perdesse. Aps esta eleio, o Governo, para no haver mais surpresas, mudou o acto eleitoral.
13. 3 fase
A oposio radicaliza-se e torna-se forte, favorecendo os actos terroristas, radicais e mais violentos. O regime, sofrendo muitas dificuldades econmico-financeiras e presso internacional, era tambm atacado fortemente pela oposio. O MFA surgiu na dcada de 70.
14. Nem com o afastamento de Salazar do poder, em 1968, fez com que o panorama poltico se alterasse. As eleies legislativas de 1969 fizeram eleger um grupo de 30 jovens deputados liberais denominado Ala Liberal e que vieram dar uma lufada de ar fresco na luta pela liberdade. Estes deputados apresentaram vrios projectos liberais que acabavam por ser sempre negados, o que fez com que esta Ala abandonasse a Assembleia da Repblica.
Francisco S Carneiro
15. S nos finais da dcada de 60 que se comeou a verificar uma radicalizao da atitude poltica, nomeadamente entre as camadas mais jovens, que mais se sentiam vitimizadas pela continuao da guerra.
As universidades desempenharam um papel fundamental na difuso deste posicionamento.
16. neste ambiente que a Aco Revolucionria Armada (ARA), apoiada e criada pelo PCP, e as Brigadas Revolucionrias (BR) se revelaram como uma importante forma de resistncia
Na dcada de 70, os sectores das finanas e negcios, classes mdias e movimentos operrios alinharam-se oposio devido s dificuldades econmicas vividas no pas causadas pela guerra e pela crise mundial de 1973. Foram muito importantes na contestao poltica do regime.
17. Crescia o descontentamento e a angstia nas Foras Armadas Portuguesas (a grande base de apoio do regime), especialmente a partir de dcada de 70, porque perceberam que a guerra colonial estava longe de acabar e que eles no iriam conseguir ganh-la.
18. Os oficiais intermdios do exrcito, principalmente os capites, sabendo que tinham o apoio dos seus chefes superiores, organizaram-se num movimento clandestino, o Movimento das Foras Armadas (MFA) que tinha como principais objectivos democratizar o pas e acabar a guerra colonial.
19. O programa do MFA, concludo em Maro de 1974 e divulgado nos quartis (na metrpole e nas colnias), iria depois resumir-se em trs palavras - lema: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver (os trs D).
20.

  • Em 1945, a economia portuguesa estava atrasada em relao aos restantes pases da Europa Ocidental.

Factores que influenciaram o estado do pas:

  • A agricultura continuava a ser o principal sector de actividade, mas a produtividade era baixa, devido utilizao de instrumentos artesanais; 21. Apopulao portuguesa apresentava o maior ndice de analfabetismo da Europa; 22. Recusa inicial de Salazar em aceitar ajuda financeira atravs do plano Marshall.

O tardio Desenvolvimento Econmico
3.
23. Nos anos 1950 e 1960, registou-se um significativo desenvolvimento industrial, resultante das seguintes condies:
4.
24. O grande surto de emigrao

  • O meio rural continuava a viver em condies miserveis

Em 1960 deu-se o grande surto deemigrao
Milhares de pessoas emigraram para as cidades.
(Porto, Setbal, Lisboa ou para o Ultramarportugus)
At 1970, cerca de 1,5 milhes de portugueses emigraram, em busca de melhores condies de vida e elevados salrios
5.
25. Causas
26.A partirde 1960, sentiu-se uma reduo do dficeda balana comercial
Devido a
Devido a
Ao envio de divisas dos emigrantes para o pas.
Ao aumento de receitas provenientes do turismo.
6.
27. Desvantagens da emigrao:

  • A sada de milhares de homens e mulheres que teriam contribudo para o

desenvolvimento do pas.
Vantagens da emigrao:

  • O envio de somas avultadas de moeda estrangeira; 28. A acelerao da mecanizao da agricultura devido falta de mo-de-obra; 29. O aumento dos salrios; 30. O modernizao gradual de aldeias e vilas.

7.
31. Emigrao Portuguesa na dcada de 1960
8.
32. Morte de Salazar a 1968 e tomada do poder pelo professor Marcelo Caetano.
Marcelo Caetano no inicio do seu mandato, demonstrou-se mais liberal que Salazar mas no o suficiente para a democracia dando aos portugueses a liberdade possvel.
Primavera Marcelista
33. Faz regressar do exlio algumas personalidades, como o bispo do Porto e Mrio Soares, modera a actuao da polcia poltica (que passara a chamar-se Direco-Geral de Segurana - DGS), ordena o abrandamento da censura (mais tarde designada Exame Prvio), abre a Unio Nacional (rebaptizada, em 1970, Aco Nacional Popular - ANP) a sensibilidades polticas mais liberais.
Sinais do Liberalismo Marcelista
34. Foi neste clima de mudana, que ficou conhecido como primavera marcelista, que se prepararam as eleies legislativas de 1969. Procurando legitim-las aos olhos da opinio pblica, o Governo alargou o sufrgio feminino (a todas as mulheres escolarizadas), permitiu maior liberdade de campanha oposio, bem como a consulta dos cadernos eleitorais e a fiscalizao das mesas de voto.
Mas estas legislaes foram novamente manipuladas dando 100% dos votos aos deputados da Unio Nacional.
35. Com o abandono dos seus apoiantes da oposio, Marcelo Caetano obrigado a reprimir um poderoso surto de agitao estudantil, greves operrias e at aces bombistas, ligando-se cada vez mais direita e inflectindo a sua poltica inicial de abertura.
As associaes de estudantes mais activas so encerradas, a legislao sindical aperta-se, a polcia poltica desencadeia uma nova vaga de prises, alguns opositores, como Mrio Soares, so novamente remetidos ao exlio.
36. No Vaticano o papa Paulo IV recebeo MPLA, o FRELIMO e o PAIGC, que tambm so ouvidos pela ONU. Este facto criou uma grande humilhao para Portugal.
Com toda a presso financeira/econmica, social, internacional e com a evidencia de derrota na guerra, Manuel Caetano apercebeu-se que o fim do Estado Novo estavaprximo.
Impacto da Guerra Colonial
37. Bibliografia / Webgrafia

  • MAIA, Cristina e BRANDO, Isabel Paulos, Viver a Histria 9, Porto, Porto Editora, 2008. 38. http://historianove.no.sapo.pt/K3.htm 39. http://nonoahistoria.blogs.sapo.pt/6002.html

Entrevista alusiva:

  • http://www.youtube.com/watch?v=rb9VVQ9iuU4