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3. A GESTÃO AMBIENTAL NOS PAÍSES 3.1. Políticas Nacionais de Ambiente 3.2. Planos Sectoriais de Ambiente 3.3. Legislação Aula nº 6 1

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Planeamento e Gestao Ambiental, Aula 6

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3. A GESTÃO AMBIENTAL NOS PAÍSES3.1. Políticas Nacionais de Ambiente

3.2. Planos Sectoriais de Ambiente

3.3. Legislação

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEUma Política de Ambiente deve ser entendida como um

conjunto de princípios e ideias, de concepção e formalização

dinâmicas, consubstanciado num texto que oriente e enquadre

a definição de objectivos e de linhas de actuação, coerentes e

estruturados, no domínio do ambiente.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTENeste contexto, a Política de Ambiente deve consagrar a sua

própria evolução, decorrente da reflexão motivada pelos novos

desafios e problemas. Deve, ainda, conciliar, de forma

estratégica os problemas estruturais e operacionais com

relevância para o ambiente e o desenvolvimento sustentável.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEUma Política de Ambiente nacional é indissociável do modelo de

desenvolvimento, em especial, no que se refere aos equilíbrios

regionais.

Deve ser universal, mas respeitando as diferenças, de modo a

ser aplicável a todo o território nacional, à generalidade das

actividades, organizações e empresas, contribuindo para o

exercício pleno da cidadania ambiental.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEUma Política de Ambiente constitui um referencial do

cumprimento dos objectivos, leis, normas e instrumentos que

dela emanam, consagrando o direito e o dever de todos os

cidadãos participarem na sua construção, na medida do grau de

responsabilidade de cada entidade ou agente.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEA Política de Ambiente deverá, ainda, potenciar a integração

com as outras políticas sectoriais, promovendo e assegurando o

desenvolvimento sustentável.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEQualquer análise que foque Política deve começar com uma questão:

O que é Política?

Embora existam muitas definições, contínua a ser um conceito vago.

Um conjunto de decisões interrelacionadas por um ou um grupo de políticos

tendo em vista uma selecção de objectivos e meios para os atingir, tendo em

conta uma determinada situação onde estas decisões devem, em princípio,

poder ser alcançadas por estes políticos.

Jenkins, 1978

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEO contexto político

As Políticas são formuladas de diferentes formas.

Três formas como as políticas podem ser desenvolvidas:

• Políticas Urgentes e Reactivas:

As grandes prioridades dos Governos requerem sempre políticas for a do

processo normal de fazer política. Por exemplo: Políticas de ambiente para

emergências ambientais têm que ser formuladas rapidamente como

resposta às ameaças , podem ter consequências num vasto leque de

políticas.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEO contexto político

Três formas como as políticas podem ser desenvolvidas:

• Decisões de Rotina: A maior parte das políticas são desenvolvidas através

de decisões de rotina que são feitas de acordo com um enquadramento

fiscal bem conhecido e pré-determinado e com objectivos políticos

amplos.

• A Zona Cinzenta: Políticas cinzentas são aquelas que estão entre as

políticas excepcionais e as de rotina. Estas políticas são uma minoria,

têm um perfil político muito alto e nem sempre seguem os

procedimentos normais de elaboração de políticas.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTE

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O contexto político

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEAtributos das Políticas

• Gerais ou Específicas

• Explícitas ou Implícitas

• Reactivas ou Proactivas

• Evolutivas ou Revolucionárias

• Independentes ou Integradas com outras políticas

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEAs Políticas explicitas são claramente articuladas e anunciadas.

Por exemplo:

• Green papers • White papers

• Discursos Ministeriais • Press releases

• Relatórios Legislativos • Leis

• Regulamentos

Em contraste, as políticas implícitas não são tão claras mas podem ser

igualmente poderosas.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEPor exemplo, em alguns países, a lei exige que decisões sobre a florestação

sejam tomadas com consulta à comunidade local, constituída por

representantes locais.

Na realidade, as decisões são muitas vezes tomadas pelo Gabinete das

Florestas e, no melhor caso, carimbadas pelo comité local sem uma

verdadeira consulta.

Esta política implícita não está escrita (de facto, seria contra a política oficial

e declarada), mas é a que tende a estar em vigor.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEMuitas vezes as políticas resultam simplesmente da acumulação

gradual de decisões tomadas ao longo do tempo. Embora cada

uma destas decisões individuais possam ter pequenas

consequências ambientais, juntas, elas podem produzir efeitos

de grande alcance.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEAs Políticas podem existir em hierarquias, onde as políticas

muito específicas são aninhadas e ligadas a uma série das

políticas progressivamente mais abrangentes.

Este arranjo pode existir em vários níveis de governo, tanto

dentro do país como internacionalmente.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTE

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTENenhuma política existe isolada.

Isto explica-se pelo modelo Pressão – Estado – Resposta (PER).

É importante considerar as muitas outras ligações indesejáveis que existem,

dentro das várias políticas ambientais e com outro tipo de políticas.

Por exemploPor exemplo, a análise das implicações ambientais da política de utilização

de pesticidas deve incluir as mudanças de políticas noutra áreas (agricultura,

saúde pública, segurança alimentar, por exemplo).

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEMetodologia PER

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEMetodologia PER

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEtapas na análise da Política

A Política deveria ser um processo contínuo e iterativo.

Como as condições ambientais e sócio-económicas evoluiem, as políticas

necessitam de ser continuamente avaliadas e ajustadas. O termo que melhor

descreve este processo é aprendizagem adaptativa.

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20Implementação da Política Implementação da Política

Ajustamento Avaliação e Análise

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTERealizar uma análise política envolve três passos principais:

1. Identificar e listar as actuais políticas e a legislação com impacte

significativo no ambiente

2. Identificar critérios de performance para as políticas seleccionadas

3. Avaliar as políticas seleccionadas

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEOs actores da Política de Ambiente

Existem vários actores envolvidos na Política de Ambiente: autoridades

públicas, grupos de interesse, várias organizações da sociedade civil e o

público em geral. Cada um destes actores tem um papel na formulação e

implementação da política ambiental.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEOs actores da Política de Ambiente

• Autoridades Públicas

• O Público

• Sector Agrícola

• Sector Industrial

• Sector energético

• Sector dos Transportes

• Sector da Construção

• Sector do Comércio

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEnquadramento para avaliar as opções políticas e cenários

As políticas mais avançadas pretendem dar resposta as seguintes questões:

• Para onde vamos, dadas as actuais condições ambientais, tendências e

políticas?

• Quais são as opções políticas e o intervalo de resultados possíveis?

• Quais serão as consequências das opções políticas no ambiental global?

• Quais são os valores sociais e ecológicos implícitos ao discutir os

resultados preferenciais?

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEnquadramento para avaliar as opções políticas e cenários

Qualquer que sejam as respostas, têm que ser consistentes e resultar u

processo integrado de avaliação ambiental.

A consistência deve ocorrer nas seguintes áreas:

• Em grande medida, as políticas futuras são compreendidas por meio

de análise retrospectiva, o passado oferece algumas das melhores pistas

para a compreensão das futuras interacções sociais e ambientais.

• A análise de políticas progressistas deve ser baseada em factos através

de tendências e indicadores previamente identificados.

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Page 26: Pgaerna aula6

3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEExistem muitas formas de avaliar as opções políticas e futuras.

No entanto, alguns elementos são comuns a todos os estudos prospectivos.

Estes elementos são:

1. Definir o principal problema ambiental e a política em questão.

2. Definir a situação presente (dados, tendências e políticas

existentes).

3. Estimar as consequências do problema ambiental na situação

presente.

4. Definir opções políticas.

5. Estimar as alterações do impacte (para cada opção).

6. Tirar conclusões sobre o intervalo de resultados possíveis.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEm Angola

LEI DE BASES DO AMBIENTE (Lei nº 5/98 de 19 Junho 1998)

1. Todos os cidadãos têm direito a viver num ambiente sadio e aos

benefícios da utilização racional dos recursos naturais do país,

decorrendo daí as obrigações em participar na sua defesa e uso

sustentado, respectivamente.

2. É devido o respeito aos princípios do bem estar de toda a

população, à protecção, preservação e conservação do ambiente e

ao uso racional dos recursos naturais, cujos valores não podem ser

subestimados em relação a interesses meramente utilitários.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEm Angola

LEI DE BASES DO AMBIENTE (Lei nº 5/98 de 19 Junho 1998)

3. Ao Estado compete implantar um Programa Nacional de Gestão

Ambiental para atingir os objectivos preconizados anteriormente,

criando para o efeito as necessárias estruturas e organismos

especializados e fazendo publicar legislação que permita a sua

exequibilidade.

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3.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE AMBIENTEEm Angola

LEI DE BASES DO AMBIENTE (Lei nº 5/98 de 19 Junho 1998)

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