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Platão

Platão Sociedade Grega

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Platão

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Um dos fundadores da filosofia ocidental

• Platão foi o maior filósofo de todos os tempos. • Sua filosofia é a mais completa, metafísica e

humana que a de Aristóteles.• Seus escritos em forma de diálogo são de uma

beleza incomparável em relação a qualquer outro filósofo que já tenha existido.

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• A filosofia platônica em seus principais aspectos, como o mundo das Ideias, a psicologia, a existência de Deus, o domínio da opinião, a moral e a política.

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O que Platão Pensou?

• Platão partiu do mundo das experiências cotidianas. • É esse mundo, físico e sensível, que o impele

a filosofar, a buscar um fundamento radical para nossa realidade. • As ideias de Platão foram uma resposta

pessoal à provocação de seu tempo.

• O filósofo resumiu seu pensamento de maneira imaginativa e atraente na Alegoria da caverna, um dos textos mais populares da história das ideias.

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• “Alegoria” é a exposição de um pensamento de forma figurada: é uma ficção que apresenta uma coisa para dar ideia de outra coisa.

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• Ao contar a história da caverna, Platão não quis dar uma aula sobre configurações geográficas ou meio ambiente.

• Nem pretendeu fazer literatura. • Fez sim um resumo da sua visão acerca do

mundo, do conhecimento, da política e da ética.• Nele o autor cria um diálogo entre dois

personagens: Sócrates e Glauco, irmão mais novo de Platão.

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A Ideia• No começo, podemos definir a  teoria das Ideias

dizendo que o mundo sensível é apenas uma cópia do mundo ideal, e que o objeto da ciência é o mundo real das Ideias. O mundo inteligível é estudado na dialética, e o mundo sensível é o domínio da opinião ( DOXA).

• A existência do mundo Ideal é baseada em duas provas, segundo Thonnard: uma de ordem lógica, e outra de ordem ontológica.

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• A prova lógica: Platão em nenhum momento põe em dúvida a existência da ciência, que para ele é um fato indiscutível; então, é necessário um objeto estável e permanente, que possa permanecer no espírito. Ora, para Platão, esse objeto não se encontra no mundo sensível, pois ele acredita, como Heráclito, que o mundo é “um infinito e perpétuo tecido de movimentos”, onde “tudo passa como as águas das torrentes”, sendo que nada permanece estável. Surge, então, a necessidade da ciência encontrar seu objeto: o mundo inteligível das Ideias.

• Prova Ontológica: Thonnard diz que o mundo sensível prova a existência do mundo ideal como sombra da realidade. Sabemos disso pois os objetos desse mundo são mais ou menos perfeitos, e estas participações supõem a existência de uma fonte que possui a perfeição em estado pleno. Esse é o mundo inteligível, que é o objeto da ciência.

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A pluralidade das Ideias podem ser provadas de duas maneiras: uma prova

direta e outra indireta.• Thonnard assim define essas provas: a prova direta é resultado da

experiência racional, e o objetivo é libertar do mundo sensível as perfeições estáveis. O mundo sensível não pode apresentar um objeto real que possa ser fonte de um conhecimento científico, por isso é necessário pedir auxílio ao mundo das Ideias.

• Prova indireta: Sabemos que negar a pluralidade das Ideias destruiria toda a ciência, pois ela é um sistema coordenado de juízos. Para a ciência existir são necessários objetos estáveis para um ser inteligível, e também uma pluralidade de Ideias para construir um conjunto de juízos. Sendo assim, Thonnard conclui que deve-se conceder a Heráclito que os objetos sensíveis estão em perpétua variação e misturados com seus contrários; que devemos rejeitar Parmênides, pois o Ser que tem estabilidade desejada, mas destrói todo o juízo pela sua absoluta unidade; por último, Sócrates liberta do sensível perfeições múltiplas, mas estáveis, que podem definir-se. O objeto da ciência não é o mundo sensível, mas os gêneros que Sócrates definiu, tantos os substanciais, como as qualidades, pois esse é o mundo das Ideias.

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A natureza das Ideias• Platão definiu quatro propriedades:• A espiritualidade, que são de ordem inteligível, portanto,

invisíveis aos olhos humanos e apreendidas pela inteligência• A realidade, pois para Platão as Ideias não são conceitos

abstratos do espírito, nem pensamentos do Espírito divino, mas são realidades subsistentes e individuais, sendo objeto da contemplação científica e fonte das realidades da terra. Da realidade, derivam-se duas propriedades:

• A imutabilidade, que exclui toda a mudança, pois são eternas;• A pureza, pois realiza a essência plenamente e sem mistura, e

cada uma na sua ordem é perfeita.

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Platão e a justa desigualdade• Atenas era uma Cidade-Estado com

significativas desigualdades sociais.

• Embora existisse uma democracia direta, era também uma democracia escravista, na qual o direito à cidadania restringia-se a cerca de 10% da população, ou seja, aos nascidos na cidade, do sexo masculino, adultos e livres.

• Estavam, portanto, excluídos os escravos, os estrangeiros, os menores de 18 anos e as mulheres.

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• Na sociedade ateniense havia três classes que organizavam a sociedade na atribuição da polis.

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I. MAGISTRADOS: formado pelos governantes que elaboram as leis.

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II. GUERREIROS: defender a cidade.

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III. ARTESÕES ou TRABALHADORES: (artesãos, lavradores e comerciantes) responsáveis pelo provimento dos bens necessários a sobrevivência da cidade.

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• Segundo o filósofo ateniense não há desigualdade desde que cada cidadão seja encaminhado “educado” para sua função de acordo com a sua natureza. Isso porque, para ele, cada um nasce mais preparado para exercer um determinado tipo de atividade.

• (alma: racional, irascível ou concupiscente).

• A cidade justa é organizada pela justa medida, ou seja, onde cada cidadão ocupa seu lugar designado por sua natureza.

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A cidade justa é aquela que se organiza pela justa medida, isto é, aquela em que cada um ocupa o lugar designado pela sua natureza.

Nas palavras de Platão a cidade é “justa pelo fato de que cada uma das três ordens (classes) que a constituem cumpre sua

função”.

Em outras palavras: “É justo que aquele que, por natureza, é sapateiro fabrique sapatos e nada mais faça, que o construtor construa e, quanto aos outros, também sejam assim”. Se isso for assegurado, reinará a harmonia e a prosperidade.

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A existência de Deus• Platão recorre ao mito para provar a existência de Deus. Temos

duas provas:• Prova baseada na existência do mundo: Deus é o Demiurgo. Platão

reconheceu que para uma obra ter origem, é necessário que haja um artífice, e expõe o seu Demiurgo em linguagem mítica. Ele, depois de ter contemplado o mundo Ideal, decidiu fazer o universo à sua imagem.

• Prova baseada no movimento: Deus é a alma real. Platão verifica que o mundo está sujeito a um movimento ordenado, como o movimento circular das esferas celestes, que é pela sua estabilidade, a própria imagem da inteligência. Para que exista o movimento, é necessário um motor. Platão sugere dois motores: um corpóreo e a alma. O corpo é inerte e é sempre movido por um outro antes de se mover, e a alma é o motor que tem em si o princípio de seu movimento, e pode comunicá-lo sem receber antes( As Leis). a alma domina o corpo que morre.

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CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 

• A divergência entre Platão e Aristóteles estava centrada na construção do conhecimento. Platão – idealista – acreditava que as idéias provinham de um outro mundo, o mundo das essências, denominado topus uranus. 

• Aristóteles – realista – acreditava que as idéias provinham das sensações ou do mundo circundante do aqui e do agora. Aristóteles achava que o ser humano não devia ficar preocupado com a contemplação do mundo das idéias, mas viver intensamente o momento presente. 

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APRENDIZAGEM 

• Sobre a relação ensino-aprendizagem. Platão achava que o indivíduo já trazia no seu

subconsciente o conhecimento adquirido em outras vidas.

• Cita Sócrates ensinando matemática ao escravo. As perguntas de Sócrates faziam desabrochar no escravo o conhecimento que já possuía dentro de si mesmo. Para Aristóteles, o conhecimento tem

que ser formado no mundo circundante. • Ele é como uma tabula rasa que deve encher a

sua memória e o seu intelecto de novos conhecimentos.

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Platão e a teoria da alma 

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•O conceito de justiça de Platão é reforçada pela teoria da alma. De acordo com o pensamento

platônico a alma humana é dividida em três partes e cada

uma tem uma função específica:

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• I. RACIONAL(RAZÃO): é a função da alma e responsável pelo conhecimento, localizada na cabeça.

ESSA É A PARTE DA ALMA RESPONSÁVEL

PELO PENSAMENTO E PELA COMPREENSÃO DE QUANDO ALGO É

VERDADEIRO OU FALSO, REAL OU NÃO VISÍVEL E QUE TOMA

DECISÕES RACIONAIS.

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•II. IRASCÍVEL(ESPÍRITO): é a parte que se irrita ou enraivece, sua função é defender o corpo contra o que pode ameaçar sua segurança localiza – se no peito.

ESSA É A PARTE DA ALMA RESPONSÁVEL POR TODOS OS DESEJOS E A QUE QUER

VITÓRIA E HONRA. SE O INDIVÍDUO TEM A ALMA

JUSTA, O ESPÍRITO REFORÇA A RAZÃO E,

ENTÃO, A RAZÃO LIDERA. A FRUSTAÇÃO DO ESPÍRITO

LEVA AOS SENTIMENTOS DE RAIVA E DE ESTAR SENDO MALTRATADO.

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• III. CONCUPISCENTE (APETITE): é responsável pela conservação do corpo (necessidades básica: comer, beber, reproduzir) localiza – se entre o abdômen e partes adjacentes.

ESSA É A PARTE DA ALMA DE ONDE VÊM TODAS AS ÂNSIAS E OS DESEJOS MAIS BÁSICOS.

POR EXEMPLO, AS SENSAÇÕES DE SEDE E FOME SÃO ENCONTRADAS NESSA PARTE DA ALMA. CONTUDO, O APETITE TAMBÉM TEM URGÊNCIAS DESNECESSÁRIAS OU ILEGÍTIMAS,

MAS COMO A GULA E OS EXCESSOS SEXUAIS.

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O homem virtuoso é aquele em que cada parte da alma realiza na medida justa a função que lhe

cabe, sob o domínio da parte racional

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• Partes da alma / FunçãoRacional / pelo conhecimento.

• Irascível / defender o corpo.• Concupiscente / necessidades básicas para sobrevivência do

corpo.

• Classes Sociais / Função / Virtude• Magistrados ou governantes / governar com sabedoria /

prudência• Guerreiros / defender a cidade / fortaleza e coragem• Artifices ou trabalhadores / satistazer as necessidades do

corpo / temperança

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• O homem virtuoso é aquele em que cada parte da alma realiza na medida justa (sem falta nem excesso) a função que lhe cabe, sob a regência da parte racional.

• Cabe, portanto, à parte racional dominar as outras duas.

• O domínio da razão sobre a concupiscência resulta na virtude da temperança (moderação); o domínio da razão sobre a cólera produz a virtude da coragem ou da prudência.

• A virtude própria da parte racional é o conhecimento.• Por outro lado, o homem vicioso é aquele em que as partes

da alma não conseguem realizar suas funções próprias, ou as realizam desmesuradamente, o que ocorre quando a parte racional perde o comando sobre as outras duas. Nesse caso, instaura-se a desordem, o conflito, a violência contra si e os demais

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Mas quem deve governar?

• Platão propõe um modelo educativo que possibilita a todos os indivíduos igual acesso a educação, independentemente do grupo social a que pertença por nascimento..

• Os mais aptos continuariam até o ponto mais alto desse processo – a filosofia – a fim de se tornarem sábios e, assim, habilitados a administrar a cidade.

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Portanto....• A concepção de Platão é a seguinte...A política é Aristocrática...nem todos podem governar;Apenas uma parcela de sábios está apto a exercer o poder político.

Para ele o filósofo é aquele que, saindo do mundo das trevas e da ilusão, busca o conhecimento e a verdade no mundo das ideias.Depois deve voltar para dirigir as pessoas que não alcançaram esse ponto.

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• ELE SE CONSTITUIRIA, ASSIM, NO QUE FICOU POPULARIZADO COMO REI-FILÓSOFO, POIS AQUELE QUE, PELA CONTEMPLAÇÃO DAS IDEIAS, CONHECEU A ESSÊNCIA DO BEM E DA JUSTIÇA DEVE GOVERNAR A CIDADE.

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Ora, o que vale para o homem individualmente vale também, de certo modo, para a cidade e as três classes

sociais nelas existentes.

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• Na classe econômica, predomina a parte concupiscente da alma. Daí ela estar sempre voltada para a obtenção de riquezas e prazeres. • Assim, se essa classe assumir o governo, a

cidade será mergulhada em sérios problemas econômicos, aprofundando as desigualdades

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• Na classe dos guerreiros, predomina a parte colérica, razão pela qual apreciam os combates e a fama. Se governarem, a cidade viverá em constante estado de guerra, tanto interna quanto externamente.

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• Finalmente na classe dos magistrados, predomina a parte racional da alma, o que lhe favorece conhecer a ciência da política e, desse modo, governar as outras duas classes e em conformidade com a justiça.

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• Em suma, assim como o homem justo é aquele em que a razão governa a cólera e a concupiscência, assim também na cidade, para haver justiça, é preciso que os magistrados governem as demais classes, dedicando-se estas às funções que lhes são próprias.

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• Caberá à educação preparar os indivíduos de cada classe para o exercício da função e da virtude a ela correspondente. Assim, a cidade justa é aquela em que cada classe cumpre harmoniosamente o papel que lhe cabe: o magistrado governa, o soldado defende e a classe econômica provê a subsistência dos cidadãos.

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• Eis, portanto, como Platão legitima e justifica a desigualdade entre as classes, apresentando-a como

expressão da justiça e instrumento para a realização do bem comum.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO • 1) A democracia da cidade estado de Atenas era formada de

qual maneira?• 2) Quais as três classes que organizavam a pólis grega?• 3) Por que segundo Platão não existe desigualdade?• 4) O que é Justa Medida?• 5) Explique a Teoria da Alma para Platão? Determine as Parte

da Alma, a função de cada Classe.• 6) O que é o Homem virtuoso e o Homem Vicioso?• 7) Quem estão Aptos a governar a cidade-estado?• 8) Na concepção de Platão como deve ser a atitude daquele

que está apto a governar?• 9) Como seria se cada Classe governasse?...(econômica,

guerreiros, Magistrados)• 10) Em suma o que é a Cidade Justa?

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Atividade Extra Classe 4º Bimestre• Atividade Dupla – Entregar dia 11 – Pode ser digitada – Livro Filosofando•  • A Democracia de Platão•  • 1 – A democracia grega tem destaque dois lugares: ACROPÓLE E A ÁGORA.

Explique cada conceito. (239)• 2 - Explique a justiça no novo modelo de democracia. (239)• 3 - Dê o Significado das palavras Utopia e Calipolis. (240)• 4 - Qual a proposta de Platão quando ele se refere as funções diversas na

sociedade. (241)• 5 - Explique a educação das três classes. (241)• 6 – Do que se trata a sofrocracia? (241) ( não é a definição da palavra)• 7 - Detalhe juntamente com a sua definição o das formas de governo descritas

no livro A República de Platão. (242)•  • A Teoria Politica de Aristóteles•  • 8 – O que é a Justiça Distributiva e Justiça comulativa?(242)• 9 – Porque Aristóteles exclui os artesões da classe dos cidadãos? (243)• 10 – Porque os homens livres deveriam ser Bárbaros? (243)