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Poemas

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Page 1: Poemas

...Então poderei chorar teus olhos

E sobre o pranto, olhar-te musa, como quem busca o impossível;

Lerei nas páginas escritas pelo teu canto as verdades de tuas palavras omissas.

Este desatino me atordoa!

Então eu choro você com olhos ausentes...

... e percorro cada detalhe de figura efêmera...

...Como quem morre de amor!

NO MÍNIMO PARA SEMPRE

Corra de mim se tiver fôlego, no fundo eu sou um monstro devorador de espelhos.

Fuja logo se tiver pernas no íntimo eu sou um crápula que rói unhas alheias;

Voe para longe enquanto pode, por dentro eu sou composto de farpas e espinhos.

Evite a minha pessoa se tiver juizo na verdade eu como criançinhas desde

criançinha.

Dê o fora se tiver forças, por trás desta máscara me embriago com o seu cheiro

doce; vá logo embora enquanto só falo nas minhas palavras tento esconder o desejo

dos meus braços. Saia daqui enquanto tem coragem atrás dos meus olhos meus

desejos afogam qualquer razão.

Desapareça é a sua última chance!

Nesta ameaça há um pedido para que fique;

no mínimo PARA SEMPRE!

À SOLIDÃO

A solidão é minha mais fiel companheira por todas as horas que me envenenam.

Somos como irmãos;

Como estrofe de dois versos cada;

Cada lágrima não rolada;

Cada tentativa de suicídio...

SOMOS NÓS!

Que caminhamos de mãos dadas na chuva!

De certo modo somos amantes...

...Companheiros eternos do século XXI.

Page 2: Poemas

A escrita. A fala. O verbo.

Debruço-me sobre o pensamento;

As palavras circulam em turbilhão. Estou em branco.

Preciso rever as páginas já compostas...

...infinitos gestos habitam a minha memória.

Poderei acordar a noite sem medo de me perder? MUDEZ.

Registro a sua presença em cada toque:

A crueza das teclas me dá a sensação precisa de desamparo.

Seguro mesmo que no imaginário a tua mão na cumplicidade do SILÊNCIO.