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ETEC JOÃO BELARMINO TURISMO RECEPTIVO COPA DO TERROR GRUPO CONTRA A REALIZAÇÃO DA COPA 2014

Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014

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  • 1. ETEC JOO BELARMINO TURISMO RECEPTIVO COPA DO TERROR GRUPO CONTRA A REALIZAO DA COPA 2014 AMPARO 2014
  • 2. ETEC JOO BELARMINO TURISMO RECEPTIVO Angela De Figueiredo Merola n 2 Barbara De Carvalho E Silva n 4 Carlos Augusto Teixeira n 6 Cinthia Ap Murias De Oliveira n 8 Debora Moraes Moura n 10 Fernanda Dos Santos Lucas n 12 Gabriela De Lima Pereira n 14 Heloise Moretti Costa n 16 Joyce Daiane Idalino Borges n 18 Kariny Cechinato n 20 Larissa Ciconato n 22 Luana Segismundo Molessani n 24 Luciano Bueno De Oliveira n 28 Mariana Dias De Souza n 30 Paulo Sergio Benedetti Junior n 32 Rosano Parducci n 34 Veridiana Da Silva Santos Trabaquini n 36 Gabriel Pedrazzoli Goncalves n 38 AMPARO 2014 2
  • 3. Sumrio Introduo ..................................................................................................................................... 4 Comrcio ....................................................................................................................................... 5 Hotelaria ........................................................................................................................................ 6 Sade ............................................................................................................................................. 7 Vigilncia Epidemiolgica .......................................................................................................... 7 Vigilncia Sanitria .................................................................................................................... 7 Infraestrutura ............................................................................................................................ 7 Turismo Sexual e Doenas Sexualmente Transmissveis .......................................................... 8 Entrevistas ................................................................................................................................. 8 Segurana Pblica ......................................................................................................................... 9 Protestos ................................................................................................................................... 9 Brigas ....................................................................................................................................... 10 Transportes ................................................................................................................................. 11 Mobilidade urbana .................................................................................................................. 12 Aeroportos .............................................................................................................................. 12 Impacto Ambiental .................................................................................................................. 13 Experincias Anteriores............................................................................................................... 15 Concluso .................................................................................................................................... 16 Bibliografia .................................................................................................................................. 18 ANEXOS ....................................................................................................................................... 19 Relatrio de Participao ........................................................................................................ 19 Figuras ..................................................................................................................................... 20 Trabalho Digitalizado............................................................................................................... 26 3
  • 4. Introduo Se o Brasil est preparado para a Copa, no parece! Faltando pouco menos de seis meses para o incio da Copa do Mundo, o Brasil corre para deixar o pas pronto para receber os milhares de turistas estrangeiros que so esperados durante os 30 dias do evento. Metade das arenas que iro receber os jogos ainda no est pronta, o que preocupa governantes e membros da FIFA. Porm, os problemas que devem envolver o torneio vo alm dos campos de futebol, e alguns deles so fontes de preocupao para muitas entidades nacionais. Afinal, como ser o deslocamento dessa massa de pessoas que ir ocupar o Brasil a partir do dia 12 de junho, e muitos de nossos aeroportos no terminaram de se adequar para o volume esperado de viajantes? Nossos sistemas de transporte urbano daro conta dessa demanda? E nossos hotis, tero capacidade e gente preparada para atender os turistas? Alm disso, h quem leve em conta a questo da segurana durante a Copa. Existem promessas de que as manifestaes vistas em junho se repitam durante os jogos, com mais fora e maior volume de pessoas. Com a volta do debate sobre a briga de torcidas, o medo de confrontos durante as partidas ganha fora dentro das perspectivas do que pode ocorrer durante o torneio. Pensando nisso, nosso grupo elencou principais riscos que o Brasil correr durante a Copa do Mundo, o que esperar deles, e qual seriam as solues ideais para contorn-los. 4
  • 5. Comrcio H uma parcela grande de empresrios e comerciantes que v com receio a capacidade do mercado. Fabrizio Quirino, gestor de comunicao e marketing da Associao Comercial Empresarial do Brasil (Aceb), afirma que a falta de conhecimento do perfil de consumo dos turistas o principal argumento contra novos investimentos do setor comercial, o que pesar negativamente na oferta de determinados produtos. A preparao para a Copa est sendo feita pensando em atender de maneira devida essa demanda nacional e internacional. Porm, temos dois problemas a enfrentar: a falta de infraestrutura comercial e a concorrncia, que ser forte, o que deixa todos com o p atrs, destaca o gerente. Outra dificuldade que o comrcio deve enfrentar tambm ser a falta de profissionais capacitados para isso. A Associao Comercial do Paran (ACP), no fim de 2012, anunciava projetos de capacitao dos profissionais do varejo, para garantir um atendimento de qualidade aos estrangeiros. Porm, a entidade hoje diz que no vislumbra ainda a Copa, e que projetos para o Mundial ainda sero elaborados. 5
  • 6. Hotelaria O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), em abril deste ano, j havia publicado um estudo alertando que a quantidade de hotis de qualidade disponveis no pas no seria suficiente para abrigar todos os visitantes. Alm disso, falta mo de obra capacitada para atender esse pblico. Oito meses depois, pouco foi feito para melhorar esse cenrio. Segundo Luiz Alberto dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comrcio Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Regio (Sindehotis), os programas de capacitao que haviam sido prometidos pelo governo e por outros rgos nacionais no saram do papel. Essa histria de que iam qualificar todos do setor no deu certo. Houve iniciativas, mas no foi o suficiente, disse. Santos ressaltou que outro problema so os altos valores das dirias que sero cobradas. abusivo. H hotis que, em dias normais cobram R$ 100, e durante a Copa tero dirias de R$ 2.000, afirmou Santos. Algumas redes j foram notificadas pela Justia por superfaturar as tarifas. 6
  • 7. Sade Intoxicao alimentar, dengue, febre maculosa, doenas virais, DST, so inmeros os riscos durante o fluxo de turistas. Vigilncia Epidemiolgica O renomado especialista em doenas infecciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, chamou ateno do mundo publicando na revista Nature, sobre o alto risco de dengue no Brasil, mais intenso no Nordeste. Por outro lado, comum em outros pases vrus que ainda no so encontrados aqui, como o arbovrus, transmitido aos seres humanos pelos mosquitos do gnero Aedes, os mesmos da dengue, causando uma doena batizada de Chikungunya. "Este vrus est bastante presente na sia e apareceu com fora no Caribe. J tivemos casos no Brasil, pessoas que viajaram e voltaram com a doena. Corremos riscos de importar a Chikungunya se recebermos pessoas infectadas. Ela lembra a dengue, mas uma doena maisarrastada e debilitante. Por se parecerem muito, isso preocupa, pois os profissionais da sade podem confundir as duas", alerta o infectologista. Vigilncia Sanitria A Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) em vistorias nos ESTDIOS durante a Copa das Confederaes, identificou uma srie de falhas na estrutura e na oferta de servios, que, sem soluo, representam uma ameaa sade do torcedor. A principal preocupao com a prpria estrutura dos estdios. "Constatamos cozinhas instaladas em locais imprprios. E a gua usada para o preparo de alimentos em boa parte dos casos tinha fontes 'alternativas'", avaliou a coordenadora do Grupo de Trabalho de Eventos, Denise Resende. Infraestrutura O caos na sade pblica notcia durante o ano todo em todo o Brasil, no temos estrutura suficiente para os brasileiros, e se estrangeiros precisarem ser atendidos? As cidades sedes 7
  • 8. tero 512 unidades mveis do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU) e 66 unidades de Pronto Atendimento, utilizando cerca de 10000 profissionais de sade. Mas e fora dos estdios? Lembrando que estaremos em tempo de frias escolares, e que as famlias dessas capitais sede viajaro para outras cidades como a nossa regio. E fora das sedes? Ficaro sem suporte? Turismo Sexual e Doenas Sexualmente Transmissveis No h como negar que o evento tambm vai estimular o turismo sexual e sexo casual. O infectologista adverte que, na pgina do Ministrio do Turismo, h uma pesquisa da FGV (Fundao Getlio Vargas) com 4.000 torcedores que aponta este perfil: maioria de pblico masculino, na faixa etria entre 25 e 50 anos e que viaja sozinho. Esses homens todos vo voltar para suas casas, mas as doenas sexualmente transmissveis ficaro aqui, para serem tratadas pelo SUS, onerando ainda mais o Sistema que j est um caos. Entrevistas Dra Roberta C. Robert Arajo Diretora da Sade de Morungaba O Brasil est preparado em relao sade para receber a copa do mundo? Infelizmente no, h uma grande falta de profissionais em hospitais, ambulncias, postos de sade, falta de medicao, leitos e profissionais sem ingls. Quais so as precaues em relao sade? Doenas podem ser trazidas, como a clera (da frica) e eles podem levar doenas daqui como a dengue e diarreia. O nmero de ambulantes sem alvar ir aumentar. E h falta de funcionrios na vigilncia para controlar esse aumento. Sem esquecer que est havendo uma escassez de gua, e o pouco que se tem pode ser contaminado. Dra Conceio Oliveira Camilo Diretora da Vigilncia Epidemiolgica de Jaguarina Quais so as precaues em relao ao perodo da Copa? Alm do risco de contaminao dos alimentos em restaurantes, vejo maior problema quanto aos ambulantes. A Vigilncia Sanitria precisaria de mais funcionrios para poder fiscalizar todos os estabelecimentos e principalmente ambulantes durante o ms de Copa. A intoxicao alimentar um risco, mas o maior problema que vejo so as doenas que j temos erradicadas aqui, que podero ser trazidas, como sarampo, poliomielite, podemos trocar cepas, como meningite e eles correm um grande risco com a Febre Maculosa, pois ser poca de mucuim em nossa regio, e essa doena mata rapidamente se no for detectada a tempo, e certamente um mdico estrangeiro no detectar a tempo. 8
  • 9. Segurana Pblica Protestos A Copa das Confederaes, em junho, ocorreu em meio onda de protestos populares. Milhes de pessoas foram s ruas questionar os imensos gastos feitos pelo governo com a Copa, pedindo mais recursos para sade e educao. Contudo, durante os atos pacficos, cenas de violncia e depredao das cidades tambm foram vistas, o que fez os representantes da FIFA hesitarem na continuidade do projeto 2014. Para o Mundial do ano que vem, h quem acredite que novos levantes sero armados. As atenes internacionais estaro todas voltadas para c. A grande questo que ir determinar se haver ou no novas manifestaes nas ruas ser o tamanho da disposio das pessoas naquele momento, indica Marco Antnio Villa, historiador e professor da Universidade Federal de So Carlos (UFSCar). Um motivo que deve diminuir o nmero de protestos durante a Copa foram os atos de violncia vistos em junho, que segundo Villa, tiraram o nimo de muitos envolvidos. Esses Black blocks afastaram muita gente das ruas. E com certeza eles estaro com receio de que novamente um protesto se torne algo violento. Alm disso, o fato de 2014 ser um ano de eleio para presidente deve contribuir para um conteno maior por parte do poder pblico. No duvido que o governo mobilize suas foras para controlar essas manifestaes e diminuir suas aparies na mdia, porque eles no querem propaganda negativa s vsperas da eleio, completa o professor. 9
  • 10. Brigas O conflito entre torcedores em Joinville, que marcou o final do Brasileiro no incio do ms, reacendeu as discusses sobre os riscos da violncia dentro dos estdios. Faltando um semestre para a abertura da Copa, o debate ganha novas propores, j que a possibilidade de qualquer tipo de ocorrncia durante os jogos do Mundial entra na lista de consideraes do poder pblico. O delegado da Delegacia Mvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polcia Civil do Paran, Clvis Galvo, ressalta que a preparao para conter esse tipo de situao j est sendo feita, em todas as esferas de segurana pblica. Essa preocupao de ocorrer confrontos est dentro do planejamento do Exrcito, da Polcia Federal, e das polcias civil e militar. Onde tiver movimentao de Copa estaro todas essas foras. Esto sendo feitos exerccios de possveis problemas que podem acontecer. Tudo para estar preparado para todas as situaes ressaltou o delegado. Alguns dados se sobressaem, como: No Iraque e no Paquisto morre menos gente de morte violenta do que no Brasil. So em mdia 50 mil homicdios por ano, uma base de 137 assassinatos por dia. So Paulo chegou em um nvel de crime to absurdo que passou a contar com guerrilhas urbanas. As autoridades justificam o crescimento do crime dizendo que o mundo assim. Em casos mais violentos, se tem como exemplo o estupro de dois estrangeiros. O numero de furtos e roubos nos sistemas de metro e trem de So Paulo aumentou mais de 60%. Se caso o Brasil venha a perder a copa o pas ira virar um caos. Cada vez se ouve mais brasileiros dizendo que desejam ir embora para outros pases, onde h segurana. Temos como base as conseqncias ocorridas aps a copa na frica do Sul (gastos excessivos na construo de estdios para depois demoli-los e inflao dos preos). Policiais e bombeiros ameaam abaixar a segurana na copa caso no haja reajuste salarial. 10
  • 11. A ANATEL j disponibilizou no Brasil alguns nmeros de emergncia para que os estrangeiros possam ligar, mas faltam profissionais capacitados para atend-los. Transportes Na Copa do Mundo proposta pelo Brasil FIFA, havia a previso de obras ambiciosas de mobilidade urbana que dariam acesso aos estdios, mas o no cumprimento das promessas nas cidades- sede colocara muitos torcedores em sistemas de transporte publico deficientes. Os planos para o Mundial previam projetos de transporte nas cidades para facilitar o acesso s arenas, onde o padro FIFA no permite o acesso dos torcedores de carro, e os deslocamentos entre locais chave, como aeroportos e hotis. Tidas como maior legado da Copa do Mundo, as melhorias nos sistemas de transporte urbano, usado por 84% da populao do pas, receberam um alto investimento do Governo Federal, via PAC da Copa, para garantir um salto na qualidade dos sistemas das cidades-sede. Ao todo, R$ 12 bilhes seriam injetados na reestruturao dos equipamentos de transporte, a fim de garantir fluidez no trnsito das capitais durante os jogos e facilidade de acesso aos turistas que vm ao Brasil. Porm, no foi isso que aconteceu. Segundo Otvio Cunha, presidente da Associao Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), desde o anncio do pacote, h cinco anos, at hoje, uma parte pouco significativa desse montante foi de fato aplicada. Para se habilitar aos recursos, era necessrio projetos que estivessem dentro das exigncias que o Ministrio das Cidades fez, o que dificultou muito as coisas, destacou. Vamos ficar devendo e muito aos turistas no quesito transporte. Os municpios so a favor de transformar em feriados os dias de jogo, para ajudar no trfego, porm isso no ser o suficiente. Teremos muitos gargalos ainda. Uma soluo paliativa, que teria um efeito imediato, seria a adoo, nas cidades em que fosse possvel, do uso de faixas exclusivas para nibus, como as que tm sido implementadas em So Paulo. 11
  • 12. Mobilidade urbana Segundo dados dos comits gestores locais do evento, 75,6% das obras de mobilidade previstas para o Mundial esto atrasadas ou no sero entregues para a competio. Alm disso, muitas delas custaro mais caro do que o governo previu. Oito das 53 obras de mobilidade urbana ainda no saram sequer da fase de planejamento, os investimentos nessa rea ficaram 20% abaixo do esperado para o perodo. Em So Paulo o nico investimento em transporte pblico da matriz tambm deixou a lista a linha 17 Ouro do Metr, que ligaria o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi ao custo de R$2,8 bilhes. A obra buscava facilitar o transporte de visitantes ate o estdio do Morumbi, inicialmente escolhido para sediar os jogos na cidade e posteriormente substitudos pela Arena Itaquera, em construo. Aeroportos A maioria dos aeroportos no possui condies para receber um grande volume de passageiros. Seja no terminal, como na pista ou nos portes de embarque. O caos e a incerteza que dominam o setor areo so resultados de uma serie de programas interligados. Os recursos de area so mal administrados; os aeroportos no tm estrutura para atender a atual demanda; faltam controladores de trfego areo, e os que esto ai no tem boas condies de trabalho; os radares tm zonas cegas; as comunicaes por radio falham. Basta que um desses elos da corrente no funcione para que todos os outros sejam comprometidos. Como esto todos na eminncia de falhar, a vulnerabilidade do sistema- que h muito ultrapassou o seu limite enorme. Aeroportos j saturados com a demanda atual. Entre as justificativas apontadas pelos gestores para o atraso ou cancelamento das obras est a burocracia, chuvas, imprevistos, disputas judiciais sobre desapropriaes, impasse para obteno de licenas, entre outros. 12
  • 13. No tem como escoar tanta gente com essa estrutura de transporte. realmente preocupante esse caso. Iremos passar vergonha com essa situao se no melhorar, disse o administrador de empresa Luiz Cadena, de 36 anos, que assistiu ao duelo Itlia x Japo em Recife no ano passado. Impacto Ambiental O Brasil est prestes a sediar a Copa do Mundo de futebol e a promessa governamental de que as cidades-sede tenham muito mais do que novos estdios. A reestruturao esperada parece no ter atingido os sistemas de coleta de lixo. Uma pesquisa realizada pela BBC Brasil comprova que as 12 cidades que recebero jogos das selees internacionais no esto preparadas para a separao e destinao adequada dos resduos. Em nenhum caso, os ndices de reciclagem chegaram a 10%. Porto Alegre foi cidade com melhores resultados, coletando adequadamente 9,1% do lixo produzido. O montante de resduos produzidos nestas cidades representa 35% de toda a produo nacional, so, aproximadamente, 91 mil toneladas de lixo dirio, que acabam em lixes ou aterros sanitrios. Os ndices de reciclagem so mnimos, se comparados produo. A segunda cidade com o melhor coeficiente foi Belo Horizonte. A capital mineira recicla 7% de seus resduos totais. Curitiba tem 6%, Braslia 5%, Salvador 2,1%, So Paulo 2,1%, Recife 2%, Rio de Janeiro 1,4%. As outras cidades Fortaleza, Manaus, Natal e Cuiab no chegaram a ter 1% de seu lixo reciclado. Os especialistas explicam que este cenrio fruto de dcadas sem que houvesse uma preocupao especfica com a estruturao das cidades para o descarte ecologicamente correto do lixo. Apenas h trs anos foi apoiada a Poltica Nacional de Resduos Slidos, que determina o fim dos lixes e torna os fabricantes responsveis pelo descarte adequado das embalagens ps-consumo. Atualmente, os sistemas municipais de coleta seletiva no alcanam toda a cidade. Um dos exemplos disso acontece em So Paulo, com o programa de coleta seletiva atingindo apenas 41% dos domiclios da cidade. Mesmo que a logstica funcione, muitas vezes os rgos governamentais no conseguem dar conta de tudo o que coletado. Em So Paulo, so 20 centrais de triagem e reciclagem, que processam diariamente 221 toneladas de lixo. Para melhorar esses nmeros, o objetivo municipal inaugurar mais quatro megacentrais de reciclagem que processaro diariamente 250 toneladas de resduos cada uma. O prazo para a 13
  • 14. reestruturao expira em 2016. Em todo o Brasil, apenas 766 dos 5.565 municpios possuem programa de coleta seletiva, conforme pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre). Apesar de ser baixo, o nmero j foi ainda pior. O rgo informa que em 1994, apenas 81 cidades brasileiras ofereciam esse tipo de servio populao. Impacto ambiental da Copa ser equivalente a consumo anual de energia em Santos! Segundo estudo de uma consultoria que trata de impactos ambientais, para que o Brasil receba a Copa do Mundo em 2014 sero emitidos 11,1 milhes de toneladas de CO2e, gs carbnico equivalente, medida para calcular os gases do efeito estufa. A quantidade igual ao consumo de energia de 181 mil domiclios, suficiente para iluminar um municpio do tamanho de Santos durante um ano. Essas 11,1 milhes de toneladas emitidas se referem apenas s obras de preparao para o Mundial. Durante o torneio, que demora cerca de um ms, o consumo ser de 3 milhes de toneladas de CO2e, o mesmo que cerca de 49 mil domiclios consomem em energia durante 12 meses. O Estudo de Impacto de Emisses em CO2 Equivalente da Copa 2014, da consultoria Personal CO2Zero, indica que o transporte areo ser o maior agente de emisso durante a Copa, sendo responsvel por 60% dos gases. A reduo da emisso de gases geradores do efeito estufa pode ser convertida em crditos de carbono. O relatrio da Personal CO2 Zero aponta que seria necessrio um investimento de US$ 18,5 milhes por parte da FIFA para neutralizar o evento, considerando um crdito de carbono do mercado voluntrio ao custo de US$ 5. "As emisses que no forem passveis de reduo devem ser neutralizadas por meio de apoio a projetos geradores de crditos de carbono", comentou Daniel Machado, executivo da empresa de consultoria. So Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro respondem por 56,7% das emisses estimadas, considerando a construo de estdios e investimentos em infra-estrutura (mobilidade e aeroportos). De acordo com o estudo, a Copa das Confederaes (2013) e a do Mundo (2014) lanaro 804.396 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) apenas em Minas. Cerca de 75% dessas emisses so provenientes dos deslocamentos de avio, hospedagem e alimentao dos turistas. Essas 804 mil toneladas de GEE correspondem a um quarto do total emitido anualmente pela capital, Belo Horizonte."Por tratar-se de um pas com dimenso continental, os deslocamentos areos sero muito utilizados, o que vai gerar muitos poluentes no ar. Segundo estudo realizado pela Fundao Getlio Vargas (FGV), em parceria com a Ernst & Young, estimado que a Copa do Mundo de 2014 tenha valores assemelhados aos do percebido no evento anterior (Copa do Mundo da frica/2010), cujo lanamento de dixido de carbono na atmosfera (pegada de carbono) representou 2,75 milhes de toneladas de CO2, sendo 67,4% devido ao transporte areo internacional. 14
  • 15. Eu acho que o futebol no tem nada a ver com a corrupo dos polticos. O futebol sempre enalteceu o Brasil. Deixa passar a Copa do Mundo e a vamos reivindicar o que os polticos esto roubando. O futebol s traz divisa e benefcios para o Brasil", declarou o Rei. Em meio s manifestaes ocorridas na Copa das Confederaes, Pel j havia feito o mesmo pedido e sofreu crticas de parcela da populao. poca, o dolo divulgou uma mensagem em vdeo na qual clamava: "vamos esquecer toda essa confuso que est acontecendo no Brasil e vamos pensar que a seleo brasileira o nosso pas, o nosso sangue. No vamos vaiar a seleo. Vamos apoiar at o final". Segundo o dolo, Pel... O rei do futebol no est preocupado com os gases, gua, lixos, mares poludos que causaram grandes problemas depois que a copa acabar. Tem como esquecer toda essa confuso? Experincias Anteriores Vale expor as experincias de outros pases com a ocorrncia de grandes mundiais. As estimativas sobre os impactos e legados positivos proporcionados pela realizao de megaeventos esportivos como os Jogos Olmpicos e a Copa do Mundo de futebol costumam ser extremamente otimistas. Experincias anteriores revelam que os resultados desse esforo ficam muito aqum das projees feitas tanto pelos dirigentes esportivos quanto pelas autoridades dos pases-sede. "Em geral, as avaliaes so muito precrias ou levam em conta condies que dificilmente sero concretizadas", afirma o professor Marcelo Weishaupt Proni, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp. As pessoas ficam otimistas sobre o aumento do turismo no pas, sobre como o evento cria milhares de empregos e muitos podem ser beneficiados. Claro que inicialmente isso ocorre, pois muitas pessoas disponibilizam suas casas por uma renda, muitos se tornam ambulantes, desempregados viram mo de obra para a construo de estdios, mas e depois? Essas pessoas estaro novamente desempregadas e ainda mais necessitadas. Na frica, em 2010, estdios foram construdos para um ou dois jogos e agora so elefantes brancos, porque eles no tm a capacidade de ench-los em nenhum outro evento, alm do que esses estdios custam milhes por ano para manuteno. A manuteno de alguns dos estdios revelou-se um fardo e alguns dos municpios afetados esto procurando maneiras inovadoras de tornar-los financeiramente sustentvel. A intensificao dos custos de construo tambm foi um srio desafio. Alguns dos empreiteiros conspiraram na fixao de preos, uma questo que foi investigada. A passagem de turistas estrangeiros na frica foi bem rpida pelo tanto de doenas que no eram conhecidas l. Vrus estranhos abundaram novamente, como em 1995 depois do ultimo maior evento l, de Hugby. 15
  • 16. Outro cenrio que a maioria das pessoas no quer pensar sobre, mas que tem seu espao o aumento da PROSTITUIO INFANTIL que aconteceu na frica depois da Copa 2010. Infelizmente, com o aumento de turistas estrangeiros, muitos comrcios aumentaram seus preos drasticamente (como j se ouve falar no Brasil, tanto que o governo lanou uma campanha chamada Eu jogo limpo com o Turista). O problema naqueles locais, os preos subiram, mas os salrios da populao local no aumentaram com o passar dos anos. O turista voltou e deixou a inflao, mais alta de todos os tempos. Os nveis de criminalidade continuam a subir em resultado dos altos nveis de desemprego depois da Copa aliado economia inflacionada. Concluso Com base em todas as pesquisas realizadas para formar este trabalho possvel concluir que o nosso pas ainda possui muitas fraquezas que pesam de forma bruta, para a no realizao do Mundial em 2014. Dentre tais fraquezas as que se destacam so: Alto custo de passagens areas, terrestres, fluviais e ferrovirias. Pas continental. Limitao no entendimento de outros idiomas. M conservao das caladas, ruas e rodovias. Baixa capacidade para transporte de passageiros e cargas nos aeroportos. Problemas na segurana pblica. M conservao de transportes pblicos. Ausncia de integrao dos transportes areo, terrestre, aquavirio e ferrovirio. Pouco investimento no aprimoramento e na inovao da qualidade dos transportes rodovirios. Dificuldades de alcanar metas de custo e prazo. Falta de infraestrutura em sade So altos os riscos de nos tornarmos uma nao com problemas ainda maiores: Altos riscos de epidemias e pandemia Risco de morte dos visitantes por doenas endmicas com repercusso mundial Aumento dos preos no Brasil Aumento da prostituio infantil Obras Elefantes Brancos que precisaro de muito dinheiro para manuteno 16
  • 17. 17
  • 18. Bibliografia http://article.wn.com/view/2013/12/03/Brazil_s_child_sex_tourism_set_to_rise_as_ World_Cup_draws_ne/ http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/atrasos-e-obras-canceladas-reduzemlegado-da-copa-em-transporte,bd682aa7dc04f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/infraestrutura-e-o-ponto-negro-dobrasil-um-ano-antes-da-copa-dizemfranceses,982e40cbaf93f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/12/mobilidade-na-copa-tem-75-das-obrasatrasadas-ou-descartadas.html http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/11/08/policiais-ameacam-relaxarseguranca-na-copa/ http://shonaventer.hubpages.com/hub/The-Real-Cost-Of-The-Soccer-World-Cup-ToSouth-Africans http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/tag/o-preco-da-copa/ http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sete-gargalos-para-resolver-antes-da-copa-de2014 http://www.brasil.gov.br/saude http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,anatel-determina-uso-dos-numeros911-e-112-em-chamadas-de-emergencia,1101870,0.htm http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/06/12/can-brazil-really-handlethe-2014-fifa-world-cup/ http://www.gazetadopovo.com.br http://www.uff.br/rpca/pdg/tccpdg10.pdf http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2011/ju508_pag5.php# http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1400028-na-copa-aeroporto-doceara-podera-ter-terminal-de-lona.shtml https://www.youtube.com/watch?v=uiubjjDcgjE www.estadao.com.br www.g1.globo.com www.gazetaesportiva.gov.sp.br www.noticias.uol.com.br 18
  • 19. ANEXOS Relatrio de Participao Pesquisaram sobre Transportes: Mariana Angela Rosano Pesquisaram sobre Sade: Cinthia Dbora Larissa Pesquisaram sobre Segurana Pblica: Gabriel Luciano Fernanda Paulo Pesquisaram sobre Impactos Ambientais: Luciana Veridiana Gabriela Brbara Fizeram a Introduo e pesquisaram sobre Comrcio, Hotelaria e Corrupo: Julia Camila Power Point Veridiana e Cinthia Formatao Gabriel Lminas Barbara e Luciana Documentrio Gabriela 19
  • 20. Figuras Charge Placas com in formaes erradas 20
  • 21. Ambulante sem higiene 21
  • 22. Carrapato e Febre Maculosa Falta de infraestrutura nos hospitais 22
  • 23. Ameaa de manifestaes violentas Obras inacabadas Caos no aeroporto em So Paulo 23
  • 24. Menos de 10% do lixo reciclado no Brasil Iluso de oportunidades Copa 2010 -frica Aumento de explorao sexual durante a Copa 2010 -frica 24
  • 25. Aumento da prostituio infantil Copa 2010 -frica Aumento da violncia e ao policial Copa 2010 -frica 25
  • 26. Trabalho Digitalizado 26
  • 27. Gastos com Copa e corrupo tomam lugar de tarifa do transporte em protestos pelo pas "Copa do Mundo, eu abro mo. Quero dinheiro para a sade e a educao!". Este e outros gritos de teor semelhante deram o tom das manifestaes que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, de Porto Alegre a Belm, na ltima segunda-feira, 17 de junho de 2013. Foi o dia em que os protestos contra os aumentos nas tarifas de transporte pblico se tornaram tambm e principalmente manifestaes contra o gasto de dinheiro pblico na organizao da Copa do Mundo de 2014 e contra a corrupo. Somente com os estdios que esto sendo construdos ou reformados para o Mundial da Fifa, mais de R$ 7 bilhes, ou 163% a mais do que o previsto inicialmente, esto sendo consumidos. Deste total, 97% dinheiro pblico. No ltimo dia 17 de junho, mais de 250 mil brasileiros espalhados pelo pas foram s ruas para dizer que isso demais. A maioria dos manifestantes so jovens. As propostas no so objetivas, difcil dizer exatamente o que querem os que foram s ruas. certamente mais fcil dizer o que eles no querem. "Um, dois, trs. Quatro, cinco, mil. Ou para a roubalheira, ou paramos o Brasil!", bradavam os manifestantes nas ruas de Belo Horizonte. E do Rio de Janeiro, de So Paulo, de Salvador, de Curitiba, de Braslia, de Macei. "Com tanta coisa para fazer no pas, foram gastar essa fortuna em estdios. o fim do mundo. A eles ainda tm coragem de vir com esse papo de PEC 37 e acham que todo mundo aqui palhao. Acorda, Brasil", conclamava Lucas Crexell, estudante, de 17 anos, um dos que subiram na 27
  • 28. laje do prdio do Legislativo federal. A PEC 37 (Projeto de Emenda Constitucional) prope restringir o poder de investigao dos integrantes do Ministrio Pblico e dever ser votada pelo Congresso na semana que vem. NA BOCA DO POVO Puta que o pariu! A Fifa agora quem manda no Brasil Grito de manifestantes em Braslia Em Fortaleza, o protesto terminou em frente ao hotel onde est concentrada a seleo brasileira. Com cartazes nas mos e gritos, os manifestantes chamaram a ateno. A polcia acompanhou toda a situao e no houve qualquer tipo de conflito. "O ato vai se costurando no seu transcorrer. Ns vimos que seria importante, por tudo que est acontecendo em Fortaleza, vir ao hotel da seleo", disse Livno Neto, um dos manifestantes. "Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar!", gritavam os belo-horizontinos, em frente sede da prefeitura da cidade, depois de terem sido rechaados com bombas e balas de borracha do cordo de isolamento determinado pela Fifa em torno do estdio do Mineiro, onde jogavam Taiti e Nigria, pela Copa das Confederaes. A manifestao na capital mineira levou mais gente s ruas do que o jogo levou ao Mineiro. NA BOCA DO POVO Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar! Grito de manifestantes em Belo Horizonte Entre os manifestantes estava o tcnico de informtica Daniel Sanabria, 30. Ele filmava a ao dos policiais prximo ao Mineiro quando foi atingido por uma bala de borracha na mo. Teve sorte. "Eu vi que o policial estava apontando a arma para mim, s tive tempo de proteger o rosto com a mo e a bala veio direto em mim", contou. Dois dias antes, em Braslia, manifestantes que filmavam a polcia tambm levaram bala de borracha na cara. * Colaboraram Aiuri Rebello, do UOL, em Braslia, e Gustavo Franceschini, do UOL, em Fortaleza 28
  • 29. Fonte: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/18/gastos-comcopa-e-corrupcao-tomam-lugar-de-tarifa-do-transporte-em-protestos-pelo-pais.htm Para o torcedor, Brasil-2014 vai ser a 'Copa da corrupo' Uma pesquisa indita mostra que o Mundial, por enquanto, desperta sensaes profundamente negativas. Para oito em dez pessoas, pas deixar imagem ruim Giancarlo Lepiani A histria das Copas do Mundo ensina que receber o torneio aumenta as chances de vitria da seleo que joga em casa. Nas ltimas edies, porm, esse retrospecto vem sendo contrariado - nas ltimas trs dcadas, apenas a Frana, em 1998, festejou a conquista de um Mundial como pas-sede. Outro benefcio atribudo realizao de uma Copa o impulso no crescimento econmico da nao que acolhe a festa. Esse efeito positivo, no entanto, tambm provoca controvrsia: para muitos economistas, o reforo no PIB no ano do Mundial acaba sendo pulverizado nos anos seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e sobram apenas as contas deixadas pelas obras monumentais exigidas pela Fifa. Existe, ainda, outro desdobramento comum de uma Copa em casa, algo que causa um impacto mais evidente e imediato, ainda que seja mais difcil de ser mensurado. Trata-se de uma injeo poderosa de confiana e orgulho nacional, que desperta na populao um clima de euforia pela chance de desfilar o sucesso de seu pas diante do resto do planeta. Depois do oceano de bandeiras tricolores que cobriu a Alemanha em 2006 e do rugido das vuvuzelas que uniu a frica do Sul em 2010 (leia mais no quadro no fim do texto), a Copa do Mundo corre o risco de amargar seu anticlmax em 2014 - justamente num lugar fascinado pelo futebol e, segundo consta, especialista em fazer uma grande festa. Se depender das expectativas atuais da torcida, o Mundial do Brasil ser uma estrepitosa decepo, talvez at um vexame internacional. Pouca gente se sente satisfeita com a Copa. Menos gente ainda est ansiosa para ver o maior evento esportivo do planeta acontecer em seu prprio pas. Edio especial VEJA-Placar Organizao: A Copa do Mundo agora Artigo: S vale mesmo pela felicidade Histria: Maracan, um colosso improvisado Infraestrutura: Corrida contra o tempo 29
  • 30. Seleo brasileira: Vai faltar presso Negcios: Na Fifa, os senhores da bola A pouco menos de trs anos para o incio do Mundial, o site de VEJA recorreu a seus leitores para medir a percepo da torcida sobre 2014. Numa pesquisa de opinio realizada pelo Departamento de Pesquisa e Inteligncia de Mercado da Abril entre os dias 20 e 25 de julho, 1.879 pessoas de todas as regies do pas responderam a doze perguntas a respeito da Copa. Os leitores foram consultados sobre os preparativos do pas, sobre o papel do poder pblico no evento, sobre as sensaes provocadas pela realizao do torneio e, claro, sobre as chances da seleo brasileira. O cenrio desenhado pelos resultados da sondagem absolutamente desastroso. Em todas as doze questes propostas, a opinio majoritria sempre foi negativa. Ainda mais alarmante para a Fifa, a CBF e o governo - os responsveis pela escolha do pas como sede, pela organizao da Copa e pela realizao das principais obras - a dimenso desse pessimismo. Em nenhuma questo includa na pesquisa h equilbrio entre as respostas positivas e negativas. As piores opes possveis foram assinaladas por uma slida maioria dos participantes da sondagem. As amplas margens que separam os porcentuais favorveis e desfavorveis do levantamento no deixam dvidas: hoje, a Copa do Mundo de 2014 no empolga nem cativa o torcedor, desperta temores sobre a imagem do brasileiro no exterior e provoca insatisfao por causa do gasto excessivo e pouco inteligente de dinheiro pblico nas obras. A 34 meses da abertura, marcada para 12 de junho, no Estdio do Maracan, no Rio de Janeiro, ainda h tempo de sobra para que essas opinies se amenizem - principalmente se as obras enfim comearem a avanar de verdade. de se esperar, alis, que o brasileiro se anime um pouco mais quando o clima da Copa comear a ser sentido. At agora, entretanto, o Mundial um fiasco, conforme revelam os nmeros detalhados a seguir. Um dos principais argumentos dos defensores dos benefcios da realizao da Copa do Mundo no Brasil a oportunidade rara de mostrar as virtudes do pas ao resto do mundo. Em alta no cenrio econmico e com relevncia crescente na comunidade internacional, o Brasil poderia aproveitar o Mundial para se reinventar diante das outras naes, deixando para trs sua velha imagem do pas de um futuro que nunca chega. Para 78% dos participantes da pesquisa, porm, os torcedores que viro ao pas em 2014 voltaro para casa com uma percepo ruim do Brasil. S duas entre cada dez pessoas acreditam que a imagem geral da Copa do Mundo ser positiva. 30
  • 31. Os Mundiais de futebol costumam causar associaes positivas na cabea dos torcedores mesmo quando sua seleo no a campe. Palavras como "vitria", "festa" e "sucesso", por exemplo, so frequentemente relacionadas com a experincia de participar de uma Copa. Conforme os leitores, no entanto, h outros termos - muito mais negativos - que se encaixam melhor no contexto da Copa de 2014. Entre as seis palavras propostas pela pesquisa, trs eram negativas e trs, positivas. A campe disparada foi talvez a mais forte e grave opo apresentada. Com a convico geral de que haver desvio de dinheiro pblico, superfaturamento de obras, troca de favores entre os envolvidos na organizao e desperdcio de recursos, o termo "corrupo" foi citado por sete entre cada dez pessoas para definir a Copa do Mundo no Brasil. Talvez por isso mesmo, o segundo termo mais citado outro que carrega sentido muito negativo. "Decepo", para 12% dos participantes da pesquisa, a palavra do Mundial. Provavelmente uma referncia a tudo aquilo que o brasileiro esperaria de uma Copa em casa - como "festa" (o termo citado por 7%), "sucesso" (3%) e "vitria" (apenas 2%). Foi a primeira promessa quebrada da Copa do Mundo no Brasil: quando o pas foi escolhido para sediar o torneio, o governo e a CBF tentaram contornar as crticas pelo altssimo gasto 31
  • 32. necessrio para fazer um Mundial dizendo que, aqui, todas as obras nos estdios seriam realizadas pela iniciativa privada ou atravs de parcerias com o poder pblico. Logo ficou bem claro, no entanto, que isso seria impossvel. E comeou o festival da gastana de verbas pblicas na construo e na reforma dos palcos da Copa. Esse expediente, porm, s ganha a aprovao de 15% dos participantes da pesquisa. Os outros 85% so contra gastar dinheiro pblico em campos de futebol. A reprovao ainda maior quando se trata de despejar altas quantias de dinheiro - pblico ou no - para construir novos estdios em cidades que j tm algum grande palco para jogos de futebol. o que vai acontecer em So Paulo, por exemplo - o Estdio do Morumbi, tradicionalssimo palco do futebol brasileiro, poderia ser reformado, mas foi preterido para que o Corinthians recebesse dinheiro pblico para construir um novo estdio, cujo valor final pode ficar na casa dos 800 milhes de reais. Recife outro exemplo de cidade que j tem estdio mas ganhar um novo campo s por causa da Copa. Como os investimentos parecem estar concentrados nos estdios, a populao desconfia de que pouco sobrar da Copa como real benefcio para seu dia-a-dia. Um tero dos participantes da pesquisa acredita que haver um legado positivo para o pas, sem contar os campos de futebol. Os outros dois teros acham que no existir avano na infraestrutura, segurana e outros aspectos que poderiam ser beneficiados pela Copa. Alm da corrupo e do gasto desnecessrio de dinheiro pblico, outra grande preocupao do torcedor desde que a Fifa anunciou que a Copa aconteceria no Brasil o risco de que as obras prometidas para 2014 no fiquem prontas a tempo. E os ltimos meses ajudaram a consolidar esse temor: a prpria Fifa manifestou publicamente sua irritao com a demora no incio das obras em vrios estdios. Os notrios atrasos no comeo das reformas e construes tornaram-se a grande dor de cabea dos organizadores da Copa. Hoje, s 12% dos participantes da pesquisa proposta pelo site de VEJA acham que tudo o que foi prometido ficar pronto em 2014. Para os outros 88%, a Copa comear com obras inacabadas ou improvisadas. E a culpa, para a grande maioria, ser do prprio poder pblico. Para 79%, um possvel fracasso do Mundial no Brasil dever ser atribudo ao governo federal. A CBF organizou a candidatura da Copa e comanda o Comit Organizador Local, mas apontada como responsvel por um eventual fiasco por apenas 14%. A Fifa, que entregou ao Brasil a chance de sediar a Copa e agora faz interminveis cobranas ao pas, seria a culpada de acordo com 4% dos leitores. 32
  • 33. Apesar da situao alarmante dos estdios projetados para o Mundial - dos doze, s quatro esto dentro do prazo, e outros trs esto muito atrasados -, esse no o principal foco de preocupao dos torcedores no caminho at 2014. Acostumados com uma rotina de atrasos e apertos nos aeroportos, eles apontaram a aviao civil como setor que mais provoca temores no momento. Entre as quatro opes apresentadas na pesquisa, os aeroportos foram apontados pela metade das pessoas como o grande problema do pas a trs anos do evento. Das doze sedes, oito tm aeroportos que operam acima de sua capacidade ideal. A concluso das obras em boa parte deles tem prazos perigosamente prximos da poca da Copa - em sete aeroportos, h o risco real de que o ano de 2014 comece com os terminais ainda em reforma ou construo. A segunda opo mais votada pelos leitores tambm tem ligao direta com o cotidiano das pessoas: as falhas do transporte urbano so vistas como principal problema por 29% dos participantes da pesquisa. Os estdios so apontados como o ponto crtico dos preparativos para 2014 por 18% dos participantes da pesquisa. O quesito rede hoteleira motivo de preocupao para apenas 1%. Quando se trata de um pas absolutamente fascinado por tudo o que se refere a futebol, era de se esperar que a volta da Copa do Mundo depois de mais de seis dcadas provocasse uma enorme euforia entre os torcedores. Alm da chance de ver sua seleo tentar o hexa jogando em casa, o Brasil receber as maiores equipes do planeta, assistir a grandes clssicos e acolher torcedores de todas as partes do mundo. Esse cenrio, entretanto, s empolga uma entre cada quatro pessoas. Para os outros trs quartos, a realizao da Copa no Brasil no provoca qualquer ansiedade. Da mesma forma, a chegada da maior festa do futebol ao pas provoca algum tipo de sensao positiva em apenas 27% dos leitores que responderam 33
  • 34. pesquisa. Os outros 73% afirmam que no esto satisfeitos com o fato de o pas receber a Copa. O ceticismo sobre a competncia das autoridades na tarefa de organizar uma Copa do Mundo j era de se prever. Igualmente esperadas - talvez no com doses to elevadas de pessimismo - eram as dvidas em torno do sucesso da empreitada brasileira em 2014. Mas pelo menos no quesito bola rolando era razovel projetar uma resposta mais confiante dos participantes da pesquisa. A expectativa da torcida, porm, terrvel tambm no mbito esportivo. Apesar de ser a grande favorita a erguer o indito sexto ttulo mundial, a seleo brasileira, por enquanto, no convence. O time vai jogar com o apoio das arquibancadas e conta com uma gerao talentosa, formada por atletas capazes de desequilibrar qualquer partida. Ainda assim, s 17% apostam no triunfo brasileiro na finalssima, marcada para 13 de julho de 2014, no Maracan, no Rio de Janeiro. Para os outros 83%, o estdio reconstrudo a um custo de 1 bilho de reais servir de palco para a festa de alguma outra seleo. As duas Copas que precedem o Mundial do Brasil foram muito diferentes entre si. A de 2006, na Alemanha, aconteceu dentro de um contexto muito mais favorvel, num pas com estdios modernos e confortveis, infraestrutura impecvel e tradio na realizao de grandes competies esportivas. A de 2010, na frica do Sul, teve uma organizao muito mais complicada. S havia dois estdios prximos do grau de exigncia da Fifa - todos os outros foram construdos do zero ou totalmente remodelados. Tambm faltavam a experincia em sediar eventos desse porte e um sistema de transporte capaz de aguentar a demanda de uma Copa. Os dois Mundiais foram bem sucedidos - cada um sua maneira, dentro de suas possibilidades. Para os participantes da pesquisa do site de VEJA, o Brasil no far um trabalho to bom quanto alemes e sul-africanos. S 7% dizem que a Copa de 2014 ser melhor que a de 2006. Para 85%, nosso Mundial ser pior que o dos alemes. Na comparao com os sul- 34
  • 35. africanos, a desvantagem menor, mas ainda assim ficamos atrs. S 14% acham que o Brasil far uma Copa melhor do que a ltima. Para pouco mais da metade, ela ser pior que a de 2010. Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/para-o-torcedor-brasil-2014-vai-ser-acopa-da-corrupcao 35
  • 36. 71% dos brasileiros temem corrupo em obras da Copa, revela pesquisa Levantamento mapeou expectativas da populao sobre a preparao do Brasil para o Mundial O brasileiro est receoso de que parte do dinheiro pblico usado para financiar as obras de adequao do Brasil para a Copa do Mundo v parar em bolsos privados. o que concluiu uma pesquisa indita da HelloResearch que investigou as expectativas da populao quanto preparao e realizao da Copa de 2014 no Brasil. Os pesquisadores perguntaram a mil entrevistados de 70 cidades das cinco regies do pas, se eles concordavam com a afirmao de que haver muito desvio de verba pblica nas obras para a Copa. 71% concordaram com a afirmao, 22% no emitiram opinio e apenas 6% discordaram. Em linhas gerais o brasileiro super ctico quanto mquina pblica, que reflete uma noo bem distorcida sobre poltica em si. A taxa de desconfiana est normal. Alta, mas dentro do normal analisa o diretor executivo da HelloResearch e coordenador da pesquisa, Davi Bertoncello. A impresso geral de que haver desvio at em reas em que o poder pblico no atua diretamente, como os investimentos em rede hoteleira e criao de mais leitos para receber turistas durante o evento. Para 58% dos entrevistados haver desvio nos investimentos para rede hoteleira, assim como nos estdios (60%), aeroportos (62%) e transporte pblico (62%). A despeito de toda desconfiana com a corrupo, 49% dos brasileiros acreditam que esta Copa ser melhor organizada que a da frica do Sul. Por outro lado, 58% discordam da liberao de bebidas alcoolicas nos estdios, que vai acontecer nas competies Fifa. A pesquisa concluiu tambm que o tcnico da Seleo, Luiz Felipe Scolari, est em alta: 63% concordaram que o treinador a pessoa certa para conduzir o Brasil ao hexacampeonato. As entrevistas foram feitas com pessoas do sexo masculino e feminino, de todas as classes sociais e faixa etria acima de 16 anos, entre fevereiro e maro deste ano. 36
  • 37. Academia LANCE! Ives Gandra Martins - advogado tributarista Infelizmente, corrupo existe em todos os pases, em toda obra pblica do mundo. No sei se est tendo algum desvio de verba, mas funo dos tribunais de conta fiscalizar. O O Tribunal de Contas da Unio (TCU) tem procurado participar do controle com intensidade. O Ministrio Pblico tambm no est alheio ao que est acontecendo, tenho a impresso que estamos tendo uma vigilncia maior. Entendo que o Brasil no est se preparando bem para a Copa no em funo da corrupo, mas por causa da falta de planejamento. Obras comeando fora do prazo e com projetos mal elaborados, por exemplo. Est mal preparado por fora de m gesto. A populao tem esse sentimento porque desde o episdio do Mensalo ficou essa impresso de no pas h muita corrupo. Por isso tambm a importncia da vigilncia de rgos como o TCU e o MP. Acredito que estes rgos esto mais atentos do que estavam h tempos atrs. Fonte: http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/brasileiros-corrupcao-Coparevela-pesquisa_0_932906955.html 37
  • 38. BRASIL 2014 A COPA da IMPUNIDADE, da CORRUPO e do DESCASO com a POPULAO Postado por yldogaucho em 11 de janeiro de 2014 Publicado em: Brasil, Opinio, POLITICAGEM. Deixe um comentrio Comunidades se ORGANIZAM PARA boicotar COPA DO MUNDO, Manifestaes ja esto marcadas com apoio do ANONIMOUS. E agora? Vrios eventos esto marcados e assim como nas manifestaes de 2013 ha milhares de presenas confirmadas. O governo federal deve estar em pnico e certamente tem agido por baixo do pano para frear esse movimento. Mais de 10.000 homens j foram treinados para conter manifestaes violentas e ajudar a polcia de vrios estados na manuteno da ordem. Certamente causa pnico no PT a simples possibilidade de ter sua imagem afetada diante de todo o planeta, e pior, dos eleitores que pouco depois da copa sero obrigados a exercer a cidadania. 38
  • 39. Esto sendo organizados tambm opfloodattacks, acessos em massa aos sites da Globo e outros ligados ao evento mundial. Mas no so s os acessos e comentrios em massa que preocupam, depois da invases em vrios sites governamentais realizada por hackers ningum mais duvida da capacidade que estes tem de gerar uma grande confuso na poca da copa do mundo. Durante o ano passado vrios sites do governo e de instituies bancrias foram colocados offline, por vrias horas tcnicos do governo e de bancos, sem conseguir detectar de onde vinham as invases, lutavam para restabelecer as informaes para os usurios. Os sites do HSBC, Citybank, MPRJ, fazenda de So paulo e vrios outros foram invadidos. Essa semana o site http://anonopsbrazil.blogspot.com.br/ divulgou os dados de milhes de brasileiros, segundo os editores a operao foi para mostrar a desorganizao e facilidade com que se obtm os dados de qualquer pessoa no Brasil, o site mostra em sua pgina principal os dados da Presidente Dilma e Jos Dirceu. Texto do anonimous divulgado na internet tenta desestimular os turistas que viriam ao Brasil para a COPA2014. Veja abaixo: Em 2014, o mundo viver o sonho brasileiro. o pas da Copa, tropical, abenoado por Deus e bonito por natureza. Mas que beleza! Que beleza? A Copa FIFA 2014 apresenta as atraes implcitas tambm, mas essas o governo brasileiro optou por esconder do mundo. Fazendo um tour voc conhecer um pouco mais sobre o Brasil. Ao chegar ao pas, voc, turista, pode ser surpreendido por assaltos com armas de fogo. Os registros do SIM (Subsistema de Informao sobre Mortalidade do Ministrio da Sade) permitem verificar que, entre 1980 e 2010, cerca de 800 mil cidados morreram por disparos de algum tipo de arma de fogo. Indo pro mbito geral da populao, classifica-se como o 7 pas com maior ndice de assassinatos do MUNDO. Sabe-se, tambm, outra atrao que, infelizmente, estar em alta. Ela se chama prostituio infantil. O Brasil rota de turismo sexual e, segundo a UNICEF em dados de 2010, cerca de 250 mil crianas estavam se prostituindo. Se no bastasse tudo isso, ainda h a fome presente no cotidiano de muitos brasileiros. A falta de alimento faz com que, aproximadamente, 32 milhes de pessoas passem fome, somados aos 65 milhes de pessoas que no ingerem a quantidade mnima diria de calorias. Mesmo com o Bolsa Famlia, o famoso programa social que garantiu vitria para muito poltico, mas que no deu garantia de acabar com a fome. Como voc pretende se locomover nas cidades que sediaro os jogos? Os meios de transporte pblicos, que so pagos, no suportam a atual quantidade de pessoas que fazem uso deles. 39
  • 40. Por ltimo, porm no menos importante, vem a precariedade na sade pblica. Observando o tamanho das filas e a quantidade de mortes por falta de atendimento em hospitais, percebese que a necessidade de cuidar do povo como principal tesouro do pas no tem sido considerada. Na verdade, talvez a situao estivesse melhor em 1500, pois era mais fcil encontrar um paj ou curandeiro na rua, do que mdico em hospital atualmente. O Ministrio da Sade resolveu fazer um levantamento e pontuar de 0 a 10 a sade no Brasil. A nota nacional foi 5,4. Sendo que 27% do pas vive com sade classificada abaixo de 5 e a pior nota entre os principais municpios brasileiros foi para o Rio de Janeiro: 4,3. So essas algumas das atraes que o mundo vai conhecer em 2014. Mas a mdia no vai mostrar isso para voc. Ento, abra seus olhos, busque informaes reais, no acredite no que reportado pelos jornais de emissoras que compactuam com tudo isso. Os brasileiros no esto indignados e protestando sem motivos contra a realizao da Copa. Seguem mais alguns dados que voc precisa saber: O Brasil o pas que mais paga imposto no MUNDO. Entre os impostos de reteno na fonte e as tributaes embutidas em todos os produtos que so consumidos, o valor de 54% de tudo que um brasileiro ganha. Imagina se o que sobra do salrio do brasileiro fosse o dobro? Essas seriam suas vidas sem impostos. Aqui so investidos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em sade. Isso d R$ 340,00 por brasileiro por ano. A Argentina, exemplo que aprecio por conta da proximidade geogrfica e de ser um pas que vive imerso em luta popular, gasta 12% do PIB, o que significa R$ 2.500 por argentino por ano. S quem j teve um ente querido no SUS sabe o horror que nossa sade pblica. O pas que investe 4% do PIB em educao. Em um ranking realizado pela Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE), de 65 pases estudados, o Brasil ocupa a 55 posio do ranking. A educao uma das piores do MUNDO. O governo jogou prolas aos porcos ao prometer o lucro do pr-sal para educao, enquanto a Petrobrs mingua deficitria (ou seja, sem lucro) e o governo leiloa os direitos para o exterior. Quantas vezes todos nesse pas ouviram o pr sal nosso nos ltimos anos? , nosso, dos EUA, da China, da Alemanha... Investe-se 0,3% do PIB com cultura. Com um pas que no investe em cultura, como se surpreender com o quanto a mdia iditica cria uma nao alienada ano aps ano? Est tudo bem, contanto que tenha Futebol, Big Brother e A Fazenda. E no meio disso tudo, o pas est gastando mais em estdios na Copa do que a frica do Sul e a Alemanha juntas. Planejou-se, em 2007, o oramento pra Copa.O que j foi gasto supera o 40
  • 41. oramento em 285%. Voc prepara uma obra na sua casa, pretende gastar 10 mil reais e gasta 28.500, praticamente trs vezes mais. Obras superfaturas, atrasos que geram gastos adicionais para acelerao dos projetos na reta final, ineficincia, incompetncia, CORRUPO. Enquanto isso, Junho passou. Cad a reforma poltica prometida pela presidenta Dilma? Via plebiscito ou no, desapareceu. No houve nenhuma mudana real no parmetro poltico ou social desde o comeo dos levantes. Durante os jogos da Copa das Confederaes em Junho, todas as cidades lutaram pelo fim dos jogos. O Brasil precisa mudar, e no no futebol. O clamor popular de Janeiro em diante ter apenas uma voz: NO VAI TER COPA. Se voc tambm no concorda com as atitudes desse governo, junte-se a ns. Mostre que no aceita mais este atentado vida humana que causada pela corrupo e falta de interesse dos governantes deste pas. O intuito dos protestos contra a Copa 2014 lutar pelos interesses do povo e de qualquer pessoa que deseje um pas mais justo e menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma democracia de verdade, participativa, cujo mesmo tambm governa, e no onde governado por supostos representantes. Os protestos contra a Copa 2014 no Brasil apresenta cunho suprapartidrio, ou seja, esto acima dos interesses polticos de partidos especficos. Se houver alguma bandeira, que seja a das reivindicaes populares. Isto permite a unio contra qualquer partido que pretenda usar os protestos para promover as intenes de determinadas legendas ou polticos especficos. Porm, isso no significa que deve-se rejeitar partidos no entanto esta no uma organizao pr determinada que deve ser seguida, todo poder emana do povo e no de partidos, sem mais. A inteno colocar as causas populares acima deles e faz-los repensarem seus papis. Antes de finalizar, interessante ressaltar que o Brasil decreta leis arbitrrias, como a Lei de Organizaes Criminosas, para reprimir manifestaes da sociedade civil. No podemos permitir que a represso contra aqueles que querem mudar o pas continue. Brasileiros, lutem. Turistas, para no se decepcionarem, no venham. Fonte: http://surfandonoassude.wordpress.com/2014/01/11/brasil-2014-a-copa-daimpunidade-da-corrupcao-e-do-descaso-com-a-populacao/ 41
  • 42. 42