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Matrias > Portugus > Gramtica > Lngua, fala e linguagem
LNGUA - FALA - NVEIS DE FALA - LINGUAGEM
Lngua o sistema de signos vocais de uma comunidade. Signo o complexo sonoro (por exemplo,"casa") e o significado que esse complexo comunica (a idia de casa). Assim, o signo jato,385 tem duaspartes que formam um todo, como as duas pginas de uma folha: o significante (na palavra, a imagemacstica) e o significado (o conceito). Os signos de uma lngua substituem os objetos e os representam. Oconjunto dos signos, organizados em sistema, forma a lngua -um verdadeiro cdigo social disposiodos indivduos da comunidade, para a comunicao. Um cdigo criado pela prpria comunidade e queespelha a sua cultura e se transforma num importante fator de unidade nacional.Cada indivduo seleciona, no cdigo da lngua, os elementos que lhe convm, conforme seu gosto e suanecessidade, de acordo com a situao, o contexto, sua personalidade, o ambiente scio-cultural em quevive, etc. Dessa maneira, dentro da unidade da lngua, encontramos uma expressiva diversificao, nosmais variados nveis de fala: infantil ou adulta, coloquial ou formal, comum ou literria, etc. E cada um dens tambm conhece no apenas o que fala, como tambm muita coisa do que os outros falam; esse omotivo por que podemos participar do dilogo com pessoas dos mais variados graus de cultura, emboranem sempre a linguagem delas confira exatamente com a nossa. De todas as falas a lngua recebesugestivas criaes que, gradativamente assimiladas pela comunidade, a vo vitalizando e enriquecendo.Linguagem a utilizao oral (fala) ou escrita da lngua. Em tal sentido que empregamos a palavra nasexpresseses linguagem oral e linguagem escrita. Trata-se de uma acepo estrita. Num sentido maisgenrico, linguagem seria qualquer sistema de sinais de que se valem os indivduos para comunicar-se.
Autor: Hildebrando A. de Andr.
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FUNES DE LINGUAGEM / FIGURAS DA LINGUAGEM
Chamamos linguagem verbal possibilidade que tem o Homem de processar comunicao atravs do usode signos lingsticos. por meio de tais signos que remete a outrem uma mensagem, a qual, por sua vez, portadora daquilo que ele (o emissor) pretende.
Na dependncia dessa inteno ou pretenso que se conforma a linguagem que, ora enfatiza o assunto,ora destaca o prprio emissor ou se volta para o receptor; expressa interesse no canal de comunicao,centraliza-se no prprio cdigo ou vislumbra a possibilidade do jogo artstico. Desta forma, possveldestacar 6 (seis) funes da linguagem no texto.
Essas funes praticamente no ocorrem individualizadas, mas mesclam-se no contedo do texto.Vejamos:
1) FUNO REFERENCIAL
A mensagem de natureza informativa, centrada no objeto ou no assunto de que trata. Procura deixar oreceptor informado, ciente de fatos e ocorrncias.
EXEMPLO:
O Iraque prometeu ontem que vai revidar o bombardeio dos EUA e do Reino Unido, ocorridos prximoa Bagd anteontem, que teriam matado dois civis e ferido mais de 20, de acordo com o Ministrio deSade do pas. Folha de S.Paulo, 18/02/01
2) FUNO EMOTIVA OU EXPRESSIVA
A mensagem fica centrada no prprio emissor, expressando suas particularidades, paixes, sentimentos epontos de vista.
EXEMPLOS:
Oh! Que saudades que tenho/Da aurora da minha vida,/Da minha infncia querida/Que os anos notrazem mais! (...) Meus oito anos, Casimiro de Abreu
Quando eu nasci/um anjo louco muito louco/veio ler a minha mo/no era um anjo barroco/era um anjomuito louco, torto... Lets play that. Torquato Neto.
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3) FUNO CONATIVA OU PRESSIVA
Neste caso a mensagem carregada de interesse sobre o receptor, j que pretende persuadi-lo, conquist-lopara a aquisies de interesse do emissor. a linguagem prpria da propaganda comercial, dos sermesreligiosos, das aulas argumentativas.
EXEMPLOS:
Beba Coca-Cola.; Fumar prejudicial sade. Toma jeito, menina!
4. FUNO FTICA
Registra-se nos trechos em que o emissor pretende dar incio a um processo de comunicao, esfora-sepor manter tal processo e interessa-se em encerr-lo.
EXEMPLOS:
Bom dia, senhores!; Ol, como vai voc?; No desliga, no, eu explico...; Vocs entenderam tudo?; Bem,at logo!
5. FUNO METALINGSTICA
Aqui o emissor expressa-se a respeito da prpria expresso; usa o cdigo para referir-se ao prprio cdigo.Apresentam a predominncia dessa funo as definies, conceitos etc.
EXEMPLO:
A palavra Geografia formada de dois radicais de origem grega.; Chama-se sujeito o termo com oqual o verbo concorda.
6. FUNO POTICA
Caso em que o emissor usa o cdigo de forma artstica ou ldica. O signo material importante em siprprio. Poemas, romances, contos e algumas crnicas so produtos textuais em que est normalmentepresente essa funo.
EXEMPLO:
beba coca colababe colabeba cocababe cola cacocacocolac l o a c a
Dcio Pignatari
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DENOTAO E CONOTAO
No exerccio da atividade verbal, o usurio da lngua pode optar, de acordo com a situao que perfaz ocontexto, por expressar-se de modo claro, explcito, objetivo ou por uma linguagem particular, subjetiva,implcita, em que as palavras e expresses se revestem de novos significados, distantes daqueles que lhesso peculiares. objetividade de expresso chamamos denotao ou linguagem denotativa. Tal o queocorre nos textos de natureza informativa, nos noticirios, por exemplo; uma vez que a informao no sepode dar o luxo de exigir manobras intelectuais do receptor.
Chama-se denotativa a expresso objetiva do contedo.
Exemplo:
Os Estados Unidos bombardearam o Iraque.
A expresso subjetiva chama-se conotativa.
Exemplo:
A suja guerra ceifa futuros brilhantes.
A conotao se vale da linguagem figurada, caso em que se atribui palavra um sentido novo, impressonuma suprarealidade, calcado na fora expressiva.
A linguagem figurada pode ser examinada nos seguintes aspectos, chamados figuras:
FIGURAS DE PALAVRAS OU TROPOS1.
FIGURAS DE PENSAMENTO2.
FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUO E SONORAS3.
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1. FIGURAS DE PALAVRAS OU TROPOS
Consiste na alterao semntica, no desvio do sentido peculiar da palavra ou expresso, como se pode verno seguinte exemplo: As nuvens so cabelos/crescendo como rios. Joo Cabral de Melo Neto. Aqui, opoeta atribui s nuvens um sentido que extrapola o fenmeno meteorolgico. Ele as v como cabeloscrescendo... De acordo com a expressividade as figuras de palavras denominam-se:
a) Metfora:
Processo em que o usurio, baseado numa comparao implcita, subjetiva, emocional transfere o sentidode um termo para outro. Alguns exemplos:
Disse o poeta: Sou de ferro.
O cho era um braseiro.
Que flor essa menina!
b) Metonmia:
Ocorre ao se efetuar a substituio de um termo por outro, tendo em vista uma relao interna, depertinncia ou de contigidade entre eles. Neste caso, alguns preferem chamar sindoque. Assim, possvel empregar-se:
O autor em lugar de sua obra: Conhecer Machado de Assis renova o intelecto.1.
A regio por aquilo que l se produz: Um havana carssimo!2.
O objeto por seu usurio: Nunca param as foices no campo.3.
A causa em lugar do efeito: Mantm-se de trabalhos espordicos.4.
O abstrato em lugar do concreto: Era maravilhoso conviver com aquela bondade.5.
O efeito em lugar da causa: O inverno matara a plantao.6.
O continente pelo contedo: Voc j bebeu seis copos?7.
O smbolo por aquilo que representa: Muitos infiis aceitaram a cruz.8.
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c) Perfrase ou antonomsia:
Expresso que substitui o nome real, dando idia de uma caracterstica marcante.
Exemplos:
O Cisne negro comps belos poemas simbolistas.
Pel, o Rei do Futebol, fez muitssimo pelo esporte.
A Cidade Luz encantou geraes.
O rei dos animais j perdeu muito de sua fama.
c) Catacrese:
A rigor uma metfora que perdeu o carter expressivo, vulgarizou-se, tornando-se praticamentelinguagem denotativa.
Exemplos:
Um dente de alho; o cu da boca; este brao de mar etc.
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2. FIGURAS DE PENSAMENTO
A alterao de significado ocorre num plano que envolve o raciocnio, o pensamento e no,necessariamente, o contedo semntico do vocbulo empregado.
As principais figuras de pensamen