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Processos Emocionais Jorge Barbosa, 2010 PSICOLOGIA Emoções e Sentimentos Afectividade e Juízo De acordo com Programa de Psicologia B – 12º Ano

Processos Emocionais

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Page 1: Processos Emocionais

Processos Emocionais

Jorge Barbosa, 2010

PSICOLOGIA

Emoções e SentimentosAfectividade e Juízo

De acordo com Programa de Psicologia B – 12º Ano

Page 2: Processos Emocionais

Emoções, Sentimentos e Afectos

Reacção complexa a estímulos externos e internos, traduzida em alterações fisiológicas, comportamentais, cognitivas e em expressões faciais

Emoção

EMOÇÕES PRIMÁRIASMedo, por ex.

EMOÇÕES SOCIAISVergonha, por ex.

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Componentes da EmoçãoA Amígdala e o Sistema

Nervoso Autónomo desempenham um papel

importante na regulação das emoções

Manifestações exteriores das emoções: expressões faciais, postura corporal...

O Modo como percepcionamos ou

interpretamos um estímulo e uma situação determina o

tipo de emoção que sentimos

Social Cognitiva

Fisiológica

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Teorias FisiológicasAs emoções resultam de estados fisiológicos,

desencadeados por estímulos e situações

Teoria de William James e Carl Lange

10%

20%

30%

40%

Reacção emocionalSituação Normal

Reacções corporais a estímulos ambientais

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Argumentos da Teoria de James-Lange

Em primeiro lugar, uma situação provoca um excitação fisiológica.

A excitação fisiológica conduz a uma resposta física.

Só então interpretamos ou percepcionamos a resposta física como emoção.

Teorias Fisiológicas

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34

Excitação fisiológica Resposta do Organismo

Interpretação da Resposta do Organismo

Teorias FisiológicasTeoria de james-Lange

Page 7: Processos Emocionais

Teorias FisiológicasAs emoções têm origem no cérebro; emoções e

respostas fisiológicas podem acontecer ao mesmo tempo, mas as emoções não são causadas pelas

reacções fisiológicas.

Teoria de Walter Cannon e de Bard

10%

20%

30%

40%

Reacção emocionalSituação Normal

Reacções corporais a estímulos ambientais

Page 8: Processos Emocionais

Argumentos da Teoria de Cannon-Bard

A experiência fisiológica da emoção não varia de emoção para emoção.

O aspecto fisiológico ou corporal da emoção acontece, por vezes, depois da experiência subjectiva da emoção.

Respostas fisiológicas artificialmente criadas não dão origem a emoções.

Teorias Fisiológicas

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12

34

Resposta Emocional do Cérebro

Reacção Fisiológica

O Sentimento da emoção é provocado pelo tratamento cerebral da informação.

Teorias FisiológicasTeoria de Cannon-Bard

Page 10: Processos Emocionais

Teoria Bifactorial das Emoções de Schachter e Singer

Teoria Cognitiva

Page 11: Processos Emocionais

Teorias Cognitivas

Consensos Cognitivistas

- Não há emoções sem componentes cognitivas de interpretação.

- O Cérebro e o Corpo desempenham um papel importante.

Page 12: Processos Emocionais

Photo Icons with motives

Sentimento da Emoção

Estímulo Emocional

Reacção Emocional

Rótulo Cognitivo

Teoria de Schachter e Singer

SCENE

Page 13: Processos Emocionais

Afectividade e Juízo

Estudo das Áreas Pré-Frontais do Cérebro:

- As emoções estão envolvidas nos processos de decisão

-A ausência de emoções não é uma vantagem, mas uma desvantagem no processo de tomada de decisão

Tomar conhecimento da situação

Conhecer opções

Conhecer consequências

Perspectiva de António Damásio

Page 14: Processos Emocionais

Afectividade e Juízo

Afectividade:

- Processo que cria o repertório que orienta as diferentes opções para a selecção

- É o que “nos afecta”, ou a forma como somos afectados.

- A afectividade implica as emoções

Page 15: Processos Emocionais

Afectividade e Juízo

Raciocínio

- Avaliação da situação

- Levantamento de opções

- Comparações lógicas…

Raciocínio

Experiências Emocionais

Duas Vias Paralelas para a Tomada de Decisão

Duas Vias

Experiências Emocionais:

- Memórias do passado

-Memórias do futuro (antecipações, projecções…)

Page 16: Processos Emocionais

Afectividade e Juízo

Os marcadores somáticos não tomam decisões

Ajudam a decidir em função de uma experiência pessoal prévia

Ajudam a decidir em função dum possível resultado futuro

Podem não ser suficientes para a tomada de decisão

Limitam o espaço de decisão

As operações lógicas teriam de operar com demasiadas variáveis

Sinal de alarme

Raciocínios complementares podem ser necessários

Marcador Somático: mecanismo automático que orienta a tomada de decisão

Page 17: Processos Emocionais

Afectividade e JuízoPor mais simples que a decisão seja, existe sempre

uma emoção associada à escolha feita

Estabelece-se sempre uma ligação entre o tipo de situação e o estado somático.As manifestações corporais simulam as consequências esperadas, orientando as escolhas.

ANTES AGORA DEPOIS

Page 18: Processos Emocionais

Problemático, depois

Afectividade e JuízoEstado Somático I

Interessante, agora

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Problemático, agora

Afectividade e JuízoEstado Somático II

Interessante, depois

Page 20: Processos Emocionais

Emoções e SentimentosEmoções e SentimentosSexualidadeSexualidade

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Page 22: Processos Emocionais

O Papel das emoções, dos sentimentos, da afectividade e do juízo nas tomadas de decisão

1

SEXUALIDADE…

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Tendências secundárias

São aprendidas, adquiridas no processo de

socialização e correspondem a

necessidades sociais

Tendências Primárias

Sexualidade

Manifestam-se desde o nascimento e são independentes da aprendizagem

Sexualidade e MotivaçãoA sexualidade é um processo complexo que implica todos os tipos de tendências humanas

Page 24: Processos Emocionais

Tendências Sociais

Estão na base das interacções sociais e têm a ver com o estabelecimento

das relações com os outros.

Tendências Individuais

Sexualidade

Relacionam-se com os iteresses do indivíduo e visam o seu desenvolvimento e preservação

Tendências Ideais

Relacionam-se com a promoção de valores.

SCENESexualidade e MotivaçãoA sexualidade é um processo complexo que implica todos os tipos de tendências humanas

Page 25: Processos Emocionais

Teoria Motivacional de Freud

Consciente

Subconsciente

Inconsciente

Estruturas do Psiquismo – A sexualidade

Page 26: Processos Emocionais

Teoria Motivacional de Freud

Estruturas:

- Superego – parcialmente inconsciente

- Ego – parcialmente inconsciente

- Id – totalmente inconsciente

Superego

Ego

ID

Estruturas do Psiquismo – A sexualidade

Page 27: Processos Emocionais

ID

Base dinâmica de toda a vida psíquica

Reservatório de energia pulsional

Tende à auto-satisfação imediata, procurando obter o prazer e evitar a dor.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 28: Processos Emocionais

Ego

Representante da realidade e do mundo externo

Deriva da tensão entre as pulsões do Id e as exigências morais do Superego

Tende a procurar o equilíbrio entre as forças contrárias do Id e do Superego..

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 29: Processos Emocionais

Superego

Interiorização das normas externas, é constituído por normas e ideais morais

Tende a controlar o Id, através do Ego

Reprime as infracções à moralidade.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 30: Processos Emocionais

Ansiedade

Ansiedade Real - Medo de perigos ou ameaças externas

Ansiedade Neurótica – receio de que os impulsos do Id fujam ao controlo do Ego.

Ansiedade moral – receio de ser punido por violar normas morais interiorizadas.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 31: Processos Emocionais

Mecanismos de defesa do Ego

2

SEXUALIDADE…

Page 32: Processos Emocionais

RecalcamentoReprime e afasta da consciência impulsos do Id e recordações traumáticas

Bloqueia pulsões, desejos, sentimentos e recordações.

Mecanismo inconsciente que nos permite não tomar consciência de conflitos causadores de ansiedade.

O que é recalcado não é eliminado: pode manifestar-se de formas disfarçadas, nem sempre inofensivas (caso das neuroses).

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 33: Processos Emocionais

Racionalização

Protege a auto-estima e evita sentimentos de inferioridade

Recorre a argumentos ou justificações racionais que mascaram os fracassos ou frustrações.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 34: Processos Emocionais

Projecção

Redução da ansiedade através da atribuição dos nossos impulsos, desejos e sentimentos inaceitáveis à pessoa que deles é alvo.

O objecto da pulsão torna-se em sujeito: “o alvo transforma-se em atirador”.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 35: Processos Emocionais

Deslocamento

Substituição do objecto original de um impulso por outro sobre o qual liberta a tensão.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 36: Processos Emocionais

Sublimação

Orientação dos impulsos indesejáveis para actividades socialmente aprovadas e valorizadas.

(Segundo Freud, a sublimação é um mecanismo de defesa do Ego crucial para o desenvolvimento da cultura e da civilização)

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 37: Processos Emocionais

Compensação

Visa a superação de situações ou sentimentos de inferioridade, através do envolvimento em actividades que promovam a auto-afirmação.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 38: Processos Emocionais

Regressão

Adopção de formas de comportamento características de estádios anteriores do desenvolvimento psicossexual.

A regressão é o retorno simbólico a um estádio anterior, no qual ocorreu uma fixação.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 39: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

Em cada estádio psicossexual, os impulsos do Id, em busca de prazer, concentram-se numa determinada área do corpo e em actividades ligadas àquela área.

As áreas do corpo que, nos seis primeiros anos de vida, são objecto de manifestações do Id, são as que estão presentes de forma mais significativa no prazer sexual na idade adulta.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 40: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

FASE ORAL – Primeiro ano de vida.

Os bebés obtêm prazer da amamentação e da sucção.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 41: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

FASE ANAL – Segundo ano de vida.

As crianças obtêm prazer da retenção e da expulsão das fezes.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 42: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

FASE FÁLICA – Dos 3 aos 6 anos.

As crianças obtêm prazer da manipulação dos genitais.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 43: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

COMPLEXO DE ÉDIPO– Entre os 5 e os 6 anos.

Os impulsos sexuais do rapaz dirigem-se para a mãe;

O pai é fantasiado como rival com quem o rapaz tem de se identificar.

Ansiedade de castração

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 44: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

COMPLEXO DE ÉDIPO– Entre os 5 e os 6 anos.

Os impulsos sexuais da rapariga dirigem-se para o pai;

A mãe é fantasiada como rival, responsável pela falta de pénis na rapariga.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 45: Processos Emocionais

Desenvolvimento da Sexualidade

FASE DE LATÊNCIA – Entre os 7 e os 12 anos.

Recalcamento da situação edipiana

As crianças preocupam-se menos com o seu corpo.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

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Desenvolvimento da Sexualidade

FASE GENITAL – A partir da adolescência.

A situação edipiana toma novas formas: o impulso sexual dirige-se para fora do ambiente familiar.

As partes do corpo, fonte de prazer nas fases anteriores, são integradas na vida sexual adulta.

Perspectiva Freudiana da Sexualidade

Page 47: Processos Emocionais

Emoções, marcadores somáticos e pulsões

1. Freud utilizou a linguagem possível no seu tempo.

2. Não é sensato atribuir-lhe o rigor científico que actualmente a Psicologia possui.

3. É, todavia, evidente que Freud teve intuições muito importantes.

4. Vamos, então, discutir hipóteses que compatibilizem os conceitos de emoção, marcador, pulsão, inconsciente, sentimento, sexualidade, Id, etc. ...

Contributos Actuais

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