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Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital

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Page 1: Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital

Curso de Especialização em Gestão Escolar

Universidade de Brasília – UNB

Oficinas Tecnológicas – Professor Pedro Andrade

Tutor – Professor Carcius Azevedo Santos

Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital

Michele Pereira Silva

Turma H

Brasília

2013

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Introdução

As transformações tecnológicas, sociais, culturais e econômicas introduzem novas

formas de aprender e ensinar. As tecnologias da informação e comunicação (TIC) vêm sendo

crescentemente incorporadas ao processo ensino - aprendizagem como ferramenta mediadora

entre o indivíduo e o conhecimento. Então “a necessidade de dotar as escolas de

computadores, melhorar o acesso à internet e capacitar professores e alunos para o uso da

informática são ações importantes para promover a inclusão digital e democratizar o acesso a

informações indispensáveis para entender o mundo que nos cerca” (Castro, 2010). Mas só isso

não é o bastante, a escola precisa de um projeto a ser discutido, revisado e trabalhado com

toda a comunidade escolar para uma verdadeira implantação do uso das TIC no ambiente

escolar, trazendo para a realidade da escola trabalhos colaborativos que propiciem a

construção de novas metodologias em prol da educação.

Assim as ações escolares devem promover oportunidades de acesso às novas

tecnologias, e para tanto surge a necessidade de projetos que contemplem tal demanda.

Portanto o Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital será o suporte necessário para

implantação do uso das TIC no ambiente escolar, nesse caso o acesso a computadores,

trabalhando com a logística do laboratório de informática de forma a colocá-lo em uso.

Justificativa da Proposta/Metodologia

O projeto destina-se ao Centro Educacional 03 de Planaltina (CEd 03), que atende

alunos do ensino médio, fundamental (anos finais) e Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos

turnos matutino, vespertino e noturno respectivamente. A escola possui um laboratório de

informática, adquirido pelo ProInfo, capaz de atender uma turma por vez, atendendo em

média 2 alunos por computador. Ressalta-se que o laboratório encontra-se inativo por falta de

suporte técnico, sem recursos humanos, e a rede elétrica atual não suporta o uso dos

computadores, embora a reforma da rede elétrica encontra-se em andamento.

O projeto conta com a contratação de monitores, que acontecerá de acordo com as

normas do programa Jovem Educador, lançado no Edital nº 02, de 30 de abril de 2013, no

diário oficial do Distrito Federal. Serão destinados 2 monitores voluntários, sendo um para o

turno matutino e o outro para o vespertino. A instituição possui um professor de informática,

assim o laboratório também funcionará no horário noturno. Inicialmente o projeto visa atender

apenas alunos e educadores, com possibilidades de ampliação para atendimento da

comunidade. O projeto trabalhará com um coordenador do laboratório de informática para

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cada turno, para que sirva como orientador para atividades propostas pelos professores de

cada área.

Será formada uma comissão multidisciplinar composta pelos coordenadores do

laboratório e professores: com reuniões mensais, para realizarem uma avaliação processual da

ligação do laboratório nos aspectos técnicos e pedagógicos e propor atividades

interdisciplinares para o mesmo e que organizarão um calendário para trabalhar com o

laboratório, como já é feito com a sala de vídeo e outras mídias.

A tecnologia deve ser integrada ao PPP da escola, no seu monitoramento e avaliação

e ao planejamento de atividades do professor, assim, o projeto procura fazer essa inclusão e

interatividade do aluno e educador, logo também, da comunidade escolar.

Objetivo

Promover o uso pedagógico da informática na educação básica, integrando a

informática educativa com a proposta de ensino pedagógica da escola, a fim de desenvolver

diversas habilidades com o uso do computador e contribuir com a educação do aluno,

estimulando o aprendizado, contemplando as diversas áreas do conhecimento de forma

interdisciplinar e oferecendo ao educador possibilidades de estratégias de ensino

diferenciadas, possibilitando ao aluno interagir com o objeto de estudo e ao mesmo tempo

proporcionar ao educando a utilização dos instrumentos tecnológicos da atualidade.

Objetivos específicos

Democratizar o acesso aos meios de comunicação moderna, incentivando o

desenvolvimento dos processos cognitivos, sociais e afetivos.

Utilizar o computador para promover a inclusão digital, facilitando o acesso e

interação dos alunos ao mundo virtual.

Explorar a internet como meio de comunicação, publicando texto que

expressam os conceitos e idéias dos alunos.

Incorporar as atividades educacionais mediadas pelo computador no currículo

escolar.

Introduzir a informática como recurso pedagógico interdisciplinar.

Formação e capacitação dos profissionais da escola e da sua comunidade.

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Proposições

Pesquisas nacionais e internacionais indicam que a simples existência de

computadores nas escolas não se traduz em melhoria de desempenho escolar, embora o acesso

a computadores e à internet seja muito valorizado pela sociedade e tenha alto impacto político

(Unesco, 2008b; Unesco, 2008c). Sabe-se que a qualidade do ensino depende muito mais do

que o acesso as TIC, pois os computadores são apenas instrumentos mediadores para o ensino

aprendizado, dependendo muito da equipe pedagógica e gestora, assim como comunidade

escolar para construírem um ensino de qualidade.

O laboratório de informática na escola deve ser considerado como outro ambiente de

aprendizagem, um meio complementar ao processo de ensino aprendizagem. Propondo a

ampliação e manutenção de uma cultura de informatização e interatividade entre alunos e

equipe de educadores, o ensino pedagógico informatizado merece atenção e crítica, como

também cooperação entre coordenadores, professores e direção.

Percebe-se nos dias atuais que alunos possuem mais facilidade de manusear o

computador do que o professor, mas infelizmente não possuem nenhum direcionamento de

como este instrumento pode auxiliá-los no processo educativo. Onde se vê a necessidade da

formação do professor para que esse possa adotar uma atitude de cooperador diante do papel

de mediador do conhecimento, proporcionando um ambiente desafiador, incentivando a busca

pela pesquisa, provocando situações estimulantes de aprendizagem instigando debates,

reflexões e buscando garantir para que haja de fato aprendizagem com o uso de TIC.

Neste contexto o projeto procura desenvolver junto ao professor ensinos pedagógicos

que contemplem o uso de TIC, e para tanto serão indicados professores para cursos de

formação junto ao NTE da Coordenação Regional de Ensino, e que também possam ser

oferecidos no próprio laboratório cursos voltados para o ensino pedagógico informatizado.

Cabe ressaltar ainda a possibilidade de ampliação do papel da Escola, nesse cenário, no qual

ela se abre diretamente à comunidade, oferecendo-lhe seus espaços tecnológicos, visando ao

crescimento humano e social da comunidade, particularmente de seus jovens.

As ações escolares devem promover oportunidades de desenvolvimento de atitudes

de respeito e valorização dos bens patrimoniais a começar pelo próprio ambiente escolar

desenvolvendo um processo de conscientização acerca da importância de preservação dos

elementos que fazem o espaço da escola evitando a depredação de seus ambientes,

mobiliários e instrumentos da ação pedagógica. É importante desenvolver nos alunos a

consciência ativa em que todos saibam da importância de valorização do seu ambiente escolar

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e de todos os que fazem a escola. Respeito é fundamental para uma boa relação entre os entes

da escola e o desenvolvimento do processo de ensino – aprendizagem.

O Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital possuirá diretrizes para uso do

laboratório de informática, ou seja, regras em que os educadores, alunos e comunidade

deverão respeitar para melhor funcionamento e desenvolvimento do processo de ensino

aprendizagem e valorização de bens patrimoniais. Tais diretrizes serão discutidas em reunião

pedagógica, junto a todos os envolvidos e comunidade e construídas democraticamente.

Aprender a ser cidadão e a ser cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com

respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência, aprender a usar o

diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida

coletiva. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos

pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola. (Ministério da

Educação - Secretaria de Educação Fundamental. Ética e Cidadania no convívio

escolar. Brasília, 2001,pg 13)

É por esta razão que o projeto de inclusão de TIC no ambiente escolar precisa ser

desenvolvido, de modo favorecer possibilidade de construção de uma comunidade escolar

mais interativa, informatizada e cidadã.

Considerações finais

A proposta de implantação e desenvolvimento de TIC no CEd 03, vislumbrada no

Projeto Abrindo as Portas para a Inclusão Digital, busca a melhoria da qualidade e eficiência

do sistema educacional, levando aos alunos de menor poder aquisitivo o acesso a recursos

tecnológicos possibilitando a inclusão digital, no geral; e criando meios para evolução do

pensamento, raciocínio lógico, assim como todo o desenvolvimento cognitivo do aluno.

Usando a técnica dentro de um objetivo múltiplo e contínuo encontrando um caminho

integrante e atuante para a formação da cidadania.

O uso das tecnologias nas escolas gera inúmeros benefícios à comunidade escolar

que vai desde o pedagógico com o aluno, seja em atividades de programação de rotinas e

processos; como de organização, registro, acesso, manipulação e apresentação de informações

com aplicativos; além das atividades de simulação de experimentos relacionados com as

ciências naturais e sociais; de comunicação (Vieira, 2004).

Com a utilização das tecnologias surgem novas possibilidades de aprendizagem e a

escola passa a ser um local que possibilita uma nova visão, além disso, a integração da

tecnologia em sala de aula pode “mudar o ambiente de aprendizagem para facilitar a

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construção do conhecimento do educando” (FAZENDA, 1995 apud SCHLÜNZEN, PRADO;

2004).

O laboratório de informática é um importante recurso pedagógico, por isso, a

instituição educacional precisa utilizar o computador e suas ferramentas como meio

facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Esta proposta de abertura e uso do

laboratório de informática visa contribuir para dar suporte à comunidade escolar no sentido de

identificar novos caminhos teórico-metodológicos nos quais se baseia o uso das TIC.

Referências

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito.

Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Artigo elaborado para

subsidiar o curso “Ensinando e aprendendo com as TIC”, promovido pelo Ministério da

Educação, sob responsabilidade da SEED, no ano de 2008. Disponível em:

http://rocha.hiperlab.egr.ufsc.br/hiperlab/mec/unidade4/Desafios_e_possibilidades.pdf .

Acesso em: 18 de julho de 2013.

CASTRO, M.H.G. “A Consolidação da Política de Avaliação da Educação Básica no Brasil”.

Revista Meta Avaliação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, p.271-296, set./dez. 2010.

CYSNEIROS, Paulo G. Gestão de Tecnologias da Informação e Comunicação na Escola.

Recife, Fevereiro de 2006. Disponível em : <(Texto 10) CYSNEIROS, Paulo_Gestao TIC na

Escola> . Acesso em 17 de julho de 2013.

EDITAL Nº 02, de 30 de abril de 2013. Disponível em:

<http://www.buriti.df.gov.br/ftp/diariooficial/2013/05_Maio/DODF%20N%C2%BA%20091

%2006-05-2013/Se%C3%A7%C3%A3o03-%20091.pdf> acesso em 19 de julho de 2013.

SOUZA, Francisco Djacyr Silva de. A escola e a defesa do patrimônio. Disponível em

<http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/a-escola-e-a-defesa-do-patrimonio-

6236/artigo/#.UXC4pKLrxWU> , acesso dia 18 de abril de 2013.

UNESCO BRASIL. "Computador na escola – o futuro anunciado", Revista TICs nas Escolas,

vol. 3, nº 2, 2008

VIEIRA, A. Gestão Escolar e Tecnologias. Funções e Papéis da Tecnologia. São Paulo, PUC-

SP, 2004.