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INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DA ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS NA PRÁXIS DOS PROFISSIONAIS RELACIONADOS AS CIÊNCIAS DA SAÚDE E DA PEDAGOGIA NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS. MANAUS AM SETEMBRO 2013

Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

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INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DA ADAPTAÇÃO DE

MATERIAIS PEDAGÓGICOS NA PRÁXIS DOS PROFISSIONAIS RELACIONADOS AS

CIÊNCIAS DA SAÚDE E DA PEDAGOGIA NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS

PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

MANAUS – AM

SETEMBRO – 2013

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SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DA ADAPTAÇÃO DE

MATERIAIS PEDAGÓGICOS NA PRÁXIS DOS PROFISSIONAIS RELACIONADOS AS

CIÊNCIAS DA SAÚDE E DA PEDAGOGIA NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS

PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

Trabalho solicitado pelo Prof. MSc.

Luiz Cerquinho de Brito e Profª MSc.

Joelise Mascarello de Andrade,

ministrante da Disciplina Organização

do Trabalho Pedagógico na

Educação Infantil/momento1, para

obtenção de nota da Atividade 1 –

Turma 7 – Tutora Jucimara Canto

Gomes.

MANAUS – AM

SETEMBRO – 2013

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IDENTIFICAÇÃO:

Nome da instituição: NEPPD - Núcleo de Estudos e Pesquisas em

Psicopedagogia Diferencial

Entidade mantenedora: Universidade Federal do Amazonas

Endereço completo e contatos:

Nome:

NEPPD - Universidade Federal do Amazonas

Endereço:

Endereço: Av. Rodrigo Octavio, 6.200, Campus Universitário

Senador Arthur Virgilio Filho – Setor Norte – Coroado –

Manaus/AM

Telefone

(92)3305-4611

Estado:

Amazonas

Município:

Manaus

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial -

NEPPD, fundado em 2001, está localizado na Faculdade de Educação/UFAM,

Setor Norte do Campus Universitário, Bloco Uatumã.

O cotidiano das atividades no NEPPD envolvem professores, acadêmicos

de graduação e pós-graduação, através de um trabalho multidisciplinar e

interdepartamental. As linhas de pesquisa integram as seguintes áreas:

Educação, Educação Especial, Educação Inclusiva, Psicomotricidade e

Psicopedagogia.

O Núcleo focaliza o ser humano no seu aspecto global, relacionando-o

diretamente ao processo de aprendizagem visando: identificar, acompanhar e

orientar pais, professores e estudantes.

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TEMA:

Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais.

TÍTULO DA INVESTIGAÇÃO:

Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais, no

NEPPD - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial.

Localizado na Av. Rodrigo Octavio, 6.200, Campus Universitário Senador Arthur

Virgilio Filho – Setor Norte – Coroado – Manaus/AM.

PERCEPÇÃO DO PROBLEMA:

Essa pesquisa se realizará num universo onde a inclusão se integrará às

áreas das Ciências da Saúde e da Pedagogia e o papel do pesquisador será de:

analisar, planejar, elaborar recursos pedagógicos e mediar os saberes

necessários, para evidenciar a importância do planejamento e da adaptação de

materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da

saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades

especiais, ampliar os aspectos cognitivos das crianças, também revelará que as

crianças com necessidades especiais, as quais em meio ao preconceito e a

discriminação, respondam ao descaso social e educacional com um sorriso

ingênuo, revelando assim, que a deficiência está naqueles que não conseguem

enxergar as suas verdadeiras eficiências.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA GENÉRICO:

Quais os fatores biológicos, psicológicos e sociais que objetivam a

importância do planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na práxis

dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no

atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais, no NEPPD,

localizado na cidade de Manaus.

PERGUNTAS ESPECÌFICAS:

Page 5: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

1. Qual a importância do planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos

na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no

atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais, no NEPPD,

localizado na Universidade Federal do Amazonas?

2. Quais benefícios o planejamento e a adaptação de materiais pedagógicos na

práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no

atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais, no NEPPD,

proporcionarão às crianças no processo de desenvolvimento de suas habilidades

globais e especificas?

3. Quais argumentos biopsicossociais, os profissionais relacionados às ciências

da saúde e da pedagogia, valem-se para ampliar o atendimento as crianças

portadoras de necessidades especiais, no NEPPD e assim desenvolver o

planejamento e a adaptação de materiais pedagógicos em sua práxis?

4. Os profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia, na

elaboração de seus planejamentos e na construção dos recursos pedagógicos

adaptados, valem-se dos objetivos, procedimentos metodológicos e

possibilidades de avaliação a partir da interação infantil?

OBJETIVO GERAL:

Demonstrar a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais, e

assim, demonstrar que este é um modelo prático de vivência e de uma educação

transformadora no exercício do aprender relacionado à inclusão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Favorecer práticas educativas, desempenhando os fundamentos teóricos

e metodológicos que configuram nos espaços que promovem a inclusão,

revelando situações significativas que complementem o processo educativo;

Favorecer a ampliação das potencialidades cognitivas, ao mesmo tempo

em que proporciona maiores possibilidades de interação social e cognitiva;

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Planejar, adaptar e produzir recursos pedagógicos facilitadores no

processo de aquisição do conhecimento das crianças com necessidades

educacionais especiais;

Oferecer um número significativo de planejamentos e instrumentos

mediadores, aos educandos com necessidades educacionais especiais que

frequentam o NEPPD;

Revelar a utilização do planejamento e dos materiais pedagógicos

adaptados na práxis dos profissionais da educação e da saúde para permitir que

as crianças sejam capazes de se expressar, elaborar perguntas, resolver

problemas e se tornarem mais participativos, permitindo assim uma maior

interação social, intelectual e física;

Divulgar o trabalho desenvolvido pelo NEPPD, por meio do projeto

“Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais”,

para que as demais instituições de saúde e escolar tenham conhecimento dos

planejamentos e dos recursos para que possam utilizar em experiências e

técnicas de trabalho.

JUSTIFICATIVA:

O projeto “Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de

materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da

saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades

especiais” almeja expandir as habilidades sociais, cognitivas e motoras, das

crianças com necessidades educacionais especiais (NEEs), uma vez que este

fator ainda tem sido um dos grandes desafios do trabalho dos profissionais da

educação e da saúde. Desafios sim, por que muitos profissionais na perspectiva

de validarem suas instituições como modernas tendem a utilizar somente

recursos tecnológicos e industrializados. Não dão ênfase a ideia que mesmo com

poucos recursos, é possível oferecer boas alternativas para atender às

peculiaridades das crianças com necessidades educacionais especiais (NEEs),

planejando e adaptando materiais pedagógicos. O uso deles permite que as

crianças sejam capazes de se expressarem, elaborarem perguntas, resolverem

Page 7: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

problemas e se tornarem mais participativas, permitindo assim uma maior

interação social, intelectual e física.

Divulgar o trabalho desenvolvido pelo NEPPD, por meio do projeto

“Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais”,

para que as demais instituições de saúde e escolar tenham conhecimento dos

planejamentos e dos recursos para que possam utilizar em experiências e

técnicas de trabalho. Portanto, essa é uma maneira desses profissionais

proporcionarem uma melhoria no atendimento e promover processos de

aprendizagem em igualdade de condições. Além da economia de recursos, a

produção facilitará a adaptação às necessidades das crianças que os utilizarem.

Os planejamentos serão embasados na legislação educacional que trata da

inclusão, dando um suporte legal às perspectivas profissionais e educacionais.

A legislação educacional que trata da inclusão:

1. Constituição de 1988 (consultar o artigo 208).

2. Lei nº. 7.853, de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de

deficiência, sua integração social.

3. Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990.

4. Íntegra da Declaração de Salamanca, de 10 de junho de 1994, sobre princípios,

políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais.

5. Capítulo da LDB, de 1996, sobre a Educação Especial.

6. Decreto nº. 3.298, de 1999, regulamenta a Lei nº. 7.853, de 24 de outubro de

1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de

Deficiência.

7. A lei nº. 10.172, de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação que

estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com

necessidades educacionais especiais.

8. Resolução nº. 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes Nacionais

para a Educação Especial na Educação Básica.

9. Íntegra do Decreto nº. 3.956, de outubro de 2001, que promulga a Convenção

Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra

as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala).

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10. Resolução do Conselho Nacional de Educação nº. 1/2002 define que as

universidades devem prever em sua organização curricular formação dos

professores voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos

sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais.

11. A lei nº. 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal

de comunicação e expressão.

12. Decreto nº. 5.626/05 - Dispõe sobre a inclusão de Libras como disciplina

curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete

de Libras.

13. Decreto nº. 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o

atendimento educacional especializado.

14. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação

Inclusiva.

DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS

- Planejamento e material pedagógico adaptado na área da saúde e pedagogia.

- Construção do processo de aprendizagem relacionado à inclusão.

- Atendimento às crianças com necessidades educacionais especiais (NEEs) por

meio de um planejamento e de materiais específicos ao desenvolvimento de suas

habilidades.

MARCO TEÓRICO DA INVESTIGAÇÃO:

“Traga dúvidas e incertezas, doses de ansiedade, construa e desconstrua hipóteses, pois aí reside a base do pensamento científico do novo século. Um século cansado de verdades, mas sedento de caminhos.” (Cláudia Werneck apud DOMINGOS 2005)

Temos a concretização dos nossos direitos por meio das Leis, direitos que

foram garantidos através de muitas reivindicações populares. Os pais,

profissionais da saúde, educadores, simpatizantes da causa e portadores de

necessidades especiais, para que tivessem seus direitos garantidos, tiveram que

lutar muito por Leis coesas que os respeitassem que os vissem como cidadãos. A

sociedade precisou expressar sua indignação perante o governo para que esse

pudesse estabelecer critérios legais para as pessoas com NEEs. Em meio a

manifestações nacionais e internacionais é que começaram as mudanças, na qual

se visualizava o deficiente como sujeito de uma sociedade, que tem limitações

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leves ou severas, mas, independente das limitações, devem ser respeitados por

todos, e terem seus direitos garantidos perante as Leis.

As organizações de congressos internacionais foram de grande valia para

se discutir a efetivação dos direitos em favor dos portadores de necessidades

especiais. No processo histórico desses congressos três, declarações relevantes

foram anunciadas, que admitiram conquistas para todas as pessoas,

independente de terem ou não alguma deficiência. Nesses Congressos

Internacionais originaram as seguintes declarações: a Declaração Universal dos

Direitos do Homem (1948); Declaração Mundial de Educação para Todos (1990);

e a Declaração de Salamanca (1994).

Segundo Soares (2010 p. 13). A Declaração Universal dos Direitos do

Homem não é exatamente uma lei, mas constitui direitos à humanidade,

independente da nacionalidade, religião, cor, sexo, política, enfim, de uma forma

mais abrangente esclarece em um documento oficial os direitos comuns para

todos os cidadãos, inclusive a garantia de educação para todos, sendo assim,

incluiu os educandos que têm alguma deficiência. Vejamos abaixo alguns

fragmentos dessa declaração.

Todo ser humano, em todas as suas dimensões, é o centro e o foco de qualquer movimento para a sua promoção. O princípio é válido, tanto para as pessoas normais e para as ligeiramente afetadas como, também, para as gravemente prejudicadas, que exijam uma ação integrada de responsabilidade e de realizações pluridirecionais. Todo ser humano conta com possibilidades reais, mínimas que sejam de alcançar pleno desenvolvimento de suas habilidades e de adaptar-se positivamente ao ambiente normal. (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM apud CORRÊA, 2005, p.55-56 apud SOARES).

A Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), garante educação

para todos independente das possíveis dificuldades ou limitações que o sujeito

apresente. (MIRANDA, 2003, p.7).

A Declaração de Salamanca (1994 apud SOARES, 2010), revela o

resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, que

ocorreu na Espanha e teve como foco a questão da educação para crianças com

necessidades especiais. A declaração diz:

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Todas as crianças têm direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível adequado de conhecimento. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhes são próprias. Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades. As pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso à escola regular que deverão integrá-las numa pedagogia centrada na criança, capaz de atender a essas necessidades. As escolas regulares, com essa orientação integradora, representam os meios mais eficazes de combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade integradora e alcançando educação para todos, além de proporcionar uma educação efetiva à maioria das crianças e melhorar tanto a eficiência como a relação custo-benefício de todo o sistema educativo. (UNESCO, 1994 apud SOARES 2010).

A Declaração evidencia que a criança tem o direito à educação, de

desenvolver suas habilidades sejam elas cognitivas, motoras, emocionais; que é

necessário que haja uma integração da criança que tem alguma deficiência com

as ditas “normais”, que ela seja realmente incluída no ambiente escolar. Sendo

que suas limitações devem ser respeitadas por todos, pois, cada criança tem sua

particularidade, seu ritmo de aprendizagem diferenciado uns dos outros, então é

necessário se pensar formas que poderiam ajudar nesse processo de inclusão

dos portadores de necessidades especiais.

Discorrer acerca da problemática da criança com necessidades

educacionais especiais (NEEs) não é algo inovador, mas os vários conceitos que

se ligam a essa questão têm sido uma fonte de estudos em permanente

construção. Cada época é representada por uma cultura que é dinâmica e que

por isso vai sendo alterada promovendo a construção de novos valores e

conceitos. “A inclusão, enquanto valor defende o direito de todas as crianças,

independentemente das suas diversas capacidades, participarem ativamente em

contextos naturais nas suas comunidades” (DEC, citado por Odom, 2007: 17).

Conforme García (1988, p. 217) a natureza do homem é uma unidade

biopsicossocial, pelo que a estrutura da personalidade e comportamento do

indivíduo normal ou patológico se apresenta dependente de fatores biológicos,

psicológicos e socioculturais, nesse sentido, o planejamento e a adaptação de

materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da

saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades

especiais é construir uma ludicidade pedagógica que irá promover aprendizados,

uma vez que o mundo do lúdico é onde a criança está em constante exercício. É

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o mundo da fantasia, da imaginação, do faz de conta, do jogo e da brincadeira.

Podemos dizer que o lúdico é um grande laboratório que merece toda atenção

dos pais, profissionais da saúde e educadores, pois é através dele que ocorrem

experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, prazer e

seriedade. Através da interação com os materiais pedagógicos adaptados é que

ocorre a descoberta de si mesmo e do outro, portanto, aprende-se e

desenvolvem-se habilidades. É no brincar que qualquer criança está livre para

criar e é através da criatividade que o indivíduo descobre seu eu. Segundo Platão:

“Você aprende mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que uma

vida inteira de conversação”.

No Brasil a inclusão implica no atendimento aos indivíduos com NEEs nas

escolas, nas residências, sempre que possível, nas turmas regulares, onde

devem receber todos os serviços educativos adequados, tendo em conta as suas

características e necessidades, contando-se, para tal, com o apoio de outros

profissionais e dos pais. É nesse sentido que o planejamento e adaptação dos

materiais pedagógicos terão relevância, uma vez que se propõe em responder às

necessidades de cada uma das crianças, provendo-lhes uma educação

apropriada embasada nos três níveis de desenvolvimento essenciais: acadêmico,

sócio-emocional e pessoal (Nielsen, 1999; Correia, 2008).

Pode-se dizer que adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos

profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no atendimento

às crianças portadoras de necessidades especiais, desenvolverá as habilidades,

promoverá a saúde e maior compreensão do esquema corporal, além ajudá-las a

compreender e respeitar regras, limites, esperar a vez e aceitar resultados.

O projeto pretende revelar que os materiais adaptados, e a maneira como

os educadores e profissionais da saúde irão utilizá-lo, desenvolverão nas crianças

portadoras de NEEs os aspectos: psicológico, intelectual, emocional, físico, motor

e social. Além disso, os planejamentos e os materiais poderão tornar o

atendimento ou aulas mais atraentes, pois, a partir de situações de descontração

os educadores e profissionais da saúde poderão desenvolver diversos conteúdos,

gerando uma integração entre as matérias curriculares e o desenvolvimento de

diversas habilidades relacionadas à saúde. Isso é inclusão, é fazer parte da

sociedade, conviver com o outro, ter a oportunidade de estar em um espaço

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comum a todos e não ser excluído, não ser olhado de forma diferente. A criança

só está incluída quando ela sente-se bem naquele ambiente, quando ela participa

das atividades com as pessoas ditas “normais”, quando ocorre a interação de

todos independente das limitações que apresentem.

A concepção do projeto “Inclusão: a importância do planejamento e da

adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às

ciências da saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de

necessidades especiais” visa revelar que incluir é respeitar e aceitar a criança

como um cidadão na sociedade que tem direitos como qualquer outro.

Em vista disso, podemos constatar que a proposta desse projeto é um

meio de incluir a criança que tem alguma limitação, pois o contexto lúdico dos

materiais adaptados, devidamente planejados é uma ação que permite a troca de

experiência entre os sujeitos, é um momento de aprendizagem, de diversão, de

alegria, e também de respeito mútuo entre os participantes, independente se

tenham alguma limitação seja ela física, mental ou sensorial. Ainda nessa

perspectiva reporto-me as palavras de Moacir Alves Carneiro “Não seja

intransigente, a natureza é plural! O igual é diferente e o diferente é igual”.

O papel de todos nesse processo didático-pedagógico é provocar a

participação coletiva, a interação e a socialização dos sujeitos e desafiar a criança

a buscar soluções, através dos materiais adaptados. Esse compromisso mediador

irá despertar na criança um espírito de companheirismo, cooperação e autonomia.

A criança irá interagir de forma coletiva, ou seja, irá apresentar seu ponto de vista,

discordar, apresentar suas soluções. Isso irá revelar que as crianças portadoras

de NEEs estão sendo incluídas nesse ambiente, sendo respeitadas, aceitas, e

participando das atividades, juntamente com os demais, sem nenhum tipo de

constrangimento.

HIPÓTESES:

A educação é um direito social básico e universal. Ela é, portanto, ao

mesmo tempo determinada e determinante da construção do desenvolvimento

social de uma nação. Além de ser fundamental para uma formação integral

humanística e científica de sujeitos autônomos, críticos e protagonistas da

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cidadania ativa. Mas, por que essa mesma educação de tantos direitos a todos

não tem assumido coesamente seu papel no contexto da inclusão?

ENFOQUE E NÍVEIS DE INVESTIGAÇÃO

Esta pesquisa é de caráter qualitativo de nível hipotético-dedutivo e sua

fundamentação será de estilo bibliográfico. Trata-se de uma pesquisa onde se

utilizará o “raciocínio ponderado por hipóteses”. Portanto, os dados serão

coletados por meio de literaturas, pesquisas e entrevistas especializadas que

viabilizarão o alcance dos objetivos deste estudo. A interação com os

profissionais da saúde e educação, pais, crianças portadoras de NEEs serão

fatores latentes para a construção dos planejamentos relacionados aos materiais

pedagógicos adaptados.

ÁREA DE ESTUDO

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial -

NEPPD, fundado em 2001, está localizado na Faculdade de Educação/UFAM,

Setor Norte do Campus Universitário, Bloco Uatumã. O cotidiano das atividades

no NEPPD envolvem professores, acadêmicos de graduação e pós-graduação,

através de um trabalho multidisciplinar e interdepartamental. As linhas de

pesquisa integram as seguintes áreas: Educação, Educação Especial, Educação

Inclusiva, Psicomotricidade e Psicopedagogia. O Núcleo focaliza o ser humano no

seu aspecto global, relacionando-o diretamente ao processo de aprendizagem,

visando: identificar, acompanhar e orientar pais, professores e estudantes.

UNIVERSO

Essa pesquisa se realizará num universo infantil do Núcleo de Estudos e

Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial - NEPPD, localizado na Faculdade de

Educação/UFAM, Setor Norte do Campus Universitário, Bloco Uatumã no

município de Manaus.

AMOSTRA

Essa amostra será desenvolvida no Núcleo de Estudos e Pesquisas em

Psicopedagogia Diferencial – NEPPD, num universo infantil. O NEPPD localiza-se

na Faculdade de Educação/UFAM, Setor Norte do Campus Universitário, Bloco

Uatumã no município de Manaus. E essa abordagem emerge em pleno século

Page 14: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

XXI devido as escolas e instituições relacionadas à saúde, ainda não

acomodarem todas as crianças independentemente de suas condições físicas,

intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, incluir crianças deficientes

e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou

de população nômade, pertencentes à minoria linguística, étnicas ou culturais e

crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados. O termo

“necessidades educacionais especiais” – refere-se a todas as crianças ou jovens

cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências

ou dificuldades de aprendizagem. Direito à educação – Subsídios para gestão dos

Sistemas educacionais – Edição Atualizada pág. 330. Infelizmente, devido às

políticas públicas e aos fatores socioculturais de muitos profissionais da educação

e saúde esse direito ainda não se faz cumprir no país.

UNIDADE DE ANÁLISE

A unidade de análise transcorrerá num universo infantil do Núcleo de

Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial - NEPPD, localizado na

Faculdade de Educação/UFAM, Setor Norte do Campus Universitário, Bloco

Uatumã no município de Manaus.

UNIDADE DE MOSTRAGEM

Nome: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial - NEPPD

Diretora

Maria Almerinda de Souza Matos

Endereço: Av. Rodrigo Octavio, 6.200, Campus Universitário Senador

Arthur Virgilio Filho – Setor Norte – Coroado – Manaus/AM.

Telefone

(92) 3305-4611

Município:

Manaus

Estado:

Amazonas

Page 15: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

MÉTODOS E TÉCNICAS OU ESTRATÉGIAS DE COLETAS DE DADOS

A partir de um acompanhamento dos processos mediadores educacionais, a

pesquisa será realizada pela investigadora, pois a mesma acredita que a inclusão

das crianças portadoras de NEEs no dia-a-dia de uma escola ou instituição de

saúde provoca indagações no âmbito da educação geral:

1. Qual o impacto deste processo no cotidiano escolar e das instituições de

saúde, quando a criança não tem um planejamento específico ao material

pedagógico a ser utilizado em seu cotidiano?

2. Qual a relação entre inclusão e diferença cultural na escola e nas instituições

de saúde?

3. Será que a inclusão escolar e a inclusão nas instituições de saúde não se

constituem como um elemento a mais para manter posturas de discriminação?

4. Como são postas em jogo as identidades e diferenças no espaço da escola e

das instituições de saúde?

5. Que relevância a proposta desse projeto, “Inclusão: a importância do

planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos

profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no atendimento

às crianças portadoras de necessidades especiais”, terá para o seu contexto de

trabalho?

6. Quais os benefícios sócios educativos que os planejamentos de materiais

pedagógico adaptados proporcionarão à criança no processo de desenvolvimento

de suas habilidades globais e específicas?

Refletir sobre essas questões pode ser uma maneira nova de podermos ver, ver

os outros, ver a Educação, ver os profissionais da saúde e de aprender a conviver

com as diferenças, com as mudanças, com o que se está além das imagens; uma

maneira de apostar no outro, de trilhar um caminho que é sem imagem, porque

como (MORIN, 2000), nos retrata: “caminhante, não há caminho, o caminho se

faz com o caminha”.

OBSERVAÇÃO:

1. Averiguar a importância do planejamento e da adaptação de materiais

pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais.

Page 16: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

2. Observar e registrar os benefícios sócios educativos que o planejamento e a

adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às

ciências da saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de

necessidades especiais proporcionam à criança no processo de desenvolvimento

de suas habilidades globais e específicas.

3. Definir se é interessante que as crianças tenham um planejamento específico e

utilizem materiais pedagógicos adaptados.

4. Averiguar se é necessária certa dose de sensibilidade para saber distinguir em

que momentos sua presença mais ativa é fundamental (como, por exemplo, para

estimular a participação de determinadas crianças ou propor novas brincadeiras

com os materiais adaptados) e as ocasiões em que é preferível deixar que as

próprias crianças construam, interajam, organizem e reinventem as brincadeiras e

maneiras de utilizar os materiais pedagógicos adaptados.

5. Averiguar se os educadores e profissionais da saúde que atendem os alunos

portadores de NEEs estão organizados para esses casos?

6. Distinguir o que é estar preparado. Uma vez que, quando realmente se está

preparado para os novos desafios da educação, estamos numa constante

caminhada para a qual fomos preparados, mas é preciso estar consciente de que:

“Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao andar”?

INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Os registros serão por meio de dados escritos, planejados, construídos por meio

dos materiais pedagógicos e imagens (fotos e vídeos).

PROVA PILOTO

Parte 1:

Em 2010 quando elaborei o blog http://simonehelendrumond.blogspot.com.br um

número significativo de pais, educadores e profissionais relacionados à saúde deu

ênfase aos materiais pedagógicos adaptados e aos planejamentos que lá estão

postados. A partir daí gradativamente fui recebendo vários e-mails de pessoas de

diversas partes do Brasil pedindo ajuda para planejar e adaptar materiais para as

Page 17: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

crianças. A partir daí fiz valer minha formação em pedagogia e passei a pesquisar

e elaborar os materiais planejados conforme os pedidos dessas pessoas.

Galgando lentamente, cheguei em 2013 com 2.283 arquivos e com 2.804.918

visualizações interativas.

Parte 2:

2010

Fui convidada pela irmã Arlete Galdino, na época, gestora do CEST, para

trabalhar com um grupo de cinco crianças na brinquedoteca da escola, para

ajudá-los a desenvolver suas habilidades. A partir daí pude evidenciar que

planejar o uso de materiais pedagógicos adaptados produzem bons frutos. Em

consequência, comecei a construir os portfólios de aprendizagem e disponibilizá-

los na internet, no blog:

http://simonehelendrumond.blogspot.com.br

Obs: Os registros dessa perspectiva estão contidos em relatório do CEST.

2011

Valendo-me de um dos meus portfólios consegui encaminhar uma das crianças

do maternal para constatação de um grau de autismo. Os resultados foram

positivos, a criança tem galgado de forma coesa e tem desenvolvido suas

habilidades.

http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2011/04/orientacao-para-diagnostico-

de-um.html

Obs: Os registros dessa perspectiva estão contidos em relatório no CMEI MADRE ELISIA.

2012

Consegui novamente encaminhar uma criança de 10 anos com características de

TODA. A criança anualmente passava de uma série para outra sem ser

trabalhada em suas especificidades. Elaborei os relatórios e com os tratamentos

foi constatado por um profissional da saúde que a criança, verdadeiramente era

TDA. Com a medicação adequada e a adaptação dos recursos pedagógicos

específicos da série e principalmente a forma de avaliar, a criança tem

transcendido.

Obs: Os registros dessa perspectiva estão contidos em relatório do CEST.

2012

Page 18: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

A partir da pesquisa e estudos de Leis que fundamentam a Inclusão, consegui

que uma aluna TDA, tivesse seu material pedagógico devidamente adaptado para

as suas necessidades intelectuais e a mesma tem galgado bem no 5º ano do

Ensino Fundamental.

Obs: Os registros dessa perspectiva estão contidos em relatório do CEST.

2013

Elaborei um portfólio para atender uma criança do maternal, portadora de

deficiência física e mental num grau leve. Repassei o material para mãe e

professora da sala multifuncional. Como o portfólio produziu bons resultados,

disponibilizei na internet. http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2013/01/5-

projeto-movimento-explorar-e.html

Obs: Os registros dessa perspectiva estão contidos em relatório no CMEI MADRE ELISIA.

2013 no NEPPD

Pretendo continuar produzindo esses materiais e poder ajudar ainda mais as

crianças. A prova piloto se dará com o uso de pré-testes com um grupo de

crianças para averiguar as habilidades sociais, físicas e cognitivas em cada uma

das etapas, para juntamente com os profissionais da saúde e da educação, que

compõem o quadro da Instituição NEPPD, planejar e elaborar os recursos

pedagógicos que possam ajudar as crianças projetarem no contexto, um modelo

prático de vivência e de uma educação transformadora no exercício do aprender

relacionado à inclusão.

CONSTRUÇÃO METODOLÓGICA

A evolução histórica no atendimento educacional e da saúde das crianças

portadoras de necessidades especiais vem se expandindo no Brasil com a

criação de entidades filantrópicas assistenciais e especializadas destinadas à

população das classes menos favorecidas e nesse sentido destaco o NEPPD,

que filantropicamente vem buscando atender os indivíduos que procuram o

núcleo.

A exclusão/inclusão social tem sido debatida com frequência em muitos

patamares políticos e sociais, tanto no campo da educação, como em outros

relativos às ciências da saúde e sociais. Nesses debates a escola é vista como

uma das instituições que poderia quebrar com muitos tabus, mas, ao contrário,

Page 19: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

ela tem sido permeada de preconceitos e juízos prévios sobre seus educandos e

suas famílias. Nessa perspectiva, soma-se à minha preocupação, neste estudo,

entender como no cotidiano educacional, social e da saúde, a individualidade e a

personalidade das pessoas são ou não respeitadas e levadas em conta.

A vida cotidiana é heterogênea e hierárquica, e o ser humano já nasce

inserido nesse estilo de vida. Com o amadurecimento, ele adquire todas as

habilidades para a vida cotidiana da sociedade. Esse amadurecimento começa

sempre nos grupos. Mas, muitas vezes, a pessoa com necessidades

educacionais especiais é privada deste convívio em grupos, sendo segregada,

excluída da sociedade por causa das suas diferentes limitações. A vida cotidiana

está no centro do acontecer histórico: é a verdadeira essência da substância

social. E o indivíduo é sempre um ser particular e genérico, simultaneamente, não

se devendo esquecer-se disso no cotidiano escolar, social e principalmente da

saúde.

A história recente da pesquisa educacional no Brasil, segundo Patto

(1999), tende a se configurar no abandono da quantificação em nome de

procedimentos não estatísticos e qualitativos de coleta e análise de dados, apesar

de não ser garantia não positivista da metodologia. A adoção aos métodos da

Antropologia tem sido um dos recursos mais frequentes dos estudos do/no

cotidiano. No referencial da sociologia da vida cotidiana, a análise da realidade

investigada vai além da mera descrição da rotina das práticas sociais, em geral, e

das relações interpessoais, em particular, mas Trata-se de uma investigação

ampla, que focaliza aspectos da vida social menosprezados pelos filósofos ou

arbitrariamente separados pelas ciências sociais (PATTO, 1999, p.181), na qual

estes aspectos são agrupados, não arbitrariamente, mas segundo uma teoria e

conceitos determinados.

Ao afirmar a intenção de analisar aspectos desta parte da vida social, o

cotidiano da escola, de acordo com a etnografia, recusa-se a possibilidade de

separação entre descrição e interpretação, uma vez que, o trabalho etnográfico

implica em preocupar-se com uma análise holística ou dialética da cultura em

foco, que implica em introduzir os atores sociais com uma participação ativa,

dinâmica e modificadora das estruturas sociais; preocupar-se em revelar as

relações e interações significativas de modo a desenvolver a reflexão sobre a

Page 20: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

ação de pesquisar. Compreendo que o estudo em uma unidade filantrópica não

configura um “estudo de caso”, mas “um estudo sobre o caso”.

A necessidade de realizar estudos da vida cotidiana de posse de

uma teoria social na qual a definição de “sociedade” seja

aplicável a qualquer escala de realidade e de reconhecer os

processos educacionais (Inclusão: a importância do

planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na

práxis dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da

pedagogia no atendimento às crianças portadoras de

necessidades especiais) como parte integrante de formações

sociais historicamente determinadas. (PATTO, 1999, p. 182)

O projeto “Inclusão: a importância do planejamento e da adaptação de

materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da

saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades

especiais” está pautada em valores, concepções e expectativas, onde as

crianças, os educadores, os profissionais da saúde e a comunidade são vistos

como sujeitos históricos importantíssimos para a efetivação dessa perspectiva de

trabalho. Portanto, ela deve ser compreendida sob a ótica do cotidiano, em sua

singularidade. Compreende-se que esse projeto é possível e sua transcendência,

em cada individuo, se constituirá com base nas representações daqueles que

estão envolvidos.

Decidi pela opção metodológica que se situa no âmbito da investigação qualitativa

e se configura, em sua totalidade, como um estudo de caso. Procedimento esse

que me permitirá fazer uma pesquisa de cunho qualitativo, utilizando o Estudo de

Caso.

Segundo Lüdke e André (2000), pesquisa qualitativa é a que se desenvolve em

uma situação natural e rica em descrição, tem um plano aberto e flexível e

focaliza a realidade de uma forma complexa e contextualizada. Esse método,

assim como os demais métodos qualitativos, é útil quando o fenômeno a ser

estudado é amplo e complexo, onde o corpo de conhecimentos existente é

insuficiente para suportar a proposição de questões causais e nos casos em que

o fenômeno não pode ser estudado fora do contexto onde naturalmente ocorre.

Os instrumentos de pesquisa utilizados (planejamentos e materiais pedagógicos

adaptados) serão definidos concomitantemente à construção do problema e à

Page 21: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

construção metodológica, uma vez que utilizei a pesquisa bibliográfica; consulta

documental; pesquisa exploratória; depoimentos e a observação sistemática.

Opção metodológica da pesquisa:

1. Seleção de um “cenário”, ou seja, estabelecer o local onde e quando as

pessoas envolvidas no processo podem ser observadas;

2. Definição do que vai ser documentado na observação e em que casos, ou seja,

identificar quem ou o que observar, quando e por quanto tempo;

3. Treinamento de observadores para fins de padronização dos procedimentos e

determinar, inicialmente, as funções do observador;

4. Observações descritivas e reflexivas que ofereçam uma apresentação geral do

campo observado; planejamento e a metodologia do registro das anotações de

campo;

5. Destaque das observações que contenham aspectos relevantes para as

indagações da pesquisa; registrar aspectos, como descrição dos informantes,

contexto físico, eventos e atividades particulares, e as próprias reações do

observador;

6. Observações seletivas que pretendam, intencionalmente, compreender

aspectos centrais;

7. Durante a observação, se for observador externo, apresentar-se, apresentar-

se, estabelecer relações amistosas, iniciar com objetivos restritos nas primeiras

sessões de observação;

8. Término da observação quando a mesma atingiu um ponto de saturação

teórica, ou seja, outras observações não proporcionariam mais nenhum

conhecimento;

9. Após a observação, informar aos interessados sobre o uso dos dados e a

disponibilidade do estudo.

A atenção seletiva faz parte da metodologia de trabalho desse projeto,

porém o cuidado em não me concentrar apenas naquilo que possa ser

conveniente será fator primordial, para não correr o risco da investigação se

converter apenas em justificativas de minhas formulações e opções teóricas,

relacionadas aos planejamentos e construções de materiais pedagógicos

adaptados.

Page 22: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Nesse contexto as informações serão apresentadas de forma descritiva

sobre a ênfase da Inclusão e a importância do planejamento e da adaptação de

materiais pedagógicos na práxis dos profissionais relacionados às ciências da

saúde e da pedagogia no atendimento às crianças portadoras de necessidades

especiais.

.

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Os envolvidos no processo terão seus nomes ocultados ou serão tratados

por pseudônimos e as questões pertinentes ao contexto das entrevistas, as

observações, os planejamentos e as adaptações dos recursos pedagógicos

adaptados terão caráter fidedigno.

BIBLIOGRAFIA

DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras

na construção do processo de aprendizagem na educação infantil. . Disponível

em: http://www.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/projeto-ludico-simone-

drumond. Acessado em 08/07/2013.

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NIELSEN, L. (1999). Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula - Um

guia para professores. Porto: Porto Editora.

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1988.

Page 23: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

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13/04/90 atualizada até 12/11/2003.

_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº. 9.394/ 1996.

_______. O acesso de alunos com deficiência às Escolas e Classes Comuns da

Rede Regular./ Ministério Público Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de

Melo e Silva (Orgs.) /2ed. rev. e atualiz. –Brasília: Portaria Federal dos Direitos do

Cidadão, 2004, p.7-36.

_______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos

Jurídicos. Lei nº. 7.853/89. Decreto nº. 3.298/99. (Política Nacional para a

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http://portal.mec.gov.br/index... Acesso em: 15/01/13.

CORRÊA, Maria Ângela Monteiro. Educação Especial. V.1 Rio de Janeiro:

Fundação CECIERJ, 2005.

MIRANDA, José Rafael. Habilitação em educação Especial e Formação de

Professores: Questões sobre a política de inclusão. Dissertação de mestrado.

Universidade Católica de Brasília, 2003.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades

educativas especiais. Brasília, CORDE, 1994.

Page 24: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1. Eleição do tema e preparação

do protocolo

x

2. Preparação do protocolo às

autoridades.

x

3. Desenho dos instrumentos que

darão base à pesquisa.

x x

4. Provas dos instrumentos X X

5. Revisão e reprodução dos

instrumentos.

X X

6. Relação de dados. x X X

7. Codificação e tabulação dos

dados

x X X

8. Processamento dos dados X

9. Análise e interpretação dos

resultados.

X

10. Redação de informe final X

11. Apresentação às autoridades. X

12. Defesa oral da dissertação. X

Page 25: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

ANEXOS

Page 26: Projeto inclusão simone helen drumond resgitrado

INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DA ADAPTAÇÃO DE

MATERIAIS PEDAGÓGICOS NA PRÁXIS DOS PROFISSIONAIS RELACIONADOS ÀS

CIÊNCIAS DA SAÚDE E DA PEDAGOGIA NO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS

PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Eu, Simone Helen Drumond Ischkanian, estou pesquisando sobre a importância

do planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos

profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no atendimento

às crianças portadoras de necessidades especiais, com o escopo de analisar qual

a visão dos profissionais relacionados à saúde, educação de convivência proximal

das crianças portadoras de NEEs e de mediar propostas com ênfase no

planejamento e adaptação de materiais pedagógicos.

Informo que assumo o compromisso de que sua identidade permanecerá

confidencial, salvo expressa manifestação em sentido contrário, haja vista a

ocupação de cargos ou posições públicas. Caso o/a senhor (a) decida manifestar

pública a sua opinião, será garantido que a transcrição da entrevista será

submetida a sua apreciação antes de divulgação. Sua participação nessa

pesquisa é fundamental para a elucidação de aspectos importantes sobre a

inclusão das crianças portadoras de NEEs. Porém ela é inteiramente voluntária. A

qualquer momento o/a senhor (a) poderá desistir de continuar a entrevista e só

responderá as perguntas que desejar.

Eu, _________________________________________________, declaro estar

ciente de que entendo os objetivos e condições de participação na pesquisa “a

importância do planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na práxis

dos profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no

atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais” e aceito dela

participar.

( ) Autorizo a identificação de meu nome nas publicações resultantes do referido

projeto.

( ) Não autorizo a identificação do meu nome.

Manaus,........./........../ 2013.

________________________ ________________________

Assinatura do entrevistado Assinatura do entrevistador