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LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR: MARCOS FELICIANO

Prosa e Poesia

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LÍNGUA PORTUGUESAPROFESSOR: MARCOS FELICIANO

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PROSA E POESIA

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Prosa, poesia, poema, verso, estrofe... Você já ouviualguma dessas palavras pelo menos uma vez na sua vida,estou certo? Mas, qual o significado delas? Prosa e poesiasão a mesma coisa? Poesia e poema são sinônimos? Leia otexto no próximo slide, depois conversaremos sobre asdefinições disso tudo.

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DORME RUAZINHA… É TUDO ESCURO!… (Mário Quintana)

Dorme ruazinha… É tudo escuro…E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?Dorme teu sono sossegado e puro,Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos…

Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…Nem guardas para acaso perseguí-los…Na noite alta, como sobre um muro,As estrelinhas cantam como grilos…

O vento está dormindo na calçada,O vento enovelou-se como um cão…Dorme, ruazinha… Não há nada…

Só os meus passos… Mas tão leves são,Que até parecem, pela madrugada,Os da minha futura assombração…

Do livro: Antologia poética para a infância e a juventude, Ed. Henriqueta Lisboa, Rio de janeiro, INL:1961.

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Nesse texto percebemos a expressão dos sentimentos, a visãoparticular de mundo, que revelam as emoções.

É exatamente por este motivo que o classificamos como “poesia”,pois o autor fala da realidade de dentro para fora. Isto quer dizerque cada leitor pode interpretá-la de modo diferente, pois ela seconstitui de um aspecto único – a subjetividade, ou seja, asdiferentes opiniões que as pessoas possuem sobre umdeterminado assunto.

Seu objetivo é o de produzir emoção a linguagem poética, sob oaspecto auditivo e melódico se caracteriza pelo ritmo, bem maisacentuado que na prosa e pela eventual utilização da rima.

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Poema: estrutura formada por versos e estrofes.

Sendo assim, o texto lido é um poema e, ao mesmo tempo,poesia.

Poema x Poesia

Poema: refere-se à forma ou estrutura

Poesia: refere-se ao conteúdo.

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A poesia possui uma voz interna, que chamamos de eu poético oueu lírico, e que expressa o estado de alma proposto pelo autor.

Atenção! Não confunda eu lírico com autor!

Autor: está na realidadeEu lírico: está na ficção do texto literário

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Leia o texto abaixo:

Claridade(Maria Lúcia Simões)

A mulher chegou para o marido com o rostocompletamente iluminado e ele se irritou porque há muito seesquecera como e onde se acendia a luz. E por mais que seesforçasse não conseguiu se lembrar.

A mulher iluminada foi se deitar ao seu lado e ele passou anoite sem dormir porque se acostumara ao escuro.

SIMÕES, Maria Lúcia. Contos contidos. Introdução Valmiki Vilela Guimarães. 2. ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1990, p. 11.

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O texto do slide anterior percebemos, que apesar de não ser umahistória verdadeira, ela tem uma lógica mais completa, pois odesenrolar dos acontecimentos acompanha uma sequência(começo, meio e fim). Outro aspecto é que o autor escreve a partirda sua observação de fora para dentro, por isso podemosconsiderar que se trata de um texto totalmente objetivo, pois elenão permite que façamos múltiplas interpretações, somente uma.

A prosa literária compõe-se de frases que se organizam em um oumais parágrafos que formam um texto.

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Da mesma maneira que a poesia pode ser expressa em um

texto em prosa, a prosa também pode manifestar-se em um

poema.

Há muito tempo, quando a forma poética predominava

como expressão literária, as histórias eram registrada por escrito

na forma de versos. Eram as epopeias, que narravam grandes

feitos heroicos. As epopeias gregas mais famosas são Ilíada e

Odisseia, e a da língua portuguesa é Os Lusíadas.

Não são mais formas de narração tão comuns atualmente,

mas ainda existe no Nordeste brasileiro uma prática denominada

literatura de cordel, que narra história por meio de versos.

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Tolerância zero (Ismael Gaião)

Eu vou falar de Seu LungaUm cabra muito sincero,Que não tolera burriceNem gosta de lero-lero.Tem sempre boas maneiras,Mas se perguntam besteiras,Sua tolerância é zero!

Ao entrar num restauranteLogo depois de sentar,Um garçom lhe perguntou:O Senhor vai almoçar?Lunga disse: não Senhor!Chame o padre, por favor,Vim aqui me confessar.

Lunga tava na paradaCom Renata perto dele.Esse ônibus vai pra praia?Ela perguntou a ele.Ele, então, disse à mulher:- Só se a Senhora tiverUm biquini que dê nele!(...)Pagando contas no BancoLunga viveu um dilemaPois com um talão nas mãos,Ouviu de Pedro Jurema:O Senhor vai usar cheque?- Ele disse: não, moleque,Vou escrever um poema.

Cordel completo em: http://culturanordestina.blogspot.com.br/2009/08/seu-lunga-tolerancia-zero.html

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