Prova da pmmg 2015 resolvida e comentada

Manoel Neves

provas do CFSd resolvidas e comentadas Língua Portuguesa: CFSd/PMMG-2015

PINHEIRO-‐MACHADO. Rosana. Minha empregada é muito abusada. Disponível em: Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/201cminha-‐empregada-‐e-‐ muito-‐abusada201d-‐7617.html. Acesso em: 14 mai. 2014. Adaptado.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/201cminha-empregada-e-%20muito-abusada201d-7617.html

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QUESTÃO 01 prova de língua portuguesa para o CFSd da PMMG-2015

SOLUÇÃO COMENTADA prova de língua portuguesa para o CFSd da PMMG-2015

O artigo de opinião de Rosana Pinheiro-‐Machado discute o problemático relacionamento entre patroas e empregadas com vistas a fazer uma leitura das relações sociais no Brasil do início do século XXI. O recorte feito pela articulista parte da noção daquilo que significa “ser abusada” para uma burguesa que mantém uma doméstica em sua casa.A questão em análise não trata do grau superlativo do adjetivo, mas do significado que o termo em destaque teria no contexto em que foi usado.Nos parágrafo em que tal vocábulo aparece e nos seguintes, a locutora deixa claro que “ser abusada” é ultrapassar os limites imaginados pela patroa. Qualquer comportamento que fugisse do padrão esperado seria abuso. Logo, “algo de superlativo” equivale, aqui, a “algo extremo”.Assinale-‐se, portanto, a alternativa “b”.

teorias que subjazem à construção da questãocompreensão específica, sinonímia



O parágrafo em questão é a conclusão do texto em análise. Nele, a articulista explicita o que espera que venha a acontecer em relação ao tema tratado.Posto que o texto articula-‐se como crítica ao comportamento das patroas, pode-‐se inferir que a expectativa do locutor é que, em um futuro próximo, as empregadas tenham seu trabalho e suas condutas respeitados.Posto isso, deve-‐se assinalar a alternativa “d”.

teorias que subjazem à construção da questãocompreensão global, acarretamento, pressuposição



Comentando as alternativas: a) a recusa dos presentes leva as patroas à indignação [e a chamar as empregadas de abusadas]; b) se tudo o que as empregadas fazem incomoda as patroas, infere-‐se que se espera que as serviçais sejam submissas; c) abusada é a empregada que, de acordo com a patroa, não sabe seu lugar e que foge às expectativas de submissão; d) no sétimo parágrafo, lê-‐se textualmente que as patroas esperam que as empregadas sejam eternamente gratas por receberem restos.Posto isso, deve-‐se assinalar a alternativa “d”.

teorias que subjazem à construção da questãocompreensão específica, acarretamento, pressuposição



A transcrição da fala de outrem, que pode ser feita por intermédio de aspas ou de travessão, é chamada de discurso direto.Assinale-‐se, pois, a letra “a”.

teorias que subjazem à construção da questãotipos de discurso



De acordo com a linha argumentativa adotada pela autora, no momento em que a empregada não aceita receber as roupas doadas pela patroa, está exercendo um direito seu, uma vontade sua. Está, pois, pondo em ação um traço de sua personalidade, ou melhor, externando sua subjetividade. Para a patroa, entretanto, que espera que a empregada seja eternamente grata por tudo, a empregada está sendo abusada.Posto isso, é possível inferir que, ao agirem como acham que devem agir, ou seja, ao externarem suas subjetividades, patroas e empregadas acabam gerando conflitos nas relações trabalhistas. Logo, a subjetividade é prejudicial a nessas relações.Marque-‐se, portanto, a alternativa “c”.

teorias que subjazem à construção da questãoacarretamento



Esta questão requer do candidato a capacidade de traduzir em outras palavras o que o texto diz.As palavras “dar” e “dádiva” possuem proximidade semântica. Ou melhor, quem dá faz uma dádiva.Posto isso, deve-‐se assinalar a alternativa “b”.

teorias que subjazem à construção da questãosinonímia



Não se separa sujeito de verbo por vírgula. Por isso, estão incorretas as frases transcritas nas alternativas “a” e “b”.Orações adverbiais deslocadas devem ser isoladas por vírgula. Logo, estão incorretas as alternativas “b” e “d”.Assinale-‐se, pois, a letra “c”. Em tempo: a vírgula foi usada para separar orações coordenadas adversativas [O “e”, na frase em análise, corresponde a “mas”].

teorias que subjazem à construção da questãopontuação



Só está correta a frase transcrita na alternativa “d”. A justificativa para o uso do acento grave é que, na contexto em análise, ocorreu elipse de expressões como “à moda de”.Análise das demais alternativas: a) se antes da palavra “homem” usou-‐se apenas a preposição “a”, não há motivo para se usar preposição e artigo antes da palavra “mulher”; no padrão formal, teríamos: “A palestra será proferida a homem ou a mulher?”; b) “casa” repele crase; c) palavra masculina repele crase.

teorias que subjazem à construção da questãocrase



Abundante é o verbo que apresenta mais de uma forma de particípio. Veja: “O aluno havia imprimido o trabalho” e “O trabalho estava impresso”. Dentre os verbos fornecidos nos distratores, apenas na alternativa “a” existe verbo abundante: “presa” [O policial havia prendido o meliante/ O meliante foi preso].

teorias que subjazem à construção da questãoverbo



“Preferir” é transitivo direto e indireto [quem prefere, prefere algo a alguma coisa]! Marque-‐se, pois, a letra “b”.As duas orações em que tal verbo foi usado confirmam isso na medida em que se pode observar tanto a presença de complementos não preposicionados (objetos diretos) “o doce” e “o amanhecer” e preposicionados (objetos indiretos) “a salgado” e “ao anoitecer”.O fato de não haver paralelismo na primeira incidência [“Prefiro o doce a salgado”] e de haver intensificador na segunda [“Prefiro mais”] não interfere na transitividade do verbo! Ele continua sendo transitivo direto e indireto!

teorias que subjazem à construção da questãoregência verbal, transitividade verbal



Sabidamente, infinitivo é uma forma nominal em que o verbo apresenta as terminações -‐ar, -‐er, -‐ir e -‐or.Impessoal é o verbo que não apresenta sujeito!Dentre as alternativas fornecidas, só há infinitivo em “a” e em “b”. Na primeira alternativa, infere-‐se que o sujeito de “aprendermos” é “nós” [simples, elíptico ou desinencial]; “esquecer”, entretanto, não apresenta elemento responsável por sua flexão; sendo assim, o primeiro infinitivo é pessoal [tem sujeito] e o segundo é impessoal [não tem sujeito]. Na segunda alternativa, não há elemento responsável pela flexão da forma verbal “olhar”. Trata-‐se, pois, de infinitivo impessoal.Posto isso, marque-‐se a alternativa “b”.

teorias que subjazem à construção da questãoverbo, sujeito, formas nominais do verbo, infinitivo pessoal, infinitivo impessoal



Está no particípio o verbo cuja terminação é -‐ado ou -‐ido. Evidentemente, há verbos cujo particípio não apresenta tais terminações, são os abundantes, discutidos anteriormente nesta mesma prova.Marque-‐se, pois, a alternativa “d”.

teorias que subjazem à construção da questãoformas nominais do verbo, orações reduzidas



Há erro de concordância verbal na alternativa “a”, pois o verbo “ser” não tem sujeito [infinitivo impessoal].Há erro de concordância verbal na alternativa “d”, pois a expressão “haja vista”, quando não sucedida de preposição, ou é invariável [“haja vista”] ou concorda [apenas a forma verbal] com a expressão nominal posposta [“hajam vista”]. Sendo assim, no padrão formal, teríamos: “Haja vista os livros” ou “Hajam vista os livros”.Na alternativa “b”, há erro de concordância nominal, pois “menos”, “alerta”, “abaixo” e “pseudo” nunca variam.Não há erro de concordância verbal na alternativa “c”, pois o verbo “haver” é impessoal [não varia] quando empregado indicando tempo. Em tempo: seria possível assinalar a alternativa “b”, posto que o comando da questão pede que se marque a alternativa em que não há erro de concordância verbal e na frase transcrita nessa alternativa não apresenta erro de concordância verbal.

teorias que subjazem à construção da questãoconcordância verbal

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