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(Para)Textos, Português, 8.º ano Outros textos Oo PT8CDR © Porto Editora 1 (Manual, p. 224) Sereia Seres lendários marinhos, as sereias (ou sirenes) eram divindades que tinham cabeça e busto de mulher, mas possuíam corpo de ave, com asas e garras. A tradição dotou-as, por vezes, de um corpo diferente, mantendo-se a metade humana e a de ave passando a peixe, tornando-as também mais benévolas e nada perigosas. […] As meio-mulher meio-peixe deambulavam pelo mar durante a maior parte do dia, emergindo quando pressentiam a aproximação de navios. Com o seu belo canto, hipnotizador […], atraíam os navios até aos recifes onde estavam, fazendo-os naufragar e devorando de seguida os marinheiros, depois de lhes chupar o sangue. Quando as lendas as tinham como meio-mulher meio-ave, pairavam no ar como gaivotas ou acolhiam-se em penhascos junto ao mar, à espera de marinheiros incautos. Existem, por exemplo, representações do navio de Ulisses com as perigosas sereias a voar em torno dele e cantando as suas belas mas fatais melodias. […] A palavra “sereia”, devido a todas estas lendas, passou a significar mulher perigosamente sedutora, como “voz de sereia” traduz uma voz encantadora ou “ouvir o canto da sereia”, simboliza deixar-se seduzir. Etimologicamente, deriva de um termo grego relacionado com “agarrar”, “seduzir”. […] in Infopédia [Em linha], Porto Editora, 2003-2013, http://www.infopedia.pt/$sereia> (com supressões e consult. em 21-10-2013)

Pt8 sereia

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(Para)Textos, Português, 8.º ano Outros textos

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Porto Editora

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(Manual, p. 224)

Sereia

Seres lendários marinhos, as sereias (ou sirenes) eram divindades que tinham cabeça e busto de mulher, mas possuíam corpo de ave, com asas e garras. A tradição dotou-as, por vezes, de um corpo diferente, mantendo-se a metade humana e a de ave passando a peixe, tornando-as também mais benévolas e nada perigosas. […]

As meio-mulher meio-peixe deambulavam pelo mar durante a maior parte do dia, emergindo quando pressentiam a aproximação de navios. Com o seu belo canto, hipnotizador […], atraíam os navios até aos recifes onde estavam, fazendo-os naufragar e devorando de seguida os marinheiros, depois de lhes chupar o sangue. Quando as lendas as tinham como meio-mulher meio-ave, pairavam no ar como gaivotas ou acolhiam-se em penhascos junto ao mar, à espera de marinheiros incautos. Existem, por exemplo, representações do navio de Ulisses com as perigosas sereias a voar em torno dele e cantando as suas belas mas fatais melodias. […]

A palavra “sereia”, devido a todas estas lendas, passou a significar mulher perigosamente sedutora, como “voz de sereia” traduz uma voz encantadora ou “ouvir o canto da sereia”, simboliza deixar-se seduzir. Etimologicamente, deriva de um termo grego relacionado com “agarrar”, “seduzir”. […]

in Infopédia [Em linha], Porto Editora, 2003-2013, http://www.infopedia.pt/$sereia> (com supressões e consult. em 21-10-2013)

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