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1 CAPÍTULO 1 - Orçamento Público: conceito e antecedentes; orçamento tradicional e orçamento moderno. Evolução do orçamento. Princípios Orçamentários. 1. Orçamento Público: conceito e antecedentes Embora a famosa “Carta Magna” de 1215, imposta pelos barões ingleses ao Rei João Sem Terra, seja um marco na tentativa de restringir o poder tributário da coroa inglesa, é apenas em 1822 que se reconhece o orçamento inglês como uma peça muito assemelhada aos orçamentos atuais. O orçamento público surgiu como instrumento de controle político sobre os gastos do governo, a fim de reduzir ou de evitar o crescimento da carga tributária. Ao final do século XVIII e início do século XIX dominava o pensamento econômico liberal, o qual se opunha à intervenção do Estado na economia. De acordo com os pensadores econômicos liberais, o governo deveria se deter nas funções típicas de estado, tais como: justiça, segurança, forças militares, produção de leis. Impulsionado pelo avanço da Revolução Industrial, o liberalismo, no plano das finanças públicas, cuidou de manter os gastos públicos sob controle por meio de um orçamento que tinha como principal característica identificar os gastos do governo, ou seja, uma peça predominantemente contábil. Este orçamento ficou conhecido como orçamento tradicional. Com o avanço do capitalismo, o crescimento das empresas, que passaram a formar os grandes conglomerados econômicos, a formação dos sindicatos de trabalhadores, a urbanização da população, o capitalismo começa a apresentar suas disfunções, em meados do século XIX e início do século XX. Em contrapartida, a ideologia socialista começa a se popularizar na Europa. A 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918) e a Revolução Russa (1917) marcam um momento de crise do capitalismo, que se acentua com a crise de 1929. Durante a década de 1930, o economista inglês John Maynard Keynes propagou sua teoria econômica que, em linhas gerais, defendia a intervenção do Estado na economia a fim de mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos. Após a 2ª Guerra Mundial, o mundo ficou polarizado militarmente e ideologicamente durante a “Guerra Fria”, o que levou grande parte dos países do ocidente a adotarem a “Política do Bem Estar Social” (Welfare State), originada do pensamento keynesiano. O Welfare State defende a igualdade de oportunidades no acesso à saúde, educação e alimentação, além da regulação da economia por meio da intervenção estatal. A implementação de políticas sociais contribuiu de forma expressiva para o aumento dos gastos públicos nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, levando à crise fiscal dos anos 80 e 90. Com a crise fiscal, surgiram os críticos do modelo keynesiano, entre os quais se pode destacar o economista Milton Friedman, defensor do pensamento econômico liberal. Conquanto a teoria keynesiana tenha perdido sua influência ao final do século XX e início do século XXI, ela recuperou parte de sua importância a partir da crise de 2008, quando os EUA e os principais países europeus adotaram políticas intervencionistas para mitigar os efeitos da crise econômica que se iniciou nos Estados Unidos. Atualmente, a economia norte-americana e as economias da União Européia enfrentam uma crise fiscal, sinalizando que medidas de austeridade fiscal estão a caminho nos próximos anos. 2. Funções do Estado Uma das justificativas para o constante aumento dos gastos públicos é a assunção, por parte do Estado, de novas funções: alocativa, distributiva e estabilizadora. Função alocativa A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos em que não houver a necessária eficiência por parte do sistema de mercado. Como principais exemplos, podem-se citar os investimentos em infraestrutura e a provisão de bens públicos e bens meritórios. O bem privado típico possui três características básicas: (i) os benefícios estão limitados a um consumidor; (ii) há rivalidade no consumo desse bem; e (iii) o consumidor é excluído no caso de não pagamento. O bem público típico “segurança pública” não tem sua fruição limitada a um consumidor, seu consumo por um cidadão não reduz a quantidade do mesmo bem fruível por outra pessoa. O cidadão não é excluído no caso de não pagamento. Os benefícios do bem público típico não se limitam a um único consumidor e nem podem ser recusados por ele. Para a alocação de recursos públicos aos bens públicos, o processo político substitui o sistema de mercado. Em alguns casos o Estado emprega recursos públicos na provisão de bens com todas as características de bens privados. Tal situação se justifica em razão das “externalidades positivas”, ou seja, os benefícios que se difundem pela coletividade são de maior importância que o ganho individual pela fruição do bem. A educação é um dos melhores exemplos de bem meritório, pois os benefícios, para a sociedade, decorrentes de um maior nível de escolaridade da população justificam a aplicação de recursos públicos na sua provisão. Função Distributiva Consiste na atuação do Estado para reduzir as desigualdades sociais e interregionais.

Questões de administração financeira e orçamentária (afo) pass aki - apostila

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  • 1. 1CAPTULO 1 - Oramento Pblico: conceito e antecedentes; Com a crise fiscal, surgiram os crticos do modelo keynesiano, entreoramento tradicional e oramento moderno. Evoluo do os quais se pode destacar o economista Milton Friedman, defensororamento. Princpios Oramentrios. do pensamento econmico liberal. Conquanto a teoria keynesiana tenha perdido sua influncia ao final1. Oramento Pblico: conceito e antecedentesdo sculo XX e incio do sculo XXI, ela recuperou parte de sua importncia a partir da crise de 2008, quando os EUA e os principais pases europeus adotaram polticas intervencionistas para mitigar osEmbora a famosa Carta Magna de 1215, imposta pelos baresefeitos da crise econmica que se iniciou nos Estados Unidos.ingleses ao Rei Joo Sem Terra, seja um marco na tentativa derestringir o poder tributrio da coroa inglesa, apenas em 1822 que Atualmente, a economia norte-americana e as economias da Uniose reconhece o oramento ingls como uma pea muitoEuropia enfrentam uma crise fiscal, sinalizando que medidas deassemelhada aos oramentos atuais. austeridade fiscal esto a caminho nos prximos anos.O oramento pblico surgiu como instrumento de controle polticosobre os gastos do governo, a fim de reduzir ou de evitar o2. Funes do Estadocrescimento da carga tributria.Ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX dominava o Uma das justificativas para o constante aumento dos gastos pblicospensamento econmico liberal, o qual se opunha interveno do a assuno, por parte do Estado, de novas funes: alocativa,Estado na economia. De acordo com os pensadores econmicos distributiva e estabilizadora.liberais, o governo deveria se deter nas funes tpicas de estado,tais como: justia, segurana, foras militares, produo de leis. Funo alocativaImpulsionado pelo avano da Revoluo Industrial, o liberalismo, noA atividade estatal na alocao de recursos justifica-se naquelesplano das finanas pblicas, cuidou de manter os gastos pblicos casos em que no houver a necessria eficincia por parte dosob controle por meio de um oramento que tinha como principal sistema de mercado. Como principais exemplos, podem-se citar oscaracterstica identificar os gastos do governo, ou seja, uma pea investimentos em infraestrutura e a proviso de bens pblicos epredominantemente contbil. Este oramento ficou conhecido comobens meritrios.oramento tradicional. O bem privado tpico possui trs caractersticas bsicas: (i) osCom o avano do capitalismo, o crescimento das empresas, que benefcios esto limitados a um consumidor; (ii) h rivalidade nopassaram a formar os grandes conglomerados econmicos, a consumo desse bem; e (iii) o consumidor excludo no caso de noformao dos sindicatos de trabalhadores, a urbanizao da pagamento.populao, o capitalismo comea a apresentar suas disfunes, emmeados do sculo XIX e incio do sculo XX. Em contrapartida, aO bem pblico tpico segurana pblica no tem sua fruioideologia socialista comea a se popularizar na Europa.limitada a um consumidor, seu consumo por um cidado no reduz a quantidade do mesmo bem fruvel por outra pessoa. O cidado noA 1 Guerra Mundial (1914 1918) e a Revoluo Russa (1917) excludo no caso de no pagamento. Os benefcios do bem pblicomarcam um momento de crise do capitalismo, que se acentua com atpico no se limitam a um nico consumidor e nem podem sercrise de 1929. recusados por ele. Para a alocao de recursos pblicos aos bens pblicos, o processo poltico substitui o sistema de mercado.Durante a dcada de 1930, o economista ingls John MaynardKeynes propagou sua teoria econmica que, em linhas gerais,Em alguns casos o Estado emprega recursos pblicos na provisodefendia a interveno do Estado na economia a fim de mitigar os de bens com todas as caractersticas de bens privados. Tal situaoefeitos adversos dos ciclos econmicos.se justifica em razo das externalidades positivas, ou seja, os benefcios que se difundem pela coletividade so de maiorAps a 2 Guerra Mundial, o mundo ficou polarizado militarmente eimportncia que o ganho individual pela fruio do bem.ideologicamente durante a Guerra Fria, o que levou grande partedos pases do ocidente a adotarem a Poltica do Bem Estar Social A educao um dos melhores exemplos de bem meritrio, pois os(Welfare State), originada do pensamento keynesiano. benefcios, para a sociedade, decorrentes de um maior nvel de escolaridade da populao justificam a aplicao de recursosO Welfare State defende a igualdade de oportunidades no acesso pblicos na sua proviso.sade, educao e alimentao, alm da regulao da economia pormeio da interveno estatal. A implementao de polticas sociaiscontribuiu de forma expressiva para o aumento dos gastos pblicosnos anos seguintes Segunda Guerra Mundial, levando crise Funo Distributivafiscal dos anos 80 e 90. Consiste na atuao do Estado para reduzir as desigualdades sociais e interregionais.

2. 2O oramento tambm um instrumento de distribuio de renda, na Este tipo de oramento tem como desvantagem a dificuldade paramedida em que as pessoas ou regies de maior renda contribuemconduo de programas plurianuais, ou seja, planos que necessitemcom mais recursos para o financiamento das polticas sociais.de mais de um exerccio financeiro para apresentar os resultados que justifiquem seu prosseguimento.Funo EstabilizadoraA funo estabilizadora se detm em manter sob controle asprincipais variveis econmicas: emprego, crescimento inflao.Oramento-programaO oramento pblico um importante instrumento da polticaO oramento-programa apresenta como principal caracterstica aestabilizadora. Os gastos pblicos influem na demanda agregada,vinculao entre planejamento e oramento. De acordo com apodendo impactar nos nveis de crescimento e de preos. Otcnica do oramento-programa, os gastos do governo devem seroramento pblico importante ferramenta de poltica fiscal, na orientados por um plano que tenha por objetivo resolver ummedida em que pode aumentar ou reduzir os gastos pblicos a fimproblema ou atender a uma necessidade da sociedade. Osde contribuir mais ou menos para o crescimento da economia.programas so implementados por meio de aes, as quais constaro da lei oramentria.A funo estabilizadora tambm cumprida por meio da regulaoda oferta de moeda (poltica monetria) s necessidades da Esta espcie de oramento preocupa-se com o objetivo do gasto, oeconomia.qual traduzido em metas, que so mensuradas por meio de indicadores que constam do plano governamental.3. Oramento Tradicional e Oramento Moderno Em termos prticos, pode-se afirmar que o programa o elemento integrador entre o planejamento e o oramento pblicos, pois as aes que constituiro as despesas oramentrias so o esforoConforme j abordado, o oramento tradicional tinha como concretizador dos programas que compem o planejamento dopreocupao central o controle dos gastos pblicos, visando ao governo.controle do aumento dos tributos. A lei n 4.320/64, apesar de referir-se a programas de trabalho emNeste tipo de oramento, prevalece o incrementalismo nodiversos de seus dispositivos, no criou as condies formais eatendimento das necessidades financeiras das unidadesmetodolgicas necessrias para a implantao do oramento-organizacionais, o que mostra sua nfase na classificaoprograma no Brasil.institucional da despesa. No h a preocupao com a fixao deobjetivos e metas. O oramento tradicional uma mera pea A primeira norma federal a estabelecer a obrigatoriedade nacontbil, que d nfase aos meios de que o Poder Pblico se utilizaelaborao sistemtica de planos de governo foi o Decreto -na sua atuao (Lei de Meios). lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispondo sobre a organizao da administrao federal e estabelecendo diretrizesO oramento tradicional, de carter liberal, busca ser neutro, sob o para a reforma administrativa, o referido decreto-lei define oponto de vista econmico.planejamento como princpio fundamental: Art. 6 As atividades da Administrao Federal obedecero aos seguintes princpios fundamentais:Oramento de DesempenhoI - Planejamento.O oramento de desempenho representa uma evoluo dooramento tradicional no sentido de se buscarem resultados a partir (...)da execuo oramentria.Entretanto, ainda carece de um planejamento central, sendo ainda As bases da institucionalizao e da integrao do planejamentoincipiente a vinculao entre planejamento e oramento.com o oramento e execuo financeira esto assim disciplinadas: Art. 7 A ao governamental obedecer a planejamento que vise a promover o desenvolvimento econmico-social do Pas e aOramento Base Zero ou por Estratgiasegurana nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na forma do Ttulo III, e compreender a elaborao eO oramento Base Zero caracteriza-se pela necessidade da atualizao dos seguintes instrumentos bsicos:recorrente validao dos gastos efetuados pelos rgosgovernamentais.a) plano geral de govrno;De acordo com esta tcnica, gastos passados no justificam futuros b) programas gerais, setoriais e regionais, de durao plurianual;dispndios, ou seja, no h direitos adquiridos no oramento. 3. 3c) oramento-programa anual; mantendo a iniciativa privativa do Poder Executivo em matria oramentria.d) programao financeira de desemblso. (grifo nosso)O oramento-programa hoje o paradigma de oramento moderno 5. Princpios Oramentrioso modelo empregado atualmente no Brasil. i. UNIVERSALIDADEii. UNIDADE OU TOTALIDADE iii. ANUALIDADEOramento Participativoiv.LEGALIDADEv.ORAMENTO BRUTOO oramento participativo caracteriza-se pela atuao direta da vi.ESPECIFICAOpopulao na elaborao do oramento. No se trata de modelo quevii.EQUILBRIOse ope ao oramento-programa, mas uma forma de a sociedadeviii. EXCLUSIVIDADEcontribuir com o Poder Executivo na elaborao da proposta ix.NO AFETAOoramentria.x.PUBLICIDADE xi.NO ESTORNONo Brasil, destaca-se a experincia da Prefeitura de Porto Alegre naimplementao do oramento participativo. A Lei de 5.1.UNIVERSALIDADE (LEI 4.320/64, ART. 3 E 4)Responsabilidade Fiscal determina que devem ser incentivadas aparticipao popular e a realizao de audincias pblicas duranteos processos de elaborao das leis oramentrias. Contudo, a O princpio oramentrio da universalidade, estabelecido pelosCF/88 deixa claro que a iniciativa em matria oramentria cabeartigos 2, 3 e 4 da Lei n 4.320, de 1964, recepcionado eprivativamente ao Poder Executivo. normatizado pelo 5 do art. 165 da Constituio, determina que a LOA de cada ente federado dever conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, rgos, entidades, fundos e4. Oramento nas constituies brasileiras fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico. Vejamos o texto da Lei n 4.320/64:Alguns autores consideram a Lei de 14 de dezembro de 1827 comoa primeira lei de oramento no Brasil. A Constituio de 1824 Art. 3 A Lei de Oramentos compreender tdas as receitas,atribua ao Executivo a competncia para elaborao da proposta inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei.oramentria, cuja aprovao caberia Assemblia Geral (Cmarados Deputados e Senado). Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as operaes de crdito por antecipao da receita, as emisses deCom a Constituio de 1891, a elaborao do oramento passou a papel-moeda e outras entradas compensatrias, no ativo e passivoser funo privativa do Congresso Nacional, o que, de fato, nuncafinanceiros. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)ocorreu, pois a proposta era concebida no gabinete do Ministro daFazenda. Art. 4 A Lei de Oramento compreender tdas as despesas prprias dos rgos do Govrno e da administrao centralizada, ouNa Constituio de 1934 a competncia para elaborao da que, por intermdio dles se devam realizar, observado o dispostoproposta oramentria era do Poder Executivo, cabendo ao Poder no artigo 2.Legislativo a votao do oramento.A partir da instaurao do regime autoritrio, que gerou a 5.2. UNIDADE OU TOTALIDADE (LEI 4.320/64, ART. 2)Constituio de 1937, o oramento passou a ser elaborado edecretado pelo Presidente da Repblica.O princpio oramentrio da unidade ou totalidade, previsto pelo caput do art. 2 da Lei n 4.320, de 1964, determina a existncia de oramento nico para cada um dos entes federados Unio,A redemocratizao do pas, com a Constituio de 1946, trouxe de Estados, Distrito Federal e Municpios com a finalidade de se evitarvolta o oramento misto (elaborado pelo Poder Executivo e aprovado mltiplos oramentos paralelos dentro da mesma pessoa poltica.pelo Poder Legislativo). Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, emA Constituio outorgada de 1967 retirou prerrogativas do Podercada exerccio financeiro, devem integrar um nico documento legalLegislativo quanto iniciativa de leis ou emendas que criassem ou dentro de cada esfera federativa: a LOA (Lei Oramentria Anual).aumentassem despesas, inclusive emendas ao projeto de lei dooramento. A Emenda Constitucional n 1, de 1969, manteve os Cabe aqui registrar que a definio supramencionada aquela que consta do Manual Tcnico de Oramento (MTO).dispositivos sobre o oramento, constantes da Constituio de 1967. James Giacomoni ensina que o princpio da totalidade seria umaA Constituio de 1988 devolveu ao Poder Legislativo a prerrogativaevoluo do princpio da unidade, posto que, no Brasil, a LOAde propor emendas de despesa ao projeto de lei de oramento, engloba trs oramentos: Fiscal, Seguridade Social e de 4. 4Investimentos das Estatais. Diante desta estruturao dada pela5.5. ORAMENTO BRUTO (LEI 4.320/64, ART. 6)Constituio de 1988 LOA, o citado autor, entre outros, defendeque no Brasil se aplica o princpio da totalidade ao invs da unidade. Este princpio determina que as receitas e despesas devem constar do oramento por seus valores totais, sendo vedadas quaisquerO MTO adotou a posio de que os princpios da unidade etotalidade correspondem ao mesmo conceito. compensaes ou apresentao de valores lquidos de receitas ou despesas. Vejamos o texto do art. 6 da Lei n 4.320/64:5.3. ANUALIDADE (LEI 4.320/64, ART. 2) Art. 6 Tdas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues.O princpio oramentrio da anualidade ou periodicidade, estipuladopelo caput do art. 2 da Lei n 4.320, de 1964, delimita o exerccio (...)financeiro oramentrio: perodo de tempo ao qual a previso dasreceitas e a fixao das despesas registradas na LOA iro se referir. Este princpio tem como principal objetivo preservar a transparnciaSegundo o art. 34 da Lei n 4.320, de 1964, o exerccio financeiro das contas pblicas, que se perderia se fosse permitida acoincidir com o ano civil e, por isso, ser de 1 de janeiro a 31 deapresentao de valores lquidos nas leis oramentrias.dezembro de cada ano. 5.6. ESPECIFICAOA CF/88 traz a seguinte exceo a este princpio: O princpio da especificao veda a incluso de dotaes globais noart. 167 (...)oramento. Esta prtica, embora defendida por alguns, em face de gerar uma possvel flexibilidade administrativa, prejudica o controle 2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no dos gastos pblicos.exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato deautorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele Ele est enunciado no art. 5 da Lei n 4.320/64:exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, seroincorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente. Art. 5 A Lei de Oramento no consignar dotaes globaisNeste ponto do nosso curso apenas devemos saber que os crditosdestinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,especiais e extraordinrios, assim como os crditosmaterial, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras,suplementares, so espcies do gnero crditos adicionais. ressalvado o disposto no artigo 20 e seu pargrafo nico.5.4. LEGALIDADE (CF/88, ART. 165)Art. 20. Os investimentos sero discriminados na Lei de Oramento segundo os projetos de obras e de outras aplicaes.Este princpio determina que o oramento de ser uma lei, propostapelo Poder Executivo ao Poder Legislativo. O artigo 165 da CF/88 Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normasfundamenta este princpio: gerais de execuo da despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as Despesas de Capital. (grifo nosso).Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: Como se pode ver o pargrafo nico do art. 20 da Lei n 4.320/64I - o plano plurianual;representa exceo a este princpio. A ttulo de exemplo, podemos citar alguns gastos das Foras Armadas, que, em razo da preservao da segurana nacional, so atendidos por dotaesII - as diretrizes oramentrias; globais. Outro exemplo comum so os gastos com os programas de proteo a testemunhas, que, por razes bvias, no devem serIII - os oramentos anuais. (grifo nosso) detalhados.Este foi um dos primeiros princpios oramentrios a surgir, pois, Outra exceo ao princpio da especificao a Reserva decom o advento da Repblica, o administrador dos recursos pblicosContingncia, fonte de recursos para fazer face a passivospassa a prescindir da autorizao dos representantes do povo contingentes, por exemplo. A Lei de Responsabilidade Fiscal(parlamento) para gastar o dinheiro pblico. determina sua incluso na LOA:A discusso e aprovao das leis oramentrias (PPA, LDO, LOA eArt. 5o O projeto de lei oramentria anual, elaborado de formaleis de crditos adicionais) pelo Poder Legislativo, permitem-lhecompatvel com o plano plurianual, com a lei de diretrizesconhecer previamente (e autorizar ou no) os dispndios a seremoramentrias e com as normas desta Lei Complementar:realizados pela Administrao Pblica. (...) 5. 5III - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e Outro aspecto relevante atentar para as excees, pois, como semontante, definido com base na receita corrente lquida, seroverifica da leitura do dispositivo constitucional, caso o montante dasestabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, destinada ao: operaes de crdito seja superior s despesas de capital, taisdespesas oramentrias devero ser autorizadas mediante crditosa) (VETADO) suplementares e especiais aprovados por maioria absoluta e comdestinao especfica. Esta a nica hiptese em que uma leioramentria dever ser aprovada por maioria absoluta.b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventosfiscais imprevistos.A LRF trouxe comando similar em seu artigo 12, 2, porm, foiobjeto da ADIN 2.238-5, que o suspendeu liminarmente.Pode-se verificar que a Reserva de Contingncia, na verdade, umadespesa fixada na LOA e que no ser executada, pois sua funo servir como fonte de recursos para outras despesas oramentrias. art. 12 (...)Portanto, trata-se de uma dotao global, visto que no h como seidentificar previamente onde ser aplicada. 2o O montante previsto para as receitas de operaes de crditono poder ser superior ao das despesas de capital constantes doprojeto de lei oramentria. (Vide ADIN 2.238-5)5.7. EQUILBRIOAinda na LRF, encontramos o artigo 44, o qual dispe sobre aaplicao de recursos obtidos a partir da alienao de ativos (bens eO princpio do equilbrio determina que o total das receitasdireitos) pblicos:oramentrias previstas deve ser igual ao total das despesasoramentrias fixadas, na LOA.Art. 44. vedada a aplicao da receita de capital derivada daalienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico paraEntretanto, no Brasil, este equilbrio pode esconder dficits o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por leioramentrios, pois o conceito de receita oramentria adotado pela aos regimes de previdncia social, geral e prprio dosLei n 4.320/64 engloba os recursos financeiros obtidos por meio de servidores pblicos. (grifo nosso).operaes de crdito (desde que no sejam por Antecipao daReceita Oramentria ARO).Alguns autores enunciam este artigo como a Regra de Ouro da LRF.Neste contexto, o oramento pode ser equilibrado por meio deoperaes de crdito.5.8. EXCLUSIVIDADE (CF/88, ART. 165, 8)Entretanto, a realizao de operaes de crdito tem comoconseqncia natural o aumento da dvida pblica, um dos principais O princpio da exclusividade veda a incluso, em leis oramentrias,problemas relacionados poltica fiscal de um ente poltico. de matrias estranhas a este tema. Entretanto, devemos ressaltarsuas duas excees:A CF/88, em seu artigo 167, III determina que a receita deoperaes de crdito no poder superar as despesas de capital- autorizao para abertura de crditos suplementares; efixadas no oramento:- autorizao para contratao de operao de crdito, inclusivepor antecipao de receita (ARO).Art. 167. So vedados:Vejamos o texto constitucional:(...)art. 165 (...)III - a realizao de operaes de crditos que excedam o montantedas despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante 8 - A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo naaprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares econtratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao deTal comando constitucional ficou consagrado pela doutrina como oreceita, nos termos da lei.nome de Regra de Ouro e tem como objetivo evitar que a dvidapblica cresa de forma mais rpida que o endividamento pblico.O princpio da exclusividade tem como objetivo evitar as caudasEsta concluso possvel se considerarmos que, em regra, asoramentrias, ou seja, a insero, em leis oramentrias, dedespesas de capital contribuem para o aumento do patrimniomatrias estranhas ao oramento. Tais caudas ficaram famosaspblico (so despesas oramentrias no-efetivas e, por isso, soacompanhadas do registro de uma variao ativa oramentria, ou por gerarem, no dizer de Ruy Barbosa, verdadeiros oramentosseja, de uma mutao ativa).rabilongos.Importante ressaltar que a Regra de Ouro no probe a aplicao dereceitas de operaes de crdito em despesas correntes. 6. 65.9. NO AFETAO OU DA NO VINCULAO (CF/88, ART. 1 O disposto no caput deste artigo no reduzir a base de clculo167, IV) das transferncias a Estados, Distrito Federal e Municpios na forma dos arts. 153, 5; 157, I; 158, I e II; e 159, I, a e b; e II, daO princpio da no afetao das receitas determina que vedada aConstituio, bem como a base de clculo das destinaes a que se refere o art. 159, I, c, da Constituio. (Redao dada pela Emendavinculao da receita de impostos a fundo, rgo ou despesa. Constitucional n 42, de 19.12.2003)Entretanto, este princpio comporta vrias excees, todas deestatura constitucional, ou seja, para se vincular a receita de um 2o Excetua-se da desvinculao de que trata o caput deste artigoimposto necessria a aprovao de uma emenda constituio. a arrecadao da contribuio social do salrio-educao a que se refere o art. 212, 5o, da Constituio. (Includo pela EmendaVejamos as excees ao princpio da no afetao:Constitucional n 27, de 2000) repartio tributria de impostos (arts. 158 e 159 da 3 Para efeito do clculo dos recursos para manuteno eCF/88);desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituio, o destinao de recursos para aes e servios percentual referido no caput deste artigo ser de 12,5 % (dozepblicos de sade; inteiros e cinco dcimos por cento) no exerccio de 2009, 5% (cinco por cento) no exerccio de 2010, e nulo no exerccio de 2011. manuteno e desenvolvimento do ensino; (Includo pela Emenda Constitucional n 59, de 2009) realizao das atividades da administrao tributria; prestao de garantia s operaes de crdito por Como se pode verificar a partir do art. 76 do ADCT, a vinculao ficaantecipao de receita (ARO); reduzida, em regra, em 20%, ou seja, o percentual de vinculao prestao de garantia ou contragarantia Unio e incidir sobre 80% da receita arrecadada, ressalvados os casospara pagamento de dbitos para com esta. previstos na CF/88.Tais excees se encontram no inciso IV e no 4, ambos do art. 5.10. PUBLICIDADE167 da CF/88. Vejamos: O princpio oramentrio da publicidade a base da atividade daart. 167. So vedados:Administrao Pblica no regime democrtico, previsto pelo caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Aplica-se ao oramento pblico,(...)pelas disposies contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o oramento pblico de forma ampla sociedade; publicar relatrios sobre a execuoIV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa,oramentria e a gesto fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa,ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos ainformaes sobre a arrecadao da receita e a execuo daque se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para asdespesa.aes e servios pblicos de sade, para manuteno edesenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da O princpio da publicidade tambm deve ser visto sob o aspecto daadministrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos divulgao dos atos do governo via imprensa oficial.arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias soperaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 5.11. NO ESTORNO (CF/88, ART. 167, VI)165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003) Este princpio veda a transposio, o remanejamento ou a(...)transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. 4. permitida a vinculao de receitas prprias geradas pelosimpostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de queTem por objetivo evitar que os gastos aprovados pelo Podertratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestao deLegislativo seja alterados pelo administrador, o que tornaria incua a funo fiscalizadora do parlamento.garantia ou contragarantia Unio e para pagamento de dbitospara com esta. (Includo pela Emenda Constitucional n 3, de 1993) Vejamos o texto constitucional:Dada a grande vinculao de receitas no Brasil, a EC n 56 de 2007prorrogou a Desvinculao de Receitas da Unio (DRU) at 31 de Art. 167. So vedados:dezembro de 2011. Vejamos o que diz o artigo 76 do Ato dasDisposies Constitucionais Transitrias (ADCT): (...)Art. 76. desvinculado de rgo, fundo ou despesa, at 31 de VI - a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursosdezembro de 2011, 20% (vinte por cento) da arrecadao da Uniode uma categoria de programao para outra ou de um rgo parade impostos, contribuies sociais e de interveno no domnio outro, sem prvia autorizao legislativa;econmico, j institudos ou que vierem a ser criados at a referidadata, seus adicionais e respectivos acrscimos legais. (Redaodada pela Emenda Constitucional n 56, de 2007) 7. 7EXERCCIOSE) O processo oramentrio deve ser dissociado dos processos deplanejamento e programao.1. (FGV - BADESC Analista Administrativo 2010) As alternativas aseguir apresentam caractersticas do oramento-programa, 8. (CESPE - MPU TCNICO DE ORAMENTO 2010) Oexceo de uma. Assinale-a. oramento tradicional tinha como funo principal a de possibilitar aoparlamento discutir com o rgo de execuo as formas de(A) O oramento-programa aloca recursos para a consecuo deplanejamento relacionadas aos programas de governo, visando aoobjetivos e metas.melhor aproveitamento dos recursos, com base nos aspectos(B) O oramento-programa adota, como principal critrio derelativos a custo/benefcio.classificao, o funcional-programtico.(C) O oramento-programa usa sistematicamente indicadores e 9. (CESPE - MPU TCNICO DE ORAMENTO 2010) De acordopadres de medidas de desempenho. com o conceito de oramento-programa, devem-se valorizar o gasto(D) A estrutura do oramento-programa voltada para os aspectospblico e o que o governo adquire, em detrimento do que seadministrativos e de planejamento.pretende realizar.(E) A elaborao do oramento-programa considera asnecessidades financeiras das unidades organizacionais.10. (CESPE - ABIN AGENTE TCNICO DE INTELIGNCIA2. (CESPE - MTE ADMINISTRADOR 2008) O incrementalismo ADMINISTRAO 2010) O oramento de base zero tem a grandeoramentrio desvirtua ou compromete a desejvel integrao entre vantagem de permitir a elaborao de proposta oramentria poro planejamento e o oramento. De acordo com essa sistemtica, a meio de processo mais clere e menos oneroso para os rgosbase formada pelos programas j introduzidos no oramento tende pblicos.a perpetuar-se, com pequenos incrementos, compreendendo amaior parte dos recursos. Alguns autores denominam essatendncia de resistncia mudana, reviso dos objetivos,11. (CESPE - ABIN OFICAL TCNICO DE INTELIGNCIAdiretrizes e metas, como inrcia ou inercialidade.ADMINISTRATIVO 2010) De acordo com a concepo tradicional, ooramento pblico caracterizado como mero inventrio dos meios3. (CESPE - STF ANALISTA ADMINISTRATIVO 2008) A adoocom os quais o Estado conta para cumprir suas tarefas, sendo asdo oramento moderno est associada concepo do modelo defunes de alocao, distribuio e estabilizao relegadas aEstado que, desde antes do final do sculo XIX, deixa desegundo plano.caracterizar-se por mera postura de neutralidade, prpria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir asimperfeies do mercado e promover o desenvolvimento econmico. 12. (FGV - SF Analista Legislativo Administrao 2008) Na forma daLei 4320/64, correto afirmar que:4. (CESPE - TST ANALISTA ADMINISTRATIVO 2008) O (A) a Lei de Oramento compreender todas as receitas, inclusive asoramento pblico passa a ser utilizado sistematicamente como de operaes de crdito por antecipao de receitas autorizadas eminstrumento da poltica fiscal do governo a partir da dcada de 30 do lei.sculo XX, por influncia da doutrina keynesiana, tendo funo(B) todas as receitas e despesas constaro na Lei Oramentriarelevante nas polticas de estabilizao da economia, na reduo ou Anual pelos seus totais, deduzidas as parcelas relativas sexpanso do nvel de atividade. compensaes de obrigaes.(C) a Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas5. (CESPE - TST ANALISTA ADMINISTRATIVO 2008) A utilizaoa atender indiferentemente a despesas de pessoal, material,da poltica oramentria para os propsitos de estabilizaoservios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, semeconmica implica promover ajustes no nvel da demanda agregada,excees.expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrncia de(D) a Lei de Oramento compreender todas as despesas prpriasdeficits ou superavits. dos rgos do Governo e da Administrao centralizada edescentralizada ou que, por intermdio deles se devam realizar.(E) a Lei de Oramento conter a discriminao da receita e6. (CESPE - TST ANALISTA ADMINISTRATIVO 2008) O despesa de forma a evidenciar a poltica econmico-financeira e ooramento-programa se diferencia do oramento incremental peloprograma de trabalho do Governo, obedecidos os princpios defato de que este ltimo pressupe uma reviso contnua da estrutura unidade, universalidade e anualidade.bsica dos programas, com aumento ou diminuio dos respectivosvalores.13. (SF Consultor de Oramento 2008) A lei 4320/64 consagraprincpios oramentrios que cuidam de aspectos substanciais a7. (CESPE - SAD/PE APO 2010) Acerca dos mtodos, tcnicas e serem observados na elaborao do oramento. Em relao aoinstrumentos do oramento pblico, assinale a opo correta.princpio da especificao assinale a afirmativa correta.A) O oramento por desempenho caracteriza-se pela forte (A) As receitas e despesas devem aparecer no oramento devinculao ao sistema de planejamento.maneira discriminada de tal forma que se possa saber,B) O oramento clssico ou tradicional tem nfase naquilo que a pormenorizadamente, a origem dos recursos, bem como a suainstituio realiza, no no que ela gasta.aplicao.C) O oramento participativo , atualmente, a tcnica oramentria(B) O oramento deve ser elaborado de maneira a conter todas asadotada pela Unio. receitas e despesas pblicas, sem quaisquer dedues ouD) O oramento-programa tem como principais critrios compensaes entre devedores e credores.classificatrios o funcional e o programtico.(C) A lei oramentria anual dever conter apenas matriapertinente ao oramento pblico, excluindo-se quaisquer dispositivos 8. 8estranhos previso da receita e fixao das despesas,C) Especificidaderessalvados os casos previstos na legislao.D) Periodicidade(D) O oramento compreende uma unidade que abrange as receitas E) Exclusividadee despesas de todos os Poderes e rgos da Administrao Pblicapelos seus totais, observada a discriminao quanto aos aspectosfiscais, sociais e previdencirios.(E) As receitas no podero ter vinculao com quaisquer despesas, 17. (FGV DETRAN-RN ASSESSOR TCNICO REArgos ou fundos, ressalvada a vinculao prevista para as ADMINISTRATIVA 2010) O Oramento Pblico o planejamentodespesas com educao, sade e assistncia social. feito pela Administrao Pblica para atender, durante determinado perodo, os planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos.14. (FGV - TCM/RJ Auditor 2008) Assinale a afirmativa correta. Dentre os princpios oramentrios, assinale o que afirma que a Lei Oramentria Anual no conter dispositivo estranho (A) O princpio da proibio do estorno est consagrado na previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo naConstituio de 88.proibio a autorizao para abertura de crditos(B) A lei de oramento consignar dotaes globais destinadas asuplementares e contratao de operaes de crdito, aindaatender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios que por antecipao de receita:de terceiros, transferncias ou quaisquer outras.(C) So princpios oramentrios: exclusividade, transparncia,A) Especificao.legalidade, anualidade e anterioridade.B) Universalidade.(D) A liquidao de despesas consiste no pagamento ou na inscrio C) Exclusividade.em restos a pagar. D) Unidade. E) No-afetao.(E) A determinao de que os oramentos sejam aprovados por leiformal se pauta no princpio da exclusividade. 18. (FGV DETRAN-RN ASSESSOR TCNICO REA15. (FGV - TCM/RJ Auditor 2008) A respeito dos Princpios de ADMINISTRATIVA 2010) O Oramento Pblico surgiu para atuarDireito Financeiro, assinale a afirmativa incorreta. como instrumento de controle das atividades financeiras do governo. So considerados princpios oramentrios, EXCETO:(A) O princpio da unidade oramentria, expressamente previsto naConstituio de 1988, significa que o oramento, para ser mais A) Unidade e universalidade.eficaz, dever ser elaborado em um documento legal nico.B) Anualidade e exclusividade.(B) Com base no princpio da legalidade, a Constituio de 1988C) Especificao e publicidade.disciplina o aspecto formal em que deve ser pautado o sistemaD) Equilbrio financeiro, oramento bruto e no-afetao.oramentrio, reservando ao Poder Executivo a competnciaE) Eficincia e eficcia.privativa para encaminhar o projeto de lei oramentria anual.(C) A vedao quanto transposio, ao remanejamento ou 19. (CESPE CNPQ ASSISTENTE I 2011) O princpiotransferncia de recursos de uma categoria de programao para oramentrio da totalidade determina que haja um oramento nicooutra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa, para cada um dos entes federados, com a finalidade de se evitar a considerado pela doutrina como princpio da proibio de estorno.ocorrncia de mltiplos oramentos paralelos internamente mesma(D) A Constituio de 1988 veda, com as devidas ressalvas, a pessoa poltica.vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa.(E) A afirmativa de que a lei oramentria anual no conter 20. (CESPE ANALISTA ADMINISTRATIVO PREVIC 2011) Adispositivo estranho previso da receita e fixao da despesalegislao brasileira, ao admitir a existncia do oramento daexterioriza o princpio da exclusividade oramentria. seguridade social e do oramento fiscal, viola o princpio da totalidade oramentria.16. (FGV CAERN ADMINISTRADOR 2010) A Constituio da 21. (CESPE ANALISTA ADMINISTRATIVO PREVIC 2011) DosRepblica prev, no art. 165, 8, o seguinte: recursos arrecadados pela Unio com as contribuies sociais incidentes sobre o lucro, a receita ou o faturamento das empresas, destinados ao financiamento da seguridade social, permitida a desvinculao de at 20% da arrecadao, o que diminui o montante das receitas que deveriam ser destinadas s polticas de previdncia, sade e assistncia social. 22. (CESPE - DPU ANALISTA TCNICO ADMINISTRATIVO 2010)Dessa forma, o texto legal estabelece que o oramento conter, Acerca dos princpios oramentrios, assinale a opo correta.apenas, matria financeira, de forma que matrias estranhas noestejam nele insertas. Esse princpio foi citado por Rui Barbosa, ao A) O princpio do oramento bruto determina que o oramento devacomentar a existncia das chamadas caudas oramentrias. abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado.O princpio a que se refere o texto acima o da: B) O princpio da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanas pblicas, dispe que oA) Legalidadeoramento ser, necessariamente, objeto de uma lei, resultante deB) Vinculao ao instrumento convocatrioum processo legislativo completo, isto , um projeto preparado e 9. 9submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para30. (CESPE - MPU TCNICO DE ORAMENTO 2010) Conforme oapreciao e posterior devoluo ao Poder Executivo, para sano e princpio oramentrio da unidade, todas as receitas e despesaspublicao.devem integrar o oramento pblico.C) O princpio da anualidade ou da periodicidade estabelece que ooramento obedea a determinada periodicidade, geralmente umano, j que esta a medida normal das previses humanas, paraque a interferncia e o controle do Poder Legislativo possam serefetivados em prazos razoveis, que permitam a correo deeventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execuo.No Brasil, a periodicidade varia de um ano a dois anos, dependendodo ente federativo.D) O princpio da totalidade, explcito de forma literal na legislaobrasileira, determina que todas as receitas e despesas devemintegrar um nico documento legal. Mesmo sendo os oramentosexecutados em peas separadas, as informaes acerca de cadauma dessas peas so devidamente consolidadas ecompatibilizadas em diversos quadros demonstrativos.E) O princpio da especificao determina que, como qualquer atolegal ou regulamentar, as decises sobre oramento s tm validadeaps a publicao em rgo da imprensa oficial. Alm disso, exigeque as informaes acerca da discusso, elaborao e execuodos oramentos tenham a mais ampla publicidade, de forma agarantir a transparncia na preparao e execuo do oramento,em nome da racionalidade e da eficincia.23. (CESPE - MPU ANALISTA DE CONTROLE INTERNO 2010) Oprincpio da discriminao ou especializao trata da insero dedotaes globais na lei oramentria, providncia que propicia maioragilidade na aplicao dos recursos financeiros.24. (CESPE - MPU ANALISTA DE CONTROLE INTERNO 2010) Aabertura de crdito suplementar e a contratao de operaes decrdito so excepcionalidades em relao ao princpio daexclusividade, previstas na CF e em legislao especfica.25. (CESPE - MPU ANALISTA DE ORAMENTO 2010) O princpioda exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a leioramentria, em razo da natural celeridade de sua tramitao nolegislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovao dematrias diversas s questes financeiras.26. (CESPE - MPU ANALISTA DE ORAMENTO 2010) De acordocom o princpio da no afetao, o montante das despesas no devesuperar o montante das receitas previstas para o perodo.27. (CESPE - MPU ANALISTA DE ORAMENTO 2010) A aplicaodo princpio do oramento bruto visa impedir a incluso, nooramento, de importncias lquidas, isto , a incluso apenas dosaldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas eas despesas de determinado servio pblico.28. (CESPE - MPU TCNICO DE ORAMENTO 2010) O princpioda exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrncia daschamadas caudas oramentrias.29. (CESPE - MPU TCNICO DE ORAMENTO 2010) A existnciado PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos,constitui uma exceo ao princpio oramentrio da unidade. 10. 10CAPTULO 2: leis oramentrias; ciclo oramentrio. da LOA. Provisoriamente, o art. 35 do ADCT vem disciplinadoestes assuntos.1.LEIS ORAMENTRIASInterrelao das leis oramentriasCompetncia para legislar sobre matria oramentriaA CF/88 instrumentalizou o planejamento governamental porA CF/88 estabelece, em seu art. 24, que compete Unio, aosmeio de trs leis oramentrias:Estados e ao DF, legislar concorrentemente sobre oramento.Portanto, quando se trata de matria oramentria, Unio- A Lei do Plano Plurianual (PPA);compete estabelecer normas gerais, enquanto aos estadoscabe suplementar tais normas. Caso a Unio no estabelea as- A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO); enormas gerais, os estados podero exercer a competnciaplena. Se sobrevier norma federal que discipline a matria, a - A lei Oramentria Anual (LOA).legislao estadual ter sua eficcia suspensa no que lhe forcontrria.Em apertada sntese, podemos entender que o PPA estabelecediretrizes, objetivos e metas a serem atingidas num perodo deArt. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal4 anos. A cada ano a LDO seleciona as metas e prioridadeslegislar concorrentemente sobre:para o exerccio seguinte, pois os recursos governamentais solimitados e as necessidades, em regra, so maiores que as(...) disponibilidades financeiras do governo. Eleitas as prioridades emetas para o exerccio subseqente, elabora-se a LOA, cujasII - oramento; despesas sero orientadas pelas metas e prioridades que aLDO selecionou entre as vrias que constam do PPA.(...)Esquematicamente, pode-se verificar esta necessria 1 - No mbito da legislao concorrente, a competncia dacompatibilidade entre as leis oramentrias da seguinte forma:Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais. 2 - A competncia da Unio para legislar sobre normasgerais no exclui a competncia suplementar dos Estados. PPA: DOM 3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estadosexercero a competncia legislativa plena, para atender a suaspeculiaridades. 4 - A supervenincia de lei federal sobre normas geraissuspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio. LDO: MPA CF/88 determina que se edite uma lei complementar definanas pblicas, conforme se verifica a partir do art. 165, 9: 9 - Cabe lei complementar:I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, aelaborao e a organizao do plano plurianual, da lei de LOAdiretrizes oramentrias e da lei oramentria anual;II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial daadministrao direta e indireta bem como condies para ainstituio e funcionamento de fundos.Alguns dos itens a serem disciplinados por tal lei complementarso normatizados pela Lei n 4.320/64, que, portanto, materialmente complementar, e pela LRF. Entretanto, restamalguns pontos ainda sem disciplinamento infraconstitucional,como, por exemplo, a vigncia e os prazos do PPA, da LDO e 11. 11PLANO PLURIANUAL (PPA)A regionalizao do PPA tem como principal objetivo a reduodas desigualdades interregionais (funo distributiva doestado). Importante ressaltar o destaque para as despesas deO plano plurianual representa o planejamento de mdio prazo capital, pois representam gastos normalmente relacionados do governo e compreende um perodo de 4 anos, que se inicia infraestrutura do pas, importantes para a dinamizao dano segundo ano de mandato do chefe do Poder Executivo e nossa economia.termina ao final do primeiro ano do mandato seguinte. Portanto,podemos dizer que o PPA tem a mesma durao que o Em outro comando, a CF/88 determina que os planos emandato do chefe do Poder Executivo, mas no coincide com programas nacionais regionais e setoriais sejam compatveiseste. com o PPA.Art. 165. (...)Na esfera federal o projeto de lei do PPA deve ser enviado aoCongresso Nacional at 31 de agosto do primeiro ano do 4 - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriaismandato do chefe do Poder Executivo, devendo ser devolvidoprevistos nesta Constituio sero elaborados em consonnciapara sano at o trmino da sesso legislativa (22 decom o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.dezembro). o que determina o artigo 35 do ADCT:Sendo o PPA o eixo que norteia o planejamentogovernamental, seria incoerente no exigir que outros planos eArt. 35. (...) programas no se compatibilizassem com ele. Entretantorestaria perguntar que interpretao dar a este comando 2 - At a entrada em vigor da lei complementar a que seconstitucional caso um programa setorial tenha duraorefere o art. 165, 9, I e II, sero obedecidas as seguintessuperior ao PPA. E mais, se tal programa no constar danormas: CF/88? Segundo Giacomoni esses e outros temas carecem deinterpretao mais detalhada, que se espera com a edio dalei complementar prevista no art. 165, 9, da CF/88.I - o projeto do plano plurianual, para vigncia at o final doprimeiro exerccio financeiro do mandato presidencialsubseqente, ser encaminhado at quatro meses antes do No h outro regramento legal para o PPA alm da CF/88. Aencerramento do primeiro exerccio financeiro e devolvido paraLRF tentou disciplin-lo em seu art. 3, que foi vetado. Suasano at o encerramento da sesso legislativa; elaborao orientada por meio de manual elaborado peloMinistrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP).Retornando CF/88, vemos os seguintes comandosrelacionados ao PPA:O manual que orienta a elaborao do PPA para o perodo de2012a2015 pode ser obtidono link:http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/Art. 165 (...) publicacoes/Orientacoes_para_Elaboracao_do_PPA_2012-2015.pdf. 1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, deforma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas daExplorando um pouco as Orientaes para Elaborao do PPAadministrao pblica federal para as despesas de capital e 2012-2015, podemos verificar algumas inovaes. Poroutras delas decorrentes e para as relativas aos programas de exemplo, o conceito de Programa Finalstico foi substitudodurao continuada.pelo conceito de Programa Temtico. Os Programas deApoio a Pollticas Pblicas e reas Especiais foramVamos estruturar este comando constitucional: substitudos pelos Programas de Gesto, Manuteno eServios ao Estado.O PPA estabelece, de forma regionalizada, o DOMO Programa Temtico retrata no Plano Plurianual a agenda de- AS DIRETRIZES;governo organizada pelos Temas das Polticas Pblicas eorienta a ao governamental. Sua abrangncia deve ser a- OBJETIVOS; Enecessria para representar os desafios e organizar a gesto, omonitoramento, a avaliao, as transversalidades, asmultissetorialidades e a territorialidade. O Programa Temtico- METASse desdobra em Objetivos e Iniciativas.Da administrao pblica para as DESPESAS DE CAPITAL EO Programa Temtico apresenta os seguintes atributos:OUTRAS DELAS DECORRENTES.- Cdigo 12. 12- TtuloDa mesma forma, pode haver mais de uma Iniciativa porobjetivo.- ContextualizaoA Iniciativa no se restringe a aes oramentrias. possvelque o financiamento se d por outras fontes. Alm das formas- Indicadoresde financiamento, as Iniciativas consideram tambm como aspolticas organizam os agentes e instrumentos que a- Valor Globalmaterializam (dimenso associada gesto, relao federativa,relao pblico-privada, critrios de adeso, condicionantes,- Valor de referncia para a individualizao de projetos comopriorizaes, mecanismos de seleo e identificao).iniciativas;Exemplo de iniciativas:- Objetivos, detalhando as seguintes informaes: cdigo,enunciado, rgo responsvel, caracterizao, meta para 2015e regionalizao;- Iniciativas.O Objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo assituaes a serem alteradas pela implementao de umconjunto de Iniciativas, com desdobramento no territrio.Exemplos de objetivos de Programas Temticos:Programa Temtico: Energia EltricaOs Programas de Gesto, Manuteno e Servios aoObjetivo 0001 Aproveitar o potencial de gerao de energiaEstado so instrumentos do Plano que classificam um conjuntoeltrica a partir da fonte hdrica, de forma a ofertar grande de aes destinadas ao apoio, gesto e manuteno daquantidade de energia eltrica a baixos preos. atuao governamental, bem como as aes no tratadas nosProgramas Temticos por meio de suas Iniciativas.Programa Temtico: Agricultura IrrigadaCom o intuito de subsidiar a alocao oramentria, o PPAObjetivo 0003 Promover Poltica de Pesquisa,estimar o valor dos Programas de Gesto, Manuteno eDesenvolvimento e Inovao para Agricultura Irrigada e difundir Servios ao Estado para o perodo 20122015. Contudo, aa tecnologia, por intermdio de uma rede formada pelasexemplo dos Programas Temticos, as aes relacionadasinstituies de pesquisa, assistncia tcnica e extenso rural, sero detalhadas somente na Lei Oramentria (LOA). Cadapara otimizao do uso do solo e da gua e aumento da rgo ter um programa dessa natureza. Exemplos: Programaprodutividade.de Gesto e Manuteno da Sade, da Educao, dasComunicaes, entre outros.Programa Temtico: Aperfeioamento do Sistema nico deSade (SUS) Assim como o Programa Temtico, o Programa de Gesto,Manuteno e Servios ao Estado somente ser includo,Objetivo 0001 Expandir e qualificar a Rede de Urgncias e excludo e modificado por lei de alterao do PPA. Ressalta-seEmergncias, induzindo a cobertura de vazios assistenciais, que esses programas no possuem Objetivos e Iniciativas.com apoio implantao e manuteno das Unidades dePara efeito de cadastro no Plano, eles possuiro os seguintesPronto Atendimento (UPA), das Salas de Estabilizao (SE) e atributos: (i) cdigo; (ii) ttulo; e (iii) valor global.do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU 192).LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS (LDO)A Iniciativa declara as entregas sociedade de bens eservios, resultantes da coordenao de aes oramentrias e A LDO , atualmente, a mais importante das leis oramentrias,outras: aes institucionais e normativas, bem como dapois alm de cumprir sua funo bsica de eleger as metas epactuao entre entes federados, entre Estado e sociedade e prioridades da administrao para o exerccio seguinte, vemda integrao de polticas pblicas.cumprindo papel fundamental ao estabelecer normas relativass finanas pblicas e, principalmente, por servir de ferramentaA Iniciativa um atributo do Programa Temtico que norteia a para implementao da poltica fiscal do governo.atuao governamental e estabelece um elo entre o Plano e oOramento. As aes oramentrias so criadas a partir dasO contedo da LDO divide-se entre a CF/88 e a LRF.Iniciativas. Para cada Iniciativa podem corresponder uma ou Importante destacar, como veremos a seguir, que a LRFmais aes oramentrias. 13. 13ampliou bastante o escopo desta lei oramentria, assuntoII - se houver autorizao especfica na lei de diretrizesbastante exigido em provas de concursos pblicos.oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista. (Includo pela EmendaLDO na CF/88 Constitucional n 19, de 1998) (grifo nosso).A Constituio estabelece em seu art. 165, 2: Desta forma, os aumentos de despesa com pessoal devem ser previamente autorizados na LDO, lembrando que tal exigncia no se aplica s empresas pblicas e sociedades de economiaart. 165 (...) mista. 2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas Neste ponto, cabe ressaltar que tal exceo no alcana ase prioridades da administrao pblica federal, incluindo as estatais dependentes, na forma do art. 2 da LRF.despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente,orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobreas alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica Ainda no texto constitucional, vemos dois importantesde aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.comandos, o do artigo 35 do ADCT, que se combina com o do artigo 57, 2 da CF/88:Portanto, devemos destacar que a LDO compreender as Art. 35.(...)- METASDA ADMNISTRAO 2 - At a entrada em vigor da lei complementar a que sePBLICA PARA O EXERCCIO refere o art. 165, 9, I e II, sero obedecidas as seguintes- PRIORIDADES SUBSEQUENTE normas:A LDO ainda ter as seguintes atribuies: (...)- ORIENTAR A ELABORAO DA LOA; II - o projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado at oito meses e meio antes do encerramento do- DISPOR SOBRE AS ALTERES NA LEGISLAOexerccio financeiro e devolvido para sano at oTRIBUTRIA; eencerramento do primeiro perodo da sesso legislativa;- ESTABELECER A POLTICA DE APLICAO DASArt. 57. O Congresso Nacional reunir-se-, anualmente, naAGNCIAS FINANCEIRAS OFICIAIS DE FOMENTO (CEF, Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 deBANCO DO BRASIL E BNDES, por exemplo)agosto a 22 de dezembro. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006) importante chamar a ateno para um aspecto: de acordocom a CF/88, a LDO no estabelece diretrizes.(...)O texto constitucional ainda traz o seguinte comando relativo 2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem aLDO: aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias. (grifos nossos).art. 169. (...) Portanto, verifica-se que o projeto de LDO (PLDO) deve ser 1 A concesso de qualquer vantagem ou aumento deencaminhado ao Poder Legislativo at 15 de abril, devendoremunerao, a criao de cargos, empregos e funes ouser devolvido ao Poder Executivo, para sano, at 17 dealterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso oujulho (prazos referentes Unio). Importante destacar que,contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos ede acordo com o artigo 57, 2 da CF/88, a sesso legislativaentidades da administrao direta ou indireta, inclusive no ser interrompida sem a aprovao do (PLDO).fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, spodero ser feitas: (Renumerado do pargrafo nico, pelaEmenda Constitucional n 19, de 1998) LDO NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALI - se houver prvia dotao oramentria suficiente paraatender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimosdela decorrentes; (Includo pela Emenda Constitucional n 19,O estudo da LDO na LRF concentra-se no art. 4, o qual incluiude 1998) novos contedos nesta lei oramentria, elevando sua importncia, principalmente, enquanto instrumento de poltica fiscal. 14. 14Vejamos o contedo do art. 4 da LRF: outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informandoas providncias a serem tomadas, caso se concretizem.Art. 4 A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2 do art. 165 da Constituio e: 4 A mensagem que encaminhar o projeto da Unioapresentar, em anexo especfico, os objetivos das polticasI - dispor tambm sobre: monetria, creditcia e cambial, bem como os parmetros e asprojees para seus principais agregados e variveis, e aindaa) equilbrio entre receitas e despesas;as metas de inflao, para o exerccio subseqente.b) critrios e forma de limitao de empenho, a ser efetivadanas hipteses previstas na alnea b do inciso II deste artigo, no Estruturando melhor o art. 4 da LRF, temos:art. 9 e no inciso II do 1 do art. 31;c) (VETADO) - equilbrio entre receitas ed) (VETADO) despesas;e) normas relativas ao controle de custos e avaliao dosresultados dos programas financiados com recursos dos - critrios e forma de limitao deoramentos; empenho;f) demais condies e exigncias para transferncias derecursos a entidades pblicas e privadas; A LDO dispor sobre- normas para controle de custos eavaliao de resultados dosII - (VETADO)programas executadoscomIII - (VETADO)recursos dos oramentos; 1 Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias Anexo - demais condies e exignciasde Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais,para transferncia de recursos aem valores correntes e constantes, relativas a receitas,entidades pblicas e privadas.despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvidapblica, para o exerccio a que se referirem e para os doisseguintes.Todos os entes federativos devero incluir em suas respectivasLDOs os anexos de metas fiscais (AMF) e de riscos fiscais 2 O Anexo conter, ainda:(ARF). A Unio dever incluir na sua LDO, alm do AMF e doARF, um anexo especfico, que vem sendo numerado em suasI - avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano LDOs como Anexo VI.anterior;O anexo mais importante o de Metas Fiscais, o qual possuiII - demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria econtedo mais extenso na LRF.metodologia de clculo que justifiquem os resultadospretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios ANEXO DE METAS FISCAIS (AMF)anteriores, e evidenciando a consistncia delas com aspremissas e os objetivos da poltica econmica nacional; O AMF estabelece metas e possui 5 demonstrativos, conformese v na figura a seguir.III - evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trsexerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursosobtidos com a alienao de ativos;IV - avaliao da situao financeira e atuarial:a) dos regimes geral de previdncia social e prprio dosservidores pblicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;b) dos demais fundos pblicos e programas estatais denatureza atuarial;V - demonstrativo da estimativa e compensao da renncia dereceita e da margem de expanso das despesas obrigatriasde carter continuado. 3 A lei de diretrizes oramentrias conter Anexo de RiscosFiscais, onde sero avaliados os passivos contingentes e 15. AMF 15 ANEXO DE RISCOS FISCAIS (ARF)METAS ANUAIS DEMONSTRATIVOS EM VALORESA LDO conter ainda o Anexo de Riscos Fiscais, que conter:CORRENTES ECONSTANTES - Passivos contingentes; METAS DO ANOANANTERIOR - Outros riscos capazes de afetar as contas pblicas;RECEITAS - As medidas a serem implementadas se tais riscos se METODOLOGIA concretizarem. DE CLCULOSDESPESASDAS METAS ANEXO ESPECFICO (UNIO)RESULTADOS EVOLUO DO NOMINAL E PLA LDO da Unio ainda possuir o Anexo Especfico em que PRIMRIO sero informados:RGPS, RPPS E FATDVIDA PBLICA Monetria - Os objetivos das polticasCreditciaRENNCIA DE RECEITAS E CambialMARGEM DEPARA O EXERCCIO QUE SEEXPANSO DAS REFERIR E PARA OS DOISDOCC- Metas de inflao SEGUINTES LEI ORAMENTRIA ANUAL (LOA)Ainda devemos observar o comando relativo LDO e queA Lei Oramentria Anual (LOA) tem como principal finalidadeconsta do artigo 5 da LRF:prever as receitas e fixar as despesas. Trata-se de lei especial, pois tem trmite diferente, em alguns aspectos, das leis ordinrias, alm de possuir vigncia predeterminada de umArt. 5 O projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma ano. Sua especialidade tambm se justifica pelo fato de nocompatvel com o plano plurianual, com a lei de diretrizes apresentar a generalidade e abstrao caractersticas das leisoramentrias e com as normas desta Lei Complementar: em geral, caracterizando-se como uma lei de efeitos concretos.(...) A LOA tem carter autorizativo, ou seja, as despesas no soIII - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizaoobrigatrias, trata-se de uma autorizao para que ae montante, definido com base na receita corrente lquida, administrao possa gastar recursos pblicos.sero estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias,destinada ao:O projeto de Lei Oramentria Anual (PLOA) do governo federal deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Podera) (VETADO)Legislativo at 31 de agosto, devendo ser devolvido para sano at 22 de dezembro, conforme determina o artigo 35 dob) atendimento de passivos contingentes e outros riscos eADCT:eventos fiscais imprevistos. (grifo nosso). art. 35 (...)A LDO para 2011, Lei n 12.309 de 2010, disps sobre oassunto da seguinte forma: 2 - At a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9, I e II, sero obedecidas as seguintesArt. 13. A Reserva de Contingncia, observado o inciso III do normas:art. 5 da Lei Complementar n 101, de 2000, ser constituda,exclusivamente, de recursos do Oramento Fiscal, equivalendo,(...)no Projeto de Lei Oramentria de 2011 a, no mnimo, 2% (doispor cento) da receita corrente lquida e na Lei a 1% (um por III - o projeto de lei oramentria da Unio ser encaminhadocento), sendo pelo menos metade da Reserva, no Projeto deat quatro meses antes do encerramento do exerccioLei, considerada como despesa primria para efeito definanceiro e devolvido para sano at o encerramento daapurao do resultado fiscal. sesso legislativa. 16. 16O PLOA deve conter um quadro demonstrativo do efeito, sobre 7 - Os oramentos previstos no 5, I e II, deste artigo,receitas e despesas, de benefcios fiscais, conforme prev o compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suasartigo 165, 6:funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.art. 165. (...) O artigo 35 do ADCT disciplina a implementao do comando 6 - O projeto de lei oramentria ser acompanhado de supramencionado:demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas edespesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, Art. 35. O disposto no art. 165, 7, ser cumprido de formasubsdios e benefcios de natureza financeira, tributria eprogressiva, no prazo de at dez anos, distribuindo-se oscreditcia. recursos entre as regies macroeconmicas em razo proporcional populao, a partir da situao verificada noDe acordo com o artigo 165, 5, a LOA possui trsbinio 1986-87.oramentos: Portanto, importante frisar que o Oramento da Seguridade- Oramento Fiscal (OF); Social no ter funo de reduzir as desigualdades inter- regionais.- Oramento da Seguridade Social (OSS); e 2.CICLO ORAMENTRIO- Oramento de Investimentos (OI) O Ciclo Oramentrio compreende um conjunto de etapas entre a elaborao da proposta oramentria, passando pela suaVejamos o texto da CF/88: discusso e aprovao pelo Poder Legislativo, execuo e, por fim, o controle e avaliao.art. 165 (...) Portanto, a durao do ciclo oramentrio superior a um 5 - A lei oramentria anual compreender:exerccio financeiro.I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seusfundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta,ELABORAO DADISCUSSO, VOTAOinclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;PROPOSTA E APROVAO DOORAMENTRIAPLOAII - o oramento de investimento das empresas em que a Unio,direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social comdireito a voto;III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas asCONTROLE DEentidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou AVALIAO DAEXECUOindireta, bem como os fundos e fundaes institudos eEXECUOORAMENTRIAmantidos pelo Poder Pblico. ORAMENTRIAImportante ressaltar que o oramento de investimentos englobaas empresas estatais no dependentes, pois os investimentosdas estatais dependentes constaro do oramento fiscal.2.0. ELABORAO DA PROPOSTA ORAMENTRIAAs despesas de custeio das estatais no dependentes noA elaborao da proposta oramentria se inicia com aconstam da LOA. Elas so aprovadas, na esfera federal, por determinao da meta de resultado primrio, que representa ameio de decreto do Presidente da Repblica e constituem oeconomia do governo para o pagamento da dvida pblica.Programa de Dispndios Globais (PDG). Em seguida, se estima a receita do exerccio, fazendo-se asA CF/88 ainda determina que o OF e o OI devem serdedues relativas s transferncias constitucionais e legais. Aelaborados no sentido de reduzir as desigualdadesetapa seguinte corresponde estimativa das despesasinterregionais, segundo critrio populacional, conforme est obrigatrias, tais como pessoal e encargos e outras despesasprevisto no artigo 165, 7:de custeio.art. 165. (...) Deduzidas as despesas de cunho obrigatrio e a meta de resultado primrio, tem-se o montante de receitas estimadas 17. 17que est disponvelpara aplicaoemdespesas I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos nestediscricionrias.artigo e sobre as contas apresentadas anualmente peloPresidente da Repblica;O montante a ser aplicado em despesas discricionrias dividido pelo Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoII - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas(MP), entre os rgos setorias, os quais alocaro tais recursos nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio eaos programas sob sua gesto, de acordo com as orientaesexercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria, semestratgicas do Governo e dos ministrios.prejuzo da atuao das demais comisses do CongressoNacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.O Sistema de Planejamento e de Oramento Federal tem comorgo central o Ministrio do Planejamento, de acordo com aInicialmente, elaborado o Relatrio da Receita, que avalia eLei n 10.180/2001:prope emendas estimativa da receita. Em seguida, a CMOelabora o Relatrio Preliminar, o qual, entre outras informaes,Art. 4 Integram o Sistema de Planejamento e de OramentoFederal:estabeleceregrascomplementares s daResoluo CN n 01/2006 para a propositura de emendas.I - o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, comorgo central;O PLOA dividido em reas temticas, cujos relatrios ficam acargo dos respectivos Relatores Setoriais.(...)Emendas ao PLOANo mbito setorial, os rgos setoriais de planejamento eoramento possuem, entre outras atribuies, a incumbncia de O Poder Legislativo poder propor emendas ao PLOA, narepassar o limite recebido da Secretaria de Oramento Federal forma do art. 166 da CF/88:do Ministrio do Planejamento (SOF/MP) s unidadesoramentrias, s quais sero consignadas as dotaes. Aart. 166 (...)Lei n 4.320/64 define unidade oramentria: 2 - As emendas sero apresentadas na Comisso mista, queArt. 14. Constitui unidade oramentria o agrupamento de sobre elas emitir parecer, e apreciadas, na forma regimental,servios subordinados ao mesmo rgo ou repartio a quepelo Plenrio das duas Casas do Congresso Nacional.sero consignadas dotaes prprias. (Veto rejeitado no D.O.05/05/1964) 3 - As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aosprojetos que o modifiquem somente podem ser aprovadasPargrafo nico. Em casos excepcionais, sero consignadas caso:dotaes a unidades administrativas subordinadas ao mesmorgo. I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei dediretrizes oramentrias;O rgo setorial valida as propostas de suas unidadesoramentrias. Tais propostas so disponibilizadas, via Sistema II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas osIntegrado de Dados Oramentrios (SIDOR/SIOP), SOF/MP e provenientes de anulao de despesa, excludas as quecompem a proposta oramentria, que ser encaminhada, porincidam sobre:meio de Mensagem Presidencial, ao Congresso Nacional.a) dotaes para pessoal e seus encargos;b) servio da dvida;2.1. DISCUSSO, VOTAO E APROVAO DO PLOAc) transferncias tributrias constitucionais para Estados,Municpios e Distrito Federal; ouO Projeto de Lei Oramentria (PLOA) recebido peloCongresso Nacional e encaminhado Comisso Mista deIII - sejam relacionadas:Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO), a qual serresponsvel por conduzir o processo de emendas ao PLOA. a) com a correo de erros ou omisses; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, sdiretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos 4 - As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentriasadicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso no podero ser aprovadas quando incompatveis com o planoNacional, na forma do regimento comum.plurianual. 1 - Caber a uma Comisso mista permanente de Senadorese Deputados: 18. 18A Resoluo CN n 01/2006 detalha o processo de emenda aoA Lei n 1.079/1950 define o no envio da propostaPLOA. O normativo estabelece que as emendas serooramentria como crime de responsabilidade:individuais, de comisses ou de bancada, quanto origem. Art. 10. So crimes de responsabilidade contra a leiA Resoluo CN n 01/2006 ainda classifica as emendas de oramentria:despesa como de remanejamento, de apropriao e decancelamento. As definies destes tipos de emendas e a1- No apresentar ao Congresso Nacional a proposta doindicao de suas fontes de recursos constam dos artigos 37 aoramento da Repblica dentro dos primeiros dois meses de cada sesso legislativa;40. Cabe ressaltar que o prazo supramencionado no mais seNos termos da CF/88, permitido ao Poder Executivo propor aplica, sendo vlido aquele indicado no art. 35 do ADCT.modificao ao PLOA, desde que a parte a ser alterada notenha sua votao iniciada na CMO. A rejeio do PLOA causaria grandes obstculos execuo dos programas de governo, o que torna esta hipteseart. 166 (...)improvvel. Do ponto de vista prtico, a discusso do PLOA e a propositura de emendas por parte do Poder Legislativo 5 - O Presidente da Repblica poder enviar mensagem ao contribuem para diminuir o risco de o PLOA no ser aprovado.Congresso Nacional para propor modificao nos projetos aEntretanto, a CF/88 trouxe um comando aplicvel a esta situao:que se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, naComisso mista, da parte cuja alterao proposta. art. 166 (...)A Resoluo CN n 01/2006 detalha o comando constitucional: 8 - Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem semArt. 28. A proposta de modificao do projeto de lei despesas correspondentes podero ser utilizados, conformeoramentria anual enviada pelo Presidente da Repblica ao o caso, mediante crditos especiais ou suplementares, comCongresso Nacional, nos termos do art. 166, 5, da prvia e especfica autorizao legislativa. (grifos nossos)Constituio, somente ser apreciada se recebida at oincio da votao do Relatrio Preliminar na CMO. (grifonosso).O atraso na aprovao/sano do PLOA tem sido tratado nas LODs conforme descreve o art. 68 da LDO 2011 (Lei n 12.309/2010):VOTAO DO PLOA Art. 68. Se o Projeto de Lei Oramentria de 2011 no forA votao do PLOA se d em sesso conjunta, mas a apurao sancionado pelo Presidente da Repblica at 31 de dezembrodos votos ocorre de forma separada na Cmara dos Deputados de 2010, a programao dele constante poder ser executadae no Senado Federal. Para aprovao do PLOA necessria a para o atendimento de:obteno de maioria simples nas duas casas do CongressoI - despesas com obrigaes constitucionais ou legais da Unio,Nacional.relacionadas na Seo I do Anexo IV desta Lei; II - bolsas de estudo no mbito do Conselho Nacional deCasos Especiais: No envio do PLOA, Rejeio e Atraso na Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CNPq, daaprovao/sano Fundao Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior Capes e do Instituto de Pesquisa EconmicaO no envio do PLOA ao Poder Legislativo configura crime Aplicada IPEA, bolsas de residncia mdica e do Programa de Educao Tutorial PET, bem como Bolsa Atleta e bolsistasde responsabilidade do chefe do Poder Executivo. Nesta do Programa Segundo Tempo;hiptese, o artigo 32 da Lei n 4.320/64 determina que a LOA III - pagamento de estagirios e de contrataes temporriasvigente ser tomada como proposta pelo Poder Legislativo. Talpor excepcional interesse pblico na forma da Lei no 8.745, desoluo contraria o conceito atual de integrao entre 1993;planejamento e oramento.IV - aes de preveno a desastres classificadas na subfuno Defesa Civil; V - formao de estoques pblicos vinculados ao programa deArt. 32. Se no receber a proposta oramentria no prazo garantia dos preos mnimos;fixado nas Constituies ou nas Leis Orgnicas dos Municpios, VI - realizao de eleies pela Justia Eleitoral;o Poder Legislativo considerar como proposta a Lei de VII - outras despesas correntes de carter inadivel; eOramento vigente. VIII - importao de bens destinados pesquisa cientfica e tecnolgica, no valor da cota fixada no exerccio financeiro anterior pelo Ministrio da Fazenda. 19. 19 1 As despesas descritas no inciso VII deste artigo seroII. A Lei Oramentria Anual compreende o oramento fiscal, olimitadas a 1/12 (um doze avos) do valor previsto em cadaoramento da seguridade social e o oramento deao no Projeto de Lei Oramentria de 2011, multiplicadoinvestimentos das empresas em que a Unio, direta oupelo nmero de meses decorridos at a sano daindiretamente, detenha a maioria do capital social com direto arespectiva Lei.voto. 2 Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei III. A Lei de Diretrizes Oramentrias dispor sobre o equilbrioaos recursos liberados na forma deste artigo.entre receitas e despesas, critrios e forma de limitao de 3 Na execuo das despesas liberadas na forma deste empenho, normas relativas ao controle de custos e avaliaoartigo, o ordenador de despesa poder considerar os valoresdos resultados dos programas financiados com recursos dosconstantes do Projeto de Lei Oramentria de 2011 para fins do oramentos.cumprimento do disposto no art. 16 da Lei Complementar IV. Integrar o projeto de lei oramentria anual o anexo den 101, de 2000. Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,2.2. EXECUO ORAMENTRIA resultados nominal e primrio e o montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes. V. A vigncia do plano plurianual estende-se por 4 (quatro)Aps a aprovao e sano do PLOA, elaborada a anos com incio no segundo ano de mandato do Chefe doProgramao oramentria e financeira, conforme determina oPoder Executivo at o trmino do primeiro ano do mandatoart. 8 da LRF:seguinte.Art. 8o At trinta dias aps a publicao dos oramentos, nos Assinale:termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias eobservado o disposto na alnea c do inciso I do art. 4o, o Poder (A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.Executivo estabelecer a programao financeira e o(B) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas.cronograma de execuo mensal de desembolso.(C) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. durante a execuo que so arrecadadas as receitas e (E) se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas.executadas as despesas, as descentralizaes oramentrias efinanceiras, alm de outros eventos caractersticos desta etapa2. (TCM/RJ Auditor 2008) A respeito do oramento pblico,do ciclo oramentrio. assinale a afirmativa correta.2.3. CONTROLE EAVALIAO DA EXECUO (A) Leis de iniciativa do Poder Executivo ou do Poder ORAMENTRIALegislativo estabelecero o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais. (B) As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aosO gestor pblico administra recursos que pertencem projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas casocoletividade, razo pela qual se submete ao controle e assume indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas oso dever de prestar contas. Como o detalhamento do controle da provenientes de anulao de despesa, incluindo as que incidamAdministrao Pblica no se insere no escopo deste curso, sobre as dotaes para pessoal e seus encargos, servio danos restringiremos apenas ao teor do art. 70 da CF/88: dvida e transferncias tributrias constitucionais para Estados, Municpios e Distrito Federal.Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, (C) Cabe lei ordinria dispor sobre o exerccio financeiro, aoperacional e patrimonial da Unio e das entidades davigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do planoadministrao direta e indireta, quanto legalidade,plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da leilegitimidade, economicidade, aplicao das subvenes eoramentria anual.renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, (D) O projeto de lei oramentria ser acompanhado demediante controle externo, e pelo sistema de controle internodemonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas ede cada Poder. despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e(...) creditcia. (E) As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentriasEXERCCIOS podero ser aprovadas ainda que incompatveis com o plano plurianual, pois este poder ser alterado futuramente, j que 1. (SF Consultor de Oramento 2008) Analise as afirmativas a elaborado para um perodo de quatro anos.seguir:I. A lei que instituir as Diretrizes Oramentrias estabelecer de 3. (SAD/PE APOG 2008) matria tratada na lei do Planoforma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Plurianual:administrao pblica federal para as despesas de capital eoutras delas decorrentes e para as despesas relativas aos(A) as metas fiscais para o exerccio em curso e para os doisprogramas de natureza continuada.exerccios seguintes em valores correntes e constantes. 20. 20(B) a previso das receitas e das despesas para o exerccio em7. (CAERN Administrador 2010) A Lei de Diretrizesconformidade com a Lei de Diretrizes Oramentrias. Oramentrias LDO, criada pela atual Carta Magna, inovou(C) as diretrizes, os objetivos e as metas da administrao em matria oramentria, ao estabelecer um ponte, um linkpblica para as despesas de capital e outras delas decorrentesentre o PPA e a LOA. Nesse diapaso, compete LDO, come para as relativas aos programas de durao continuada.base no previsto no PPA, dentre outros aspectos, elencar as(D) as alteraes na legislao tributria e os seus reflexos nametas e prioridades que devero ser observadas na confecoinstituio, previso e efetiva arrecadao no exerccio. do oramento. Considerando o enunciado da Carta Magna e(E) a avaliao da situao financeira e atuarial do regime geral em outros normativos aplicveis, possvel afirmar que elade previdncia social e do regime prprio dos servidoresNO conterpblicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.A) Metas para as despesas de capital.4. (DETRAN/RN Assessor Tcnico Administrativa 2008) A B) Alteraes da legislao tributria.Lei de Diretrizes Oramentrias compreender as metas e C) Poltica de aplicao das agncias de fomento.prioridades da Administrao Pblica, incluindo as despesas deD) A totalidade dos programas de trabalho a seremcapital para o exerccio financeiro subsequente, dispor sobre executados no prximo exerccio, at o nvel subelementoas alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de despesa.de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento e E) Poltica de pessoal.ainda orientar a elaborao do seguinte instrumento deplanejamento:8. (SAD/PE APOG 2008) Conforme estabelece a Lei deA) Plano Plurianual.Responsabilidade Fiscal, a lei oramentria NO consignarB) Lei Oramentria Anual.dotao para investimento com durao superior a um exerccioC) Plano Diretor. financeiro que:D) Lei Orgnica.E) Manual de Controle Interno.(A) no esteja previsto no plano plurianual ou em lei queautorize sua incluso.5. (DETRAN/RN Assessor Tcnico Administrativa 2008) (B) compreenda recursos provenientes de financiamentos deSegundo o 5 do art. 165 da Constituio Federal, a Lei organismos internacionais.Oramentria Anual compreender:(C) seja destinado ao atendimento de programas derecuperao fiscal dos Estados e Municpios.A) O oramento fiscal, o oramento de investimento e o(D) seja aplicado em despesas relacionadas a programasoramento-programa. sociais nos bolses de pobreza estabelecidos em lei.B) O oramento fiscal, o oramento de investimento. (E) seja relacionado a novos projetos governamentais, sem queC) O oramento fiscal, o oramento de investimento e oos que estejam em andamento tenham sido suficientementeoramento da seguridade social. atendidos.D) Somente as despesas correntes e de capital.E) O oramento fiscal, o plano plurianual e as diretrizes 9. (SAD/PE APOG 2008) O trecho a seguir est contido emoramentrias.uma Norma Legal do Estado de Pernambuco, em atendimentoa dispositivo de Lei Federal:6. (DETRAN/RN Assessor Tcnico Administrativa 2008)Integraro a Lei de Diretrizes Oramentrias os anexos de A _____ para o exerccio de 2009 conter a Reserva demetas fiscais e de riscos fiscais. Devero constar no Anexo deContingncia no montante correspondente a 0,5% (zero vrgulaMetas Fiscais, EXCETO:cinco por cento) da Receita Corrente Lquida, (...) destinada aatender a passivos contingentes e outros riscos e eventosA) Avaliao do cumprimento das metas relativas ao anofiscais imprevistos.anterior.B) Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria eAssinale a alternativa que complete a lacuna e apresente asmetodologia de clculo que justifiquem os resultadosrespectivas normas Estadual e Federal.pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exercciosanteriores. (A) Lei de Diretrizes Oramentrias / Lei Oramentria Anual /C) Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trsLei de Responsabilidade Fiscal.exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursos(B) Lei do Plano Plurianual / Lei de Diretrizes Oramentrias /obtidos com a alienao de ativos.Lei 4320/64.D) Apresentao e avaliao dos passivos contingentes e (C) Lei Oramentria Anual / Lei do Plano Plurianual / Lei deoutros riscos capazes de afetar as contas pblicas. Responsabilidade Fiscal.E) Avaliao da situao financeira e atuarial dos regimes de (D) Lei Oramentria Anual / Lei de Diretrizes Oramentrias /previdncia, fundos pblicos e programas estimativa e Lei 4320/64.compensao de renncia de receita e da margem de (E) Lei Oramentria Anual/Lei de Diretrizes Oramentrias/Leiexpanso das despesas obrigatrias de carter continuado. de Responsabilidade Fiscal. 21. 2110. (TCM/RJ Auditor 2008) Assinale a afirmativa incorreta.a) No mbito do Congresso Nacional, analisada por comissomista, cuja atribuio o exame de matrias de natureza(A) As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aosoramentria.projetos que o modifiquem podem, entre outras hipteses, serb) O envio da proposta de lei ao Congresso Nacional deaprovadas caso sejam relacionadas com a correo de erros oucompetncia do Presidente da Repblica, para o oramento doomisses ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. Poder Executivo, e dos chefes dos demais Poderes, para os(B) Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ouseus respectivos oramentos.rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem semc) Em obedincia ao princpio oramentrio da exclusividade,despesas correspondentes no podero ser utilizados medianteno poder conter matria estranha ao oramento.crditos especiais, mas somente como crditos suplementares,d) O oramento de investimento das empresas que a Uniocom prvia e especfica autorizao legislativa.detenha a maioria do capital votante integra a Lei Oramentria(C) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes Anual.oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais e) O projeto de lei oramentria ser acompanhado desero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas eforma do regimento comum. despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses,(D) Caber a uma Comisso mista permanente de Senadores e subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria eDeputados examinar e emitir parecer sobre os projetos creditcia.referidos neste artigo e sobre as contas apresentadasanualmente pelo Presidente da Repblica.14. (ESAF - APO 2010) Assinale a opo falsa a respeito do(E) O Presidente da Repblica poder enviar mensagem ao ciclo oramentrio no Brasil.Congresso Nacional para propor modificao nos projetos aque se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, na a) um processo integrado de planejamento das aes eComisso mista, da parte cuja alterao proposta. compreende a elaborao do Plano Plurianual, da Lei deDiretrizes Oramentrias e da Lei Oramentria Anual, bem11. (ESAF - APO 2010) Na integrao do Sistema de como a execuo e avaliao desses instrumentos.Planejamento e Oramento Federal, indique qual(ais) b) o processo de elaborao da Lei Oramentria Anual, queinstrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para se inicia no envio da proposta de oramento ao Congressocada ano. Nacional e se encerra na sano da lei.c) Na elaborao dos instrumentos que compem o cicloa) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Oramentria Anual. oramentrio, o Congresso Nacional tem competncia parab) A Lei de Responsabilidade Fiscal.realizar modificaes nas propostas a ele encaminhadas.c) A Lei de Diretrizes Oramentrias. d) um processo contnuo, dinmico e flexvel para ad) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Oramentriaelaborao, aprovao, execuo, controle e avaliao dosAnual.programas do setor pblico.e) A Lei Oramentria Anual.e) A Comisso Mista de Oramento tem papel importante nasetapas de elaborao e fiscalizao.12. (ESAF - APO 2010) Considerando que o Plano Plurianual PPA, a Lei de Diretrizes Oramentrias LDO e a Lei15. (ESAF - APO 2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)Oramentria Anual LOA so os principais instrumentos deatribuiu novas e importantes funes ao oramento e Lei deplanejamento do setor pblico definidos pela Constituio Diretrizes Oramentrias. Nos termos da LRF, a Lei deFederal, correto afirmar: Diretrizes Oramentrias recebeu novas e importantes funesentre as quais no se inclui:a) a integrao do PPA com a LOA se d por intermdio doprograma, enquanto a LDO define as metas e prioridades da a) mostrar as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ouAdministrao Federal.contratual e respectivas receitas, sendo o financiamento dab) os principais elementos de estruturao do PPA so a dvida demonstrado de forma separada nas leis de crditosfuno e a subfuno de governo.adicionais.c) as propostas de alterao dos projetos de lei relativos ao b) estabelecer critrios e formas de limitao de empenho, naPPA, a LDO e a LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente ocorrncia de arrecadao da receita inferior ao esperado, deda Repblica e apreciadas pelo Congresso a qualquer tempo.modo a comprometer as metas de resultado primrio e nominald) os recursos que ficarem sem despesa correspondente emprevistas para o exerccio.razo de veto ou rejeio do projeto de lei oramentriac) quantificar o resultado primrio obtido com vistas reduodevero ser transferidos ao exerccio seguinte. do montante da dvida e despesas com juros.e) em razo da soberania do Congresso Nacional, a sua d) dispor sobre o controle de custos e avaliao dos resultadoscompetncia para alterar o projeto de lei oramentria no sofredos programas financiados pelo oramento.limitaes. e) disciplinar as transferncias de recursos a entidades pblicase privadas.13. (ESAF - APO 2010) Assinale a opo falsa a respeito da LeiGABARITOOramentria Anual de que trata o art. 165 da ConstituioFederal. 22. 22CAPTULO 3: crditos adicionais; receita: conceitos e decorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica,classificaes. observado o disposto no art. 62.Cabe ressaltar, em relao ao crdito extraordinrio, que suautilizao se aplica a despesas imprevisveis e urgentes.1.CRDITOS ADICIONAIS Portanto, os casos de guerra, calamidade pblica e comoointerna so meros exemplos desse tipo de situao.Aps aprovada a lei oramentria e durante a sua execuo,podem surgir situaes que imponham Administrao Pblica IMPORTANTE!reforar as dotaes aprovadas na LOA ou mesmo autorizarnovas despesas que inicialmente no estavam previstas no I. Apenas o crdito suplementar pode ser aprovado naoramento.LOA, na forma do art. 165, 8 da CF/88:art. 165 (...)Tais circunstncias so solucionadas mediante CrditosAdicionais, que, na definio da Lei n 4.320/64, so: 8 - A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo naArt. 40. So crditos adicionais, as autorizaes de despesa proibio a autorizao para abertura de crditosno computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de suplementares e contratao de operaes de crdito, aindaOramento. que por antecipao de receita, nos termos da lei. (grifo nosso).Ou seja, so despesas que no constavam da LOA ou que,II.Os crditos especiais e extraordinrios podemmesmo previstas, necessitam de reforo. excepcionar o princpio da anualidade, desde que os atosque os aprovarem sejam promulgados nos quatro ltimosmeses do exerccio e, no final deste, tenham saldo. Nesta1.1. Tipos de crditos adicionais hiptese, podero ser reabertos e incorporados aooramento do ano seguinte.Os crditos adicionais se dividem em trs tipos:art. 167 (...) (i) Suplementares; (ii) Especiais; e 2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no (iii) Extraordinriosexerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato deautorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daqueleVejamos as definies trazidas pela Lei n 4.320/64:exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,sero incorporados ao oramento do exerccio financeirosubseqente.Art. 41. Os crditos adicionais classificam-se em: 1.2. Autorizao e abertura dos crditos adicionaisI - suplementares, os destinados a refro de dotaoCrditos Suplementares e Especiaisoramentria;Conforme determina o art. 42 da Lei n 4.320/64, os crditosII - especiais, os destinados a despesas para as quais no hajadotao oramentria especfica;suplementares e especiais devem ser autorizados por lei eabertos por decreto.III - extraordinrios, os destinados a despesas urgentes eimprevistas, em caso de guerra, comoo intestina ouArt. 42. Os crditos suplementares e especiais serocalamidade pblica. (grifos nossos)autorizados por lei e abertos por decreto executivo.A CF/88 tambm define o crdito extraordinrio, em seu artigo Entretanto, as LDOs vm dispensando o decreto de abertura, a167, 3: exemplo da Lei n 12.309/2010 (LDO 2011):art. 167 (...) art. 56 (...) 3 - A abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida 8o Os crditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacionalpara atender a despesas imprevisveis e urgentes, como as sero considerados automaticamente abertos com a sano epublicao da respectiva lei. 23. 23Para a autorizao de crdito suplementar ou especial no necessria a elaborao de uma lei autorizativa para cadacrdito. A LDO 2011 permite que uma mesma lei autorize vrios Crditos extraordinrioscrditos, desde que sejam do mesmo tipo:Ao contrrio dos crditos suplementares e especiais, os crditosart. 56 (...)extraordinrios no necessitam de autorizao legislativa esero abertos mediante decreto executivo, de acordo com oprevisto no artigo 44 da Lei n 4.320/64: 6o Cada projeto de lei e a respectiva lei devero restringir-se aum nico tipo de crdito adicional, conforme definido no art. 41,incisos I e II, da Lei n 4.320, de 1964.Art. 44. Os crditos extraordinrios sero abertos por decreto doPoder Executivo, que dles dar imediato conhecimento aoPoder Legislativo.Cabe lembrar, ainda que a iniciativa de projetos de lei emmatria oramentria, inclusive sobre crditos adicionais, cabeao Poder Executivo. A LDO 2011 refora esta determinaoEntretanto, no caso da Unio, os crditos extraordinrios seroconstitucional: abertos por meio de medida provisria, conforme previso doart. 62 da CF/88:Art. 56. Os projetos de lei relativos a crditos suplementares eespeciais sero encaminhados pelo Poder Executivo aoart. 62 (...)Congresso Nacional, tambm em meio magntico, sempre quepossvel de forma consolidada de acordo com as reas 1 vedada a edio de medidas provisrias sobre matria:temticas definidas no art.