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Racismo da torcida peruana contra o Tinga do Cruzeiro O meio-campista Paulo César Tinga entrou no segundo tempo da partida no Peru para ajudar o Cruzeiro a empatar com o Real Garcilaso, que vencia de virada. O que se viu depois da entrada do cruzeirense foram cenas de racismo escancarado, que persistem no futebol e precisam ser coibidas com punição aos clubes envolvidos. Quando Tinga pegava na bola, uma parte da torcida suficiente para ser ouvida através das câmeras de televisão, imitava sons de macaco. “Uh Uh Uh UH.” Repetidas vezes. Ao final da partida, a reportagem da Globo ouviu o zagueiro Dedé e o próprio Tinga. As declarações de ambos foram de extrema lucidez e altivez. “Um país sul-americano com gestos racistas”, criticou Dedé. “O Tinga pega na bola e a torcida faz som de macaco. Isso não existe”. Tinga se disse chateado, mas declarou que tentou não escutar as ofensas em campo. “Joguei durante anos na Alemanha e nunca passei por isso. Agora acontece em um país parecido com o nosso, cheio de mistura”, disse. “Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas e trocar por um mundo por uma igualdade entre todas as raças e todas as classes do mundo”, completou o jogador do Cruzeiro, que já havia sido vítima de racismo em 2005, quando jogava pelo Internacional.

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  • 1. Racismo da torcida peruana contra o Tinga do Cruzeiro O meio-campista Paulo Csar Tinga entrou no segundo tempo da partida no Peru para ajudar o Cruzeiro a empatar com o Real Garcilaso, que vencia de virada. O que se viu depois da entrada do cruzeirense foram cenas de racismo escancarado, que persistem no futebol e precisam ser coibidas com punio aos clubes envolvidos. Quando Tinga pegava na bola, uma parte da torcida suficiente para ser ouvida atravs das cmeras de televiso, imitava sons de macaco. Uh Uh Uh UH. Repetidas vezes. Ao final da partida, a reportagem da Globo ouviu o zagueiro Ded e o prprio Tinga. As declaraes de ambos foram de extrema lucidez e altivez. Um pas sul-americano com gestos racistas, criticou Ded. O Tinga pega na bola e a torcida faz som de macaco. Isso no existe. Tinga se disse chateado, mas declarou que tentou no escutar as ofensas em campo. Joguei durante anos na Alemanha e nunca passei por isso. Agora acontece em um pas parecido com o nosso, cheio de mistura, disse. Eu queria no ganhar todos os ttulos da minha carreira e ganhar o ttulo contra o preconceito contra esses atos racistas e trocar por um mundo por uma igualdade entre todas as raas e todas as classes do mundo, completou o jogador do Cruzeiro, que j havia sido vtima de racismo em 2005, quando jogava pelo Internacional.

2. Em 2013, a UEFA decidiu endurecer as penas aos clubes contra atos racistas de torcedores, jogadores e dirigentes. O mximo que a entidade que comanda o futebol europeu fez at agora foi fechar parcialmente os estdios de clubes como Zenit, Olympiacos e CSKA Moscou, alm da aplicao de multas. Ainda pouco, embora seja um passo. A Conmebol estuda reproduzir particularidades europeias, como a final da Libertadores em campo neutro com um jogo s. Est na hora de copiar as coisas boas e punir o Real Garcilaso pelo que aconteceu na noite desta quarta-feira. Depois da partida, a conta oficial da Libertadores no Twitter divulgou uma mensagem em duas partes: Sobre el tema de Racismo en el: #RealGarcilaso y #Cruzeiro. La Confederacin Sudamericana de ftbol, se referir al tema y a posibles sanciones pertinentes, rogamos tranquilidad a los hinchas de Cruzeiro. Sin embargo, sabemos que es repudiable. Por su atencin, Gracias. 3. Vdeo mostra momento em que Tinga discriminado