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G. C. Silva-Oliveira A. B. Oliveira-Filho

Raí e o mundo que não era mágico

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Auxílio didático para o não uso de drogas

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Page 1: Raí e o mundo que não era mágico

G. C. Silva-OliveiraA. B. Oliveira-Filho

Page 2: Raí e o mundo que não era mágico

G. C. Silva-Oliveira & A. B. Oliveira-Filho

RAÍ E O MUNDO QUE NÃO ERA MÁGICO

Breves, Pará2011

Page 3: Raí e o mundo que não era mágico

FICHA CATALOGRÁFICA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Campus Universitário do Marajó-Breves/UFPA – Biblioteca Prof. Ricardo Teixeira de Barros

Ficha catalográfica elaborada por: Letícia da Costa Borges CRB-2: 1162

EXPEDIENTE

Título: Raí e o mundo que não era mágico.

Autores: Gláucia Caroline Silva de Oliveira, Aldemir Branco de Oliveira Filho.

Produção gráfica (capa, diagramação e ilustrações): José Ribeiro da Silva Junior.

Revisão: Rosa Helena Sousa de Oliveira.

Organização: José Ribeiro da Silva Junior, Rosa Helena Sousa de Oliveira.

Colaboração: Aline Lopes de Oliveira, Gláucia Galúcio Santana, Luciene da Silva Gomes, Luziane Azevedo

Chaves, Maria Regina Farias Machado, Mariane Machado Brito, Marilene Machado Brito e

Suelane Cristina Tavares Costa.

Apoio: Programa de Apoio a Projetos de Intervenção Metodológica da Universidade Federal do Pará

(PAPIM: 1780788029/2011) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPQ: 141928/2008-5).

O48c Silva de Oliveira, Gláucia Caroline. Raí e o mundo que não era mágico / Gláucia Caroline Silva de Oliveira; Aldemir Branco de Oliveira Filho - Breves: [G. C. Silva de Oliveira], 2011.45p, il.

Não inclui bibliografias.ISBN: 978-85-910301-1-8

1. Adolescência e drogas. 2. Drogas – história. 3. Educação - drogas. I. Título.

CDD 22.ed. – 616

© 2011. Todos os direitos autorais reservados a Gláucia Caroline Silva de Oliveira e Aldemir Branco de Oliveira Filho.

Os autores permitem a reprodução de parte ou do todo deste livro para fins de ações de conscientização e prevenção

ao uso de drogas lícitas e ilícitas. Endereços eletrônicos para contato: [email protected], [email protected].

Page 4: Raí e o mundo que não era mágico

uso de drogas lícitas e ilícitas por crianças e adolescentes tem se tornado uma ação cada vez mais comum em regiões distintas no Omundo. Apesar de pais, professores e amigos tentarem

conscientizarem e prevenirem crianças e adolescentes sobre as problemáticas relacionadas ao uso de drogas, diversos estudos epidemiológicos têm apontado o crescimento gradativo do consumo de drogas psicotrópicas na população, especialmente entre os jovens. A história “Raí e o mundo que não era mágico” foi construída baseada em relatos de vida de diversos usuários de drogas ilícitas internados em clínicas para tratamento da dependência química no Estado do Pará, norte do Brasil. A história mostra de forma singela como é fácil entrar no mundo das drogas, seja através da influência de supostos amigos, problemas psicossociais, curiosidade ou outro motivo, aparentemente qualquer. Apesar de amenizada, a história apresenta algumas experiências vivenciadas por um dependente químico, em especial as dificuldades para controlar e superar o desejo de consumir drogas. Além da singela demonstração das dificuldades vivenciadas por um usuário de droga ilícita, o livro também oferece uma oportunidade de diálogo entre crianças e adolescentes com seus respectivos responsáveis (pais, professores e amigos) através de ferramentas lúdicas, que visam facilitar o processo de conscientização e prevenção ao uso de drogas. Por fim, “Raí e o mundo que não era mágico” integra as atividades desenvolvidas pelo projeto de intervenção metodológica “Conhecendo e Aprendendo a Dizer Não às Drogas” que tem como objetivo atualizar futuros e atuais pais e professores sobre diversos aspectos relacionados à dependência química através da transmissão de conhecimento específico de forma humanizada, lúdica e dinâmica.

APRESENTAÇÃO

Page 5: Raí e o mundo que não era mágico

Na Pequena Cidade de Recomeço,a vida tinha um ritmo bom de viver. Todo mundo se conhecia. E as crianças ainda brincavam, tranquilamente, pelas ruas.

Raíe o Mundo Que

Não Era Mágico

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Page 6: Raí e o mundo que não era mágico

Na Rua 7 viviam dois garotos inseparáveis, o Raí e o Elias. Eles estavam sempre juntos, pareciam café com leite, uma amizade bonita de se ver! No futebol da rua eram zagueiro e goleiro, na

escola Bom Pastor sentavam lado a lado, sempre aprontando. Um queria ser doutor e outro inventor, eram bons meninos.

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Page 7: Raí e o mundo que não era mágico

Certo dia, ao cair da noite,Raí saiu de casa para jogar bola om uns meninos mais velhosque havia conhecido na festinhada escola. Ele estava muito animadopor que brincar com meninosmais velhos dava a impressão de ser mais esperto, inteligente e popular.

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Page 8: Raí e o mundo que não era mágico

As semanas foramse passando... Raícada vez mais animado com osnovos amigos. Ele comentava com Elias o quanto aqueles amigos eram demais! Fazia qualquer coisa para agradar o grupo dos novos colegas. 7

Page 9: Raí e o mundo que não era mágico

Certo dia, ao terminar o jogo, Raí perguntou a um de seus novos amigos:

- Ei Osmar! Toda vez depois da bola te vejo com esse troço soltador de fumaça! O que é isso?

- Ainda bem que você perguntou irmão. Dá uma tragada aí, e vai saber o que é ser feliz de verdade! HE, HE, HE!

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- Fala sério! Minha mãe passa o dia todo costurando com um negócio desses na boca!- Mas o meu é melhor! Toma, experimenta um pouco, seu amigo aqui não iria te oferecer bagulho!

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Seis Meses depois...- Mãe, o Raí esta muito estranho! Ele nem fala mais comigo, só anda com aqueles meninos mais velhos, lá da escola. Só chega atrasado, não consegue mais fazer o dever na sala de aula. Mãe, ele parece tão cansado!- Filho, o Raí deve estar passando um tempo difícil. Você sabe que o pai dele bebe muito e a mãe , a Raquel, é muito nervosa.- Mãe, não é isso não, eu acho que são aqueles meninos mais velhos com quem ele anda.- Filho, você está com ciúme! O Raí sempre vai ser seu amigo.- Não sei não, ele está muito diferente.

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Em casa, a mãe de Raí descobre o boletim delecom as notas todas vermelhas.

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- Menino, me diz uma coisa, eu passo o dia inteiro nessa máquina de costura acabando com a minha vista e a minha coluna para você estudar e você me aparece com essas notas! O que isso significa, Raí?- Eu posso explicar mãe! Tenho me sentido muito cansado...- Cansada estou eu! Me dê aqui a sua mão, vai levar umas chineladas pra você escrever mais depressa e fazer o teu trabalho direito na escola!

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Nessa noite Raí foi dormir com as mãos quentes e doloridas. Tinha tanta vontade de contar para sua mãe sobre o cansaço que sentia quando fumava o cigarro dos amigos. Queria perguntar se ela sentia também todas aquelas coisas quando fumava o cigarro dela. Raí tinha receio de contar a mãe. Poderia receber um castigo pior que as chineladas.

- Se eu falar, ela vai falar pro pai, aí, ele é capaz de me bater com a corda do poço!

Encolhido na cama, envolto em seus pensamentos, o menino não fechava os olhos. Na escuridão de seu quarto, ouviu o choro da mãe logo após seu pai, Januário, chegar bêbado e começar a bater nela.E tudo isso crescia no peito de Raí, aquele menino de doze anos. A raiva da mãe que só sabia bater e cobrar, do pai violento que batia nele e na mãe todos os dias e jamais trazia dinheiro para casa fazendo com que sua mãe trabalhasse demais na máquina de costuras.

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E assim, Raí chegava cada vez mais tarde em casa, estava sempre com os amigos mais velhos e menosprezava o amigo Elias.

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- Ei, Raí, olha isso aí tá fraco pra ti! Tu tem que experimentar algo mais forte que vai te deixar ligadão! Isso aqui vai fazer tu esquecer que tá no mundo! Aí tudo o que tu não gosta desaparece! É a pedrinha mágica! Toma aí!

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e eu d efon ua rr i qag ! su Si ot en u hlse eos lí h mroa s e f vi R c sa ir aam mntee vm iaa j , ol eua u zloti anb pg ea e eh d u nm ao r e gs t eado d. Maui st n se ós ade vul ae r o ta u si er p og er le p el o oua c g o o Lte m .polem b a ao s ur n sp os evo a dd m ,e e at n sn t aea c, i le ad m u sb ra en ddo e vi,a op l toue us ae p .d e a, d re i dr ã em pa im as du m o p uco 16

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E assim, as horas foram passando e Raí não dormiu em casa. Sua mãe nem percebeu que ele não tinha voltado, pois das últimas vezes chegava calado e se trancava no quarto.

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Muitas semanas se passaram e os amigos não tinham mais pedra para dar a Raí. Raí queria mais, mais e mais aquela sensação que fazia esquecer os problemas e as tristezas que vivia.

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Quando sua mãe, Raquel descobriu o que Raí estava fazendo, bateu muito nele. Raí fugiu de casa._ Pra cá, eu não volto nunca mais!

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Três anos se passaram...

Raí vivia pelas ruas, ele agora estava viciado naquela pedrinha e já fazia pequenos furtos e roubos com seus colegas de rua.

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Quando a situação estava muito difícil, Raí vendia seu corpo para poder comprar mais pedra, ou então, compartilhava um pouco da pedra ao fumar nos cachimbos dos colegas. Ele até chegou ao ponto de esfaquear uma pessoa para roubar dez reais.

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Raí vivia com roupas sujas e velhas, estava magro e envelhecido. Um dia Raí usou a pedrinha demais e passou muito mal, seu coração quase saiu pela boca, pensou que ia morrer e, então, se lembrou de sua mãe Raquel. Lembrou-se de como era bom ter um lar e sentiu muitas saudades.

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A sensação ruim passou e o viciado Raí perambulou pelas ruas várias horas da madrugada e, dormiu na porta de sua casa, sem coragem de chamar sua mãe.

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Logo, pela manhã, quando Januário abriu a porta, encontrou o menino e disse:- Ah! Resolveu voltar pra casa seu vagabundo! Agora veio roubar seus pais? Seu desgraçado!

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Dona Raquel sem falar nada correu, abraçou seu filho e disse:- Onde você estava? Te procurei por todo lugar! Me perdoe se eu não fui uma boa mãe. Tenho sofrido tanto sem você! Todos estes anos! Vem, entra, vem tomar um banho trocar essas roupas. 25

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aquel temia que o filho fosse embora Rnovamente. Fazia de tudo para agradá-lo. Ela conversava com Raí sobre as coisas que ele fez nos últimos anos. Raí abria seu coração para a mãe e chorava muito e como era amarga a tristeza dele.

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Enquanto isso, Elias progredia nos estudos e se tornava um rapaz cheio de virtudes, muito admirado pelas pessoas.Quando Elias soube que seu amigo havia voltado foi correndo vê-lo. Ele ficou muito surpreso e triste com o que encontrou. Mas com seu jeito alegre de ser, tentou logo motivar seu amigo a voltar aos estudos e trabalhar.

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aí queria muito voltar à parte boa da vida, mas ele sofria. RTinha crises de vômitos, não conseguia se concentrar, tinha fortes dores de cabeça e falta de ar. Então, a vontade de buscar aquela pedrinha voltava a sua mente. Em uma de suas crises, Raí vendeu a televisão da mãe para comprar a pedrinha e ficou fora de casa por seis dias, quando voltou, a mãe desesperada não sabia o que fazer. E situações semelhantes a essa, ainda aconteceram ao longo de mais dois anos. 28

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ntão, Raquel, a mãe de Raí, buscou Eorientação com Elias e sua família. Elias orientou Raquel a procurar uma clínica que tratasse de pessoas com dependência química, longe daquela cidade, para que seu amigo se afastasse daquela realidade e começasse a viver sem ter de usar drogas.

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Raquel escreveu várias cartas, deu vários telefonemas para muitas clínicas de tratamento para dependentes químicos longe daquela cidade. Depois de algum tempo, a direção de um desses lugares aceitou tratar o jovem de 19 anos, chamado Raí.

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Esperançosa, Raquel internou Raí numa Clínica para Tratamento de Dependência Química, bem distante da cidade natal de Raí. Ela foi informada que isso não era o fim do problema, somente um possível início de uma solução. O médico diz:

- A luta contra a dependência química é diária e por toda a vida.

Page 33: Raí e o mundo que não era mágico

Ao longo do tratamento, Raí muito se esforçava. Já fazia um ano que ele estava longe das drogas. Raquel e Elias o visitavam sempre que podiam, sempre com presentes. Todos estavam felizes por ver Raí se esforçando para se afastar do mundo que não era mágico, o mundo das drogas.

Ao longo do tratamento, Raí muito se esforçava. Já fazia um ano que ele estava longe das drogas. Raquel e Elias o visitavam sempre que podiam, sempre com presentes. Todos estavam felizes por ver Raí se esforçando para se afastar do mundo que não era mágico, o mundo das drogas. 32

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omo voluntário numa Clínica para Tratamento de CDependência Química, após cinco anos, Raí pode voltar para casa e começar sua luta contra as drogas naquela cidade. Ele passou a frequentar um grupo de Narcóticos Anônimos e, todos os dias, enfrentava a destruidora vontade de consumir drogas.

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Elias se tornou um excelente médico. E muitas vezes, cuidou dos problemas de saúde e ajudou seu amigo a lutar contra a dependência química.

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E o tempo foi passando... Elias e Raí continuavam que nem café com leite com a mesma amizade bonita de se ver. Raquel e Elias vibravam a cada vitória que Raí conseguia. E foi assim que ao completar 11 anos longe das drogas que Raí concluiu o ensino médio e conseguiu seu primeiro emprego...

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ão pense, querido leitor, que a luta contra o Nmundo das drogas encerrou por aí. Ao contrário, hoje, com 46 anos, Raí ainda comemora seus aniversários longe daquele mundo que não é mágico. A cada dia Raí luta contra aquela vontade tão destruidora. 36

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AgoraVamos Brincar

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RECONTANDO A HISTÓRIA PREPARANDO O JOGO:

1. Material necessário: Cartolina, papel A4, impressora com tinta, cola e tesoura.2. Número de cartas: 28 (vinte e oito).3. Preparando cartas: Imprima as páginas contendo as 28 cartas propostas para o jogo, recorte-as e cole-as numa cartolina, procurando deixar todas com tamanhos iguais. Outro material alternativo a cartolina poderá ser utilizado para dá maior resistência as cartas, exemplos: papel cartão, papelão ou E.V.A. NÚMERO DE JOGADORES: três a quatro.

COMO SE JOGA?

1. Escolha um jogador para ser o narrador. Colocam-se todos as cartas viradas para cima sobre a zona do jogo.2. O narrador começa a contar e a explicar a história “Raí e o mundo que não é mágico”: “Era uma vez um menino chamado Raí que morava numa cidade...”. Os participantes devem estar muito atentos. Quando o narrador disser o nome de algum dos elementos da história, representado em uma das 28 cartas, deve-se ser rápido para agarrá-la.3. O narrador segue contando e explicando até que se acabem as cartas ou até que termine sua história.4. Ganha o jogador que conseguir mais cartas ao término da história.

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PERSONAGENS: Raí (jovem), Elias (jovem), Elias e sua mãe, Amigos de futebol de Raí, Raquel, Januário, Raí drogado, Elias (adulto), Raí (adulto) e Médico da Clínica de Recuperação.

CARTAS DO JOGO:

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CENÁRIOS: Rua 7, Campo de futebol, Casa de Raí, Quarto de Raí, Vida nas ruas, Porta da casa de Raí, Clínica de Recuperação e Narcóticos Anônimos.

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OBJETOS: Boletim, Cachimbo, Chinelo, Droga, Objetos roubados, Sofá, Televisão, Orelhão, Formatura e Bola de futebol

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TIRA A TIRA

PREPARANDO O JOGO:

1. Material necessário: Cartolina, papel A4, impressora com tinta, cola e tesoura.2. Número de tiras: trinta (quinze pares).3. Preparando tiras. Imprima as páginas contendo as tiras propostas para o jogo, recorte-as e cole-as numa cartolina, procurando deixar todos com tamanhos iguais. Outro material alternativo a cartolina poderá ser utilizado para dá maior resistência as tiras, exemplos: papel cartão, papelão ou E.V.A. NÚMERO DE JOGADORES: três a quatro.

COMO SE JOGA?

1. Separam-se as tiras que contêm os inícios das frases das tiras que contêm os finais. Colocam-se todos as tiras que contêm os finais das frases no centro da mesa.2. Um jogador recolhe todas as tiras que contêm os inícios das frases e as embaralha. Esse jogador escolhe uma tira e lê em voz alta. Os outros jogadores devem buscar entre as tiras da mesa o final correspondente à frase lida.3. O jogo termina quando se encontrar todas as frases correspondentes. Ganha o jogador que acumular mais tiras complementares.

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TIRAS DO JOGO: TIRA A TIRA

Na Pequena Cidade de Recomeço, a vida tinha um ritmo bom de viver. Todo mundo se conhecia e...

as crianças ainda brincavam, tranquilamente, pelas ruas.

Na Rua 7 viviam dois garotos inseparáveis, o Raí e o Elias. Eles estavam...

...sempre juntos, numa amizade bonita de se ver!

Certo dia, ao cair da noite, Raí saiu de casa para jogar bola com uns meninos mais velhos que havia conhecido na festinha da escola. Ele estava muito animado e fazia...

...qualquer coisa para agradar o grupo de novos colegas.

Page 45: Raí e o mundo que não era mágico

Além dos problemas causados pelas drogas, Raí tinha outros problemas...

Certo dia, ao terminar um jogo de futebol,Raí perguntou a Osmar, um de seus novos «amigos»...

... O que é esse troço soltador de fumaça?

Raí passou a usar drogas e começou a chegar atrasado nas aulas...

... a não fazer os deveres e a tirar notas baixas.

... sua mãe era muito estressada, não lhe dava atenção e seu pai era alcoólatra e agredia sua mãe.

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Nas ruas, Raí emagreceu e envelheceu, vivia com roupas sujas e velhas. Um dia, Raí usou muito uma droga na forma de pedrinha e passou...

... muito mal, seu coração quase saiu pela boca, quase morreu.

Depois de um tempo morando nas ruas, Raí retornou para seu lar. Seu pai o recebeu muito mal e sua mãe...

...chorou, abraçou-o e pediu perdão pelas suas faltas como mãe.

Após se tornar usuário de drogas e levar uma surra, Raí fugiu de casa e morou nas ruas por alguns anos, onde...

... ele passou a usar mais drogas, furtou, roubou, agrediu as pessoas e a si mesmo.

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Ao retornar ao lar, Raí não conseguiu controlar o desejo de usar drogas. Por isso, ele causou muitos transtornos à sua mãe. Por exemplo...

... ele vendia os objetos de sua casa para obter dinheiro e comprar drogas.

Desesperada com a situação de Raí, sua mãe conversou com a família de Elias que a orientou a...

... procurar ajuda para seu filho numa clínica para tratamento de dependência química longe da cidade, e assim a começar a aprender a viver sem usar a droga.

Esperançosa, Raquel internou Raí numa clínica para Tratamento de Dependência Química. E lá, ela foi informada que a internação não era o fim do problema...

...somente um possível início de solução, pois a luta contra a dependência química é diária e por toda a vida.

Page 48: Raí e o mundo que não era mágico

Controlar o desejo de usar drogas é muito difícil. Raí passou muito tempo numa clínica de tratamento de dependência química realizando...

...um processo de reeducação, o qual contou com a ajuda profissional de sua mãe e de seu amigo Elias.

... porém lutando diariamente contra a vontade destruidora de usar drogas.

Ao sair da clínica de dependência química, Raí recomeçou a sua vida...

As drogas psicotrópicas podem destruir a vida de uma pessoa. Exemplo disso é a história «Raí e o Mundo Que Não Era Mágico», que mostra...

...a história de dois amigos, Raí, que teve sua vida modificada drasticamente pelo uso das drogas e Elias que não usou drogas e teve uma vida sem grandes problemas

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