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Realismo naturalismo

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Séc. XIX, 2.ª metade

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O sono, Gustave Courbet

Os quebradores de pedras (II), Gustave Courbet.

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Socialismo de Proudhon

Pessimismo de Arthur Schopenhauer:

aritmeticamente a vida é ruim, composta de mais momentos desagradáveis que felizes.

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Objetividade (narrativa em 3.ª pessoa; percepção pelos sentidos)

Narração lenta e minuciosa

Personagens não idealizadas

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Mulheres Peneirando Trigo, Gustave Coubet

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Objetividade (narrativa em 3.ª pessoa; percepção pelos sentidos)

Narração lenta e minuciosa

Personagens não idealizadas

Temas contemporâneos

Arte engajada socialmente

Academicismo

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Romance de tese

(enredo usado para confirmar uma teoria, no caso o Socialismo)

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Temas escabrosos, lascivos

Focaliza o patológico

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(sexuais)

Escabroso = asqueroso

Pombinha ergueu-se de um pulo e abriu de carreira para casa.No lugar em que estivera deitada o capim verde ficou matizado de pontos

vermelhos. (...)

— Veio?! perguntou a velha com um grito arrancado do fundo d’alma.A rapariga meneou a cabeça afirmativamente (...)— Bendito e louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! (...)Depois abraçou-se às pernas da filha e, no arrebatamento de sua

comoção, beijou-lhe repetidas vezes a barriga e parecia querer beijar também aquele sangue abençoado, que lhes abria os horizontes da vida, que lhes garantia o futuro; aquele sangue bom, que descia do céu, como a chuva benfazeja sobre uma pobre terra esterilizada pela seca.

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Temas escabrosos, lascivos

Focaliza o patológico, o escatológico

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(sexuais)

(referente a excrementos)

E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco.

Escabroso = asqueroso

zoomorfização

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Temas escabrosos, lascivos

Focaliza o patológico, o escatológico

Determinismo (acentuado):

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tese na qual o ser humano é condicionado pelo meio ambiente, pela genética, pelo momento histórico

Hippolyte TaineRomance de tese

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Sociedade do Raio(Coimbra – Realismo)

Antero de Quental

Teófilo Braga

Tomás Ribeiro

Pinheiro Chagas

Castilho e discípulos(Lisboa – Romantismo)

X

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(...) Concluo daqui que a idade não a fazem os cabelos brancos, mas a madureza das ideias, o tino e a seriedade: e, neste ponto, os meus vinte e cinco anos têm-me as verduras de V. Exa. convencido valerem pelo menos os seus sessenta. Posso, pois, falar sem desacato. Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas coisas que saem dele, confesso não me merecerem nem admiração, nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V. Exa. precisa menos cinquenta anos de idade, ou então mais cinquenta de reflexão.

É por esses motivos todos que lamento do fundo da alma não me poder confessar, como desejava, de V. Exa.

Nem admirador nem respeitadorANTERO DE QUENTAL

Bom Senso e Bom Gosto

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Sociedade do Raio(Coimbra – Realismo)

lamentava o atraso português

exaltava o passado glorioso

Castilho e discípulos(Lisboa – Romantismo)

X

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Grande sonetista

Iniciou com poesia romântica

Odes Modernas: poesia revolucionária e antiburguesa

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Ode: poema de tom grave e solene

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Já não sei o que vale a nova ideia, Quando a vejo nas ruas desgrenhada, Torva no aspecto, à luz da barricada, Como bacante após lúbrica ceia...

Sanguinolento o olhar se lhe incendeia; Aspira fumo e fogo embriagada: A deusa de alma vasta e sossegada Ei-la presa das fúrias de Medeia!

Um século irritado e truculento Chama à epilepsia pensamento, Verbo ao estampido de pelouro e obus...

Mas a ideia é um mundo inalterável, Num cristalino céu, que vive estável... Tu, pensamento, não és fogo, és luz! pelouro e obus

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Sonetos Completos: poesia preparatória para a morte

alterna poemas de tom pessimista com de teor otimista

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Na mão de Deus, na sua mão direita,Descansou afinal meu coração.Do palácio encantado da IlusãoDesci a passo e passo a escada estreita.

Como as flores mortais, com que se enfeitaA ignorância infantil, despojo vão,Depus do Ideal e da PaixãoA forma transitória e imperfeita.

Como criança, em lôbrega jornada,Que a mãe leva ao colo agasalhadaE atravessa, sorrindo vagamente,

Selvas, mares, areias do deserto...Dorme o teu sono, coração liberto,Dorme na mão de Deus eternamente!

Antero de Quental

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Só males são reais, só dor existe;Prazeres só os gera a fantasia;Em nada, um imaginar, o bem consiste,Anda o mal em cada hora e instante e dia.

Se buscamos o que é, o que deviaPor natureza ser não nos assiste;Se fiamos num bem, que a mente cria,Que outro remédio há aí senão ser triste?

Oh! quem tanto pudera que passasseA vida em sonhos só, e nada vira...Mas, no que se não vê, labor perdido!

Quem fora tão ditoso que olvidasse...Mas nem seu mal com ele então dormira,Que sempre o mal pior é ter nascido!

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Banco no Convento da Esperança, onde Antero cometeu suicídio

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“Deixai-os vir a mim, os que lidaram;Deixai-os vir a mim, os que padecem;E os que cheios de mágoa e tédio encaramAs próprias obras vãs, de que escarnecem...

Em mim, os Sofrimentos que não saram,Paixão, Dúvida e Mal, se desvanecem.As torrentes da Dor, que nunca param,Como num mar, em mim desaparecem.”

Assim a Morte diz. Verbo velado,Silencioso intérprete sagradoDas coisas invisíveis, muda e fria,

É, na sua mudez, mais retumbanteQue o clamoroso mar; mais rutilante,Na sua noite, do que a luz do dia.

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Teve uma fase romântica

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Fase realista (com passagens naturalistas)

cidade de Leiria

padre Amaro

Amélia

“Cenas da vida devota”

Eça

− crítica à hipocrisia do clero

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Eça de Queirós

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cidade de Lisboa

Basílio

Luísa

Jorge

Juliana (criada)

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Eça de Queirós

− burguesa ociosa e sonhadora

− revoltada com a condição subalterna

− crítica à burguesia e ao Romantismo

− conquistador

− vive para as aparências

“episódio da vida doméstica”