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1. Representação
Segundo Dondis A. Donis, a representação em arte é a intenção de fazer o objeto desenhado, pintado, fotografado, etc, algo semelhante (ao máximo), ao modelo, a realidade.
Para Dondis, um pásssaro só é um pássaro (no papel, na tela) quando ele carrega em si, signos visuais que remetem o observador a ideia de pássaro. Nõ apenas criar uma imagem, mas “registrar e
oferecer, aos alunos, dados que pudessem ser identificados com segurança, ou seja, colocar no papel informações visuais que pudessem ter o valor de referências.”(DONDIS, 1996)
Ainda segundo outros autores a representação é:
(...) é um conteúdo mental estruturado – isto é, cognitivo, avaliativo, afetivo e simbólico – sobre um fenômeno social relevante, que toma a forma de imagens ou metáforas, e que é conscientemente compartilhado com outros membros do grupo social. (Wagner, 1998, p. 3)
(...) é produto e processo de uma atividade mental pela qual um indivíduo ou um grupo reconstitui o real ao qual ele é confrontado e lhe atribui uma significação específica. (Abric, 1994, p. 188)
O Realismo em pintura começou por manifestar-se no tratamento da
paisagem, que se despiu da exaltação e personificação românticas para se
ater, simplesmente, na reprodução desapaixonada e neutra, do que se oferece
à vista do pintor. Passou, depois, aos temas do quotidiano, que tratou de forma
simples e crua, sem nada acrescentar ou retirar à realidade. Apesar de tudo, o
realismo manteve-se nos seus preceitos académicos, como a exatidão do
desenho e perfeito acabamento do quadro.
Albrecht Durer. Pormenor de prado silvestre, 1502. Aquarela e guache, 41 x 31,5 cm.
O Realismo também pode ser entendido como representação fiel da realidade. Nesse caso, artistas como Albrecht Durer fazem parte de exemplos clássicos.
Em termos históricos e filosóficos o realismo “surge em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A sociedade se dividia entre a classe operária e a burguesia. Logo mais tarde, em 1848, os comunistas Marx e Engels publicam o Manifesto que faz apologias à classe operária.
Uma realidade oposta ao que a sociedade tinha vivido até aquele momento surgia com o progresso tecnológico: o avanço da energia elétrica, as novas máquinas que facilitavam a vida, como o carro, por exemplo. Entre as correntes filosóficas, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo.” (…)
“O pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade através das observações e das constatações racionais.”
Piet Mondrian, Composição 1916, 1916, óleo sobre tela,
com tinta de madeira na margem inferior, 119 x 75 cm.
“O processo de abstração é também um processo de destilação, ou seja, de redução dos fatores visuais múltiplos aos traços mais essenciais e característicos daquilo que está sendo representado.” (DONDIS, 1996)
“O termo abstrato evoca a falta de qualquer semelhança evidente com o mundo, contudo, não tanto porque não se pareça com nada, mas porque seu tema ou motivo é difícil de identificar. E isso pode ocorrer porque um processo de abstração levou a supressão de certas características facilmente reconheciveis do tema original.” (HARRISON, 1998)
Abric, J.-C. (1994). L’étude expérimentale des représentations sociales. In: Jodelet, D. (dir.). Les représentations sociales. 4 ed. Paris, Presses Universitaires de France (Sociologie d’Aujourd’hui).
http://www.brasilescola.com/literatura/realismo.htm
HARRISON, FRASCINA, PERRY. Primitivismo, cubismo e abstração – começo do século XX. 1998, Cosac Naify.