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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 1 OBJECTIVOS Constituir um suporte técnico-didáctico dirigido a todos os utilizadores de recursos audiovisuais, com particular destaque para os formadores, contribuindo para a elevação do nível de qualidade da prática pedagógica; Identificar os diversos recursos didácticos de acordo com a seguinte tipologia: não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais; Estabelecer os princípios gerais de funcionamento dos diversos recursos; Definir as regras básicas de utilização dos diferentes equipamentos; Enumerar as situações de utilização preferencial para cada recurso com base nas respectivas potencialidades e limitações, numa perspectiva de eficácia pedagógica, atendendo às situações de ensino-aprendizagem em presença e à existência de possíveis condicionalismos. APRESENTAÇÃO Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação. Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto representativo destes recursos. Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir. INTRODUÇÃO Historicamente a designação de recursos didácticos deriva dos meios que, tal como o nome indica, se serviam simultaneamente da imagem e do som, para transmitir a mensagem: o diaporama, o filme e a televisão/vídeo. No entanto, esta designação engloba actualmente recursos didácticos, como o retroprojector, o gravador de cassetes ou o simples quadro de escrita, apesar de não associarem a imagem ao som. Podemos, assim, definir como recursos didácticos - todos os meios que facilitam a aprendizagem através da estimulação dos sentidos.

Recursos audiovisuais nas acções de formação

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Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação. Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto representativo destes recursos. Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir.

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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 1

OBJECTIVOS

� Constituir um suporte técnico-didáctico dirigido a todos os utilizadores de recursos audiovisuais, comparticular destaque para os formadores, contribuindo para a elevação do nível de qualidade daprática pedagógica;

� Identificar os diversos recursos didácticos de acordo com a seguinte tipologia: não projectáveis,projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais;

� Estabelecer os princípios gerais de funcionamento dos diversos recursos;

� Definir as regras básicas de utilização dos diferentes equipamentos;

� Enumerar as situações de utilização preferencial para cada recurso com base nas respectivaspotencialidades e limitações, numa perspectiva de eficácia pedagógica, atendendo às situações deensino-aprendizagem em presença e à existência de possíveis condicionalismos.

APRESENTAÇÃO

Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam oupretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação.

Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjuntorepresentativo destes recursos.

Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos aadoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir.

INTRODUÇÃO

Historicamente a designação de recursos didácticos deriva dos meios que, tal como o nome indica, seserviam simultaneamente da imagem e do som, para transmitir a mensagem: o diaporama, o filme e atelevisão/vídeo. No entanto, esta designação engloba actualmente recursos didácticos, como oretroprojector, o gravador de cassetes ou o simples quadro de escrita, apesar de não associarem aimagem ao som.

Podemos, assim, definir como recursos didácticos - todos os meios que facilitam a aprendizagematravés da estimulação dos sentidos.

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IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Num processo de aprendizagem, os cinco sentidos funcionam como vias privilegiadas de acesso deinformação ao cérebro.

Vários estudos foram desenvolvidos para se determinar qual a percentagem de utilização de cada umdos cinco sentidos: visão, audição, tacto, olfacto e gosto.

Dois destes estudos forneceram os seguintes resultados:

Apesar dos resultados obtidos não serem coincidentes, verifica-se que a visão é destacadamente osentido mais importante no processo de aprendizagem. O segundo mais importante é sem dúvida osentido da audição. Os restantes sentidos apresentam maiores diferenças nos resultados sendo a suaimportância relativa baixa, quando comparados com a visão e a audição.

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Outros estudos realizados determinaram qual a percentagem de informação retida no processo deaprendizagem.

Percentagem de retenção da informação

Também se verificou que a informação retida após um determinado período de tempo, varia com autilização dos meios audiovisuais .

Percentagem de retenção da informação ao longo do tempo

Em síntese, conclui-se da análise dos vários resultados obtidos, que a utilização de informaçãoaudiovisual facilita o processo de aprendizagem.

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RECURSOS DIDÁCTICOS SEGUNDO OS SENTIDOS

Os recursos didácticos podem ser classificados de diversas formas dependendo do critério que forescolhido.

Um dos critérios possíveis de classificação é o baseado nos sentidos .

Classificação dos recursos didácticos segundo os sentidos

Pode referir-se a título exemplificativo:

� Gustativos. A formação e a actividade profissional na indústria alimentar e culinária recorrenormalmente ao sentido do gosto durante o processo de confecção e no controlo de qualidade.

� Olfactivos. O sentido do olfacto é imprescindível em determinadas actividades profissionais(indústria química, perfumes, culinária), por ser impossível descrever, visualmente ou por palavras,qualquer odor.

� Tácteis. O caso mais característico da utilização deste sentido num processo de aprendizagem, é aescrita Braille utilizada pelos deficientes visuais.

� Os meios auditivos, visuais e audiovisuais, devido à sua complexidade, merecem no quadrodeste CD-ROM, tratamento mais desenvolvido.

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SELECÇÃO

MOTIVOS QUE JUSTIFICAM O USO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS

Como se constata, o uso destes recursos didácticos melhora a retenção da informação no processode aprendizagem. Há, no entanto, outros motivos, complementares do primeiro, que apelam àutilização destes meios:

— Provoca grande impacte no auditório;

— Aumenta o interesse e a atenção dos formandos;

— Facilita a retenção na memória;

— Facilita a troca de ideias;

— Facilita a actividade do formador;

— Diminui o tempo da formação/aprendizagem.

FACTORES QUE CONDICIONAM A SUA ESCOLHA

Atendendo à extrema importância de que se revestem estes recursos no processo de aprendizagemé fundamental a sua perfeita adequação a cada situação específica de ensino-aprendizagem peloque se torna muito importante seleccionar correctamente os meios a utilizar, de entre todos osdisponíveis.

Esta fase de selecção é, por vezes, difícil pelos diversos factores nela implicados. No entanto, osseguintes devem merecer particular destaque:

� Objectivo a atingir com a sua utilização.

� Destinatários - As características dos destinatários condicionam a escolha dos meios. Por exemplo,para um grupo de invisuais é absolutamente inadequada a selecção de qualquer meio visual.

� Conteúdo da mensagem a transmitir - Por exemplo, não é possível demonstrar movimentosatravés de imagens fixas.

� Condicionalismos materiais - Estes podem ser determinantes na selecção dos meios, uma vez queos mais adequados nem sempre estão ao dispor do formador. Assim, é fundamental que o formadorsaiba antecipadamente quais os meios que tem à sua disposição.

� Condicionantes do espaço de formação - Por exemplo, o uso de meios visuais projectáveis, comoo episcópio e o projector de slides, é inadequado em salas que não possam ser obscurecidas.

� Tempo disponível para a acção de formação - Acções de curta duração podem não permitir o usode documentos audiovisuais previamente elaborados para acções de maior duração. Nestes casos,o formador deverá adaptar estes documentos, se possível, ou escolher outros.

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UTILIZAÇÃO

PRINCíPIOS GERAIS

Pode ficar a impressão de que a qualidade da formação, depende fundamentalmente da utilização dosrecursos didácticos. No entanto, apesar da sua importância real, nunca se deve esquecer que mais nãosão do que auxiliares pedagógicos do formador.

É precisamente no formador que reside a qualidade da formação. A utilização daqueles meios, pormelhor que eles sejam, nunca poderá salvar uma sessão mal preparada.

A utilização de meios em excesso, provocando a fadiga dos participantes, ou as deficientes condiçõesde apresentação, tanto ao nível técnico como ambiental, também poderá comprometer os resultadosesperados.

Por vezes, verifica-se que devido às suas elevadas qualidades mediáticas, os meios são utilizados paracolmatar ou disfarçar lacunas de tempo ou de assunto, na apresentação dos temas. No entanto, eles sódevem ser utilizados como reforço dos meios tradicionais, para facilitar a aprendizagem.

Outro aspecto a ter em conta é o de não haver meios específicos para cada objectivo. Para cadasituação certos meios podem ser mais apropriados do que outros, mas não há “eleitos”. Todos elescomo veremos têm vantagens e desvantagens.

As preferências pessoais de cada formador em relação à utilização dos vários meios, não devemafectar a sua escolha quanto aos mais apropriados, para cada situação de formação.

Cada recurso didáctico deve ser estruturado em função de um determinado grupo destinatário, para seatingir um objectivo específico. Por este motivo não há documentos didácticos universais. Sempre quese deseja utilizar documentos já existentes é necessário fazer uma análise cuidada dos seus conteúdose forma e verificar a sua adequação aos fins pretendidos.

AVALIAÇÃO

A avaliação assume carácter formativo e não obrigatório.

Para cada tema – não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais - , no índicerespectivo é apresentado sob a designação Avaliação um grupo de qestões que permitem ao utilizadoraferir o nível de apreensão de um conjunto de conhecimentos considerados essenciais.

A tipologia de questões é variável – escolha múltipla, selecção, verdadeiro-falso e de completar – emfunção do conteúdo a avaliar.

Ao optar pela questão que considera correcta, surge uma mensagem dando conhecimento do sucessoou insucesso alcançado e, neste último caso, é proporcionada uma segunda, e definitiva, oportunidade,com possibilidade de optar por consulta, antes de se considerar definitivamente aceite a respostaseleccionada.

No final, uma vez respondida a totalidade das questões de cada tema, é facultada a informação relativaaos resultados obtidos.

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MEIOS VISUAIS NÃO PROJECTÁVEIS

Os meios visuais não projectáveis são recursos didácticos cuja exploração se faz por observaçãodirecta, não implicando portanto a utilização de aparelhos do tipo óptico ou electrónico.

Esta família engloba um conjunto extenso e variado de recursos. Podemos sistematizá-los do seguintemodo:

� QUADROS

� DOCUMENTOS GRÁFICOS

� MODELOS E MAQUETAS

� RECURSOS DO MEIO AMBIENTE

QUADROS

Estes auxiliares pedagógicos são, desde há longa data, os mais vulgarizados, apesar de alguns delesterem caído em desuso. Estão neste caso os quadros de ardósia, já referenciados em 1658, queserviram de base ao processo pedagógico no sistema educativo, até há bem pouco tempo.

O quadro preto de escrita com giz foi inicialmente substituído por outro, sintético de cor verde, quemantinha as mesmas características de utilização. Este tipo de quadros foi, no entanto, rapidamentesubstituído pelos quadros brancos, também conhecidos por cerâmicos.

Os quadros que actualmente são mais utilizados em formação, são do tipo branco/magnético. Estessuportes têm a particularidade de permitir uma utilização polivalente. Tanto podem ser de escritadirecta, substituindo o quadro de giz, como de afixação magnética de elementos, substituindo, nestecaso, o flanelógrafo ou quadro de flanela.

TIPOS DE QUADROS

— Quadro preto (ardósia)— Quadro verde (sintético)— Quadro de flanela ou flanelógrafo— Quadro magnético— Quadro de afixação (cortiça)— Quadro branco ou cerâmico— Quadro de papel ou de conferência— Quadro copiador— Quadro interactivo

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QUADROS DE ESCRITA A GIZ

Nesta categoria englobam-se os quadros de ardósia e os sintéticos. Apesar do seu progressivodesuso, ainda os podemos encontrar em grande número sobretudo em estabelecimentos de ensino.

Quadro de escrita a giz

VANTAGENS

— Baixo custo de aquisição e utilização.

— Fácil utilização visto não necessitarem de conhecimentos técnicos específicos.

— Larga implantação na maioria dos estabelecimentos de ensino.

— Utilização de cores. Existe uma larga variedade de giz de cor.

— Elevada durabilidade.

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DESVANTAGENS

— Pó de giz. É sem dúvida o maior inconveniente deste tipo de quadro. A sua utilização provocagrandes quantidades de pó, sujando o utilizador e o espaço circundante. Este pó é tambémprejudicial à saúde.

— Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo, quebrando-seo contacto visual.

— A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece,não podendo ser reutilizada.

— Legibilidade deficiente. Normalmente o utilizador dá pouca importância aos aspectos gráficos (letragem, traço, cores, etc. ) de que resulta uma informação deficiente.

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QUADRO DE FLANELA OU FLANELÓGRAFO

O quadro de flanela ou flanelógrafo é dos que mais facilmente podem ser construídos pelo formador. Éconstituído por um painel de contraplacado ou aglomerado de madeira, sobre o qual é colada umaflanela.

Imagem de flanelógrafo

O seu funcionamento baseia-se no princípio da aderência por contacto, de duas superfícies rugosas. Seos elementos a utilizar forem contituídos pelo mesmo material ou idêntico, aderem por si. Se oselementos forem em materiais não aderentes é necessário colar na parte de trás pedaços de papel delixa, de papel de veludo ou de Velkro , para permitir a aderência.

Para garantir uma melhor aderência o quadro deve ter uma ligeira inclinação para trás.

VANTAGENS

— Fácil de construir.

— Pouco dispendioso.

— Elementos fáceis de realizar. Os elementos são facilmente confeccionados pelo formador,consoante as necessidades.

— Mobilidade e animação dos elementos. Os elementos põem-se e tiram-se muito facilmente, oque permite compor e decompor a informação.

— Elementos reutilizáveis.

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DESVANTAGENS

— Pouca implantação. Caiu em desuso por ter sido ultrapassado por outros auxiliarespedagógicos mais eficientes sendo actualmente muito difícil encontrá-lo em espaços deformação. Pela mesma razão também é difícil encontrar no comércio elementos jáconfeccionados.

— Preparação complexa e demorada. A utilização do flanelógrafo exige uma preparação cuidadaporque não permite improvisos. Exemplo: imagine-se a apresentar num flanelógrafo, asconclusões dum grupo, letra a letra!

— Acondicionamento dos elementos. Os elementos, por aderirem facilmente entre si, dificultam oseu manuseamento obrigando a que sejam guardados separadamente. Isto representa maisespaço para arrumação.

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QUADRO MAGNÉTICO

Este quadro é constituído por uma chapa de metal ferro-magnético e permite a afixação de elementos,através de pequenos ímanes.

Quadro magnético

Pelas suas características, este suporte é uma evolução do flanelógrafo.

A preparação dos elementos a afixar, é semelhante à do quadro de flanela, mas em lugar de se fixarmaterial rugoso nas costas dos elementos, utilizam-se materiais magnetizados.

Este quadro, tal como o flanelógrafo, não permite improvisos, obrigando a que o material dedemonstração seja cuidadosamente pensado e confeccionado com antecedência.

Ímanes para quadros magnéticos

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VANTAGENS

� Larga implantação visto que os quadros cerâmicos de escrita, muito vulgarizados nos espaços deformação, são também do tipo magnético.

� Elementos reutilizáveis.

� Elevada durabilidade dos elementos.

� Mobilidade e animação dos elementos. Tal como no flanelógrafo os elementos põem-se e tiram-se facilmente o que permite compor e decompor a informação.

� Afixação de documentos. O quadro magnético também serve de quadro para afixação dedocumentos utilizando ímanes. Exemplo: cartazes, fotografias, diagramas, recortes de jornais,mapas, etc.

DESVANTAGENS

� Preparação complexa e demorada. A utilização deste suporte exige uma preparação cuidadaporque não permite improvisos.

� Realização dos elementos. Os elementos para este suporte são mais dispendiosos e difíceis derealizar do que os elementos para o flanelógrafo.

� Acondicionamento dos elementos. À semelhança do que acontece com os elementos para oflanelógrafo, é difícil o seu manuseamento e acondicionamento.

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QUADRO DE AFIXAÇÃO

Os quadros de afixação são muito práticos porque podem fornecer, a baixo custo, informações de todaa espécie. Neles se podem afixar cartazes, fotografias, mapas, avisos e outros documentos.

Normalmente o quadro de afixação é um painel de madeira forrado a cortiça. Os documentos sãoafixados por meio de punaises ou alfinetes de cabeça plástica. Os quadros magnéticos também sãousados como quadros de afixação.

Alfinetes de cabeça plástica para quadros de afixação em cortiça ou sintéticos

Quadro de afixação em cortiça

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Quadro de afixação em feltro sintético

Devido às suas propriedades isolantes, a cortiça é frequentemente utilizada como revestimento dasparedes das salas de formação, o que permite utilizá-las como painéis de afixação.

Folha A4 afixada em parede forrada a cortiça

A disposição e preparação dos documentos deve ser cuidada de forma a que a informação seja clara,legível e visualmente atraente.

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QUADRO BRANCO OU CERÂMICO

Actualmente este tipo de quadro é o mais utilizado em salas de formação, pelas suas vantagens,nomeadamente a polivalência.

Quadro branco ou cerâmico

A sua principal função é como suporte de escrita directa, substituindo os primitivos quadros de giz.

Neste caso, um dos principais cuidados a ter é a correcta selecção e utilização dos materiais de escrita,visto só existir um tipo de caneta adequada a este suporte: a caneta de feltro do tipo não permanente(normalmente tem a designação:non permanent / dry wipe / for white board).

Canetas adequadas para quadros cerâmicos

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Apagador de quadro cerâmico

Este aspecto é importante visto que normalmente co-existem nas salas de formação canetas deaspecto idêntico, do tipo permanente (normalmente têm a designação: permanent / waterproof) própriaspara escrita em quadro de papel.

Se, por lapso, o formador utilizar canetas do tipo permanente, no quadro branco, a informação nãodesaparecerá com o apagador , podendo provocar uma situação de embaraço para o formador. Aoverificar-se esta situação, deve proceder-se do seguinte modo: utilizar um pano branco limpo oualgodão embebido em álcool e limpar com movimentos não circulares. Nunca utilizar o apagador doquadro embebido em álcool porque irá sujar ainda mais o quadro.

Para além de permitir a escrita directa, e servir como quadro magnético, com as vantagens e aplicaçõesdeste quadro, também pode ser utilizado como ecrã, em casos particulares. Nestes casos e devido aoalto brilho da sua superfície, deve-se ter o cuidado de não colocar espectadores no eixo de projecção, afim de evitar situações de encandeamento.

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Representação de sala com disposição dos formandosquando se utiliza o quadro branco como ecrã

No caso da utilização do quadro branco como ecrã, podemos complementar a informação original,obtida por projecção (retroprojector, episcópio, etc.), escrevendo directamente no quadro. Exemplos:preencher uma grelha de avaliação, legendar um organograma ou figura, completar um esquematécnico.

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Utilização combinada do quadro branco com um retroprojector

Ponteiro laser e o efeito produzido numa imagem

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VANTAGENS

� Baixo custo de aquisição.

� Facilidade de utilização visto não necessitar de conhecimentos específicos.

� Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.

� Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.

� Elevada durabilidade. A sua utilização não tem as desvantagens provocadas pelo pó de giz.

� Polivalência: Quadro de escrita, quadro magnético, ecrã em casos particulares.

DESVANTAGENS

� Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo quebrando-se ocontacto visual.

� Legibilidade limitada. As canetas normalmente disponíveis são de traço fino.

� Uso de canetas específicas. Só podem ser utilizadas canetas de feltro do tipo não permanente.

� A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece, nãopodendo ser novamente utilizada. Esta desvantagem tende a ser ultrapassada por quadrosrecentemente surgidos no mercado, que por processos electrónicos podem reproduzir cópias empapel, da informação escrita no quadro. São os quadros copiadores que veremos adiante.

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QUADRO DE PAPEL

O quadro de papel também conhecido por quadro de conferência é o mais pequeno dos quadros deescrita utilizados em formação.

Normalmente tem as dimensões de 90 x 60 cm e está montado num cavalete metálico. O cavalete podeser regulado em altura e inclinação. A parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação doconjunto de folhas de papel. A placa-base do quadro tem as mesmas características do quadro branco /magnético.

Quadro de conferência com conjunto de folhas de papele com a identificação das três outras utilizações que pode ter

A principal característica deste suporte é que a informação escrita em cada folha de papel nãodesaparece e pode ser reutilizada.

É frequente utilizar o quadro de papel em conjunto com outros auxiliares pedagógicos (quadro branco,retroprojector, etc.) já que têm utilizações complementares.

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Planta de sala com colocação dos quadros, retroprojector e ecrã

No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informaçãosíntese, o que permite em qualquer altura relembrar as ideias-chave.

Este quadro é de fácil transporte, ocupa pouco espaço e alia uma grande polivalência a uma fácilutilização. Estas características tornam-no ideal para pequenos grupos.

Letras e algarismos que se fixam, por magnetismo, a qualquer tipo de quadro magnético

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As folhas de papel usadas neste suporte, fornecidas em bloco, têm uma face lisa e outra rugosa. A faceapropriada para escrita é a lisa porque permite um melhor grafismo, não ensopa e poupa as pontas defeltro das canetas.

Apesar das canetas adequadas a este suporte serem do tipo permanente (waterproof), outros materiaisde escrita podem ser utilizados, como os lápis de cera, de cor, carvão, etc.

Canetas para escrita em folhas de papel de quadro de conferência

O quadro de papel também pode ser encarado como um bloco de notas gigante. Pode-se preparar comantecedência e guardar para posterior utillização: escrita, esboços, gráficos e figuras. Toda estainformação pode também ser obtida pela técnica da projecção, já referida para o quadro branco.

Sempre que o formador prevê que vai repetir o mesmo tema, em diferentes sessões, pode servantajoso preparar um álbum seriado. Este é basicamente um conjunto de folhas com a informaçãosíntese ordenada sequencialmente.

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VANTAGENS

— Fácil utilização.

— Baixo custo de aquisição.

— Preparação prévia. A informação pode estar pronta, ou em rascunho a lápis, para ser recobertaa tinta durante a sessão.

— Conservação e utilização posterior. Contrariamente aos outros quadros de escrita, ainformação não desaparece podendo ser reutilizada como síntese ou recapitulação. As folhaspodem ainda ser afixadas ou penduradas na sala de formação, para consulta, o que permitecertas discussões de grupo, resumir opiniões, etc.

— Não suja. A sua utilização não tem as desvantagens do pó de giz.

— Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.

— Diversos materiais de escrita.

— Fácil transporte. Normalmente a estrutura é articulada, o que permite obter um conjuntocompacto para facilitar o transporte.

— Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio não vira completamente as costas ao grupo.

— Polivalência: Quadro de papel.Quadro branco.Quadro magnético.

DESVANTAGENS

— Área para escrita muito limitada. Normalmente 90 x 60 cm.

— Carácter permanente da informação. Não permite emendar um erro sem rasura.

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QUADRO DE ESCRITA COPIADOR

O quadro de escrita copiador pertence a uma geração de meios visuais mais tecnológica, e tanto podeser utilizado em formação como em reuniões institucionais (empresariais).

As suas dimensões são variáveis, podendo ir desde o tamanho do quadro de papel (conferência), com85 cm de altura por 73 cm de largura, até aos de maiores dimensões, com 120 X 92 cm.

Estes quadros tanto podem ser de colocação na parede, como montados sobre uma estrutura móvelcom rodízios.

A principal característica deste meio, é permitir a obtenção de cópias em papel, da informação escritana superfície no quadro. Estas são reproduzidas em papel de termocópia no formato A4. Estacaracterística permite que o grupo utilizador concentre toda a atenção na informação apresentada, semnecessidade de a copiar.

Já existem modelos que se ligam por cabo a um PC e que depois de instalado um software, queacompanha o quadro, permite guardar ou imprimir, também a partir do computador, tudo o que se fizerno quadro.

Quadro de escrita copiador ligado a um PC e impressora

Outra característica é possuir várias (4) superfícies iguais para escrita, bastando carregar-se num botãopara que a superfície utilizada deslize lateralmente, sendo substituída pela outra. Alguns modelospermitem deslocar manualmente a superfície de escrita. Em modelos mais recentes há também umasuperfície, sem brilho, para ser usada como ecrã.

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Quadro de escrita copiador com várias superfícies de escrita.Há ainda outra superfície para ser usada como ecrã.

A sua utilização é extremamente simples, podendo ser usado como qualquer outro quadro branco dotipo convencional. As canetas apropriadas são do mesmo tipo, isto é, não permanentes. Os apagadoressão também do tipo convencional. Há, no entanto, algumas precauções a tomar com esta superfície deescrita. A principal é nunca se utilizarem canetas do tipo permanente, cuja informação só pode serapagada com álcool, o que a danificará.

Outra das precauções é não deixar informação escrita ou pedaços de fita cola, durante muito temposobre a superfície, o que pode dificultar a sua remoção. A limpeza desta superfície só deve ser feitacom um detergente suave, solúvel em água. O uso de produtos diluentes, como por exemplo, a benzinaou o álcool, são absolutamente interditos, pois danificam a superfície de escrita.

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Painel de comando das funções do quadro copiador e da impressora

Também se deve evitar a colocação do aparelho em lugares expostos ao sol ou muito próximo desistemas de aquecimento de ambiente.

Superfície a ser usada exclusivamente como ecrã de projecção

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A humidade também pode afectar o seu funcionamento, sobretudo no que respeita à impressão empapel.

Já existem modelos portáteis, leves (cerca de 5 Kg), com a área de escrita idêntica à de um quadro depapel. Também pode ser ligado a um PC ou a uma impressora.

Quadro de escrita copiador portátil montado sobre um quadro de conferência

VANTAGENS

– Facilidade de utilização.

– Conservação da informação por cópia em papel.

– Integração com meios informáticos nalguns aparelhos.

DESVANTAGENS

� Custo de aquisição.

� Sensibilidade. A superfície de escrita pode ser danificada pela permanência prolongada dainformação escrita, pelo álcool e pela exposição ao sol.

� Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo.

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QUADROS INTERACTIVOS

Uma das últimas inovações a surgir no mercado foram os quadros de escrita interactivos.

Com estes quadros o formador/utilizador pode:

— Escrever na sua superfície com as canetas de um normal quadro de escrita;

— Escrever ou desenhar sobre qualquer imagem nele projectada com canetas virtuais e tintaelectrónica a cores;

— Apagar o que se escreveu ou desenhou com um apagador virtual;

— Usar como ecrã (a superfície não tem brilho);

— Projectar a imagem de um PC e com o toque de um dedo ou de uma caneta especial actuarsobre os ficheiros, o sistema operativo e o software do PC;

— Usar um teclado virtual para escrever;

— Fazer save de cada imagem para um PC e imprimir, no final da sessão, para distribuir aosformandos. Se o save for feito em HTML pode colocar tudo na Internet;

— Pode alterar posteriormente os ficheiros que se guardaram.

É evidente que isoladamente estes quadros só podem ser usados como quadro de escrita e ecrã. Parase obter todo o rendimento temos de usar um PC ligado a um projector de data/vídeo que projecta aimagem do PC sobre a superfície do quadro. Temos, portanto, de usar 3 equipamentos (quadro, PC eprojector de data) o que representa uma despesa/investimento avultado.

Quadro interactivo

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No PC que usarmos para este fim temos de instalar software que faz funcionar as diferentes opções deutilização. Após a instalação do software há que calibrar a imagem (definir a área útil). Depois de feita ainstalação e calibração podemos começar a usar qualquer software. Por exemplo fazer apresentaçõesem PowerPoint ou usar o Excel podendo adicionar informação ao que está a fazer.

O princípio de funcionamento baseia-se num sistema de coordenadas (abcissa e ordenada) nasuperfície do quadro. Ao actuarmos sobre a imagem projectada (calibrada) com as canetas virtuaispermite-nos seleccionar as opções como se estivéssemos a usar o rato.

Dois exemplos de imagens às quais foi acrescentada informação feita manualmente

Alguns destes quadros funcionam com uma caneta especial (algumas alimentadas por uma pilha).Com esta caneta seleccionamos de um menu a função que queremos usar.

Também já existem modelos em que o formador/utilizador não tem de estar diante do quadro. Podesentar-se no meio dos formandos/participantes e controlar e fazer tudo actuando sobre uma pranchetaque transmite os dados ao quadro por infravermelhos.

Existe, ainda, uma marca que comercializa um dispositivo que se fixa, com ventosas, a um vulgarquadro de escrita do lado esquerdo do mesmo. Por infravermelhos e ultrasons o aparelho faz a leiturade tudo o que se escreve/desenha, a cores e em tempo real, no quadro e guarda como ficheiroinformático em diferentes formatos à escolha do utilizador. Tem cartuchos próprios onde se introduzemas canetas normais para quadros brancos. Fazem, igualmente, parte do conjunto um apagador e umacaneta especial que substitui o rato. Também funciona ligado a um PC e um projector de data/vídeocomo já foi referido para os quadros.

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Conjunto de elementos que permite transformar um quadro branco em quadro interactivo

Dispositivo colocado no quadro e ligado a um laptop

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Modelo para quadros de conferência

Este equipamento é substancialmente mais acessível que os quadros interactivos apresentando aimportante vantagem de ser portátil. O formador/utilizador pode levar o conjunto para qualquer salaonde houver um quadro de escrita. Ao ser usado como ecrã para um projector de data/vídeo tem comodesvantagem o brilho que a superfície do quadro produz. Nesta situação o formador/utilizador devefazer deslocar os formandos/espectadores para fora do eixo de projecção para evitar o encandeamentodos mesmos.

Além dos quadros também há ecrãs interactivos que funcionam por retroprojecção. Têm uma grandevantagem sobre os quadros – o utilizador não provoca sombra na superfície de trabalho.

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Ecrã interactivo que funciona por retroprojecção

Já existem, também, monitores de plasma com superfície sensível ao toque e que se comportam domesmo modo.

Monitor de plasma interactivo

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VANTAGENS

— Fácil de usar (após aprendizagem do software e prática de utilização).

— Intuitivo.

— Atractivo da novidade.

— Portabilidade de alguns modelos/marcas.

— Aumenta a produtividade. Os formandos/participantes concentram-se no que interessa em vez deestarem a tomar notas.

— O software permite guardar em ficheiro informático. Tudo o que se faz pode ser impresso,partilhado na Internet por e-mail ou em HTML.

DESVANTAGENS

— Sombra produzida pelo utilizador (nos modelos que não têm prancheta de desenho).

— Posição do utilizador. O formador, enquanto escreve/desenha vira as costas ao grupo,quebrando-se temporariamente o contacto visual.

— Habituação para usar os vários botões e menus.

— Custo do quadro e software.

— Necessidade de mais 2 equipamentos (PC e projector de data/vídeo) para que a interactividadefuncione.

— Rigidez de colocação. Apesar de haver modelos com rodas, as grandes dimensões e o pesotornam a mobilidade dos quadros reduzida.

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PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO DOS QUADROS

Para uma correcta utilização dos quadros devem-se ter em conta os seguintes factores:

— Dimensão dos caracteres. Para garantir uma boa visibilidade a dimensão dos caracteres édeterminada pela distância ao quadro do participante mais afastado.

— Relação altura/espessura. A espessura do traço deve ser proporcional à altura dos caracteres.

— Espacejamento. Deve-se ter o cuidado de espacejar correctamente as letras e as palavras.

— Entrelinhamento. O espaço entre as linhas também deve merecer a nossa atenção.

— Tamanho de letra. É aconselhável manter o mesmo tamanho das letras em cada linha.

— Tipo de letra. Deve ser simples para facilitar a leitura.

— Utilização de cores. As cores a utilizar devem provocar um bom contraste com o suporte edistinguirem-se bem entre si .

— Ênfase. Para dar ênfase a parte de uma informação (ideia-chave, título, etc.) pode-se mudar acor, o formato ou simplesmente sublinhar.

— Linhas horizontais. A informação escrita deve estar disposta segundo linhas regulares ehorizontais.

Sala de reuniões com quadro de escrita copiadore ecrã que se movimenta sob comando eléctrico

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DOCUMENTOS GRÁFICOS

Os documentos gráficos representam um conjunto importante de auxiliares pedagógicos a quepodemos recorrer através do sentido da visão.

Um auxiliar visual gráfico é normalmente a representação simbólica da realidade. O importante não é arepresentação exacta do objecto real, mas a apresentação clara e simplificada de alguns dos seusaspectos. O exemplo mais vulgar deste tipo de documentos são os sinais de trânsito que utilizam,quase exclusivamente, uma linguagem de imagens para simbolizar ideias ou objectos.

Exemplo de cartaz

Exemplo de desenho digital

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Exemplo de um desdobrável

Em formação, os documentos gráficos mais apropriados são os diagramas, os esquemas, os gráficos,os organigramas, as fotografias, os desenhos, os cartazes, sem esquecer os livros, os manuaistécnicos, as fotocópias e os mapas,cartas e globos.

Mapas e globo terrestre

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Os documentos gráficos têm como principal função, completar de forma simples e prática a informaçãoapresentada, quer oralmente, quer através de outro meio audiovisual. Estes documentos podem serfacilmente adaptados ou modificados, em função das alterações de conteúdo de cada acção.

Na sua execução, de uma forma geral, os documentos gráficos apelam a técnicas variadas como aletragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem, a fotografia por processos manuais elaboratoriais ou recorrendo a meios informáticos.

VANTAGENS

— Baixo custo. Podem ser obtidos pelo formador sem grandes despesas.

— Fácil adaptação aos conteúdos.

— Fácil transporte, reduzido peso e dimensões.

— Fácil utilização. A sua utilização não envolve conhecimentos e meios técnicos específicos.

— Fácil preparação.

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MODELOS E MAQUETAS

Quando em formação se pretende falar sobre um objecto real, é melhor mostrar esse mesmo objectodo que a sua representação. No entanto, há situações que limitam o contacto directo com essesobjectos por serem muito grandes (avião), muito pequenos (molécula), complexos (motor de explosão)ou perigosos (armas).

Um modelo do corpo humano

Um disco duro de computador (aberto)

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Uma maqueta

Sempre que se utilizam maquetas ou modelos, deve-se indicar qual é a escala de representação, demodo a não induzir os formandos em erro.

Esqueleto de um pássaro

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RECURSOS DO MEIO AMBIENTE

O meio ambiente, apesar de muitas vezes ser esquecido, pode ser um importante auxiliar pedagógico.Normalmente, o formador pode encontrar no meio que o rodeia uma série de recursos que podemcomplementar a formação em sala.

Um exemplo de recurso do meio ambiente - Oceanário - Parque das Nações

Alguns destes recursos podem ser os museus, as bibliotecas, as empresas, as instalações fabris, asfeiras, as exposições e os recursos da natureza.

A exploração destes recursos permite ligar as actividades de aprendizagem às realidades concretas davida.

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TELAS DE PROJECÇÃO (ECRÃS)

As telas de projecção, vulgarmente conhecidas por ecrãs, são superfícies apropriadas para ovisionamento de imagens projectadas.

Um ecrã é basicamente uma superfície plana com características adequadas para receber imagensprojectadas.

Os ecrãs podem ser opacos ou translúcidos.

Nos ecrãs opacos a imagem projectada pelo aparelho é reflectida na sua superfície, permitindo aoespectador o visionamento. Os ecrãs mais usados em formação são normalmente os opacos.

Representação de uma sala com ecrã opaco

No ecrã translúcido a imagem não é reflectida mas transmitida através do próprio ecrã. À projecçãoobtida através destes ecrãs chama-se retroprojecção (projecção por trás).

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Representação de uma sala com ecrã translúcido

As características da superfície do ecrã influenciam determinantemente a qualidade da imagemreproduzida. O seu rendimento depende dos seguintes factores:

— Brilho - intensidade da luz reflectida.

— Contraste - diferença entre as zonas mais claras e mais escuras.

— Fidelidade da cor - reprodução das cores sem alteração.

— Direccionalidade - determinação do ângulo de visionamento.

Quanto ao tipo de superfície os ecrãs podem ser:

— Mate

— Perolado

— Lenticular

No ecrã mate a superfície é branca e lisa mas sem brilho. As imagens reflectidas têm umaluminosidade uniforme mesmo quando visionadas lateralmente. A sua direccionalidade (ângulo devisionamento) é de 30 graus para cada lado do eixo de projecção.

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Os ecrãs mate não reflectem tanta luz como os perolados e os lenticulares, mas têm um bom ângulo devisionamento.

Para utilização corrente e se a sala puder ser obscurecida, recomenda-se a utilização dum ecrã destetipo.

É o ecrã que mais se encontra nos espaços de formação sobretudo pelo seu baixo custo.

Este ecrã é mais apropriado para salas largas e pouco profundas.

Ecrã mate

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O ecrã perolado é formado por uma superfície branca recoberta de minúsculas contas de vidro incolor.Estas contas são altamente direccionais reflectindo a luz na direcção exacta donde provém. Emconsequência disto, os espectadores colocados junto ao eixo de projecção recebem uma imagem maisbrilhante do que os colocados lateralmente. Frontalmente o factor de reflexão de um ecrã perolado écerca de quatro vezes superior ao de um ecrã mate. Para um ângulo superior a 20 graus, este factor éinferior ao do ecrã mate.

Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã perolado

O ecrã perolado é, portanto, mais luminoso, mas também mais direccional que o ecrã mate.O seu uso recomenda-se em salas estreitas e compridas.

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Representação do comportamento dos diferentes tipos de ecrãconforme o ângulo de reflexão

O ecrã lenticular é constituído por matéria plástica resistente e moldada de tal forma que se comportacomo uma superfície recoberta de minúsculas lentes côncavas. Este tipo de ecrã combina as vantagensdo ecrã perolado (factor de reflexão muito elevado) com as do ecrã mate (ângulo de visionamentolateral de 30 graus).

O factor de reflexão deste ecrã, tal como no perolado, é cerca de quatro vezes superior ao do mate masnão se atenua lateralmente. Este tipo de ecrã é o mais indicado para salas grandes.

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Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã lenticular

Devido ao seu elevado rendimento luminoso os perolados e os lenticulares podem ser usados semobscurecimento total das salas.

Além dos custos de aquisição são sobretudo as condições da sala onde se efectua a projecção quedevem condicionar a escolha do tipo de ecrã a utilizar.

Quanto ao formato, os ecrãs de projecção podem ser de dois tipos:

� Quadrado

� Rectangular

O formato quadrado tem a vantagem de permitir a projecção de imagens com enquadramentohorizontal ou vertical, nomeadamente de diapositivos e de acetatos para retroprojector. Este é o formatomais adequado para espaços de formação.

O formato rectangular é mais apropriado à projecção cinematográfica por ser compatível com oenquadramento horizontal da imagem.

Quanto à forma de montagem, os ecrãs podem ser fixos ou móveis. Em espaços de formação é maiscomum encontrarem-se ecrãs de parede ou de tripé com recolha por enrolamento. Em alguns casos osde parede, de maiores dimensões, têm enrolamento eléctrico.

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Ecrã de grandes dimensões com enrolamento eléctrico

Representação dos vários tipos de ecrã.

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PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO

— A área de visionamento varia com o grau de direccionalidade do ecrã utilizado.

— O ecrã deve ter uma largura de cerca de 1/6 do comprimento da sala.

— A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada.

— O eixo de projecção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã.

— Sempre que possível o limite inferior do ecrã deve ficar à altura dos olhos dos espectadores.

— Devem evitar-se as distorções geométricas na imagem projectada.

— A imagem projectada deve, se possível, encher o ecrã.

— No fim da utilização deve-se enrolar o ecrã a fim de preservar a sua superfície de danos ousujidade.

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MEIOS VISUAIS PROJECTÁVEIS

O conjunto de meios que abaixo se identificam utiliza como veículo da informação a imagem projectadanum ecrã. Tanto pelos antecedentes históricos, como pelo seu papel na actualidade, continuam a serdos mais importantes em formação.

Os meios visuais projectáveis mais utilizados são:

— EPISCÓPIO

— PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS

— RETROPROJECTOR

— PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS

Destes meios o mais importante é o retroprojector tanto pela sua versatilidade como pela sua taxa deutilização.

O EPISCÓPIO

Este tipo de aparelho destina-se essencialmente à projecção fixa, por reflexão, de documentos opacostais como: fotografias, páginas de livros, jornais ou revistas, desenhos e até pequenos objectos.

O episcópio foi utilizado durante vários anos, mas a sua utilização como auxiliar de formação foilimitada pela fraca luminosidade da imagem projectada.

Esquema de funcionamento de um episcópio

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O documento a projectar é colocado no porta-documentos sendo comprimido contra uma placa devidro. É iluminado então por uma lâmpada, sendo a projecção obtida por intermédio dum espelho,inclinado a 45 graus, que reflecte a imagem para a objectiva e desta é projectada para o ecrã. Aimagem é reproduzida com as cores originais.

Modelo antigo de episcópio

Modelo moderno de episcópio

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VANTAGENS

— Facilidade de utilização.

— Variedade de documentos. Devido ao tipo de documentos que podem ser utilizados, avariedade é quase ilimitada.

— Os documentos não necessitam de preparação prévia.

— Reprodução de elementos. Se a imagem for projectada sobre um quadro de escrita, branco oude papel, é possível reproduzir por cópia: desenhos, gráficos, etc.

Reprodução por cópia de imagem projectada

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DESVANTAGENS

— Dimensões e peso. Normalmente estes aparelhos são volumosos, pesados e de difíciltransporte.

— Danificação dos documentos. Devido à utilização de lâmpadas de elevada potência (cerca de1000 W), estes aparelhos aquecem os documentos em demasia, podendo danificá-los, o que égrave com documentos originais.

— Obscurecimento da sala. Devido à fraca luminosidade da imagem projectada, é absolutamentenecessário obscurecer a sala, o que provoca quebras de ritmo na comunicação.

— Pouca implantação. Actualmente é raro encontrá-lo em espaços de formação.

— Inacessibilidade do documento durante a projecção. Como o original está colocado entre umvidro e o porta-documentos, o formador não pode actuar directamente sobre ele (apontardirectamente, acrescentar ou revelar progressivamente a informação).

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PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS

O projector de diapositivos, vulgarmente conhecido por projector de slides, é o sucessor do mais antigomeio de projecção fixa que se conhece, a lanterna mágica. Conhecido dede 1650, este aparelho tinhasobretudo uma função recreativa familiar. Projectava imagens coloridas.

Este aparelho projectava imagens coloridas pintadas em chapas de vidro através de uma óptica simples(lente) e cuja fonte luminosa era uma simples lamparina.

Neste século com o advento da electricidade e simultaneamente da fotografia, houve uma enormeevolução neste aparelho. A fonte luminosa passou a ser constituída por uma lâmpada, a lente evoluiupara uma objectiva (conjunto de lentes) e a imagem a projectar passou a ser do tipo fotográfico. Noentanto, só após a Segunda Guerra Mundial se verificou a sua larga difusão tanto no ensino como naformação profissional.

Num projector de slides encontramos normalmente um sistema de iluminação constituído por umalâmpada e um reflector. Um sistema de condensadores concentra o feixe luminoso sobre o slide aprojectar. Finalmente, a objectiva transmite a imagem ampliada para o ecrã, permitindo também a suafocagem.

Esquema de funcionamento de um projector de slidescom carregador circular

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Interior de um projector de slides onde podemos ver o reflector, duas lâmpadas,lente convergente, filtro anti-calórico e mais uma lente convergente

A fim de evitar que por sobreaquecimento o slide se danifique, existe um sistema de arrefecimentoconstituído pelo filtro anticalórico e por uma turbina de arrefecimento controlada por um termostato.

Como, em alguns retroprojectores , pode acontecer que, depois de desligada a lâmpada, a turbina dearrefecimento se mantenha a funcionar até se normalizar a temperatura no interior do aparelho, oaparelho nunca deve ser desligado da corrente enquanto a turbina estiver em funcionamento.

Lembramos que, sempre que uma imagem é transmitida através de um conjunto óptico, sofre umainversão em relação ao original. Por esta razão temos sempre de colocar o slide em posição invertidano aparelho.

O DIAPOSITIVO / SLIDE

O diapositivo, como o seu nome indica, é uma imagem transparente positiva, em filme (películafotográfica), normalmente colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projecção.

Este documento, o diapositivo, obtem-se utilizando películas fotográficas do tipo inversível. Destaspelículas, por revelação, obtêm-se directamente imagens prontas a ser visionadas.

O formato mais usado em formação é o de 36mm x 24mm obtido, por corte, da película de 35 mm.Cada diapositivo é assim um original único cuja reprodução além de dispendiosa, degrada bastante aqualidade da imagem.

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Um diapositivo mal protegido (caixilho simples ou CS) está sujeito a numerosos danos de utilização. Osmais comuns são: as impressões digitais e os riscos na película, resultantes do manuseamento ou mauacondicionamento; a degradação da imagem resultante do calor do feixe de projecção e o efeito daspoeiras.

Caixilhos para diapositivos: com vidros, tipo CS e normal

Os caixilhos CS possuem nos bordos entalhes para encaixe nos respectivos carregadores. Os slidesficam presos aos carregadores e podemos inclusive invertê-los sem que os slides caiam como acontecenos vulgares carregadores longitudinais.

Sistema de fixação tipo CS

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Por estas razões cada diapositivo deve ser protegido por caixilhos especiais. Nestes caixilhos, apelícula fica entalada entre dois finos vidros especiais. Além de proporcionarem uma eficaz protecçãoaos danos mencionados, também mantém a película no mesmo plano, evitando que empole com ocalor o que provoca desfoque na imagem. Os caixilhos especiais com vidros não entram noscarregadores tipo CS.

Caixilho especial aberto

Um dos aspectos mais importantes na utilização deste meio é o correcto posicionamento dos slides aprojectar porque das oito posições possíveis, só uma é correcta.

Para colocar correctamente os slides deve proceder da seguinte forma:

1 - Orientar o slide de forma a ver/ler correctamente a imagem. Para facilitar a orientação use, sempreque existam na imagem, referências tais como palavras, matrículas de automóveis, etc. Todos osslides têm uma face menos brilhante que a outra (face da emulsão). Esta face menos brilhante temde estar virada para a objectiva do projector.

2 - Rodar o caixilho 180 graus mantendo sempre a mesma face do slide virada para si. A imagem ficade “pernas para o ar”.

3 - Colocar o slide no carregador, nesta posição.

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Orientação do slide

Marcação de um slide, no caixilho

O incorrecto posicionamento dos slides pode provocar situações embaraçosas para o formador durantea projecção. Isto pode ser evitado se os caixilhos forem marcados.

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Esta marcação tem por objectivo:

— Garantir o correcto posicionamento para projecção.

— Classificar ou ordenar numericamente os slides.

A marcação deve ser efectuada no canto superior direito da face virada para o operador, na posição emque o slide entra no carregador. Esta marcação deve ser feita com caneta de feltro do tipo permanentesobre próprio caixilho ou numa pequena etiqueta autocolante.

Colocação do slide num carregador circular

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Colocação do slide num carregador longitudinal do tipo CS

Existem no mercado vários tipos de projectores de slides. Normalmente em instituições de formaçãousam-se modelos robustos e fiáveis. Estes modelos costumam ter:

— Carregadores circulares, para funcionamento na horizontal, com tampa protectora.

— Objectivas zoom (distância focal variável) para uma melhor adaptação às dimensões dasdiferentes salas de formação.

— Dispositivos de mudança rápida de lâmpada - deslocando um manípulo entra em funcionamentouma lâmpada de reserva.

Manípulo na traseira do projector que permite a mudança rápida da lâmpada

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As duas lâmpadas lado a lado no interior do projector de slides

– Comandos a distância que, por cabo ou infra-vermelho, permitem fazer avançar ou recuar osslides, ou ainda fazer correcções na focagem.

Comando à distância por infravermelhos

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Projector de slides de carregador circular

Projector de slides de carregador longitudinal tipo CS e respectivo comando

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Há também modelos que além de serem vulgares projectores de slides têm pequenos ecrãsincorporados, muito práticos para visionar e seleccionar imagens. Estes modelos são normalmente debaixo custo.

O ecrã usado como mesa de luz para escolha/selecção de slides

O ecrã usado como tela de visionamento dos slides

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O mesmo aparelho pode também ser usado como um vulgar projector de slides

VANTAGENS

– Qualidade da imagem projectada.

– Facilidade de transporte do projector.

– Robustez e fiabilidade nos modelos institucionais.

– Facilidade de obtenção de assuntos. Tudo o que se pode fotografar é utilizável.

– Rapidez de apresentação da imagem.

– Compatibilidade. Os formatos dos slides estão normalizados mundialmente.

– Baixo custo de realização dos documentos.

– Facilidades de utilização do projector: controlo remoto, focagem, avanço e retrocesso deimagem.

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DESVANTAGENS

– Elevado custo dos aparelhos institucionais.

– Obscurecimento da sala.

– Impossibilidade de intervenção directa sobre o documento.

– Impossibilidade de animação dos documentos.

– Dificuldade de utilização combinada com outros meios audiovisuais.

– Preparação prévia da sessão.

– Posição do aparelho. Afastado e em posição oposta à do formador.

PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO

– Garantir uma imagem projectada:

� de dimensões adequadas ao grupo espectador;

� sem distorções geométricas e centrada no ecrã;

� bem focada;

� sem interrupções do feixe luminoso (projector sobrelevado).

– Garantir o obscurecimento da sala.

– Garantir o correcto ordenamento e posicionamento das imagens a projectar.

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O RETROPROJECTOR

O retroprojector começou a ser utilizado em formação durante a Segunda Guerra Mundial, pelo exércitoamericano, para diminuir o tempo de instrução militar.

Foi o primeiro meio de projecção a ser utilizado com luz ambiente normal. Devido a esta característicapode ser utilizado em complemento e simultaneamente com outros auxiliares pedagógicos,normalmente os quadros.

O retroprojector foi concebido de forma a projectar documentos transparentes de grande formato, acurta distância, produzindo uma grande imagem.

Nos retroprojectores primitivos, devido à complexidade dos sistemas ópticos (jogos de espelhos econdensadores) a luminosidade da imagem final era significativamente reduzida por reflexões internas.Para obviar a este inconveniente e obter uma luminosidade uniforme, equipavam-se os retroprojectorescom lâmpadas muito potentes, obrigando ao uso de filtros anticalóricos e pesados condensadores devidro. Eram, portanto, aparelhos volumosos, pesados e de elevado consumo de energia.

Esquema de funcionamento de um retroprojector

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Com a evolução técnica foram criados aparelhos mais racionais, ligeiros e compactos.

Os pesados condensadores de vidro foram substituídos por lentes de Fresnel, de plástico. As lâmpadasprimitivas foram substituídas por outras de menores dimensões e consumo, mas de elevado rendimentoluminoso.

Todos estes factores contribuíram para uma larga utilização deste meio nas empresas, escolas einstituições de formação.

Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima dodocumento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Estacabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos, e sobretudo emportáteis, a focagem faz-se na própria objectiva.

Representação do princípio de funcionamento de uma lente de Fresnel

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Actualmente podem-se encontrar retroprojectores portáteis, extremamente leves e compactos que setransportam numa pasta de reduzidas dimensões.

Retroprojector portátil na sua mala de transporte

Princípio de funcionamento de um retroprojector portátil

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Retroprojector portátil em posição de transporte

Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima dodocumento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Estacabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos e sobretudo emportáteis a focagem faz-se na própria objectiva.

Cabeça de projecção onde se pode ver a alavanca de focagem

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Retroprojector portátil em posição de utilização

Os retroprojectores portáteis têm a lâmpada na cabeça de projecção e o feixe luminoso vem para baixoem direcção ao porta-documentos. O porta-documentos é constituído por uma lente de Fresnel desuperfície espelhada (reflectora) que devolve a luz reflectida à cabeça de projecção. Uma vez que oporta-documentos é um espelho, onde toda a potência luminosa da lâmpada se reflecte, torna-seincómodo/cansativo para o utilizador olhar para os acetatos que projecta. Deve evitar-se o uso destesretroprojectores durante períodos prolongados (horas).

Os três tipos mais comuns de retroprojector

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Os retroprojectores actuais apresentam corpos menos volumosose lâmpadas mais potentes

Os retroprojectores mais comuns são equipados com lâmpadas de halogéneo de 24 v - 250 wou 36v - 400w.

Estas potências são suficientes para a apresentação de acetatos em salas de formação.

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Os 2 tipos de lâmpadas mais utilizadas nos actuais retroprojectores.(de 36V- 400W e de 24V- 250W)

Estas lâmpadas não têm, no entanto, potência luminosa suficiente para a utilização do retroprojectorcom Painéis de Cristais Líquidos (PCL). Estes painéis, nomeadamente os policromáticos de milharesde cores, devido à grande densidade da imagem obrigam à utilização de retroprojectores específicos.Estes aparelhos são equipados com lâmpadas de metal-halide normalmente com 575 W de potência.Estas últimas são de elevado custo.

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Interior de retroprojector com lâmpada do tipo metal-halide

A utilização de lâmpadas de elevada potência produz muito calor, obrigando estes aparelhos apossuirem sistemas de arrefecimento eficazes e de preferência silenciosos. O ruído de funcionamentodo conjunto (PCL+retroprojector) não pode constituir um elemento perturbador para o utilizador. Estesaparelhos são substancialmente mais caros que os aparelhos comuns.

Todo o tipo de lâmpadas (tungsténio e halogéneo) que se usam em retroprojectores nunca deve sertocada pelos dedos. A gordura da nossa pele reage com o vidro da lâmpada (feito à base de quartzo) eproduzirá manchas no vidro, que diminuirão o rendimento luminoso e o tempo de vida da lâmpada.

Efeito que o contacto com a nossa pele produz no vidrodas lâmpadas de halogéneo

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É por este motivo que as lâmpadas vêm sempre protegidas nas suas embalagens. A lâmpada deve sercolocada com a sua protecção e só depois de colocada no seu suporte é que se retira a protecção.Estas recomendações são também válidas para todo o tipo de aparelhos/dispositivos que operem comeste tipo de lâmpadas, incluindo os faróis dos nossos automóveis.

Lâmpadas com a embalagem de protecção

Os procedimentos para se garantir um visionamento em boas condições técnicas são os seguintes:

— Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada.

— Levantar o espelho da cabeça de projecção (se o não fizer e ligar o aparelho, o espelho podequebrar por sobreaquecimento).

— Accionar o interruptor de funcionamento, o que em condições normais fará acender alâmpada. Se tal não suceder, verificar se chega corrente ao aparelho, se o fusível ou a lâmpadase encontram fundidos. Se após estas verificações a lâmpada não acender, o aparelho pode teruma avaria que só os serviços técnicos competentes poderão solucionar.

— Regular o tamanho da imagem. Como este aparelho é de distância focal fixa, o tamanho daimagem projectada depende da distância do aparelho ao ecrã. Normalmente a imagem deveencher o ecrã.

— Posicionar correctamente o aparelho face ao ecrã, de modo a não haver obstrução edistorção na imagem projectada. Normalmente o aparelho deve ser colocado numa posiçãobaixa o que vai acentuar o eixo de projecção, provocando uma distorção vertical na imagem.Quando no plano horizontal, o eixo óptico do aparelho não é perpendicular ao ecrã, dá-se umadistorção horizontal na imagem.

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Distorção vertical da imagem projectada

Correcção da distorção vertical.

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Distorção horizontal

Correcção da distorção horizontal e também do desfoque

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— Focar a imagem projectada. Colocar um acetato impresso no porta-documentos e rodar omanípulo de focagem até se obter uma imagem correctamente focada. As distorções de imagematrás referidas também afectam a focagem.

Efeito de desfoque do lado esquerdo do ecrã

Após a utilização não se deve desligar o aparelho da tomada. Há aparelhos em que, depois dedesligada a lâmpada, o sistema de arrefecimento continua a funcionar até à normalização datemperatura no interior do aparelho.

Enquanto a lâmpada estiver ligada, não se deve deslocar o retroprojector. Corre-se o risco de fundir alâmpada. Todos os movimentos que tiver de fazer deverão ser suaves.

Alguns aparelhos têm um comutador para duas posições de intensidade luminosa. A maior intensidadesó deve ser usada quando for mesmo necessária, porque reduz o tempo de vida da lâmpada.

Em alguns retroprojectores o bloco lâmpada e reflector pode ser deslocado em altura, aproximando ouafastando a fonte luminosa do porta-documentos. O efeito pretendido é a optimização do feixe luminosode modo a que a mancha luminosa no ecrã seja branca e homogénea. Quando desajustado surgirãonos limites da zona iluminada manchas azuladas ou amareladas.

Apesar de não ser um ajuste técnico, também é conveniente verificar o estado de limpeza do porta--documentos, lente ou objectiva e espelho.

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PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO

— Pelas características da retroprojecção o utilizador não precisa de olhar para o ecrã para ver ainformação, visto que o faz directamente no porta-documentos. Por esta razão a posição doutilizador é sempre frontal ao grupo não havendo, portanto, quebras na comunicação. Outilizador pode, assim, apresentar simultaneamente a informação oral e escrita.

— Quando se pretende revelar progressivamente o conteúdo do acetato devem-se utilizarmáscaras. Uma máscara é normalmente uma folha de papel opaca que cobre, no acetato, ainformação que não se quer revelar de imediato. As máscaras podem ser progressivas ouselectivas.

— A utilização de máscaras aumenta o interesse do grupo e evita a dispersão da atenção.

Dois tipos de máscaras mais usadas - máscara progressivae máscaras selectivas (em baixo à direita)

— Sempre que se pretende salientar parte da informação deve-se apontar directamente no acetato.Nunca apontar directamente no ecrã, porque o utilizador entra no cone de luz, perde o contactovisual com o grupo e pode danificar o ecrã.

— Nunca se deve deixar o aparelho ligado em permanência. O utilizador não deve ligar o aparelhosem se certificar que o documento a apresentar está correctamente colocado. Após aapresentação de cada documento deve-se desligar o aparelho, o que faz regressar a atenção dogrupo ao formador.

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— O retroprojector também permite a escrita directa como se se tratasse dum simples quadro deescrita. Neste caso o utilizador escreve sobre um acetato colocado no porta-documentos, com oaparelho ligado. Desta forma também se pode acrescentar informação suplementar emdocumentos já elaborados.

— Outra possível utilização deste aparelho é a apresentação de objectos transparentes e silhuetasde opacos.

— A informação pode ser repartida por vários acetatos, presos a uma moldura de cartolina, que aoserem progressivamente sobrepostos vão criar a informação final - acetato composto

Acetato composto com todos os acetatos sobrepostos

— Em casos particulares o retroprojector pode ser usado para reproduzir por cópia: desenhos,gráficos e figuras, em quadros de escrita (ver Quadro Branco).

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VANTAGENS

— Não há obscurecimento da sala. Ao contrário de outros meios projectáveis (projector dediapositivos, episcópio), a utilização deste meio é feita com luz ambiente, o que não quebra oritmo da exposição.

— Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.

— Baixo custo.

— Utilização de cores. Existe uma larga variedade de cores nos materiais para confecção dedocumentos projectáveis.

— Economia de tempo. A preparação prévia dos documentos poupa o tempo de escrita que serianecessário durante a sessão.

— Durabilidade dos documentos, desde que devidamente acondicionados em bolsas próprias oudossiers.

— Reutilização dos documentos. A informação pode ser sempre utilizada posteriormente namesma sessão ou seguintes.

— Mobilidade e animação dos elementos. Há documentos que pela sua construção (em acrílico)permitem a visualização de movimentos (Exemplo: mostrador de relógio com ponteiros móveis).

— Posição do utilizador. Sempre frontal ao grupo, não havendo quebras de comunicação.

— Escrita directa. Pode ser utilizado como quadro de escrita.

— Revelação progressiva da informação. Com a utilização de máscaras ou acetatos compostos.

— Apresentação de objectos transparentes e opacos.

— Utilização combinada. Quando a imagem é projectada sobre um quadro de escrita branco oude papel, é possível acrescentar informação ou reproduzir por cópia, desenhos, gráficos, etc.

DESVANTAGENS

— Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para umacorrecta utilização deste meio.

— Ruído de funcionamento, provocado pela turbina de arrefecimento em alguns modelos. Porvezes, mesmo após se ter desligado a lâmpada, a turbina de arrefecimento mantém-se afuncionar até à normalização da temperatura no interior do aparelho.

— Preparação prévia. Antes da sessão é necessário fazer uma série de verificações e ajustes,quando necessário, a fim de garantir um correcto visionamento.

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DOCUMENTOS PARA O RETROPROJECTOR

O suporte mais comum para utilizar em retroprojecção é a folha de acetato transparente, de formato A4.Existem basicamente dois tipos: para confecção manual e para utilização em fotocopiadoras ouimpressoras de computador (laser ou de jacto de tinta).

Normalmente os acetatos destinados à confecção manual, não podem ser utilizados em fotocopiadorasou impressoras laser porque derretem no seu interior, inutilizando o acetato e danificando a máquina.Portanto, quando se utilizarem acetatos em fotocopiadora, teremos que nos certificar, pela embalagem,que são do tipo adequado. Os acetatos para impressoras de jacto de tinta têm uma face lisa e outrarugosa. A face rugosa é que deve receber a tinta. Se assim não for a tinta não se fixa nem seca. Aocolocar o acetato na impressora lembre-se da orientação correcta. Os documentos para retroprojector podem ser simples ou compostos. Os documentos simples sãoconstituídos por uma única folha de acetato com informação. Normalmente, para utilização, sãomontados numa moldura de cartão ou protegidos por bolsas cristalinas apropriadas, para preservaçãodo documento. Estas bolsas não retiram qualidade à projecção, têm perfurações que facilitam o seuarquivo em dossiers e possuem abas que além de cobrirem o excesso de zona luminosa (do porta-documentos) permitem escrever anotações. As vulgares bolsas em plástico não devem ser utilizadasdurante a projecção porque retiram qualidade à imagem.

Acetato protegido na sua bolsa colocada no porta-documentos do retroprojector

Os documentos compostos são constituídos por diversas folhas de acetato que, por sobreposição,permitem uma apresentação progressiva e complementar da informação. Estes documentos pela suaestrutura têm de ser montados numa moldura de cartão.

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Acetato composto sobre porta-documentos com os diferentes acetatos não sobrepostos

Acetato composto já com os vários acetatos sobrepostos

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Acetato base 1

2 3

Acetato 4 e resultado final no ecrã

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Quando executamos acetatos compostos manualmente devemos usar uma matriz que tenha nos quatrocantos, e fora da área útil de imagem, miras de acerto para que a sobreposição dos acetatos sejaperfeita.

Matriz, com miras, para a concepção de acetatos simples e compostos

Os processos de execução de documentos para retroprojector são variados:

— Manual

— Fotográfico

— Fotocopiadora

— Computador

— Misto

O processo de execução manual de acetatos é o mais comum porque requer menos meios e émenos dispendioso. Neste processo a execução do documento depende inteiramente do formador, quepara isso pode utilizar diversos materiais:

– Canetas de feltro do tipo permanente de diversas cores e espessuras .

– Canetas de tinta da china para acetato de diversas espessuras.

– Letras de decalque opacas ou transparentes, de várias cores, tipos e tamanhos.

– Películas autocolantes e autoaderentes de várias cores.

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O processo de execução fotográfico, como o próprio nome indica, consiste na reproduçãofotográfica, a preto e branco ou a cores, de originais de variado tipo. Salienta-se que este processo,pela complexidade de meios e técnicas que exige, bem como pelo seu elevado custo, não está aoalcance de todos os serviços de formação.

Acetato feito por processo fotográfico (informação a branco e fundo em negro)

O processo de execução por fotocopiadora é actualmente um dos mais práticos e acessíveis, para acriação de documentos para o retroprojector. As possibilidades técnicas das actuais fotocopiadoras,como ampliação ou redução a cores, permitem ao formador reproduzir fácil e rapidamente informaçãoescrita, esquemas, desenhos, que de outra forma demorariam muito tempo a fazer manualmente.Salienta-se mais uma vez que só devem ser utilizados acetatos próprios para fotocopiadora.

O processo de execução por computador com impressão final a jacto de tinta ou laser está a tornar-se cada vez mais vulgar na produção destes documentos didácticos.

Dada a grande diversidade de programas para computador, nomeadamente no campo gráfico, assimcomo a vulgarização destes equipamentos, as possibilidades de produção dos documentos são quaseilimitadas. Paralelamente a impressora laser garante uma excelente qualidade de impressão.

O processo de execução misto resulta da associação de dois ou mais dos processos anteriores.

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As três vantagens das bolsas de protecção

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE LEGIBILIDADE DOS ACETATOS

— Área de exploração. Deve ser considerada uma área de exploração com 24cm x 18 cm,centrada na folha de acetato A4, a fim de permitir a utilização de caixilhos de cartolina, se assimfor conveniente.

— Forma de apresentação do conteúdo. O conteúdo pode ser estruturado segundo a horizontalou a vertical, conforme a conveniência de cada caso.

— Tipos de caracteres.

Design. Os caracteres utilizados devem ter um design simples e de fácil leitura, assimcomo uma boa definição.

Altura mínima dos caracteres / símbolos. A altura mínima dos caracteres / símbolos,depende das dimensões do ecrã (imagem projectada) e da distância ao espectador maisafastado.

Espessura dos traços dos caracteres. A espessura dos traços dos caracteres deve serproporcional à altura dos mesmos. Recomenda-se que a espessura mínima seja cerca de1/5 da altura dos caracteres.

— Espacejamento. O correcto espacejamento entre letras e palavras, é tão importante como aescolha do tipo de letra. As palavras lêem-se melhor quando o espacejamento entre letras émenos de metade do espaço ocupado pelas próprias letras. O espacejamento mínimo entrepalavras deve ser igual à largura média do tipo de letras utilizado.

— Entrelinhamento. O espacejamento entre linhas de informação escrita, deve ser pelo menosigual à altura dos caracteres.

— Espessura mínima do traço. A espessura mínima dos traços a utilizar em desenhos, gráficosou esquemas, deve ser de 0.5 mm.

— Cores. A utilização de cores, para além de aumentar o interesse, permite fazer ressaltar, separare diferenciar assuntos.

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PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS - PCL

O painel de cristais líquidos (PCL), conhecido em inglês por LCD PANEL (Liquid Cristal Display Panel)ou DATA SHOW, é um aparelho electrónico cujo princípio de funcionamento é análogo ao dos ecrãs doscomputadores portáteis.

Painel de Cristais Líquidos

Este aparelho quando desligado parece uma placa de vidro transparente com uma moldura de plástico.Funciona sobre um retroprojector com ligação à saída do monitor dum computador. O PCL comporta-seassim como um acetato electrónico. Toda a informação presente no monitor do computador aparece nasuperfície transparente de cristais líquidos e é projectada num ecrã.

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PCL em utilização sobre um retroprojector

Os PCL podem ser classificados quanto ao tipo de imagem apresentada e quanto ao princípio defuncionamento.

Quanto à imagem podem ser monocromáticos ou policromáticos. Os monocromáticos, consoante asmarcas e modelos podem apresentar entre 6 e 16 tons de uma única cor. Os policromáticos apresentamvalores variáveis entre 256 e 16,7 milhões de cores.

Quanto à tecnologia podem ser de matriz passiva ou de matriz activa.

Os PCL de matriz passiva são mais lentos a renovar a imagem produzindo o chamado "efeito desubmarino", em que o cursor do rato desaparece quando é movimentado, só voltando a aparecerquando o movimento pára. Estes PCL também deixam passar menos luz e possuem menor contrasteque os activos.

Os PCL de matriz activa são consideravelmente mais caros que os de matriz passiva, mas oferecemuma qualidade de imagem muito superior e uma velocidade de refrescamento (renovação) igual à de ummonitor de computador. Os de melhor qualidade podem até reproduzir imagens reais, em tempo real,provenientes de um videogravador.

Recentemente surgiram ecrãs de matriz passiva de duplo varrimento, que aliam o baixo preço a umamaior frequência de imagem, melhor adaptados portanto para aplicações com imagens em movimento.Estes aparelhos estão progressivamente a ser substituídos pelos projectores de data/vídeo queanalisaremos no tema Meios Audiovisuais.

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VANTAGENS

— Dimensão da imagem.

— Portabilidade (peso e dimensões).

— Facilidade de instalação e ajuste.

— Associação com uma tecnologia conhecida - o retroprojector.

DESVANTAGENS

– Custo.

– Uso de retroprojector específico de potência elevada.

– Fragilidade.

– Resolução limitada da imagem (com incidência nos de matriz passiva).

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OS MEIOS SONOROS

Os meios sonoros englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículopara transmissão da informação.

Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos através de um meiosonoro - a voz humana. Apesar da grande variedade de recursos didácticos à disposição doformador, a voz continua a ser o principal meio de transmissão de conhecimentos.

Os meios sonoros apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados visto uma grandepercentagem da população possuir rádio, gravador de cassetes ou mesmo sofisticadosconjuntos de alta fidelidade. Por esta razão, a maior parte das pessoas está familiarizada coma utilização destes meios. No entanto, em formação, para além da voz, os meios sonoros sãopouco utilizados isoladamente, estando normalmente associados à imagem, como nodiaporama, no filme e no vídeo.

Os documentos sonoros utilizáveis como recursos didácticos vão desde a música, entrevistas,discursos de figuras públicas, livros falados, até às gravações resultantes de situações deformação (exemplo: role-play).

Os vários documentos sonoros podem ser divulgados pelos seguintes meios:

RÁDIO

GIRA- DISCOS

GRAVADOR DE BOBINES

GRAVADOR DE CASSETES

LEITOR DE CD

GRAVADOR DAT

GRAVADOR DE MINI-DISC

GRAVADOR DE DCC

LEITOR DE MP3

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O SOM

A sensação auditiva provocada por uma vibração acústica é designada por som.

O som é provocado pela vibração cíclica de um corpo. Essa vibração é transmitida ao meioque o rodeia, sendo captada pelo ouvido.

Para se propagar, o som necessita de um meio elástico sólido, líquido ou gasoso. No vácuonão há propagação de som.

Uma das características que permite diferenciar o som é a sua frequência.

A frequência ou altura dum som é expressa em Hertz (Hz), e representa o número devibrações por segundo. Quanto maior for o número de vibrações por segundo (maiorfrequência), mais agudo é o som. Inversamente, quanto menor for o número de vibrações(menor frequência), mais grave é o som. O exemplo de um som agudo é o produzido por umapito policial e o de um som grave o produzido por um bombo.

Gráfico de frequências de algumas fontes sonoras

A voz humana varia entre os 150 e os 8 000 Hz.

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Admite-se que a capacidade de audição humana varie entre os 20 e os 20 000 Hz. Esteslimites variam segundo o indivíduo e a idade. Em média, um adulto ouve entre os 30 e os15 000 Hz.

Outra das características do som é o nível ou intensidade, que varia com a amplitude dasvibrações acústicas. A intensidade sonora mede-se em decibéis (dB).

Este factor é muito importante, porque o ouvido humano tem um limite máximo de tolerância.A partir deste limite a sensação é dolorosa, podendo mesmo provocar a surdez. O limiar dador situa-se nos 130 dB.

Tabela de intensidades em dB

Um formador falando com voz normal e ouvido a cerca de três metros, produz umaintensidade sonora de 50 dB. Acima dos 70 dB considera-se que o som é forte, e abaixodeste valor que é fraco.

Um aspecto importante, em formação, é a mensagem sonora ser recebida com clareza pelosformandos. Quando existe um elevado ruído de fundo, a mensagem sonora (sinal) tem de serreproduzida com uma intensidade superior ao normal, para se sobrepor ao ruído. Para que amensagem seja bem audível deve ser 15 dB superior ao nível de ruído. Esta relação tem onome de relação sinal - ruído e a designação S/N (Signal/Noise).

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CADEIA SONORA

Quando se pretende reproduzir mensagens sonoras em salas de grandes dimensões, paragrandes audiências, é necessário o recurso a uma cadeia sonora para amplificar o som.

Cadeia sonora

O princípio de funcionamento da cadeia sonora, consiste na conversão das ondas sonoras emsinais eléctricos (microfone), na amplificação dos sinais (amplificador) e finalmente nareconversão dos sinais eléctricos em ondas sonoras (altifalante).

A cadeia sonora pode ser formada por elementos independentes, ou estar integrada nomesmo aparelho, como no caso do televisor, rádio portátil ou projector de filme.

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MICROFONES

Um dos elementos principais da cadeia sonora é o microfone, que pode ser de vários tipos,quanto ao princípio de funcionamento e à direccionalidade.

O ouvido humano tem a capacidade de seleccionar o tipo de som no qual se quer concentrardesprezando ou minimizando o ruído. Tomemos como exemplo uma sessão de formação. Sea exposição de um formador for interessante, os formandos alheiam-se do ruído na rua. Aesta capacidade chama-se selectividade. Os microfones não possuem esta capacidade.Captam tudo por igual. Resulta deste fenómeno a grande variedade de formas ecaracterísticas dos microfones.

Em formação e quanto ao funcionamento, os tipos de microfones mais utilizados são oselectrodinâmicos e os de condensador.

Os microfones electrodinâmicos não necessitam de ser alimentados por uma pilha comoacontece com os de condensador. Como estes microfones têm uma fonte de alimentação énecessário ligá-los antes da utilização, sendo ainda conveniente verificar o estado da pilha.Depois de cada utilização, devem ser desligados para se poupar a carga da pilha.

Actualmente todos os gravadores de cassetes assim como as câmaras de vídeo sãoequipados com microfones de condensador, de reduzidas dimensões.

Os microfones podem ser de três tipos quanto ao ângulo de captação sonora /direccionalidade:

Diagrama da direccionalidade de microfones

Unidireccionais (cardióides)

Omnidireccionais

Superdireccionais

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Os unidireccionais são microfones que privilegiam uma determinada direcção na captação sonora.São os mais apropriados quando se pretende captar a fala de um único interveniente , como numaconferência.

Os microfones omnidireccionais captam os sons uniformemente em todas as direcções. Quando sepretende captar o diálogo entre vários intervenientes, como numa situação de “mesa redonda”, este tipode microfone é o mais adequado.

Os superdireccionais são microfones de elevada direccionalidade (ângulo de captação muito estreito).Este tipo de microfone não é adequado a situações de formação, sendo o seu uso reservado autilizações profissionais.

Dois tipos de microfones: um cardióide e um de lapela com emissor

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O AMPLIFICADOR E O ALTIFALANTE

O amplificador é o elemento da cadeia sonora que amplifica o sinal que lhe é fornecido à entrada. Aspossíveis fontes de sinal (rádio, leitor de CD, gravador de áudio) debitam sinais de fraca intensidade,insuficientes para excitar um altifalante, pelo que necessitam de ser amplificados. A potência deamplificação varia consoante o aparelho e mede-se em WATT (W).

Amplificador de áudio

O altifalante tem a função inversa do microfone e destina-se a converter os sinais eléctricos de áudio,em ondas sonoras.

Para aumentar a qualidade sonora, os altifalantes podem ser montados em caixas apropriadas,designadas por colunas.

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Coluna de altifalantes

Cada altifalante, ou coluna de altifalantes, tem um limite máximo de potência de funcionamento. Paraevitar a sua destruição, os altifalantes nunca podem ser ligados a amplificadores de potência superior àque podem suportar.

A reprodução sonora de alta-fidelidade (Hi-Fi), que corresponde à gama de 20 a 20 000 Hz, não podeser conseguida através de um único altifalante. Por esta razão existem altifalantes de diversos tipos,específicos para a reprodução de determinada gama de frequências - graves, médias e agudas. Numacoluna de som encontram-se normalmente estes três tipos de altifalantes, para se obter uma elevadafidelidade de reprodução sonora.

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SINTONIZADOR/RECEPTOR DE RÁDIO

A rádio como meio de comunicação e de difusão cultural teve um papel determinante até aoaparecimento da televisão. Apesar das limitações óbvias face à televisão, ainda pode ser um importanteveículo de educação/formação sobretudo pela grande economia e facilidade de difusão/recepção.

Conjunto de alta fidelidade constituído por:amplificador, leitor de CD, gravador/leitor de cassetes e sintonizador

Nalguns países de grandes dimensões , como a Austrália e o Canadá, em regiões isoladas com poucadensidade populacional, ainda hoje se usa a rádio como meio de ensino - os estudantes têm as suasaulas via rádio.

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GIRA- DISCOS

O disco de vinil como recurso didáctico, foi progressivamente substituído pela gravação magnética emcassete de áudio. Além de ter sido o suporte preferido para o registo de obras musicais, foi utilizadoem formação, sobretudo no ensino de línguas.

Gira-discos

A principal desvantagem do gira-discos é a sua fragilidade. Por outro lado os discos de vinil exigemuma utilização e acondicionamento cuidadosos para evitar danos irreparáveis, como riscos,deformações ou mesmo fracturas.

Actualmente, com a progressiva substituição do disco de vinil pelo CD (Compact Disc), torna-se cadavez mais difícil encontrar registos neste suporte.

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GRAVADORES DE FITA MAGNÉTICA

Durante muito tempo os gravadores/reprodutores de áudio usavam exclusivamente bobines de fitamagnética. Apesar da boa qualidade de registo tinham a desvantagem de serem grandes, pesados eexigirem conhecimentos técnicos específicos para a sua operação.

Gravador/reprodutor de bobines de 4 pistas

A invenção da cassete de áudio, pelas suas reduzidas dimensões, permitiu que os gravadores setornassem leves, compactos e de fácil utilização.

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Gravador/reprodutor de cassetes

Devido a estas características os gravadores de cassetes estão amplamente divulgados e são muitoutilizados em situações de formação, em que apenas o som é importante.

A cassete de áudio apresenta ainda as seguintes vantagens:

� Fácil manuseamento.

� Fácil transporte.

� Fácil acondicionamento.

� Protecção contra gravações acidentais.

� Protecção da fita magnética pelo seu invólucro (cassete).

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COMPACT DISC – CD

No início dos anos oitenta a Philips e a Sony, após um período de investigação e desenvolvimentoconjunto, lançaram no mercado um novo suporte de áudio que designaram por AUDIO CD (AudioCompact Disc).

Capa da embalagem de CD áudio com efeitos sonoros

Imagem de CD áudio no interior da embalagem

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Este novo suporte foi revolucionário, pois pela primeira vez o sinal de áudio foi registado na formadigital em linguagem binária.

Entre outras vantagens destacavam-se: a pureza do som, a ausência de ruídos parasitas tanto noregisto como na reprodução, e a grande resistência e durabilidade deste tipo de suporte, sobretudoface ao seu mais directo rival, o disco de vinil.

Poucos na altura acreditaram que o CD fosse mais que uma curiosidade tecnológica passageira. Noentanto, com o decorrer dos anos este suporte foi-se afirmando progressivamente como referência nomundo do áudio. Além disso, a qualidade das suas características de concepção influencioudecisivamente o surgimento, dez anos mais tarde, duma série de novos formatos digitais da "EraMultimédia".

VANTAGENS

— Qualidade de registo sonoro (20 a 22 000 Hz).

— Pequenas dimensões do suporte (12cm de diâmetro e espessura de 1,2 mm).

— Acesso às faixas quase instantâneo.

— Facilidade e comodidade de operação.

— Durabilidade do suporte.

— Sinal digital que permite cópias sucessivas sem perda de qualidade.

— Fácil compatibilização informática (afinidade).

— Implantação do suporte.

DESVANTAGENS

— Suporte não regravável.

— Preço de comercialização.

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DAT - DIGITAL AUDIO TAPE

Cerca de cinco anos após o lançamento do CD , a Sony lançou no mercado um novo formato de áudiodesignado por DAT (Digital Audio Tape).

Gravador/reprodutor DAT portátil

Este formato resultou do desenvolvimento do formato de Vídeo 8, também da Sony, sendo quase ummini Vídeo 8.

Utiliza cassetes análogas às videocassetes de Vídeo 8, mas com cerca de metade do tamanho destas,(7,3cm X 5,3cm), com fita de 4mm de largura.

Cassete DAT (Digital Audio Tape)

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A tecnologia dos aparelhos gravadores e do próprio registo é análoga à utilizada na gravação de vídeo(gravação helicoidal).

Apesar de utilizar como suporte a fita magnética, o sinal de áudio é convertido e registado na formadigital segundo o mesmo processo utilizado nos CD. Por esta razão é também um formato de elevadaqualidade, sendo utilizado principalmente no campo profissional.

Este formato também é utilizado como suporte para back-up de dados informáticos tendo umacapacidade que varia entre 4 e 16 Gb conforme a duração da cassete utilizada.

VANTAGENS

� Qualidade de registo sonoro (20 a 22000 Hz).

� Pequenas dimensões do suporte - permitem aparelhos compactos e leves.

� Suporte regravável.

� Facilidade e comodidade de operação.

� Durabilidade do suporte.

� Sinal digital - permite cópias sucessivas sem perda de qualidade.

� Afinidade e compatibilidade com o CD - para efeitos de cópia digital.

� Tempo de gravação (máximo - 2 horas).

DESVANTAGENS

— Tempo de acesso entre faixas lento

— Suporte em fita magnética : desgaste por atrito e desmagnetizável

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MD (Mini Disc) versus DCC (Digital Compact Cassette)

No início da década de noventa assistiu-se a um boom de novas tecnologias relacionadas sobretudocom o rápido desenvolvimento dos computadores pessoais e com o conceito de multimédia.

Como a Philips e a Sony mantinham o protagonismo nestas áreas, envolveram-se num "braço deferro" pela liderança dos formatos domésticos de gravação de áudio.

O que na realidade estava em jogo, era a substituição da "velhinha" cassete de áudio, há tantos anosno mercado, que curiosamente também é de patente Philips. Nesta disputa, a Philips desenvolveu umnovo formato que designou por DCC (Digital Compact Cassette) e a Sony criou o MD (Mini Disc)

Apesar de serem diferentes e incompatíveis estes dois formatos têm algumas características emcomum.

Comparação entre uma cassete DCC e uma analógica

Ambos são digitais, o que significa que o sinal de áudio é gravado em linguagem binária. Outro aspectocomum que os diferencia dos analógicos, é o facto do sinal não ser registado na totalidade por sofrerum processo de codificação e compressão digital que o reduz a 20% do original no caso do MINI- DISCe a 25% no caso da DCC.

Poderá assim parecer que o sinal gravado soa diferente do original. Tal não acontece porque as duasmarcas desenvolveram processos de compressão baseados na fisiologia da audição humana, de talmodo que não se consegue perceber que o sinal foi comprimido.

O DCC da Philips é um formato que resulta da evolução da vulgar cassete de áudio com os defeitosinerentes: atrito das fitas com as cabeças, acesso às faixas não instantâneo, possíveis acidentes detracção e desmagnetização das fitas por efeito de campos magnéticos próximos.

O MINI DISC da Sony assemelha-se a um disco óptico informático de reduzidas dimensões (6 cm dediâmetro) com o qual também tem muitas semelhanças operacionais.

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Leitor/gravador MINI DISC portátil e 3 discos

O sistema de gravação é do tipo magneto-óptico, em que a leitura é obtida por um feixe laser que emgravação serve para aquecer a camada antes de ser magnetizada com a nova informação. Outranovidade deste suporte é a utilização nos aparelhos portáteis de uma memória anti-vibrações. Estedispositivo permite que a reprodução do som (sinal) não seja afectada quando a leitura é interrompidapor vibrações mais intensas. Esta memória assegura a reprodução normal do registo sonoro até que osistema consiga recuperar, a partir do ponto onde ocorreu a perturbação. Este dispositivo (Memória àProva de Choque) foi mais tarde adaptado aos leitores de CD portáteis da Sony que sãoparticularmente sensíveis às vibrações.

Existem MD de áudio de dois tipos: os que se comercializam previamente gravados e não podem serregravados, e os graváveis, vendidos virgens que podem ser gravados inúmeras vezes. Estes últimossão comercializados com duas durações: 60 e 74 minutos, que é também a duração máxima de um CDáudio.

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Leitor/gravador de MINI DISC portátil

A Sony também já adaptou o MD a suporte de dados informáticos tendo uma capacidade de 140 Mb.

Este formato, pelas suas reduzidas dimensões, facilidade de operação, novidade tecnológica eversatilidade, liquidou o DCC.

VANTAGENS - MINI DISC

— Suporte regravável.

— Dimensões.

— Som digital.

— Acesso quase instantâneo às faixas.

— Memória anti- vibração.

— Arquivo de dados informáticos.

— Não há atrito.

— Não desmagnetizável.

— Compatibilidade em cópia com o CD e o DAT.

— 2 tipos de suporte: regravável e não regravável

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DESVANTAGENS - MINI DISC

— Incompatibilidade com formatos anteriores.

— Informação comprimida em 80 %.

VANTAGENS – DCC

— Som digital.

— Compatibilidade na leitura de cassetes áudio analógicas.

— Suporte regravável.

DESVANTAGENS – DCC

— Dimensões.

— Acesso às faixas lento.

— Informação comprimida em 75 %.

— Suporte em fita magnética: (desgaste por atrito e desmagnetizável).

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MP3O MP3, abreviatura de MPEG1 Audio Layer3, é um novo formato áudio que surgiu na Internet e quetem cada vez mais adeptos. O seu aparecimento veio causar receio e questões jurídicas na indústriadiscográfica.

Este formato informático permite gravar, ouvir e transferir ficheiros áudio comprimidos.

O MP3 representa uma forma alternativa de ouvir música utilizando o computador ou leitores portáteis.Tecnicamente é possível copiar faixas dos CD para o disco rígido do computador através do leitor deCD-ROM. O problema é o espaço que estes ficheiros irão ocupar. Cinco minutos de música irão ocuparcerca de 50 Mb num ficheiro do tipo Wave. O MP3 permite comprimir os sons sem grande perda dequalidade. Os mesmos 5 minutos de música em formato Wave passam a ocupar 4,8 Mb. Isto permite,por exemplo, gravar mais de 100 músicas num vulgar CD-ROM.

Dois modelos de leitores de MP3

O software que permite esta compressão e leitura obtém-se na Internet. Transferir ficheiros MP3 daInternet é uma operação muito lenta. Para os mesmos 5 minutos poderá ser necessário mais de meiahora. É, portanto, conveniente possuir um modem rápido e uma ligação do tipo RDIS.

A música neste formato pode ser ouvida através do computador ou gravada, a partir do mesmocomputador, num leitor portátil de MP3 que se encontra à venda no nosso mercado e que pode serligado à porta paralela do computador para fazer a transferência dos ficheiros.

A qualidade de som do MP3 é boa. Não se compara com a de um CD de áudio, mas é melhor do que ade uma vulgar cassete de áudio. Há quem pense que este formato não irá durar muito, no entanto

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surgem cada vez mais leitores e mais sofisticados. Já há inclusive projectos de lançamento de modelostipo autorádio para instalar no tablier do automóvel.

Também se podem armazenar ficheiros/músicas em cartões do tipo SmartMedia™ que existem nomercado com diferentes capacidades até 128 Mb. Em leitores para isso preparados podemos utilizar oscartões SmartMedia™ além da memória do próprio aparelho.

Vejamos então as vantagens e desvantagens dos leitores de MP3 em relação aos leitores portáteis decassetes e de CD.

VANTAGENS

— Menores e mais leves que um Walkman de cassetes ou um Discman de CD.

— Movimento não perturba a leitura.

— Permite seleccionar as músicas e mudar de uma para outra como num Discman.

— Boa qualidade de som.

— Possibilidade de usar cartões SmartMedia™ que também podem ser usados em muitasmáquinas fotográficas digitais.

DESVANTAGENS

— Tempo de transferência de ficheiros da Internet para o computador.

— Memória limitada de alguns leitores.

— Transferência do computador para o leitor de MP3 só com Windows 95 ou superior.

— Custo dos cartões SmartMedia™.

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OS MEIOS AUDIOVISUAIS

O audiovisual, como o próprio nome indica, agrupa todos os meios que associam a imagem, animadaou não, com elementos sonoros.

Os audiovisuais propriamente ditos são:

� DIAPORAMA

� FILME

� TELEVISÃO E VÍDEO

� MULTIMÉDIA

Qualquer audiovisual pode ser analisado sob múltiplos aspectos: estéticos/artísticos; comerciais;pedagógicos. Neste contexto abordaremos os aspectos pedagógicos.

Em formação e quanto ao objectivo, estes meios podem ser do tipo:

� Didáctico;� Sensibilização/motivação;� Documental;� Estudo de caso;� Histórico.

O DIAPORAMA

O diaporama consiste na projecção ordenada de imagens fixas - diapositivos - sincronizada com umabanda sonora gravada em fita magnética. Esta sincronização pode ser feita manualmente ouelectronicamente, através da gravação de um sinal de sincronismo no mesmo suporte magnético.

Deve-se salientar que a simples projecção de slides com um acompanhamento sonoro não constitui umdiaporama. No diaporama os elementos visuais e sonoros devem articular-se para uma eficaztransmissão da mensagem. O sincronismo é assim fundamental para se garantir esta articulação.

Apesar do seu relativo desuso, este meio não deixa de possuir qualidades importantes que não devemser esquecidas:

– A mensagem, tanto ao nível da imagem como do som, pode atingir uma qualidade difícil de sersuperada nos outros meios audiovisuais didácticos;

– Quando da sua concepção, é possível uma muito maior liberdade narrativa, tanto na imagem comono som, ao contrário do cinema e da televisão/vídeo, que têm linguagens próprias mais definidas.

Pela sua estrutura narrativa, imagens fixas isoladas, este meio audiovisual exige uma maior atenção napercepção da mensagem obrigando os formandos a uma atitude menos passiva que no filme ou novídeo.

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Na sua forma mais simples a mensagem é concebida para ser apresentada por um único projector deslides ligado a um gravador de áudio. Neste caso, entre cada imagem projectada aparece um “negro”(interrupção de imagem) resultante do tempo de substituição de cada slide. Esta é uma montagem emcut (corte), ou diaporama simples.

Esquema de apresentação de diaporama simples

Aparelho cujo interior tem um projector de slides e um gravador/reprodutor de cassetessincronizados para a gravação/reprodução de diaporamas simples

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Outra forma de estrutura é o diaporama em fundidos encadeados, em que dois projectores, cujasimagens se sobrepõem completamente, estão sincronizados pelo mesmo gravador de áudio.

Esquema da colocação do equipamento para a apresentação ou produçãode um diaporama em fundidos encadeados

Neste tipo de estrutura, cada imagem aparece progressivamente sobre o desaparecimento da anterior -fundido encadeado - não havendo descontinuidade visual - “negros”.

Os gravadores/reprodutores de áudio para interligar com equipamento para diaporama têm aparticularidade de gravarem/lerem as 4 pistas de uma cassete de áudio no mesmo sentido. A pista 3não é usada; as pistas 1e 2 são para a banda sonora e a pista 4 para a banda de sincronismo.

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Disposição das pistas na fita magnética da cassete de áudio

A montagem em fundidos tem sobre a simples a vantagem de “agarrar” mais o espectador à imagemapresentada, cujas transições também devem ser exploradas a nível estético. Este tipo de diaporamatem a desvantagem de necessitar, para a sua apresentação, de um maior número de aparelhos,representando um maior peso, maior complexidade de interligações e de ajustes prévios.

Os diaporamas em fundidos podem também ser realizados com mais de dois projectores podendo estenúmero chegar às quatro dezenas. Pela sua complexidade evidente, este tipo de montagem não éutilizado em formação, mas somente em espectáculos, feiras ou exposições.

Para uso em formação, normalmente, transcreve-se o conteúdo do diaporama para vídeo e apresenta-se usando um televisor ou projector de data/vídeo ligado a um vulgar videogravador de formato VHS.

Elementos do diaporama e respectivos suportes

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Tipos de elementos de cada banda:

Banda visual: Produção própria (originais); Arquivo;

Documentos;Diagramas/gráficos;Título;Genérico;Ficha técnica.

Banda sonora: Música;Locução;Ruído;Silêncio.

Banda de sincronismo: Impulsos em frequências não audíveis durante a reprodução.

As imagens a utilizar devem ser sempre de enquadramento horizontal, por serem de mais fácil leiturado que as de enquadramento vertical.

Só assuntos muito específicos podem justificar um diaporama utilizando exclusivamente imagens comenquadramento vertical.

Tanto por razões estéticas como técnicas nunca se devem misturar imagens com enquadramentosdiferentes no mesmo diaporama.

VANTAGENS

— Qualidade de imagem e som.

— Alteração/actualização do conteúdo. Uma vez que as bandas de imagem e som estãoseparadas é fácil mudar slides sem alterar o conteúdo geral do diaporama.

— Baixo custo de produção. A imagem é constituída por diapositivos e a banda sonora é gravadanuma vulgar cassete de áudio.

— Liberdade narrativa.

— Individualidade das imagens. Uma vez que a banda visual é constituída por slides, nãohavendo ligação física entre eles, é sempre possível utilizá-los isoladamente noutras aplicaçõesdidácticas.

— Reutilização dos documentos. A informação pode ser reutilizada na mesma sessão ouseguintes.

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DESVANTAGENS

— Obscurecimento da sala. É necessário obscurecer a sala para um correcto visionamento, o quepode quebrar o ritmo da sessão.

— Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para umacorrecta utilização deste meio.

— Preparação prévia. Antes da sessão, quando necessário, há que fazer uma série deverificações e ajustes , a fim de garantir um correcto visionamento.

— Custo elevado do equipamento. Sobretudo nos diaporamas a fundidos.

— Imcompatibilidades. Há incompatibilidades nos sistemas de sincronismo, consoante asdiversas marcas, o que limita a difusão dos produtos.

— Imagem fixa. O diaporama não permite reproduzir o movimento real.

— Análise parcelar. Como num diaporama a banda visual e a sonora estão em suportesseparados, não é possível a análise parcelar do conteúdo como nos outros meios audiovisuais(filme e videograma).

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O FILME

Desde a sua invenção, no final do século passado, o cinema foi reconhecido como um valioso auxiliarpedagógico.

Apesar da sua antiguidade, foi somente durante a Segunda Guerra Mundial que o filme se afirmoucomo o principal recurso audiovisual na instrução militar. Após a guerra, a experiência adquirida comeste meio foi aplicada à formação profissional. Normalmente estes filmes apresentavam uma estruturadidáctica: exposição, discussão e resolução de um problema, seguidas de uma recapitulação ouresumo.

Bobina de filme de 16mm

A sua importância em formação, como suporte audiovisual, foi decrescendo com o progressivodesenvolvimento e utilização do vídeo.

Actualmente o seu uso em formação, no suporte original (película cinematográfica), está praticamenteabandonado. No entanto, muitos programas didácticos realizados originalmente em cinema e cujosconteúdos ainda se mantêm actualizados, continuam a ser utilizados depois de transcritos para vídeo.Devido à elevada qualidade que se pode obter, o filme ainda é utilizado em alguns países, na produçãode originais de programas didácticos. Porém a sua posterior difusão é efectuada em suporte de vídeo(videocassetes).

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FORMATOS

Toda a película, negativa ou positiva, destinada a receber a imagem, quer directamente através damáquina de filmar, quer por cópia através de processos laboratoriais, recebe a designação geral de“filme”.

Existem diversos formatos de filme que estão associados a diferentes níveis de produção: amador;semi-profissional e profissional.

Esses formatos são:

Amador – 8 e Super 8 (não comercializados/descontinuados)Semi-profissional - 16 mmProfissional - 35 mm e 70 mm

Projector de dois formatos: 8mm e super 8

O formato é caracterizado por um número, expresso em milímetros, que representa a largura total dapelícula.

Quanto maior o formato, maior o fotograma (área de imagem) e consequentemente a qualidade daimagem obtida, bem como o custo de produção.

Os formatos mais usados em formação foram os de 16 mm e de super 8. Pela sua fragilidade e fracaqualidade de imagem dificilmente se consegue encontrar um filme didático em super 8. Algumasempresas produtoras de audiovisuais didácticos ainda comercializam os seus produtos em suportefilme de 16 mm, apesar do suporte magnético (videogravação) ser actualmente o mais comercializado.

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Qualquer que seja o formato do filme existem três elementos comuns :

– Fotograma. Área de imagem;

– As perfurações servem para o transporte da película nos aparelhos de captação e projecção daimagem;

– A pista sonora contém a informação de áudio e pode ser de dois tipos: magnética e óptica(analógica ou digital).

Elementos de uma película de 16mm.(à esquerda, pista sonora óptica e à direita, magnética)

Projector com amplificação sonora para filmes de 16mm

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Antes da projecção deve-se verificar qual é o tipo da pista sonora do filme, para se seleccionar noprojector o sistema de reprodução de som adequado.

Os filmes com pista magnética possuem ao longo da película uma estreita faixa, normalmentecastanha, semelhante a qualquer fita magnética de som. Os filmes com pista óptica possuem na própriapelícula e no lugar da faixa magnética, uma faixa transparente de largura variável.

VANTAGENS

— Qualidade de imagem e som.

— Reprodução do movimento. Foi o primeiro meio audiovisual que permitiu a reprodução domovimento real.

— Durabilidade dos documentos. O tempo de duração dos filmes, desde que correctamenteacondicionados, pode chegar a dezenas de anos.

— Reparação do suporte. O filme quando se parte é facilmente reparável por colagem.

DESVANTAGENS

– Obscurecimento da sala.

– Elevado custo de produção.

– Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para umacorrecta utilização deste meio.

– Custo elevado. Tanto o projector como os filmes de carácter didáctico têm custos elevados.

– Preparação prévia. Antes da sessão, quando necessário, há que fazer uma série deverificações e ajustes a fim de garantir um correcto visionamento.

– Não permite a alteração / actualização do conteúdo. Pelas características do suporte não épossível modificar ou actualizar o conteúdo.

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A TELEVISÃO E O VÍDEO

Actualmente o vídeo é o meio audiovisual mais divulgado mantendo-se em constante evolução.

A utilização de câmara/gravador ou camcorder, permitindo a gravação e reprodução imediata deimagens e sons, é um dos melhores auxiliares pedagógicos em situação de aprendizagem (exemplo:autoscopia e role-play).

TELEVISÃO

A televisão, como massmedia, surgiu no final da década de 40. A televisão consiste na transmissãoinstantânea, à distância, de imagens animadas e sons.

Esta transmissão pode ser efectuada por três processos:

- Via atmosfera por radiofrequência (RF). Forma mais comum de transmissão entre um emissor(estação de televisão) e um receptor (espectador). Este processo só é válido para curtas distâncias -dezenas de Km.

Transmissão de televisão por antena

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- Por cabo. Neste processo a distribuição dos sinais utiliza uma rede do tipo telefónico. A grandevantagem deste processo é a recepção de sinais de melhor qualidade e livres de interferências (porexemplo o "fantasma" na imagem).

Transmissão de televisão por cabo

A transmissão por cabo só recentemente foi adoptada em Portugal, apesar de já se encontrar divulgadanoutros países. Para receber emissões por cabo são necessários televisores e/ou videogravadores comsintonizadores apropriados (hiperbanda).

� Via satélite. Este processo, cada vez mais implantado, permite vencer grandes distâncias tornando-o no meio de comunicação internacional por excelência.

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Transmissão de televisão via satélite

Via satélite, todo o mundo pode assistir em directo aos acontecimentos mais importantes.

Infelizmente a televisão a cores evoluiu por processos e datas diferentes originando vários sistemas detelevisão incompatíveis entre si.

Os três sistemas actualmente em uso são:

- NTSC (National Television Standard Comitee). Este sistema foi criado nos EUA em 1953. Por tersido o primeiro a ser inventado é o de menor qualidade. Para além dos EUA foi adoptado peloCanadá e Japão entre outros países;

- SECAM (Sequentiel de Couleur à Memoire). Este sistema foi inventado em França em 1957. É dequalidade superior ao NTSC. O Secam foi adoptado sobretudo pelos países da Europa de Leste;

- PAL (Phase Alternation Line). Este sistema foi inventado na Alemanha em 1963. A qualidade destesistema é idêntica à do Secam. Todos os Países da Europa Ocidental, com excepção da França eGrécia, adoptaram este sistema.

Além destes, há novos sistemas de alta definição que ainda não estão normalizados nem implantados.Continuam a ser incompatíveis.

Estes três sistemas dividem-se em sub-sistemas (cerca de quinze). Todos eles são incompatíveis entresi o que vem complicar ainda mais a transmissão de televisão.

Em consequência destas incompatibilidades é necessário ter particular cuidado na aquisição, noestrangeiro, de equipamentos de televisão e vídeo (televisor, videogravador, camcorder evideocassetes pré-gravadas).

Em Portugal o sistema de televisão é o PAL B e G.

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VÍDEO

Designam-se por vídeo todos os processos que permitem a gravação e reprodução electrónica deimagens e sons.

A videogravação surge como resposta à necessidade das estações de televisão gravaremantecipadamente os seus programas para, assim, se libertarem da “tirania” dos programas em directo.

Os primeiros gravadores de vídeo surgiram nos anos 50. Estes gravadores destinavam-se somente acadeias de televisão e eram grandes e pesados (cerca de 1500 Kg).

Videogravador europeu de 1956

Só com a invenção da gravação helicoidal surgiram videogravadores para o grande público. Nagravação helicoidal a fita magnética no seu deslocamento “abraça” um tambor metálico rotativo,inclinado em relação à fita, onde estão montadas as cabeças de gravação/leitura.

O movimento combinado da fita e do tambor produz um registo de pistas inclinadas em relação aosentido de deslocamento da fita. Este ainda é o princípio de funcionamento dos actuaisvideogravadores, tanto profissionais como domésticos.

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Tambor de videogravador do formato VHS com 4 cabeças

Os videogravadores domésticos usam exclusivamente fita magnética em cassete, cujo formato variaconforme a firma que o concebeu.

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Tal como acontece com os sistemas de televisão, actualmente existem vários formatos de vídeo,também incompatíveis entre si.

Principais formatos de vídeo

Os vários formatos de gravação podem ser classificados tanto pelo âmbito de utilização como pelalargura da fita magnética utilizada. À excepção dos formatos profissionais B e C, de uma polegada, osrestantes utilizam videocassete.

Os formatos profissionais são normalmente utilizados por estações de televisão ou empresas deprodução e pós-produção de vídeo.

Os formatos semi-profissionais são sobretudo usados por instituições ou empresas de determinadadimensão, que necessitam produzir videogramas de qualidade superior à dos formatos domésticos,sem os custos dos formatos profissionais.

Os formatos domésticos ou amadores são, como o próprio nome indica, vocacionados para o grandepúblico. Atendendo ao seu baixo custo, simplicidade e versatilidade de utilização, são os mais utilizadosem formação.

Os formatos domésticos actuais são:

� Betamax - Formato criado pela firma Sony em 1975. Foi o primeiro formato doméstico com largaimplantação no mercado. Hoje, no entanto, este formato está praticamento extinto.

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� VHS (Video Home System) - Este formato comercializado pela firma JVC um ano depois doBetamax, foi dominando progressivamente o mercado mundial. Actualmente detém cerca de 95% domercado de videogravadores.

Videocassete do formato VHS

� VHS-C - Com o aumento da procura de camcorder (câmara com gravador incorporado) mais leves ecompactas, a JVC criou em 1982 uma videocassete de reduzidas dimensões, a VHS-C (compact).Apesar das suas diferenças físicas é, no entanto, compatível com os aparelhos VHS, se for utilizadoum adaptador.

Videocassete do formato VHS-C

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Adaptador para VHS-C ou SVHS-C

Adaptador com a tampa do compartimento aberta

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Adaptador com a cassete introduzida no compartimento

Adaptador com a tampa fechada pronto a ser introduzidoem qualquer videogravador VHS ou S-VHS

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� Vídeo 8 - Como resposta ao produto lançado pela sua concorrente JVC e também para tentarrecuperar o mercado perdido com o Betamax, a Sony lançou em 1985 o Vídeo 8. Quando surgiutentou assumir-se como formato único no mercado amador. No entanto o seu uso restringe-seactualmente às camcorder.

Videocassete do formato 8mm

� S-VHS (Super VHS) - Este fomato lançado em 1987, sendo uma evolução do VHS, apresenta umamelhoria substancial na qualidade de imagem em relação aos anteriores formatos. Os aparelhosdeste formato permitem também a gravação/reprodução em formato VHS. No entanto, o contrárionão é possível.

� S-VHS-C - É a evolução natural do VHS-C com as características do S-VHS.

� Hi 8 - Mais uma vez a Sony tentou responder à sua rival, a JVC, lançando em 1988 uma versãomelhorada do seu anterior formato, o Vídeo 8. A sua qualidade é semelhante à do S-VHS.

� DIGITAL 8 – Em 1999 a Sony lançou este novo formato em tudo idêntico ao Hi 8. A diferençaconsiste no sinal gravado que é digital em vez de analógico. A qualidade é melhor e permite atransferência das gravações para um PC e fazer posteriormente a montagem. As camcorder desteformato reproduzem os formatos “vídeo 8” e “hi 8”. É um formato de transição para o DV que corre orisco de, a curto prazo, ser descontinuado.

� DV - Formato digital recentemente comercializado (1997) e que se pensa vir a ser o formato

doméstico do futuro. As camcorder deste novo formato têm excelente qualidade de imagem, 2velocidades (podem gravar 3 horas em LP) e além das normais saídas de sinal (analógicas) tambémtêm uma saída digital que permite passar a gravação directamente para um computador. A maioriadestes aparelhos também faz fotografias digitais que se armazenam numa memória da camcorder ouem dispositivos específicos para esse fim (cartões de memória). Este formato tem ganho grandepopularidade sobretudo pela facilidade de montagem em computadores pessoais inclusivé portáteis.Basta ligar a camcorder ao PC com um único cabo (FireWire) e transferir imagens e sons para ocomputador. Após a montagem, sonorização, introdução de títulos, etc. pode-se transferir o

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videograma final de novo para a camcorder, numa nova cassete. Graças à sua elevada qualidade étambém usado a nível profissional e institucional.

Aspecto de um software amador de montagem e sonorização para o formato DV

Videocassete do Formato DV (6,5 X 4,7cm)

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Diferentes formatos de vídeo e dimensões relativas das cassetes.No sentido dos ponteiros do relógio: Video 8, Betamax, VHS, DV e VHS-C

Os aparelhos de TV/Vídeo têm que respeitar o sistema de televisão existente em cada país decomercialização. As várias incompatibilidades entre sistemas podem ser ultrapassadas pelo uso devideogravadores multissistemas. Estes aparelhos permitem a reprodução de cassetes gravadas noutrossistemas, desde que interligados a um televisor do mesmo tipo.

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APARELHOS “COMBI”

Os aparelhos “COMBI” que integram um televisor e um videogravador no mesmo corpo parecem ter apriori muitas vantagens em utilizações didácticas (custo, um único telecomando, menor ocupação deespaço, interligações já feitas e utilização facilitada). No entanto, estas são vantagens para umautilização doméstica.

Um modelo de COMBI

Para instituições de formação não se devem adquirir modelos “COMBI” pelos seguintes motivos:

– Normalmente os televisores não são de tamanho adequado à dimensão das salas e dos grupos. Amaior dimensão do mercado é de 55cm de diagonal o que é insuficiente para um grupo de 15formandos.

– Se um dos componentes do conjunto avariar, ambos seguirão para reparação. Componentesseparados têm utilização mais versátil.

– O tempo de vida de um televisor normalmente é superior ao de um videogravador.

– O comando à distância é único. Como muitas das funções do conjunto só são operadas através docomando, o extravio ou avaria do mesmo pode tornar o conjunto inoperacional.

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INTERLIGAÇÕES

INTERLIGAÇÃO EM RF

A utilização do videogravador como auxiliar pedagógico, sobretudo na reprodução de videogramasdidácticos, implica a ligação a um televisor.

Apesar de haver várias maneiras de interligar estes dois aparelhos, a mais vulgarizada é através daentrada de antena do televisor usando o cabo de RF, também conhecido por cabo de antena.

Esquema de ligação em RF entre um videogravador e um televisor

Depois de efectuadas as ligações tem de se sintonizar um dos canais do televisor, (nos televisoresantigos o último) de forma a permitir o visionamento do sinal enviado pelo videogravador.

Para sintonizar o televisor para o canal do vídeo deve:

1 - Ligar os aparelhos;

2 - Ligar a mira de teste do videogravador ou pôr uma cassete gravada em reprodução;

3 - Seleccionar no televisor o canal a sintonizar;

4 - Proceder à sintonia, na banda de UHF, (normalmente o canal 36 ou 32) até encontrar a mira deteste ou a imagem da cassete que se pôs a reproduzir;

5 - Memorizar no televisor a sintonia efectuada;

6 - Desligar a mira de teste, no caso de a ter ligado.

Nota: estas indicações não dispensam a leitura do manual de instrução dos aparelhos porque hádetalhes que variam conforme as marcas e os modelos.

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Nos televisores de sintonia directa, em que se pode registar o número do canal que se pretendereceber, deve marcar-se o número 36 ou 32 (canais da banda de UHF).

Um televisor que além da entrada da antena (RF) possua também entradas de linha designa-se portelevisor/monitor. A maioria dos aparelhos comercializados actualmente são deste tipo.

Tomadas na traseira de um televisor

Recentemente, na Europa, para normalizar os diferentes tipos de fichas/tomadas usadas pelosfabricantes, foi adoptada a ficha multipino designada vulgarmente por SCART. Actualmente todos ostelevisores e videogravadores legalmente comercializados na Europa, possuem este tipo de tomada, oque permite, mediante um cabo multicondutor apropriado, a interligação dos sinais em linha.

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INTERLIGAÇÃO ATRAVÉS DE FICHAS “SCART”

Como se referiu, a normalização das tomadas do tipo SCART, nos aparelhos comercializadas naEuropa, veio simplificar a forma de interligação entre aparelhos.

Esta ficha tem várias designações. É também conhecida por EUROCONNECTOR, PÉRITEL, EUROAV ou FICHA DE 21 PINOS.

Ficha SCART

O cabo adequado para estas fichas é multicondutor, e permite o transporte nos dois sentidos de todosos sinais de vídeo e de áudio (normal e Hi-Fi), além de outros possíveis .

A interligação entre um televisor e um videogravador através de um cabo com fichas SCART é muitosimples. Basta introduzir cada ficha na tomada de cada aparelho. Alguns modelos de televisores evideogravadores possuem mais do que uma destas tomadas para permitir a ligação simultânea deoutros aparelhos (camcorder, descodificador, sintonizador de satélite, etc).

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Esquema de ligação entre um videogravador e um televisorcom um cabo de fichas SCART

Chama-se a atenção para a grande variedade de cabos SCART que são comercializados. Por razõeseconómicas podem não ter todos os pinos ligados. Alguns só permitem a passagem dos sinais devídeo e de áudio normal, outros permitem também a reprodução de áudio Hi-Fi estéreo, etc.

Interior de duas fichas de diferentes cabos SCART.

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Se o cabo tiver o pino 8 ligado, a simples actuação da função "Play" no videogravador, provoca notelevisor/monitor a comutação automática para a entrada de linha. Se isto não se verificar, o utilizadorterá de efectuar esta comutação através do comando a distância. Normalmente esta função é actuadaquando se pressiona a tecla AV ou LINE do comando. Quando se pretende voltar ao modo detelevisão (via RF), basta pressionar a tecla TV ou o número do canal pretendido.

INTERLIGAÇÃO ATRAVÉS DE FICHAS DO TIPO "S"

Com o aparecimento dos novos formatos S-VHS e Hi-8, surgiu um novo tipo de ficha que recebeu adesignação de "S" ou "Y/C". Estas fichas, ao contrário das SCART, só transportam o sinal de vídeo.Este sinal tem no entanto uma estrutura diferente, porque está separado nas suas componentesprincipais: luminância (Y) e crominância (C).

Detalhe de uma ficha Y/C ou tipo S

O processamento do sinal nesta forma permite o aumento da definição de imagem para mais de 400linhas. Como os sinais são tratados separadamente, não há mútua interferência entre eles, comoacontece com o sinal de vídeo composto ou modulado em radiofrequência (RF).

Muitos dos modernos televisores bem como todos os videogravadores S-VHS / S-VHS-C e Hi-8,possuem tomadas deste tipo, além das convencionais.

As ligações entre aparelhos com estas fichas processam-se do mesmo modo que com as SCART, coma diferença que os sinais de áudio são interligados separadamente.

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Esquema de ligação entre um videogravador e um televisorcom cabo do tipo “S”ou Y/C (vídeo e áudio em separado)

INTERLIGAÇÃO ATRAVÉS DE FICHAS SIMPLES

As fichas do tipo multipino (SCART, S, DIN, etc.), se por um lado são práticas, têm por outro lado adesvantagem de ocuparem simultaneamente todas as entradas e saídas dos diferentes sinais. Oprocesso mais antigo, que também é usado nos equipamentos profissionais, consiste na passagem emlinha dos sinais através de tomadas e condutores isolados.

Esquema de ligação entre um videogravador e um televisor, com fichas simples

Normalmente o sinal de vídeo composto, utiliza fichas/tomadas do tipo CINCH/RCA, e com menosfrequência do tipo BNC. Para o sinal de áudio, o mais comum, é a utilização de fichas/tomadasCINCH/RCA podendo também aparecer as do tipo DIN, em aparelhos provenientes do norte daEuropa.

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Com estas fichas, as ligações a efectuar entre aparelhos são mais complexas, não só pela variedadede cabos e fichas que podem surgir, como também pela utilização de cabos separados para cada sinal.

A maioria dos cabos com fichas CINCH/RCA actualmente fornecidos com os equipamentos, têm 3fichas em cada extremo. Pelas fichas amarelas passa o sinal de vídeo composto. Pelas fichas brancase vermelhas passam os sinais de áudio (branco para o canal esquerdo e vermelho para o canal direito).Há no mercado vários modelos de televisores/monitores, normalmente japoneses, que frontalmentepossuem um conjunto de tomadas CINCH/RCA com as respectivas cores para facilitar as ligações.Este conjunto de tomadas corresponde a um dos “inputs” do aparelho.

Entradas frontais de televisor (RCA/CINCH e Y/C ou tipoS)Por vezes, o mesmo sinal utiliza fichas diferentes em cada um dos aparelhos a interligar. Nestes casoshá necessidade de se recorrer às fichas adaptadoras ou em alguns casos a cabos com fichasdiferentes em cada extremidade. No mercado podem encontrar-se a maioria destas fichas e cabos deadaptação.

Adaptador que converte SCART em CINCH ou S-VHSAlguns aparelhos domésticos com funções de montagem mais sofisticadas, possuem tomadas e cabosespeciais de interligação entre videogravadores, que facilitam o comando e o controlo das operaçõesdurante a montagem.

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Fichas mais utilizadas em ligações vídeo. Da esquerda para a direita:fichas CINCH/RCA, ficha Y/C ou tipo S e ficha SCART ou EUROCONNECTOR.

Tomadas do tipo CINCH/RCA e S/Y-C

LIGAÇÕES PARA MONTAGEM OU CÓPIA

Basicamente para se efectuarem montagens ou cópias de vídeo, utilizam-se dois videogravadores, uma reproduzir e outro a gravar. O importante é que estas operações se efectuem através das ligaçõesdos sinais em linha. Nunca se devem fazer montagens ou cópias em RF, porque degradam aqualidade da imagem.

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Esquema de ligação entre videogravadores e um televisorpara efectuar montagens ou cópias.

É importante referir que nas saídas de qualquer videogravador, mesmo de formatos diferentes, o sinalcomposto de vídeo e os de áudio estão normalizados. Podem, portanto, efectuar-se montagens oucópias tanto entre aparelhos do mesmo formato, como de formatos diferentes: VHS - Video 8;Video 8 - VHS; S-VHS - VHS; S-VHS - Hi-8; etc.

Quando se efectuam montagens ou cópias, além das ligações entre os dois videogravadores, devetambém ligar-se um televisor/monitor, para visionar o trabalho que se está a realizar. Este aparelhodeve estar sempre ligado a uma saída do aparelho que efectua a gravação. Trata-se duma segurança,visto que se a imagem e o som estiverem correctos, é porque as ligações foram bem efectuadas. Destaforma também se pode dispensar a ligação de outro televisor/monitor ao aparelho reprodutor.

O processo de montagem ou de cópia é independente dos tipos de fichas utilizadas nosaparelhos, desde que as interligações estejam correctamente efectuadas.

Todas as formas de ligação anteriormente descritas funcionam também entre camcorder de qualquerformato e videogravador VHS de bancada.

Quando trabalhamos com o formato DV ligamos a camcorder a um PC através de um único cabo poronde passam todos os sinais. Transferimos para o PC o que nos interessa, fazemos a montagem esonorização recorrendo a software e quando o trabalho estiver pronto transferimos para a camcorderatravés do mesmo cabo, que funciona nos dois sentidos.

O cabo a utilizar tem duas fichas firewire de diferentes dimensões, a menor liga na camcorder. Estecabo pode ter diferentes designações: FIREWIRE, I.LINK ou IEEE 1394.

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Fichas Firewire. A menor liga na camcorder, a maior no PC

Ligação do cabo Firewire na tomada da camcorder e na tomada Firewire de um PC

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Fotografia onde estão assinaladas as duas ligações firewire para se transferirem todos os sinais,nos dois sentidos, quando trabalhamos com o formato DV

A maioria das camcorder DV também tem as mesmas tomadas que existem nos outros formatos (RCA,Y/C, etc.), portanto, todos os sinais podem ser transferidos através das ligações anteriormentereferidas.

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VANTAGENS

— Não há obscurecimento da sala. Ao contrário dos outros meios audiovisuais, a utilização destemeio pode e deve ser feita com luz ambiente, não quebrando o ritmo da sessão.

— Possibilidades de exploração. As várias funções dos videogravadores (busca rápida daimagem, pausa e câmara lenta) permitem uma melhor exploração do conteúdo dos videogramas.

— Posicionamento do formador. Desde que munido dum comando à distância o formador tem apossibilidade de controlar as funções do aparelho de qualquer ponto da sala.

— Larga implantação. É cada vez mais comum encontrar em espaços de formação conjuntos dereprodução de vídeo.

— Suporte reutilizável. Contrariamente ao filme, a fita magnética pode ser gravada por diversasvezes o que também representa uma economia apreciável.

— Permite a montagem. Por cópia, permite a selecção e ordenamento de assuntos a partir de umoriginal.

— Reprodução instantânea. Utilizando uma camcorder é possível a reprodução imediata, numtelevisor, da gravação efectuada.

— Reutilização dos documentos. A informação pode ser reutilizada na mesma sessão ouseguintes.

— Suporte dos suportes. Permite a transcrição de produtos realizados em diferentes suportes(fotografias, filmes, diaporamas, etc.).

DESVANTAGENS

— Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para umacorrecta utilização deste meio.

— Preparação prévia. Antes da sessão é necessário fazer uma série de verificações e ajustesquando necessário, a fim de garantir um correcto visionamento.

— Custo elevado. Tanto os equipamentos (videogravador, televisor e camcorder) como osvideogramas de carácter didáctico, têm custos elevados.

— Incompatibilidade entre formatos.

— Dimensões da imagem. Os aparelhos de televisão não possuem ecrãs de dimensõesadequadas para grandes grupos. Grandes dimensões de imagem só são possíveis recorrendo aprojectores de vídeo, de elevado custo e qualidade ainda inferior à do cinema.

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CUIDADOS A TER NA UTILIZAÇÃO DOS VIDEOGRAVADORES

— Leia o manual de intruções antes de operar com o videogravador.

— Deve colocar o aparelho na horizontal num local arejado.

— Não colocar nada sobre o aparelho.

— Nunca deve obstruir os orifícios ou fendas de ventilação.

— Proteja o aparelho do sol, calor, humidade e de quaisquer líquidos. Nunca o deve colocar sob ousobre o televisor. 0 calor gerado pelo televisor impede o conveniente arrefecimento dovideogravador.

— Deve estar fora do alcance de animais domésticos, ou de crianças que normalmente pressionamas várias teclas ou introduzem objectos no seu interior.

— Nunca deve colocar altifalantes ou colunas de som encostadas ou perto dos videogravadores,porque as fontes electromagnéticas afectam o seu funcionamento.

— Nunca tente abrir ou desmontar o videogravador (sobretudo durante a garantia). Não deve tocarem nada no interior do aparelho nem lubrificar qualquer componente.

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CUIDADOS A TER NA UTILIZAÇÃO DAS VIDEOCASSETES

— Compre sempre cassetes de boa qualidade. Quanto melhor é uma fita magnética, menosabrasiva é, consequentemente menos desgasta as cabeças magnéticas do videogravador.Poupar na qualidade das cassetes é um engano, porque o desgaste prematuro das cabeças dotambor rotativo vai acarretar despesas maiores (substituição do tambor) do que a poupança feitana compra das cassetes.

— As videocassetes não devem ficar expostas ao sol, calor ou poeiras. As altas temperaturaspodem, nomeadamente, provocar alterações nas dimensões e formas das cassetes além dedanificarem a fita para sempre.

— Nunca tente abrir ou desmontar uma videocassete. No seu interior existem vários pequenoselementos e molas que se soltarão, danificando a fita e o videogravador, se não foremrecolocados nos respectivos sítios.

— Nunca deve cortar ou colar a fita. Uma videocassete com a fita danificada não deve serreintroduzida num videogravador, sob pena de o danificar.

— Nunca deve tocar com os dedos, ou com qualquer objecto, na fita.

— As videocassetes devem estar bem protegidas da humidade que pode colar a fita, danificando-a.Se trouxer uma videocassete dum lugar muito frio não deve introduzi-Ia logo no videogravador.Espere até que a videocassete atinja a temperatura ambiente para que os fenómenos decondensação não danifiquem a fita e o videogravador.

— Proteja-as de pancadas e quedas que podem danificar o mecanismo interno,

— Proteja-as de fontes electromagnéticas (altifalantes, colunas de som, televisores, etc). 0magnetismo produzido por essas fontes vai desgravando o que está registado na fita.

— Deve guardá-las na vertical, rebobinadas (com a bobine cheia para baixo) e dentro da suaembalagem protectora.

— Ao utilizar cassetes do tipo VHS-C, com o respectivo adaptador, leia as instruções e cumpra-ascuidadosamente. 0 adaptador quando mal utilizado danifica as fitas.

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VERIFICAÇÕES ANTES DA SESSÃO

1 - Verificar se a ligação entre o televisor e o videogravador é a correcta;

2 - Seleccionar no televisor o canal do vídeo e verificar se está bem sintonizado;

3 – Usar um cabo SCART se o televisor e o videogravador tiverem as respectivas tomadas(mais simples , mais seguro e melhor qualidade de imagem);

4 - Dispor os formandos, em relação ao televisor, de modo a garantir um bom visionamento.Condições de visionamento deficientes afectam a percepção da mensagem transmitida,prejudicando o processo de aprendizagem. Os principais factores a ter em conta são:

Distâncias de visionamento. Os formandos devem ser colocados a uma distância entre 5 vezes(mínima) a 12 vezes (máxima) a diagonal do ecrã.

Distâncias de visionamento ideais

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Ângulos de visionamento. Os formandos não devem ser colocados num ângulo superior a 45graus para cada lado do eixo do ecrã. O ideal será um ângulo de 30 graus.

Ângulos de visionamento horizontais e vertical

Condições de iluminação. A colocação do televisor na sala deve ter em conta as fontes deiluminação natural e artificial, a fim de evitar a degradação da imagem (reflexos no ecrã edessaturação das cores). Os televisores nunca devem ter o cinescópio virado para fontesluminosas intensas.

Colocação de televisores em sala. A verde as posições adequadas.A encarnado as colocações desaconselhadas

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Número de formandos. Num espaço de formação o número de formandos deve ser condicionadopelas dimensões do ecrã e pela forma e dimensões da sala.

5 - Reproduzir o videograma para permitir ajustes de brilho, contraste, cor e volume de som dotelevisor.

6 - Posicionar a fita de modo a iniciar a reprodução do videograma no ponto desejado.

7 - Verificar o funcionamento dos telecomandos (controlo remoto).

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MONITORES DE PLASMA

Tal como os painéis de cristais líquidos, os monitores de plasma são leves e de espessura reduzida(cerca de 16 cm).

Vista frontal e lateral de um monitor de plasma de 50 polegadas (127cm) de diagonal

Tecnologicamente, como num tubo fluorescente, usam células de gás e radiação ultravioleta paraproduzir em cada pixel luz visível. As imagens produzidas são brilhantes e coloridas. O formato énormalmente de 16:9, já adaptado ao formato da futura televisão digital, mas pode ser comutado para4:3. Já existem modelos com 50” (1,27m) de diagonal. Muitos modelos têm integrado um conversor defrequências com capacidade para aceitar uma variada gama de sinais, desde vídeo a XGA,reproduzindo-os depois numa imagem de alta resolução. Podemos portanto fazer uma ligação directade um PC a um monitor deste tipo, porque praticamente todos têm entradas compatíveis. Estesmonitores tanto podem ser posicionados na horizontal como na vertical.

Existem marcas que já comercializam alguns modelos, mas apesar da elevada qualidade, os preçosainda são proibitivos.

Como em qualquer nova tecnologia, com o tempo e o desenvolvimento tecnológico, os preços decomercialização irão diminuir e será esta, sem dúvida, a herdeira da televisão de tubos de raioscatódicos.

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Monitor de plasma

As especificações mínimas de qualidade para estes dispositivos são elevadas:— Máxima luminosidade permitindo o seu visionamento com luz ambiente normal;— Gama de contraste superior a 100;— Resolução mínima de 500 linhas de TV;— Grande ângulo de visionamento;— Boa uniformidade de luz em toda a superfície de imagem.

VANTAGENS

– Peso e espessura reduzidos.

– Polivalência. Tanto podem ser usados como televisor ou monitor de computador;

– Qualidade de imagem.

– Elevado ângulo de visionamento.

DESVANTAGENS

– Custo elevado.

– Portabilidade quando de grandes dimensões.

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A CAMCORDER

Camcorder, neologismo formado pela associação das palavras camera + recorder e que designa ascâmaras que têm o gravador de vídeo integrado no seu corpo.

Antes do aparecimento destes aparelhos, a gravação de imagens a nível amador obrigava ao uso etransporte de conjuntos constituídos por uma câmara e por um gravador, de dimensões e pesosignificativos. Actualmente já não existem no mercado, devido ao enorme êxito obtido pelas camcorder.Estes aparelhos, pela sua comodidade e facilidade de operação, vieram revolucionar a captação deimagens a nível amador. A progressiva redução das suas dimensões tornou a camcorder ainda maisfuncional e "apetecível" para o grande público.

Camcorder VHS Camcorder VHS-C

Camcorder DV (digital)

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A nível amador/doméstico existem camcorder para os diferentes formatos: VHS, VHS-C, S VHS, SVHS-C, VIDEO 8, HI-8, DIGITAL 8 e DV. As mais adequadas à área da formação, nomeadamente paraa gravação de autoscopias, são as VHS e as DV. Ambas podem gravar, na mesma cassete, 180minutos (3 horas). No caso da VHS ainda temos outra vantagem; após a gravação podemos edevemos retirar a cassete da camcorder e reproduzi-la através de um vulgar videogravador VHS debancada. A camcorder apenas será usada para gravação o que prolongará o seu tempo de vida.

As camcorder DIGITAL 8 e DV gravam os sinais de vídeo e áudio em digital ao contrário de todos osoutros que gravam em analógico. Estes aparelhos têm tomadas digitais i.link ou firewire que permitem oenvio dos sinais para serem montados em PC e retorno do filme para outra cassete após a montagem.

Traseira de camcorder onde está assinalado o terminal DV

Grande parte das camcorder digitais também podem ser usadas simultaneamente como máquinasfotográficas digitais. Algumas delas gravam as fotos na fita magnética, outras têm ranhuras paracartões de memória onde as fotos são registadas. Mais uma vantagem que este tipo de aparelhosrepresenta na área da formação.

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Disparador fotográfico que é operado pelo indicador

COMPOSIÇÃO, CARACTERíSTICAS E FUNÇõESUma camcorder compõe-se fundamentalmente de três blocos: o bloco óptico, o bloco de análise eprocessamento de imagem e o bloco de gravação/reprodução. Além destes, ainda se pode salientar omicrofone e o visor electrónico como elementos importantes da sua constituição.

Blocos que constituem uma camcorder

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0 bloco óptico é constituído pela objectiva zoom, que normalmente tem a possibilidade de operar emmacro. 0 zoom é de comando eléctrico, podendo em certos modelos ser também operadomanualmente. A grande vantagem do zoom eléctrico é permitir uma operação mais regular, mas, poroutro lado, é uma fonte de consumo de energia. Outra das características destes blocos é possuíremsistemas de focagem automática. Alguns modelos permitem variar a área de selecção deste sistema defocagem. Esta variação aparece no visor da camcorder sob a forma de uma moldura e permite umafocagem mais precisa.

Bloco óptico constituído por objectiva zoom com função macro

Algumas camcorder têm zoom óptico e digital. A escolha deve ser feita com base no primeiro (óptico).Com um zoom óptico pode captar-se a imagem ampliada com a melhor resolução possível. O zoomdigital recorta a imagem, ou seja, amplia uma parte da área do CCD o que diminui a resolução. O zoomdigital é mais um golpe de marketing que outra coisa. Se regularmos o zoom digital para 2X a resoluçãoda imagem passará para metade.

Um zoom digital nunca pode substituir um zoom óptico.

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Camcorder com zoom digital de 24 vezes e 3 CCD

No bloco de análise e processamento a imagem formada pelo bloco óptico é analisada e convertida emsinais eléctricos, que são processados até atingirem o bloco de gravação.

As câmaras mais antigas e as primeiras camcorder ainda usavam, como dispositivo de análise deimagem, tubos de captação de imagem.

Os tubos de imagem têm vindo a ser progressivamente substituídos pelos CCD (Charge CoupledDevice – dispositivo acoplador de cargas), que possuem muitas vantagens em relação aos anteriores,as suas reduzidas dimensões permitiram uma redução substancial do tamanho e peso das camcorder.Actualmente há camcorder do formato DV com 3 CCD (um para cada cor) que se podem utilizar tanto anível doméstico como institucional/semi-profissional.

CCD de 200 000 pixel. A imagem da objectiva forma-se no rectângulo cinzento

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A obturação electrónica permite captar a imagem com elevadas velocidades de obturação (1/1 000 a1/4 000), o que evita que, aquando da reprodução em “câmara lenta", as imagens apresentem arrasto.Esta função é particularmente útil quando se pretende analisar, em "câmara lenta", movimentosrápidos. A maior velocidade de obturação necessita de maiores quantidades de luz. Como nascamcorder a regulação do diafragma é automática (auto-íris), a maior velocidade de obturação provocaa abertura do diafragma. Em consequência disto, também a profundidade de campo é alterada. Quantomais alta a velocidade de obturação, menor a profundidade de campo.

Bloco de processamento da imagem Bloco de processamento da imagemnuma camcorder de tubo de captação numa camcorder DV

Bloco de análise e processamento de imagem onde está assinaladoo botão que faz variar a velocidade de obturação

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Uma das funções mais importantes realizadas neste bloco de análise e processamento é o "balanço debrancos" (white balance), que pode ser automático ou semiautomático. Como as cores, são obtidos porprocessos electrónicos; a sua correcta reprodução depende da “qualidade da luz" em que são obtidos.A variação do tipo de luz (natural, artificial ou mistura das duas) provoca variações nas cores. Estacaracterística, que depende unicamente do tipo e não da intensidade da fonte luminosa, é designadapor temperatura de cor e medida em graus Kelvin. Assim, esta função, de que resulta o seu nome,garante que o branco seja correctamente reproduzido, tal como as restantes cores.

Tecla para selecção do tipo de balanço de brancos

Para facilitar o ajuste do balanço de brancosmuitas tampas de objectiva são em branco translúcido

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A maioria das actuais camcorder possui sensores para analisar e corrigir automaticamente atemperatura de cor da luz com que se obtêm as imagens. Em algumas, esta função também pode serefectuada manualmente, o que permite a selecção de luz natural ou artificial. Aconselha-se, no entanto,o uso em modo automático, quando existir mistura de luzes (artificial e natural), de forma a garantir umareprodução mais fiel das cores.

São cada vez mais frequentes os modelos de camcorder com geradores de caracteres integrados, quepermitem a sobreposição, na imagem, de pequenos títulos ou, ainda, da data e/ou a hora de captaçãoda imagem. Esta função pode também ser útil em formação, para catalogação ou indexação dasgravações efectuadas.

À esquerda painel de ajuste de contador de tempo real, data / hora e tracking.À direita teclado de gerador de caracteres para composição de títulos.

Outra função que pode aparecer neste bloco designa-se por Fade (desvanecimento), e permite oaparecimento ou desaparecimento gradual da imagem e do som. Esta função pode ser usada paraseparar assuntos ou partes de uma gravação, como, por exemplo, as autoscopias de um grupo deformandos.

Botão que activa a função fade

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Alguns aparelhos possuem ainda a função Backlight, para compensar situações de contraluz, masnormalmente só é útil em exteriores com luz natural.

Teclas que activam o fade e o backlight durante a gravaçãoe que têm respectivamente as funções de stop e play em reprodução

0 bloco de gravação/reprodução, como o próprio nome indica, é o responsável pela gravação ereprodução dos sinais de vídeo e áudio, e, à parte as suas dimensões, não difere muito dos maioresvideogravadores de bancada. 0 sinal de imagem é gravado na fita magnética pelo sistema helicoidal e osinal de áudio é gravado na pista normal e em algumas camcorder também em hi-fi estéreo.

Teclado de reprodução

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As saídas de linha (vídeo e áudio) encontram-se normalmente neste bloco. Estes sinais encontram-seagrupados em tomadas multipino ou isolados. Através de cabos apropriados é possível a ligação aoutros aparelhos (televisor ou videogravador) para reprodução ou montagem.

Saídas de linha: vídeo (amarelo) e áudio estéreo (branco e encarnado)

As funções de reprodução deste bloco são essencialmente as mesmas de um videogravador debancada. No entanto, além da função PLAY, todas as outras têm performances inferiores: velocidadesde FF e REW lentas, SEARCH lento com várias faixas de ruído, sem "câmara lenta", PAUSE comruído, etc.

Apesar de poder efectuar-se o visionamento das gravações através deste bloco, deve ter-se ematenção que ele foi concebido essencialmente para a gravação. Não esquecer que as cabeças degravação sofrem idêntico desgaste, tanto em gravação como em reprodução. Se utilizarmos acamcorder apenas para gravar as imagens, pouparemos tempo de vida à electrónica e àmecânica do aparelho. É conveniente, portanto, e sempre que possível, reproduzir as gravaçõesefectuadas em aparelhos de bancada, mais resistentes e mais baratos do que uma camcorder.

Alguns modelos têm ainda funções especiais de montagem como o AUDIO DUBBING e o INSERT. 0AUDIO DUBBING, que é sempre efectuado na pista de áudio normal, permite, após a captação oumontagem de imagens, que seja acrescentado um comentário falado através do microfone do aparelho.Assim, evita-se que ao reproduzir o videograma se tenha de repetir "ao vivo" os comentários àsimagens.

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Bloco onde estão assinalados os botões que activam as funções Audio Dubbíng e Insert

A função INSERT permite inserir imagens em gravações já efectuadas, mas só se forem captadasatravés da objectiva do aparelho. Esta função permite, por exemplo, a introdução de títulos oulegendas, em montagens.

Falta referir os outros dois elementos que apesar de não estarem integrados em nenhum dos blocosanteriores, são fundamentais para o funcionamento da camcorder: O microfone e o visor electrónico.

Microfone estéreo e visor electrónico com regulação de dioptrias

0 microfone, elemento fundamental da captação sonora durante a gravação, tem característicasvariáveis conforme as marcas e modelos. Normalmente são simples, de captação em mono e do tipo

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omnidireccional, mas alguns modelos de camcorder apresentam microfones mais sofisticados, comângulo de captação variável e em estéreo.

Tecla que comanda a variação do ângulo de captação do microfone

Para formação, as camcorder mais adequadas devem possuir uma entrada extra para microfoneexterno. Só assim é possível, mediante a utilização de microfones de lapela, gravar autoscopias comboa qualidade sonora. Também devem possuir uma saída de auricular que permita controlar o somcaptado pelo microfone. Sem este controlo não é possível detectar situações desagradáveis, como oesquecimento da ligação do microfone externo de lapela, ou o esgotamento da pilha que o alimenta,resultando assim em imagens sem qualquer som.

Tomadas onde se podem ligar: auscultadores,alimentação eléctrica para microfone e microfone externo

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0 visor electrónico é um minúsculo cinescópio de televisão que permite ao operador da camcordercontrolar a imagem que está a gravar. A maioria deles é a cores. Além de permitirem o controlo daimagem durante a gravação, também permitem o seu visionamento em reprodução. Actualmente amaioria dos modelos têm visores laterais que são pequenos paineis de cristais líquidos a cores.Permitem uma utilização mais cómoda – não temos de ter um olho sempre encostado à ocular. Comoinconveniente – maior consumo de bateria. Nestes visores, além da imagem captada podem serinseridos menus que facilitam a selecção e operação de funções.

PCL com menú de funções

Visor lateral, de cristais líquidos, a cores com indicações de: carga da bateria,tempo de gravação, estado da gravação (pause) e operação em automático

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0 som pode ouvir-se através da saída de auricular/auscultadores ou de pequenos altifalantesincorporados no corpo da camcorder.

Altifalante junto ao PCL para que o observador também oiça o som

ACESSÓRIOSSão numerosos e variados os acessórios para as camcorder:

0 principal, que actualmente é fornecido com os aparelhos de amador, é o bloco de transformação ealimentação em corrente contínua. Este aparelho permite não só a operação da camcorder ligadadirectamente à rede eléctrica como também o carregamento das baterias (normalmente acumuladoresde niquel-cádmio). Alguns modelos também possuem neste bloco a saída do sinal em RF parareprodução em televisores. Em situações de operação em sala de formação ou dentro de casa, deve-sealimentar a camcorder através deste aparelho.

Dois modelos de alimentadores/carregadores de baterias

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Outro acessório importantíssimo e por vezes descurado, é um tripé de qualidade. 0 seu usorecomenda-se em situações de formação em sala (autoscopias). Este dispositivo, se for adequado,garante uma boa estabilidade ao aparelho e, portanto, à imagem captada. Importa referir que éfundamental a aquisição de um tripé com uma cabeça própria para câmaras de vídeo. Estas cabeçastêm atrito regulável o que nos permite fazer movimentos de câmara (panorâmicas) estáveis e avelocidade constante. Quanto mais pequena for a camcorder, maior será a instabilidade das imagens,se estiver unicamente apoiada nas mãos.

Tripé robusto, leve, estável e de utilização muito versátil.Podem montar-se cabeças para vídeo e/ou fotografia

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Cabeça de tripé específica para câmaras de vídeo onde podemos ter atrito regulável

Para determinados tipos de captação sonora, principalmente quando há muito ruído ambiente e oassunto está afastado, os microfones que equipam as camcorder são inadequados. É possível adquirir,para certos modelos mais sofisticados, microfones direccionais, estéreo e em alguns casos do tipozoom, que variam o seu ângulo de captação conforme a variação do zoom da objectiva. Estesmicrofones adicionais só podem ser usados em aparelhos que possuam uma entrada externa demicrofone, que ao ser usada, desactiva o microfone integrado no aparelho.

Microfone direccional

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As actuais camcorder equipadas com CCD necessitam de pouca luz para a captação de imagem. Há,no entanto, situações em que, para se obter a melhor qualidade de imagem, torna-se necessáriorecorrer ao uso de iluminadores. Estes têm de possuir uma luz com uma temperatura de cor adequada,para não alterar a restituição das cores. Existem iluminadores de várias potências e tamanhos quepodem ser alimentados por baterias recarregáveis.

A maioria das objectivas zoom que equipam as camcorder são muito limitadas, normalmente do tipo 6X, o que significa que a distância focal máxima é igual a 6 vezes a mínima (zoom 9-54 mm). Algunsmodelos podem receber adaptadores ópticos (lentes conversoras), que se enroscam na frente daobjectiva e permitem aumentar a gama de distâncias focais. Estes conversores são sobretudo úteis nagama de grande angular (objectivas que captam um ângulo superior ao da visão humana) porque asobjectivas zoom das camcorder, por razões económicas, praticamente começam no ângulo de umaobjectiva normal (que captam um ângulo igual ao da visão humana). Sobretudo para filmar eminteriores é importante ter uma grande angular.

Conversores para grande angular, teleobjectiva e macro

Finalmente, um acessório importante para a protecção da camcorder em todo o tipo de deslocações, éa mala ou estojo de transporte, que simultaneamente protege o aparelho e respectivos acessórios depancadas, poeiras e das condições atmosféricas.

Mala de transporte/protecção fechada e aberta

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APLICAÇÕES

Por serem concebidas para o uso amador, as actuais camcorder são, em geral, de operaçãoextremamente simples. As principais funções operacionais são efectuadas de modo automático, nãonecessitando o operador de se preocupar com elas. Estão neste caso: o controlo do diafragma(exposição), da focagem (autofoco), o balanço de brancos (white balance), o nível de áudio emgravação, etc. No entanto, há uma norma fundamental que nunca deve ser esquecida: não utilizar oaparelho sem antes ler atentamente o manual de instruções.

Tanto a nível doméstico como em certos casos a nível profissional, as aplicações e usos das camcordersão as mais variadas.

A nível doméstico a camcorder é normalmente usada para captar a vivência familiar: aniversários,férias, viagens, o crescimento dos filhos, etc. Os mesmos equipamentos de amador também já têmvárias aplicações em actividades profissionais: em formação profissional, em visitas de estudo, noreconhecimento de terrenos e edifícios em arquitectura, como catálogos de produtos, nasdemonstrações de máquinas e equipamentos, em reconhecimentos para posterior filmagem, nasreportagens de casamentos em vídeo, etc.

Uma das possibilidades destes aparelhos é a transcrição, por processos artesanais, de outros suportesaudiovisuais, para vídeo. Os velhos filmes de 8mm, Super 8, 16mm, assim como diaporamas,fotografias e slides, podem ser transcritos para vídeo. Neste suporte torna-se mais fácil a suaapresentação e exploração, preservando-se os originais de acidentes ou desgaste resultantes do seuuso.

Na transcrição de fotografias ou filmes (formato 3X2), não devemos esquecer a incompatibilidadeexistente com o formato de televisão (formato 4X3). As fotografias a transcrever devem estar colocadasperpendicularmente ao eixo óptico da objectiva, com esta seleccionada para operação em macro. Asfotos devem ficar planas (não arqueadas), de forma a ficarem focadas em toda a área. A iluminaçãodeve ser boa, sem, no entanto, provocar reflexos na fotografia a reproduzir.

Representação da transcrição de fotografias para vídeo

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No caso da transcrição de diapositivos/slides ou filmes, os aparelhos devem ser montadoscuidadosamente. A objectiva da camcorder deve ser colocada o mais próximo possível da objectiva doprojector de imagem, de forma a minimizar as distorções geométricas da imagem e os problemas com afocagem uniforme da mesma.

Representação da transcrição de slides e/ou filmes para vídeo

0 balanço de brancos deve ser ajustado em automático ou manual, de forma a obter-se a reproduçãomais fiel das cores.

É aconselhável o controlo destas operações através de um televisor/monitor. Se a camcorder tiverregulação manual do diafragma, é conveniente usá-la, pois as reacções dos diafragmas automáticossão por vezes demasiado bruscas quando surgem transições de escuro/claro na imagem captada.

0 ecrã também não pode oscilar durante a transcrição devido, por exemplo, a correntes de ar.

Por último, em filmes sonoros e diaporamas, o som original tem que ser gravado através do microfoneda camcorder, visto que estes aparelhos não possuem normalmente entradas de linha para este efeito.

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CONSELHOS PRÁTICOS DE UTILIZAÇÃO

Vamos enumerar uma série de conselhos práticos que permitem melhorar a qualidade das gravaçõesefectuadas com uma camcorder, tanto a nível doméstico como em situações de formação:

� 0 primeiro, e talvez o mais importante, é conhecer bem o aparelho que vai utilizar. É por issoimportante ler atentamente o respectivo manual de instruções do aparelho.

� Antes das gravações, principalmente em exteriores, deve confirmar se dispõe de:

— todo o equipamento de que irá necessitar;

— baterias carregadas;

— cassetes em quantidade suficiente para o trabalho que pretende fazer.

Na captação de imagens, se não tiver tripé, tente apoiar a camcorder ou assuma uma pose estável,sem ser rígida, de modo a que a imagem seja estável e os movimentos suaves e regulares. Para umamaior estabilidade quando se está de pé, afaste ligeiramente as pernas e junte os cotovelos ao corpo.

Coloque as mãos de modo a conseguir operar facilmente as teclas necessárias (principalmente a dodisparador e a do zoom). A correia que aperta a mão direita ao corpo da camcorder, deve estar bemajustada. A ergonomia da camcorder é um factor importantíssimo. Ao adquiri-lo e sempre que possívelpegue no aparelho e sinta se ele se adapta bem às suas mãos e se os comandos (botões e teclas)estão acessíveis.

Comandos acessíveis apenas com dois dedos (polegar e indicador):interruptor de power,disparador, comando do zoom, disparador fotográfico,

botão de eject e selector de gravação/reprodução

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Encoste bem o olho à ocular do visor. Se tiver de se deslocar durante a gravação, tente fazê-lo com osdois olhos abertos para poder ver para onde se desloca, em segurança. No caso de a camcorder terum visor de cristais líquidos lateral, use-o.

Diferentes formas de estabilizar a camcorder

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Mantenha normalmente a camcorder na horizontal. Tente alinhar as linhas horizontais e verticais comos limites do enquadramento.

Tenha em atenção a duração dos planos. Planos muito extensos do mesmo assunto tornam-secansativos. Planos demasiado curtos podem não ter tempo suficiente de “Ieitura". Também não se deveesquecer que todas as camcorder, sempre que iniciam a gravação de um plano (após a situação dePause) desgravam os últimos segundos (± 4 segundos) do plano anterior.

Sempre que possível grave com boas condições de luz. Apesar destes aparelhos funcionarem compouca luz, a qualidade da imagem degrada-se com a diminuição da intensidade luminosa.

A camcorder usada à altura dos olhos é o ponto de vista mais vulgar (normal), mas não é o único. Sefor usado o ponto de vista alto (plano em picado), as pessoas ou objectos parecem mais pequenos emais próximos do que na realidade. Se o ponto de vista for baixo (plano contrapicado), com acamcorder apontada para cima dá a sensação de que o assunto fica maior ou mais alto do que narealidade.

Plano em picado Plano em contrapicado

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Dimensões e designações dos planos que normalmente se usam com seres humanos

Quadro com tipos de planos

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Dimensões e designações dos planos que normalmente se usam em documentário e/ou reportagem

Um dos movimentos de câmara da linguagem cinematográfica é o zoom, obtido pela variação contínuada distância focal da objectiva. Na realidade este aparente "movimento" no enquadramento de imagemnão resulta do movimento da camcorder, mas do movimento óptico de um grupo de lentes da objectiva.

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Lembre-se que o zoom foi inventado para facilitar a variação da distância focal e não para ser usadoem contínuo e com frequência. Não abuse dos movimentos de zoom, porque além de tornar o filmecansativo, gasta mais bateria. Antigamente para mudar de distância focal tínhamos de trocar deobjectiva.

Este movimento pode ser de dois tipos: o zoom in ou de aproximação que transporta o espectador dogeral para o particular e o zoom out ou de afastamento que transporta o espectador do particular parao geral. As teclas de comando do zoom eléctrico de uma camcorder têm escritas duas letras: T e W. OT significa teleobjectiva e o W corresponde a grande angular (wide angle, em inglês). Se pressionar o Tfará zoom in, se pressionar o W fará zoom out. Estas variações devem ser contínuas e regulares ( sem“soluços” ).

No início e no final de cada zoom deve fazer-se um plano fixo de alguns segundos. Os zoom deaproximação ou a captação de imagens em teleobjectiva têm que ser feitos com a camcorder bemestabilizada, pois os mais pequenos movimentos provocam grande instabilidade na imagem.

Os movimentos de câmara mais comuns são as panorâmicas, que podem ser de dois tipos: horizontal(pan) e vertical (tilt). As panorâmicas servem sobretudo para descrever um cenário demasiado extenso,ou para acompanhar um assunto em movimento. Estes movimentos devem ser suficientemente lentospara que se possa analisar a imagem. No início e no fim de cada panorâmica deve também existir umplano fixo, correctamente enquadrado, com cerca de cinco segundos de duração.

As panorâmicas horizontais do tipo descritivo fazem-se normalmente da esquerda para a direita, porserem mais facilmente “Iidas" pelo espectador.

Outro movimento de câmara é o travelling, que se obtém se a imagem for captada com a câmara emmovimento. 0 travelling permite o acompanhamento de um assunto em movimento, ou a aproximaçãoou o afastamento da câmara a um assunto. 0 resultado destes movimentos é diferente do obtido com ozoom de aproximação ou de afastamento. Os zoom não alteram a perspectiva do enquadramento, aocontrário dos travelling que a alteram em contínuo.

Nunca faça movimentos contrários em relação ao mesmo assunto, por exemplo, zoom in seguido dezoom out, ou panorâmica à direita seguida de panorâmica à esquerda.

Evite o excesso de movimentos de câmara, a não ser que esteja a acompanhar pessoas ou objectosem movimento.

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Uma das regras mais comuns na composição de imagem é a chamada “Iei dos terços", válida tanto emfotografia como em cinema e vídeo. Tem por base a divisão da imagem em terços, tanto na verticalcomo na horizontal.

Lei dos terços. A vermelho os pontos fortes, a amarelo as zonas fortes

Os cruzamentos das linhas originam os chamados pontos fortes, e o espaço entre eles definem aszonas fortes, Os elementos principais da imagem devem ser colocados nestes pontos ou nestas zonas.Um dos erros mais comuns, de desrespeito desta regra, é a colocação do horizonte a meio doenquadramento.

Em enquadramentos com seres vivos, a olharem para qualquer dos lados, ou quando se acompanhaum assunto em movimento, deve deixar-se sempre espaço à frente.

Espaço à frente de objectos em movimento. Espaço à frente do olhar Errado à esquerda, correcto à direita

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CUIDADOS A TER NA UTILIZAÇÃO DAS CAMCORDER

– Leia atentamente o manual de instruções;

– Devem evitar-se as pancadas e quedas;

– Não deve expô-las ao sol ou calor durante muito tempo. 0 excesso de temperatura afecta ofuncionamento das camcorder;

– Proteja-as de poeiras, humidade e sobretudo da chuva;

– Não desmonte nem mexa no seu interior;

– Guarde as baterias em locais frescos e secos. 0 aumento da temperatura aumenta a descarga;

– Nunca provoque curtos-circuitos nos terminais duma bateria.

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APRESENTADOR VISUAL ELECTRÓNICO

Estes aparelhos trazem importantes inovações na área dos audiovisuais, tanto na formação como emapresentações num auditório.

Por ainda não ter uma designação internacional, é conhecido de diferentes formas. Vamos designá-lopor “Apresentador Visual Electrónico” e, como veremos, oferece inúmeras vantagens ao utilizador.

Uma das vantagens é a sua portabilidade, sendo os seus elementos todos rebatíveis.

Os aparelhos são constituídos por uma base (porta-documentos) com retro-iluminação, um braço desuporte de uma mini-câmara de vídeo de elevada resolução, a cores, suportes orientáveis comlâmpadas do tipo fluorescente e, em alguns modelos, por um pequeno monitor de cristais líquidos,também a cores para o utilizador fazer o controlo e acerto das imagens .

Apresentador visual electrónico com monitor de cristais líquidos a cores

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Apresentador visual electrónico em posição de transporte

Outro modelo de apresentador visual electrónico

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Os documentos que podem ser apresentados são dos mais variados tipos:

– Acetatos

– Documentos opacos – livros, revistas ou qualquer documento até A4

– Diapositivos de 35mm ou maiores

– Negativos a cores ou branco/preto

– Objectos tridimensionais

O visionamento de todos estes documentos pode ser feito num vulgar televisor ou através de umprojector de data/vídeo apontado a um ecrã.

Os modelos que possuem monitor de cristais líquidos permitem fazer o ajuste da imagem sem que outilizador tenha de olhar para o televisor ou ecrã. Isto permite que o utilizador possa colocar o aparelhoem qualquer ponto da sala, actuando virado para a audiência e sem obstruir o visionamento no ecrã outelevisor.

No monitor de cristais líquidos a cores podemos ver a imagem que está a ser mostrada

Pressionando um botão pode-se “congelar” a última imagem apresentada enquanto preparamos aseguinte (recorrendo ao monitor de cristais líquidos).

Outro botão converte negativos fotográficos em positivos.

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Comandos que o utilizador opera com mais frequência

Apresentador visual electrónico em utilização numa sala de formação

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Estes aparelhos, normalmente possuem na base, saídas e entradas de vídeo e áudio de diferentestipos, que nos permitem, por exemplo, gravar em qualquer videogravador doméstico ou profissional ossinais obtidos.

As câmaras de vídeo têm zoom, o que permite captar desde documentos muito pequenos, como umselo, até às dimensões do formato A4. As principais funções das câmaras são automáticas,nomeadamente a focagem e a exposição.

Tal como num vulgar retroprojector, os Apresentadores Visuais Electrónicos podem ser tambémutilizados para escrita directa (colocando folhas A4 no porta documentos e escrevendo sobre elas).

Em alguns modelos a câmara pode ser rodada para o lado e captar, por exemplo, um cartaz numaparede.

Para uma maior versatilidade de utilização há aparelhos que permitem, através dos diferentes inputsserem utilizados como centrais de apresentação de outros equipamentos audiovisuais, tais como,videogravadores, leitores de DVD, etc. Por vezes, também é possível ligar um microfone com regulaçãode volume, que permite ao utilizador sobrepor comentários aos documentos apresentados.

VANTAGENS

– Portabilidade.

– Polivalência de utilização – Pode substituir vários recursos tais como:Retroprojectores;Episcópios;Projectores de diapositivos;Quadros de escrita;Câmaras de vídeo.

� Manipulação de objectos tridimensionais em tempo real.

– Facilidade de utilização.

– Central de apresentações de outros recursos (videogravador, DVD, etc.).

– Integração com meios informáticos que possuam captação de vídeo.

DESVANTAGENS

� Custo elevado – Atendendo ao número de aparelhos que pode substituir e à variedade dedocumentos que pode reproduzir, o custo elevado pode não representar uma desvantagem.

� Alguns conhecimentos específicos e prática por parte do utilizador.

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PROJECTORES DE DATA/VÍDEOA tecnologia dos LCD (Liquid Cristal Display) evoluiu imenso nos últimos anos, o que veio permitir acriação e o desenvolvimento de projectores de vídeo e de dados informáticos (data).

Inicialmente estes aparelhos eram de tecnologia CRT (Cathod Ray Tube - tubos de raios catódicos) degrandes dimensões, pesados, dispendiosos e necessitavam de vários ajustes para produzirem imagensde qualidade. Tinham 3 objectivas, uma para cada cor (vermelho, verde e azul). A potência luminosa(que se mede em ANSI lumens) era fraca e era necessário escurecer a sala para a visibilidade seraceitável.

Projector de tubos de raios catódicos

Actualmente os projectores de data/vídeo são sobretudo de tecnologia LCD e de reduzidas dimensões.No seu interior há um sistema complexo de espelhos dicróicos (só reflectem a sua cor) lentes eprismas, o que permite a transmissão da imagem através de uma só objectiva. Possuem aindalâmpadas mais potentes e melhor qualidade de imagem. A qualidade da imagem está directamenterelacionada com a dimensão e o número de elementos (pixels) dos LCD.

Quanto maior o número de pixels por área, maior a definição de imagem.

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Esquema de funcionamento dos LCD num projector de data/vídeo

Modelo recente de projector portátil

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Comando por infravermelhos com ponteiro lasere que também pode substituir o rato do computador

Quase todos os modelos têm diferentes tipos de entradas que permitem a ligação de computadores,videogravadores, câmaras, apresentadores visuais electrónicos, etc.

Quanto maior a variedade e quantidade de ligações, maior a versatilidade de utilização.

Tipos de entradas e possíveis ligações a um projector de data/vídeo

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Painel de ligações de um projector data/vídeo

Na maioria dos actuais projectores a potência luminosa mínima é de 700 ANSI lumens (mínimorecomendado) o que, com ecrãs de boa qualidade, permite a projecção para grupos sem ter de apagaras luzes da sala, basta atenuá-las. No entanto, há modelos para auditório em que a potência luminosachega aos 6000 ANSI lumens, mas com tamanho e preço proporcional. Estes modelos muitoluminosos, apropriados para salas de grandes dimensões, são fixos normalmente ao tecto, ao passoque os modelos mais pequenos, são portáteis e podem ser colocados, por exemplo, sobre uma mesanuma sala de formação. Nestes modelos a imagem projectada varia normalmente entre 1 e 7m dediagonal.

Projector fixo de 6000 ANSI lumensadequado à instalação em auditórios e/ou salas de grandes dimensões

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Quase todos têm comando à distância mais ou menos sofisticado. Os mais completos têm ponteirolaser e podem substituir o rato do computador ao qual estão ligados, permitindo assim que outilizador/formador se possa deslocar pela sala.

Também possuem um sistema de amplificação/reprodução sonora suficiente para, por exemplo, umasala de formação.

Interligados com um PC portátil permitem ao utilizador grande mobilidade e facilidade de utilização.

Alguns modelos também têm, integrado no corpo do aparelho, um “encaixe” (slot) para “cartões” dememória tipo PCMCIA (com as dimensões dum cartão de crédito) onde poderemos, por exemplo,gravar apresentações em Power Point e dispensar a utilização do computador ligado ao projector.

Projector com entrada para PCcard / PCMCIA

É importante realçar que a maioria destes aparelhos têm melhor desempenho a projectar dadosinformáticos do que imagens de vídeo. É evidente que em termos de vídeo quanto melhor a qualidadedo original a reproduzir, videocassete ou câmara, melhor será a resposta do projector.

Quanto maior a relação de contraste do projector melhor será a reprodução de sinais de vídeo.

É ainda conveniente chamar a atenção para alguns aspectos relacionados com a lâmpada. Aslâmpadas que servem de fonte luminosa a estes aparelhos têm um custo elevado e são muitosensíveis, atingindo temperaturas muito elevadas durante a projecção.

Por este motivo todos os projectores têm turbinas de arrefecimento e consequentemente éimportantíssimo, enquanto o aparelho está em funcionamento, não obstruir a entrada e saída de ar sobpena de fundir a lâmpada que, como já foi referido, é cara.

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O preço é de várias dezenas de contos podendo mesmo ultrapassar a centena. Pelo mesmo motivodurante e após a utilização não se deve deslocar o projector.

Após a utilização não se deve desligar (interruptor on/off) imediatamente o aparelho. Depois dalâmpada ser desligada a turbina de arrefecimento continuará em funcionamento até a lâmpadaarrefecer. Só quando a turbina parar de funcionar é que se pode desligar (on/off) o projector. Convémter sempre por perto uma lâmpada sobressalente sobretudo quando utilizamos modelos portáteis eestamos longe da “base”.

Devemos também ter em conta que os LCD não são eternos e poderão ter de ser substituídos, o quenão é barato.

Por norma, ao interligar um PC e um projector de data/vídeo deve proceder do seguinte modo: Após ainterligação dos cabos necessários liga-se primeiro o projector de data e só depois ligamos o PC(desktop ou laptop). Deste modo o PC detecta o periférico a que está ligado e em alguns modelosajusta a resolução de modo a ser compatível com a do projector.

Convém ainda referir que na maioria dos laptop, pressionando duas teclas em simultâneo, uma, a teclaFn (function), outra, que se encontra na fila de teclas F e normalmente tem escrito CRT/LCD, pode-sefazer a selecção de imagem de modo a que esta possa surgir em simultâneo no monitor do PC e noecrã, só no monitor do PC ou só no ecrã, conforme a conveniência.

Lâmpada de projector de data/vídeo

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VANTAGENS

— Polivalência de utilização (computador e sinais de vídeo).

— Portabilidade.

— Controlo da imagem projectada por controlo remoto.

— Não há obscurecimento da sala.

— Dimensão da imagem.

DESVANTAGENS

— Custo elevado do aparelho.

— Custo elevado da lâmpada.

— Conhecimentos específicos - obriga o utilizador a ter alguns conhecimentos técnicos quanto àinterligação e operação do aparelho;

— Fraco contraste de imagem (abaixo de 1:400) quando se reproduzem imagens provenientesde vídeo.

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FORMATOS DA ERA MULTIMÉDIA

Sem termos a pretensão de estabelecer uma definição geral, mas somente com o intuito de seclarificar o conceito, pode-se considerar que multimédia é a tecnologia que permite a integração,num mesmo documento, em linguagem digital, de diferentes media como: textos, grafismo, sons,imagens reais fixas e animadas em duas (2D) ou três dimensões (3D).

Elementos do multimédia

Associado ao conceito de multimédia está o de interactividade, ou seja, a capacidade do utilizador"navegar" no conteúdo como preferir, sem ser obrigado a seguir sempre o mesmo percurso.

No centro desta tecnologia multimédia está necessariamente o computador e o actual suporte, o CD--ROM.

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Computador multimédia e possíveis fontes de dados

VANTAGENS

� Interactividade.

� Formação individualizada.

� Eficácia.

� Difusão mais fácil.

� Atractivo da novidade.

DESVANTAGENS

– Material sofisticado para a produção dos suportes.

– Custos / tempo de realização.

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Em paralelo com o acelerado desenvolvimento das capacidades multimédia nos computadorespessoais, assistiu-se no princípio da década de 90 ao nascimento de uma série de produtos na áreado som e da imagem, em formato digital.

Além dos novos formatos de áudio, DCC e MD, quase simultâneamente surgiram dois outros: oFOTO CD e o CD-I, que apresentam semelhanças com o "decano" AUDIO CD.

Tanto o FOTO CD como o CD-I armazenam informação na forma digital num suporte idêntico aoAUDIO CD. Um disco de 120 mm de diâmetro e 1,2 mm de espessura. A capacidade máxima dearmazenamento de dados é de 650 Mb. Estas também são as características base do suportemultimédia utilizado nos computadores pessoais, designado por CD-ROM.

CD-ROM (CD-Read Only Memory) significa que os dados, só podem ser lidos e estão residentes nosuporte de forma permanente, não podendo ser alterados.Na realidade o CD-ROM é um suporte que pode albergar diferentes tipos de informação:

AUDIO CD - AUDIO

FOTO CD - IMAGEM FOTOGRÁFICA

CD-I - SOM E IMAGEM

CD VÍDEO - VÍDEO (imagem real com movimento)

CD-ROM - DADOS INFORMÁTICOS

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O FOTO CD

O FOTO CD (PCD – Photo CD) é um formato desenvolvido pela KODAK para o arquivo digital deimagens fotográficas.

Foto CD na sua embalagem

FOTO CD ( embalagem com booklet apresentando miniaturase numeração das imagens)

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Podem ser transferidos para este tipo de CD tanto negativos a cor ou preto e branco comodiapositivos (slides) no formato 35mm.

A capacidade de arquivo é de 150 imagens a preto e branco ou 100 imagens a cores.

FOTO - CD e alguns dos originais

Quando se sabe que um CD-ROM informático tem capacidade para arquivar uma enciclopédia comtextos, imagens, sons e algumas sequências em vídeo poderá parecer reduzida a capacidade de umFOTO CD. Isto porque o grande público não sabe, nem é publicitado pela marca, que cada imagemé armazenada com cinco resoluções diferentes, a saber:

PASSE - 192 X 128 Pixels = 72 K

POSTAL - 384 X 256 Pixels = 288 K

NORMAL - 768 X 512 Pixels = 1,13 Mb

GRANDE - 1536 X 1024 Pixels = 4,5 Mb

POSTER - 3072 X 2048 Pixels = 18 Mb

PIXEL - Neologismo de PICTURE + ELEMENT (elementos que formam a imagem)

As imagens podem não ser gravadas todas de uma vez - CD multissessão. O único inconveniente dagravação por etapas é o de não se conseguir gravar o número máximo de imagens já referido porqueparte da capacidade de armazenamento fica ocupada com dados de acesso e catalogação.

Após o registo das imagens no disco, este pode servir como matriz para copiar outros discos, semdegradação de qualidade em virtude da informação ser digital. Este é o formato ideal para o arquivode imagens fotográficas valiosas, cuja utilização as ponha em risco, como é o caso dos diapositivos.

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Leitor de FOTO-CD portátil que também reproduz áudio CD

O melhor exemplo é a sua utilização em formação por diferentes formadores que podem estarespalhados pelo País. A partir do FOTO CD matriz podem-se obter as cópias que forem necessáriaspara distribuição.

Também é possível, através dos serviços da KODAK, a impressão das imagens em papel comqualidade fotográfica (elevada definição).

A intenção da Kodak era obter com este formato a adesão do grande público, sobretudo pelascaracterísticas dos aparelhos leitores de FOTO CD. Com efeito, estes aparelhos permitem que sevisionem as imagens num vulgar televisor doméstico através duma ligação análoga à de umvideogravador. O mesmo leitor pode ainda ser ligado à aparelhagem de alta fidelidade, substituindoum leitor de AUDIO CD. Assim o mesmo leitor consegue ler dois formatos: AUDIO CD e FOTO CD.Estes leitores domésticos têm no entanto uma limitação, só podem ler as 3 primeiras resoluções dascinco registadas para cada imagem. O acesso às duas restantes só pode ser efectuado numcomputador do tipo multimédia com leitor de CD-ROM e software adequado.

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Leitor aberto com o Foto CD no interior, com o comando à distância,a embalagem do disco e alguns originais

O FOTO CD apesar de não ter conseguido grande adesão junto do grande público é muito apreciadopelos profissionais da imagem que utilizam meios informáticos.

VANTAGENS

� Qualidade.

� Compatibilidade com outros formatos.

� Durabilidade da informação.

� Cópias digitais sem perda de qualidade.

� Dimensões.

� Fácil transporte e arquivo.

DESVANTAGENS

� Custo.

� Acesso limitado para resoluções superiores.

� Visionamento limitado pela tecnologia.

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CD- I

CD-I significa CD Interactivo. Foi também desenvolvido pela Philips e pela Sony e utiliza o mesmosuporte físico do CD-ÁUDIO e do CD-ROM.

CD – Interactivo (embalagem fechada)

CD – Interactivo (embalagem aberta)

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Como transparece do seu nome, é um formato multimédia de amador. A informação integra som eimagem, sendo possível a sua consulta por diferentes formas (interactividade).

Se o leitor de CD-I estiver equipado com uma placa FMV (Full Motion Video) podem ainda serreproduzidos os CD-VÍDEO que, tal como o nome indica, são filmes em formato digital. A maiorlimitação deste produto é a qualidade de imagem, semelhante à do VHS. Como o disco só tem 650Mb de capacidade, houve que comprimir a informação, para se conseguir gravar 72 minutos de vídeoem ecrã total.

Leitor de CD – Interactivo e dois discos

O aparelho reprodutor de CD-I, tal como o de FOTO CD pode ser ligado ao televisor doméstico e àaparelhagem de HI-FI. Além do seu próprio formato, pode ainda reproduzir CD-AUDIO, FOTO CD,CD-I, CD-VÍDEO e CD-ROM XA (formato para dados informáticos).

São variados os títulos editados em CD-I: jogos, cultura e formação.

É um formato muito bem aceite no campo empresarial para formação profissional, proporciondo odesenvolvimento de produtos para autoformação.

O leitor de CD-I é um aparelho de reduzido custo, cerca de 1/4 do custo de um computadormultimédia, de fácil operação, com capacidade de leitura de cinco formatos diferentes e querepresenta a versão económica do multimédia.

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VANTAGENS

� Formato multimédia (interactividade).

� Durabilidade da informação.

� Dimensões.

� Fácil transporte e arquivo.

� FMV - full motion vídeo (cd vídeo).

DESVANTAGENS

� Incompatibilidade.

� Limitado catálogo de títulos.

� Formato que não ganhou adesão das restantes marcas.

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O CD- ROM

Como vimos anteriormente a designação CD-ROM define um suporte com determinadascaracterísticas físicas e de tipo de conteúdo. Desde o CD de ÁUDIO até ao CD-I, todos são CD-ROM, cujo conteúdo é diferente assim como as normas da sua estrutura.

Diferentes tipos de CD- ROM

Estas normas estão definidas para a indústria em livros de diferentes cores. Assim para o CD deÁUDIO existe o livro encarnado, para o CD-I o livro verde, para o CD-ROM informático o livroamarelo e para o CD-VÍDEO o livro branco.

Embalagem de CD-ROM virgem

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O formato CD-ROM para computadores, ao contrário dos outros não tem nome próprio. Assimquando se fala em CD-ROM significa que é do tipo informático. Estes podem ser de três tipos,consoante o sistema do computador a que se destinam:

- ISO 9660 para PC DOS/WINDOWS

- MAC HFS para APPLE MACINTOSH

- HIGH-SIERRA - HÍBRIDO para PC/MAC

CD- ROM do tipo híbrido

Para que um computador possa ler este tipo de formato tem que estar equipado com um leitor deCD-ROM.

Nos últimos anos, com o crescente entusiasmo pela informação multimédia, estes leitores têm- -seaperfeiçoado em ritmo muito acelerado. Quando surgiram tinham uma velocidade que permitia umataxa de transferência de dados de 150 kilobytes/seg.(Kb/s) e um tempo médio de acesso de cerca de350 milisegundos (ms). Em cerca de três anos, sob a pressão do mercado e dos produtos em CD-ROM, têm surgido novas gerações de leitores em cada semestre. A velocidade inicial (150 Kb/s)passou a ser a referência, tendo surgido em seguida leitores de velocidades: dupla (300 Kb/s), tripla(450 Kb/s), quádrupla (600 Kb/s), sêxtupla (900 Kb/s) e óctupla com taxas de transferência de cercade 1200 Kb/s e tempo médio de acesso de 110 ms.

Não se vislumbra qual vai ser no futuro a velocidade limite para estes aparelhos. É importante, noentanto, referir que não é só a maior velocidade de transferência que conta num leitor de CD-ROM,mas também o tempo médio de acesso à informação . Quanto menor for este valor, mais rápido seráo acesso aos dados. Como exemplo podemos referir que um leitor de velocidade quádrupla (600Kb/s) e tempo médio de acesso de 150 ms, é normalmente preferível a um de velocidade sêxtupla(900 Kb/s) mas com um tempo médio de acesso de 230 ms.

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Outro factor importante a ter em conta na escolha deste aparelho é a sua fiabilidade, já que o acessoaleatório à informação obriga-o a constantes variações de velocidade.

Na família dos CD o mais recente é o CD-R (Compact Disc Recordable) CD Gravável. Este formato étecnologicamente um CD-WORM (Write Once Read Many) o que significa que o disco pode sergravado uma vez mas lido muitas.

CD-R

Através dum aparelho gravador de CD-R, podem produzir-se CD-ROM dos vários tipos (áudio,foto,etc.) para uso doméstico/institucional ou empresarial, desde que o computador que debita o sinaltenha o software adequado e que todo o conteúdo esteja "optimizado" (todos os ficheiros a transferirdevem estar gravados sequencialmente sem qualquer espécie de interrupção/espaço entre dados).

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DVD- DIGITAL VERSATILE DISCDVD significa Digital Versatile Disc (Disco Versátil Digital) ou Digital Video Disc (Disco de VídeoDigital). A primeira designação está mais correcta, uma vez que este suporte não serve unicamentepara registar sinais de vídeo e áudio. Tal como aconteceu com o CD, também já existe o DVD-ROM,formato vocacionado para aplicações informáticas e o DVD-R (Recordable), à semelhança do actualCD-R.

Os 4 formatos de DVD existentes são: DVD-R, DVD-RAM, DVD-RW e DVD+RW.

O DVD possui, entre outras características:

– Dimensões iguais às de um CD comum;

– A possibilidade de escolha da versão dos filmes - até 8 idiomas em dobragem e 32 idiomas emlegendagem;

– A capacidade de visionar a mesma sequência captada a partir de diferentes posições de câmara(desde que o DVD tenha sido realizado com essas possibilidades).

– A inclusão de, para além do filme, conteúdos adicionais tais como entrevistas com asactrizes/actores, realizador, produtor, etc. Também costumam incluir o making off de partes dofilme e os promocionais.

– Uma enorme capacidade de armazenamento de informação:— 4,7 Gb um só lado e camada única;— 8,5 Gb um só lado e dupla camada;— 9,4 Gb dois lados e camada única;— 17 Gb dois lados e dupla camada.

Os diferentes tipos de DVD e sua capacidade de gravação em Gb (gigabites)

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Se pretende usufruir em pleno do potencial de um leitor DVD, deverá possuir um verdadeiroequipamento áudio e vídeo. Ou seja, um bom televisor, se possível, com um grande cinescópio em16X9, e som de qualidade. O ideal será ligar o leitor DVD a uma aparelhagem hi-fi ou mesmo a umequipamento que permita a reprodução de som surround .

Leitor de DVD

Para instalar um leitor de DVD não necessita adquirir um novo televisor. Se o seu aparelho tiver umaou mais tomadas SCART/EUROCONNECTOR basta utilizar uma delas.

Traseira de um leitor onde podemos ver as saídas de som Dolby digital 5.1 (para 6 colunas de som), saídas de áudio estéreo e saída digital

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Traseira do mesmo leitor onde podemos ver a variedade de saídas que podemos usar.Saída digital, duas tomadas SCART/EUROCONNECTOR, saída de vídeo composto,

saída tipo S ou Y/C e finalmente as saídas em componentes

Todos os leitores permitem a leitura dos CD áudio e CD Vídeo para além de lerem discos DVD.Possuem todas as funções de base existentes nos videogravadores e nos leitores CD: paragem daimagem, câmara lenta, programação da ordem de leitura do DVD ou do CD, informação no ecrãsobre a duração total do DVD ou do CD, da duração da passagem ou da faixa (de música) em curso,etc.

Por outro lado, com estes aparelhos poderá:

— Repetir uma passagem (do filme) do DVD ou uma faixa (de música) do CD;

— Tornar indisponíveis certas cenas que considere demasiado violentas, por exemplo, para osseus filhos (parental lock);

� Escolher o formato de imagem (16X9, 4X3, PanScan, etc.).

Display do leitor onde podemos ver que a banda sonora é Dolby digital, estamos no capítulo 2e decorreram 17 segundos de leitura.

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REGIÕES NORMALIZADAS PELOS FABRICANTES

Os fabricantes de DVD dividiram o mundo em seis regiões. As 6 regiões são:

1 – EUA, Canadá, Porto Rico e Ilhas Virgens;

2 – Europa, Médio Oriente, África do Sul e Japão;

3 – Sudoeste Asiático e Indonésia;

4 – América Central, América do Sul, Austrália e Nova Zelândia;

5 – África, Índia, Paquistão, Afeganistão e ex-URSS;

6 – China.

Mapa mundo com a localização das regiões

Um DVD para a região 1 está codificado de maneira a não poder ser visionado num leitor DVDcomercializado numa outra região. Isto evita que um filme saído em DVD nos Estados Unidos daAmérica (região 1) esteja também disponível na Europa (região 2) quando o mesmo ainda nãoestiver em exibição, nas salas de cinema.

Se comprar um filme DVD em Nova Iorque, arrisca-se a não poder visioná-lo no seu leitor DVD,sobretudo se se tratar de um filme recente. Geralmente, os filmes antigos não apresentam estalimitação.

No entanto, estes obstáculos regionais não são completamente intransponíveis. Há marcas quefabricam leitores de DVD multi-região "desbloqueados " ou “desbloqueáveis” que lêem filmes detodas as regiões.

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Antes de comprar um disco DVD informe-se sobre os seguintes aspectos:

� Se a região de utilização corresponde à que inclui Portugal (região 2);

� Se o idioma em que deseja ver o filme é referido como um dos idiomas do som (e não apenasdas legendas);

� Quais as potencialidades áudio disponíveis para o idioma em que pretende ver o filme. Certaspotencialidades áudio (o som surround, por exemplo) não se encontram disponíveis em todas aslínguas.

Parte da contracapa da embalagem do DVD onde estão as opções especiais que devem serconsultadas antes da aquisição

Quase todos os modelos estão equipados com uma saída digital óptica ou co-axial, que permite aligação a um amplificador AV (Áudio-Vídeo). Estão igualmente equipados com uma saída Y/C quelhe permite, se tiver um televisor com tomada compatível (Y/C ou S), melhorar drasticamente aqualidade da imagem. Todos os aparelhos mostram um menu no ecrã do televisor (on screendisplay), que lhe permite escolher as diferentes funções.

Estes modelos estão igualmente equipados com outras funções importantes:

JogShuttle - Trata-se de um botão que permite avançar, recuar, parar a imagem, etc.

Número de velocidades de pesquisa - Relativamente a uma cassete de vídeo, uma das vantagensdo DVD é a velocidade com a qual se pode saltar de uma passagem do disco para outra. Essapesquisa é facilitada pela divisão do disco em capítulos e pela possibilidade de escolher entre váriasvelocidades para passar de um capítulo a outro.

Número de saídas de vídeo - Se deseja ligar uma série de aparelhos ao seu leitor de DVD (porexemplo, um televisor, um amplificador, um videogravador, etc.), escolha um modelo com váriassaídas de vídeo e de diferentes tipos.

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NO COMPUTADOR

Cada vez mais, os computadores de gama alta (desktop ou laptop) estão munidos com um leitorDVD, em vez de um leitor de CD-ROM. Os leitores de DVD tanto conseguem ler discos DVD comoqualquer CD-ROM.

PC com leitores de CD-ROM e DVD separados

Estes leitores DVD permitem-lhe igualmente visionar filmes DVD no monitor do seu computador.Não se esqueça no entanto que normalmente o ecrã do computador é muito mais pequeno que o doseu televisor e, portanto, irá ter uma imagem de menores dimensões. A qualidade também seráinferior porque o hardware/software de descompressão é inferior ao do leitor de DVD.

Se comprar para o seu computador (com leitor de DVD) uma placa de vídeo com uma saída do tipoS ou Y/C, isso dar-lhe-á igualmente a possibilidade de ligar o leitor DVD do computador à suatelevisão, se esta tiver uma entrada compatível.

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Detalhe de um PC onde temos em cima o leitor de CD-ROM e por baixo o leitor de DVD

Disco de DVD

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Embalagem de DVD (fechada)

Embalagem de DVD ( aberta com booklet na contra-capa)

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Também já se comercializam leitores portáteis de DVD, mas por enquanto a preços ainda elevados.

Leitor portátil de DVD

O DVD teve grande aceitação a nível mundial e Portugal não é excepção. As vendas de filmes e deleitores não pára de aumentar. Nos videoclubes muitos dos títulos que só existiam em VHS tambémjá existem em DVD.

Actualmente, podemos comprar DVD de música que incluem telediscos do artista ou espectáculosao vivo em vez de termos só as faixas de áudio.

Já existem empresas, que fazem coberturas de eventos dos mais diversos, que apresentam oproduto final aos seus clientes em DVD

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Diferença na densidade de informação na superfície de um CD e de um DVD

Na área da formação prevê-se para o DVD um futuro brilhante. Em breve teremosgravadores/reprodutores de DVD que se comportarão como os actuais videogravadores VHS e apreços acessíveis.

Já se encontram no mercado computadores com gravador de DVD que permitem, por exemplo,após uma montagem de vídeo digital transferir o resultado final para DVD em vez de VHS com aconsequente melhoria de qualidade de imagem.

Num futuro muito próximo a grande maioria dos títulos que hoje usamos em suportes vídeo passarãoa ser divulgados em DVD com as seguintes vantagens:

– Melhor qualidade de imagem - fundamental quando ligado a projectores de data/vídeo;

– Durabilidade do suporte – sem degradação por uso frequente;

– Acesso quase instantâneo às faixas/capítulos;

– Pausa e variação de velocidade com imagem sempre estável;

– Capacidade do suporte – várias horas;

– Menos espaço de arquivo;

– Versatilidade de ligações;

– Diversidade de línguas em dobragem e legendagem.

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MÁQUINA FOTOGRÁFICA DIGITAL

Actualmente as máquinas fotográficas digitais apresentam melhores níveis de desempenho, são maisfáceis de usar e adquirem-se a preços mais acessíveis. Os modelos mais recentes são tão leves eintuitivos como as máquinas de película fotográfica compactas e automáticas.

Em vez de:— meter um rolo fotográfico na máquina;— fotografar;— rebobinar o filme no final;— levar a uma loja para ser revelado e passado a papel;— voltar à loja para ir buscar as fotos e negativos e— ver, finalmente, as fotografias.

Passa a:— ligar a máquina fotográfica digital;— registar as fotografias num cartão de memória;— ver logo as fotos no visor da máquina;— apagar as que não lhe agradam e substituir por outras;— ver as fotos num vulgar televisor ao chegar a casa ou— transferir as fotos para o disco duro do computador e— ver, alterar, imprimir ou mandar as fotos via e-mail, recorrendo a software.

Máquina fotográfica digital vista de vários ângulos

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CARACTERÍSTICAS, FUNCIONALIDADES E REGRAS BÁSICASPARA UMA UTILIZAÇÃO EFICAZ

QUALIDADE DA IMAGEM

A resolução duma máquina digital determina a qualidade das imagens que regista.

Nas máquinas digitais a resolução mede-se em pixels - neologismo de picture + elements (elementosque formam a imagem). Quanto maior a resolução (nº de pixels), melhor fica a foto ao ser impressa ouampliada. A maioria das máquinas pode registar imagens em baixa, média e alta resolução. A estasresoluções correpondem normalmente as designações: SQ (super quality), HQ (high quality) e SHQ(super high quality).

Pense em baixa e alta resolução como gravilha comparada com areia; uma é grossa a outra é fina.Quanto mais alta melhor é uma regra fundamental quando falamos de resolução.

Temos como norma que a qualidade (definição) de uma imagem depende da precisão da sua óptica edo sistema de focagem. No entanto, isto é só parte da história. Numa máquina digital há outrocomponente crítico: o dispositivo onde se forma a imagem, normalmente um CCD (charge coupleddevice - dispositivo acoplador de cargas).

No lugar onde na máquina fotográfica de película temos o filme está um CCD na digital. Também hámáquinas com Sensores CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor), mas o CCD é o maiscomum.

Em cima, CCD e sua localização nointerior do corpo da máquina.

À direita, dimensões de CCD demáquinas de amadores e deprofissionais comparados com aspelículas APS (Advanced PhotoSystem) e de 35mm

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O CCD é constituído por grupos de pixels vermelhos, verdes e azuis. São estes elementos queregistam a imagem. A imagem óptica formada pela objectiva é focada na área sensível do CCD. Estedescarrega depois a informação que é gravada na memória da máquina.

Constituição de um CCD

Se partirmos do princípio que temos uma objectiva perfeita e que o sistema de focagem tambémfunciona perfeitamente, então a imagem formada no CCD terá excelente recorte. Esta permissa não étotalmente verdade. O recorte da imagem é directamente proporcional ao nº de elementos do CCD.Com a película fotográfica é idêntico. Quanto mais sensível é uma película (nº de ISO) maior o grão queela apresenta ao ser ampliada e menor o recorte.

Para perceber o impacte que a resolução do CCD tem na qualidade da imagem comparemos asresoluções de 3 CCD diferentes:

640 (H) X 480 (V) pixels = 307 200 elementos1 024 (H) X 768 (V) pixels = 786 432 elementos1 600 (H) X 1 200 (V) pixels = 1 920 000 elementos ou megapixel

Estes números representam a quantidade de pixels horizontais e verticais que formam a área deimagem do CCD. São usados para definir a resolução do sensor.

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Vejamos duas fotos da mesma situação feitas com CCD diferentes:

640 X 480 1600 X 1200

Nota-se nitidamente a diferença de qualidade obtida pelos dois CCD.

Fotos tiradas com a resolução de 640 x 480 são ideais para enviar como E-mail attachments e/oupartilhar na Internet. Isto porque fotos de baixa resolução produzem ficheiros digitais mais pequenosque fotos de média ou alta resolução, e quanto mais pequeno o ficheiro mais rapidamente pode sercarregado (uploaded) e visionado na Internet. No entanto, fotos feitas em baixa resolução têm tedênciapara apresentarem muito grão quando impressas. Portanto, se apenas pretende partilhar fotos usandoa Internet e não lhe interessa gastar muito dinheiro, uma máquina digital de 640 x 480 pixels serveperfeitamente.

Para obter boas impressões em 9 x 12 cm ou 13 x 18 cm necessitará de uma máquina digital com umaresolução de 1 024 x 768 pixels. Para impressões de qualidade em 18 x 24 cm a máquina deve ter umaresolução de 1 280 x 1 024 pixels.

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A nível profissional podemos encontrar máquinas com 6.000.000 pixels e com o preço a condizer. Sãoproduzidas pelas grandes marcas (Nikon, Canon, Fuji, etc.) e aceitam as objectivas intermutáveis quese usam nas máquinas de película.

Máquina profissional com CCD de 6 milhões de pixels

No entanto, a resolução não é tudo. Algumas máquinas digitais obtêm a sua melhor resolução atravésde interpolação, um método que consiste em aumentar a resolução através de software. Apesar datecnologia ter evoluído imenso nos últimos anos, a qualidade deteriora-se bastante quando imprimimosimagens interpoladas.

Antes de comprar verifique se a máxima resolução da máquina é obtida através da óptica e dohardware interno (CCD). Isto faz-se consultando detalhadamente as especificações da máquina nadocumentação que a acompanha ou consultando os Web sites dos fabricantes e outros queapresentam testes das diferentes máquinas que vão surgindo no mercado.

Para uma máquina fotográfica digital ter a mesma definição que se obtem com uma boa película de35mm deveria ter um CCD de 18 ou 20 Megapixel (20.000.000 de pixel).

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MEMÓRIA E SUPORTES DE MEMÓRIA

As máquinas fotográficas digitais armazenam as imagens de várias maneiras, alguns modelos guardamas fotos na memória interna até que a máquina seja ligada a um PC e as imagens sejam transferidaspara o disco duro. Outras guardam as fotos directamente em suportes de memória amovíveis, taiscomo os cartões do tipo: SmartMedia, CompactFlash MemoryStick, Microdrive e MultiMediaCard.

Os cartões CompactFlash e Microdrive, têm o tamanho de cerca de 1/4 de uma disquete de 3,5”enquanto que os SmartMedia são ainda mais pequenos e mais finos. Todos têm um formatoquadrangular excepto o MemoryStick que é rectangular.

Cartões do tipo: SmartMedia, CompactFlash e MemoryStick

Cartão do tipo Microdrive (disco duro de dimensões reduzidas) cuja capacidade pode chegar a 1Gb. Na foto do centro podemos ver o tamanho do disco comparado com uma moeda de 10

escudos. Na foto da direita o MultiMediaCard

A maioria das máquinas guardam as fotos apenas num dos modelos de memória mas há modelos quepodem usar em simultâneo dois suportes diferentes (SmartMedia e CompactFlash). Quandocompramos a máquina, ela traz um destes cartões, normalmente com pouca memória (8Mb), noentanto, podemos adquirir cartões com mais memória (64 ou 224 Mb) para guardarmos mais fotos e/oucom maior qualidade (uma foto em formato TIFF pode ocupar entre 6 e 8Mb).

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Corpo da máquina e ranhura onde é inserido o cartão

É preferível comprar máquinas que funcionem com cartões/suportes amovíveis porque dão maiorautonomia de gravação. Quando um cartão se esgota basta trocá-lo por outro vazio. As máquinas quesó aceitam um tipo de cartão são mais baratas.

A título de exemplo, vejamos quantas fotos se podem guardar num cartão de 8 Mb:

Com a resolução de 640 x 480 - 122 fotosCom a resolução de 1 024 x 768 - 38 fotosCom a resolução de 1 600 x 1 200 - 15, 7 ou 1 foto

No último caso, verificamos que existem 3 hipóteses: 15 fotos com alta compressão (JPEG), 7 fotoscom baixa compressão (JPEG) e finalmente 1 foto sem compressão (TIFF). É evidente que quantomaior a compressão de dados menor a qualidade.Não esqueça que quanto maior a resolução, maior o tamanho do ficheiro.

A capacidade dum cartão de memória pode funcionar como uma faca de dois gumes.“Não se devem pôr todos os ovos no mesmo cesto”. É, portanto, preferível ter vários cartões de 32 Mbem vez de um de 128Mb, quando trabalhamos com ficheiros comprimidos. Se houver um acidente numcartão, não perdemos todas as fotos. Se trabalharmos com ficheiros não comprimidos (TIFF) entãoteremos mesmo de usar cartões de grande capacidade.

Devemos manipular cuidadosamente os cartões de memória; sobretudo os SmartMedia:

– Não tocar com os dedos ou objectos na zona dourada (contactos);

– Inserir os cartões na posição correcta (varia conforme marcas e modelos);

– Nunca introduzir ou retirar o cartão com a máquina ligada;

– Proteger os cartões, nas suas embalagens, quando não estão na máquina;

– Ler atentamente as instruções dos adaptadores de leitura.

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TRANSFERÊNCIA DE FOTOS

Quando chega a altura de transferir as imagens para o computador as máquinas que só têm memóriainterna têm de ser ligadas ao PC através de um cabo (normalmente fornecido com a máquina) e deuma vulgar tomada de série. Esta transferência é muito lenta o que, por vezes, se torna frustrante alémde consumir rapidamente a carga das baterias.

Em modelos mais recentes esta transferência é feita através de ligações USB (universal serial bus). Asligações USB têm velocidades de transferência de 12 milhões de bits por segundo (mbps) ao passo queas transferências através da tomada de série são muito mais lentas. Além disto, pode ligar e desligar amáquina da tomada USB do PC sem ter de fazer “restart”.

Há ainda adaptadores (com a forma e medidas exactas de uma disquete) que permitem ao PC lercartões SmartMedia como se usássemos uma vulgar disquete.

Adaptador, para leitor de disquetes, com cartão SmartMedia

Retira-se o cartão da máquina, insere-se no adaptador e introduz-se o conjunto no leitor de disquetesdo PC. Neste caso, a transferência é lenta.

Outros adaptadores são do tipo cartão PCMCIA ou adaptador PC CARD e introduz-se o conjunto naranhura adequada do PC (normalmente portáteis). Com este tipo de adaptadores a transferência émuito mais rápida.

Há ainda uns modelos de leitor de cartões que se ligam ao PC normalmente através de ligações USB,que permitem grande velocidade de transferência de dados. Este é o método mais rápido e mais fácil.São constituídos por um corpo e um cabo de ligação. Esse corpo tem uma ranhura onde se podeintroduzir o cartão que retirámos da máquina. Há destes adaptadores para cartões SmartMedia e paracartões CompactFlash. Como já há máquinas que aceitam os dois tipos de cartões também hámodelos, com duas ranhuras diferentes, que aceitam os dois tipos referidos.

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Cartão PCMCIA e adaptador, tipo disquete, para ler cartões MemoryStick

À esquerda leitores para cartões SmartMedia e CompactFlash;à direita quatro dos referidos adaptadores

Leitor de cartões de memória de secretária com ligação USB. Lê todo o tipo de cartões:SmartMedia, CompactFlashTipo I (com adaptador incluído), IBM Microdrive (com adaptador IBM)

e MemoryStick (com adaptador Sony)

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AUTONOMIA DAS BATERIAS

Todas as máquinas fotográficas digitais funcionam electricamente e são alimentadas a pilhas e/oubaterias. O número de fotos que podemos memorizar depende da memória do cartão/cartões e daautonomia das pilhas e/ou baterias.

Nada mais frustrante do que termos memória livre no cartão e não podermos fotografar porque aspilhas/baterias se esgotaram. As pilhas alcalinas gastam-se muito rapidamente e infelizmente são asque acompanham as máquinas quando as adquirimos. Este tem sido o aspecto mais criticado junto dosfabricantes de máquinas digitais.

À esquerda, baterias e sua colocação no corpo da máquina; à direita, um carregador combaterias Ni-MH

No caso de termos de trabalhar em estúdio ou transferir fotos para o PC e só podermos usar a vulgartomada de série (transferência muito demorada) é conveniente comprar um adaptador (transformador)para corrente (220 V-AC/DC) também da respectiva marca. Todas as máquinas têm uma tomada paraesta ligação. Normalmente este transformador não faz parte do conjunto quando adquirimos a máquina.

Transformador e ficha para alimentar electricamente a máquina

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O VISOR DE CRISTAIS LÍQUIDOS

Actualmente a maioria das máquinas tem, além do visor óptico, um visor de cristais líquidos, LCD (liquidcristal display), na parte de trás do corpo da máquina, idêntico aos que também se usam nas câmarasde vídeo. Algumas só têm o visor de cristais líquidos.

Visor óptico (canto superior esquerdo) e visor de cristais líquidos na traseira do corpo damáquina

Os visores de cristais líquidos permitem fazer um enquadramento mais preciso da imagem, sobretudonas máquinas em que o visor óptico é directo (não reflex) e produz erros de paralaxe (o que vemos nãocorresponde exactamente ao que obtemos na foto). Estes visores permitem ver as fotos acabadas de“tirar” e decidir se as vamos guardar, apagar ou refotografar no local onde foram feitas. As corestendem a ficar dessaturadas e o contraste diminuído quando há muita luz ambiente. Os ecrãs decristais líquidos são ainda grandes consumidores de energia o que reduz substancialmente a autonomiadas baterias. Nestes ecrãs podemos também ver menus de software que nos mostram dados paraajustar e controlar a máquina tanto em gravação como em reprodução das fotos.

As máquinas que só têm um visor, o de cristais líquidos, para vermos a imagem que vamos fotografar,têm de estar afastadas da cara para enquadrarmos e isso vai criar instabilidade.

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Dois exemplos de visores de cristais líquidos com menus de software

Finalmente, existem máquinas que além dos visores a cores têm também pequenos visores de cristaislíquidos (monocromáticos) no topo do corpo da máquina, onde podemos ver grande parte dos dados,sem ter de ligar o visor de cristais líquidos e “chamar” os diferentes menus, o que contribui para apoupança das baterias.

Exemplos de visores de cristais líquidos monocromáticos

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Exemplo do tipo de informação que pode surgir num visor de cristais líquidosmonocromático

ZOOM ÓPTICO E DIGITAL

Algumas máquinas têm zoom óptico e/ou digital. A escolha deve ser feita com base no primeiro (óptico).Com um zoom óptico pode captar-se a imagem ampliada com a melhor resolução que a máquinaoferece. O zoom digital recorta a imagem, ou seja, amplia uma parte da área do CCD o que diminui aresolução. O zoom digital é mais um golpe de marketing que outra coisa. Se regularmos o zoom digitalpara 2X a resolução da imagem passará para metade.

Quer um conselho quanto ao zoom digital? Esqueça-o! Não serve para nada. Consegue o mesmo efeitocom software de tratamento de imagem (Paint Shop Pro, Photoshop, etc.) e mantém o ficheiro original(feito com zoom óptico) guardado e com qualidade.

Um zoom digital nunca pode substituir um zoom óptico.

Muitas máquinas já têm zoom óptico de 3X, equivalentes a 35-105mm numa vulgar máquina de películade 35mm, mas já há no mercado máquinas com zoom ópticos de 5X e de 10X.

Muitos fabricantes vendem lentes adaptadoras que se enroscam na objectiva da máquina e funcionamcomo conversores para grande angular, teleobjectiva ou macro. Qualquer solução óptica é sempremelhor que um zoom digital, mas também é mais dispendiosa.

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Conversores ópticos.Da esquerda para a direita:grande angular, teleobjectiva e macro

Exemplo de máquina da gama alta com zoom óptico de 10Xe velocidade de obturação até 1/10 000s

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SOFTWARE

Todas as marcas fornecem, juntamente com a máquina, software para transferência das fotografias (damáquina para o PC). No entanto, há marcas que para além da função de transferência de dadosincluem outras, tais como:

— Edição (optimização, retoque, correcção cromática, filtragem, etc.);— Arquivo das imagens e criação de bases de dados;— Gestão das bases de dados criadas;— Apresentações (slideshow) das fotos enchendo o monitor do PC;— Criação de screensavers, calendários, cartões de visita, etc.;— Preparação de ficheiros para envio via Internet (e-mail);— Criação de fotos panorâmicas;— Manipulação de ficheiros multimédia (imagens, texto, som e animações).

Convém, ainda, referir que grande parte das impressoras de jacto de tinta são também acompanhadasde software de manipulação de imagem, normalmente mais poderosos que os fornecidos pelas marcasdas máquinas fotográficas.

Dois aspectos do software que acompanha as máquinas fotográficas digitais

OUTROS ASPECTOS A CONSIDERAR SÃO:

Imprima antes de comprar - Se tem acesso à internet e uma impressora razoável, imprima antes decomprar. Alguns fabricantes e testadores de máquinas oferecem amostras de imagens nos seus websites. Não imprima a foto directamente do web site porque normalmente tem uma resolução de 72dpi(dots per inch). Faça download dos ficheiros que estão nos sites, abra-os posteriormente com umprograma para tratamento de imagem e imprima para ver os resultados.

Macro ou close-up - existe num grande número de modelos e pode ser activada/desactivada atravésde tecla ou menu. Permite fotografar pequenos objectos, (insectos, flores, etc.) a curtas distâncias. Háainda, como acessórios, lentes que se enroscam à frente da objectiva e que aumentam este efeito semperda de qualidade.Quando trabalhar em macro, se a máquina não for reflex (SLR), lembre-se que éconveniente usar o visor de cristais líquidos, em vez do visor óptico, para evitar erros de paralaxe.

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Flash electrónico – que pode ter múltiplos modos: Automático, manual, Fill-In e redução de olhosvermelhos. Muitos modelos também permitem ligar um flash externo de melhor performance e depreferência da mesma marca.

Temporizador – pressionamos o disparador, mas a máquina só regista a foto algum tempo depois (±12segundos).

Foco - manual, automático ou bloqueio de foco. Os visores ópticos têm uma marca no centro doenquadramento que corresponde ao sensor de autofoco. Onde colocarmos este sensor, quandoenquadramos, será onde a máquina fará o autofoco. Quando o que nos interessa focar não está nocentro do enquadramento devemos memorizar o foco. Para isso, devemos apontar o sensor deautofoco para o ponto que queremos que apareça focado, de seguida pressionamos levemente odisparador da máquina (para memorizar o foco), reenquadramos a fotografia e só depois pressionamoso disparador até ao fim.

Visores ópticos com a marcação que determina a zona de autofoco e/ou spot meetering.O da direita também mostra outros dados (velocidade de obturação, abertura do diafragma,

flash, balanço de brancos, etc.)

Em relação aos visores ópticos, convém chamar a atenção para os erros de paralaxe.

A imagem do visor mostra, praticamente toda a área que pode ser fotografada, quando estamos emgrande angular. Se estivermos em teleobjectiva o que vemos no visor óptico não correspondeexactamente ao que vai ficar registado. Verificar-se-á um desvio para a direita e para baixo, provocadapelo desfazamento entre a objectiva e o visor directo. Para evitar este erro de enquadramento devemosusar o visor de cristais líquidos a cores, quando estivermos a fotografar em teleobjectiva ou em macro.Só as máquinas reflex garantem uma correspondência correcta entre o que vemos no visor e o que ficaregistado na fotografia.

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À esquerda, o que vemos no visor. À direita o que pode ficar registado, quando usamos o visoróptico em teleobjectiva ou macro

Visor óptico com marcação da área a utilizar (assinalado a rosa) para correcção dos erros deparalaxe quando usamos a teleobjectiva ou a função macro

Spot meetering – permite-nos seleccionar a zona onde queremos medir a exposição com exactidão. Émuito útil, por exemplo, quando determinada zona da fotografia está em contra-luz, ou quando oassunto e o fundo fazem grande contraste. O procedimento é igual ao descrito anteriormente para ofoco.

Recorte (sharpness) – há máquinas em que também podemos aumentar o recorte da imagem. Porvezes, esta função também se obtem por software. Faça sempre testes de qualidade antes de usarpara trabalho.

Panorama – esta função permite, através de software “colarmos” duas fotos na horizontal de modo afazermos uma maior em largura. Normalmente só os cartões de memória da respectiva marca permitemesta função.

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Fotografia sequencial – ao pressionarmos o disparador a máquina grava várias fotos seguidas numcurto espaço de tempo. O número de fotos que podemos gravar depende da memória interna damáquina, da resolução (dimensão) e da compressão escolhida (JPEG ou TIFF).

Alteração da sensibilidade (ISO) – tal como nas máquinas de película há modelos digitais quepermitem alterar a sensibilidade do CCD para 200 ou 400 ISO. Por defeito quase todas estão calibradaspara 100 ISO. Quanto maior a sensibilidade menor a definição da imagem.

Diafragma e velocidade de obturação com controlo manual – para fazermos fotos em quedesejamos controlar a profundidade de campo. Podemos, por exemplo, dar prioridade (escolher) àabertura e a máquina calcula automaticamente a velocidade (do obturador) ou damos prioridade(escolhemos) à velocidade e a máquina calcula automaticamente a abertura (do diafragma).Recordemos os 3 factores que alteram a profundidade de campo:

— Quanto maior a abertura (em número) maior a profundidade de campo;

— Quanto maior a distância ao assunto que focámos, maior a profundidade de campo;

— Quanto menor a distância focal da objectiva (grande angular) maior a profundidade decampo.

Comando à distância / controlo remoto – algumas máquinas têm comandos à distância quefuncionam por infravermelhos. Permitem comandar diversas funções tanto em reprodução como emgravação (zoom, disparador, reprodução das fotos em sequência num televisor, etc.). São muito úteisquando trabalhamos com velocidades de obturação baixas.

Comando à distância por infravermelhos

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Saída de vídeo – para podermos ver as fotos num televisor ou gravá-las num vulgar gravador VHS. Ocabo de ligação é normalmente fornecido com a máquina. Ligamos uma extremidade do cabo naentrada de vídeo do televisor ou videogravador e a outra extremidade na saída de vídeo da máquinafotográfica. Depois basta pôr o selector da máquina em reprodução e manualmente ou com o comandoà distância reproduzimos sequencialmente as fotos.

À esquerda, de cima para baixo: a) - tomada para alimentador DC, b) - saída de vídeo,c) - tomada para cabo de série. À direita, há mais uma tomada, a tomada USB.

Regulação de diopterias no visor óptico – um excelente auxiliar para quem usa óculos. Permite-nosajustar o visor para o nosso valor de diopterias e fotografar sem ter de usar os óculos.

Na foto da esquerda, o comando rotativo (do lado esquerdo da foto) que serve para ajustar asdiopterias. Em ambas as fotos vemos, junto ao visor óptico: o led vermelho, que avisa quando

o flash está pronto a disparar e, o led verde, que avisa quando o autofoco está feito.

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Balanço de brancos (white balance) – Esta é uma das funções mais importantes e que nunca deveser esquecida. Só o ajuste correcto do balanço de brancos permite que as fotos gravadas reproduzam arealidade em termos de fidelidade das cores.

Na maioria das máquinas podemos, através do software, seleccionar a posição auto, o que nos libertadesta preocupação. Outras têm, por defeito, o balanço de brancos em auto. O ajuste do balanço debrancos consiste em “dizer” à electrónica da máquina qual o tipo de luz com que estamos a fotografar(luz do dia com sol, tempo nublado, luz de lâmpada incandescente, luz de lâmpada fluorescente, etc).

Quando o tipo de luz com que estamos a fotografar corresponde a um dos que temos no software damáquina convém seleccioná-lo para que o ajuste seja perfeito.

Sempre que mudamos de ambiente luminoso ou de tipo de luz devemos reajustar o balanço debrancos, se não estivermos a trabalhar em automático.

Em cima, à esquerda - ajuste correcto do balanço de brancos numa foto feita com luz natural.

Em cima, à direita - o resultado da mesma foto feita com o balanço de brancos ajustado para luzartificial.

Em baixo, à esquerda - ajuste correcto do balanço de brancos numa foto feita com luz artificial.

Em baixo, à direita - o resultado da mesma foto feita com o balanço de brancos ajustado paraluz natural.

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Conjunto de equipamento que faz parte da embalagem:

— Máquina fotográfica;— Pilhas;— Cartão de memória;— Comando à distância;— Cabo de vídeo para ver as fotos em televisor ou gravar em videogravador (VHS);— Cabo USB para transferência de fotos para o computador;— Correia de transporte;— CD com software e— Manual de instruções.

Vista, em corte, de uma máquina fotográfica digital profissional onde podemos ver os várioselementos que a constituem

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POTENCIALIDADES DA FOTOGRAFIA DIGITAL NA ÓPTICA DA FORMAÇÃO

É formidável verificar a velocidade a que a sua criatividade progride quando pode “disparar” fotos atrásde fotos sem se preocupar com o custo das mesmas.

O feedback instantâneo acelera a aprendizagem. Se puder reconhecer e corrigir uma má foto logoapós o “disparo”, há menos hipóteses de repetir o mesmo erro.

A principal vantagem da fotografia digital na óptica da formação é o tempo reduzido entre produção eutilização.

Por outro lado, com a fotografia em película temos a demora das deslocações a um laboratório, arevelação e impressão e ainda a digitalização num scanner até as fotos poderem ser usadas comoficheiro informático. Tudo isto pode demorar horas e os laboratórios não estão abertos 24 horas.Convém, ainda, referir que poucos utilizadores estão aptos a usar um scanner convenientementequando se trata de digitalizar fotos.

A partir do momento em que transferimos as fotos para o computador elas passam a ser umficheiro/documento informático com grande flexibilidade de utilização e todas as vantagens inerentes aeste formato: redimensionamento, alteração do tipo de ficheiro, alteração da qualidade/definição,correcção de cor, correcção de brilho e contraste, transformação de cor em preto/branco,etc. Estesficheiros podem ser logo intercalados em documentos de texto ou em outros já existentes.

Sendo as imagens recolhidas pelo próprio, e salvaguardadas as situações específicas, permiteliberdade de utilização dispensada de direitos de autor .

Vejamos alguns exemplos da rentabilidade da fotografia digital em formação:

— Transferência/partilha de ficheiros com imagem via Internet;

Duas fotografias digitais inseridas num e-mail

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— Utilização na produção de materiais didácticos: manuais, apresentaçõesem Power Point; transparências, diaporamas, etc.

Exemplo de documento com fotografias digitais inseridas

— Reprodução, total ou parcial, de objectos que, pelas suas características, são de difícil ouimpossível deslocação até ao espaço de formação;

— Criação de uma base de dados de imagens para consulta ou utilização por formandos eformadores com objectivos pedagógico-didácticos;

— Registo de trabalhos ou situações de formação para posterior avaliação ou utilização;

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— Alternativa ao projector de diapositivos, evitando o escurecimento da sala;

— Criação de bases de dados de formandos, com utilização da respectiva fotografia, para consultaaquando da avaliação;

— Situações de role playing ou brain storming;

— Impressão em papel, de formatos maiores a preços mais acessíveis;

… e usando a criatividade, certamente, outras aplicações surgirão.

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VANTAGENS

— Não precisa de filme nem de revelação laboratorial.

— Economiza tempo entre fotografar e usar as fotos.

— Permite visualizar as fotos de imediato no ecrã da máquina.

— Pode apagar as fotos que não interessam e refotografar.

— Pode guardar, retocar e manipular as fotos, num vulgar PC.

— Pode imprimir as fotos numa vulgar impressora de jacto de tinta.

— Distribuição, partilha e visualização nomeadamente via Internet por e-mail.

— Facilita a gestão duma biblioteca fotográfica.

— A máquina não faz ruído ao disparar.

— Feedback instantâneo acelera a aprendizagem.

DESVANTAGENS

— Custo ainda elevado das máquinas e dos cartões de memória.

— Impressão implica meios informáticos ou impressoras especiais.

— Mesmo as melhores máquinas (profissionais) são ainda limitadas em qualidade quando

comparadas com as de película de 35mm.

— Grande consumo de baterias, sobretudo com o visor de cristais líquidos ligado.

— Tamanho dos ficheiros quando queremos muita qualidade. Um ficheiro não comprimido

em TIFF pode ocupar 8 Mb ou mais.

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SUGESTÃO DE SITES COM INTERESSE PARA ESTE TEMAA CONSULTAR NA INTERNET :

www.shortcourses.com

www.nyip.com

www.dpreview.com

www.megapixel.net

www.stevesdigicams.com

www.imaging-resource.com

www.pcphotoreview.com

www.d-foto.com