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ÉTICA da INFORMAÇÃO SABER FAZER... REFERÊNCIAS e CITAÇÕES

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ÉTICA da INFORMAÇÃO

SABER FAZER...

REFERÊNCIAS e CITAÇÕES

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Normas para a elaboração de referências e citações

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Sumário

1. Ética da Informação .................................................................................................................... 3

1.1 Liberdade Intelectual........................................................................................................... 3

1.2 Privacidade .......................................................................................................................... 4

1.3 Propriedade Intelectual ....................................................................................................... 4

2. “Referências” versus “Bibliografia” ............................................................................................. 5

2.1. Porquê fazer referências? .................................................................................................. 5

2.2. Plágio ................................................................................................................................... 6

2.1.1 Estratégias para evitar o plágio ........................................................................................ 6

2.3. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 6

2.4. Citação bibliográfica ............................................................................................................ 7

2.4.1 Regras para fazer a citação no corpo do trabalho .......................................................... 7

a) Citações directas ................................................................................................................. 7

b) Citações indirectas por paráfrase ....................................................................................... 8

c) Citações curtas .................................................................................................................... 8

d) Citações longas ................................................................................................................... 8

e) Citações em nota de rodapé ou de fim .............................................................................. 9

f) Citações sucessivas da mesma obra ................................................................................. 9

g) Vários trabalhos citados no mesmo parênteses ............................................................. 10

h) Quando o autor é uma organização ................................................................................. 10

i) Quando não se conhece a data ....................................................................................... 10

j) Uso de citação em segunda mão ..................................................................................... 10

3. Normalização da Referência .................................................................................................... 11

3.1. Introdução .......................................................................................................................... 11

3.2. A Norma Portuguesa (NP 405) ........................................................................................ 12

3.2.1 Orientações gerais: .......................................................................................................... 12

3.2.2 Orientações específicas ........................................................................................... 14

A. Monografias (Livros) .......................................................................................................... 14

B. Artigos de publicações em série (Jornais, revistas, etc.) ............................................... 16

C. Documentos electrónicos .................................................................................................. 17

D. Normas ............................................................................................................................... 18

E. Documentos legislativos e judiciais .................................................................................. 18

F. Teses, dissertações e outras provas académicas .......................................................... 19

G. Comunicações apresentadas em congressos ................................................................ 20

H. Documentos não publicados ............................................................................................ 20

I. Material não livro ............................................................................................................... 21

Normas a consultar: ...................................................................................................................... 22

3.3. A Norma Americana (APA) .............................................................................................. 23

3.3.1 Normas relativas ao autor ............................................................................................... 23

3.3.2 Normas relativas ao título................................................................................................ 24

A. Monografias (Livros) .......................................................................................................... 24

B. Artigos de publicações em série (Jornais, revistas, etc.) ............................................... 26

C. Documentos electrónicos .................................................................................................. 27

D. Legislação ou normas: ...................................................................................................... 28

E. Teses, dissertações e outras provas académicas: ......................................................... 29

F. Documentos não publicados ............................................................................................ 29

G. Material não livro ............................................................................................................... 29

3.4. Regras Gerais a seguir na elaboração da lista de referências ...................................... 30

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 31

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1. Ética da Informação

Para melhor compreendermos o conceito de ética recomenda-se a leitura de

uma monografia que existe na biblioteca “Ética para um jovem” de Fernando Savater,

localizado na classe 1 da C.D.U. – Filosofia. Atenta neste trecho:

“Em resumo, ao contrário de outros seres, vivos ou inanimados, podemos inventar e escolher em parte a nossa forma de vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, quer dizer, conveniente para nós, frente ao que nos parece mau e inconveniente. E (…) podemos enganar-nos. (…) Assim parece prudente estarmos bem atentos ao que fazemos e procurar adquirir um certo saber viver que nos permita acertar. Esse saber viver , ou arte de viver , se preferires, é aquilo que se chama ética ” (Savater, 2001, p.28).

Como assumir comportamentos éticos? O ser humano vive em sociedade e por

isso, enquanto seres humanos, devemos reflectir juntos sobre o que é correcto, tendo

sempre presente os direitos dos outros, consignados na Declaração Universal dos

Direitos do Homem. Savater exemplifica: “Em que consiste tratar as pessoas como

pessoas, quer dizer, humanamente? Resposta: consiste em tentares pôr-te no seu

lugar ” (ibidem). Dito de outra maneira, a nossa liberdade acaba onde começa a

liberdade dos outros.

Quando falamos de problemas éticos ligados à informação, referimo-nos a

problemas que estão relacionados com o desrespeito de certos direitos,

nomeadamente: a liberdade intelectual, a privacidade e a propriedade intelectual.

1.1 Liberdade Intelectual

O Manifesto da Biblioteca Escolar (IFLA/UNESCO,1999) defende que “o

acesso aos serviços e fundos documentais deve orientar-se pela Declaração Universal

dos Direitos e Liberdades dos Homens [ONU, 1948], aprovada pelas Nações Unidas e

não deverá ser sujeito a nenhuma forma de censura ideológica, política ou religiosa ou

a pressões comerciais”.

Assim, Na escola, tens direito a aceder a qualquer informação que seja útil à

tua formação, sem seres alvo de censura religiosa, política, ideológica…

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1.2 Privacidade

Recordemos que A Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU, 1948)

refere no artigo 12º: “Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na

sua família, no seu domicílio, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais

intromissões ou ataques, toda a pessoa tem direito à protecção da lei.”

Assim, todas as pessoas têm direito à sua privacidade , exigindo que esta não

seja invadida e à protecção dos seus dados , para que a privacidade seja respeitada.

Os dados pessoais (relativos à saúde, à vida profissional, à orientação sexual…),

fornecidos para uma determinada situação, não podem ser utilizados por outras

pessoas noutras circunstâncias, sem autorização da pessoa em causa.

1.3 Propriedade Intelectual

A propriedade intelectual diz respeito aos direitos que um autor tem sobre

aquilo que criou, seja um romance, um livro sobre História, uma música, um filme, uma

invenção…

Utilizar de forma abusiva a totalidade ou parte dessa criação, assumindo-nos

como seus autores, ou seja copiar parte do seu trabalho (sem referir o autor), é crime!

A Convenção da União de Berna, em 1886, consagrou internacionalmente os

direitos de autor (direitos patrimoniais e direitos morais). Se transcreveres uma parte de um livro, ou utilizares determinados

documentos para a realização de um trabalho, deves citar, nas referências do teu

trabalho, o nome do autor e a fonte onde encontraste a informação.

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2. “Referências” versus “Bibliografia”

O termo “bibliografia ” é aplicado a diversas situações, todas elas intimamente

relacionadas com livros. A palavra foi formada a partir dos étimos de origem grega

Biblion, que significa livro, e graphein, escrever.

Quando confrontamos o conceito de “referências” com o de “bibliografia ”

constatamos que este apresenta uma maior abrangência. É uma lista exaustiva de

documentos para aprofundamento de um tema. O objectivo clássico de uma

bibliografia é o de fornecer ao público condições para que se possa informar, rápida e

seguramente, sobre os recursos que o património científico e literário da humanidade

acumulou ao longo dos séculos e que estão disponíveis.

O termo “referências ” apresenta uma menor abrangência. Tem a ver com

fontes bibliográficas ou electrónicas citadas ou referenciadas no corpo de um trabalho.

Independentemente das fontes estudadas, só são indicadas nas referências aquelas

que realmente foram usadas (citadas no trabalho, literalmente ou não).

A secção “Referências ” é um elemento obrigatório de qualquer trabalho. As

referências devem ser indicadas em lista própria, como elemento pós-textual, ou seja,

após o texto da pesquisa, e devem incluir todas as fontes efectivamente utilizadas

para a elaboração do trabalho (FRANÇA, 2003).

2.1. Porquê fazer referências?

É uma forma de reconhecer o mérito do autor do texto que foi consultado,

promovendo a honestidade intelectual e a não apropriação indevida da capacidade

intelectual de outrem.

Estaremos a conferir maior credibilidade ao nosso trabalho, porque demonstramos

que houve consultas de trabalhos de autores que escreveram sobre o mesmo tema

em estudo.

As referências permitem ainda a quem lê, localizar, confirmar e explorar a fonte de

onde foi extraída a informação.

Em suma, há uma regra de ouro no âmbito da honestidade intelectual – “dar o

seu a seu dono”.

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2.2. Plágio

O plágio é normalmente definido como sendo a cópia de um trabalho sem a

prévia autorização do autor ou a utilização de informação de um autor sem indicação

da fonte de onde foi retirada. Trata-se do crime de copiar as ideias de outrem sem as

citar.

Já houve muitos casos de autores, cientistas e artistas que viram a sua

reputação bastante abalada por acusações deste género, com carreiras arruinadas ou

com processos judiciários que implicaram indemnizações.

2.1.1 Estratégias para evitar o plágio

1. Coloca entre aspas tudo o que retirares directamente do texto que estás a

consultar.

2. Parafraseia, ou seja, diz por palavras tuas o que leste, mas certifica-te que

não estás apenas a mudar a ordem ou a substituir algumas palavras.

3. Compara a tua paráfrase, ou seja, a frase que construíste a partir da ideia do

autor, com o texto original e certifica-te das diferenças. Certifica-te de que a

informação é rigorosa.

4. Não te esqueças de tomar nota da fonte da tua informação.

2.3. Referência bibliográfica

Uma referência bibliográfica consiste na indicação e identificação de uma

edição de uma determinada obra que deverá ser descrita de forma suficientemente

exaustiva para que não restem dúvidas ao leitor sobre a edição que representa. Ou

seja, não basta referir apenas o autor e o título, ou o título e o editor, por exemplo.

Para que a referência seja correcta, deve-se registar todos os elementos que

individualizem aquela edição e a distingam de outras semelhantes.

Os elementos absolutamente básicos são: autor(es), título da obra, número da

edição, local de edição, editora e ano de edição.

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2.4. Citação bibliográfica

Quando se realiza um trabalho de investigação devemos, no final do trabalho,

referir as fontes de onde retirámos a informação, e, no corpo do trabalho, citar

devidamente essas fontes.

Sempre que se reescrevam ideias ou informações através de palavras

próprias, seja resumindo, dizendo por outras palavras, ou usando as mesmas

palavras, as ideias e a informação não nos pertencem. A fonte deve, por isso, ser

citada, seja qual for a origem ou a forma do documento.

Devemos colocar sempre a nota da citação logo a seguir ao segmento de texto

que estamos a produzir, cuja informação tenha sido recolhida numa determinada fonte

em concreto.

2.4.1 Regras para fazer a citação no corpo do traba lho

a) Citações directas

Na citação directa devemos colocar a citação entre aspas, seguido dos

elementos necessários para o leitor poder encontrar na obra em causa a citação. Dito

de outra maneira, o leitor deverá, com os elementos que o redactor do texto

disponibiliza, ir retomar o texto citado e situá-lo na obra em causa.

Assim, se o autor aparece na frase , deve-se colocar entre parênteses o ano e

a página da publicação do livro onde fomos buscar a informação.

Exemplo:

Segundo Marta (1996, p.83), o saque não atingiu todas as localidades do

concelho (...)”.

Se o autor citado não é integrado no texto , deve ser referenciado o último

nome do autor, seguido de vírgula, espaço, ano de publicação e página, entre

parênteses.

Exemplo:

Apesar da violência dos ataques, “o saque não atingiu todas as localidades do

concelho” (Marta, 1996, p.26).

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Quando se trata de quatro ou mais autores, deves indicar os nomes de todos

os autores na primeira vez em que os citas; nas citações subsequentes, escreve

somente o nome do primeiro autor seguido pela abreviatura et al .

Exemplo:

“...” (Silva et al., 2006).

b) Citações indirectas por paráfrase

O autor do trabalho dirá por palavras suas a ideia em causa devendo dar os

elementos necessários para o leitor poder encontrar na obra em causa a citação. Não

basta neste caso substituir algumas palavras pelos seus sinónimos . Terá de ser

uma real paráfrase.

Uma verdadeira paráfrase tenta dizer por palavras diferentes a ideia que se

reputa de fundamental no texto que se pretende citar. E quando existe alguma

coincidência de expressões do texto original ela é assinalada entre aspas , para

além da indicação da obra e da página a partir da qual se faz a paráfrase.

c) Citações curtas

As citações curtas (até 3 linhas) devem ser colocadas no corpo do texto entre

aspas.

Exemplo:

Segundo Gallino, “as crianças pensam muito, mas não dominam a linguagem

suficientemente bem para exprimir a profundidade do seu pensamento” (1998, p. 69).

Quando no texto houver necessidade de citar mais do que uma obra para a

mesma ideia, devem-se utilizar todas as referências necessárias, separadas entre si

por (;). Exemplo: (Flores et al., 1988; Winograd, 1986; Cunha e Cintra, 1996).

d) Citações longas

As citações longas (mais de 3 linhas) devem constituir um parágrafo único,

destacando-se do texto mediante afastamento da margem, redução do tamanho da

letra e o espaçamento entre linhas.

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Exemplo:

Segundo Gallino,

“as crianças pensam muito, mas não dominam a linguagem

suficientemente bem para exprimir a profundidade do seu

pensamento. E, portanto, também não tentam comunicar-nos as

suas reflexões a menos que uma pessoa se dê ao luxo de pôr de

parte algum tempo para falar com elas” (1998, p. 69).

e) Citações em nota de rodapé ou de fim

Podemos citar através da criação de uma nota colocada ou ao fundo da página

(pé de página ou rodapé). Neste caso, na linha do texto em que surge o elemento

citado deixa-se uma chamada, normalmente um algarismo, que nos remete para a

nota de citação com a mesma numeração.

Exemplo:

“Segundo Goldstein1 como moduladores da fluidez lipídica, em particular,

agentes anestésicos gerais e locais2 benzodiazepinas, indutores da diferenciação

celular3...”

Nota: Nas “Referências”, no final do trabalho, tem sempre de constar a referência completa!

f) Citações sucessivas da mesma obra

1. Expressão ibid

Quando surge uma citação que é da mesma obra que acaba de ser citada mas

noutra página deve indicar-se (ibid, p.___) ou (op. cit., p. ___).

2. Expressão ibidem

Quando surge uma citação que é da mesma obra que acaba de ser citada mas

na mesma página deve indicar-se (ibidem) .

3. Quando se faz citações de um autor que tenha mais de uma obra publicada no

mesmo ano tem de se fazer a diferença, utilizando as letras a, b,...

1 Goldstein, D.B. The effects of drugs on membrane fluidity, p.28.

2 Seeman, P. The menbrane actions of anesthetics and tranquilizers, p. 585.

3 Goldstein, op. cit., p.22.

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Exemplo: Afonso, 2002a, p.15

Afonso, 2002b, p.23

Nas “Referências” finais utiliza-se o mesmo processo para que se distingam as

obras.

g) Vários trabalhos citados no mesmo parênteses

Se tiveres mais do que um trabalho citado no mesmo parênteses, ordena

primeiro alfabeticamente e depois por ordem cronológica se houver mais publicações

do mesmo autor.

Exemplo:

Dorahy et al., 2003; Irwin, 1999; Maaranen et al., 2005b; Näring & Nijenhuis,

2005, 2007b).

h) Quando o autor é uma organização

Se o autor for uma organização, escreve o nome completo na primeira citação

[e.g., World Health Organization (2009)]; nas citações seguintes usa a abreviatura do

nome se ela for conhecida ou imediatamente entendível [e.g., (WHO, 2009)].

i) Quando não se conhece a data

Se o trabalho citado não tiver data (usual em páginas de Internet), coloca o

nome do autor seguido da indicação “sem data”.

Exemplo:

... (Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (s.d.))

j) Uso de citação em segunda mão

Quando se fizer a referência ao trabalho de um autor, com base apenas na

informação de um segundo autor (por impossibilidade de consulta da obra original),

dever-se-á referir no texto o facto de se estar a fazer uma citação, fazendo referência

aos dois autores. Exemplo: ... de acordo com Martinho (1989), citado por Carneiro

(1994)... Neste caso colocar nas Referências apenas a obra consultada, que no

exemplo referido será Carneiro (1994).

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3. Normalização da Referência

Foram criadas normas a nível internacional, elaboradas pela I.S.O.

(International Standardization Organization)4. Esta Norma Internacional encontra

correspondência na harmonização feita pelos diversos países, sendo normal a criação

de Normas nacionais, que são adoptadas por várias instituições académicas,

bibliotecas e publicações periódicas nacionais. Em Portugal, vigora a Norma

Portuguesa sobre referências bibliográficas (NP 405), mas a sua utilização não é

obrigatória, existindo muitas Universidades e áreas científicas que optam pelo uso de

normas específicas, nomeadamente nas ciências naturais.

A norma da APA (American Psychological Association –

http://www.apastyle.org ) é uma das mais usadas no campo das Ciências Sociais e

Humanas, nomeadamente na área da Educação.

Independentemente do estilo de referência bibliográfica a utilizar, o mais

importante é:

- verificar se existe algum tipo de estilo de citação preferido pela instituição em

que estamos inseridos.

- fornecer a informação mais completa possível relativa a cada referência

bibliográfica ou electrónica, de modo a que qualquer leitor possa identificar, sem

dúvidas, a obra referenciada;

- respeitar o mesmo estilo de citação em toda a listagem de referências

bibliográficas ou electrónicas, de forma a que esta apresente um estilo homogéneo.

3.1. Introdução

Numa referência bibliográfica, os elementos primários são normalmente os

mesmos, para todos os tipos de documentação e para todos os estilos de citação,

embora a ordem pela qual são apresentados e a pontuação entre eles possa variar

conforme o estilo adoptado. Estes elementos incluem:

i. nome do autor;

ii. data da publicação;

4 A Organização Internacional de Normalização, conhecida como ISO é uma entidade que congrega os

organismos de normalização de cerca de 170 países. Fundada em 23 de Fevereiro de 1947, em Genebra,

na Suíça, aprova normas internacionais. Recentemente foi elaborada uma norma específica para as

publicações electrónicas (ISSO 690-2). Disponível em:

http://www.collectionscanada.gc.ca/iso/tc46sc9/standard/690-2e.htm

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iii. título;

iv. no da edição;

v. editora;

vi. local da publicação;

vii. volume;

viii. páginas da obra ou páginas relativas à publicação referenciada.

3.2. A Norma Portuguesa (NP 405)

A NP 405 encontra-se dividida em quatro partes:

- NP 405 -1: aplicável a documentos impressos publicados, tais como

monografias (livros) e publicações periódicas (jornais e revistas);

- NP 405-2 - aplicável a materiais não livro, tais como documentos icónicos,

visuais, sonoros e audiovisuais, bem como objectos;

- NP 405-3 - aplicável a documentos não publicados, tais como teses,

regulamentos, trabalhos académicos, relatórios, etc.;

- NP 405-4 - Aplicável a documentos electrónicos.

3.2.1 Orientações gerais:

a. o nome do autor deve vir indicado em forma invertida (APELIDO, Nome), sendo o

apelido escrito em maiúsculas, (último apelido, na generalidade dos casos; primeiro

apelido e seguintes quando se trate de autores de língua espanhola, caso especial em

que o apelido principal, da linha paterna, é o primeiro);

b. Quando a autoria for da responsabilidade de até três autores, todos serão

referenciados no cabeçalho da referência, separados por ponto e vírgula;

c. Quando a autoria for da responsabilidade de quatro ou mais autores, indica-se

apenas o nome do primeiro, seguido da abreviatura et al. (et alii, ou seja, e outros)

entre parêntesis rectos [et al.] ;

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d. No caso de obras colectivas com indicação do nome do editor literário, compilador,

organizador ou director, deve indicar-se o nome do editor ou compilador, seguido da

expressão adequada: ed. ou eds , org ., ou dir ., conforme o caso. Tratando-se de mais

de três responsáveis intelectuais pelo conjunto da obra, aplica-se o caso referido na

alínea anterior;

e. As responsabilidades secundárias (prefaciador, ilustrador, etc.) só são incluídas

quando a sua menção se revestir de particular importância;

f. No caso de obras traduzidas, e quando a figura do tradutor se afigurar de particular

importância (nos casos em que a tradução se apresenta como uma recriação) –

responsabilidade secundária.

g. A menção de edição só é obrigatória a partir da 1.ª edição (2.ª, 3.ª, etc.);

h. O título da obra deve ser sempre destacado (sublinhado, aspas ou relevos

tipográficos). No caso de capítulos de monografias, comunicações a conferências ou

artigos de publicações periódicas, o título a destacar é o da publicação-fonte

(monografia, acta, revista ou jornal), e não o do capítulo, texto ou artigo em si;

i. O elemento "data" deve ser sempre indicado, mesmo nos casos em que a

publicação não apresenta uma data de edição clara. No caso das obras sem data

expressa, deve indicar-se a data mais aproximada: por ex. 199-, para uma obra que

sabemos ter sido editada na década de 90 do século XX, embora sem conhecermos o

ano exacto;

j. Nos casos em que não vem expressa a data de publicação, mas aparece uma outra

data, como a de copyright, Depósito Legal (D.L.), ou impressão deve ser indicada a

data que vier expressa, pela ordem citada (i.e., preferindo-se o copyright em primeiro

lugar e só depois o D.L. e a impressão), no caso de aparecerem as três informações;

nestes casos, a data deve ser precedida da especificação adequada (cop. , D.L.,

imp. );

k. A designação da editora não precisa de ser precedida pelo qualificativo (por ex.,

“Presença”, em vez de “Editorial Presença”). Quando o nome da editora for seguido da

designação comercial (S.A., Lda., etc.), esta tão pouco deve ser incluída;

m. Nos casos em que o local de edição e/ou a editora não vierem mencionados na

publicação, utilizam-se as seguintes expressões, colocadas no local apropriado:

i. [s.l.] - sem local de edição (sine loco);

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ii. [s.n.] - sem nome de editor (sine nomine);

n. De acordo com a NP 405, deve-se indicar, sempre que possível, no final da

referência, o ISBN (lnternational Standard Bibliographic Number), para as

monografias, ou o lSSN (lnternational Standard Serial Number), para as publicações

periódicas; quando este número não aparece no documento (caso de quase todas as

obras publicadas antes de 1990), não é necessário fazer qualquer referência.

3.2.2 Orientações específicas

A. Monografias (Livros)

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor - Título: complemento de título. Responsabilidade secundária. Edição. Local:

editor, data. ISBN.

Exemplos:

Com um autor:

CHARTIER, Roger - A ordem dos livros. Trad. Leonor Graça. 2.ª ed. Lisboa: Veja,

1997. ISBN 972-699-537-X.

Com dois autores:

ACCART, Jean-Philippe; RETHY, Marie-Pierre - Le métier de documentaliste. Paris :

Electre - Éditions du Cercle de la Librairie, 1999. ISBN 2-7654-0744-4.

Com quatro ou mais autores:

REIS, Elisabeth [et al.] - Estatística aplicada. 4.ª ed. revista. Lisboa: Sílabo, 2001.

lSBN 972-618-256-5.

Obra sem autor identificado:

Quando o autor é desconhecido, o título aparece como o primeiro elemento de

referência e a primeira palavra figura em letras MAIÚSCILAS.

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MY BOOK of English exercises. Londres: Bowker, 1989. lSBN 982-3322-222-2.

Autor/instituição :

PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde – Plano nacional de luta contra a dor. Lisboa:

DGS, 2002.

PORTUGAL. lnstituto Nacional do Ambienle - Regulamento geral sobre o ruído.

Lisboa: Instituto Nacional do Ambiente, 1988.

Dicionário ou enciclopédia sem autor expresso:

DICIONÁRIO de inglês-português. 3.ª ed. Porto: Porto Editora, 2003. ISBN 972-0-

05020-9.

Dicionário ou enciclopédia com autor expresso:

GISPERT, Carlos, dir. - Enciclopédia da psicologia. Lisboa: Liarte. 1999.

MARTÍNEZ ALMOYNA, Júlio - Dicionário de espanhol-português. Porto: Porto Editora,

2001.

NOTA: quando se trate de autores espanhóis, a entrada faz-se logo a partir do primeiro

apelido, entrando todos os outros em seguida.

Obras em volumes (se consultámos apenas um volume):

GISPERT, Carlos, dir. - Enciclopédia da Psicologia. 2.ª ed. Lisboa: Liarte,1999. Vol.3.

Conferências/Congressos/Jornadas

ENCONTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA DOCUMENTAÇÃO E

INFORMAÇÃO, 2, Vila do Conde, 27 Abr. 2006 - Informação: acesso e preservação.

Vila do Conde: ESEIG, 2006.

JORNADAS DE HISTORIA LOCAL, Aveiro, 28 Set. 2007 - Património documental: o

acesso às fontes na era digital. Aveiro: Câmara Municipal; ADERAV, 2007.

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JORNADAS DE PSIQUIATRIA S. JOÃO DE DEUS, 2, Lisboa, 4-6 de Março de 1982 -

Comunicações. Lisboa: Hospitalidade, 1982.

CAPÍTULOS DE LIVROS (termo técnico: contribuições e m monografias)

Ordem dos elementos e Pontuação:

Autor do cap. - Título do cap. ln: autor do livro. Título do livro. Local: editora, data.

ISBN. Páginas (localização dentro da monografia).

Exemplo:

RUMBO ARCA, Begoña - Apoio familiar e institucional à pessoa ldosa. ln: REQUEJO

OSORIO, Agustín; PINTO, Fernando Cabral, coord. As pessoas idosas: contexto

social e intervenção educativa. Lisboa: lnstituto Piaget, D.L. 2007. ISBN 972-771-782-

9. p. 269-280.

B. Artigos de publicações em série (Jornais, revist as, etc.)

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor - Título do artigo. Título da publicação em série. |SSN. Vol., n.º (data), páginas.

Exemplos:

SIMÕES, Antero - Os poveiros de Leonardo. Póvoa de Varzim: Boletim Cultural. ISSN

0870-4589. Vol. 41 (2007), p. 67-82.

GOMES, José António - Luísa Dacosta: o amor à palavra. Solta palavra: Boletim do

CRlLlJ. N.º 11/12 (2007), p. 17-19.

KEIRSTEAD, Carol - Lowell looks for answers. Photogr. James Higgins and Joan

Ross. Equity and Choice. Boston: lnstitute for Responsive Education. ISSN 0882-2863.

Vol.3, n.º 2 (1987), p. 28-33.

COELHO, Eduardo Prado – O ponto de vista: a invasão dos pedagogos. Expresso. (14

Fev. 1987), p. 8-9.

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Normas para a elaboração de referências e citações

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C. Documentos electrónicos

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor(es) – Título: Complemento de título [tipo de suporte]. Edição/versão. Local de

publicação: editor, data, data de actualização. [Data de consulta]. <Disponibilidade e

acesso>.

Exemplos

Documento completo (e-books, bases de dados, progra mas):

ALEXANDER, Janet; TATE, Marsha Ann - Evaluating Web resources [em linha]. [s.l.]:

Wolfgram Memorial Library, 2001, act. 25 Jul. 2005. [Consult. 30 Dez. 20061].

Disponível na lnternet: <URL: http://www2.widener.eduMolfgram-

MemoriaI-Library/webevaIuation/webevaI.htm>.

CARROLL, Lewis - Alice's adventures in wonderland [em linha]. Urbana, ll.: Project

Gutenberg, 1997. [Consult: 12 Jan. 2006]. Disponível na lnternet:

<URL:http://www.ibiblio.org/gutenberg/cgi-bin/sdb/t9.cgi>.

RODRIGUES, Eloy - lmplementação de um sistema integrado de gestão de

bibliotecas: a experiência da universidade do Minho [em linha]. Braga: Universidade do

Minho, 2004. [Consult. 15 Abr. 2008]. Disponível na lnternet:

<URL:https://repositorium.sdum.uminho.pt>.

COMO se transmite o VIH? Lisboa: Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2004.

[Consult. 10 Jan.2008]. Disponível na lnternet: <URL:http://www.sida.pt>.

Artigo de uma revista em linha:

BAlLAC, Assumpta - La biblioteca pública desde la perspectiva de una administració

local: la Diputació de Barcelona. BiD:Textos Universitarios de Biblioteconomia i

Documentació [em linha]. 4 (2004). [Consult. 12 Maio 2008]. Disponível na lnternet:

<URL: http://www.ub.es/biblio/bid>.

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Partes de monografias:

CARRION GÚTIEZ, Alejandro - Las tecnologías de la información y las

comunicaciones en las bibliotecas públicas espanolas: nuevos usuarios y nuevos

servicios. ln Las bibliotecas públicas en España. Una realidad abierta [em linha]. [s.l.]:

Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 2001 [Consult: 23 Mar. 2008]. Disponível na

lnternet: <http:://www.fundacióngsr.es/bpublicas>, p.243-79.

D. Normas

Ordem dos elementos e pontuação:

Sigla e n.º da norma. Ano, Área - Título. Local da publicação: editor.

Exemplos:

NP 405 1. 1994, lnformação e Documentação - Norma Portuguesa para referências

bibliográficas: Documentos impressos. Lisboa: I PQ.

NP 21, 1989, Papel e cartão - Colheita de amostras para ensaios. Lisboa: lPQ.

E. Documentos legislativos e judiciais

Ordem dos elementos e pontuação:

Planos. Códigos, etc.;

Autor – Título. Nome do editor: local de edição, data.

Nota : o cabeçalho de autor para os documentos legislativos como Códigos Civis, Penais, etc.,

é Portugal. Tratando-se de um documento anotado ou comentado, a entrada pode fazer-se

pelo autor das. anotações e comentários. Tratando-se de planos, projectos, etc. sem autor

identificado, a entrada faz-se pelo título.

PORTUGAL - Código de Processo Penal. Coimbra: Almedina, 2001.

ARAÚJO, Laurentino da Silva, anot. - Código de Processo Penal: actualizado e

anotado. Coimbra: Coimbra Editora, 1960.

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II PLANO de Fomento (1959-1964): proposta de lei e projecto do ll Plano. Lisboa:

lmprensa Nacional, 1959, vol. 1.

Leis, despacho, portarias, resoluções, etc., public adas em Diário da República:

Título. Publicação. N.º (ano-mês-dia) págs.

Exemplos:

RESOLUÇÃO do Conselho de Ministros n.º 1/2005. "D.R. I Série - B". 1 (05-01-

03) 2.

DESPACHO n.º 25/2005. "D.R. Il Serie". 1 (05-01-03) 16-25.

DECRETO regulamentador regional n.º 21/2004/A. "D.R. I Serie B". 153 (04-07-

01) 4020-4026.

F. Teses, dissertações e outras provas académicas

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor - Título da tese ou dissertação. Local de edição: nome do editor, data. Nota

sobre a natureza específica do documento.

Exemplos:

PEREIRA, Pedro Daniel Gonçalves Lima Nunes - A educação para a cidadania no

primeiro ano do ensino básico. Porto: Universidade Portucalense, 2007. Dissertação

de Mestrado.

PEREIRA, Maria Teresa Ribeiro - Metodologia multicritério para avaliação e selecção

de sistemas informáticos ao nível industrial. Braga: Universidade do Minho, 2003. Tese

de Doutoramento.

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G. Comunicações apresentadas em congressos

Ordem dos elementos e pontuação :

Autor - Título da comunicação. ln: Congresso, n.º do congresso, local. Título do

congresso. Local de edição: editora, data. ISBN. Pág.

Exemplo:

FlOLHAlS, Carlos - Depósito Legal nas bibliotecas portuguesas. ln: CONFERÊNCIA

Bibliotecas para a vida: literacia, conhecimento, cidadania. Évora: Colibri; CIDEHUS-

EU; Biblioteca Pública de Évora, 2005. ISBN 978-972-772-699-8. p. 115-118.

H. Documentos não publicados

Ordem dos elementos e pontuação :

Autor - Título. Data. Acessibilidade.

Nota : no caso de dos documentos não publicados deve ser indicado o local onde

podem ser consultados (Acessibilidade).

Exemplos:

MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA. Centro de Documentação e lnformação -

Guia prático da biblioteca. 1990. Acessível na Faculdade de Medicina de Coimbra.

Circulares:

PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde - Circular normativa n.º 2 DGCG. Diagnóstico,

tratamento e controlo da hipertensão arterial. 31/03/2004. Acessível na biblioteca da

Escola Superior de Enfermagem de Leiria.

Manuscritos:

CAMINHA, Pero de Andrade - [Carta] 1586 Dez. 6, Vila Viçosa, [a] Duarte Nunes de

Leão [Manuscrito]. 1586. Autogr. Acessível na Biblioteca Nacional, Lisboa, Portugal,

COD. 24213.

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INQUISIÇÃO. Goa. Regimento do Santo Ofício da Inquisição de Goa ordenado...no

anno de 1778 [Manuscrito]. 1778. Acessível na Biblioteca Nacional, Lisboa, Portugal,

COD. 204.

I. Material não livro

REGISTO VÍDEO (VHS, DVD,...)

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor - Título. Local: distribuidor, data. Descrição física.

Nota : este tipo de documento é normalmente produto de um trabalho colectivo (produtor,

realizador, argumentista, intérpretes...) e raramente tem um responsável único que possa ser

considerado autor principal. Assim, o primeiro elemento da referência é quase sempre o título.

No caso de filmes em que se considere importante a indicação do realizador, ou de quaisquer

outros autores, esta menção é feita a seguir ao título.

Exemplos:

O RIO encantado. Lisboa: Lusomundo, 1991. 1 cassete vídeo (VHS) (140 min.).

A COR púrpura. Realização de Steven Spielberg. Roteiro: Menno Meyjes, 2003. 2

DVD (90 + 90 min.).

REGISTOS SONOROS (música, entrevistas, outros docum entos sonoros)

Ordem dos elementos e pontuação:

Autor - Título. Local: editor/distribuidor, data. Descrição física.

Exemplos:

KRAVITZ, Lenny. Greatest hits. Guarulhos, SP: EMI Music, cop. 2000. 1 CD.

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BRITO, Alex Rodrigues de. AIex Rodrigues de Brito: depoimento. Entrevistador:

Wagner Dias da Silva. São Paulo: WDS, 2003. 1 cassete sonora.

CD-ROM /DVD

COMISSÃO DE ACESSO AOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS – Relatório de

actividades: 2002 [CD-ROM]. Lisboa: CADA, 2003.

Normas a consultar:

NP 405-1. 1994, lnformação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos

impressos. Lisboa: lPQ.

NP 405-2. 1998, lnformação e Documentação. Referências bibliográficas: material não

livro. Lisboa: lPQ.

NP 405-3. 2000, lnformação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos

não publicados. Lisboa: lPQ.

NP 405-4. 2002, lnformação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos

electrónicos. Lisboa: lPQ.

Nota: A consulta deste guia não dispensa a consulta das Normas acima citadas, nas

quais é possível encontrar mais informação, e mais detalhada.

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3.3. A Norma Americana (APA)

A norma da APA (American Psychological Association –

http://www.apastyle.org ) é uma das mais usadas no campo das Ciências Sociais e

Humanas, nomeadamente na área da Educação.

Independentemente do estilo de referência bibliográfica a utilizar, o mais

importante é:

- verificar se existe algum tipo de estilo de citação preferido pela instituição em

que estamos inseridos.

- fornecer a informação mais completa possível relativa a cada referência

bibliográfica ou electrónica, de modo a que qualquer leitor possa identificar, sem

dúvidas, a obra referenciada;

- respeitar o mesmo estilo de citação em toda a listagem de referências

bibliográficas ou electrónicas, de forma a que esta apresente um estilo homogéneo.

3.3.1 Normas relativas ao autor

De acordo com a APA, deve-se:

Inverter os nomes de todos os autores em cada referência, colocando o último

nome em primeiro lugar, e usando apenas as iniciais dos restantes nomes.

Quando existir mais do que um autor, usar & antes do nome do último autor.

Quando existir mais do que um autor, devem ser colocados os nomes de todos os

autores na lista de referências bibliográficas. No texto, quando existirem dois

autores, colocar o último nome de ambos separados por &. Se existirem mais do

que três autores, colocar apenas o nome do primeiro autor, seguido de et al. (que

significa “e outros”). Exemplo: (Cunha & Cintra, 1996), (Santos et al., 1997).

Exemplos:

a) Um só Autor:

Harrison, T.R.

b) Mais do que um Autor (citar todos até 3)

Cotran, R.S.; Kumar, V.; & Robbins, S.L.

c) Mais do que 3 Autores (incluir o primeiro seguido de “et al.”:

Parkin, D.M., et al.

Nas referências, quando a autoria for na forma de editor literário, compilador,

organizador , etc., essa função deve ser mencionada a seguir ao nome, entre

parêntesis. Exemplos: Barros, M (ed.Lit.); Carvalho, V (org.).

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3.3.2 Normas relativas ao título

Colocar o título do livro ou do artigo imediatamente após o ano da publicação .

Na referência bibliográfica de livros, utilizar letra maiúscula apenas na primeira

letra do título, na primeira letra do subtítulo, quando existente, bem como nos

nomes próprios. Utilizar itálico para todo o título do livro.

A. Monografias (Livros)

Obra completa, um autor

Pontuação e ordem dos elementos:

Apelido do Autor, Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes. (data). Título do livro:

subtítulo. (edição). Local de edição: Editor.

Goldberg, E. (2001). The Executive Brain, frontal lobes and the civilized mind. Oxford:

Oxford University Press.

Nota: a menção de Edição só se introduz a partir da 2.ª. Não havendo menção, presume-se

ser a primeira.

Obra completa, dois ou três autores:

Cantor, C.R.; & Smith, C.L. (1999). Genomics: the science and technology behind the

Human Genome Project (2nd ed.). New York, NY: John Wiley & Sons.

Lezak, M. D., Howieson, D. B., & Loring, D. W. (2004). Neuropsychological

assessment (4ª ed.). Nova Iorque: Oxford University Press.

Obra completa, autor organizacional

World Health Organization. (1994). The ICD-10, Classification of mental and

behavioural disorders. Genebra: WHO.

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Se o(s) autor(es) for editor literário (ed. lit.), compilador (comp.), organizador

(org.) ou coordenador (coord.) da obra:

Halligan, P. W., & David, A. S. (Eds.). (1999). Conversion hysteria: Towards a cognitive

neuropsychological account (Cognitive neuropsychiatry). Londres: Psychology Press.

Barbeiro, L. (coord.) (2007). Comunicação de Ciência. Porto: Sete Pés.

Obra completa, sem autor ou editor

Dicionário de Latim-Português. (2001). (2.ª ed.). Porto: Porto Editora.

Obra completa, vários volumes

Janet, P. (1919). Les médications psychologiques. Études historiques, psychologiques

et cliniques sur les méthodes de la psychothérapie (Vols. 1-3). Paris: Alcan.

Obra completa, tradução

Newman, P. (2004). História do terror, o medo e a angústia através dos tempos (N.

Batalha, Trad.). Lisboa: Ed. Século XXI, Lda. (Trabalho original em inglês publicado

em 2003).

Enciclopédia ou dicionário

Machado, J. P. (1990). Dicionário etimológico da língua portuguesa (6.ª ed., Vols. 1-3).

Lisboa: Livros Horizonte.

Parte de Livro

Pontuação e ordem dos elementos:

Apelido do Autor, Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes. (data). Título do

capítulo/parte da obra. ln Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes Apelido (Eds.*),

Título da obra completa: subtítulo, (edição) (paginação). Local de publicação: Editor.

* Se se aplicar - ver ponto anterior.

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Exemplo prático para Capítulo de livro

Reilly, P.R. (1997). Laws to regulate the use of genetic information. ln M. A. Rothstein

(Ed.), Genetic secrets: protecting privacy and confidentiality in the genetic era (pp.369-

391). New Haven: Yale university Press.

Obra Antiga e Reeditada em Data Posterior

Descartes, R. (1989). Les passions de l'âme. Em F. Alquié (org.), Oeuvres

philosophiques de Descartes. Tome lll (pp. 939-1103). Paris: Bordas. (Original

publicado em 1649).

B. Artigos de publicações em série (Jornais, revist as, etc.)

Notas:

Na referência bibliográfica de artigos em periódicos ou em volumes

editados , utilizar letra maiúscula apenas na primeira letra do título, na

primeira letra do subtítulo, quando existente, bem como nos nomes próprios.

Usar um ponto após o título do artigo.

Colocar o nome da publicação periódica após o título do artigo, utilizar itálico

para todo o seu título e iniciar cada nome do título com letra maiúscula .

Usar p. ou pp. para números de páginas de jornais ou revistas não científicas.

Omitir p. ou pp. se forem publicações periódicas científicas.

Artigo completo de uma revista editada em papel

Pontuação e ordem dos elementos:

Apelido do Autor, Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes (data). Título do artigo:

subtítulo do artigo. Título da revista, vol. (n.º ou supl.), páginas.

Exemplo prático com 2 Autores

George, A. L. Jr; & Neilson, E. G. (2000). Genetics of Kidney Disease. American

Journal of Kdney Diseases, 35 (4), 160-169.

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Artigo completo extraído de uma revista electrónica

Apelido Autor, Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes ou Autor colectivo (data).

Título do artigo. Título da Publicação. Numeração, Localização na publicação.

Disponibilidade e acesso.

Exemplo prático com 2 Autores:

Fine, M., & Kurdek, L. A. (1993). Reflections on determining authorship credit and

authorship order on faculty-student collaborations. American Psychologist, 48, 1141-

1147. Acedido Junho 7, 1999, em http://www.apa.org/journaIs/amp/kurdek.htmI.

Artigo completo extraído de um jornal electrónico

Adler, J. (1999, May 17). Ghost of Everest. Newsweek. Retrieved May 19,1999, from

http://newsweek'com/nw-srv/issu e/20-99a/printed/inVsocu/so0120-1.htm.

Nota : o Manual da APA prevê a possibilidade de se partirem endereços electrónicos - URL - a

seguir a um ponto ou um traço).

C. Documentos electrónicos

Como para qualquer outro tipo de referência, a ideia é permitir que o leitor

consiga identificar e localizar o local exacto da obra referenciada. Deve-se por isso

fornecer toda a informação habitual relativa a publicações impressas – autor, ano, e

título – mas fornecendo também o endereço de URL completo (Uniform Resource

Locator ), bem como a data. Esta data deverá ser a correspondente à última

actualização do documento na página da Web, ou a correspondente à data em que o

documento foi consultado. Os componentes de um URL são, por exemplo, os

seguintes: http://esjfbiblioteca.blogspot.com.

As fontes bibliográficas electrónicas incluem bases de dados on-line,

publicações periódicas on-line (revistas científicas, jornais científicos ou newsletters),

documentos em sítios Web ou páginas Web, grupos de discussão Web, etc.

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Livro Electrónico em linha / Publicações electrónic as, autor

Pontuação e ordem dos elementos:

Apelido Autor, Maiúsculas das iniciais dos primeiros nomes ou Autor colectivo (data).

Título do artigo [em linha]. Nome do website. Disponibilidade e acesso.

Bryant, P. (1999). Biodiversity and conservation. Acedido em 4 Outubro, 1999, em

http://danryin.bio.uci.edu/~sustain/bio65/Titlpage.htm.

Bremner, J. D. (1999). The lasting effects of psychological trauma on memory and the

hippocampus. Acedido em 5, Agosto, 2005, em

http://www.lawandpsychiatry.com/html/hippocampus.htm

Publicações electrónicas, autor organizacional

National lnstitute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases (2001). Questions

and answers about knee problems [em linha]. National Institute of Arthritis and

Musculoskeletal and Skin Diseases (NIAMS) Web site. Acedido em 7, Junho, 2009, em

http://www.niams.nih.gov/hi/topics/kneeprobs/ kneeqa.htm.

Publicações electrónicas, autor organizacional, sem data

Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. (s.d.). Diabetes. Acedido em 1,

Maio, 2009, em http://www.apdp.pt/diabetes.asp.

D. Legislação ou normas:

Portaria no 809/90 de 10 de Setembro. Diário da República no 209/90 – l Série.

Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação, da Saúde e do Ambiente e Recursos

Naturais.

NP 405-1 (1994). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Documentos

impressos. Lisboa: lnstituto Português da Qualidade.

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Nota: Quando se fizer a referência a legislação ou normas , por uma questão de facilidade de

localização da respectiva obra na bibliografia, iniciar a referência com a identificação do

diploma legal ou da norma, que é exactamente a forma como é feita a referência no texto.

Exemplo: No texto: ... de acordo com o Dec. Lei nº 236/98 de 1 de Agosto... e nas Referências

colocar:

Decreto Lei nº 238/98 de 1 de Agosto. Diário da República nº 176/98 - I Série A.

Ministério do Ambiente. Lisboa.

E. Teses, dissertações e outras provas académicas:

Horta-Monteiro, M.C.S.M. (1994). Utilização de Água Residual Urbana na Cultura de

Azevém (Lolium multiflorum Lam.). Dissertação de Mestrado, lnstituto Superior de

Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa, Portugal.

Tingle, C.C.D. (1985). Biological control of the glasshouse mealybug using parasitic

hymenoptera. Ph. D. Thesis, University of London, London, United Kingdom.

F. Documentos não publicados

Runyon, M., Sellers, A. H., & Van Hasselt, V. B. (1998, Agosto). Eating disturbances,

child abuse history, and battering effects on women. Annual Meeting of the American

Psychological Association, S. Francisco, CA.

G. Material não livro

Ordem dos elementos e pontuação:

Apelido do autor, Iniciais do nome próprio do autor. (ano). Título. [tipo de suporte].

Local: editor ou distribuidor.

Moore, K. & Collins M. (eds.). (1997). Forages. [CD-ROM]. London: Ames.

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3.4. Regras Gerais a seguir na elaboração da lista de referências

1. Paginar a listagem das fontes bibliográficas, intitulada Referências , como uma

continuação do próprio texto do trabalho.

2. A listagem deve ser organizada por ordem alfabética do último nome do

primeiro autor .

3. Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, devem-se

enumerar por ordem da data de publicação, começando na mais antiga e

terminando na mais recente, repetindo o nome do autor em cada publicação.

4. Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, cujo ano de

publicação seja o mesmo, enumerá-los na bibliografia por ordem alfabética do

título, acrescentando uma letra minúscula ao ano, para prevenir qualquer tipo

de confusão, e utilizar a mesma metodologia aquando da citação no texto.

Exemplo: (Alves, 1984a), (Alves, 1984b)

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REFERÊNCIAS American Library Association (2006). Intellectual Freedom and Censorship Q&A. [Em

linha] American Library Association. Acedido em 12, Outubro, 2010, em

http://www.ala.org/ala/oif/basics/intellectual.htm

American Psychological Association (2011). Apa Style [Em linha]. American

Psychological Association. Acedido em 12, Março, 2011, em http://www.apastyle.org/.

Biblioteca Escolar D. Luís de Loureiro (2009). Guia do utilizador: Referências

bibliográficas [em linha]. Biblioteca Escolar de Silgueiros. Acedido em 12, Outubro,

2010, em www.biblioteca.eps-silgueiros.rcts.pt.

França, J. L. et al. (2003). Manual para normalização de publicações técnico-

científicas. (6.ª ed.). Belo Horizonte: UFMG.

IFLA/UNESCO (1999). Manifesto da Biblioteca Escolar [Em linha]. Rede de Bibliotecas

Escolares. Acedido em 12, Março, 2011, em www.rbe.min-edu.pt.

NP 405-1 (1994). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Documentos

impressos. Lisboa: Instituto Português da Qualidade.

NP 405-2 (1998). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Parte 2: Materiais

não livro. Lisboa: Instituto Português da Qualidade.

NP 405-3 (2000). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Parte 3:

Documentos não publicados. Instituto Português da Qualidade, Lisboa.

NP 405-4 (2002). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Parte 4:

Documentos electrónicos. Lisboa: Instituto Português da Qualidade.

ONU(1948). Declaração Universal dos Direitos do Homem [Em linha]. Organização

das Nações Unidas. Acedido em 12, Março, 2011, em

http://pt.wikisource.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3oUniversaldosDireitosHumanos.

Savater, F. (2001). Ética para um jovem. Lisboa: Presença.

Vilaça, M. (2010). Bibliografia e referências bibliográficas [em linha]. Ensino Atual.com.

Acedido em 11, Março, 2011, em http://ensinoatual.com/blog/?p=600.