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REFLEXÕES SOBRE OS PRINCIPAIS CONCEITOS NA EDUCAÇÃO ONLINE Debruçando-nos sobre os principais conceitos da educação online, poderemos verificar que existe actualmente uma terminologia diferente. Assim, o que era universalmente conhecido como ensino ou educação a distância é hoje conhecido como aprendizagem a distância (que enfatiza a aprendizagem do estudante), ensino distribuído (que foca a comunicação entre um ensino mais tradicional e as tarefas fora da sala de aula) e a educação on-line (que se refere à educação mediada por meios electrónicos), comummente, mas erradamente, designada de E-Learning. As ferramentas de aprendizagem á distância permitem ao aluno/formando, o desenvolvimento de competências individuais, assimilação de dados ao ritmo que pretender e uma grande quantidade de recursos didácticos úteis para o quotidiano. Mas falar de ensino e de aprendizagem não é a mesma coisa. A educação on-line está relacionada com o uso da Internet como meio para a publicação de material didáctico-pedagógico para a realização de cursos, comunicação com (e entre) estudantes, etc. Utiliza meios tecnológicos (computadores e outros) para fornecer material educativo. A educação on-line considera alguns aspectos prioritários, pedagógicos, tecnológicos e organizacionais: (1) Pedagógicos: relativos às estratégias de ensino-aprendizagem; (2) Tecnológicos: relativos a computadores, programas, transmissão de dados, uso de recursos audiovisuais multimédia; (3) Organizacionais: relativos ao planeamento da estrutura, suporte ao estudante, processos síncronos e assíncronos. O EAD só pode ser visto como vantajoso se os argumentos de flexibilidade, acessibilidade, racionalização de recursos, interactividade e outros que atrás se citam, nos permitirem obter iguais ou melhores resultados pedagógicos, comparados com a formação tradicional. http://www.forma-te.com/forum/duvidas-/-sugestoes/3142-formador-a-distancia.html O E-Learning é considerada a 4ª geração do ensino a distância (mas são conceitos e modalidades diferentes...) Quanto à formação à distância tem vantagens e desvantagens quando comparada com a formação presencial, mas o que me parece mais importante é que um docente/formador com conhecimento adequado do que é a formação à distância, dos seus objectivos e dos recursos, consegue realizar um trabalho bastante dinâmico e que vai de encontro às necessidades dos formandos.

Reflexoes sobre a educaçao online

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Reflexões sobre a educação online

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REFLEXÕES SOBRE OS PRINCIPAIS CONCEITOS NA EDUCAÇÃO ONLINE Debruçando-nos sobre os principais conceitos da educação online, poderemos verificar que existe actualmente uma terminologia diferente. Assim, o que era universalmente conhecido como ensino ou educação a distância é hoje conhecido como aprendizagem a distância (que enfatiza a aprendizagem do estudante), ensino distribuído (que foca a comunicação entre um ensino mais tradicional e as tarefas fora da sala de aula) e a educação on-line (que se refere à educação mediada por meios electrónicos), comummente, mas erradamente, designada de E-Learning. As ferramentas de aprendizagem á distância permitem ao aluno/formando, o desenvolvimento de competências individuais, assimilação de dados ao ritmo que pretender e uma grande quantidade de recursos didácticos úteis para o quotidiano. Mas falar de ensino e de aprendizagem não é a mesma coisa. A educação on-line está relacionada com o uso da Internet como meio para a publicação de material didáctico-pedagógico para a realização de cursos, comunicação com (e entre) estudantes, etc. Utiliza meios tecnológicos (computadores e outros) para fornecer material educativo. A educação on-line considera alguns aspectos prioritários, pedagógicos, tecnológicos e organizacionais: (1) Pedagógicos: relativos às estratégias de ensino-aprendizagem; (2) Tecnológicos: relativos a computadores, programas, transmissão de dados, uso de recursos audiovisuais multimédia; (3) Organizacionais: relativos ao planeamento da estrutura, suporte ao estudante, processos síncronos e assíncronos. O EAD só pode ser visto como vantajoso se os argumentos de flexibilidade, acessibilidade, racionalização de recursos, interactividade e outros que atrás se citam, nos permitirem obter iguais ou melhores resultados pedagógicos, comparados com a formação tradicional. http://www.forma-te.com/forum/duvidas-/-sugestoes/3142-formador-a-distancia.html O E-Learning é considerada a 4ª geração do ensino a distância (mas são conceitos e modalidades diferentes...) Quanto à formação à distância tem vantagens e desvantagens quando comparada com a formação presencial, mas o que me parece mais importante é que um docente/formador com conhecimento adequado do que é a formação à distância, dos seus objectivos e dos recursos, consegue realizar um trabalho bastante dinâmico e que vai de encontro às necessidades dos formandos.

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Falando da minha experiência enquanto formadora, poderei referir que já existem cursos de E-formador, mais tarde ou mais cedo será importante apostar em competências tecnológicas, técnicas e pedagógicas no âmbito do E-Learning o E-Learning não é mais do que uma nova modalidade de formação realizada com a separação física de formadores e formandos, através de uma mediação digital síncrona ou assíncrona, on-line ou off-line, onde a tecnologia está ao serviço da aprendizagem (Ferrão2007:278). Deixo-vos algumas vantagens e desvantagens do E-Learning retirado do site : http://www.mediasessions.com/elearning/sobre.php - Rápida actualização dos conteúdos. A tecnofobia ainda está presente numa parcela significativa da população. - Personalização dos conteúdos transmitidos; - Necessidade de maior esforço para motivação dos alunos; - Facilidade de acesso e flexibilidade de horários. O ritmo de treinamento pode ser definido pelo próprio usuário; - Exigência de maior disciplina e auto-organização por parte do aluno. A criação e o desenvolvimento do curso on-line é, geralmente, mais demorado do que a do treinamento; - Disponibilidade permanente dos conteúdos do treinamento. - Não gera a possibilidade da existência de insights e vínculos relacionais, que somente o processo de interação presencial permite; - Custos menores quando comparados ao treinamento convencional; - O custo de implementação da estrutura para o desenvolvimento programa de E-learning é mais elevado; - Redução do tempo necessário para o aprendizado; - Dificuldades técnicas relativas à Internet e à velocidade de transmissão de imagens e vídeos; - Possibilidade de treinar um grande número de pessoas ao mesmo tempo; - Limitações no desenvolvimento da socialização do aluno; - Diversificação da oferta de cursos; - Limitações em alcançar objectivos na área afectiva e atitudinal, pelo empobrecimento da troca directa de experiência entre professor e aluno. NOS TEMPOS QUE CORREM CADA VEZ MAIS SE RECORRE AO ENSINO A DISTÂNCIA. UM CURSO DEVERÁ SER EXCLUSIVAMENTE ONLINE OU DEVERÁ CONTER ALGUMAS SESSÕES PRESENCIAIS?

Como formadora utilizo o modelo b-learning. Assim, os cursos que ministro não são exclusivamente online nem totalmente sessões presenciais. Utilizamos todos plataformas de ensino.

Olhando para o campo do Ensino Aberto e a Distância observamos que vários e diferentes modelos de ensino e aprendizagem estão a aparecer. É pertinente considerar como o papel do formador/professor é concebido e se desenvolve nestes modelos.

A Sociedade da Informação está a exigir um sistema de ensino que prepare os seus alunos/formandos para que a médio prazo possam compreender, acompanhar e promover a mudança em curso. Ao mesmo sistema é ainda exigido a formação de cidadãos capazes de

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participar plenamente nas decisões inerentes a uma sociedade tecnologicamente avançada. As instituições são chamadas a intervir. A procura de conhecimentos transmitidos a distância está em grande evolução e as instituições que o oferecem vão modificando comportamentos e adoptando novos modelos de funcionamento. As instituições vão compreendendo, com a própria ou com a experiência de outras, que a formação de qualidade é de importância

primordial para o sucesso e que, mais do que investir em tecnologia, é importante investir na qualidade de ensino.

Sou uma apologista da aprendizagem pela resolução de problemas e da aprendizagem baseada em projectos de trabalho.

Este tipo de aprendizagem é centrada no aluno. O aluno passa a fazer trabalho de investigação, assumindo grande parte da sua própria aprendizagem; o professor é um facilitador da mesma, encorajando-os e dinamizando discussões.

Utilizo esta metodologia, quer através de várias técnicas, desenvolvimento de projectos em grupo, com actividades, participação activa dos alunos/formandos. Desta forma o aluno passa a fazer o trabalho de investigação. O que exige maior planificação por parte de um formador-mediador.

Actualmente trabalho com formandos adultos, habituados há anos a um ensino tradicionalista. Neste momento considero que se adaptam perfeitamente ao Ensino à distância e ao B-Learning, ao modelo da aprendizagem pela resolução de problemas e da aprendizagem baseada em projectos.

A aprendizagem dos meus formandos faz-se com o meu apoio ou de outros formadores da instituição que providenciam recursos e ajudam para a resolução das tarefas e dificuldades que vão surgindo. Os formandos colaboram em pequenos grupos, com cerca de 6 elementos,

discutem entre si problemas reais que já lhes surgiram, procuram em grupo a solução mais acertada. Eu, bem como outros colegas formadores procuramos levá-los a questionarem-se sobre as situações e desta forma a motivação e a participação activa dos formandos é constante.

Considero-me uma e-formadora, pois sou a pessoa responsável por planear, implementar, orientar, monitorar e avaliar acções de formação em regime de b-learning na área das Tecnologias da Informação.

Como e-formadora tenho de promover, estimular, orientar e apoiar as interacções que ocorrem no processo de formação nomeadamente:

- interacção entre formando e formador;

- interacção entre formando e conteúdos;

- interacção entre formandos;

- interacção entre o formando e a interface ou plataforma.

Continuaremos a aplicar esta metodologia na instituição onde trabalho.

Algumas das vantagens: Facilidade de acesso; Simplicidade de utilização; Desfragmentação de conteúdos; Eficácia; Economia; Reforço da cultura empresarial; Rapidez; Actualização de conteúdos; Uniformidade; Interacção e interactividade; Espírito de comunidade; Inovação em

processos de formação; Redução e racionalização dos recursos; Flexibilidade de ensino e aprendizagem; Auto-formação; Flexibilidade temporal; Formação para activos; Interactividade fácil; Distribuição rápida dos conteúdos; Acessibilidade a conteúdos mais apelativos; Acessibilidade da valorização pessoal ou profissional; Ritmo personalizado.

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Há duas características distintas para ensinar online: síncronas que ocorrem para todos os estudantes simultâneamente (ex. chat, vídeo-conferência, classes virtuais etc.), e as assíncronas que acontecem em diferentes momentos para cada estudante, de acordo com o tempo e necessidade de cada um (ex. tutoriais, fóruns de discussão, correio electrónico.

Quando ambas as abordagens, tanto síncrona como assíncrona, são usadas temos o B-

Learning.

Os formandos/alunos respondem que o ensino online é importante, interessante e aliciante.

"A capacidade de aprendizagem por auto-regulação poderá alimentar ritmos detrabalho personalizados, contribuindo para uma dupla valorização pessoal".

Apontador

http://www.fpce.up.pt/ciie/publs/jalencastre/15_Educacao_online-IasK2008.pdf

O EAD só pode ser visto como vantajoso se os argumentos de flexibilidade, acessibilidade, racionalização de recursos, interactividade e outros que atrás se citam, nos permitirem obter iguais ou melhores resultados pedagógicos, comparados com a formação tradicional.

http://www.forma-te.com/forum/duvidas-/-sugestoes/3142-formador-a-distancia.html

Celina Rodrigues

REFLEXÕES SOBRE "A PROBLEMÁTICA DA AVALIAÇÃO É UM ELEMENTO CENTRAL NAS PREOCUPAÇÕES DE MUITOS PROFESSORES E INVESTIGADORES EM EDUCAÇÃO". MARIA JOÃO GOMES A avaliação é uma das tarefas mais importantes no sistema educacional, no entanto, na maioria das vezes, é um aspecto do processo de aprendizagem que é negligenciado, ou aplicado incorrectamente. Deverá existir uma estreita relação entre ensino, aprendizagem e avaliação. A avaliação em sistemas E-Learning com recurso às TIC é uma fase do processo de aprendizagem que apresenta inúmeras vantagens, desde que correctamente aplicada. No entanto, para alguns professores, a avaliação utilizada em ambientes virtuais de aprendizagem é simplesmente uma reprodução dos esquemas tradicionais. É necessário que se faça uma revisão crítica sobre o que é o processo de avaliação no EAD. A avaliação pode ter diversas funções, normalmente designadas de diagnóstica, formativa e sumativa, sendo que , em termos muito simplistas, à avaliação diagnóstica cabe a responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso, à avaliação formativa compete facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários e sobre a avaliação sumativa recai normalmente a necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno. Adopção de práticas de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa diversificadas do ponto de vista das fontes, instrumentos e momentos de recolha de informação bem como a transparência de critérios e processos e o seu esclarecimento atempado junto dos alunos é essencial. Estas práticas permitem credibilizar as tarefas de avaliação e classificação. Nelas há possibilidade de extrair dados e análises quantitativas e qualitativas. (os instrumentos de avaliação online devem ser diversificados, os objectivos bem clarificados junto dos alunos, a explicitação das tarefas ajudam o aluno online a compreender melhor o curso. É essencial existir clareza na comunicação!

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Importa também salientar que o processo avaliativo em educação online deverá ter em conta a avaliação dos próprios cursos quer em termos de conteúdos, materiais e recursos, serviços e tecnologias de mediatização, estratégias utilizadas. A avaliação deverá também ser dirigida não só aos alunos/formandos mais também ao próprio professor/formador. Em educação online, seguindo o modelo sócio-constructivista, a avaliação deve ser contínua, a interacção mútua, o trabalho cooperativo poderá ser fomentado, participando em actividades que utilizem a partilha de recursos, fóruns de discussão, chat, etc. “Nada mais pertinente do que possibilitar ao aluno o entendimento do significado de cada tarefa” (Nunes & Vilarinho; 2006:119). Carlini e Ramos destacam a importância duma “avaliação em processo” nos cursos de EAD, que incluem um alto grau de interacção entre os participantes, pois nestes casos, apesar de todo o planeamento e preparação prévia que os mesmos devem incutir, existem sempre “ajustes de percurso” que importa efectuar (Carlini e Ramos; 2009: 161) Segundo Primo, é num modelo construtivista, em que o conhecimento se desenvolve de forma colaborativa que as aprendizagens são mais significativas. A avaliação neste modelo necessita de ferramentas específicas que hoje se tornaram vulgares na internet, como é o caso dos fóruns e dos blogs. Recursos tais como blogs, wiki, portfolios electrónicos, mini-testes e outras ferramentas colaborativas são utilizados pelos profissionais do ensino online. A avaliação é feita dentro da comunidade e para a comunidade. Um aspecto que ganha maior relevo online é o feedback que é dado pelo grupo ao longo do percurso, de uma forma a contribuir para a formação formativa de cada aluno, contribuindo ainda para a auto-avaliação e reconstrução das aprendizagens. Avaliar online passa por definir objectivos, critérios e escolher os instrumentos mais adequados. O que a avaliação online nos trás de novo (em relação à presencial) são novos recursos para metodologias já testadas. Outros aspectos como a natureza da avaliação praticada, de carácter mais quantitativo ou qualitativo, ou a fiabilidade dos instrumentos usados, bem como questões de natureza ética como a prática de plágio ou da cópia são objecto de discussão. Importa esclarecer o conceito de avaliação nas várias dimensões desta no processo ensino-aprendizagem: - avaliação das aprendizagens; - avaliação para a aprendizagem, referindo-se ao diálogo entre professor e aluno e à importância do feedback para o avanço do processo; - avaliação como aprendizagem, no sentido em que propicia uma análise e reflexão das práticas educativas realizadas pelos próprios alunos; - avaliação a partir da aprendizagem, ou seja, a avaliação do ponto de partida da aprendizagem de um novo conhecimento. Partilho algumas reflexões interessantes acerca da avaliação das aprendizagens em contexto online, destacando agora os seguintes aspectos: - a importância do feedback; - a dificuldade de avaliação de um modelo definido pelo aluno (PLE); - a necessidade de diversificar os métodos e instrumentos usados; - a importância da auto-avaliação, avaliação entre pares e transparência no processo. http://lealmaria.wordpress.com/2010/01/10/perspectivas-sobre-avaliacao-pedagogica-a-avaliacao-das-aprendizagens-em-contexto-online-2/

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