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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS MDULO DA DISCIPLINA LET A 14 – TCNICAS DE PESQUISA PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE PROFA ITATISMARA VALVERDE PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE SEMESTRE 2010.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAINSTITUTO DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS

M�DULO DA DISCIPLINA LET A 14 – T�CNICAS DE PESQUISA

PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSEPROFA ITATISMARA VALVERDE

PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE

ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE

SEMESTRE 2010.1

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SUMÁRIO

1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL 61.1 POPULAR OU EMPÍRICO 61.2 FILOSÓFICO 61.3 ARTE 61.4 RELIGIOSO 61.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 61.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência 61.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos 72 PESQUISA 82.1 DEFINIÇÃO 82.2 NÍVEIS DE PESQUISA 82.2.1 Pesquisas exploratórias 82.2.2 Pesquisas descritivas 82.2.3 Pesquisas explicativas 92.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS

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2.3.1 Pesquisa bibliográfica 92.3.2 Pesquisa documental 92.3.3 Pesquisa experimental 92.3.4 Pesquisa ex-post facto 92.3.5 Estudo de coorte 102.3.6 Levantamento 102.3.7 Estudo de campo 102.3.8 Estudo de caso 112.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 112.4.1 Pesquisa-ação 112.4.2 Pesquisa participante 113 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 123.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR 123.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE 123.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA 123.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA 123.5 PERIÓDICOS 133.6 IMPRESSOS DIVERSOS 133.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 133.7.1 Identificação das fontes 133.7.2 Localização das fontes e obtenção do material 133.7.3 Leitura para pesquisa 133.7.4 O que ler 133.7.5 Fichamento 144 O TRABALHO COM O TEXTO 174.1 ANÁLISE INTERNA 174.2 ANÁLISE EXTERNA 174.3 É PRECISO 174.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 17

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4.4.1 Aquisição 174.4.2 Bibliotecas 17.4.3 Localização através do catálogo 174.4.3.1 Número de chamada 174.5 LEITURA DO MATERIAL 184.5.1 Recepção sensitiva 184.5.2 Leitura significativa 184.5.2.1 Finalidades da leitura significativa 184.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA 184.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia 184.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura 184.7 LEITURA SELETIVA 194.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura 194.8 LEITURA CRÍTICA 195 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS 205.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO 205.1.1 Notas 205.1.1.1 Exposições orais 205.1.1.2 Textos escritos 205.1.1.3 Tipos 205.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA 215.2.1 Como fazer 215.3 EXERCÍCIO 216 FICHAMENTO 226.1 ESTRUTURA DA FICHA 226.2 CONFECÇÃO DA FICHA 226.2.1 Fichas de leitura 236.2.2 Fichas de indicação bibliográfica 236.2.3 Ficha de resumo 236.2.4 Ficha de transcrição 236.2.5 Ficha de comentário 267 CITAÇÃO 277.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES 277.1.1 Sistema autor-data 277.1.2 Sistema numérico 287.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE TEXTOS CIENTÍFICOS

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7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações 297.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico 297.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520) 298 REFERÊNCIAS 318.1 ABREVIATURAS 318.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA 328.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO) 328.4 SISTEMA AUTOR-DATA 338.5 EXERCÍCIO 339 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 349.1 INCLUI 349.2 ENVOLVE 349.3 POSSIBILITA 349.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO 349.5 COMPONENTES 349.6 ETAPAS 349.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL 359.8 A EXPOSIÇÃO 35

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10 RESUMO 3610.1 FUNÇÃO 3610.2 ESTRUTURA 3610.3 DICAS PARA REDAÇÃO 3710.4 TIPOS 3710.5 TAMANHO 3710.6 PALAVRAS-CHAVE 3710.6 IMPORTANTE! 3710.7 EXEMPLO DE RESUMO 3811 RESENHA 4011.1 CONCEITO 4011.2 PÚBLICO 4011.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA 4011.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA 4011.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS 4111.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA 4111.7 NA FASE DE LEITURA 4111.8 ANÁLISE TEMÁTICA 4111.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA 4211.10 EXERCÍCIO 4212 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287) 4312.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO 4312.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 4312.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 4312.4 TEMA 4412.4.1 Delimitação do tema 4412.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS 4512.6 PROBLEMA 4512.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA 4612.8 OBJETIVOS 4712.8.1 Objetivo geral 4712.8.2 Objetivos específicos 4712.9 JUSTIFICATIVA 4712.10 REFERENCIAL TEÓRICO 4712.11 MÉTODO 4712.12 ORÇAMENTO 4712.13 CRONOGRAMA 4812.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 4912.15 FORMATAÇÃO 4913 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989) 5013.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 5013.1.1 Elementos constituintes 5013.1.1.1 Pré-textuais 5013.1.1.2 Texto 5013.1.1.3 Pós-textuais 5013.1.2 Numeração dos volumes 5013.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES 5113.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS 5113.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO 5113.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS13.2.1 Elementos pré-textuais

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13.2.2 Elementos textuais13.2.3 Elementos pós-textuais13.2.4 Formatação

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14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 5514.1 FINALIDADE 5514.2 LINGUAGEM 5614.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO 5614.3.1 Elementos temáticos e estruturais 5614.3.2 Estrutura lógica 6014.3.3 Estrutura técnica 6014.4 ESTILO 6014.5 EXERCÍCIO 6115 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO 6215.1 INTRODUÇÃO 6215.2 DESENVOLVIMENTO 6215.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6315.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA) 6315.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 6315.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 6315.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS) 6316 ARTIGO (NBR 6022:2003) 6516.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 6516.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 6516.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 6616.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS 6717 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS 7017.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS) 7017.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 7417.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 7417.4 ILUSTRAÇÕES 7417.5 TABELAS 7517.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS 7517.7 SIGLAS 7517.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 7517.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO 75

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� Material para uso did�tico produzido pela Profa. Dra. Al�cia Duh� Lose.

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1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL

O conhecimento cient�fico � uma cria��o humana e � apenas mais uma forma de apreens�o da realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto �s outras formas de conhecer o mundo que s�o:

a) Popular (comum ou emp�rico)b) Filos�ficoc) Art�sticod) Religioso (m�tico ou teol�gico)

1.1 POPULAR OU EMP�RICO

� aquele que se obt�m na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de experi�ncias �s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera��o em gera��o. A forma de obten��o do conhecimento � o conhecido processo de “tentativa e erro”, n�o havendo interpreta��es nem estabelecimento de rela��es causais precisas: as informa��es s�o superficiais e vagas. A vis�o da realidade �, portanto, fragment�ria, presa a convic��es pessoais e da� decorre seu car�ter incoerente e impreciso. O processo de transmiss�o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos, fazendo parte de suas tradi��es.

1.2 FILOS�FICO

Decorre da auto-reflex�o do esp�rito do homem para atingir uma vis�o global do mundo: ele aspira conhecer a intelig�ncia (i. � conhecer e explicar) a conex�o �ltima das coisas exclusivamente atrav�s da raz�o, procurando refletir sobre suas fun��es valorativas, te�ricas e pr�ticas.

1.3 ARTE

� tamb�m uma interpreta��o do mundo, mas n�o deriva da raz�o, do pensamento. Ela deve sua origem � viv�ncia e � intui��o, portanto � tradu��o de uma subjetividade. Trata-se de uma interpreta��o da realidade que � representada nos aspectos que tocam a intui��o do artista. Trata-se de um ser e de um acontecer concretos que se representam no n�vel do irreal, embora a partir do real (mimese).

1.4 RELIGIOSO

Brota da f�. Deriva da viv�ncia religiosa, da experi�ncia de Deus. A vis�o religiosa de mundo depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes cren�as determinam diferentes formas de v�-lo.

1.5 O CONHECIMENTO CIENT�FICO

Ci�ncia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com determinados crit�rios met�dicos e sistem�ticos, [acumulados] num organismo logicamente constitu�do.” (VITA, 1999, p. 115)

1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência

Sua dimens�o compreensiva (contextual ou de conte�do) e sua dimens�o operacional (metodol�gica). Esses dois elementos s�o insepar�veis, embora, por motivos pedag�gicos sejam tratados separadamente. � a dimens�o metodol�gica que � objeto de cursos e livros de metodologia cient�fica.

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1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos

Aspecto lógico: definido como método de raciocínio e de inferência sobre os fenômenos a serem investigados, é a dimensão da descrição, interpretação, explicação e verificação que se aplica para a construção de proposições e enunciados, sob as diretrizes de sistemas conceituais e teóricos. Assim, a dimensão lógica da ciência se caracteriza como PROCEDIMENTOS E OPERAÇÕES INTELECTUAIS.

Aspecto técnico: caracteriza-se pelos processos de manipulação dos dados relativos aos fenômenos que são tratados com o maior rigor possível. Aí se incluem as técnicas de registro de freqüência, as condições de ocorrência, sua extensão, persistência, etc. Os cientistas desenvolvem constantemente seu arsenal técnico. Este arsenal está intrinsecamente vinculado à natureza do objeto estudado e nunca se utiliza uma única técnica: às vezes, diversas etapas exigem técnicas diversas. Já se vê que a dimensão técnica da ciência se processa como PROCEDIMENTOS DE OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO.

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2 PESQUISA1

2.1 DEFINIÇÃO

Processo formal e sistemático de desenvolvimento de um método científico. Objetivo fundamental: descobrir respostas para problemas mediante o emprego de

procedimentos científicos. Pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao

problema, ou Quando a informação requerida se encontra em desordem. A pesquisa envolve várias fases: da adequada formulação do problema a até a satisfatória

apresentação dos resultados. Há dois grandes tipos que são complementares entre si: pesquisas puras e pesquisas aplicadas. Pesquisa pura: objetiva o conhecimento em si. Pesquisa aplicada: objetiva as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento.

2.2 NÍVEIS DE PESQUISA

1º) Estudos explanatórios;2º) Estudos descritivos;3º) Estudos que verificam hipóteses causais ou explicativas.

2.2.1 Pesquisas exploratórias

Finalidade: desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, para a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posterior.

Têm mais flexibilidade no planejamento. Envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas, estudos de caso. Têm objetivo de proporcionar visão geral sobre algo. É utilizado quando o tema escolhido é pouco explorado; é difícil formular hipóteses precisas e

operacionalizáveis sobre ele. Normalmente constituem a primeira parte de uma investigação mais ampla. Para temas muito genéricos é necessário o esclarecimento e delimitação. Exige revisão da literatura, discussão com especialistas, etc. Seu produto final é um problema mais delimitado, passível de investigação através de

procedimentos mais sistematizados.

2.2.2 Pesquisas descritivas

Objetivo: descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.

Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados. Estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de

escolaridade, renda, etc. Verificar opiniões, atitudes e crenças de uma população. Verificam associações entre variáveis: preferência político-partidária X nível de escolaridade e

renda; ou verificar a natureza dessa relação (pesquisa descritiva-explicativa).

1 Adaptado de GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 42-48. e______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17, 41-56.

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2.2.3 Pesquisas explicativas

Objetivo: identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos fenômenos.

Aprofunda mais o conhecimento da realidade, pois explica a razão das coisas. É o tipo mais complexo e delicado, pois o risco de cometer erros aumenta muito. Normalmente são a continuação de pesquisas descritivas. Nas ciências naturais, normalmente usam o método experimental; nas sociais, recorre-se a

outros métodos (p. e. observacional).

2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS

2.3.1 Pesquisa bibliográfica

Desenvolvida com base em material já elaborado (livros, artigos científicos, etc.). Em todos os tipos de pesquisa, esse tipo constitui uma das etapas iniciais. Há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. As pesquisas teóricas ou sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas (são também chamadas pesquisas de revisão). Também constitui um tipo de coleta de dados (o que será visto em uma aula posterior).

2.3.2 Pesquisa documental

Assemelha-se muito à bibliográfica. A diferença essencial está na diferença das fontes, pois os passos seguidos são os mesmos. Bibliográfica: utiliza fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre

determinado assunto. Documental: vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que

ainda podem ser reelaborados de com acordo com os objetivos da pesquisa. Documentos de primeira mão: que não recebem nenhum tratamento analítico (encontrados em

arquivos e órgãos públicos e instituições privadas: documentos e cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.)

Documentos de segunda mão: que já sofreram analise (relatórios de pesquisa, de empresas, tabelas estatísticas, etc.)

2.3.3 Pesquisa experimental

Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Não precisa, necessariamente, ser realizada em laboratório. Quando os objetos em estudo são entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou

ratos, não há muitas limitações. Quando se trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou

instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes. Deve apresentar as seguintes propriedades: manipulação, controle, distribuição. São um valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem

relações de causa e efeito entre as variáveis

2.3.4 Pesquisa ex-post facto

Ou seja, a partir do fato passado.

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Estudo realizado após a ocorrência de variação na variável dependente no curso natural dos acontecimentos.

Muito parecida com a pesquisa experimental. Objetivo: verificar a existência de relação entre as variáveis. O pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator

presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu. O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar

sobre elas como se estivessem submetidas a controles.

2.3.5 Estudo de coorte

Refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostragem a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que acontece com elas.

Assim como o estudo do caso-controle, é muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde. Os estudos podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos).

Por exemplo:

Objetivo: verificar a exposição passiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no pulmão.

Seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco (grupo experimental) e de outra amostra equivalente que não é exposta (grupo controle).

Faz-se o acompanhamento de ambos os grupos, por determinado período. Verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não

expostos.

2.3.6 Levantamento

Caracterizam-se para interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do

problema estudado para obterem-se conclusões correspondentes aos dados coletados e estatisticamente trabalhados.

Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado tem-se um censo.

Normalmente, os levantamentos trabalham com amostragem calculada mediante procedimentos estatísticos.

As conclusões obtidas para a amostragem são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro.

São mais adequados para estudos descritivos que para explicativos.

2.3.7 Estudo de campo

Muito semelhante ao levantamento, mas apresenta maior profundidade. Procura o aprofundamento das questões propostas. O seu planejamento apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa. Estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ressaltando a interação entre os componentes. Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação. É muito utilizado na Sociologia, Educação, Saúde Pública, Administração, etc. Tipicamente focaliza uma comunidade (grupo de pessoas de um mesmo ambiente de trabalho, de estudo, de lazer, etc.).

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A pesquisa é desenvolvida por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre com o grupo. Esses procedimentos são normalmente conjugados com outros (análise de documentos,filmagem e fotografias).

2.3.8 Estudo de caso

Muito utilizados nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, para permitir seu amplo e detalhado conhecimento. Pode ser utilizado também como estudo-piloto. Seus resultados são normalmente apresentados em aberto (não como conclusões).

2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR

2.4.1 Pesquisa-ação

[...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e o qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENTE, 1985 apud GIL, 2002, p. 55)

2.4.2 Pesquisa participante

Caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.

Envolve a distinção entre ciência popular (senso comum) e ciência dominante (atividade que privilegia a manutenção do sistema vigente).

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3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2

Os “dados de gente” s�o obtidos em campo, no local onde os fen�menos ocorrem, espontaneamente ou de forma controlada.

Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles, bibliotecas e internet.

Em qualquer pesquisa � necess�rio consultar material publicado.

3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR

Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e � sua fundamenta��o te�rica. Verificar o material j� publicado para identificar o est�gio em que se encontram os

conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e aqueles j� dispon�veis.

No momento da reda��o, consultar modelos de relat�rios e normas de apresenta��o de trabalhos cient�ficos.

3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE

Obras de divulga��o. Objetivo: transmitir informa��o sobre determinado assunto. Finalidade: comunicar aos especialistas das �reas o resultado de estudos e pesquisas. Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas. Em pesquisa social, os mais utilizados s�o os de divulga��o t�cnica e cient�fica.

3.3 LIVROS DE REFER�NCIA INFORMATIVA

Vocabul�rios: obra que apresenta de forma sistem�tica o conjunto de termos especializados no campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa.

Dicion�rios (especializados): obras que al�m de explicar os termos t�cnicos e cient�ficos, aprofundam a an�lise cr�tica do significado. Fornecem elementos para an�lise do significado mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias.

Anu�rios: publica��es anuais que cont�m informa��es sobre determinada �rea. �teis para o fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten��o de dados referentes � realidade econ�mica e social brasileira, Anu�rio estat�stico do Brasil (IBGE).

Enciclop�dias: guias gerais de refer�ncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa cient�fica, que tem prop�sito mais espec�fico, sua utiliza��o � menor.

3.4 LIVROS DE REFER�NCIA REMISSIVA

Os mais �teis para pesquisa social s�o os �ndices de livros e peri�dicos e os cat�logos de bibliotecas.

Permitem localizar publica��es de acordo com assunto, local, data de publica��o. Possibilitam identificar pesquisas significativas j� desenvolvidas sobre determinado assunto. Muitos apresentados em forma de CD. No BR: Bibliografia brasileira de ci�ncias sociais, da Revista brasileira de informa��o em

ci�ncias sociais; Sum�rios correntes brasileiros (Ci�ncias humanas e sociais). As grandes bibliotecas publicam cat�logos de seu acervo, por autor ou por assunto.

Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s�o obrigadas a depositar l� um exemplar de todas as suas publica��es.

2 Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S�o Paulo: Atlas, 1999. p. 75-88.

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3.5 PERI�DICOS

Jornais: proporcionam informa��es atualizadas. Informa��es r�pidas, menos profundas. Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Mat�rias com mais profundidade e

melhor elabora��o. Principal fonte de divulga��o de pesquisas cient�ficas. Fornecem informa��es sobre o est�gio atual de conhecimentos sobre determinado assunto.

3.6 IMPRESSOS DIVERSOS

Outras publica��es de interesse para pesquisas em ci�ncias sociais. S�o: publica��es governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de

pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc. Conforme o objetivo da pesquisa, publica��es desse tipo podem at� mesmo constituir a

principal fonte de dados.

3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGR�FICA

Primeiro procedimento para pesquisa: formula��o do problema a ser investigado. O assunto deve ser colocado em n�veis de problema a ser selecionado. � preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou

“e as conseq��ncias?” Delimitar o problema numa dimens�o vi�vel, caso contr�rio, a pesquisa bibliogr�fica se torna

imposs�vel. Para a adequada formula��o do problema, � necess�rio haver uma revis�o bibliogr�fica

preliminar. Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformula��es e revis�es

bibliogr�ficas para formular um problema adequado.

3.7.1 Identificação das fontes

Consulta a cat�logos de publica��es. Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma �rea. Consulta a internet, pelo tema da pesquisa.

3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material

Fich�rios das bibliotecas. Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza��o ou a permuta (COMUT). T�tulos que podem ser retirados. T�tulos para consulta local. Sistema de c�pias.

3.7.3 Leitura para pesquisa

Identificar as informa��es e os dados constantes nos materiais. Estabelecer rela��es entre essas informa��es e dados e o problema proposto. Analisar a consist�ncia das informa��es e dados apresentados pelos autores.

3.7.4 O que ler

Leitura explanat�ria do material selecionado. Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser� importante para pesquisa.

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Ler a obra na sua totalidade: sum�rio, pref�cio, introdu��o, “orelhas”, algumas passagens esparsas do texto.

Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam. Leitura anal�tica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informa��es contidas nas fontes. Leitura interpretativa: procura estabelecer rela��o entre o conte�do das fontes pesquisadas e

outros conhecimentos.

3.7.5 Fichamento

Fichas bibliogr�ficas: anotar as refer�ncias bibliogr�ficas, sum�rio e aprecia��o cr�tica da obra.

Fichas de apontamentos: anotar as id�ias obtidas a partir da leitura de determinado texto. Partes da ficha: cabe�alho, refer�ncias bibliogr�ficas e texto. Cabe�alho: t�tulo e subt�tulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho. Refer�ncias bibliogr�ficas: informa��es necess�rias para identificar a fonte pesquisada. Texto p/ bibliogr�ficas: sum�rio e aprecia��o cr�tica da obra. Texto p/ de apontamentos: transcri��o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de

anota��es pessoais.

3.8 PESQUISAS NA INTERNET

Muitas informa��es podem ser encontradas em bases digitais: nos cat�logos das bibliotecas, das funda��es, das universidades, dos arquivos p�blicos e em muitas outras bases de dados. A Internet � uma ferramenta bastante valiosa para in�meros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informa��es localizadas atrav�s dela, assim como todas as demais informa��es localizadas em qualquer fonte, devem ser trabalhadas com muita �tica e cautela, verificando a validade e pertin�ncia das informa��es, fazendo uso das v�lidas atrav�s do sistema de cita��es com as suas respectivas refer�ncias.

Para o uso de informa��es via internet, de antem�o, aconselha-se a busca atrav�s de sites confi�veis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endere�os tenham as seguintes finaliza��es:

.org

.edu

.gov

.ba (ou qualquer outra Unidade da Federa��o = .rs; .rj; .sp, etc.)

.br (apenas .br; n�o .com.br, pois todos os sites comercias t�m esse finaliza��o)

3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet

ABNT – http://www.abnt.org.brAnais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin)Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.orgBase de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htmBase de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.htmlBiblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.ptBibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htmBioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.PhtmlCad�? – http://cade.com.br/CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgiComit� Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.brCOMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/Dialog Web – http://www.dialogweb.comDialog – http://dialog.comDicion�rio Hist�rico-Bibliogr�fico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm

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Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries, office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html.Diret�rio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.brEnciclop�dias e Dicion�rios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.htmlEnglish Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries –http://www.lib.duke.edu/reference/translations.htmlEuropa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htmFindArticles – http://www.findarticles.com/Funda��o Get�lio Vargas – http://www.fgv.br/Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) –http://genchem.chem.wisc.eduGoogle Acad�mico – http://scholar.google.com.br/GPO – http://www.gpo.govIBICT – http://www.ibict.brICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/IEC – http://www.iec.ch/IFLA – http://www.ifla.org/IHS – http://www.ihs.comINMETRO – http://inmetro.gov.br/INPI – http://www.inpi.gov.brInterDok Corp. – http://www.interdok.comInternet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/IPT – http://www.ipt.brISI – http://www.isinet.com/ISO – http://www.iso.ch/ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htmLangley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.htmlLANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov.Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.htmlNEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htmNetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htmNEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/NTIS – http://www.ntis.gov.OCARA – www.ocara.org.br/OMPI – http://www.wipo.org/ONU – http://www.unsystem.org/Portal de Peri�dicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.brProssiga – http://www.prossiga.cnpq.brPTI – http://wwwpti.com.br/Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/Res-Links: Search Tools – Ver�nica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.htmlRNP – http://www.rnp.brScholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.htmlSciELO – http://www.scielo.brScientific Organizations and Associations –http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-englishScientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.htmlScout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgiThe Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htmThomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.htmlTUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/UIA – http://www.uia.orgUnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.htmlUncoverWeb – http://encweb.carl.org/

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Universities.com – http://www.universities.com/University Microfilms International – http://umi.com/University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronicaWeb of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.htmlWEBRA – �ndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/Wikipedia – http://pt.wikipedia.orgYahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/Yahoo! – http://www.yahoo.com

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4 O TRABALHO COM O TEXTO

4.1 ANÁLISE INTERNA

Conjunto de atividades voltadas para a compreensão de seu todo.

4.2 ANÁLISE EXTERNA

Volta-se para as relações do texto com outros (intertextualidade) e com o contexto científico e cultural da época de sua produção.

4.3 É PRECISO

Percorrer as diversas etapas da leitura, particularmente nos trechos mais difíceis, procurar localizar os pontos de relacionamento do texto com a matéria que você está estudando, de modo a extrair dele todas as informações que contém.

4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL

4.4.1 Aquisição

É aconselhável a compra de material bibliográfico que tenha grande capacidade de utilização, que seja clássico ou revolucionário.

4.4.2 Bibliotecas

Gerais: possuem no seu acervo trabalhos de muitas (ou todas) as áreas do conhecimento, obras de referência e obras literárias. Ex.: bibliotecas centrais das universidades ou bibliotecas públicas.

Setorias: possuem um acervo ligado a uma ou algumas áreas do conhecimento, às quais também estariam filiadas as obras de referência e as literárias. Ex.: bibliotecas das unidades de ensino das universidades.

4.4.3 Localização através do catálogo

A obtenção do livro depende da correta informação que o leitor fornece ao bibliotecário. Esta se dá através do preenchimento de uma ficha que contém o endereço do livro, i. é, seu NÚMERO DE CHAMADA.

4.4.3.1 Número de chamada

Composto por um número equivalente à classificação do assunto, constituído segundo um sistema decimal. Há duas classificações decimais, utilizadas segundo critérios internos das bibliotecas, que se diferenciam levemente.

CDD = classificação decimal de Dewey (a mais prática e mais usada);CDU = classificação decimal universal.

Atenção: esse número de chamada deve ser copiado cuidadosamente para facilitar a localização do livro nas estantes.

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4.5 LEITURA DO MATERIAL

4.5.1 Recepção sensitiva

Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta��o dos olhos e de decifra��o material dos s�mbolos escritos.

4.5.2 Leitura significativa

Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta��o dos significados dos s�mbolos impressos, i. �., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que s�o acess�rios.

4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa

Leitura formativa � ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como no processo de aprendizagem ocorre com freq��ncia, para se ter uma vis�o mais ampla de determinado assunto dado em sala de aula.

Leitura de distra��o � aquela que se faz por diletantismo, para se divertir. Leitura informativa � a que se utiliza do texto como fonte de informa��o sobre a qual se

basear�o conclus�es, teorias, estudos, etc.

Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga��o e coleta de dados fazemos leitura informativa que tem tr�s objetivos dominantes:

constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informa��es que d�;

relacionar informa��es do autor com o problema que se est� estudando; analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor.

4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA

Para se fazer uma boa leitura informativa, � preciso ler com m�todo. Um modo poss�vel de faz�-lo � seguir as seguintes etapas.

4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia

A que certifica a exist�ncia de informa��es. � uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se, no sum�rio, os t�tulos dos cap�tulos e, nos �ndices (se houver), o detalhamento da mat�ria do livro.

4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura

� a leitura de localiza��o, no livro, dos tipos de informa��o existentes para verificar se correspondem a nossa expectativa: uma refer�ncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos interessa.

A leitura explanat�ria � feita a partir dos elementos pr�- e p�s- textuais e de alguns cap�tulos ou partes:

no livro: subt�tulos, �ndices, bibliografias, cita��es, pref�cio, introdu��o, orelha inicial e final; em um cap�tulo de livro, os par�grafos inicial e final; em um artigo de peri�dico, cuja t�cnica de composi��o � j� conhecida, a id�ia principal est�

no t�tulo e os par�grafos cont�m, sucessivamente:

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1�) o conjunto de dados mais importantes;2�) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa;3�) especifica��es mais particularizadas.

4.7 LEITURA SELETIVA

A que seleciona o melhor material relativo ao problema. � dessa leitura que devem ser feitas FICHAS DE INDEXA��O – aquelas que relacionam as refer�ncias que tratam de cada parte do assunto. � o �ltimo passo da localiza��o do material e o primeiro de uma leitura mais s�ria, mas que pressup�e que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n�o h� sele��o sem crit�rio.

4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura

Determina��o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura � o setor do texto que forma uma totalidade de sentido, como um cap�tulo, se��o ou qualquer outra subdivis�o. A extens�o da unidade � determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do leitor com o assunto.

4.8 LEITURA CR�TICA

� aquela pela qual se adquirem as informa��es realmente pertinentes ao tratamento da quest�o proposta no trabalho. S�o fundamentais a compreens�o e a interpreta��o correta da mensagem do texto. Para faz�-lo � preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura cr�tica, chega-se a ter condi��es de REFAZER O RACIOC�NIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura cr�tica � que se faz a apreens�o, a compreens�o e a interpreta��o do texto.

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5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS3

5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO

Processo de seleção de informações para posterior aproveitamento; podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas, etc.; apontamentos claros e completos evitam a perda de tempo, tendo que retornar a conteúdos já

vistos; são, geralmente, feitas em fichas (com a devida identificação), que possibilitam a organização

e o manejo dos dados.

5.1.1 Notas

Devem permitir redação a partir delas; não devem ser excessivamente sintéticas.

5.1.1.1 Exposições orais

Palavras-chave; expressões que dividem o discurso (em primeiro lugar..., em segundo lugar...); dúvidas e respostas surgidas durante a exposição; informações gestuais do falante; indicar fonte: autor da idéias, local, dia, mês e ano em que ocorreu a exposição.

5.1.1.2 Textos escritos

Feitas depois de uma primeira leitura rápida; após sublinha das idéias principais; indicar fonte: autor, título da obra, lugar, editora, ano da publicação, número das páginas

consultadas.

5.1.1.3 Tipos

Corridas: palavras-chave que deverão ser transformadas em texto tão breve quanto possível; esquemáticas: ordenam hierarquicamente as partes principais do conteúdo de uma

comunicação; resumo: procura sintetizar informações colhidas em livros, ou exposições orais.

5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA

Destaque das idéias principais do texto; distinção entre o essencial e o acessório; facilita as revisões de leitura ao término de um parágrafo, de um tópico, de todo o texto.

5.2.1 Como fazer

Não sublinhar à primeira vista, à medida que se faz a leitura inicial; não há um código único para sublinhar; mas se recomenda:

sublinhar palavras-chave apenas depois de feita uma leitura; sublinhar apenas idéias principais, e as palavras-chave;

3 Baseado em MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 11-22.

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atentar para os elementos de coes�o que criam id�ia de oposi��o (mas, embora), eles devem ser destacados;

descartar artigos e adjetivos, adv�rbios, preposi��es, conjun��es, desde que n�o necess�rias � compreens�o do texto;

reconstruir o par�grafo a partir das palavras e express�es sublinhadas; colocar um tra�o vertical � margem do texto para indicar passagens mais significativas; havendo passagens obscuras, falhas na exposi��o dos argumentos, d�vidas, discord�ncias,

colocar � margem do texto um ponto de interroga��o; para chamar a aten��o para uma express�o t�pica de todo o texto, usar dupla sublinha.

5.3 EXEMPLO

ononononononoonononononononononononononononoononononononononononononononononononononononononononoononononnonononononononoonononononononononononononononoononononononononononononononononononononononononononoonononoonononononononoonononononononononononononononoononononononononononononononononononononononononononoonon

?

5.4 EXERC�CIOO conceito de causalidade4

O conceito de causalidade � complexo e sua an�lise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste livro. Limitaremos nossa discuss�o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens�o das exig�ncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica��o de hip�teses causais.A id�ia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um �nico acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento �nico ('o efeito'). Na ci�ncia moderna, ao contr�rio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condi��es determinantes' que, reunidas, tornam poss�vel a ocorr�ncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cient�fico quanto o senso comum procuram descobrir condi��es necess�rias e suficientes para um acontecimento. Todavia, enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica��o completa, o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um �nico fator ou condi��o que seja necess�rio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contr�rio, est� interessado em condi��es contribuintes, condi��es contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver atuantes, a fim de tornar prov�vel, mas n�o certa, a ocorr�ncia do acontecimento.

4 Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S�o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94.(texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto).

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6 FICHAMENTO5

As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização de uma obra didática, científica e outras.

Freqüentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização das fichas como método de estudo e de redação. Uma dessas dificuldades é relativa ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de transcrição de texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora, ano, página, etc.).

Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada, desgastante, inútil. No entanto, o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto.

Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse. O fichário precisa ser funcional.

6.1 ESTRUTURA DA FICHA

O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas, se for utilizada mais de uma. As fichas compreendem cabeçalho, referências (bibliográficas), corpo da ficha e local onde se encontra a obra. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da primeira ficha repetido.

Para facilitar a realização do trabalho de redação e consulta ao arquivo, pode-se escrever no alto da ficha a especificação dela: ficha de comentário, ficha de resumo, ficha de citação direta.

6.2 CONFECÇÃO DA FICHA

Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto, no nível da racionalidade e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as idéias do texto.

O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das informações sobre o autor, do contexto socioeconômico, histórico e objetivo do texto. Atenta também para a teoria desenvolvida ou conceitos apresentados. Examina as idéias centrais, procurando identificar de que trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor, quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das idéias apresentadas.

No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é polissêmica. A pergunta a responder é: "O que o autor quis demonstrar?". Verifica-se a relação do texto com a realidade de seu tempo. Há originalidade nas idéias?

O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo gosto/não gosto. O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente? O texto apresenta alguma contribuição para a comunidade científica? O passo final é o da problematização, em que se indagam sobre as possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre contribuições para nova leitura do mundo.

6.2.1 Fichas de leitura

Fichas nas quais se registram informações bibliográficas completas, anotações sobre tópicos da obra, citações diretas, juízos valorativos a respeito da obra, resumo do texto, comentários. Enquanto as fichas bibliográficas contêm apenas as informações bibliográficas, necessárias para a localização de um livro, as fichas de leitura contêm todas as informações sobre um livro ou artigo.

5 Cf. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 96-114.

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6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica

A indicação de referências bibliográficas é feita segundo normas da ABNT (NBR 6023). Pode-se valer o pesquisador da ficha catalográfica, que consta das primeiras páginas de um livro, para a transcrição das referências, ou dos elementos constantes da folha de rosto. Periódicos apresentam indicações dos elementos identificadores na primeira página, ou na capa.

6.2.3 Ficha de resumo

Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo.

A ficha de resumo ou de conteúdo apresenta uma síntese das idéias do autor. Saliente-se que não é um sumário ou índice das partes. Devem-se expor abreviadamente as idéias do autor. Não se faz uso de citações.

6.2.4 Ficha de transcrição

A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão "aspeada", tais aspas devem ser transformadas em aspas simples.

Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre colchetes [sic].

A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões iniciais ou finais não precisam ser indicadas.

A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada.Ao transcrever um texto é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação,

etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma forma.

6.2.5 Ficha de comentário

Devem-se analisar os aspectos quantitativos e depois os qualitativos, desta forma, podem-se acrescentar comentários sobre extensão do texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, citações, etc.), conceitos abordados. Em aspectos qualitativos, recomenda-se que se atenha à análise e detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as idéias que fundamentam o texto. Deve o comentarista verificar se a exemplificação é genérica ou específica, se a organização do texto é clara, lógica, consistente, e o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se há pontos fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é precisa. E ainda dizer se a conclusão é convincente e quem será beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve fazer uma avaliação da obra.

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6.3 MODELO DE FICHAMENTO

Assunto

Referência de acordo com a NBR 6023

p. 13

p. 14-15

p. 16

Síntese do conteúdo, incluindo citações diretas e indiretas do original. A extensão e o grau de aprofundamento do fichamento irão depender do que se pretende em relação ao texto que está sendo fichado.Pode-se fazer, também, a síntese página a página, neste caso, colocando-se o número das páginas de onde se extraíram as informações na margem esquerda. Por exemplo.

blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla" blablablablablabla.blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablabla".

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blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla.

Pode-se informar, também, o grau de importância do material para o trabalho que será feito, ou a que outros assuntos ou disciplinas ele poderá interessar.Pode-se informar, ainda, se esse mesmo assunto pode ser encontrado em outros materiais.É importante incluir a informação da localização do material: se pertence a alguma biblioteca, ou a algum colega. Caso seja de biblioteca, copiar o código de localização na estante.

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6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6

6 Este exemplo � um fragmento do fichamento.

A origem da paleontologia

BRYSON, Bill. Ci�ncia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase tudo. S�o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105.

RESUMO

p. 89

p. 94

p. 96

O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da hist�ria provocaram grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n�o houve �tica e nem preocupa��o com trabalho alheio.

“Em 1787, algu�m em nova Jersey- encontrou um f�mur enorme progetando-se para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek.Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com bico de pato. Naquela �poca os dinossauros eram desconhecidos.O fato de o osso n�o despertar maior interesse � bem estranho, pois ele apareceu numa �poca em que os Estados Unidos vivem numa onda de entusiasmo em torno dos resqu�cios de animais grandes e antigos.”

“[...] a lideran�a paleontol�gica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em Lyme Regis, na costa de Dorset, uma crian�a extraordin�ria Chamada Mary Anning- de onze [...].[...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro, incrustado nos penhascos �ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha. Ela tamb�m encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...].

Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem ci�ncia da paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo col�gio real de cirurgi�es para ajudar a organizar sua cole��es. Por sua capacidade de organiza��o e dedu��o se destacou rapidamente. [coment�rios do autor]

Este trabalho poder� interessar a estudantes de hist�ria, ou �reas ligadas a paleontologia, e at� mesmo a pessoas que tenham interesse em hist�rias curiosas.

[coment�rios do autor]

Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da disciplina T�cnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia.

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7 CITAÇÃO7

As regras de cita��o em documentos s�o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de acordo com ela, cita��o � toda "men��o no texto de uma informa��o colhida em outra fonte".

Elas d�o credibilidade ao texto e respaldam as id�ias transmitidas pelo autor. Por�m, � important�ssimo levar em considera��o o contexto em rela��o ao texto original. Deve-se ter cuidado, ainda, para n�o truncar a id�ia inicial do texto do qual se origina.

A cita��o pode ser DIRETA, quando � feita a transcri��o literal das palavras extra�das da outra fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as id�ias do outro utilizando nossas pr�prias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens�o.

Exemplo de cita��o INDIRETA8:

A ironia seria assim uma forma impl�cita de heterogeneidade mostrada, conforme a classifica��o proposta por Authler-Reiriz (1982).

Exemplo de cita��o DIRETA:

“Apesar das apar�ncias, a desconstru��o do logocentrismo n�o � uma psican�lise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293).

Em casos de cita��o DIRETA, caso esta ocupe AT� TR�S LINHAS do texto, deve ser inclu�da, entre aspas duplas, dentro do pr�prio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a cita��o ultrapasse a quantidade de tr�s linhas do texto, deve, ent�o, vir separada deste, em par�grafo pr�prio, RECUADO da margem esquerda.

Faz-se este recuo atrav�s da r�gua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire��o ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espa�amento simples e n�o deve se apresentar entre aspas. Caso se fa�am necess�rias omiss�es, estas s�o indicadas atrav�s da utiliza��o de retic�ncias de tr�s pontos dentro de colchetes.

Por exemplo:

A teleconfer�ncia permite ao indiv�duo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconfer�ncia incluem uso de televis�o, telefone e computador. [...] Atrav�s de �udio-confer�ncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de �udio pode ser emitido em um sal�o de qualquer dimens�o. (NICHOLS, 1993, p. 181)

Em casos de acr�scimos, interpola��es ou coment�rios, estes devem ser inclu�dos entre colchetes. E, em casos de destaques ou �nfase atrav�s do uso de recursos gr�ficos como negrito ou it�lico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arb�trio nosso e n�o do autor do texto transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express�o (grifo nosso) logo ap�s o grifo na transcri��o.

Exemplo:A teleconfer�ncia [ou videoconfer�ncia] permite ao indiv�duo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconfer�ncia incluem uso de televis�o, telefone e computador. Atrav�s de �udio-confer�ncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de �udio

7 Baseado em ASSOCIA��O BRASILEIRA DE NORMAS T�CNICAS. NBR 10520: informa��o e documenta��o: apresenta��o de cita��es em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, N�dia M. L.; VIEIRA, S�nia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, disserta��es e teses. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2003. p. 58-65.8 A maioria dos exemplos foram extra�dos ou adaptados da pr�pria ABNT.

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pode ser emitido em um sal�o de qualquer dimens�o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993, p. 181)

Em caso de haver uma cita��o j� aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas, as primeiras aspas s�o transformadas em aspas simples. As aspas simples s�o utilizadas para indicar cita��o no interior da cita��o.

Exemplo:

“Apesar das ‘apar�ncias’, a desconstru��o do logocentrismo n�o � uma psican�lise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293)

Caso se fa�a uma cita��o em l�ngua estrangeira, a tradu��o desta deve vir em nota de rodap� ou de fim, a depender das especificidades do sistema de refer�ncia. Tamb�m deve aparecer, entre par�nteses, a express�o (tradu��o nossa).

7.1 SISTEMAS DE REFER�NCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITA��ES

H� duas formas de se referenciar as cita��es, o sistema autor-data e o sistema num�rico (o qual n�o ser� explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto. Atualmente, a tend�ncia � recomendar o uso do sistema autor-data.

7.1.1 Sistema autor-data

a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre par�nteses, em mai�sculas, seguido de v�rgula, e o ano de publica��o.

Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995)

b) caso o nome do autor j� conste da senten�a em que ser� inclu�da a cita��o, ele possuir� apenas a letra inicial mai�scula, a data aparecer� entre par�nteses, seguida de v�rgula e a indica��o do n�mero da p�gina, se for o caso.

Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cient�fico obedece a uma norma [...]”;

c) quando s�o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as refer�ncias devem diferenci�-las atrav�s de letras min�sculas, ap�s a data, sem espacejamento.

Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b)

d) quando s�o citados autores com o sobrenome igual e cujas edi��es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, al�m do sobrenome, a inicial do nome do autor.

Ex. (SILVA, C., 2005) e (SILVA, M., 2005)

e) quando s�o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tamb�m igual e cujas edi��es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, al�m do sobrenome, o primeiro nome do autor por extenso.

Ex. (SILVA, Carlos, 2005) e (SILVA, Cl�udio, 2005)

f) caso se fa�a uma cita��o que j� era uma cita��o no texto que se est� lendo, ou seja, uma cita��o de segunda m�o, deve-se colocar a refer�ncia do autor do texto que se est� citando, seguida da express�o apud seguida da refer�ncia do texto que a havia citado primeiramente.

Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006)

g) quando a cita��o � direta, deve-se sempre indicar o n�mero da(s) p�gina(s) onde de onde o texto foi extra�do.

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h) As cita��es indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, t�m suas datas separadas por v�rgula.

Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)(CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000)

i) As cita��es indiretas de diversos documentos de v�rios autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-v�rgula, em ordem alfab�tica.

Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997)

Diversos autores salientam a import�ncia do “acontecimento desencadeador” no in�cio de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991)

j) pela primeira palavra do t�tulo seguida de retic�ncias, no caso de obra sem indica��o de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publica��o do documento e da(s) p�gina(s) da cita��o, no caso de cita��o direta, separados por v�rgula e entre par�nteses;

No texto:“As IES implementar�o mecanismos democr�ticos, leg�timos e transparentes de avalia��o sistem�tica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55)

Na lista de refer�ncias:ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Bras�lia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.

l) se o t�tulo come�a por artigo (definido ou indefinido), ou monoss�labo, este deve ser inclu�do na indica��o da fonte;

No texto:“Em Nova Londrina (PR), as crian�as s�o levadas �s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12)

Na lista de refer�ncias:NOS CANAVIAIS, mutila��o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O Pa�s, p. 12

7.1.2 Sistema numérico

a) o nome do autor � citado dentro do texto, apenas com as iniciais mai�sculas, seguido do n�mero indicativo da nota que conter� a refer�ncia completa. Esta nota poder� ficar no rodap� da p�gina ou ao final do texto. Neste caso a lista de refer�ncias dever� ser organizada na ordem em que as cita��es aparecem no texto;

b) o n�mero indicativo da nota poder� vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre par�nteses. Ex."Num relat�rio de pesquisa, pode-se ter cita��es literais [...] ou livres [...]".9

"Num relat�rio de pesquisa, pode-se ter cita��es literais [...] ou livres [...]".(3)

9 LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ci�ncias humanas. Porto Alegre: Artes M�dicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.(3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ci�ncias humanas. Porto Alegre: Artes M�dicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.

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c) caso se fa�a uma cita��o de um mesmo autor, na mesma p�gina em que aparece a cita��o anterior, pode-se utilizar na refer�ncia algumas abreviaturas.

Ex. “[...] as notas fornecem a refer�ncia bibliogr�fica da cita��o [...]”.10

d) caso se fa�a uma cita��o de segunda m�o, para o sistema num�rico, deve-se colocar a refer�ncia completa de cada uma das obras, ligadas pela express�o apud.

Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S�o Paulo: Antoniela, 2003. Apud SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37.

Obs.: Atualmente, n�o se recomenda a utiliza��o das refer�ncias de cita��o em sistema num�rico. Recomenda-se a utiliza��o do sistema autor-data.

7.2 EXPRESS�ES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIA��ES DE TEXTOS CIENT�FICOS

7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque, ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto)

apud – utilizada para cita��es de segunda m�o;c.f. – confira, confronte;e.g. – exempli gratia, por exemplo;i.e. – id est, isto �;inf. – infra, citado ou mencionado abaixo;supra – citado ou mencionado acima;sic – tal qual, assim mesmo;vs. – versus, em oposi��o a.

7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico

et seq. ou sequentia – e seguintes;ibidem ou ibid. – na mesma obra;idem ou id. – do mesmo autor;loc. cit. ou loco citato – no local antes citado;op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express�o s� pode ser usada na

mesma p�gina onde se encontra a cita��o a qual se refere);passim – aqui e ali, em diversas p�ginas ao longo do texto.

Acompanhando qualquer cita��o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a refer�ncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou id�ias de um autor sem referenci�-lo � pl�gio, o que constitui um crime, e denota falta de �tica.

7.3 EXERC�CIO SOBRE CITA��O EM DOCUMENTO (NBR 10520)

De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes quest�es:

1) Quais sistemas de chamadas (ou refer�ncias) podem ser usados para referenciar textos citados em trabalhos acad�micos brasileiros?

2) Em que consiste o sistema autor-data?3) Qual a diferen�a entre notas de refer�ncia e notas explicativas? (Onde voc� explicou isso?)4) Caso se opte pelo sistema de cita��o em notas, dever� haver uma lista de refer�ncias ao final

do trabalho?5) � poss�vel utilizar em um �nico trabalho ambos os sistemas de refer�ncia?6) No sistema num�rico, onde devem aparecer as refer�ncias das cita��es?7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela��o a:

10 Ibid., loc. cit.

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a) quando o nome do autor não aparece na minha sentença, ou seja, apenas citei o trecho de sua obra, sem ter ainda dito o seu nome, esta indicação deve aparecer de que maneira?

b) quando o nome do autor fizer parte da minha sentença, devo repeti-lo outra vez dentro dos parênteses?

c) é obrigatória a utilização do número de página de onde foi extraída a citação?d) caso eu esteja citando duas obras de um mesmo autor publicadas em um mesmo ano,

como farei para diferenciar uma da outra?e) caso eu esteja citando dois autores diferentes que publicaram obras em um mesmo ano, e

estes dois autores possuem o mesmo sobre nome. Como devo fazer para diferenciá-los?f) e caso eles tenham o mesmo sobrenome, e o mesmo nome além de terem publicado no

mesmo ano. O que devo fazer?g) caso eu cite um trabalho que não apresenta indicação de autoria, como indicarei através do

sistema autor-data?

8) Como devem ser indicadas supressões de palavras do trecho que estou citando?9) Como devem ser indicados acréscimos de palavras em um trecho que estou citando?10) O que significam as seguintes expressões em latim e quando cada uma delas deve ser

utilizadas?

a) apud:b) cf.:c) e.g.:d) i.e.e) sic:f) ibid.:g) id.:h) loc. cit.:i) op. cit.:j) et al.:k) S.l.:l) s.n.:m) ca.:

11) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem mais de três linhas do texto?12) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem até três linhas do texto?

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8 REFERÊNCIAS11

REFER�NCIAS � o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos utilizados, citados ou apenas consultados na elabora��o de trabalhos acad�micos.

De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, t�tulo, local de publica��o, tipo de documento, data, p�gina, etc. – da forma mais completa poss�vel, permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar at� as fontes originais.

De acordo com a ABNT, estas refer�ncias devem constituir uma lista �nica, incluindo tudo(tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n�o) que o autor considerou importante para a elabora��o do trabalho.

Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n�o deve ser denominada de Bibliografia, nem confundida com ela, pois esta constitui uma publica��o onde se encontra registrada a literatura produzida sobre determinado tema, num determinado pa�s ou em �mbito mundial". (2003, p. 51)

A forma e a disposi��o destas refer�ncias s�o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que indica que todas as refer�ncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem alfab�tica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n�o) ou na ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espa�o duplo.

Nos casos em que aparecem em ordem alfab�tica, as refer�ncias que possuam o(s) mesmo(s) autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitu�do(s) a partir da segunda vez por um tra�o de seis toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena��o alfab�tica)

8.1 ABREVIATURAS

As abreviaturas dos meses do ano obedecem � seguinte regra: abrevia-se o nome do m�s at� a terceira letra, com exce��o do m�s de maio, que deve ser

grafado por inteiro. Ex. jun.; ago.; maio p�gina: p. folha: f. n�mero: n. volume: v. Sem local: S.l. sem nome: s.n. c.a: cerca edi��o: ed. editor: Ed. organizador: Org. coordenador: Coord. revisada: rev. ampliada: ampl. aumentada: aum.Obs.: estas express�es n�o v�o para o plural. em casos de tradu��o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor.Ex.: Tradu��o de Luis Souza.

11 Adaptado de LUBISCO, N�dia M. L.; VIEIRA, S�nia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador: UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIA��O BRASILEIRA DE NORMAS T�CNICAS. NBR 6023: informa��o e documenta��o: refer�ncias: elabora��o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.

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8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFER�NCIA

Livro com um único autor, em primeira edição:SILVA, Ant�nio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998. 362 p.

Livro com até três autores:CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Ant�nio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: aux�lio aos principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p.

Capítulo de livro com organizador:DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Jos� da (Org.). Comunicação e sociedade. 3. ed. S�o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136.

Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico:MACHADO, Pedro Ant�nio et al. Seriedade na profiss�o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16, jun. 2001.

Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria:O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S�o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27.

Texto publicado em anais de congresso:SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica��o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CI�NCIAS DA COMUNICA��O, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p. 32-37.

Dissertação de mestrado:SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002. 2v. 165f. Disserta��o (Mestrado em Ci�ncias Sociais) – Faculdade de Comunica��o Social, Universidade Salvador, Salvador.

Texto extraído de página disponível na Internet:LOUREIRO, Ant�nio. Propaganda e preconceito. Dispon�vel em: <http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002.

Entrevista registrada em fita K-7:CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador: UFBA/Faculdade de Comunica��o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, est�reo.

8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGAT�RIO)

A data � um elemento obrigat�rio, portanto n�o pode ser substitu�do pela abreviatura [s.d.]. Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informa��es externas. Desta forma, deve-se indicar a data dentro de colchetes, visto que ela ser�, nestes casos, uma infer�ncia.

[1971 ou 1972]: um ano ou outro[1969?]: data prov�vel[1973]: data certa n�o indicada no item[entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos[ca. 1960]: data aproximada

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[197-]: década certa[197-?]: década provável[18--]: século certo[18--?]: século provável

8.4 SISTEMA AUTOR-DATA

Neste sistema, sugere-se uma adaptação da norma (NBR 6023:2003), colocando-se a data, entre parênteses, logo após a indicação de autor.

Ex.: SOUZA, Dantas (2002). Somos todos iguais. 3.ed. Rio de Janeiro: Áter.

8.5 EXERCÍCIO

De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 6023, coloques os elementos indicados a seguir na ordem correta:Autor: José MascarenhasTítulo: O Novo MundoSubtítulo: Um presente ao futuroLocal de publicação: São PauloEditora: Editora Moderna Ltda.Edição: 4ª ediçãoAno de publicação: 1997Número total de páginas: 105__________________________________________________________________Organizadores: Pâmela Dias, José Mascarenhas & Antônio SantosTítulo: Que belo dia!Local de publicação: São PauloEditora: Pimentel Cia. Ltda.Edição: 1ª ediçãoAno de publicação: 1997Número total de páginas: 105Páginas consultadas e citadas: da 12 a 17__________________________________________________________________Organizador do livro: Paulo Antônio Santos NetoTítulo do capítulo: Quero VencerAutor do capítulo: Paulo Antônio Santos NetoEdição: 10ªEditora: PedágioTítulo do livro: VencedoresSubtítulo: Como ser um delesData: provavelmente 1967páginas do capítulo: 102 a 130__________________________________________________________________Endereço do site: http://www.soumaiseu.com.brData do acesso: 20 de julho de 2003Título do artigo: Juntos somos poderosos__________________________________________________________________Autor: Luiz Gusmão e SouzaTítulo: Collor de MelloSubtítulo: Ascensão e QuedaLocal de publicação: ViçosaEstado de Publicação: Minas Gerais.Edição: 1ª edição

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9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO)

9.1 INCLUI

Pesquisa. Discussão. Debate.

9.2 ENVOLVE

Capacidade de pesquisa. Análise sistemática de fatos. Raciocínio. Reflexão.

9.3 POSSIBILITA

Elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos.

9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO

São as mais variadas temas constantes de um programa disciplinar que necessitam de conhecimento mais aprofundado; temas complementares a um programa disciplinar; temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentes à disciplina em questão; temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras; temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário.

9.5 COMPONENTES

Individual ou em grupos (entre 5 e 12 participantes) Coordenador: geralmente o professor. Propõe os temas a serem estudados, indica bibliografia

inicial, estabelece uma agenda de trabalhos e fixa a duração das sessões. Geralmente preside e coordena a apresentação dos seminários. Pode introduzir o assunto geral do qual irão derivar os subtemas. Ao final dos debates, sintetiza as conclusões globais, faz uma apreciação geral dos resultados, complementando alguns itens.

Organizador: marca reuniões prévias, coordena as pesquisas e o material, designa os trabalhos de cada componente.

Relator(es): expõe os resultados dos estudos. Essas tarefas podem ser realizadas por todo o grupo. Secretário: designado para anotar as conclusões parciais e finais do seminário, após os debates.

Pode ser substituído pelo organizador. Comentador: pode ser um só ou um grupo. Responsável pelo aprofundamento crítico do trabalho.

Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado para fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe.

Debatedores: todos os alunos da classe. Depois da exposição e da crítica do comentador (se houver), devem participar fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.

9.6 ETAPAS

O coordenar propõe determinado estudo, indica bibliografia, forma os grupos de seminário, escolhe o comentador e o secretário;

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o grupo escolhe o organizador e o(s) relator(es), divide as tarefas, inicia o trabalho de pesquisa. Depois reúnem-se (diversas vezes) para discutir o material coletado, confrontar os pontos de vista, formular conclusões e organizar os dados disponíveis;

pronto o seminário, a classe se reúne; os relatores apresentam os resultados dos estudos; o comentador, após a exposição, intervém com objeções, subsídios e críticas; a classe participa das discussões e debates, fazendo indagações, reforçando ou refutando

afirmações; ao final, o coordenador faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais.

9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL

determinação do tema divisão do tema em tópicos análise do material coletado síntese das idéias, resumo das contribuições

9.8 A EXPOSIÇÃO

Deve ser composta de: introdução desenvolvimento conclusão referências

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10 RESUMO

Tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais, é uma paráfrase, não deve conter comentários, engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. É uma apresentação sistemática e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação das mesmas, deve apresentar as idéias principais do autor.

Para se elaborar um bom resumo é necessário passar por duas etapas de compreensão das idéias:

análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece; deriva de dois métodos distintos: o analítico (resumo parágrafo a parágrafo que deve refletir a

idéia do texto principal) e o comparativo (enfoca a estrutura geral do texto; pressupõe o conhecimento prévio das informações contidas no texto).

O resumo, assim como os demais textos científicos, tem sua estrutura e formato regidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a norma específica que trata dele é a NBR 6028. De acordo com ela, um resumo é a "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto".

10.1 FUNÇÃO

Toda comunicação científica possui utilidade clara e específica, assim a do resumo é: abreviar o tempo dos pesquisadores; difundir informações de tal modo que possam influenciar e estimular a consulta do texto

completo.

10.2 ESTRUTURA

Em sua elaboração devem-se destacar, quanto ao conteúdo: o assunto do texto; o objetivo do texto; a articulação das idéias; as conclusões do autor do texto.

10.3 DICAS PARA REDAÇÃO

Para redação de um bom resumo é necessário que se atente para os seguintes pontos:

utilizar linguagem objetiva; evitar repetições de frases inteiras do original; respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados; não apresentar juízo de valor; ser compreensível por si mesmo (dispensar a consulta ao original).

Um resumo pode:

apresentar um sumário de idéias do autor; narrar as idéias mais significativas; condensar o conteúdo.

Para isso é preciso realizar alguns procedimentos:

descobrir o plano da obra a ser resumida; responder duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?; de que trata o texto?; ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação;

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distinguir as diferentes partes do texto; identificar palavras-chave.

10.4 TIPOS

Existem vários tipos de resumo, cada qual com objetivo e características próprias. O resumo que precede as publicações científicas é o chamado resumo indicativo, também conhecido como descritivo. Ele apresenta um sumário narrativo, não apresenta dados qualitativos e quantitativos, não dispensa a leitura do original e se refere apenas às partes mais importantes do texto.

Todo resumo deve salientar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho.(Essa observação cabe melhor quando se discorre sobre a estrutura do resumo)

Quanto ao estilo, aconselha-se que um resumo seja elaborado com frases concisas, evitando enumerar tópicos. A primeira frase deve explicar o assunto, em seguida indica-se de que trata o texto (um estudo de caso, a análise de uma situação).

De acordo com Lubisco e Vieira (2003, p. 40), um o resumo deve:

[...] ser redigido na terceira pessoa do singular, com verbo na voz ativa, em frases correntes, sem enumeração de tópicos [...]. A frase de abertura deve explicitar o tema do trabalho e ser seguida da indicação de sua categoria (memória, estudo de caso etc.). Deve ser evitado o uso de frases negativas, parágrafos, fórmulas, símbolos, citações bibliográficas. É encabeçado pela palavra RESUMO em negrito e letras maiúsculas, centralizada no alto, com o texto em espaço simples. (Nem sempre será regra, variando de acordo com os critérios de publicação dessa ou daquela entidade)Ao final deve incluir as palavras-chave representativas do conteúdo, extraídas da ficha catalográfica.

10.5 TAMANHO

Quanto à extensão, a ABNT recomenda que o resumo seja composto por um único parágrafo.(Aqui, também, cabe a observação de que varia de acordo com os critérios da entidade)

Se for de notas e comunicações breves deve possuir de 50 a 100 palavras;se for de monografias e artigos extensos deve possuir de 100 a 250 palavras;se for de relatórios e dissertações ou teses, de 250 a 500 palavras.

10.6 PALAVRAS-CHAVE

O texto do resumo deve ser seguido de palavras-chave: palavras representativas do conteúdo do documento. Aconselha-se a utilização de no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave. Cada uma deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto.

10.6 IMPORTANTE!

Um bom resumo deve:

vir precedido da referência do texto original, que está sendo resumido em conformidade com a norma de Referências estabelecida pela ABNT (NBR 6023) (quando o resumo não acompanha o próprio texto)

conter a síntese do conteúdo do texto em questão (assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões do autor). (ou seja, a estrutura básica do resumo)

As regras mais aplicadas na confecção de um resumo são:

apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (supressão de adjetivos e advérbios);

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generaliza��o das id�ias do texto (registrar informa��es de ordem geral); sele��o das id�ias principais; inven��o ou constru��o (frases que incluam v�rias id�ias expostas no texto, mas deve-se faz�-

lo de forma sint�tica).

Algumas publica��es cient�ficas exigem, ainda, que o texto seja acompanhado de um resumo em l�ngua estrangeira, geralmente uma l�ngua de divulga��o internacional (ingl�s, franc�s, espanhol), obedecendo �s mesmas regras de formata��o e reda��o do resumo em l�ngua vern�cula, sendo encimado pela palavra ABSTRACT (ingl�s), R�SUM� (franc�s) ou RESUMEN (espanhol), a depender do caso.

10.7 EXEMPLOS DE RESUMO12

Ex. 1. Resumo Indicativo

RESUMO

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela��o no vestibular. S�o Paulo: Mestre Jou, 1981. 184 p.

Estudo realizado sobre reda��es de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas tend�ncias dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gram�tica do texto, uma teoria do texto. S�o objetos de seu estudo a coes�o, o clich�, a frase feita, o “n�o-texto” e o discurso indefinido. Parte de conjecturas e indica��es, apresenta os crit�rios para an�lise, informa��es sobre o candidato, o texto e farta exemplifica��o.

Palavras-chave: Reda��es de vestibular. Gram�tica do texto. Progress�o discursiva.

OBS. o texto deste resumo apresenta 68 palavras.__________________________________________________________________________________Ex. 2 Resumo Informativo

RESUMO

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela��o no vestibular. S�o Paulo: Mestre Jou, 1981. 184 p.

Examina 1.500 reda��es de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou de uma tese de doutoramento apresentada � USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a exist�ncia de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indiv�duos. Escolheu reda��es de vestibulares pela oportunidade de obten��o de um corpushomog�neo. Sua hip�tese inicial � a da exist�ncia de uma poss�vel crise na linguagem e, atrav�s do estudo, estabelecer rela��es entre os textos e o n�vel de estrutura��o mental de seus produtores. Entre os problemas, ressaltam-se a car�ncia de nexos, de continuidade e quantidade de informa��es, aus�ncia de originalidade. Tamb�m foram objeto de an�lise condi��es externas como fam�lia, escola, cultura, fatores sociais e econ�micos. Um dos crit�rios para an�lise � a utiliza��o do conceito de coes�o. A autora preocupa-se ainda com a progress�o discursiva, com o discurso tautol�gico, as contradi��es l�gicas evidentes, o nonsense, os clich�s, as frases feitas. Chegou � conclus�o de que 34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de dom�nio dos termos relacionais; 16,9% apresentam problemas de contradi��es l�gicas evidentes. A redund�ncia ocorreu em 12,5% dos textos. O uso excessivo de clich�s e frases feitas aparece em 69,0% dos textos. Somente em 40 textos verificou-se a presen�a de linguagem criativa. �s vezes o discurso estrutura-se com frases

12 Exemplos extra�dos de MEDEIROS, Jo�o Bosco. Redação científica: a pr�tica de fichamentos, resumos e resenhas. S�o Paulo: Atlas, 1999. p. 124.

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bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio.

Palavras-chave: Redações de vestibular. Gramática do texto. Progressão discursiva.

OBS. o texto deste resumo apresenta 246 palavras.

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11 RESENHA13

Para ABNT (NBR 6028:2003, p. 1), resumo cr�tica (resenha) � “Resumo redigido por especialistas com an�lise cr�tica de um documento. Tamb�m chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edi��o entre v�rias, denomina-se recens�o.”

11.1 CONCEITO

Tipo de resumo cr�tico mais abrangente; permite coment�rios e opini�es; inclui julgamentos de valor; compara a obra em quest�o com outras da mesma �rea e g�nero; avalia a sua relev�ncia com rela��o �s outras; exige conhecimento do assunto e maturidade intelectual; relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes constitutivas; tipo de reda��o t�cnica que inclui variadas modalidades de texto (descri��o, narra��o e

disserta��o); descreve as propriedades da obra (descri��o f�sica da obra); relata as credenciais do autor; resume a obra; apresenta suas conclus�es e metodologia empregada; exp�em o quadro de refer�ncias em que o autor se apoiou; apresenta uma avalia��o da obra; informa a quem a obra se destina.

11.2 P�BLICO

Professores; especialistas no assunto da obra; alunos de gradua��o e p�s-gradua��o (� um exerc�cio para a realiza��o de monografias); p�blico interessado no assunto da obra.

11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA

Ser um instrumento de pesquisa bibliogr�fica; atualiza��o bibliogr�fica; decis�o de consultar ou n�o o texto original; como exerc�cio: desenvolver a capacidade de s�ntese, interpreta��o e cr�tica.

11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA

Terceira pessoa; n�o se percebe a presen�a do emissor, nem do receptor; neutralidade (por�m, na sele��o e organiza��o do texto j� ocorre inten��o de quem escreve).

13 Adaptado de MEDEIROS, Jo�o Bosco. Redação científica: a pr�tica de fichamentos, resumos, resenhas. S�o Paulo: Atlas, 1999. p. 137-146.

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11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS

Resenha: texto que se propõe prestar informações sobre elementos complexos; pode referir-se a elementos reais (reuniões, debates) ou a referentes textuais (livros, peças teatrais, filmes, palestras); possui um resumo crítico;

Informe: texto cujo objetivo é indicar ao leitor referentes reais, concretos; envolve fatos, circunstâncias, cifras (comunicados, informes administrativos, boletins de ocorrência); trata-se de uma descrição.

11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA

Combina resumo e julgamento de valor; a ABNT denomina resenha de resumo crítico (e recensão, a análise de uma determinada

edição entre várias), cujo objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original;

deve resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram expostas e justificar a avaliação realizada;

a leitura analítica é a base da resenha; resenha é um instrumento de pesquisa.

11.7 NA FASE DE LEITURA E DA ANÁLISE TEMÁTICA

Nesta fase, busca-se responder a algumas questões:

quem é o autor? que métodos utilizou? estudam-se o vocabulário e os conceitos utilizados; assinalam-se as dúvidas (sem a compreensão dos conceitos a leitura fica prejudicada); examinam-se as referências históricas, a referência a outras doutrinas e outros autores; de que o texto trata? (assim se obtém o assunto, a referência, do texto) sob qual perspectiva o autor tratou do assunto (tema)? quais os limites do texto? qual o problema focalizado? como o assunto foi problematizado? como o autor soluciona o problema? que posição assume? (assim se obtém a tese do autor) como o autor demonstra seu raciocínio? quais os seus argumentos? há outros assuntos paralelos à idéia central? apresenta uma posição própria a respeito das idéias do texto? às vezes, as idéias do texto original são cotejadas com as de outro; qual sua coerência interna? qual a originalidade do texto? qual o alcance do texto? qual a validade da idéias? qual a relevância das idéias? que contribuições apresenta? o autor atingiu os objetivos propostos? o texto supera a pura retomada de textos de outros autores? há profundidade na exposição das idéias? a tese foi demonstrada com eficácia? a conclusão está apoiada em fatos? a partir desses itens, faz-se a crítica às posições definidas no texto;

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fase de elaboração do texto pessoal que reflita sistematicamente as idéias do texto original

11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA

credenciais do autor: informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, títulos, livros ou artigos publicados;

resumo da obra: resumo das idéias principais da obra: de que trata o texto?; qual sua característica principal?; exige algum conhecimento prévio para entendê-la?; descrição do conteúdo dos capítulos ou partes da obra;

conclusões do autor: quais as conclusões a que o autor chegou? metodologia aplicada: que métodos utilizou (dedutivo, indutivo, histórico, comparativo,

estatístico)?; que técnicas utilizou (entrevista; questionário)?; quadro de referência do autor: que teoria serve de apoio ao estudo apresentado?; qual o

modelo teórico utilizado?; crítica do resenhista (apreciação): julgamento da obra, qual a sua contribuição?; as idéias são

originais?; como é o estilo do autor (conciso, objetivo, simples, idealista, realista)?; indicações do resenhista: a quem se dirige a obra?; é endereçada a que disciplina, a que área?

11.10 EXERCÍCIO

Leia atentamente a resenha a seguir e destaque nela cada uma dessas partes acima referidas.

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12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287)

12.1 M�TODO HIPOT�TICO-DEDUTIVO

Teoria Problema Hip�teses Metodologia Testes de falseamento Refutadas ou Corroboradas Positiva (nova teoria) // Resposta em aberto ou derivando novas perguntas (reestrutura o projeto).

Submetidos a: cursos de p�s-gradua��o ag�ncias de fomento � pesquisa, etc., crit�rios de apresenta��o estabelecidos pelas institui��es a que se destinam. ou ABNT NBR 15287:2005.

Podem variar por �rea de pesquisa; crit�rios do orientador, do curso a que se destinam ou das ag�ncias financiadoras.

12.2 ELEMENTOS PR�-TEXTUAIS

a) capa; (elemento opcional)Nome da entidadeNome do(s) autor(es)T�tuloSubt�tulo (quando houver)LocalAno

b) lombada (se houver); (elemento opcional)c) folha de rosto; (obrigat�rio)

Nome do(s) autor(es)T�tuloSubt�tulo (se houver)Tipo de projeto e entidadeLocalano

d) listas (de ilustra��es, de tabelas, de abreviaturas e siglas, de s�mbolos), caso sejam necess�rias; (elemento opcional)e) sum�rio (de acordo com a NBR 6027). – elemento obrigat�rio

12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS

1 INTRODUÇÃO (texto introdut�rio incluindo todos os itens indicados com o n�mero 1)1.1 PROBLEMA1.2 HIP�TESE(S) (quando couberem);1.3 OBJETIVO GERAL1.3.1 Objetivos específicos1.4 JUSTIFICATIVAS2 REFERENCIAL TEÓRICO3 MÉTODOS E TÉCNICAS4 RECURSOS FINANCEIROS 5 CRONOGRAMA

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12.4 TEMA

Variados; uma disciplina, ou professor, um trabalho solicitado, ou tema de um seminário; todo trabalho de pesquisa acrescente algo ao saber já existente; característica básica de uma pesquisa científica indispensável fazer exaustiva revisão da literatura científica sobre o tema que se pretende

pesquisar.

Para a elaboração da idéia inicial, ponto de partida do trabalho:levantamento preliminar das fontes de informação disponíveis sobre o assuntobase para a elaboração do projetoter o conhecimento do nível de desenvolvimento do assunto a ser pesquisado.

Escolha de um tema: gostar do assunto, ter acesso a informações e dados necessários, ter tempo e outras condições materiais necessárias; ser de interesse social.

12.4.1 Delimitação do tema

O tema geralmente coincide com o título do projeto. Uma das etapas mais importantes; apresenta grande dificuldade; dentro desse tema, qual o problema a ser solucionado pela pesquisa; falta de experiência superdimensiona a capacidade de ação; tema amplo demais; inviabiliza o trabalho; a delimitação do tema terá de passar por inúmeras revisões; dimensão exeqüível.

Área: LetrasTema: Educação

Que tipo de educaçãoformal ou informal?

Educação formaleducação convencional ou especial?

Educação especialdeficiência auditiva, visual, ou física (alunos cadeirantes, por exemplo)?

Alunos cadeirantesmundial, internacional, nacional, regional, local?

Mundialmuito amplo!

Nacionalviagens a outros estados (inviável?)

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Âmbito local

Educação formal para pessoas cadeirantes

acessibilidade aos locais de ensino? (quest�o de responsabilidade do dever p�blico-administrativo. Nosso projeto � de Letras).

Letras (universo amplo) l�ngua ou de literatura?

Língua / séries iniciais / alfabetização

Alfabetização, na educação formal, para pessoas cadeirantes.

Pessoas cadeirantes necessitam de algum m�todo especial de alfabetiza��o?

Alunos com deficiência visual no nosso trabalho est� prevista a aprendizagem do m�todo BRAILE?

Alunos com deficiência auditiva

Alfabetização, na educação formal, para pessoas com deficiência auditiva

O que iremos fazer exatamente? o que nos interessa é...

a) criar um novo “m�todo” de alfabetiza��o?b) verificar os m�todos j� existentes?;c) verificar a exist�ncia ou n�o de m�todos especiais?;d) verificar a aplica��o ou a efic�cia de tais m�todos?

Verificar a aplicação dos métodos já existentes

12.5 DELIMITA��O DO CORPUS

Como faremos isso? Visitaremos escolas de Salvador?

Todas as escolas? excluir aquelas que n�o trabalham com alfabetiza��o excluir aquelas que n�o tem nenhum aluno na condi��o que nos � necess�ria para a observa��o

(aluno com defici�ncia auditiva)

Todas (as que) cumprem estes pré-requisitos? verifica��o em todas? (100% do universo) dividir o foco na compara��o entre a escola da administra��o p�blica e a escola de

administra��o privada? (amostragem) duas de cada?

Métodos utilizados pela educação formal para a alfabetização de pessoas com necessidades especiais de visão

12.6 PROBLEMA

Apresenta-se na forma de uma interroga��o (de prefer�ncia);

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uma pergunta que deve exigir resposta ou respostas consistentes; o trabalho � desenvolvido para “confirmar” a resposta.

12.7 HIP�TESE(S) DA PESQUISA

Prov�veis respostas para solucionar o problema; em casos de pesquisa explorat�rio, n�o se ter� hip�tese inicial; perguntas e respostas devem ser efetivamente relacionadas entre si, devem se completar; combinar sintaticamente. Portanto, n�o se pode encontrar reda��o desse tipo:

De que maneira o gado da região X está perdendo os chifres? Porque eles estão sofrendo de uma doença que destrói a queratina na base do chifre.

a depender da delimita��o do tema e da formula��o da pergunta, teremos uma ou v�rias poss�veis respostas; fun��o da(s) hip�tese(s) � que se estrutura o caminho a ser percorrido.

Chegar � resposta criteriosa reflex�o e embasamento te�rico sobre o assunto.

Hip�teses n�o corroboradas aceitar realidade cientificamente comprovada; tentar estabelecer nova(s) hip�tese(s) de trabalho, que poder�o tamb�m se confirmar ou n�o; n�o s�o obrigat�rias para o desenvolvimento da pesquisa; h� casos em que elas n�o podem ser formuladas previamente (pesquisas explorat�rias).

12.8 OBJETIVOS

deixar claro o que se pretende alcan�ar com a pesquisa estar diretamente relacionados com a delimita��o do tema, o problema e a(s) hip�tese(s) informar�o sobre a relev�ncia do trabalho; devem aparecer divididos em geral e espec�ficos.

12.8.1 Objetivo geral

D� uma vis�o geral do assunto; est� relacionado com a import�ncia do trabalho e sua contribui��o para a amplia��o do

conhecimento geral do assunto; importante utilizar linguagem clara, precisa e adequada �quele que ira avaliar o projeto; est� diretamente relacionado ao problema.

12.8.2 Objetivos específicos

Dentro de uma id�ia geral do trabalho, deve-se ressaltar a id�ia espec�fica a ser desenvolvida; diretamente relacionado � delimita��o do tema da pesquisa e �s hip�teses; permite demonstrar o avan�o da pesquisa na sua devida profundidade.

12.9 JUSTIFICATIVA

Todo projeto � avaliado; justificar as raz�es para a realiza��o do trabalho; servir� tamb�m para mostrar o porqu� de prov�veis limita��es � proposta de trabalho; projeto v�lido = avan�o no conhecimento anterior; para demonstrar o avan�o, � necess�rio demonstrar o est�gio atual do tema;

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processo de revisão da literatura; deve-se apresentar, explicitamente, a contribuição e o provável avanço que ocorrerá com o desenvolvimento da pesquisa, seja no campo teórico, seja no campo prático; é a partir desse acréscimo ao conhecimento já existente que será definida a execução ou não do projeto.

12.10 REFERENCIAL TEÓRICO

Teorias adotadas; resultados de pesquisas anteriores; utiliza-se a citação direta e indireta dos textos; documentam-se as teorias e resultados de pesquisas que deram sustentação à elaboração do projeto; e embasarão a execução da pesquisa; mostra-se o estado em que se encontra o conhecimento científico acerca do tema; servirá para direcionar o trabalho e justificar a pertinência de sua execução; um bom referencial teórico nasce da leitura e do fichamento de textos no momento da coleta de informação sobre o tema que antecede à elaboração do projeto em si; isso também é ampliado durante todo o período no qual a pesquisa é desenvolvida.

12.11 MÉTODO

Caminho a ser percorrido para se atingir o objetivo proposto; os métodos a serem utilizados serão definidos em função do problema de pesquisa, hipótese(s) e objetivos traçados; existem métodos gerais aplicados a toda espécie de pesquisa (raciocínio hipotético dedutivo,leitura, fichamento); e métodos específicos (peculiaridades de cada trabalho: pesquisa de campo; trabalho laboratorial);(São métodos peculiares, mas quais são?) não existe pesquisa sem método; explicitar as estratégias (as técnicas, os métodos) que serão utilizadas para o levantamento de dados que levem à corroboração ou refutação das hipóteses iniciais; toda pesquisa, sem qualquer exceção, se inicia pelo levantamento da literatura científica disponível (não existe pesquisa sem referencial teórico).

12.12 ORÇAMENTO

1 Material de uso geral1.1 Relacionar as despesas com os materiais de uso geral, como canetas, blocos de anotações, fichas, cartuchos de impressora, papel, ou outros materiais de uso constante durante a elaboração da pesquisa.1.2 Quando da utilização de computadores, mencionar se estes serão alugados ou se pertencem ao pesquisador ou entidade financiadora; mencionar seu custo de utilização.1.3 Material bibliográfico, cópias e participação em seminários e palestras devem constar dessa relação de material de uso geral e com justificativas no projeto de pesquisa para essa utilização.1.4 Quando necessário, deve-se indicar a necessidade de alugar salas para a realização dos trabalhos, bem como outros aparelhos, como TV, rádio, projetores, etc.

2 Gastos com pessoal2.1 Relacionar as despesas com pessoal para a realização de pesquisa de campo, 2.2 Mostrar os gatos com mão-de-obra de terceiros para a digitação dos relatórios, tanto os parciais quanto o final, traduções, formatações, etc.2.3 Relacionar as despesas com transporte das pessoas envolvidas na pesquisa, mencionando o meio que será empregado e o trajeto. Não esquecer de mencionar as refeições e lanches dos envolvidos.

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2.4 Indicar a necessidade de consultas às pessoas envolvidas no processo da pesquisa, mostrando a necessidade do seu parecer para o desenvolvimento dos trabalhos. Esse especialista pode ser um psicólogo, um sociólogo ou um estatístico, entre outros.

3 Despesas finais3.1 Relacionar as despesas com a elaboração do relatório final ou do texto que apresenta o resultado final da pesquisa, como as teses, dissertações, etc.3.2 Mencionar o custo com o total de cópias e custos com encadernação do documento final.Obs.: o orçamento poderá ser apresentado em tabelas, uma para cada tipo de despesa, contendo as seguintes informações:

MATERIAL PERMANENTEMaterial Quantidade Preço unitário Totalcomputador Pentiun 4, HD 120Gb, 512 Mb de memória, DVD

2 2.000,00 4.000,00

monitor 17' 2 350,00 700,0... ... ... ...

MATERIAL DE CONSUMOMaterial Quantidade Preço unitário Totalpapel A4 10 pacotes 12,00 120,00CD R 50 2,00 100,0... ... ... ...

12.13 CRONOGRAMA

Todo o trabalho científico pressupõe planejamento que normalmente envolve recursos materiais ehumanos, o que exigirá prazos estabelecidos; ter em vista o acompanhamento durante a execução importante definir cada fase do trabalho para evitar ou corrigir atrasos; um projeto de pesquisa envolve várias etapas; é imprescindível estabelecer os períodos necessários para cada uma delas; várias pesquisas podem ser executadas por um elemento ou por um grupo, ocorrendo, às vezes, execução simultânea de algumas etapa; o cronograma envolve datas e etapas, tendo um ponto de partida (data de início da pesquisa) e um ponto de chegada (data para entrega do relatório final); as etapas podem ser semanais, mensais, bimestrais ou em prazos maiores, dependendo das características da pesquisa.

Exemplo: Modelo para cronogramaEtapas/Fases Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set.Fundamentação teórica X X X X X XPreparação dos instrumentos de coleta de dados

X

Coleta dos dados X XAnálise preliminar dos dados

X X

Levantamento de dados complementares

X X

Análise final dos dados XInterpretação dos resultados e conclusão

X

Redação do relatório final / tese

X

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Revisão do relatório / tese XApresentação do relatório final / tese

X

12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

a) referências; (de acordo com a ABNT NBR 6023)b) glossário; (elemento opcional)c) apêndice; (elemento opcional)d) anexo; (elemento opcional)e) índice. (opcional e de acordo com a ABNT NBR 6034)

12.15 FORMATAÇÃO

As regras de formatação apresentadas pela NBR 15287 são as mesmas já definidas pela norma de apresentação de trabalhos acadêmicos (NBR 14724).

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13 RELATÓRIO (NBR 10719:1989)

13.1 RELAT�RIO T�CNICO-CIENT�FICO

Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investiga��es de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situa��o de uma quest�o t�cnica ou cient�fica.

Apresenta sistematicamente, informa��o suficiente para um leitor qualificado, tra�a conclus�es e faz recomenda��es.

� estabelecido em fun��o e sob a responsabilidade de um organismo ou de pessoa a quem ser� submetido.

13.1.1 Elementos constituintes

13.1.1.1 Pr�-textuais

Capa; (primeira e segunda, isto �, frente e verso) folha de rosto; (ou ficha de identifica��o do relat�rio) pref�cio ou apresenta��o; resumo; lista de s�mbolos, abreviaturas ou conven��es; lista de ilustra��es; sum�rio.

13.1.1.2 Texto

Introdu��o; desenvolvimento; conclus�es e/ou recomenda��es

13.1.1.3 P�s-textuais

Ap�ndices; anexos; agradecimentos; refer�ncias; gloss�rio; �ndice(s); ficha de identifica��o do relat�rio; lista de destinat�rios e forma de acesso ao relat�rio; terceira e quarta capas.

13.1.2 Numeração dos volumes

Quando um relat�rio apresenta grande n�mero de p�ginas, para facilitar o seu manuseio, deve ser dividido em duas ou mais unidades, sob o mesmo t�tulo.

Estas unidades ser�o identificadas pela express�o VOLUME ou abreviatura v., seguida do algarismo ar�bico correspondente. Pode-se acrescentar a NUMERA��O DE PARTES; que sereferem a v�rios relat�rios dentro de um �nico projeto, e se re�nem sob um mesmo t�tulo. Estas partes ser�o identificadas por uma seq��ncia de algarismos ar�bicos precedidos da palavra PARTE. Tamb�m, h� a NUMERA��O DE EDI��ES – revis�es, vers�es etc. – de um relat�rio ou de suas partes que s�o publicadas, devem ser identificadas e numeradas como tal. O n�mero da edi��o deve figurar no anverso da folha de rosto – n�o se numera a primeira edi��o. No caso de reimpress�o, deve ser indicada a sua data.

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13.1.2.1 Numeração das seções

De acordo com a NBR 6024 (numera��o progressiva das se��es de um documento).

13.1.2.2 Numeração das páginas

As p�ginas do relat�rio devem ser numeradas seq�encialmente atrav�s de algarismos ar�bicos, come�ando pela introdu��o, a qual dever� iniciar o texto do relat�rio em p�gina �mpar (p�gina 1), ap�s o sum�rio.

A numera��o seq�encial das p�ginas continua at� o final do relat�rio.Os n�meros de identifica��o das p�ginas devem ser colocados no canto superior direito (nas

p�ginas �mpares) e esquerdo (nas p�ginas pares). (Deve-se evitar p�ginas em branco no relat�rio, caso existam, devem ser contadas – embora n�o sejam numeradas – de tal forma que as p�ginas de frente tragam sempre os n�meros �mpares.)

13.1.2.3 Estrutura do relatório

a) Primeira capa: deve conter nome e endere�o do �rg�o respons�vel (autor coletivo); n�mero do relat�rio; t�tulo e subt�tulo (se houver); data (m�s e ano); classifica��o de seguran�a, quando necess�rio (grau de sigilo atribu�do ao relat�rio: reservado,

secreto, confidencial, etc.).

Muitas vezes a capa � suprimida, havendo apenas a folha de rosto.

b) Segunda capa:Informa��es complementares, tais como:

Pre�o;Informa��es sobre produ��o gr�fica.

b) Lombada (se houver e grossa o suficiente para permitir uma impress�o leg�vel): deve apresentar nome do autor ou sigla da institui��o respons�vel; t�tulo do relat�rio; elemento de identifica��o (n�mero do relat�rio).

c) Falsa folha de rosto:Opcional

c) Folha de rosto: elemento obrigat�rio. Fonte principal de identifica��o do documento. Deve incluir as informa��es da capa. Deve conter:

nome do �rg�o respons�vel (autor coletivo); divis�o do �rg�o respons�vel (setor) n�mero do relat�rio; t�tulo e subt�tulo (se houver); nomes dos respons�veis pela elabora��o e respectivos t�tulos e/ou filia��o cient�fica; n�mero da parte (quando o relat�rio � apresentado em partes); n�mero do volume (se houver); n�mero de edi��o (em caso de relat�rios publicados); classifica��o de seguran�a; local e data de publica��o.

No verso da folha de rosto devem aparecer informa��es complementares � identifica��o do relat�rio:

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informa��es sobre direitos autorais e autoriza��o para reprodu��o; associa��o do trabalho com outros, v�nculos com outros projetos, contratos, etc.

(Quando ambas existirem – capas e folha de rosto –, as informa��es dadas na primeira capa e repetidas na folha de rosto devem aparecer em posi��es similares.)d) Pref�cio ou Apresenta��o: esclarecimento, justifica��o ou apresenta��o do documento. � elaborado por outrem e ocorre apenas em relat�rios a serem publicados. (NBR 6029).

e) Resumo: condensa��o do relat�rio que delineia e/ou enfatiza os pontos mais relevantes do trabalho, resultados e conclus�es. Deve ser informativo, dando uma descri��o clara e concisa de conte�do de forma intelig�vel e suficiente para que o usu�rio possa decidir se � ou n�o necess�ria a leitura completa do trabalho. Nos relat�rios, o resumo deve conter no m�ximo 500 palavras e sua elabora��o deve corresponder ao disposto no NBR 6028. Em trabalhos de grande vulto, o resumo deve vir na l�ngua original do texto, acompanhado de uma tradu��o em uma ou mais l�nguas estrangeiras (ingl�s, franc�s, italiano e espanhol, conforme o trabalho exigir e na ordem aqui apresentada). Caso o relat�rio se apresente em mais de um volume, o resumo deve aparecer somente no primeiro. Caso se apresente em parte, cada uma tem o seu pr�prio resumo.

f) Sum�rio: Caso o relat�rio tenha mais de um volume, o sum�rio completo deve figurar no primeiro volume. Quando houver mais de uma parte, cada parte deve ter seu pr�prio sum�rio. (Deve obedecer � NBR 6027).

g) Introdu��o: define os objetivos do trabalho as raz�es de sua elabora��o, bem como as rela��es existentes com outros trabalhos. A introdu��o n�o deve repetir ou parafrasear o resumo, nem dar detalhes sobre a teoria experimental, o m�todo ou os resultados, nem antecipar as conclus�es e as recomenda��es.

h) Desenvolvimento: deve ser dividida em tantas se��es e subse��es quantas forem necess�rias para o detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado.Deve apresentar:

descri��o dos m�todos; teorias; procedimentos experimentais; discuss�o de resultados, etc.

As descri��es apresentadas devem ser suficientes para permitir a compreens�o das etapas da pesquisa, mas min�cias de provas matem�ticas ou procedimentos experimentais se necess�rios, devem constituir material anexo. Todas as ilustra��es ou quadros essenciais � compreens�o do texto devem ser inclu�dos nesta parte.

i) Conclus�es e/ou recomenda��es: nesta se��o devem figurar, clara e ordenadamente as dedu��es tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da discuss�o do assunto. Dados quantitativos n�o devem aparecer na conclus�o, nem os resultados comprometidos e pass�veis de discuss�o.Recomenda��es s�o declara��es concisas de a��es, julgadas necess�rias a partir das conclus�es obtidas, a serem usadas no futuro. Podem ser subdivididas em partes.

j) Ap�ndices: S�o partes extensivas do texto, destacadas deste para evitar descontinuidade da seq��ncia l�gica das se��es. Elas s�o elaboradas pelo pr�prio autor do relat�rio.

k) Anexos: S�o partes extensivas do texto, destacadas deste para evitar descontinuidade da seq��ncia l�gica das se��es. Elas s�o elaboradas por outra pessoa que n�o o pr�prio autor do relat�rio. S�o de uso constante e essenciais aos relat�rios. Devem ser colocados como anexos, p. e., trechos de outras obras ou contribui��es que servem para documentar, esclarecer, provar ou confirmar as id�ias apresentadas no texto e que s�o importantes para sua perfeita compreens�o.

Normalmente s�o constitu�dos de: ilustra��es que n�o s�o diretamente citadas no texto;

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descrições de equipamentos, técnicas e processos; material de acompanhamento que não pode ser incluído no corpo do relatório (ou por sua

forma de apresentação ou por sua extensão); modelos de formulários, ou questionários citados no textos.

l) Agradecimentos: devem figurar, se necessário, à assistência relevante na realização e preparação do relatório. Não são feitos a contribuições rotineiras.

m) Referências: não é recomendável a utilização de rodapé para as referências (podem dificultar a diagramação e impressão). Não devem ser referenciadas fontes que não foram citadas no texto. Caso haja necessidade de referenciar a material bibliográfico não referenciado no texto, isto deve ser feito em seqüência às referências, sob o título Bibliografia Recomendada.

n) Glossário: utilizado para relacionar num vocabulário, palavras ou expressões pouco usadas ou de sentido obscuro, ou ainda, de uso regional ou específico.

o) Índice: constitui de entradas ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para informações ou assuntos contidos no relatório. Um relatório pode conter vários índices.

Pode ser de vários tipos: índice geral: relaciona em ordem alfabética seguida do respectivo número da página (ou

indicativo de seção) diversos assuntos, nomes, lugares, etc. contidos no relatório; índice cronológico: agrupa nomes e fatos importantes em relação cronológica de anos,

períodos ou épocas; índice sistemático: agrupa assuntos, nomes, espécies, etc. em relação preparada de acordo a

um sistema de classificação; índice onomástico: reúne alfabeticamente as personagens, autores e autoridades citadas ao

longo do relatório.

p) Ficha de identificação: apresentação sob a forma de formulário contendo uma série de blocos nos quais são inseridos os dados de identificação. Deve conter todas as informações bibliográficas do documento, além de outros dados necessários a sua identificação. No caso do relatório ser dividido em várias partes, deve existir uma ficha de identificação para o conjunto e uma ficha de identificação para cada parte. No caso do relatório ser dividido em volumes, deve existir uma ficha de identificação para cada volume. Eventualmente, a ficha de identificação pode substituir a folha de rosto do relatório.

q) Terceira e quarta capas: Para os relatórios de circulação restrita pode ser incluída, na terceira capa, uma lista dos destinatários, bem como as formas de acesso e/ou os meios de aquisição do documento.(Bem como, podem constar informações relativas à impressão.)

13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS

Outro tipo de relatório bastante utilizado e exigido é o relatório que deve dar conta do andamento das pesquisas feitas no âmbito da Academia, ou seja, relatórios de IC, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado.

Quando estes relatórios são exigidos pelos cursos das Universidades ou pelas agências de fomento à pesquisa, eles devem seguir normas e modelos fornecidos por estas instituições. Caso as instituições não tenham modelos específicos, o que normalmente se faz é responder ao que foi proposto no Projeto apresentado e aprovado anteriormente. Para tal, sugere-se a seguinte estrutura:

13.2.1 Elementos pré-textuais

a) capa; (elemento opcional)Nome da entidadeNome do(s) autor(es)

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T�tuloSubt�tulo (quando houver)LocalAno

b) folha de rosto; (obrigat�rio)Nome do(s) autor(es)T�tuloSubt�tulo (se houver)Texto explicativo sobre a natureza do trabalhoNome do orientadorLocalano

c) sum�rio (de acordo com a NBR 6027). – elemento opcional (de acordo com a extens�o do relat�rio a ser apresentado)

13.2.2 Elementos textuais

De acordo com o Cronograma apresentado, relacionar cada objetivo (dentro do prazo a que o relat�rio em quest�o se refere), descrevendo os m�todos e t�cnicas utilizados, com o que foi alcan�ado(se foi alcan�ado, ou explicar os motivos pelos quais n�o se chegou ao previsto). Isso deve ser feito de forma sucinta e clara, ou em forma de texto ou atrav�s de t�picos.

� importante, tamb�m, informar o andamento do restante do curso: a) as disciplinas cursadas ao longo do per�odo (nos casos de Mestrado e Doutorado, principalmente); b) os eventos cient�ficos (congressos, semin�rios, palestras, etc.) de que se participou, e em que n�vel se fez (como ouvinte, como expositor de p�ster, comunica��o oral, etc.); c) os trabalhos publicados, aceitos para publica��o, ou submetidos � publica��o.

Em alguns casos, � interessante, tamb�m apresentar um apanhado geral sobre os textos te�ricos j� consultados.

Ao final do texto, podem-se incluir algumas outras observa��es que se julgarem pertinentes.

13.2.3 Elementos pós-textuais

a) refer�ncias; (de acordo com a ABNT NBR 6023)b) ap�ndice; (elemento opcional)c) anexo; (elemento opcional)

13.2.4 Formatação

As regras de formata��o dever�o ser as mesmas j� definidas pela norma de apresenta��o de trabalhos acad�micos (NBR 14724).

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14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

De acordo com Medeiros (1999, p. 185) "comunicação científica define-se como a informação que se apresenta em congressos, simpósios, reuniões, academias, sociedades científicas. Em tais encontros, são expostos os resultados realizados [...] texto é considerado científico quando propaga informações científicas novas."

Andrade e Lakatos (2005, p. 252) afirmam que

A redação do trabalho científico consiste na expressão, por escrito, dos resultados da investigação. Trata-se de uma exposição bem fundamentada do material coletado, estruturada, analisada e elaborada de forma objetiva, clara e precisa. [...] O trabalho científico utiliza linguagem técnica (acadêmica e didática), cuja finalidade é transmitir conhecimento.A linguagem deve, portanto, ser a mais didática possível. Requer linguagem perfeita em relação às regras gramaticais, evitando não só o vocabulário popular, vulgar, mas também o pomposo. Se uma das finalidades é a objetividade, o trabalho científico deve ter caráter impessoal.

Para tanto, é necessário atentar para determinadas questões, tais como:

14.1 FINALIDADE

Transmitir para outros interessados no mesmo assunto os resultados, parciais ou finais, de uma pesquisa, os caminhos percorridos e as questões levantadas.

14.2 LINGUAGEM

Objetividade e clareza são as palavras-chave da comunicação científica, já que o seu objetivo principal é transmitir informações sem deixar margem a dúvidas e eliminando a subjetividade e a ambigüidade.

De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p. 81), significado das palavras empregadas no texto deve ser claro, preciso, não deixando

margem a dúvidas; as divergências relativas às palavras ou expressões com significados diferentes em

algumas teorias ou áreas científicas devem ser esclarecidas a fim de evitar erros de interpretação;

é importante definir alguns termos, dando a eles seu exato significado; deve-se ter o máximo cuidado com a ambigüidade das palavras; é importante esclarecer siglas e expressões ou nomes pouco usuais na primeira vez em que

aparecem no texto, podendo, posteriormente, retomá-los sem as demais referências; para comunicar o máximo de conteúdo com a maior brevidade possível, devem ser

eliminadas as figuras de linguagem, dar preferência a períodos simples em ordem direta e à voz ativa.

Pessoa verbal da comunicação científica: Eu fiz (deve ser evitada em textos científicos) Nós fizemos (está sendo cada vez mais utilizada) Fez-se (é a forma mais recomendada para textos científicos)

Atenção: é necessário escolher uma das formas e utilizá-la com exclusividade do início ao final do texto.

Por exemplo:

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Se nos aproximamos do texto, discutimos sua própria existência, vemos que é um intrincado jogo de camadas, uma ilimitada sucessão de escolhas e possibilidades. Se procuramos o método, encontramos a contínua desestabilização dos limites de sua própria constituição. Se vamos a fundo no processo, chegamos na biblioteca, na correspondência e nos contornos histórico-sociais do fazer artístico. (ZULAR, 2002, p. 14)

Se se aproxima do texto, discute-se sua própria existência, vê-se que é um intrincado jogo de camadas, uma ilimitada sucessão de escolhas e possibilidades. Se se procura o método, encontra-se a contínua desestabilização dos limites de sua própria constituição. Se se vai a fundo no processo, chega-se na biblioteca, na correspondência e nos contornos histórico-sociais do fazer artístico. (ZULAR, 2002, p. 14)

Ordem das frases• Uma evid�ncia foi encontrada... (a ordem direta e impessoal, � a mais indicada)• Encontrou-se uma evid�ncia... (� bastante utilizada)• Encontrei uma evid�ncia... (deve ser evitada)• Encontramos uma evid�ncia... (� bastante utilizada)

EstiloCada pessoa tem o seu pr�prio estilo, no entanto, � sempre exigido o uso da variante padr�o da

l�ngua, assim como aten��o � clareza, � objetividade � concis�o e a simplicidade.

14.3 ORGANIZA��O DO TEXTO ACAD�MICO

14.3.1 Elementos temáticos e estruturais

Ap�s a realiza��o da pesquisa ou da leitura do material bibliogr�fico pertinente, os resultados est�o prontos para serem apresentados na forma de uma tese, disserta��o ou monografia. Chega, portanto, o momento de se iniciar o planejamento da reda��o.

Segundo Trujillo (1999, p. 277), a reda��o de um texto cient�fico tem a ver com:

a) a estrutura l�gica que implica na ordena��o do material em um plano provis�rio que tem a fun��o de organizar as id�ias e subordinar o texto ao esquema textual apropriado. Algumas vezes a organiza��o do material � determinada pelas diferentes etapas da pesquisa (coleta, tabula��o, an�lise e interpreta��o dos dados, apresenta��o das conclus�es), de modo que pode ser antevista. De todo modo, � necess�rio estabelecer um plano de reda��o.

b) a estrutura t�cnica que implica na diagrama��o do texto, isto �, na forma de apresenta��o das entrelinhas, das tabelas, das ilustra��es, das notas e das refer�ncias bibliogr�ficas, do sum�rio dos �ndices etc., sempre de acordo com as NORMAS DA ABNT.

14.3.2 Estrutura lógica

A estrutura l�gica do trabalho pode ser melhor visualizada atrav�s da elabora��o de um esquema b�sico que a reproduza em todos os seus detalhes. Aqui, s�o duas as possibilidades:

A primeira � a constru��o de um sum�rio provis�rio contendo seus cap�tulos ou, preferivelmente, suas se��es prim�rias, com t�tulos, subt�tulos, itens e subitens (se��es secund�rias, terci�rias etc.)

A segunda � a constru��o de um conjunto de afirma��es a serem expandidas.No primeiro caso, o plano � mais “mec�nico” e exige apenas compulsar o material organizado

e classificado. No segundo, o plano exige um comportamento mais reflexivo.

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EXEMPLOS:

O ensino personalizado na aprendizagem de biologia

AMOSTRA DE PLANO DE TÓPICOS

1 INTRODUÇÃO 2 ENUNCIAÇÃO E SITUAÇÃO DO PROBLEMA3 ANÁLISE DO MATERIAL BIBLIOGRÁFICO4 A TEORIA DA EDUCAÇÃO PERSONALIZADA5 HIPÓTESES6 PROCEDIMENTOS6.1 Procedimentos gerais adotados na pesquisa 6.1.1 O ensino personalizado como modo de ensino6.1.1.1 Aprender fazendo6.1.1.2 Aprender compartilhando experiências6.1.1.3 Aprendizagem

AMOSTRA DE PLANO DE FRASES

1 O termo educação personalizada tem seus antecedentes na educação individualizada. 1.1 A contribuição do plano Dalton se fundamenta na classificação de tarefas e trabalho individual preparado pelo professor, pelo aluno e pelo professor e aluno juntos.1.2 O plano Winetka prevê o estabelecimento de centro de trabalho individualizado1.3 A Escola Experimental de Mail, em que foram postos em prática os estudos de Robert Dottrens que visavam ao desenvolvimento progressivo das forças físicas, intelectuais e morais da criança, partindo da necessidade de atividade que caracteriza sua natureza, para levá-la:1.3.1 Na ordem física, possuir uma energia vital tanto quanto seja possível.1.3.2 Na ordem intelectual, a adquirir um método de trabalho adaptado a seu tipo de inteligência.1.3.3 Na ordem moral, a permitir primeiro o discernimento de suas tendências afetivas, por meio de uma disciplina educativa, na base de orientação e apoio do educador.

Qualquer que seja o plano escolhido ele não deve ser encarado, nunca, como definitivo. Ao contrário, ele deve ser cuidadosamente examinado e, se necessário, modificado, inclusive nas seções fundamentais. Para realizar alterações, é preciso empreender um exame crítico do material, das tarefas de pesquisa realizadas, dos instrumentos e do próprio esquema do relatório.

O exame crítico do material se faz através do questionamento incisivo quanto ao assunto, ao conteúdo e aos procedimentos da pesquisa.

O ASSUNTO será questionado através de perguntas como:

há definição adequada do tema, no que se refere à pertinência, precisão e especificação? o tema não é mais uma duplicação de trabalhos já realizados? o tema tem relevância teórica e/ou prática? o tema possui adequada limitação espacial, temporal e funcional? os objetivos foram pesquisados em profundidade?

As questões sobre o CONTEÚDO serão do tipo:

Os termos e conceitos chave estão suficientemente explicitados? As hipóteses foram explicitadas e propostas em termos adequadamente científicos?

Os PROCEDIMENTOS serão verificados através de perguntas como estas:

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O roteiro da pesquisa foi observado � risca? Os dados obtidos servem para testar as hip�teses fundamentais?

A partir deste ponto o novo plano pode ser desenvolvido na reda��o. D�lcio Vieira Salomon sugere que a tarefa se desenvolva em duas etapas, a saber:

primeiro, uma reda��o provis�ria, na qual ser�o experimentadas a express�o, a coordena��o l�gica, a sintaxe adequada e a disposi��o do conte�do. Chavigny (apud SALOMON, 1995) recomenda “escrever sempre em pap�is soltos, numerados e em uma s� face.” Mesmo que se fa�a uso dos modernos recursos da inform�tica, uma reda��o provis�ria � necess�ria para guiar a conex�o das id�ias;

segundo, uma reda��o definitiva da introdu��o, do corpo do trabalho e da conclus�o a partir das corre��es e emendas necess�rias ao trabalho provis�rio.

No que se refere � INTRODU��O, ela � a �ltima a ser escrita, apesar de aparecer em primeiro lugar. Escrev�-la depois do trabalho escrito estar pronto facilita a tarefa de produzir um texto que cumpre os objetivos de:

expor as raz�es que levaram o autor a escrever; referir-se ao quadro te�rico em que se fundamenta o trabalho; apresentar o “estado da quest�o” ou formula��o do problema e da hip�tese; apresentar uma resenha cr�tica ou revis�o de trabalhos cong�neres, indicando a

originalidade do que vai ser apresentado, sem esquecer do que � comum; orientar o leitor sobre o assunto a ser abordado e sobre os crit�rios utilizados na estrutura

t�cnica do trabalho, de modo a facilitar sua leitura.

� praxe apresentar tudo isso em uma s� se��o que antecede o desenvolvimento e sob o r�tulo INTRODU��O. Neste caso, os conte�dos acima elencados podem corresponder a par�grafos. Mas tamb�m pode acontecer o caso em que a introdu��o tenha subdivis�es e, at�, outro t�tulo. Tudo depende da natureza do trabalho, mas � fundamental que o leitor a distinga do resto do trabalho.

Um outro costume � o de fazer anteceder a introdu��o por um pref�cio, pr�logo ou apresenta��o que tanto pode ser feito(a) pelo autor como por outra pessoa. Quando � o autor que o(a) redige, seu objetivo �:

definir a natureza do trabalho (se � monografia, disserta��o, tese etc.); indicar a institui��o que o promoveu ou que o patrocinou; comunicar a orienta��o recebida; tra�ar o plano geral do trabalho; agradecer aos colaboradores.

Quando � de outro, o conte�do do pref�cio reduz-se � apresenta��o da pessoa e dos t�tulos do autor e a coment�rios sobre a oportunidade e m�ritos do trabalho. Uma tese de doutoramento ou disserta��o de mestrado s� devem ser apresentadas por outra pessoa depois de defendidas e aprovadas e, mesmo assim, se forem indicadas para publica��o.

O CORPO DO TRABALHO representa o desenvolvimento de seu conte�do e, materialmente, compreende os cap�tulos centrais da monografia. Para redigi-lo, � preciso atentar para a estrutura l�gica anteriormente estabelecida e segui-la rigorosamente para evitar repeti��es e digress�es in�teis e conservar a ordem e a depend�ncia racional entre as partes. � preciso, tamb�m, ter sempre em mente as caracter�sticas da linguagem cient�fica, de modo a evitar o floreio liter�rio e o uso de figuras que s� obscureceriam o texto por atentar contra a objetividade, a simplicidade e a clareza. A ordem geral de apresenta��o � a mesma citada anteriormente e desenvolvida com amplitude e profundidade, sem limitar-se a descrever a pesquisa. Isso se faz reservando para cada t�pico um cap�tulo.

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Os cap�tulos s�o elementos para-aut�nomos do trabalho. Algumas vezes aparecem como constituintes do que se chama PARTE (isto �, uma divis�o maior do desenvolvimento que pode enfeixar diversos cap�tulos).

S�o subdivididos em se��es que s�o a segmenta��o l�gica da mat�ria de que tratam. Tais se��es podem ou n�o ter t�tulo, mas conv�m lembrar que n�o se deve subordinar uma se��o com t�tulo a outra que n�o o tenha: � uma quest�o de simetria, visto que a numera��o progressiva que vimos anteriormente (NBR 6024), de uso obrigat�rio em trabalhos cient�ficos, deve refletir a hierarquia do texto. Os cap�tulos mais freq�entes de uma monografia s�o:

Apresenta��o dos dados e sua an�lise – a quantidade e a natureza dos dados a serem apresentados ir�o determinar a ordem e as subdivis�es dessa parte. Uma ordem poss�vel � a que est� relacionada com a ordem de coloca��o das hip�teses. Entretanto, � poss�vel, como Trujillo (1999, p. 288) menciona, que esta parte se configure com v�rias possibilidades de reda��o, segundo o tipo da pesquisa: descritiva, hist�rica, comparativa etc.

� importante lembrar que a fun��o do texto n�o � aliciar o leitor, mas demonstrar as evid�ncias a que se chegou com a pesquisa. Portanto, o material apresentado (porque sempre h� sele��o) n�o deve ser tendencioso, de modo a confirmar as previs�es do pesquisador: todos os dados pertinentes e significativos devem ser apresentados e, se algum resultado for inconcludente, tem de ser apontado.

As rela��es e correla��es entre os dados constituem o cerne dessa parte: aqui s�o oferecidas as evid�ncias que fundamentam a verifica��o das hip�teses que se processa no item seguinte.

Interpreta��o dos resultados – n�o existe uma metodologia para determinar o n�mero de subdivis�es dessa parte, nem padr�es de orienta��o da discuss�o. Na verdade, diversas vari�veis podem interferir no tom da reda��o: os objetivos do trabalho, o m�todo, as t�cnicas empregadas na coleta de dados etc. Essa � a parte mais importante, mais exaustiva do trabalho e a que exige do autor maior esfor�o intelectual e de racioc�nio para estabelecer generaliza��es expressivas diante dos dados. Apesar disso, � poss�vel dar indica��o do que � necess�rio assinalar:

as discrep�ncias entre os fatos obtidos e os previstos nas hip�teses; o significado dos fatos num contexto; o desempenho das vari�veis e as rela��es entre fatos (quando houver); o valor das provas para a sustentabilidade da teoria ou para sua limita��o e at� rejei��o; as evid�ncias dispon�veis que sustentam as primeiras conclus�es; o valor da generaliza��o dos resultados para o universo.

As CONCLUS�ES constituem o cap�tulo final e geralmente surgem implicitamente ao longo do desenvolvimento e devem decorrer naturalmente da se��o anterior e n�o ficarem “soltas” na monografia. � aconselh�vel apresent�-las da maneira mais concisa poss�vel, praticamente sem coment�rios. Na verdade, segundo Salomon (1995, p. 248) este �ltimo cap�tulo � uma resenha das proposi��es cient�ficas a que chegou o autor atrav�s de sua pesquisa e, no entender de Trujillo (1999, p. 295), na sua reda��o deve o autor atentar para o que se segue:

elas devem ser categ�ricas, pertinentes, precisas e ligadas �s partes anteriores; n�o devem perder-se em argumenta��es, mas refletir as rela��es entre os fatos e a teoria de

base do trabalho; as generaliza��es devem representar contribui��o nova; devem evidenciar as conquistas alcan�adas com o estudo, mas tamb�m suas limita��es e

reconsidera��es (isto �, a modifica��o de pressupostos do autor); devem representar a s�mula em que argumentos, conceitos, fatos, hip�teses, teorias,

modelos etc. se unem e se completam.

Algumas vezes nas monografias e quase sempre nos relat�rios se inclui, ainda, uma quarta parte, a das Recomenda��es e sugest�es. Sua inclus�o decorre do fato de que nenhum trabalho de pesquisa � terminal e, por isso, nenhum informe � a �ltima palavra.

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As recomenda��es s�o de diversos tipos: amplia��o de �reas n�o exploradas; novas hip�teses a serem testadas; possibilidades de aplica��o dos conhecimentos obtidos para intervir na situa��o estudada

(seja natural ou social) ou para resolver o problema de pesquisa; possibilidade de aplica��o das conclus�es na reformula��o de teorias sobre os fatos

estudados.

14.3.3 Estrutura técnica

As estruturas t�cnicas de cada tipo de trabalho variam conforme sua natureza e as normas da ABNT. Portanto, ser�o vistas a seguir.

14.4 ESTILO

Al�m dos fatores de coer�ncia e coes�o que, rigorosamente est�o presentes em todos os textos (j� que determinam a textualidade), a linguagem cient�fica tem um ESTILO que lhe � peculiar. Este estilo pode ser denominado de COGNOSCITIVO, isto �, deve refletir uma atitude reflexiva. Em estudos de natureza est�tica e em psicologia o uso de um estilo parcialmente liter�rio pode ser tolerado se se conserva internamente o objetivo cient�fico. As caracter�sticas desse estilo s�o:

a) objetividade – � a sua caracter�stica essencial. Na medida em que estilo � escolha, caminha-se para a objetividade evitando-se o uso de termos que traduzem subjetividade, como “parece-me, acredito” ou que denotam ressalvas ou reservas como “possivelmente, talvez". Nos trabalhos cient�ficos, toda afirma��o deve basear-se em provas (isto �, fatos, estat�sticas, testemunhos, etc.) e n�o em opini�es infundadas. Por outro lado, nada deve ficar subentendido ou mal entendido, de modo que h� de se ter especial preocupa��o com a coes�o referencial e, neste aspecto, com o uso de pronomes relativos:

Por exemplo:

Os professores foram convocados em grupos, por turnos que, considerados no conjunto... [turnos ou grupos?]

Igualmente nada deve ser deixado para a imagina��o do leitor, de modo que �reas, pesos, dist�ncias devem ser traduzidos em valores num�ricos de jeito que frases como:

As aulas funcionam em salas superlotadas

Sejam “traduzidas” para:

Salas que medem 3m  recebem at� vinte e cinco alunos, o que caracteriza superlota��o.

b) pertin�ncia – manifesta-se, principalmente, pela clareza de racioc�nio que deve refletir-se no que se escreve e nas ilustra��es. Clareza se obt�m com simplicidade na reda��o, isto �, escrevendo na ordem direta, sem prolixidade, sem uso de jarg�o, com sobriedade e dando prefer�ncia �s explica��es mais simples.

c) precis�o – � a tradu��o fiel do que se quer transmitir. O caminho fundamental � a utiliza��o de um vocabul�rio espec�fico da ci�ncia � te�rico e, portanto, comportando conceitos que devem ser definidos com clareza e utilizados apenas na acep��o adotada.

d) impessoalidade – trata-se de produzir o texto na terceira pessoa do singular, na voz ativa. “O emprego de n�s deve ficar reservado para os monarcas, para os organizadores de obras

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coletivas e para as mulheres gr�vidas.” N�o � aconselh�vel, tamb�m, a utiliza��o excessiva da voz passiva.

14.6 EXERC�CIO

De acordo com o que foi visto em aula, em rela��o � linguagem cient�fica, detecte falhas na

reda��o desse excerto:

No caso do trabalho que venho fazendo, a pesquisa de fontes tem se mostrado essencial para

a atualização e o trabalho com o Acervo de Arthur de Salles. Como é o caso, por exemplo, dos

documentos constituintes da Fortuna Crítica de Arthur de Salles, de que o Acervo dispõe.

Entre esses documentos foram selecionados alguns recortes de jornais. Estas breves notícias

mostram a repercussão que teve na Imprensa baiana a morte de Arthur de Salles, o que forneceu uma

noção da posição que o poeta ocupava na intelectualidade de sua época.

A partir das informações contidas nestes documentos, cotejadas com alguns outros que vêm

sendo levantadas, me foi possível delimitar um novo perfil do poeta baiano, tanto como homem

quanto como intelectual. Mostrou-se, esse trabalho, de grande interesse e, continuidade ao longo das

pesquisas, ele acabou por merecer.

A possibilidade de retificação de diversas informações acerca do poeta, que vinham sendo

repetidas ao longo de vários anos, em biografias e biobibliografias, já que Arthur de Salles figura em

importantes obras sobre a literatura brasileira, e sua obra tem sido objeto de pesquisa na Bahia há

tantos anos, me tem sido possibilitada pelo cruzamento desses dados.

Acreditando na importância desse tipo de trabalho, deu-se continuidade às buscas de

informações e mais algumas dúvidas foram sanadas.

A partir desse ponto da pesquisa, espero que não seja mais possível repetir informações

cristalizadas, diversas das quais, já se sabe, não condizem com a verdade. Algumas dessas

informações pouco mudam em relação ao que se vinha dizendo, outras, porém, são de extrema

relevância.

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15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO

Comunica��o cient�fica deve: ter um objetivo estar ligada a um contexto possuir coer�ncia e coes�o ter como divis�o b�sica de qualquer comunica��o:

introdu��odesenvolvimentoconclus�o (nesta ordem)

Trabalho monogr�fico � resultado de uma pesquisa delimitada pela elabora��o do projeto de pesquisa muito do que se apresenta em um trabalho monogr�fico tem rela��o direta com os elementos

de um projeto de pesquisa:tema, delimita��o do tema, problema, hip�tese (s), objetivo, justificativa, referencial te�rico,m�todo(s).

15.1 INTRODU��O

Deve: ser constru�da de acordo com as partes constituintes do texto fazer de forma muito breve refer�ncia a cada uma delas ser redigida ao final do trabalho.

Quanto aos seus elementos, uma introdu��o deve:a) apresentar a id�ia central do trabalho, ou seja, o tema da pesquisa que foi realizada e da qual o trabalho � o resultado;b) deixar clara a finalidade do trabalho, ou seja, os objetivos da pesquisa;c) informar as fontes te�ricas utilizadas, demonstrando de modo sucinto o que se sabe e o que ainda n�o se sabe sobre o assunto do trabalho;d) demonstrar a possibilidade de contribui��o do trabalho desenvolvido, ou seja, a justificativa da pesquisa;e) n�o deve antecipar as conclus�es e solu��es (embora sobre esse ponto haja diverg�ncia entre os te�ricos, pois alguns autores s�o da opini�o de que na introdu��o deve-se antecipar de maneira sint�tica os principais resultados e conclus�es do trabalho);f) explicitar o problema que norteou a pesquisa;g) anunciar a delimita��o do corpus e o campo de abrang�ncia da pesquisa.

15.2 DESENVOLVIMENTO

Deve: ser composto de um elenco de se��es e subse��es que desenvolvem a reflex�o do autor; � formado pelos t�tulos e conte�dos dessas partes do texto; n�o deve receber o t�tulo “Desenvolvimento”.

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15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (REVISÃO DA LITERATURA, QUADRO TEÓRICO ou ESTADO-DA-ARTE)

Deve: apresentar uma síntese de teorias que serviram para fundamentar o trabalho de pesquisa do

qual o texto é resultado conter citações diretas e indiretas dos textos entremeadas com comentários, impressões e

argumentos do autor do trabalho sobre as informações contidas nos textos lidos. derivar dos fichamentos elaborados durante o período de estudo teórico sobre o assunto que

antecede e acompanha o desenvolvimento de qualquer pesquisa. de acordo com alguns teóricos, este subitem pode aparecer como uma parte da introdução.

15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA)

Deve: ser elaborada de acordo com as especificidades da pesquisa realizada de modo geral, este parte deve:

a) descrever o tipo de pesquisa que foi realizada;b) narrar as etapas da pesquisa na ordem cronológica dos seus acontecimentos;c) anunciar o problema de pesquisa, de modo que o leitor possa compreender o alcance

da pesquisa realizada e a adequação do método, das técnicas e instrumentos de coleta dos empregados, como também dos critérios de seleção do universo e da amostra pesquisada;

d) informar minuciosamente o corpus da pesquisa, ou seja, a população ou amostra pesquisada;

e) descrever como se deu a coleta de dados e o tipo de coleta que foi realizada.

15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Deve: apresentar uma descrição detalhada dos dados coletados de modo que aqueles que estiverem

lendo o trabalho possam ter a exata dimensão do que foi apreendido na pesquisa. os dados quantitativos podem ser apresentados em forma de tabelas, quadros, gráficos e outras

figuras ilustrativas como fluxos, esquemas, etc., que devem ser inseridos o mais próximo possível do trecho do texto no qual se inicia a descrição dos principais resultados apresentados na figura.

15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Deve: fazer a interpretação dos resultados à luz do referencial teórico adotado no trabalho apresentar a análise e a interpretação dos resultados, verificando se a questão inicial (o

problema da pesquisa) foi respondida (em parte ou no todo) refletir sobre o que significam os resultados diante da proposta inicial (o problema, as

hipóteses e os objetivos) fazer uma reflexão e a associação entre teoria e os dados apreendidos da realidade. à luz das teorias estudadas, deve-se pensar acerca do que se observou na pesquisa para que se

possam extrair as conclusões possíveis, expondo-as de maneira clara, precisa e fundamentada, comparando o que dizem as teorias publicadas até o momento e quais foram os avanços obtidos com a pesquisa em questão.

15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Deve:

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apresentar as conclusões formuladas com base nos resultados de acordo com grande parte dos autores, a conclusão consiste no resumo completo, mas

sistematizado da argumentação dos dados apresentar a relação existente entre as partes da descrição, argumentação e a união das idéias,

e ainda conter uma síntese de toda reflexão produzida o autor pode também fazer as recomendações que considerar pertinentes, devendo ainda

apontar possíveis lacunas que seu trabalho talvez tenha deixado em aberto, indicando o caminho para o desenvolvimento de futuras pesquisas

a depender do grau de aprofundamento do trabalho e das especificidades de cada área, as divisões internas do texto podem sofrer diversas alterações:

- as seções e subseções podem ganhar títulos diferentes, mais relativos ao conteúdo em si, - ou podem ser subdivididas em novas subseções, a depender de cada caso.

não se aconselha que os trabalhos sejam muito fracionados, apresentando muitas subdivisões,

isso acarreta falta de linearidade da leitura

Após isso devem vir as REFERÊNCIAS (em ordem alfabética e de acordo com a NBR 6023)

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16 ARTIGO (NBR 6022:2003)

De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p. 84) "artigos cient�ficos s�o pequenos estudos, por�m completos, que tratam de uma quest�o verdadeiramente cient�fica, mas que n�o se constituem em mat�ria de um livro."; e eles apresentam o resultado de estudos ou pesquisas de forma reduzida. Normalmente s�o publicados em revistas ou em peri�dicos especializados.

Podem ser: originais (relatos de experi�ncia de pesquisa, estudo de caso, etc.), ou de revis�o (verifica��o de textos sobre o mesmo tema publicado e discuss�o dos resultados a

que se chegou) s�o completos, apresentam uma id�ia por inteiro d�o ao leitor a capacidade de repetir por si a experi�ncia (cont�m a descri��o da metodologia

empregada e os resultados obtidos).

16.1 ELEMENTOS PR�-TEXTUAIS

T�tulo e subt�tuloDevem figurar na p�gina de abertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou separados entre si por dois pontos.

Autor(es)Nome(s) do(s) autor(es) devem vir acompanhados de um breve curr�culo que os qualifique na �rea de conhecimento do artigo. “O curr�culo, bem como os endere�os postal e eletr�nico, devem aparecer em rodap� indicado por asterisco na p�gina de abertura ou no final dos elementos p�s-textuais, onde tamb�m deve ser colocados os agradecimentos do(s) autor(es) e a data de entrega dos originais � reda��o do peri�dico.

Resumo em l�ngua vern�culaElemento obrigat�rio, constitu�do de uma seq��ncia de frases concisas e objetivas e n�o de uma simples enumera��o de t�picos, n�o ultrapassando 250 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conte�do do trabalho, i. �, palavras-chave.

Palavras-chaveElemento obrigat�rio. Devem vir antecedidas da express�o Palavras-chave: e separadas entre si por ponto. (Ex.: Palavras-chave: Refer�ncias. Documenta��o).

16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Introdu��oParte inicial do artigo, onde devem constar a delimita��o do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necess�rios para situar o tema do artigo.

a. formula��o clara e objetiva do assunto ou tema tratado no texto;b. explana��o sucinta do problema tratado e refer�ncia � revis�o da literatura;c. apresenta��o de justificativa, objetivos, metodologia, delimita��o do assunto, �ngulo de abordagem e exposi��o precisa da id�ia central.

DesenvolvimentoParte principal do artigo, que cont�m a exposi��o ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em se��es e subse��es, conforme a NBR 6024, que variam em fun��o da abordagem do tema e do m�todo.

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a. apresenta��o das informa��es e dos argumentos de maneira mais aprofundada;b. fundamenta��o l�gica do trabalho;c. exposi��o das principais id�ias sobre o conte�do.

Conclus�oParte final do artigo, na qual se apresentam as conclus�es correspondentes aos objetivos e hip�teses.a. apresenta��o dos resultados de forma sintetizada.

16.3 ELEMENTOS P�S-TEXTUAIS

T�tulo e subt�tulo em l�ngua estrangeiraPrecedem o resumo em l�ngua estrangeira e devem vir diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos.

Resumo em l�ngua estrangeiraElemento obrigat�rio, vers�o do resumo na l�ngua do texto, para idioma de divulga��o internacional, com as mesmas caracter�sticas (Abstract, Resumen, R�sum�)

Palavras-chave em l�ngua estrangeiraElemento obrigat�rio, vers�o das palavras-chave na l�ngua do texto para a mesma l�ngua do resumo em l�ngua estrangeira (Keywords, Palabras clave, Mots-cl�s)

Nota(s) explicativa(s)A numera��o das notas explicativas � feita em algarismos ar�bicos, devendo ser �nica e consecutiva para cada artigo. N�o se inicia a numera��o a cada p�gina.

Refer�nciasElemento obrigat�rio, indica��o das fontes utilizadas para a pesquisa, podendo ser estas extra�das de material impresso em livros, revistas, peri�dicos especializados, jornais, ou material extra�do da Internet.

Cada uma deve obedecer ao seu tipo de indica��o de acordo com a NBR 6023 de 2002 (ASSOCIA��O BRASILEIRA DE NORMAS T�CNICAS, 2002), como j� se viu.

Gloss�rioElemento opcional, elaborado em ordem alfab�tica.

Ap�ndice(s)Elemento opcional. S�o identificados por letras mai�sculas consecutivas, travess�o e pelos respectivos t�tulos. Excepcionalmente utilizam-se letras mai�sculas dobradas, na identifica��o dos ap�ndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto.

Ex.: AP�NDICE A – Avalia��o num�rica de c�lulas inflamat�rias

Obs.: texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumenta��o, sem preju�zo da unidade nuclear do trabalho.

AnexosElemento opcional. S�o identificados por letras mai�sculas consecutivas, travess�o e pelos respectivos t�tulos. Excepcionalmente utilizam-se letras mai�sculas dobradas, na identifica��o dos ap�ndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto.

ANEXO A – Representa��o gr�fica de contagem das c�lulas inflamat�rias

Obs.: Texto ou documento n�o elaborado pelo autor, que serve de fundamenta��o, comprova��o e ilustra��o.

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Indicativo de se��oPrecede o t�tulo, alinhado � esquerda, dele separado por um espa�o de caractere. Deve obedecer � numera��o progressiva (NBR 6024).

Ex.: 1 INTRODUÇÃO1.1 O ESTADO DA ARTE [...]

16.4 PECULIARIDADE DA FORMATA��O DOS ARTIGOS

Toda e qualquer publica��o cient�fica deve obedecer prioritariamente �s normas de formata��o da institui��o a qual se destina. No caso das monografias, disserta��es e teses, a obedi�ncia deve ser �s regras dos cursos de p�s-gradua��o das universidades.

J� no caso de artigos, que normalmente se destinam � publica��o em peri�dicos especializados, a obedi�ncia deve ser �s regras editoriais do peri�dico em quest�o.

Atualmente, � solicitado ao autor que envie o seu texto devidamente formatado em uma c�pia em papel e outra em formato eletr�nico (disquete, CD, ou via rede) para que, havendo necessidade de modifica��es n�o relacionadas ao conte�do, estas possam ser feitas sem a necessidade de um novo contato com o autor.

De um modo geral, quando os artigos n�o se destinam a uma publica��o espec�fica, eles devem ter a sua formata��o regida pelas regras gerais sugeridas para a formata��o de trabalhos acad�micos de acordo com a NBR 14724.

16.5 EXEMPLO DE ARTIGO

PESQUISAS FILOLÓGICAS NOS ACERVOS DA BIBLIOTECA HISTÓRICA DO

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA BAHIA14

Al�cia Duh� Lose (Faculdade S�o Bento da Bahia)

Marla Oliveira Andrade (UFBA)

RESUMOEste artigo visa a mostrar a import�ncia do passado de um povo para a forma��o de seu pensamento e cultura. Especificamente, o povo brasileiro tem sua hist�ria narrada em importantes documentos presentes no Mosteiro de S�o Bento-BA. Alguns deles j� est�o sendo pesquisados e essas pesquisas est�o relatadas, de forma sucinta, nas p�ginas deste artigo. A abertura do Mosteiro para a pesquisa desses documentos vai levar a p�blico uma parte muito importante da hist�ria da cidade de Salvador, e dos primeiros anos vividos no Brasil. Esse � o in�cio de muitas descobertas.

Palavras-chave: Hist�ria – Cultura. Mosteiro de S�o Bento-BA. Diet�rio. Livros do Tombo. Regras das Monjas.

ABSTRACTThis paper aims to present the importance of the past of people for the formation of their knowledge and culture. Specifically, Brazilian people have their history narrated in important documents that are in the Monastery of São Bento in the State of Bahia, Brazil. Some of these documents have been studying, and these investigations are briefly reported in the present paper. The opening of the

14 Este � um fragmento do Artigo publicado na Revista Scripta Philol�gica de 2007.

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Monastery for the research of these documents will make public a very important part of the History of the city of Salvador, as well as the first years of the colonization of Brazil. This is the beginning of many discoveries.

Keywords: History – Culture. Monastery of S�o Bento-BA. Engagement Book. Registry Books. Rules of Nuns.

1 OS QUATRO SÉCULOS DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA BAHIA

O Mosteiro de S�o Bento da Bahia, fundado em 1582, foi o primeiro de todo o Novo Mundo.

Com sua presen�a multissecular no cen�rio cultural baiano e brasileiro, destaca-se como institui��o

plenamente inserida no desenvolvimento local e regional atrav�s da promo��o e preserva��o das artes,

da cultura e do saber.

Tendo mais de quatro s�culos de tradi��o e hist�ria vivas, O Mosteiro se constitui de um

espa�o privilegiado para a produ��o e difus�o do conhecimento. Guardi�o do tempo e da mem�ria, o

Mosteiro possui um rico acervo que re�ne obras raras como documentos, livros, manuscritos, entre

outros, que submetidos � an�lise poder�o imprimir o diferencial na hist�ria da Bahia e do Brasil.

O Mosteiro n�o apenas � o guardi�o de um acervo bastante raro (pinacoteca, biblioteca,

mobili�rio, imagin�ria, ourivesaria, arquitetura), mas foi palco, cen�rio e personagem de in�meros

acontecimentos importantes para a hist�ria da Bahia e em especial para a cidade de Salvador.

Contribuiu de modo decisivo para a expans�o urbana da capital baiana e atuou em diversas frentes de

trabalho no sentido de proporcionar o seu desenvolvimento intelectual por meio de sua atividade na

�rea da educa��o B�sica (Col�gio S�o Bento) e Superior (Faculdade de Filosofia e Teologia). Desde a

funda��o do Mosteiro da Bahia, conforme as informa��es hist�ricas que se encontram nos arquivos da

Ordem de S�o Bento em Portugal, os monges beneditinos da Bahia dedicaram-se ao trabalho na �rea

das Letras e a pesquisa filol�gica e hist�rica feitas de maneira emp�rica.

Numerosas s�o as not�cias e os registros desta atividade nos documentos e manuscritos que se

encontram no arquivo do Mosteiro da Bahia. Devido � car�ncia de Col�gios e Universidades no Brasil,

os monges foram procurados pela popula��o sendo constitu�dos como tutores da educa��o dos jovens

e crian�as da capital baiana. A exemplo do que ocorreu na Europa, o trabalho educacional consistia no

ensino das letras vern�culas e cl�ssicas: portugu�s, espanhol, latim e grego; al�m da Hist�ria, da

matem�tica, artes e outras disciplinas. Na Faculdade de Teologia e Filosofia, tamb�m se ensinava o

italiano, o franc�s e o hebraico.

....................................................................................................................................................................

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS: O INÍCIO DE MUITAS DESCOBERTAS

A iniciativa, tanto do Mosteiro de São Bento da Bahia quanto dos estudiosos envolvidos

nesses projetos é fundamental para a descoberta e compreensão dos anos iniciais vividos no Brasil e de

como esse processo histórico influenciou na construção de um pensamento e de uma cultura

brasileiros.

O passado e seus registros podem e devem ser utilizados para trazer à tona um relato de uma

época que corroborou nos dias atuais, podendo com isso revelar fatos fundamentais para a formação

de uma sociedade.

Esses projetos são apenas o início de muitas descobertas que esperam por pesquisadores

interessados no seu passado e com isso na concepção de seu presente.

REFERÊNCIA

GAMA, Albertina Ribeiro da. Breve notícia de manuscritos e incunábulos da Biblioteca do Mosteiro de São Bento da Bahia. In: GAMA, Abertina Ribeiro da; TELLES, Célia Marques; ALVES, Ívia Iracema Duarte. Memória cultural e edições. Salvador: Edufba, 2000. p. 17-24.

LOSE, Alícia Duhá. A Crítica Textual e as novas tecnologias. In: TEIXEIRA, Maria da Conceição Reis; QUEIROZ, Rita de Cássia; SANTOS, Rosa Borges dos. Diferentes perspectivas dos estudos filológicos. Salvador: Quarteto, 2006. p. 63-78.

LIVRO Velho do Tombo do Mosteiro de São Bento da Bahia. Salvador: Tipografia Beneditina, 1945.

OS BENEDITINOS da Bahia: 1581-1947. Salvador: Tipografia Beneditina, 1947.

PINHEIRO, Ana Virginia Teixeira. Que é livro raro? Uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade bibliográfica. Rio de Janeiro: Presença; Instituto Nacional do Livro.

REGRA de São Bento. Tradução dos Monges Beneditinos da Bahia. Salvador: Edições São Bento, 2004.

RABANO, Mauro. Biografia. Disponível em: <www.bnm.me.gov.ar/maurorabano>. Acesso em: jan. 2007.

ROCHA, Dom Paulo et al. 400 anos do Mosteiro de São Bento da Bahia. Salvador: Mosteiro de São Bento da Bahia; Construtora Norberto Odebrecht, 1982.

SILVA, Zélia Lopes da (Org.). Arquivos, patrimônio e memória: trajetórias e perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP; FAPESP, 1999.

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17 APRESENTA��O DE TEXTOS ACAD�MICOS

17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Emblema da Instituição (em preto e branco)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA(fonte corpo 16, negrito, maiúsculas)

LICENCIATURA EM LETRAS(fonte corpo 14, negrito, maiúsculas)

NOME DO AUTOR DO TRABALHO (fonte corpo 14, negrito, maiúsculas)

T�TULO DO TRABALHO:(fonte corpo 16, negrito, maiúsculas)

SUBT�TULO DO TRABALHO (fonte corpo 14, negrito, maiúsculas)

Salvador(fonte corpo 12, apenas a 1ª letra maiúscula, sem negrito)

Ano de entrega do trabalho(fonte corpo 12, algarismos arábicos, sem negrito, na última linha da página)

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NOME DO AUTOR DO TRABALHO (fonte corpo 14, negrito, mai�sculas)

TÍTULO DO TRABALHO:(fonte corpo 16, negrito, mai�sculas; a 9 cm da margem superior da p�gina)

SUBTÍTULO DO TRABALHO (fonte corpo 14, negrito, mai�sculas)

Trabalho de Conclus�o de Curso apresentado ao Curso deLicenciatura em Letras, da Universidade Federal da Bahia – UFBA, como requisito parcial para obten��o do t�tulo de Licenciado em Letras.(fonte corpo 10, espacejamento simples, recuado a 6 cm da margem esquerda, sem negrito)

Orientador: Prof. Dr. Fulano de Tal (mesma formata��o do texto anterior)

Salvador(fonte corpo 12, apenas a 1¡ letra mai�scula, sem negrito)

Ano de entrega do trabalho(fonte corpo 12, algarismos ar�bicos, sem negrito, na �ltima linha da p�gina)

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RESUMO(fonte corpo 12, negrito, maiúsculas)

Texto do resumo, espacejamento entrelinhas simples, fonte corpo 12, sem negrito, contendo, no máximo, 250 palavras. O texto do resumo deve informar a natureza do trabalho, a metodologia utilizada, os resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.

Palavras-chave: palavras representativas do conteúdo do trabalho. Cada uma delas deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto.

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SUMÁRIO(fonte corpo 12, negrito, maiúsculas)

1 INTRODUÇÃO 41.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 41.2 OBJETIVOS 51.2.1 Objetivo Geral 51.2.2 Objetivos Específicos 51.3 JUSTIFICATIVA 6

2 REVISÃO DE LITERATURA 7

3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS 113.1 DELINEAMENTO 113.2 SUJEITOS DA PESQUISA 123.2 TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS 123.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS 133.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA 13

4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 14

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS 16

6 CONCLUSÃO 20

REFERÊNCIAS 21

APÊNDICES (opcional) 23

ANEXOS (opcional) 25

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17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

CAPA (obrigatório)FOLHA DE ROSTO (obrigatório)DEDICATÓRIA (opcional)AGRADECIMENTO (opcional)EPÍGRAFE (opcional)RESUMO (de acordo com a NBR 6028) (obrigatório)LISTAS (de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas e siglas, de símbolos, etc.) (opcional)SUMÁRIO (de acordo com a NBR 6027) (obrigatório)*Para a elaboração das tabelas, quadros, listas e sumário recomenda-se a utilização do recurso de formatação de tabelas no computador, ocultando-se, na impressão, as linhas de grade.**Cada um desses elementos pré-textuais deve figurar em uma página própria.

17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS

1 INTRODUÇÃO1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA1.2 OBJETIVOS1.2.1 Objetivo Geral1.2.2 Objetivos Específicos1.3 JUSTIFICATIVA* A INTRODUÇÃO pode ser constituída de um texto único, sem subdivisões, que, no entanto, deve conter cada uma das partes indicadas acima de modo bastante claro.2 REVISÃO DE LITERATURA3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS3.1 DELINEAMENTO3.2 SUJEITOS DA PESQUISA3.2 TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS5 ANÁLISE DOS RESULTADOS6 CONCLUSÃO

*Cada uma dessas partes pode sofrer ainda subdivisões, de acordo com o conteúdo, com a extensão, ou com o tipo de texto que está sendo apresentado, de acordo com a NBR 6024. **Todas as seções devem conter um texto relacionado a si; não sendo possível colocar o título de uma seção e logo a seguir subdividi-la apresentando o título da subseção. ***Ao se subdividir uma seção, é necessário haver, no mínimo, duas subseções.

17.4 ILUSTRAÇÕES

0

20

40

60

80

100

1°Trim

2°Trim

3°Trim

4°Trim

LesteOesteNorte

Figura 1: Gráfico de XXXXXXXX.Fonte: SILVA, 2006, p. 267.

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*Podem ser desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gr�ficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, etc.**Identifica��o aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu n�mero de ordem de ocorr�ncia no texto, em algarismos ar�bicos, do respectivo t�tulo e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta do texto, e da fonte.***Devem ser inseridas o mais pr�ximo poss�vel do trecho a que se refere, de acordo com as possibilidades da disposi��o gr�fica do texto.****A legenda deve apresentar-se em fonte menor que a do texto em si. A indica��o da fonte somente ocorre quando a ilustra��o n�o tenha sido elaborada pelo pr�prio autor, e sim extra�da de outra fonte. Neste caso, faz-se a cita��o conforme a NBR 10520 da ABNT.

17.5 TABELAS

Tabela 1: Frota Mundial de Navios> 7.500 TEU 34 271.602 156 1.294.033 476,40%5.000 / 7.499 TEU 245 1.432.316 125 701.657 49,00%4.000 / 4.999 TEU 260 1.148.043 112 490.229 42,70%3.000 / 3.999 TEU 263 894.995 48 157.119 17,60%2.000 / 2.999 TEU 531 1.319.156 157 418.364 31,71.500 / 1.999 TEU 419 706.204 61 104.662 14,80%1.000 / 1.499 TEU 499 594.446 95 108.248 18,20%500 / 999 TEU 613 436.389 101 81.711 18,70%250 / 499 TEU 277 103.921100 / 249 TEU 124 21.674TOTAL 3.265 6.928.746 855 3.356.023 48,40%Fonte: ALPHALINER, ER, 2004, p. 31.

* Tabelas n�o apresentam linhas de grade verticais.** Apresentam informa��es estat�sticas.

17.6 EQUA��ES e F�RMULAS

Devem aparecer separadas graficamente do texto e obedecendo �s regras matem�ticas.

17.7 SIGLAS

Devem ser expostas por extenso na primeira vez em que aparecem no texto. A forma completa do nome deve anteceder a sigla, colocada entre par�nteses (Ex.: Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT)).

17.8 ELEMENTOS P�S-TEXTUAIS

REFER�NCIAS (obrigat�rio)GLOSS�RIO (opcional)AP�NDICE (opcional) (Ex.: AP�NDICE A – Rela��o entre escolaridade e classes sociais no estado no Brasil)ANEXO (opcional) (Ex.: ANEXO A – Reportagem da revista Veja sobre a escolaridade dos brasileiros)�NDICE (opcional)

17.9 DISPOSI��O GR�FICA E FORMATO

papel: branco tamanho A4 (21,0 cm x 29,7 cm); impress�o: em apenas um lado da folha;

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margens superior e esquerda: 3,0 cm; margens inferior e direita: 2,0 cm; espaço de entrelinhas: 1,5; alinhamento do texto: justificado (exceto na lista de referências); fonte: Times New Roman ou Arial (sugestão) ; cor da fonte: preto ou automático; tamanho da fonte do texto: 12 (sugestão); tamanho da fonte em citações longas, notas, números de página, legendas: 10 (sugestão). citações diretas longas: sem aspas, texto em espaço simples e recuado à 4cm da margem

esquerda; fonte 10. paginação: algarismos arábicos, à direita da página e à 2 cm da borda superior; indicativo numérico das seções: precede o título e deve vir alinhado à esquerda, separado

apenas por um espaço (ex. 1 INTRODUÇÃO. Não há ponto depois do número 1); títulos dos elementos pré e pós-textuais: não recebem indicativo numérico e devem ser

centralizados. fontes de seções e subseções (de acordo com a NBR 6024) devem seguir a seguinte gradação:

seção primária em maiúsculas e negrito, seção secundária em maiúsculas sem negrito, seção terciária em minúsculas e negrito, seções a partir da quaternária em minúsculas sem negrito.

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REFERÊNCIAS

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