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- 1 - Regulamento das Actividades de Portfolio Pessoal dos Cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores e Engenharia de Redes de Comunicações Artur Ferreira da Silva Setembro de 2009 1 Enquadramento O Portfolio Pessoal, introduzido nas antigas LEIC e LERCI, e posteriormente adaptado a LEIC/MEIC (Alameda e Taguspark) e LERC/MERC, seguindo algumas das recomendações internacionais sobre a estruturação dos currículos de Engenharia, visa estimular os estudantes a adquirirem, de forma diversificada, conhecimentos e competências comportamentais, organizacionais, sociais, culturais, científicas e profissionais, através da realização de actividades extra-curriculares e da reflexão sobre as mesmas. Estas serão documentadas, avaliadas e, uma vez inseridas no Portfolio Pessoal, reconhecidas oficialmente pela Escola. O Portfolio é um instrumento para reconhecer, estimular e apoiar o desenvolvimento dos estudantes num contexto fora do ensino tradicional. Pretende-se que os alunos consigam complementar as competências científicas e técnicas que a Escola lhes fornece e que, se reconhecidamente cumprem a sua missão no que toca às competências científicas e técnicas para a profissão de Engenheiro, deixam de fora muitas outras, nomeadamente de carácter comportamental (soft skills) como foi repetidamente referido pelos empregadores dos nossos formados - por difícil enquadramento académico, porque não existem no currículo do IST, porque dependem do percurso pessoal do aluno e dos seus gostos e que, portanto, são impossíveis de enquadrar no ensino formal. A importância dessas competências é aliás fortemente valorizada pelo mercado de trabalho, como é reconhecido num estudo feito por estudantes de Portfolio em 2006 2 , bem como num estudo feito pela ANETIE (Associação Nacional das Empresas das 1 Esta versão adapta o Regulamento existente desde Setembro de 2003 às novas condições criadas pela entrada em vigor do regime de Bolonha. 2 António Martins, Henda Carvalho, José Fernandes, Márcio Spínola, Nuno Próspero e Pedro Carrilho, “Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Engenheiros In formáticos do IST no mercado de trabalho”, 2006, disponível em http://www.dei.ist.utl.pt/docs/EstudoCompetencias.html e http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/Documentos.aspx

Regulamento dos Portfolios Pessoais do DEI/IST - versão de 2009/10

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Regulamento das Actividades de Portfolio Pessoal dos

Cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia

Informática e de Computadores e Engenharia de Redes

de Comunicações

Artur Ferreira da Silva

Setembro de 20091

Enquadramento

O Portfolio Pessoal, introduzido nas antigas LEIC e LERCI, e posteriormente adaptado a

LEIC/MEIC (Alameda e Taguspark) e LERC/MERC, seguindo algumas das

recomendações internacionais sobre a estruturação dos currículos de Engenharia, visa

estimular os estudantes a adquirirem, de forma diversificada, conhecimentos e

competências comportamentais, organizacionais, sociais, culturais, científicas e

profissionais, através da realização de actividades extra-curriculares e da reflexão

sobre as mesmas. Estas serão documentadas, avaliadas e, uma vez inseridas no Portfolio

Pessoal, reconhecidas oficialmente pela Escola.

O Portfolio é um instrumento para reconhecer, estimular e apoiar o desenvolvimento dos

estudantes num contexto fora do ensino tradicional. Pretende-se que os alunos consigam

complementar as competências científicas e técnicas que a Escola lhes fornece e que, se

reconhecidamente cumprem a sua missão no que toca às competências científicas e

técnicas para a profissão de Engenheiro, deixam de fora muitas outras, nomeadamente de

carácter comportamental (soft skills) – como foi repetidamente referido pelos

empregadores dos nossos formados - por difícil enquadramento académico, porque não

existem no currículo do IST, porque dependem do percurso pessoal do aluno e dos seus

gostos e que, portanto, são impossíveis de enquadrar no ensino formal.

A importância dessas competências é aliás fortemente valorizada pelo mercado de

trabalho, como é reconhecido num estudo feito por estudantes de Portfolio em 20062,

bem como num estudo feito pela ANETIE (Associação Nacional das Empresas das

1 Esta versão adapta o Regulamento existente desde Setembro de 2003 às novas condições criadas pela

entrada em vigor do regime de Bolonha.

2 António Martins, Henda Carvalho, José Fernandes, Márcio Spínola, Nuno Próspero e Pedro Carrilho,

“Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Engenheiros Informáticos do IST no mercado de

trabalho”, 2006, disponível em http://www.dei.ist.utl.pt/docs/EstudoCompetencias.html e

http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/Documentos.aspx

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Tecnologias da Informação e Electrónica) sobre as “Competências a Melhorar na

Formação dos Profissionais de TI em Portugal”3

As actividades de Portfolio Pessoal endereçam as secções de competências não

académicas e comportamentais do novo CV Europeu proposto pelo CEDEFOP

(Anexo 3), bem como as competências prevista no Suplemento ao Diploma Académoco,

previsto pelos acordos de Bolonha..

Objectivos

Com as actividades de Portfolio Pessoal e com o seu acompanhamento e avaliação por

docentes, pretende-se estimular os estudantes a:

Aprender por si e cooperativamente, fora do contexto do ensino curricular,

preparando-os para a vida profissional e a aprendizagem ao longo da vida.

Adquirir conhecimentos e competências pessoais (de expressão oral e escrita,

empresariais, culturais, artísticas, desportivas, linguísticas, etc), bem como de

trabalho em equipa, organizacionais e sociais.

Adquirir progressivamente maior maturidade, responsabilidade, profissionalismo,

e capacidades de trabalho organizativo, de gestão e liderança e de reflexão sobre a

prática.

Contribuir para uma maior inserção / responsabilização dos estudantes na vida e

imagem do IST e na própria gestão dos portfolios.

Competências a Desenvolver

As competências a obter ou a reforçar são muito diversificadas e dizem respeito a vários

aspectos comportamentais, sociais e de cidadania. Algumas têm sido referidas pelos

membros dos painéis de avaliação externa e outras correspondem ao que actualmente a

Escola considera como competências com interesse para os seus alunos.

Listam-se em seguida, por ordem alfabética, algumas das competências que se pretende

que os estudantes desenvolvam:

Aprendizagem Colaborativa

Aprendizagem ao longo da vida

Auto-aprendizagem

Auto-confiança e auto-motivação

3 Estudo disponível em http://www.portugalhightech.com/ficheiros/anetie_estudo_competencias.pdf

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Cidadania e respeito pelos outros

Competências Sociais

Comunicação Escrita e Oral

Criatividade

Empreendedorismo

Equilíbrio adequado entre Competitividade e Colaboração

Experiência Empresarial

Experiência Organizacional

Experiência de Gestão (de eventos e de estruturas organizativas)

Experiências Internacionais

Ética

Gestão do Tempo

Liderança

Línguas

Reflexão sobre a Prática e aprendizagem a partir da prática

Relações com pessoas de outras áreas (clientes, utilizadores, etc.)

Sensibilidade ao Multiculturalismo

Trabalho em Equipa (nomeadamente no quadro de grupos grandes e médios)

Trabalho colaborativo á distância, através de redes sociais, plataformas

colaborativas na Internet, etc.

Visão Sistémica

Tipos de Actividades a Realizar

No quadro dos Portfolios, os estudantes devem realizar, individualmente ou em grupo,

uma actividade extra-curricular por semestre, com cerca de 40 horas, ao longo dos dois

últimos semestres da licenciatura (3º ano) e dos dois primeiros semestres do Mestrado,

devendo desenvolver actividades diversificadas ao longo do tempo, quer quanto ao tipo

de actividade, quer quanto às competências pessoais e de equipa a adquirir ou

desenvolver.

Embora os docentes, empresas e organismos estudantis possam sugerir actividades a

realizar pelos estudantes, compete a cada estudante ou grupo de estudantes propor as

actividades a desenvolver. Fornecem-se no Anexo 1, a título exemplificativo, algumas

das actividades que os estudantes podem realizar, numa listagem que não se pretende

exaustiva. A actividade pode ser realizada individualmente ou em grupo mas a avaliação

é individual.

Pretende-se ainda que os alunos tenham um “percurso de carreira” no quadro dos

Portfolios, podendo começar com actividades mais simples (por exemplo: de simples

execução), mas devendo progressivamente orientar-se para actividades de maior

complexidade (por exemplo: de concepção, consultoria ou coordenação / gestão).

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Quando a actividade a desenvolver só puder ser realizada no decurso de um ano (ex:

frequência de um curso de línguas, prática de desporto competitivo) poderá ser

autorizado que a mesma actividade seja realizada em dois semestres, contando em ambos

para portfolio, mas sendo a avaliação semestral e devendo as aprendizagens serem

diferentes ou aprofundadas.

Os alunos que desenvolvem actividades com interesse estratégico para os Portfolios, as

licenciaturas envolvidas ou o IST podem repetir as actividades (com níveis crescente de

responsabilidade) de acordo com a apreciação a ser efectuada caso a caso. Estas

actividades são aliás particualrmente recomendadas.

Matriz de Competências x Actividades

Tendo em conta as competências a adquirir durante as actividades de Portfolio, face ao

conjunto de actividades a realizar, apresenta-se no Anexo 2 um quadro que pretende

caracterizar o mapeamento das diferentes actividades que podem ser desenvolvidas com

as competências que os alunos devem desenvolver. Este mapeamento é provisório e irá

sendo aperfeiçoado à medida que for havendo maior experiência com os Portfolios.

Esta matriz pretende caracterizar, para cada aluno, o conjunto de competências

desenvolvidas durante a concretização do Portólio Pessoal. Pretende-se que após a

conclusão das diferentes actividades de Portfolio Pessoal, cada aluno tenha coberto o

máximo possível das competências listadas. A matriz servirá ainda para guiar o aluno ao

longo do processo de escolha das actividades a realizar, de forma a completar o seu

portfolio com as competências em falta. É de realçar que a diversificação de actividades a

desenvolver pelos alunos se prende com a necessidade de adquirir o maior leque possível

de competências.

Participação dos Estudantes nas Actividades de Portfolio

O acesso às actividades de Portfolio depende da situação académica de cada aluno,

aplicando-se as mesmas regras que se aplicam às restantes disciplinas do curso.

Os estudantes devem fazer corresponder as suas actividades de Portfolio ao seu

calendário escolar e situação académica em cada semestre, fazendo uma adequada gestão

do tempo, por forma a assegurar o objectivo principal de atingirem o sucesso escolar em

cada semestre. A título indicativo, sugere-se que as actividades de portfolio não se

prolonguem por mais de meio dia por semana (podendo, em casos excepcionais, atingir

um dia) ou se realizem em períodos de férias. Estão neste caso alguns estágios em

empresas visto que, em certos casos, a actividade só é rentável com a permanência

continuada dos alunos nos locais de estágio por períodos prolongados. As actividades

desenvolvidas em férias devem ser reportadas e contar para Portfolio exclusivamente no

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semestre seguinte aquele em que foram realizadas, excepto em situações previamente

autorizadas pelos docentes.

Processo de Candidatura a Actividades de Portfolio

Nas duas primeiras semanas de aulas de cada semestre, os docentes que o entenderem,

bem como empresas, organizações ou organismos estudantis poderão fazer sugestões de

actividades a serem desenvolvidas pelos alunos e os docentes responsáveis pelos

Portfolios sugerirão actividades relevantes para o conjunto e assegurarão disponibilidade

para aconselhar os grupos de alunos relativamente às actividades que pensam propor.

Durante este período poderão também ser sugeridas aos alunos, pela coordenação dos

cursos ou campi, um conjunto de actividades a que os alunos se poderão candidatar.

Semestralmente, desde o início do Semestre até ao fim da 3ª semana de aulas, cada aluno

deve formalizar a sua candidatura, apresentando uma proposta de actividade, usando o

formulário e procedimentos disponíveis no site dos Portfolios, na sua área pessoal.

Até à 4ª semana de aulas, os docentes responsáveis pelos Portfolios, notificarão os alunos

ou os grupos cujas propostas suscitem dúvidas e possam necessitar de ser refeitas, sendo

aceites as restantes. As propostas aceites passarão a constar da lista de "Actividades" do

Site dos Portfolios.

Pretende-se que este processo seja relativamente automático, considerando-se em

princípio aprovadas as propostas que correspondam à lista de actividades constantes do

Anexo 1 e que assegurem a já referida variabilidade ao longo dos vários semestres. Deve

no entanto salientar-se que:

nas actividades sugeridas por docentes, empresas ou outras entidades, e sempre

que o número de candidatos seja maior do que o número de vagas, seguir-se-á um

critério de mérito e um processo de seleção da responsabilidade dos proponentes;

nos trabalhos em grupo, a dimensão do grupo deve ser adequada à complexidade

das tarefas a desenvolver, sendo aceites grupos grandes apenas quando a

dimensão e complexidade do projecto o justifique (e.g. organização de um evento

cultural ou científico);

são autorizados grupos de alunos de cursos e/ou campus diferentes, sendo nestes

casos a coordenação entre eles uma das competências a reforçar. Por razões

técnicas relativas à estrutura do site, cada aluno terá de fazer uma proposta

diferente, mas onde deve mencionar que a actividade é feita em conjunto com

outros alunos. Posteriormente, o Relatório de Actividades deve ser em comum,

mas ser submetido por cada aluno na sua área.

Avaliação

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A avaliação das actividades de Portfolio inclui:

1. A efectiva realização da actividade, exigindo-se um certificado de participação ou

outra contraprova de realização de actividade, sempre que esta não for

directamente acompanhada pelos docentes de Portfolio.

2. Um relatório de Actividades, sintético, descrevendo as actividades realizadas, que

deverá ser colectivo se a actividade for realizada em grupo, podendo conter como

Anexos (ou links) os trabalhos efectivamente realizados, quando isso for

adequado, e o certificado de participação.

3. Um relatório individual, sintético, descrevendo as aprendizagens não curriculares

e experiências obtidas por cada aluno, podendo ter como Anexo a matriz do

Anexo 2, devidamente preenchida para a actividade realizada pelo aluno e as

competências nela obtidas.

4. Complementarmente, poderá ser feita uma apresentação do projecto em

powerpoint ou equivalente em 5 ou 6 slides para divulgação pública na Web da

actividade realizada.

Os Relatórios referidos em 2 e 3 devem ser elaborados respeitando as instruções e os

templates disponíveis no site dos Portfolios4. A utilização destes templates e

respectivas intruções são obrigatórias para todos os relatórios entregues. Embora não

haja limite definido de número de páginas, os relatórios devem ser sintéticos,

podendo conter anexos. O certificado de participação deve ser digitalizado e incluído

como Anexo ao Relatório de Actividades.

A avaliação dos Portfolios é numérica e assenta no sistema de avaliação que tem

vindo a ser usado nos últimos anos.

Portal de Suporte aos Portfolios

Existe um site de suporte aos Portfolios (http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/). A

aplicação permite:

1. apoiar a gestão dos Portfolios;

2. aceitar Sugestões de docentes, empresas ou de Núcleos de Estudantes;

3. o upload das Propostas e Relatórios dos alunos (na área própria de cada aluno);

4. organizar e divulgar publicamente as actividades desenvolvidas.

O site tem uma área pública, onde se pode ter acesso a vários documentos, a anúncios e

FAQ’s sobre os Portfolios, às actividades de Portfolio realizadas pelos Alunos, no

semestre corrente e anteriores, às apresentações das mesmas e aos relatórios respectivos

4 Silva, A.F., 2005, “Instruções para a Elaboração dos Relatórios de Portfolio Pessoal”.

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que sejam considerados públicos. Esta área também permite fazer sugestões de

actividades.

Cada aluno inscrito nos Portfolios deverá registar-se no site, tendo depois acesso a uma

área privada onde deverá fazer as propostas de actividades, saber se a sua actividade foi

aprovada e, posteriormente, fazer upload dos respectivos relatórios.

Listas de Distribuição de Correio Electrónico

Para além das listas de distribuição do Fénix, existe para cada ano uma lista de

distribuição de e-mail, dinamizada pelos docentes responsáveis pelos portfolios. A lista

do ano corrente inclui todos os alunos que estão a desenvolver actividades de Portfolios

pela primeira vez. A inscrição nesta lista é automática quando o aluno se inscreve no site

pela primeira vez.

Esta lista servirá para avisos, aconselhamento e esclarecimento de dúvidas sobre as

actividades propostas. Como em cada ano é criada uma nova lista, os alunos continuarão

inscritos na lista dos anos anteriores, até acabarem o curso e, portanto, o regime de

Portfolio. As listas de correio electrónico poderão ser complementadas por outras formas

de debate e trabalho colaborativo por meios electrónicos a criar ulteriormente, em geral

para projectos concretos.

Aulas e Acompanhamento

Embora os Portfolios não sejam em rigor uma disciplina, haverá, definida em horário,

uma aula presencial de PP I no 1º Semestre, para todos os alunos com participação nos

Portfolios, e para cada PP uma aula de seminários, marcada no horário, que serve para

acompanhamento de alunos e grupos pelos docentes.

Os objectivos das aulas presenciais de PP I, que ocupam em geral um total de ecrca de 10

horas, são os seguintes:

Explicar aos alunos os objectivos dos Portfolios Pessoais e

condições de realização;

Explicar a importância das Soft Skills para a futura vida

professional;

Apresentar aos estudantes um conjunto de tópicos com interesses,

quer para os diferentes tipos de actividades que podem

desenvolver, quer para a elaboração de relatórios e apresentações;

Apoiar o debate colectivo e a reflexão sobre a prática, individual e

colectiva dos estudantes;

Preparar os estudantes para gerirem melhor o tempo e poderem

completar com sucesso os restantes Portfolios.

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Haverá em geral, para cada um dos outros PPs, uma única aula presencial no

início de cada semestre, para dar feedback dos trabalhso do semestre anterior e

orientações sobre as actividades a escolher pelos alunos.

As restantes aulas, de tipo “seminário”, são essencialmente sessões de

acompanhamento dos alunos e grupos e realizar-se-ão habitualmente na sala de

apoio aos Portfolios de cada campus ou nos gabinetes dos docentes. Cada grupo

ou aluno deve ter pelo menos uma sessão de orientação, nesse período, para

permitir aos docentes acompanharem e aconselharem o desenvolvimento das

actividades. Por solicitação de um estudante ou grupo, o dos docentes, podem

realizar-se outras sessões de acompanhamento ou reuniões noutros horários. Com

execpção das sessões de orientação, a maoiria dos projectos será realizada sob

responsabilidade integral dos alunos, mas outros, nomeadamente a organização de

eventos em que o prestígio do IST esteja em causa, poderão ser realizados por

grupos directamente coordenados pelos docentes responsáveis pelos Portfolios

Pessoais, como tem acontecido com os Seminários do IST/Tagus

(http://seminarios.tagus.ist.utl.pt/) ou o Laboratório de Apoio a Gestão de

Actividades Extra-curriculares dos Estudantes - LAGE2

(http://lage2.tagus.ist.utl.pt).

Existe, quer no Taguspark, quer na Alameda uma sala de apoio aos Portfolios

Pessoais, onde se realizará o acompanhamento dos Projectos dos alunos e o

esclarecimento de dúvidas e que poderá também ser utilizada para a realização

pelos estudantes de Projectos relevantes para o IST.

Por outro lado, os docentes responsáveis pelos Portfolios Pessoais procurarão

organizar, ou negociar com outros Departamentos a realização de Seminários,

sobre matérias relevantes para o desenvolvimento das competências não

curriculares dos estudantes, cuja frequência será realizada mediante inscrição,

com presenças controladas e com trabalhos práticos a realizar, e que contarão para

Portfolio, quando complementados pelos relatórios atrás referidos, nas mesmas

condições da frequência de outros cursos, seminários ou congressos. Estão nestas

condições, nomeadamente, o “Módulo de Língua e Comunicação Profissional”,

que se realiza todos os semestres em cada campus, e os Seminários de Inovação e

Desenvolvimento Sustentável (1º Semestre)5.

5 Informações sobre estes Seminários estão disponíveis em http://seminarios.ist.utl.pt, onde também se

processam as respectivas inscrições.

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Laboratório de Apoio à Gestão de actividades Extra-curriculares dos

Estudantes – LAGEE/LAGE2

Foi criado em 2005/2006 e está em funcionamento, de momento apenas no Taguspark,

um “Laboratório de Apoio a Actividades Extra-Curriculares dos Estudantes – LAGE2”,

coordenado pelos docentes responsáveis pelos Portfolios e constituído fundamentalmente

por estudantes com pelo menos 2 semestres de experiência de actividades de Portfolio,

onde também podem vir a ter assento representantes dos núcleos estudantis e de grupos

de estudantes a desenvolver actividades com carácter permanente, que apoie a

coordenação e aconselhamento relativamente ao conjunto de actividades de Portfolio,

incentive o desenvolvimento de competências comportamentais através de actividades

extra-curriculares, apoie a gestão e organização de eventos relevantes para o IST, quer

através de docentes, quer de estudantes que já tenham organizado eventos similares e

permita a troca de experiências e articulação, em cada campus e entre os dois campus,

dos diferentes núcleos de estudantes e grupos de trabalho existentes, quer na

programação das suas actividades, quer nos seus contactos com empresas.

Agradecimentos

O autor agradece os elementos em que se baseou, nomeadamente a definição inicial dos

Portfolios na descrição da LESIM, o texto subsequente elaborado pelo Prof. Alves

Marques com base no anterior e o Regulamento dos Portfolios Pessoais da LERCI

elaborado com o Prof. Rui Rocha e agora integrado neste Regulamento único para as

Licenciaturas e Mestrados em Engenharia Informática e de Computadores e em

Engenharia de Redes de Comunicações.

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Anexo 1 – LISTA DE ACTIVIDADES QUE PODEM SER INCLUÍDAS

NOS PORTFOLIOS PESSOAIS (não exaustiva)

Organização, divulgação e realização de actividades públicas, dirigidas ao IST ou

abertas ao público

Organização de Conferências Técnicas (Semana Informática, Seminários

do IST/Tagus, etc.)

Seminários Técnicos ou de Gestão

Organização de Sessões Culturais, Desportivas ou Lúdicas, bem como de

Ateliers e Cursos Livres

Criação e Dinamização de Listas de Distribuição temáticas (ou outros

fóruns on-line), de carácter técnico, cultural ou de suporte a grupos de

interesse do IST

Desenvolvimento de actividades de apoio à Comunidade Académica

Apoio a infra-estruturas da RNL, Laboratórios, etc…

Monitoria de cadeiras

Outras actividades de interesse dos Departamentos (venda de livros

curriculares, livros de curso, sites ou listas de alunos, etc.)

Cursos dados por estudantes para outros estudantes

Feiras do Livro, Exposições

Participação em actividades culturais no quadro dos “grupos de interesse”

existentes ou a criar no IST

Participação em actividades de gestão ou como colaboradores de

Organismos ou núcleos Estudantis

Participação em cursos (como o Módulo de Língua e Comunicação

Profissional) ou Seminários de duração razoável, organizados pelos

docentes de Portfolios ou negociados com outros departamentos do IST

Actividades de Representação Estudantil, ao nível de turma, ano, curso, do

IST ou da UTL.

Participação dos estudantes em actividades externas:

Estágios em empresas, Associações Empresariais ou Centros de I & D

Frequência de Seminários ou Congressos

Frequência de cursos ou cadeiras não técnicas, nomeadamente de línguas,

culturais ou de humanidades

Actividades desportivas colectivas e/ou de competição

Actividades de solidariedade social ou participação em ONG’s

Dinamização de actividades culturais, sociais, tecnológicas ou turísticas

nas regiões de origem dos alunos ou nas áreas circundantes aos dois campi

Concursos de Programação ou semelhantes

Actividades profissionais a tempo parcial

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Desenvolvimento de Relações com Empresas e Organizações

Levantamento e Sistematização de Informações sobre Empresas e

Organizações empregadoras

Criação de Base de Dados de Empresas

Organização de Visitas de Estudo, Obtenção de Estágios e propostas de

dissertações

Desenvolvimento de Software

Desenvolvimento de SW ou Sites Web para “clientes” (empresas, ONG’s,

Autarquias, Escolas, Associações, profissionais de outras áreas, etc.)

Participação no Desenvolvimento de Software Livre

Ligação a Associações Profissionais

Criação de secções estudantis e desenvolvimento de actividades de

Associações Profissionais nacionais (Colégio de Informática da OE, etc.)

ou Internacionais (ACM, IEEE, etc.)

Ligação a Ex-alunos

Criação de uma Base de Dados de Ex-alunos

Promoção da ligação entre a escola e/ou campi e os seus ex-alunos,

através da dinamização de redes sociais e ou de portais, plataformas ou

listas a isso dedicados

Relações Internacionais

Organização de viagens e intercâmbios internacionais

Participação em Cursos Internacionais

Levantamento de Universidades congéneres (currículos, best practices,

etc)

Estabelecimento de Relações especiais com Universidades do Cluster e

respectivos núcleos de Estudantes

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Participação em Actividades de Colaboração, Consultoria e Gestão do “Laboratório

de Apoio à Gestão de actividades Extra-curriculares dos Estudantes – LAGE2

(Taguspark)”

Levantamento de organizações, recursos e sistemas sobre aprendizagem

curricular e não curricular

Portal de Desenvolvimento de Competências curriculares e extra-

curriculares

Consultoria e apoio à escolha e desenvolvimento de actividades de extra-

curriculares por estudantes mais novos

Estudos sobre áreas de competências pessoais, de trabalho em equipa e

organizacionais

Análise de boas práticas de ensino e experiências inovadoras

Análise e criação de sistemas de apoio à promoção do sucesso escolar dos

estudantes

Estudos e Actividades de gestão criatividade, inovação e liderança

Biblioteca (não técnica)

Apoio à Organização de Eventos e constituição de um “centro de

competências” sobre este tipo de actividades

Contribuição para a promoção e divulgação do IST, dos seus cursos e

campi

Estimular a participação dos estudantes na vida académica, bem como na

discussão – e contribuição para a solução – de problemas educativos,

sociais e culturais

Page 13: Regulamento dos Portfolios Pessoais do DEI/IST - versão de 2009/10

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Competências / Actividades

EstágiosCursos /

CongressosCulturais Desportivas

Solidariedade Social

Org. eventos técnicos

Org. eventos culturais /

desportivasAprendizagem Cooperativa ¦ ¦ ¦ ¦ ¦Auto-Aprendizagem ¦ ¦ ¦ ¦ ¦Cidadania ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦Competências Sociais ¦ ¦ ¦Comunicação Escrita e Oral ¦ ¦Criatividade ¦ ¦ ¦ ¦Experiência Empresarial ¦Experiência Internacional

Desporto ¦Liderança ¦ ¦Línguas ¦Organização / Gestão ¦ ¦ ¦Trabalho Grupo ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦Reflexão sobre a Prática ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦

Apoio ao Ensino

Relações com

Empresas

Associações Profissionais

AlumniRelações Internac.

Gestão Estr. Organizativas

Apresentações

¦ ¦

¦ ¦

¦

¦ ¦

¦ ¦ ¦

¦ ¦ ¦

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¦

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¦ ¦ ¦

¦

¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦

Anexo 2 – Matriz Competências X Actividades (Não exaustiva)

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Anexo 3 – Modelo Europeu de CV proposto pelo CEDEFOP

Pode ser consultado em:

http://europass.cedefop.eu.int/img/dynamic/c238/cv283_en_US_Europass_CV_Template_PT.doc