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1 REGULAMENTO INTERNO 2009 - 2013

Regulamento interno versao_final

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REGULAMENTO INTERNO

2009 - 2013

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Aprovado em 9 de Julho de 2009, em reunião do Conselho Geral

Revisto e aprovado em 13 de Julho de 2010

Escola Secundária Abel Salazar – Matosinhos

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Índice

Preâmbulo ..................................................................................................................... 6

Órgãos de administração e gestão ................................................................. 6

Conselho Geral .......................................................................................................... 6

Director ........................................................................................................................... 8

Subdirector e adjunto do director ........................................................................ 8

Conselho pedagógico ............................................................................................. 9

Conselho administrativo ....................................................................................... 11

Organização pedagógica .................................................................................... 11

Estruturas de coordenação e supervisão .............................................................. 11

Departamento curricular ...................................................................................... 12

Coordenador de departamento curricular .......................................................... 12

Grupos disciplinares/recrutamento ............................................................................ 13

Subcoordenadores ............................................................................................14

Conselhos de directores de turma .................................................................... 15

Coordenadores dos directores de turma .............................................................15

Conselhos de turma ......................................................................................... 15

Director de turma ............................................................................................ 16

Equipas pedagógicas ........................................................................................ 17

Serviços especializados de apoio educativo ........................................................... 19

Serviço de psicologia e orientação ................................................................. 19

Serviço de educação especial ........................................................................ 20

Serviço de acção social escolar ..................................................................... 20

Apoio educativo ............................................................................................ 22

Plano de acção tutorial .................................................................................. 23

Gabinete do aluno ......................................................................................... 26

Sala de estudo .............................................................................................. 27

Biblioteca escolar ……. ................................................................................. 27

Serviços técnico-pedagógicos ............................................................................. 31

Coordenação dos cursos profissionais… ..................................................................... 31

Coordenação de projectos ............................................................................................ 33

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Direcção de instalações................................................................................................ 33

Coordenação de TIC/PTE ............................................................................................ 34

Coordenação para a saúde .......................................................................................... 34

Delegado de segurança................................................................................................ 35

Professores ................................................................................................................. 36

Direitos ......................................................................................................................... 36

Deveres ........................................................................................................................ 37

Distribuição de serviço docente e elaboração de horários ........................................... 37

Avaliação de professores ............................................................................................. 39

Alunos ........................................................................................................................ 39

Direitos ......................................................................................................................... 40

Deveres ........................................................................................................................ 42

Comportamentos meritórios ......................................................................................... 43

Processo individual do aluno ........................................................................................ 45

Estatuto do delegado de turma ..................................................................................... 46

Faltas justificadas ......................................................................................................... 47

Faltas injustificadas ...................................................................................................... 49

Excesso grave de faltas ................................................................................... 49

Regime de assiduidade dos cursos profissionais ................................................. 50

Participação em actividades desenvolvidas pela escola ou por outras organizações .. 51

Pontualidade ................................................................................................................. 51

Ausência de material escolar ........................................................................................ 51

Infracção disciplinar ...................................................................................................... 52

Procedimento disciplinar............................................................................................... 57

Pessoal não docente ............................................................................................. 61

Direitos ........................................................................................................................ 61

Deveres ........................................................................................................................ 62

Pais e encarregados de educação ..................................................................... 64

Direitos ........................................................................................................................ 64

Deveres ........................................................................................................................ 64

Normas gerais ............................................................................................................. 65

Disposições finais e revogatórias ............................................................................. 69

Omissões ................................................................................................................... 68

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Divulgação .................................................................................................................. 68

Revisão do regulamento interno ........................................................................... 69

Regulamentos específicos ........................................................................................ 69

Entrada em vigor .................................................................................................... 69

Anexos: ................................................................................................................... 70

I – Grelha dos dossiês dos cursos profissionais ................................................... 70

II – Regulamento da prova de aptidão profissional ............................................... 72

III – Regulamento da planificação da prova de aptidão profissional ..................... 78

IV – Regulamento da formação em contexto de trabalho ...................................... 79

V – Regulamento das visitas de estudo ................................................................. 84

VI – Legenda das siglas utilizadas neste documento .......................................... 88

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Preâmbulo

A ESAS, de acordo com o disposto na Lei de Bases do Sistema Educativo, tem como finalidades:

a. contribuir para a realização dos alunos, através do pleno desenvolvimento da personalidade, da

formação do carácter e da cidadania, preparando-os para uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos e proporcionando-lhes um equilibrado desenvolvimento físico;

b. reconhecer e contribuir para assegurar o direito à diferença;

c. desenvolver valores de liberdade, de solidariedade, de paz e de justiça.

Cabe, neste âmbito, e em conformidade com os normativos legais vigentes, especialmente o decreto - lei nº 75/2008, de 22 de Abril, definir, no presente regulamento interno, a forma como tais objectivos devem ser plenamente atingidos, entendendo-se como indispensável a colaboração de todos os membros da comunidade educativa.

Âmbito de aplicação

O presente regulamento aplica-se a toda a comunidade educativa, respeitando a legislação em vigor.

Disposições comuns

Os órgãos colegiais de administração e gestão e as estruturas de coordenação educativa e serviços técnicos – pedagógicos elaboram ou revêem os respectivos regimentos nos primeiros trinta dias do seu mandato.

Incompatibilidades

Não pode verificar-se o desempenho de mais de um cargo ou função, da mesma pessoa em mais de um órgão de administração e gestão.

Órgãos de administração e gestão

Artigo 1º

Conselho geral

O conselho geral é o órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade da escola, assegurando a participação da comunidade educativa, nos termos da lei de bases do sistema educativo.

Artigo 2º

Composição do conselho geral

1. O conselho geral tem a seguinte composição:

a. sete representantes do pessoal docente;

b. quatro representantes dos encarregados de educação;

c. um representante dos alunos do ensino secundário;

d. dois representantes do pessoal não docente;

e. dois representantes da autarquia local;

f. três representantes das organizações e actividades de carácter cultural, social, científico e económico.

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2. O director participa nas reuniões, sem direito a voto.

Artigo 3º

Competências

São competências do conselho geral as que a lei expressamente consagra no artigo 13º do decreto-lei nº 75/2008.

Artigo 4º

Eleição

1.Os representantes dos alunos, do pessoal docente e não docente no conselho geral candidatam-se à eleição, constituídos em listas separadas até 31 de Maio.

2. As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efectivos, em número igual ao dos respectivos representantes no conselho geral, bem como dos candidatos a membros suplentes, em número igual ao dos membros efectivos.

3. As listas devem ser rubricadas pelos respectivos candidatos.

4. A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método da média mais alta de Hondt.

5. Os representantes dos alunos devem ser eleitos no início do ano lectivo, em assembleia de delegados de turma do ensino secundário, de entre os seus membros.

6. As assembleias eleitorais são convocadas pelo presidente do conselho geral ou por quem legalmente o substitua.

7. As urnas mantêm-se abertas durante oito horas.

8. As assembleias eleitorais serão convocadas pelo presidente do conselho geral. As convocatórias deverão ser afixadas nos lugares habituais e mencionarão:

a. local ou locais de afixação das listas de candidatos;

b. normas práticas do processo eleitoral;

c. hora e local ou locais de escrutínio.

9. O pessoal docente e o pessoal não docente deve reunir-se em separado e previamente, para decidir da composição das respectivas mesas, que presidirão às assembleias e aos escrutínios, os quais serão constituídos por um presidente e dois secretários eleitos individualmente.

10. À hora fixada na convocatória da assembleia eleitoral, o presidente da mesa, após verificar se a urna se encontra vazia, dá inicio à referida assembleia.

11. Verificados os resultados, lavra-se uma acta da assembleia eleitoral, que será assinada pelos componentes da mesa e pelos representantes das listas. Na acta, será feita uma descrição sumária da forma como decorreu a votação e os resultados apurados na mesma. Quando, durante a votação, tenha havido qualquer reclamação ou impugnação, esta junta-se à acta com a informação que, sobre a mesma, a mesa entender conveniente prestar. Todos os elementos são depois entregues ao director. A afixação dos resultados será efectuada pelo presidente do conselho geral.

12. As reclamações ou impugnações do processo geral seguem os trâmites constantes no código do procedimento administrativo.

13. A tomada de posse do conselho geral é feita perante o presidente do conselho geral cessante no prazo de 30 dias após a homologação do resultado do acto eleitoral.

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Artigo 5º

Designação dos representantes

1. Os representantes dos pais e encarregados de educação são designados pela respectiva associação. No caso de não existência da mesma, serão eleitos em assembleia-geral de pais e encarregados de educação, convocada para o efeito.

2. Os representantes da autarquia local são designados pela Câmara Municipal de Matosinhos.

3. Os representantes das actividades de carácter cultural, artístico, científico, ambiental e económico serão indicados pelas entidades cooptadas.

Artigo 6º

Mandato

O mandato dos membros do conselho geral tem a duração de quatro anos, com excepção dos alunos, que é de um ano. No caso dos representantes dos pais e encarregados de educação, a duração do mandato é de dois anos.

Artigo 7º

Funcionamento do conselho geral

1. O conselho geral reúne ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou por solicitação do director.

2. Na sua primeira reunião, o conselho geral elegerá o seu presidente.

3. De todas as reuniões, o presidente elaborará uma síntese, que será divulgada.

Artigo 8º

Director

O director é o órgão de administração e gestão da escola nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

Artigo 9º

Subdirector e adjunto do director

1. O director é coadjuvado no exercício das suas funções pelo subdirector e pelo adjunto.

2. Nas suas faltas e impedimentos, o director é substituído pelo subdirector.

Artigo 10º

Assessoria da direcção

Para apoio à actividade do director, e mediante proposta deste, o conselho geral pode autorizar a constituição de assessorias técnico - pedagógicas, para as quais são designados docentes em exercício de funções na escola.

Artigo 11º

Competências do director

1. São competências do director as que a lei expressamente consagra (artigo 20º do decreto-lei nº 75/2008, de 22 de Abril).

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2. O director exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração educativa.

Artigo 12º

Recrutamento do director

1. O director é eleito pelo conselho geral.

2. Para recrutamento do director, desenvolvem-se os processos previstos nos artigos 21 º a 23.º do decreto-lei n.º 75/2008.

3. O director toma posse perante o conselho geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos resultados eleitorais pelo director regional de educação.

4. O director designa o subdirector e o adjunto no prazo máximo de 30 dias após a sua tomada de posse.

5. O subdirector e o adjunto do director tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua designação pelo director.

Artigo 13º

Mandato

1. O mandato do director tem a duração de quatro anos.

2. O mandato do director pode cessar:

a. requerimento do interessado, dirigido ao director regional de educação, com a antecedência mínima de 45 dias, e devidamente fundamentado;

b. no final do ano escolar, por deliberação do conselho geral aprovada por maioria de dois terços dos membros em efectividade de funções, em caso de manifesta desadequação da respectiva gestão, fundada em factos comprovados e informações, devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho geral;

c. na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da lei.

3. A cessação do mandato do director determina a abertura de um novo procedimento concursal.

4. Os mandatos do subdirector e do adjunto têm a duração de quatro anos e cessam com o mandato do director.

5. O subdirector e o adjunto podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada do director.

Artigo 14º

Regime de exercício de funções

O director exerce as suas funções em regime de comissão de serviço e nos termos definidos pelo artigo 26.º do decreto-lei n.º 75/2008.

Artigo 15º

Direitos e deveres do director

O director tem os direitos e deveres referidos nos artigos 27.º a 29.º do decreto-lei n.º 75/2008.

Artigo 16º

Conselho pedagógico

É o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa da ESAS, nomeadamente

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nas áreas pedagógico-didácticas, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Artigo 17º

Composição

1. O conselho pedagógico tem a seguinte composição:

a. o director, que preside;

b. quatro coordenadores dos departamentos curriculares;

c. o coordenador dos directores de turma do ensino básico (que assume funções de coordenador dos professores tutores);

d. o coordenador dos directores de turma do ensino secundário;

e. um representante dos serviços especializados de apoio educativo;

f. o coordenador dos cursos profissionais;

g. dois representantes dos pais e encarregados de educação (um do ensino básico e outro do ensino secundário);

h. um representante dos alunos do ensino secundário;

i. um representante do pessoal não docente;

j. o coordenador da bibioteca;

k. o coordenador dos projectos educativos.

2. Os dois representantes dos pais e encarregados de educação são designados pela respectiva associação e, quando esta não exista, nos termos do número seguinte.

3. Os representantes dos pais e encarregados de educação serão eleitos numa assembleia dos pais representantes das turmas.

4. O representante dos alunos é eleito pela assembleia de delegados de turma do ensino secundário de entre os seus membros.

Artigo 18º

Competências

1. São competências do conselho pedagógico as que a lei expressamente consagra (art. 33.º da lei 75/2008). 2. O conselho pedagógico pode criar as comissões que entender necessárias, com carácter permanente ou eventual.

Artigo 19º

Funcionamento

1. O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que

seja convocado pelo director, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em

efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral o justifique.

2. Os representantes dos pais e encarregados de educação e dos alunos apenas participam nas

reuniões em que sejam apreciadas matérias especificadas nas alíneas a), b), e), f), j) e l) do artigo 33.º

da lei 75/2008.

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Artigo 20º

Mandato

1. O mandato dos membros do conselho pedagógico é de quatro anos.

2. A cessação do mandato dos membros do conselho pedagógico, que foram designados pelo director, pode resultar por sua decisão fundamentada.

3. No caso dos representantes dos pais e encarregados de educação, considera-se perder a qualidade o facto de ter deixado de ter educandos a frequentar este estabelecimento de ensino.

4. O mandato dos alunos tem a duração de um ano.

Artigo 21º

Conselho administrativo

O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativa e financeira da escola, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 22º

Composição

O conselho administrativo é composto pelo director, que preside, pelo subdirector ou um adjunto do director, por ele designado para o efeito, e pelo chefe dos serviços de administração escolar ou quem o substitua.

Artigo 23º

Competências

São competências do conselho administrativo as consagradas no artigo 38.º do decreto-lei nº 75/2008.

Artigo 24º

Funcionamento

O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes membros.

Organização pedagógica

Estruturas de coordenação e supervisão

Artigo 25º

Definição

A Escola Secundária de Abel Salazar dispõe de estruturas de coordenação e supervisão que colaboram com o conselho pedagógico e com o director, para assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das actividades escolares, promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação de desempenho do pessoal docente.

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Artigo 26º

Departamento curricular

O departamento curricular é a estrutura de orientação educativa que visa o reforço da articulação curricular na aplicação dos planos de estudos definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares.

Códigos

Ciências Sociais e Humanas 290, 400, 410,420,430 Expressões 600, 620, 910, 530,TCAT(10ºe11º), Oficina de Teatro

Matemática e Ciências Experimentais 500, 510, 520, 550, OTET

Línguas 300, 320, 330, 350, TCAT

Artigo 27º

Competências dos departamentos curriculares

1. São competências dos departamentos:

a. adequar à realidade da escola a aplicação dos planos de estudo estabelecidos a nível nacional;

b. assegurar, de forma articulada com as outras estruturas e serviços da escola, a adopção de metodologias adequadas ao desenvolvimento dos planos de estudo;

c. propor medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir o abandono escolar;

d. reflectir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

e. colaborar na construção do projecto educativo e do plano de actividades da escola;

f. apreciar os critérios de avaliação dos alunos;

g. propor metas para a melhoria dos resultados escolares;

h. apresentar propostas para a elaboração do plano de formação e actualização do pessoal docente;

i. implementar o trabalho partilhado e plural na elaboração dos instrumentos de avaliação;

j. elaborar ou rever, no prazo de trinta dias após o início de funções, o seu regimento interno de acordo com a legislação em vigor e o regulamento interno, definindo as suas regras de organização e funcionamento.

Artigo 28º

Funcionamento

O departamento curricular reúne ordinariamente duas vezes por período e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo respectivo coordenador, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral, do director ou do conselho pedagógico o justifique.

Artigo 29º

Coordenador de departamento curricular

1. O departamento curricular será coordenado por um professor, designado pelo director. 2. O mandato do coordenador acompanha o do director, podendo, todavia, cessar a todo o tempo, a pedido do interessado ou por despacho fundamentado do director.

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Artigo 30º

Competências dos coordenadores dos departamentos curriculares

São competências dos coordenadores dos departamentos curriculares: a. assegurar a representação do departamento no conselho pedagógico;

b. colaborar com o conselho pedagógico e com o director na elaboração e avaliação do projecto educativo, projecto curricular de escola, plano anual de actividades e do regulamento interno;

c. apresentar ao conselho pedagógico as propostas de critérios de avaliação;

d. analisar e reflectir sobre as práticas educativas;

e. garantir a circulação de informação entre o conselho pedagógico e subcoordenadores, podendo ser realizadas reuniões de trabalho para o efeito da aprendizagem dos alunos;

f. propor ao conselho pedagógico a adopção de medidas destinadas a melhorar os resultados escolares dos alunos;

g. analisar a oportunidade de acção de medidas de gestão flexível dos currículos e de outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

h. cooperar com o director na partilha de recursos, na dinamização de projectos comuns;

i. convocar as reuniões do departamento, definindo a respectiva ordem de trabalhos;

j. dirigir as reuniões do departamento;

k. articular o trabalho das diferentes áreas disciplinares do departamento;

l. promover a avaliação sistemática dos resultados da actividade do departamento;

m. proceder à avaliação de desempenho dos respectivos docentes, sem prejuízo da possibilidade de delegação, nos termos dos pontos 2 e 3 do artigo 1 2.º do decreto regulamentar n.º 2/2008;

n. manter o dossiê actualizado com o seguinte material: regimento, planificações, PAA, PE, plano de evacuação, regulamento interno, correspondência recebida, plano anual do departamento e das actividades do coordenador, planificação e relatório das actividades realizadas pelo departamento, horários dos professores do departamento e outros que se entendam necessários;

o. identificar necessidades de formação dos docentes.

Grupos disciplinares/ recrutamento

Artigo 31º

Definição

1. O grupo disciplinar/ recrutamento é uma estrutura de orientação educativa composta pelos docentes que integram o mesmo código de recrutamento.

2. O grupo visa o reforço da organização curricular das disciplinas integradas no departamento.

3. O grupo constitui-se desde que haja um mínimo de três elementos.

4. Os grupos 530 e 600 constituem-se como único grupo.

Artigo 32º

Competências

São competências dos grupos disciplinares:

a. planificar as actividades lectivas;

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b. propor medidas nos domínios da orientação, acompanhamento e avaliação dos alunos, visando contribuir para o sucesso educativo;

c. definir os critérios de avaliação;

d. implementar o trabalho partilhado e plural na elaboração dos instrumentos de avaliação;

e. produzir materiais de apoio à actividade lectiva;

f. diagnosticar dificuldades e propor estratégias de remediação;

g. aplicar medidas de reforço no domínio das didácticas específicas das disciplinas;

h. apresentar propostas para a elaboração do plano (pluri)anual de actividades.

Artigo 33º

Funcionamento

Os conselhos de grupo disciplinar reúnem ordinariamente duas vezes por período e extraordinariamente sempre que convocados pelos respectivos subcoordenadores/coordenadores, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral, do director ou do conselho pedagógico o justifique.

Artigo 34º

Subcoordenadores

1. O subcoordenador é um professor designado pelo director. 2. O mandato acompanha o do director, podendo, todavia, cessar a todo o tempo, a pedido do interessado ou mediante proposta fundamentada de, pelo menos, dois terços dos membros do grupo disciplinar.

Artigo 35º

Competências do subcoordenador

São competências do subcoordenador de disciplina: a. promover a troca de experiências e a cooperação entre os professores da disciplina;

b. assegurar a divulgação da informação entre o grupo disciplinar e o departamento curricular, nomeadamente na análise e desenvolvimento de medidas de orientação pedagógica;

c. apresentar aos coordenadores de departamento as necessidades de formação contínua dos professores que integram o grupo;

d. apresentar aos coordenadores de departamento propostas para a definição de critérios de distribuição do serviço docente;

e. apoiar o coordenador na acção pedagógica e científica;

f. colaborar com o coordenador de departamento;

g. entregar o inventário actualizado ao director (no caso em que não haja lugar a director de instalações).

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Conselhos de directores de turma

Artigo 36º

Funcionamento

Os conselhos de directores de turma reúnem ordinariamente no início do ano lectivo e antes dos conselhos de turma de avaliação sumativa.

Artigo 37º

Coordenadores dos directores de turma

1. No sentido de assegurar a coordenação de ciclo, haverá um coordenador do terceiro ciclo e um do ensino secundário, designados pelo director. 2. A duração do mandato acompanha o do director.

Artigo 38º

Competências dos coordenadores dos directores de turma

São competências do coordenador dos directores de turma as que a lei expressamente consagra, nomeadamente:

a. articular com o director todas as actividades a desenvolver;

b. colaborar com os directores de turma e com os serviços de apoio existentes na escola na elaboração de estratégias pedagógicas destinadas aos níveis de ensino que coordenam;

c. elaborar documentos que apoiem as funções dos directores de turma;

d. apresentar ao conselho pedagógico projectos a desenvolver pelas turmas, tendo em vista a concretização do projecto educativo da escola;

e. planificar com o conselho de directores de turma as actividades a desenvolver anualmente e proceder à sua avaliação, tendo em vista a concretização dos projectos curriculares de turma, articulados com o projecto educativo da escola;

f. propor critérios de avaliação para cada ano de escolaridade, incluindo as diferentes modalidades de avaliação;

g. entregar o relatório final até 15 de Julho, salvo excepção, devidamente fundamentada.

Conselhos de turma

Artigo 39º

Composição do conselho de turma

1. O conselho de turma é composto pelos professores, delegado de turma e dois representantes dos pais e encarregados de educação.

2. Deverão participar nos conselhos de turma, sem direito a voto, os técnicos dos serviços especializados de apoio educativo, no caso de turmas com alunos que estejam a ser acompanhados por aqueles serviços.

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Artigo 40º

Competências do conselho de turma

1.São competências do conselho de turma: a. organizar, acompanhar e avaliar as actividades a desenvolver com os alunos, destinadas a

promover a melhoria das condições de aprendizagem e a articulação escola – família;

b. avaliar os alunos, tendo em conta os objectivos curriculares definidos a nível nacional e as especificidades da comunidade educativa, nomeadamente no que se refere ao projecto curricular de turma, incluídas no projecto educativo da escola;

c. planear e coordenar as relações interdisciplinares, nomeadamente quanto aos projectos de turma e visitas de estudo, devendo estas ser agendadas com o conhecimento de todos os professoras de turma.

2. Os conselhos de turma dos cursos profissionais têm ainda as seguintes competências:

a. elaborar o relatório de avaliação qualitativa que deverá ser entregue ao encarregado de educação do aluno que deve incluir informação sobre o seu percurso formativo/perfil de progressão, contendo referência explícita a parâmetros como: iniciativa, comunicação, trabalho em equipa e cooperação;

b. realizar o balanço dos planos de recuperação dos alunos com aprendizagens em atraso;

c. integrar no relatório referido na alínea a) uma síntese das principais dificuldades diagnosticadas com indicações relativas a actividades de recuperação, bem como o perfil de evolução dos alunos, fundamentado na avaliação de cada módulo e na progressão registada em cada disciplina;

d. o relatório de avaliação qualitativa é da responsabilidade de todos os docentes do conselho de turma, sob orientação do director de turma, em articulação com o director do curso;

e. no último conselho de turma de cada ano lectivo, cada professor fará a auto-avaliação da actividade por si desenvolvida ao longo do ano e uma avaliação do funcionamento do curso/turma.

Artigo 41º

Funcionamento do conselho de turma

1. As reuniões são convocadas nos termos da lei.

2. As reuniões são presididas pelo director de turma ou, na sua falta, pelo secretário.

3. Para efeitos de avaliação sumativa, apenas participam os membros docentes.

4. O director designa o secretário.

Artigo 42º

Director de turma

1. Cada director de turma deverá ter apenas uma direcção de turma.

2. A coordenação das actividades do conselho de turma é realizada pelo director de turma, designado pelo director de entre os professores da turma.

Artigo 43º

Competências do director de turma

1. São competências do director de turma as que a lei expressamente consagra e ainda:

a. coordenar e articular todo o trabalho pedagógico da turma, com vista ao sucesso educativo dos

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alunos;

b. desenvolver acções que promovam e facilitem a correcta integração dos alunos na vida da escola;

c. dar a conhecer aos pais e encarregados de educação e aos alunos o regulamento interno da escola;

d. manter um contacto sistemático com alunos e professores;

e. gerir conflitos, procurando resolvê-los sempre que possível por recurso ao diálogo com os intervenientes;

f. manter contacto regular, em horário semanal fixo, com os pais e encarregados de educação;

g. organizar e manter actualizado o dossiê de turma;

h. manter o P.C.T. organizado e actualizado;

i. verificar se se realizou a auto-avaliação dos alunos.

2. O director de turma, enquanto coordenador do plano de trabalho da turma, é particularmente responsável pela adopção de medidas tendentes à melhoria das condições de aprendizagem e à promoção de um bom ambiente educativo, competindo-lhe articular a intervenção dos professores da turma e dos pais e encarregados de educação e colaborar com estes no sentido de prevenir e resolver problemas comportamentais ou de aprendizagem.

3. Sem prejuízo do enunciado anteriormente, caberá ainda ao director de turma/orientador educativo dos cursos profissionais:

a. controlar e coordenar os planos de recuperação das aprendizagens;

b. entregar, no final de cada mês, ao director de curso, o registo de assiduidade dos alunos por disciplina;

c. apresentar ao director de curso um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido, que o apreciará e encaminhará para a direcção.

Equipas Pedagógicas

Artigo 44º

Composição das equipas pedagógicas/conselho de curso

1. A equipa pedagogia é constituída pelos professores/formadores das diferentes disciplinas, de cada

turma do respectivo curso profissional, e pelo director de curso, que coordena a equipa.

2. Podem ainda constituir elementos da equipa pedagógica aqueles que possam intervir na

preparação e concretização do curso: formadores externos, os serviços de psicologia e orientação e o

professor do ensino especial.

Artigo 45º

Competências do conselho de curso

1. Compete ao conselho de curso a organização, realização e avaliação do curso, nomeadamente:

a. a articulação curricular;

b. o apoio à acção técnico-pedagógica dos docentes que o integram;

c. o acompanhamento do percurso formativo dos alunos, promovendo o sucesso educativo e uma adequada transição para o mundo do trabalho ou para percursos subsequentes;

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d. a elaboração de propostas de regulamentos específicos, que deverão ser homologados pelos órgãos competentes da escola.

2. Planificar, formular/reformular e adequar estratégias pedagógicas e comportamentais ajustadas ao grupo-turma, de forma a envolver os formandos no processo de ensino-aprendizagem.

Artigo 46º

Funcionamento do conselho de curso

Estas reuniões:

a. são convocadas e presididas pelo director de curso;

b. a ordem de trabalhos é definida pelo director de curso;

c. ocorrem, pelo menos, duas vezes por período, podendo o director de curso solicitar a marcação

de outras se assim o entender;

d. podem assumir o carácter de plenário ou por área de formação.

Artigo 47º

Competências do professor/formador

Para além de todas as obrigações inerentes ao exercício da docência, compete ainda ao professor dos cursos profissionais/formador:

a. entregar ao director de curso o elenco modular, a planificação anual, os critérios de avaliação, as

grelhas de avaliação de cada módulo e os materiais fornecidos aos alunos;

b. adequar as planificações aos programas publicados pela ANQ, à estrutura curricular dos cursos e

ao perfil de saída dos cursos;

c. em cada módulo, esclarecer os alunos acerca dos conteúdos, critérios e instrumentos de

avaliação;

d. requisitar ao director de curso o material necessário à disciplina que lecciona;

e. fazer constar de todos os documentos distribuídos aos alunos, nomeadamente textos de apoio,

fichas formativas e sumativas, os símbolos do POPH, QREN e UE;

f. cumprir integralmente o número de horas/tempos destinados à leccionação do conjunto de

módulos, no respectivo ano de formação;

g. comunicar, antecipadamente, ao director de curso a intenção de faltar às aulas, para que este

possa, em tempo útil, proceder à ocupação plena dos tempos lectivos com um professor da equipa

pedagógica;

h. elaborar a pauta de cada módulo logo que este esteja finalizado e entregá-la ao director de curso;

i. elaborar os planos de recuperação das aprendizagens, no prazo máximo de dez dias a contar da

falta do aluno, e dar a conhecer ao director de turma da sua efectivação/realização;

j. elaborar os planos de recuperação das aprendizagens para os alunos com módulos em atraso e

deles dar conhecimento ao director de curso.

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Serviços especializados de apoio educativo

Artigo 48º

Definição

1. Estes destinam-se a promover condições que assegurem a plena integração escolar dos alunos,

devendo conjugar a sua acção com as estruturas de coordenação e supervisão.

2. Os representantes destes serviços no conselho pedagógico são professores designados pelo

director.

Artigo 49º

Composição

Constituem estes serviços:

a. serviço de psicologia e orientação;

b. serviço de educação especial;

c. serviço de acção social escolar;

d. apoio educativo;

e. plano de acção tutorial;

f. gabinete do aluno;

g. sala de estudo;

h. BE.

Artigo 50º

Serviço de psicologia e orientação

1. O serviço de psicologia e orientação (SPO) é assegurado pela psicóloga colocado na escola.

2. De acordo com o artigo 4º do decreto-lei nº300/97 de 31 de Outubro, o psicólogo desenvolve as suas funções em contexto escolar, competindo-lhe, designadamente:

a. contribuir, através da sua intervenção especializada, para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção da sua identidade pessoal;

b. conceber e participar na definição de estratégias e na aplicação de procedimentos de orientação educativa que promovam o acompanhamento do aluno ao longo do seu percurso escolar;

c. intervir, a nível psicológico e psico-pedagógico, na observação, orientação e apoio dos alunos, promovendo a cooperação de professores, pais e encarregados de educação em articulação com os recursos da comunidade;

d. participar nos processos de avaliação multidisciplinar e interdisciplinar, tendo em vista a elaboração de programas educativos individuais e acompanhar a sua concretização;

e. desenvolver programas e acções de aconselhamento pessoal e vocacional a nível individual ou de grupo;

f. colaborar no levantamento de necessidades da comunidade educativa com o fim de propor a realização de acções de prevenção e medidas educativas adequadas, designadamente a situação específica de alunos também escolarizados no estrangeiro ou cujos pais residam e trabalhem fora do país;

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g. participar em experiências pedagógicas, bem como em projectos de investigação e em acções de formação do pessoal docente e não docente;

h. colaborar no estudo, concepção e planeamento de medidas que visem a melhoria do sistema educativo e acompanhar o desenvolvimento de projectos.

Artigo 51º

Serviço de educação especial

A educação especial é uma modalidade de educação que decorre em todos os níveis de ensino público, particular e cooperativo e que visa o desenvolvimento integral da pessoa com necessidades educativas específicas, bem como a preparação para a integração plena na vida activa, através de acções dirigidas aos educandos, às famílias, aos educadores, às instituições educativas e às comunidades.

Artigo 52º

Competências

Aos professores de educação especial compete, para além das que se encontram superiormente legisladas:

a. apoiar a identificação dos alunos com NEE de acordo com as necessidades específicas de cada um;

b. procurar as condições para o seu desenvolvimento integral;

c. envolver toda a comunidade escolar no seu processo de ensino, encaminhá-los para diferentes perspectivas profissionais ou prosseguimento de estudos de acordo com as suas potencialidades, promovendo uma boa inserção;

d. colaborar na construção de uma comunidade escolar em que os referidos alunos se sintam incluídos;

e. intervir ao nível de apoio sócio-afectivo e de estimulação sensorial, perceptiva e motora;

f. intervir na sua vida escolar com actividades adequadas para os preparar para uma vida activa com autonomia;

g. disponibilizar informação técnica e saberes específicos, sempre que lhe seja solicitado;

h. elaborar o relatório técnico-pedagógico obtido por referência à CIF (classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da organização mundial de saúde);

i. proceder à identificação e caracterização das necessidades educativas específicas detectadas;

j. propor o encaminhamento dos alunos para as diferentes modalidades de apoio;

k. apoiar os docentes na diversificação de práticas pedagógicas e de outras modalidades de apoio educativo.

Artigo 53º

Serviço de acção social escolar

1. Este serviço visa a prestação de apoio nas áreas sócio-económica e educativa dos alunos.

2. A acção social escolar reforça a bonificação da prestação de serviços, mediante a atribuição de

livros, material escolar, alimentação e transportes (transportes especiais no caso de alunos portadores

de deficiência) aos alunos com menos recursos.

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3. Os alunos podem candidatar-se à atribuição de bonificação de serviços mediante o preenchimento

de um boletim fornecido pela escola e a entregar no S.A.S.E.

4. Seguindo as instruções do despacho publicado anualmente, os resultados da candidatura serão

afixados durante o mês de Agosto.

5. Tendo em consideração a declaração da segurança social referente aos escalões do abono de

família, far-se-á a distribuição dos alunos pelos escalões A, B e C, de acordo com o despacho

publicado anualmente em diário da república.

6. Os alunos a quem for atribuído o escalão A têm direito ao serviço de refeitório grátis, bem como a

livros e material escolar.

7. Os alunos a quem for atribuído o escalão B têm direito a uma redução de 50% no serviço de

refeitório, bem como a livros e material escolar.

8. As senhas para utilização do refeitório são adquiridas na papelaria da escola. Caso o aluno seja

reincidente, sem justificação plausível, na não utilização da senha reservada para si, haverá uma

primeira advertência junto dos encarregados de educação e, em última análise, poderá levar à

suspensão do apoio.

9. A comparticipação nos encargos com a aquisição de manuais escolares não ocorre nos casos de

insucesso escolar por disciplina ou grupo disciplinar, desde que a escola, no ano lectivo imediato,

adopte os mesmos manuais escolares.

10. O empréstimo de manuais escolares faz-se aos alunos do ensino básico, relativamente aos quais

se aplique qualquer dos escalões de subsídio de acção social escolar, por um período de tempo

correspondente à duração do ciclo de estudos respectivo.

11. Os manuais passíveis de empréstimo serão registados numa base de dados a funcionar na

biblioteca da escola.

12. O empréstimo abrange todos os manuais escolares que sejam passíveis de reutilização, de acordo com indicação dos departamentos curriculares.

13. É obrigatória a boa conservação dos manuais escolares sujeitos a empréstimo, sendo os alunos obrigados a adquirir, pelo valor residual de 30% do preço de venda no momento da aquisição, os que apresentem capas danificadas, folhas soltas ou rasgadas e que estejam escritos.

14. No final do ciclo de estudos, os alunos podem optar pela aquisição dos manuais que lhes foram emprestados, mediante o pagamento de um valor residual de 30% do preço de venda no momento da aquisição, constituindo este montante receita própria da escola.

15. No caso de devolução ou de aquisição, o aluno deverá manifestar a sua opção até ao dia 15 de Julho desse ano lectivo.

Artigo 54º

Seguro escolar

1. O seguro por acidente de actividades escolares abrange todos os alunos que se encontrem

matriculados nesta escola.

2. Cada aluno deve, no acto da matrícula, fornecer todos os elementos referentes ao sistema ou

subsistema de saúde de que seja beneficiário, que faz parte integrante do seu processo individual.

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3. Os alunos sujeitos ao pagamento do prémio do seguro escolar têm de pagar anualmente, no acto

de matrícula ou de renovação da mesma, o quantitativo estipulado por despacho ministerial.

4. O regulamento do seguro escolar pode ser consultado no S.A.S.E.

5. Os alunos que sofrerem qualquer acidente, na escola ou no trajecto casa – escola / escola - casa,

devem comunicar a ocorrência ao S.A.S.E., que elabora o processo, para que beneficiem do seguro

escolar.

6. Sempre que se realize uma visita de estudo, esta deve ser comunicada ao S.A.S.E. com uma

antecedência mínima de 15 dias, para que os alunos possam beneficiar do seguro, em caso de

acidente.

7. Todas as actividades de complemento curricular e extracurriculares que impliquem saída das

instalações escolares são autorizadas, caso a caso, pelo director, ficando abrangidas pelo seguro

escolar.

8. O professor ou funcionário, em caso de acidente, deverá elaborar um relatório sumário da

ocorrência e entregá-lo nos serviços de acção social escolar.

9. O director de turma deverá assinar a documentação relativa aos acidentes da sua direcção de

turma.

10. Sempre que ocorra um acidente escolar, o aluno ou o seu encarregado de educação deverá

comunicar essa ocorrência aos serviços de acção social escolar desta escola e proceder ao

preenchimento de um inquérito sobre o acidente no prazo de oito dias sem o que perderá o direito ao

reembolso das despesas.

11. As despesas realizadas no hospital, centro de saúde ou em medicamentos devem ser pagas pelo

encarregado de educação.

12. Os recibos das despesas bem como a cópia do recebimento do receituário médico devem ser

entregues pelo encarregado de educação na escola.

Artigo 55º

Apoio educativo

Apoio pedagógico acrescido (APA)

O apoio pedagógico acrescido, de acordo com a legislação em vigor, processa-se da seguinte forma:

a. aulas de apoio pedagógico acrescido;

b. planos de apoio educativo, elaborados pelo professor da disciplina, que devem ser entregues ao professor das aulas de apoio pedagógico acrescido, para deles tomar conhecimento.

Artigo 56º

Destinatários

1. As aulas de apoio pedagógico destinam-se a alunos com dificuldades detectadas no ano lectivo anterior e registadas em acta do 3º período.

2. Aos alunos que, durante o 1º e 2º períodos do ano lectivo em curso, venham a manifestar dificuldades de aprendizagem.

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Artigo 57º

Proposta de A.P.A.

As propostas de apoio pedagógico acrescido são feitas em impresso próprio no decorrer das reuniões de conselho de turma.

Artigo 58º

Análise de A.P.A.

1. Os pedidos de A.P.A. serão analisados pelo director e atendidos em função da capacidade de resposta da escola.

2. O director de turma será informado, pelo director, da listagem de alunos a quem foi concedido o A.P.A., do professor responsável e do horário de funcionamento.

3. O director de turma deve:

a. obter autorização dos encarregados de educação para a frequência dos alunos nas aulas de A.P.A;

b. informar o professor responsável de quais os alunos que efectivamente vão frequentar as aulas de A.P.A;

c. controlar a assiduidade dos alunos;

d. sempre que um aluno falte injustificadamente às aulas de apoio, APA, o director de turma deverá informar o encarregado de educação, sendo o aluno excluído das mesmas à terceira falta.

Artigo 59º

Relatório final

No final de cada período, ou sempre que cesse o apoio, o professor responsável deverá elaborar um relatório sobre o trabalho desenvolvido pelos alunos nas aulas de A.P.A., o qual deverá ser entregue ao director de turma.

Artigo 60º

Plano de acção tutorial (PAT)

O plano de acção tutorial (PAT), também identificado por programa de tutoria, é um instrumento onde se clarificam os critérios e procedimentos para a organização e funcionamento dos programas de tutoria e as linhas de actuação que o professor tutor desenvolve com os alunos, famílias e outros actores intervenientes da rede social. O PAT, nos objectivos, emana do projecto educativo e está contemplado no projecto curricular de escola.

Artigo 61º

Objectivos

1. Promover o sucesso educativo e pessoal dos alunos de modo a combater a exclusão social, o

abandono e o insucesso escolar.

2. Intervir para a mudança.

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3. Facilitar o desenvolvimento pessoal e social, o gosto pelo conhecimento na perspectiva de uma

aprendizagem ao longo da vida.

Artigo 62º

Perfil do aluno destinatário

Destina-se fundamentalmente a alunos que demonstrem défices a:

1. Nível de aprendizagem:

a. com dificuldades de aprendizagem;

b. com falta de hábitos de trabalhos, organização e estudo;

c. desinteresse pelas actividades escolares e problemas.

2. Nível afectivo :

a. desmotivação;

b. instabilidade emocional;

c. baixa auto-estima;

d. agressividade.

3. Nível social:

a. dificuldade de integração a nível da escola;

b. dificuldade de integração a nível do grupo turma;

c. dificuldade de relacionamento com o grupo de pares;

d. problemas familiares;

e. lacunas de formação a nível de valores;

f. comportamentos de indisciplina com pares ;

g. comportamentos de indisciplina com professores;

h. comportamentos de indisciplina com a escola;

i. risco de abandono.

Artigo 63º

Perfil do professor tutor

O professor tutor deverá: a. gostar de trabalhar com os alunos;

b. ter competências que promovam uma relação de confiança com o aluno, de forma a favorecer um bom desempenho escolar;

c. ter capacidade de relacionamento e comunicação com os alunos, os pais e encarregados de

educação, professores, órgãos de direcção e outros actores intervenientes;

d. ter capacidade para mediar conflitos e intervir sempre que necessário;

e. ser coerente, flexível e persistente;

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f. comprometer os alunos, elaborando em conjunto as metas a atingir, tornando-os mais

responsáveis;

g. ter capacidade para trabalhar em equipa, espírito de cooperação e solidariedade.

Artigo 64º

Perfil do aluno tutor:

O aluno tutor deverá: a. ter sentido de responsabilidade;

b. gostar de trabalhar com colegas;

c. ter capacidade de relacionamento e comunicação com os alunos e professores;

d. ter capacidade para trabalhar em equipa, espírito de cooperação e solidariedade

Artigo 65º

Funções do professor tutor

1. Em relação aos alunos:

a. conhecer as características de cada aluno a nível pessoal, a nível das suas expectativas escolares e do seu relacionamento com os outros;

b. recolher dados junto ao director de turma e aos diferentes serviços de apoio educativo - acção social escolar, serviços especializados de apoio educativo sobre a situação familiar, escolar e integração social;

c. identificar com o aluno as principais dificuldades que influenciam o seu percurso formativo e elaborar o plano individual de acção tutorial (PIAT);

d. acompanhar o processo de ensino/aprendizagem;

e. facilitar a integração do aluno na turma e na escola;

f. desenvolver a autonomia do aluno na sua própria aprendizagem mediante a aquisição de métodos e técnicas de trabalho;

g. desenvolver a meta-análise do seu comportamento.

2. Em relação à família:

a. recolher informação sobre o aluno;

b. promover uma cultura de cooperação com a família de modo a permitir uma aproximação entre a escola e os pais;

c. informar acerca da avaliação e comportamento;

d. promover a sua participação nas actividades de apoio à aprendizagem e orientação dos filhos.

3. Em relação à escola:

a. eleger representante do conselho de tutores ao conselho pedagógico, que acumulará como coordenador dos directores do ensino básico;

b. participar no conselho de tutores;

c. participar nos conselhos de turma;

d. recolher e cruzar a informação existente sobre o aluno de forma contribuir na resolução dos problemas;

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e. coordenar as estratégias definidas com os professores.

4. Em relação à comunidade:

a. procurar relações com a rede social e solicitar, sempre que necessário, apoio externo.

Artigo 66º

Conselho de professores tutores

1. O conselho de professores tutores é composto pelo conjunto dos professores tutores da escola.

2. O conselho de professores tutores é presidido pelo coordenador dos professores tutores.

Artigo 67º

Tempo atribuído à acção tutorial

Ao cargo de professor tutor é atribuído um bloco semanal de noventa minutos na componente não lectiva para cada aluno/ grupo de alunos.

Artigo 68º

Número de alunos/professor

O número de alunos/professor será definido pelo director, tendo em conta o perfil dos tutorandos e disponibilidades dos professores que exercerão esta função.

Artigo 69º

Avaliação

A avaliação contempla resultados e processos, sendo contínua e englobando fundamentalmente as modalidades intermédias, no final do 1º e 2º períodos e do ano lectivo ou quando a acção tutorial terminar.

Artigo 70º

Indicadores de Avaliação

São indicadores de avaliação: a. o número de alunos propostos que frequentarem os programas de tutoria;

b. os níveis de assiduidade nas sessões;

c. os resultados obtidos pelos alunos que comparecem com regularidade nas sessões de tutória;

d. as opiniões dos alunos apresentadas com base no instrumento de avaliação que vier a ser elaborado pela equipa responsável pelo programa.

Artigo 71º

Gabinete do aluno

O gabinete do aluno destina-se a:

a. proceder ao acompanhamento disciplinar dos alunos;

b. fomentar nos alunos regras básicas de conduta;

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c. fomentar a interiorização da disciplina;

d. fomentar atitudes de inter-ajuda aluno/aluno e professor/aluno no sentido de reforçar a auto estima e confiança;

e. concretizar actividades que promovam o sucesso do aluno;

f. apoiar na resolução de problemas.

Artigo 72º

Sala de estudo

1. Esta sala destina-se a todos os alunos que, facultativamente e por sua iniciativa, se dirijam à sala de estudo para obter qualquer tipo de apoio.

2. A sala de estudo funciona num espaço próprio que pode ser apoiado por outros espaços da escola, nomeadamente a biblioteca, salas de informática, sem prejuízo dos regulamentos específicos.

3. O funcionamento desta sala é assegurado por professores designados pelo director, que deverão zelar por um ambiente adequado e pelos materiais aí disponíveis.

4. A sala de estudo tem um professor coordenador designado pelo director e um regulamento específico.

5. Constituem deveres dos alunos que frequentam a sala de estudo:

a. respeitar as regras de funcionamento deste espaço;

b. acatar as orientações dos professores que aí se encontrem;

c. zelar pelo material utilizado e pelas instalações.

6. Cabe aos grupos disciplinares/ recrutamento reunir e disponibilizar material de apoio à sala de estudo, o qual deverá estar devidamente compilado e identificado por níveis de aprendizagem.

Biblioteca Escolar (BE)

Artigo 73º

Definição

1. A biblioteca escolar é um instrumento essencial no desenvolvimento do projecto educativo e deverá constituir-se como núcleo dinâmico da organização pedagógica da escola, vocacionado para as actividades culturais, recreativas e de informação.

2. A biblioteca disponibiliza serviços de aprendizagem, material impresso e outros recursos, que permitem a todos os membros da comunidade escolar tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da informação em todos os suporte e meios de comunicação.

3. A biblioteca deve ser entendida como um local de recursos básicos do processo educativo, sendo-lhes atribuído papel central em domínios tão importantes como a aprendizagem da leitura, a literacia, a criação e o desenvolvimento do prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura, as competências de informação e o aprofundamento da cultura cívica, científica, tecnológica e artística.

4. A biblioteca está integrada na rede de bibliotecas escolares (RBE).

Artigo 74º

Objectivos

1. Tornar possível a plena utilização dos recursos pedagógicos existentes e dotar a escola de um

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fundo documental adequado às necessidades das diferentes disciplinas e projectos de trabalho.

2. Permitir a integração dos materiais impressos, audiovisuais e informáticos e favorecer a constituição de conjuntos documentais, organizados em função de diferentes temas.

3. Desenvolver nos alunos as competências e hábitos de trabalho baseados na consulta, tratamento e produção de informação, tais como: seleccionar, analisar, criticar e utilizar documentos; desenvolver um trabalho de pesquisa ou estudo, individualmente ou em grupo, por solicitação do professor ou de sua própria iniciativa; produzir sínteses informativas em diferentes suportes.

4. Estimular nos alunos o prazer de ler e interesse pela ciência, a arte e a cultura.

5. Ajudar os professores a planificarem as suas actividades de ensino e diversificarem as situações de aprendizagem.

6. Associar a leitura, os livros e frequência de bibliotecas à ocupação lúdica de tempos livres.

Artigo 75º

Política documental da escola

1. A política documental será definida, depois de ouvidos: o director, o conselho pedagógico, os professores, os alunos e a restante comunidade educativa, devendo estar de acordo com:

a. o currículo nacional;

b. o projecto curricular da escola;

c. o projecto educativo da escola;

d. as necessidades educativas especiais e as origens multiculturais dos alunos;

e. as áreas curricular, extracurricular e lúdicas.

2. Deverá procurar manter-se:

a. um fundo documental global equivalente a 10 vezes o número de alunos;

b. um equilíbrio entre todos os suportes, respeitando, de uma maneira geral, a proporcionalidade de 1:3, relativamente ao material livro e não livro;

c. um equilíbrio entre os níveis e áreas de ensino existentes na escola (3º ciclo, ensino secundário, cursos profissionais e outros).

3. O professor bibliotecário será o responsável pela execução da política documental, de acordo com a dotação orçamental consignada para o efeito.

4. Todos os documentos adquiridos serão objecto de registo, recebendo, posteriormente, o respectivo tratamento documental, após o que ficarão disponíveis a serem utilizados e/ou requisitados.

5. Do número anterior exceptuam-se situações devidamente assinaladas (i. e. exemplares únicos que, pela sua utilização frequente, deverão permanecer na biblioteca, exemplares raros e/ou susceptíveis de deterioração, entre outros).

6 Para concretização do referido no número quatro deste artigo, deverá a BE possuir um programa informático, cujas características, para além da catalogação, permite aos utilizadores da biblioteca uma consulta rápida e eficiente do seu fundo documental.

7 O programa referido no número anterior deverá, obrigatoriamente, obedecer às normas internacionais de compatibilidade, nomeadamente no que respeita ao registo UNIMARC.

8 Os documentos adquiridos pela escola (oferta, permuta ou compra) devem situar-se no espaço da BE, para consulta e requisição domiciliária, sem prejuízo de haver requisições a médio e longo prazo devidamente justificadas.

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Artigo 76º

Organização e gestão

1. A BE situa-se no 2º piso do pavilhão A, ocupando uma área de 148 m2.

2. A BE é constituída pelas seguintes áreas funcionais: recepção/ acolhimento, audiovisuais, consulta de documentação, leitura informal, multimédia/internet, publicações periódicas e trabalho de grupo.

3. O professor bibliotecário deve apresentar e submeter, anualmente, à aprovação do conselho pedagógico um plano anual de actividades (discriminando os recursos humanos, materiais e financeiros).

4. O professor bibliotecário deve apresentar, anualmente, ao director, ou a quem a substituir, um relatório de avaliação de todas as actividades constantes do plano anual de actividades.

5. O plano anual de actividades da BE deve respeitar:

a. o projecto educativo da escola;

b. o projecto curricular da escola;

c. os objectivos definidos para o ano escolar;

d. os objectivos gerais da BE.

6. O regimento da BE, elaborado pela equipa da BE, deve ser discutido e aprovado em conselho pedagógico.

Artigo 77º

Parcerias

1. Deve a BE, sempre que possível, estabelecer parcerias com a biblioteca municipal, nomeadamente com o serviço de apoio às bibliotecas escolares (SABE).

2. Possui a Escola Secundária Abel Salazar um protocolo de cooperação com a rede de bibliotecas escolares do Porto (RBEP), datado do dia 21 de Julho de 2008, visando o fomento de uma política coordenada de aquisições, a compatibilização e a troca de informação bibliográfica e a dinamização do empréstimo inter-bibliotecas, assente na observância de princípios técnicos comuns através de uma plataforma tecnológica que permita a constituição e manutenção de um catálogo colectivo online.

3. Pelo estabelecido e na observância do protocolo referido no número anterior, compromete-se a Escola Secundária Abel Salazar, na figura da sua biblioteca escolar, a disponibilizar o seu fundo documental.

Artigo 78º

Composição da equipa

1. A equipa responsável pela BE é composta por um máximo de quatro professores, incluindo o professor bibliotecário.

2. Os professores que integram a equipa responsável pela BE são designados pelo director.

3. O horário do professor bibliotecário deve obedecer ao estipulado na Portaria 756/ 2009 de catorze de Julho.

4. No horário dos professores que integram a equipa responsável pela BE, serão marcadas horas, destinadas à implementação das actividades constantes no plano de actividades da biblioteca ou de outras com ele relacionado. O número de horas a atribuir será definido pelo director ou por quem o substituir.

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Artigo 79º

Perfil e competências do professor bibliotecário

1. O professor bibliotecário deverá possuir, sempre que possível, o seguinte perfil: a. ser determinado para atingir os objectivos que define;

b. gostar de aprender e enriquecer-se pessoalmente;

c. ter capacidade de liderança;

d. estar aberto a críticas e sugestões para aperfeiçoamento da sua actividade;

e. ser criativo, inovador e empenhado;

f. ter bom relacionamento interpessoal e promover um bom ambiente entre todos;

g. ser flexível e adaptar-se a mudanças constantes;

h. saber comunicar com todos os elementos da comunidade;

i. estar disponível para novos desafios;

h. gostar de partilhar conhecimentos e experiências;

i. valorizar a leitura e a literacia da informação;

j. conhecer e dominar as novas tecnologias da informação e da comunicação;

l. avaliar o trabalho para fazer reajustamentos.

2. O professor bibliotecário deverá possuir, sempre que possível, as seguintes competências:

a. promover a integração da biblioteca na escola (projecto educativo, projecto curricular, regulamento interno e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica);

b. assegurar a gestão da biblioteca e dos recursos humanos e materiais a ela afectos;

c. definir e operacionalizar, em articulação com a direcção executiva, as estratégias e actividades de política documental da escola;

d. coordenar uma equipa, no máximo de três elementos, previamente definidos com o director;

e. favorecer o desenvolvimento das literacias, designadamente da leitura e da informação, e apoiar o desenvolvimento curricular;

f. promover o uso da biblioteca e dos seus recursos dentro e fora da escola;

g. representar a BE no conselho pedagógico;

h. entregar o relatório final até 15 de Julho, salvo excepção, devidamente fundamentada.

Artigo 80º

Funcionamento

1. A biblioteca está aberta das 08.20 horas às 18.30 horas sem interrupção.

2. O horário de funcionamento encontra-se afixado no exterior das suas instalações.

Artigo 81º

Mandato

1. Tendo em vista a consecução de projectos a médio e longo prazo, o mandato da equipa responsável pela BE será de quatro anos lectivos.

2. A prestação de serviços educativos na biblioteca considera-se equiparada a funções ou cargos de

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31

serviços especializados de apoio pedagógico.

Artigo 82º

Disposições finais

Existe um regulamento próprio, aprovado pelo conselho pedagógico.

Serviços técnico-pedagógicos

Artigo 83º

Coordenador dos cursos profissionais

1. O coordenador dos cursos profissionais é um professor designado pelo director que coordena o funcionamento dos diferentes cursos profissionais existentes na escola.

2. O coordenador é designado pelo director tendo em conta o seu perfil académico, profissional e pedagógico.

3. Em especial, compete ao coordenador ;

a. colaborar com os directores de curso na monitorização do percurso académico e profissional dos diplomados dos cursos profissionais para a actualização da base de dados;

b. apoiar os directores de curso na realização dos protocolos entre a escola e as entidades enquadradoras de estágio e da formação em contexto de trabalho;

c. convocar e presidir aos conselhos de coordenação dos cursos profissionais;

d. representar o conselho de directores de curso no conselho pedagógico;

e. assegurar a articulação entre os diferentes directores de curso e directores de turma dos cursos profissionais;

f. apresentar em conselho pedagógico o relatório global de avaliação de funcionamento dos cursos profissionais qualificantes no final de cada período e no final do ciclo de formação.

Artigo 84º

Conselho de coordenação dos cursos profissionais (CCCP)

1. O conselho de coordenação dos cursos profissionais é uma estrutura que integra os serviços técnico - pedagógicos da escola e que se articula com as restantes estruturas de coordenação e supervisão, serviços de especialização de apoio educativo no sentido de garantir a necessária articulação curricular transversal, o acompanhamento e avaliação dos cursos profissionais.

2. O conselho de coordenação dos cursos profissionais tem a seguinte constituição:

a. directores de todos os cursos profissionais em funcionamento na escola, em cada ano lectivo, e coordenador dos cursos profissionais;

b. poderá ainda, e sempre que se justifique, participarem no CCCP, representantes das entidades enquadradoras de estágios e de formação em contexto de trabalho, que tenham protocolos com a escola e entidades sócio-profissionais e sindicais, que façam parte do júri das PAP, dos cursos profissionais.

3. O conselho de coordenação dos cursos profissionais é presidido pelo coordenador dos cursos profissionais.

4. O CCCP reúne obrigatoriamente antes do início da actividade lectiva e normalmente uma vez por

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mês e, extraordinariamente, quando convocados pelo director, ou por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções.

Artigo 85º

Competências do conselho de coordenação dos cursos profissionais

Ao CCCP compete: a. elaborar o seu regimento interno, nos primeiros 30 dias do mandato, definindo as regras de

orientação interna e de funcionamento; b. garantir a articulação curricular transversal no quadro dos cursos existentes na escola; c. planificar e implementar projectos curriculares transversais respondendo aos temas- problemas

identificados na comunidade educativa; d. elaborar e apresentar ao director, até ao final de Julho de cada ano, o relatório crítico anual de

avaliação do trabalho desenvolvido.

Artigo 86º

Director de curso

1. Os directores de curso coordenam as actividades de cada curso profissional em funcionamento em conformidade com o estipulado na lei e no presente regulamento.

2. O director de curso é nomeado pelo director.

3. O mandato acompanha o do director.

4. O mandato do director do curso pode cessar a pedido do interessado.

5. Os directores de curso podem ser exonerados a todo o tempo por despacho fundamentado do director.

6. O director de curso tem direito a um crédito na componente não lectiva ou lectiva, de acordo com o definido na lei, em função do número de turmas de curso.

Artigo 87º

Competências do director do curso

Ao director do curso compete, para além do determinado na lei (artigos 33 e 33.1 do despacho nº14758/2004), em função da especificidade das diferentes modalidades:

a. convocar e presidir às reuniões de conselho de curso;

b. assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso;

c. organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação técnica;

d. participar, quando necessário, em reuniões de conselhos de turma de articulação curricular ou outras, no âmbito das suas funções. Nas reuniões de avaliação, o director de curso, nessa função, não tem direito a voto;

e. assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da formação em contexto de trabalho, identificando-as e seleccionando-as, em colaboração com os professores da formação técnica, preparando os protocolos e procedendo à distribuição dos formandos por cada entidade;

f. acompanhar e coordenar a formação em contexto de trabalho, em estreita relação com os professores responsáveis pelo acompanhamento dos formandos;

g. propor ao director de escola e ao coordenador dos cursos profissionais os procedimentos

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necessários à realização da PAP, nomeadamente a calendarização das provas e a constituição dos júris de avaliação;

h. propor ao director a equipa pedagógica para cada uma das turmas do curso;

i. propor ao director, em articulação com os professores das restantes disciplinas, o orçamento para a implementação dos projectos dos alunos;

j. coordenar o acompanhamento e a avaliação interna do curso;

k. emitir parecer relativamente à manutenção ou criação dos novos cursos;

l. manter actualizado o dossier técnico-pedagógico do curso, tendo em consideração a lista de verificação que se encontra em anexo (anexo 1);

m. propor as acções e actividades a incluir no plano anual de actividades;

n. apresentar ao coordenador dos cursos profissionais os relatórios periódicos da avaliação do funcionamento do curso de que é director;

o. elaborar os contratos a realizar com os alunos , encarregados de educação e empresas.

Artigo 88º

Coordenação de projectos

1. Os projectos de desenvolvimento educativo serão coordenados por um professor designado pelo director.

2. O mandato do coordenador terá a duração de quatro anos.

3. O mandato do coordenador poderá cessar, excepcionalmente, durante o decurso do ano lectivo, devidamente fundamentado.

4. Ao coordenador de projectos compete:

a. acompanhar e coordenar os projectos que estejam a ser implementados;

b. divulgar a existência de projectos junto dos elementos da comunidade escolar;

c. implementar projectos e incentivar os diferentes elementos da comunidade escolar a neles participar;

d. apresentar ao conselho pedagógico novas modalidades de projectos que promovam a integração e o sucesso educativo dos alunos;

e. representar o núcleo de projectos no conselho pedagógico;

f. convocar e presidir às reuniões do núcleo de projectos;

g. proceder à avaliação final dos projectos;

h. elaborar o relatório crítico, anual, até 15 de Julho, sobre o trabalho desenvolvido a apresentar ao director.

Artigo 89º

Direcção de instalações

1. Tendo em conta a especificidade da escola, são criadas direcções de instalações para os seguintes sectores: laboratórios de física/química, laboratórios de biologia/geologia e pavilhão gimnodesportivo e palco.

2. Os directores de instalações são designados pelo director e o seu mandato terá a duração de quatro anos.

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Artigo 90º

Competências do director de instalações

1. Organizar o inventário do material e zelar pela sua conservação, em colaboração com os subcoordenadores e coordenadores de departamento.

2. Apresentar ao director, com a aprovação do departamento curricular, propostas de planificação e regulamento de utilização das instalações, equipamentos e materiais.

3. Propor ao director a aquisição de material e equipamento.

4. Entregar o inventário actualizado ao director.

Artigo 91º

Coordenação das Tecnologias de Informação e Comunicação/ Plano Tecnológico da Educação

(TIC/PTE)

1. A constituição da equipa TIC/ PTE é da responsabilidade do director e deverá ter em conta o estabelecido no despacho nº 700/ 2009 de 09 de Janeiro.

2. O coordenador de TIC/ PTE será designado pelo director.

3. O mandato acompanha o do director, podendo cessar a todo o momento por despacho fundamentado deste.

4. Ao coordenador de TIC/ PTE compete:

a. elaborar um plano de acção anual para as TIC/ PTE (plano TIC/ PTE), visando promover a integração da utilização das TIC/ PTE nas actividades lectivas e não lectivas, rentabilizando os meios informáticos disponíveis e generalizando a sua utilização por todos os elementos da comunidade educativa;

b. elaborar, periodicamente e no final de cada ano lectivo, o balanço e a avaliação dos resultados obtidos, a apresentar ao director e à direcção regional de educação;

c. zelar pelo funcionamento dos computadores e das redes da escola;

d. ser o interlocutor junto dos serviços centrais e regionais de educação para todas as questões relacionadas com os equipamentos, redes e conectividade;

e. articular a sua acção com as empresas que, eventualmente, prestem serviço de manutenção ao equipamento informático.

5. A equipa TIC/PTE reúne sempre que for necessário com o director ou quem as suas vezes fizer.

6. Os membros desta equipa usufruem de um crédito semanal de horas para o exercício de funções, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 92º

Coordenação para a saúde

A coordenação para a saúde é um serviço especializado de apoio às actividades relacionadas com a saúde que tem como objectivo, entre outros, a promoção da saúde da população escolar.

Artigo 93º

Composição

1. A coordenação para a saúde é constituída por um professor que reúna competências, ao nível

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pedagógico e técnico, adequado às funções.

2. A coordenação poderá, ainda, integrar outros elementos para apoio técnico-pedagógico, de acordo com a tipologia e quantidade de projectos a desenvolver, mediante proposta ao director por parte do coordenador.

Artigo 94º

Atribuições e competências do coordenador para a saúde

1. Elaborar um plano de acção anual para a saúde (plano de saúde).

2. Organizar o levantamento de necessidades de intervenção a nível da saúde escolar.

3. Identificar necessidades de formação, disponibilizando-se para frequentar as acções de formação desenvolvidas.

4. Elaborar, trimestralmente e no final de cada ano lectivo, em conjunto com os parceiros envolvidos, o balanço e a avaliação dos resultados obtidos, a apresentar ao director.

5. Ser o interlocutor na área de intervenção da saúde, junto dos serviços centrais/regionais de educação e outros.

6. Articular a sua acção com os serviços de psicologia, educação especial e outros ligados à área da saúde.

7. Participar em actividades e projectos a desenvolver pela comunidade escolar.

Artigo 95º

Funcionamento

1. O coordenador para a saúde desenvolve a sua acção em articulação com o director e, sempre que se justifique, com as estruturas de coordenação e supervisão e com as restantes estruturas especializadas de apoio educativo.

2. A coordenação reúne sempre que for considerado necessário, por convocatória do director, sob sua iniciativa ou sob proposta do coordenador.

3. O coordenador para a saúde terá direito a um crédito de horas lectivas semanais a determinar pelo director.

Artigo 96º

Designação e mandato

1. O coordenador para a saúde será, obrigatoriamente, um docente profissionalizado em exercício efectivo de funções, designado pelo director, que reúna competências, ao nível pedagógico e técnico, adequado às funções.

2. O mandato do coordenador acompanha o do director.

Artigo 97º

Delegado de segurança

1. A designação do delegado de segurança é da responsabilidade do director.

2. Compete ao delegado de segurança:

a. zelar pela manutenção e segurança dos edifícios e das respectivas instalações e equipamentos,

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promovendo acções regulares de manutenção e conservação, de acordo com as disposições aplicáveis da regulamentação em vigor e com as instruções dos respectivos fabricantes, construtores ou instaladores;

b. promover e acompanhar as vistorias a realizar pelo serviço nacional de bombeiros e protecção civil aos edifícios, sempre que o entendam necessário;

c. solicitar, em situações de emergência, a intervenção dos serviços de socorro;

d. desencadear, no caso de ocorrência de uma situação perigosa, as acções previstas nos planos de segurança;

e. promover a realização dos exercícios para treino e das acções a tomar em situação de emergência;

f. estabelecer as condições a que deve obedecer a cedência dos edifícios a terceiros, nomeadamente em matéria de segurança contra incêndio;

g. manter actualizado o caderno de registo da segurança;

h. definir procedimentos de segurança contra riscos inerentes ao uso normal de consumíveis, equipamentos e instalações;

i. definir regras de higiene e segurança alimentares;

j. elaborar e aprovar o plano de emergência da escola;

k. diagnosticar, prevenir e intervir de modo a promover uma cultura de segurança na escola, visando a redução de violência, comportamentos de risco e incivilidades;

l. entregar o relatório final até 15 de Julho, salvo excepção, devidamente fundamentada.

Professores

Artigo 98º

Direitos

Constituem direitos dos professores todos os que a lei expressamente consagra, nomeadamente no Estatuto da Carreira Docente e ainda:

a. ser respeitado;

b. eleger e ser eleito para o conselho geral;

c. exercer livremente a sua actividade sindical e demais direitos consignados na Constituição da República;

d. ser informado e esclarecido nas suas dúvidas e sobre os direitos que lhe assistem;

e. conhecer previamente toda a documentação sujeita a discussão;

f. ter acesso a toda a documentação emanada do ministério, de organizações representativas dos professores e outras entidades com repercussão na actividade docente;

g. dispor de uma sala com condições para preparação de aulas ou actividades;

h. conhecer, com antecipação, alterações ao seu horário;

i. ser consultado antes de ser designado para qualquer cargo ou tarefa específica;

j. dispor de apoio técnico, material e documental;

k. ter acesso a formação contínua;

l. obter a necessária e constante colaboração nas actividades escolares por parte dos órgãos de gestão e administração da escola.

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Artigo 99º

Deveres

Constituem deveres dos professores todos os que a lei expressamente consagra, nomeadamente no Estatuto da Carreira Docente:

a. promover nos alunos o sentido de responsabilidade, com vista à sua formação integral, incutindo-lhes respeito pelo outro, pelos valores da cidadania e da participação democrática, e pela natureza;

b. sensibilizar os alunos e colaborar com eles na conservação dos espaços exteriores dos edifícios, do mobiliário e de todo o material escolar, tanto na sala de aula como em qualquer local da escola;

c. avaliar e auto-avaliar o trabalho desenvolvido;

d. ser o primeiro a entrar e o último a sair da sala de aula;

e. fazer manter as condições de higiene e limpeza das salas (no decorrer das aulas a porta da sala deverá manter-se encerrada);

f. participar nas reuniões para as quais for convocado, de acordo com o Estatuto da Carreira Docente;

g. sensibilizar os alunos para a necessidade de utilização de linguagem adequada ao espaço escolar, intervindo sempre que constatem que tal não se verifica;

h. registar as datas dos testes e das visitas de estudo a realizar com cada turma;

i. não proceder à marcação de mais do que um teste de avaliação diário. Em situações de carácter muito excepcional, o professor e os alunos devem chegar a acordo quanto à data da realização da prova;

j. não agendar testes para a última semana de cada período lectivo, salvo em casos excepcionais;

l. devolver devidamente corrigidos todos os testes e trabalhos dos alunos, antes da realização de nova avaliação;

m. participar imediatamente ao director da escola sempre que presencie ou tenha conhecimento de comportamentos susceptíveis de constituir infracção disciplinar;

n. promover medidas de carácter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação, em ambiente de ordem e disciplina, nas actividades na sala de aula e nas demais actividades da escola, enquanto principais responsáveis pela condução do processo de ensino e aprendizagem.

Distribuição de serviço docente e elaboração de horários

Artigo 100º

Horários

1. Os horários de serviço docente são elaborados por uma comissão de horários, nomeada pelo director.

2. Os horários são elaborados segundo a legislação em vigor.

3. O trabalho realizado pela comissão de horários é confidencial, só tendo a ele acesso o director.

4. Os professores devem preencher um impresso com a sua preferência de horário, que a comissão de horários deve ter em consideração, sempre que possível.

5. Deverá reservar-se o espaço de tempo comum a docentes e alunos, de modo a possibilitar a

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realização de actividades de complemento curricular e reuniões de carácter pedagógico.

6. Os horários devem ser desenvolvidos de modo a impossibilitar a existência de tempos desocupados para os alunos na distribuição dos tempos lectivos em cada um dos turnos, manhã ou tarde.

7. A distribuição dos tempos lectivos de cada uma das disciplinas deve ser criteriosa, evitando-se, tanto quanto possível, o lançamento de tempos lectivos em dias consecutivos de disciplinas com dois ou três tempos semanais.

8. A distribuição da carga horária semanal deve ser feita de modo a não ultrapassar dez tempos lectivos diários. Qualquer excepção a esta norma, deve ser justificada perante a Direcção Regional de Educação.

9. A divisão de uma turma em dois grupos implica que seja sempre acautelada a não existência de tempos desocupados nos horários dos alunos. O tempo lectivo lançado separadamente no horário de cada grupo não deve ser mediado por qualquer aula teórica dessa disciplina comum a toda a turma.

10. A não frequência de uma disciplina pela totalidade dos alunos de uma turma implica que seja sempre evitado que os alunos, que a ela não estejam matriculados, fiquem com esse tempo lectivo desocupado.

11. Nos horários dos alunos deverá ser obrigatoriamente contemplado um período para almoço de 1 bloco de 90 minutos sempre que o turno da tarde se inicie com educação física.

12. A segunda língua estrangeira não deve ser incluída em tempos consecutivos à língua estrangeira de continuação.

13. Deverá destinar-se uma sala de aula para cada turma, sempre que possível, exceptuando-se os espaços específicos.

14. Os docentes sem horário lectivo atribuído, assim como o pessoal técnico que desempenha funções de apoio sócio-educativo no âmbito dos serviços de psicologia e orientação, nomeadamente os que exercem funções de psicologia, estão igualmente sujeitos à prestação de trinta e cinco horas semanais de serviço.

15. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, poderão ser definidos outros critérios de elaboração e distribuição de horários fixados em regimento interno do conselho pedagógico.

16. Existe no gabinete do director um dossiê com os horários de todos os professores para consulta.

Artigo 101º

Critério de Distribuição do Serviço Lectivo

1. A distribuição do serviço lectivo é da competência do director.

2. Neste sentido, deve esta direcção assegurar o cumprimento das normas gerais e específicas e vigentes sobre a atribuição do serviço lectivo diário aos professores, tendo em conta os seguintes princípios subjacentes:

a. promover e garantir a qualidade do ensino;

b. satisfazer os legítimos interesse dos alunos;

c. respeitar as disponibilidades físicas do edifício escolar;

d. mobilizar os recursos humanos efectivamente disponíveis.

3. O horário semanal dos docentes é de 35 horas, integrando uma componente lectiva e uma não lectiva.

4. A distribuição de serviço lectivo deve dar preferencialmente continuidade das turmas do início ao final do ciclo, salvo em casos devidamente fundamentados em que o director e o conselho pedagógico não o considerarem conveniente.

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5. A distribuição de serviço lectivo deve possibilitar a consecução das várias modalidades de apoio pedagógico ou a realização de actividades de complemento curricular.

6. Deve ser garantido que cada docente não leccione mais do que três níveis e mais do que oito turmas, a não ser em casos devidamente fundamentados.

7. Deve-se atribuir a cada docente disciplinas do grupo ou subgrupo a que pertence.

8. Em casos justificados pelas carências da escola, e desde que a formação académica do professor o permita, poder-lhe-á ser cometida a leccionação de disciplinas de grupos afins.

19. Não poderão ser atribuídas aos docentes turmas em que se encontrem integrados familiares seus, nas seguintes condições:

a. parente ou afim em linha directa ou até ao 2º grau de linha colateral;

b. pessoa com quem viva em economia comum.

10. Após a constituição de turmas estar terminada e em reunião de grupo, será elaborada uma proposta de distribuição de serviço a remeter ao director (sem carácter vinculativo).

11. Sempre que a carga lectiva das disciplinas do grupo, acrescida do número de horas equiparadas for insuficiente para todos os docentes, deverão ser distribuídos horários completos por ordem decrescente da sua graduação profissional, até ser esgotada a totalidade da carga horária disponível. Desta distribuição só poderá resultar um único horário incompleto, sendo os restantes horários zero. Assim, não será possível distribuir a totalidade da carga lectiva ou equiparada por todos os docentes, permitindo vários horários incompletos dentro do mesmo grupo.

12. Nesta conformidade, pode o director atender às sugestões dos professores, acordadas em reunião de grupo.

Artigo 102º

Avaliação de professores

A avaliação dos professores será feita de acordo com a legislação em vigor.

Alunos

Direitos e deveres do aluno

Valores nacionais e cultura de cidadania

No desenvolvimento dos princípios do Estado de direito democrático e de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da dignidade da pessoa humana, da democracia, do exercício responsável, da liberdade individual e da identidade nacional, o aluno tem o direito e o dever de conhecer e respeitar activamente os valores e os princípios fundamentais inscritos na Constituição da República Portuguesa, a Bandeira e o Hino, enquanto símbolos nacionais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção Europeia dos Direitos do Homem e a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, enquanto matrizes de valores e princípios de afirmação da humanidade.

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Artigo 103º

Direitos

1. Os alunos têm direito a:

a. usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em

condições de efectiva igualdade de oportunidades no acesso, de forma a propiciar a realização de

aprendizagens bem sucedidas;

b. usufruir do ambiente e do projecto educativo que proporcionem as condições para o seu pleno

desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico para a formação da sua personalidade e

da sua capacidade de auto-aprendizagem e de crítica consciente sobre os valores, o conhecimento

e a estética;

c. ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no trabalho e no

desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

d. ver reconhecido o empenhamento em acções meritórias, em favor da comunidade em que está

inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado nesse

sentido;

e. usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação

equilibrada das actividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para

o desenvolvimento cultural da comunidade;

f. conhecer as competências/ objectivos e conteúdos a serem avaliados em cada teste de avaliação

atempadamente;

g. na correcção dos testes de avaliação, o(a) aluno(a) tem o direito de conhecer a cotação que o(a)

professor(a) atribuiu em cada questão, caso o solicite;

h. estar presente nas reuniões para entrega das avaliações;

i. beneficiar, no âmbito dos serviços de acção social escolar, de apoios concretos que lhe permitam

superar ou compensar as carências do tipo sócio-familiar, económico ou cultural que dificultem o

acesso à escola ou ao processo de aprendizagem;

j. beneficiar de outros apoios específicos, necessários às suas necessidades escolares ou às suas

aprendizagens, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços

especializados de apoio educativo;

k. ser tratado com respeito e correcção por qualquer membro da comunidade educativa;

l. ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral;

m. ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou

manifestado no decorrer das actividades escolares;

n. ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo

individual, de natureza pessoal ou familiar;

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o. participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração e

gestão da escola, na criação e execução do respectivo projecto educativo, bem como na

elaboração do regulamento interno;

p. eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no

âmbito da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno da escola;

q. apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos

professores, directores de turma e órgãos de administração e gestão da escola em todos os

assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

r. organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres

mediante proposta apresentada ao director;

s. participar na elaboração do regulamento interno da escola;

t. conhecer e ser informado sobre os regulamentos sectoriais da ESAS, concursos, saídas

profissionais e legislação que lhes seja aplicável;

u. participar nas demais actividades da escola, nos termos da lei e do respectivo regulamento

interno;

v. pedir transferência de curso, de turma ou de escola, anulação total ou parcial de matrícula, o que

lhes será deferido nos termos da lei e dentro das possibilidades conjunturais da ESAS;

w. utilizar instalações e equipamentos que a ESAS destine ao processo de ensino aprendizagem, no

respeito pelas normas que o uso de bens públicos implica e pelas determinadas neste regulamento;

x. apresentar projectos inovadores de interesse para o processo de ensino/aprendizagem;

y. reunir-se em assembleia de alunos ou assembleia-geral de alunos e serem representados pela

associação de estudantes, delegado ou subdelegado de turma e pela assembleia de delegados de

turma, nos termos da lei, e do regulamento interno da escola;

z. participar no processo de avaliação, através dos mecanismos de auto e hetero-avaliação;

aa. participar nas reuniões com encarregados de educação para entrega das avaliações dos

períodos;

bb. poder usufruir de prémios que distingam o mérito;

cc. ser informado sobre o regulamento interno da escola e, em termos adequados à sua idade e ao

ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu interesse,

nomeadamente sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o programa e

objectivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar, os processos e critérios de avaliação,

bem como sobre a matrícula, abono de família e apoios sócio-educativos, normas de utilização e de

segurança dos materiais e equipamentos e das instalações, incluindo o plano de emergência, e, em

geral, sobre todas as actividades e iniciativas relativas ao projecto educativo da escola.

2. A associação de estudantes tem o direito de solicitar ao director a realização de reuniões para

apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da escola

3. O delegado e o subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da turma

para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da turma, sem prejuízo do

cumprimento das actividades lectivas;

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4.Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o director de turma pode solicitar a participação

dos representantes dos pais e encarregados de educação dos alunos da turma na reunião referida no

número anterior;

5. Perante situação de perigo para a saúde, segurança ou educação do aluno, deve a direcção da

escola diligenciar para pôr termo à situação, pelos meios estritamente adequados e com preservação

da privacidade do aluno e da sua família, podendo solicitar a cooperação de outras entidades.

Artigo 104º

Deveres

1. Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de discernimento,

pelos direitos e deveres que lhe são conferidos pelo Estatuto do Aluno, pelo regulamento interno da

escola e demais legislação aplicável.

2. A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral do presente regulamento da

escola, do património da mesma, dos demais alunos, funcionários e em especial dos professores.

3. Os alunos não podem prejudicar o direito à educação dos restantes alunos.

4. São deveres dos alunos:

a. estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral;

b. ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das

actividades escolares;

c. seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem;

d. usar de respeito e correcção no relacionamento com qualquer membro da comunidade educativa;

e. ser leal para com todos os membros da comunidade educativa;

f. respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

g. contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os

alunos;

h. participar nas actividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas

demais actividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

i. respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa;

j. prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as

circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos;

k. zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didáctico, mobiliário e

espaços verdes da escola, fazendo uso correcto dos mesmos;

l. respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

m. permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de

educação ou da direcção da escola;

n. participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

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o. conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da escola e o

regulamento interno da mesma, subscrevendo declaração anual de aceitação do mesmo e de

compromisso activo quanto ao seu cumprimento integral;

p. não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas alcoólicas,

nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

q. não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos,

passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas, ou

poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a terceiros e não usar qualquer meio

electrónico de comunicação individual ou qualquer outro objecto que, pelas suas características ou

natureza, possam perturbar o regular funcionamento das aulas;

r. não realizar quaisquer gravações magnéticas ou outras para registar a vida na escola, excepto

quando autorizadas;

s. ser diariamente portador da caderneta escolar (ensino básico) de modo a que a comunicação

escola/ encarregados de educação se processe adequadamente;

t. respeitar os prazos acordados para a realização das tarefas que lhe são pedidas;

u. abster-se, dentro das salas de aulas, do consumo de pastilha elástica e alimentos;

v. não permanecer nos espaços confinantes aos pavilhões B e C durante o período de aulas;

w. evitar trazer objectos pessoais de valor uma vez que a escola não se responsabiliza pelo seu

extravio;

x. trazer, obrigatoriamente, o material necessário à prática lectiva (livros, cadernos, máquina de

calcular, entre outros a definir no início do ano lectivo por cada professor).

5. Os alunos são obrigados a usar o seu cartão de estudante e a mostrá-lo, quando tal lhes for

solicitado, e a apresentar a documentação que os serviços escolares entendam necessária.

6. Os alunos devem entrar na sala de aula de cabeça destapada e vestidos de modo adequado e

condigno.

7. Sempre que um ou vários alunos, provoque(m) qualquer dano, fica(m) obrigado(s) ao pagamento

dos prejuízos causados, ressalvadas as situações de exclusão de responsabilidade, previstas na lei.

8. O aluno que presencie comportamentos susceptíveis de constituir infracção disciplinar deve

comunicá-los imediatamente ao director de turma, o qual, no caso de os considerar graves ou muito

graves, os participa, no prazo de um dia útil, ao director da escola.

Artigo 105º

Comportamentos meritórios

Nos termos do artigo 13º da lei 30/2002 de 20 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro, os alunos têm o direito de:

a. ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e no desempenho

escolar e serem estimulados nesse sentido;

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b. ver reconhecido o empenhamento em acções meritórias, em favor da comunidade em que está

inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela e ser estimulado nesse

sentido.

Para regulamentar estes direitos dos alunos, a Escola Secundária Abel Salazar estabelece os quadros de excelência e quadros de honra.

Os prémios de mérito devem ter natureza simbólica ou material, podendo ter uma natureza financeira desde que, comprovadamente, auxiliem a continuação do percurso escolar do aluno.

Artigo 106º

Princípios e critérios de acesso ao quadro de excelência

1. O quadro de excelência reconhece os alunos que, no final de cada ano escolar e no âmbito da

avaliação interna, se distinguem pelo seu desempenho escolar.

2. É criado um quadro de excelência por cada ano lectivo.

3. Relativamente ao ensino básico, para ser proposto para o quadro de excelência, deverá o aluno

obter média igual ou superior a 4,5 nas áreas curriculares e avaliação de “Satisfaz Bastante” nas áreas

curriculares não disciplinares.

4. Não apresentar qualquer nível inferior a 4 nas áreas curriculares disciplinares, ou qualquer

classificação inferior a “Satisfaz Bastante” nas áreas curriculares não disciplinares.

5. Relativamente ao ensino secundário, o aluno terá de obter média igual ou superior a 18 valores,

não apresentando nenhuma classificação inferior a 16 valores.

6. A candidatura de alunos com necessidades educativas especiais obedece a critérios próprios, pelo

que fica dependente da proposta devidamente fundamentada da responsabilidade do conselho de

turma e do professor responsável pela educação especial.

Artigo 107º

Admissão ao quadro de excelência

1. A estrutura educativa que propõe os alunos ao quadro de excelência é o conselho de turma, na

última reunião de avaliação do 3º período. Em acta, deverá ficar registada a identificação dos alunos, a

média final obtida e a fundamentação da proposta.

2. O conselho pedagógico apreciará as propostas apresentadas e determinará a sua inclusão no

quadro de excelência.

3. No sentido de estimular os alunos à obtenção de excelentes resultados escolares, a escola

divulgará o seu quadro de excelência e conferirá um diploma a cada aluno que o venha a integrar.

Artigo 108º

Critérios de acesso ao quadro de honra

1. Revelar atitudes exemplares de superação das suas dificuldades.

2. Ter sucesso escolar.

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45

3. Realizar acções individuais que revelem espontânea e/ou contínua solidariedade ou se empenhem

em acções meritórias para com os elemento da escola ou fora dela.

4. Realizar acções individuais ou em grupo que conduzam à organização, dinamização e divulgação

de projectos dos quais resulte enriquecimento humano, cultural ou patrimonial dos alunos e da escola

em geral.

5. Produzir trabalhos académicos de excelência ou actividades curriculares ou de complemento

curricular de relevância.

6. Não ter revelado problemas a nível de comportamento.

Artigo 109º

Admissão ao quadro de honra

1. Os candidatos ao quadro de honra podem ser propostos pelo conselho de turma, pela associação

de pais e encarregados de educação ou por qualquer outro membro da restante comunidade

educativa.

2. Do processo de candidatura deve constar a identificação do proponente e do candidato, a

fundamentação detalhada das razões que suportam a respectiva proposta e uma cópia autenticada do

registo biográfico do aluno.

Artigo 110º

Comissão de avaliação do quadro de honra

1. A comissão de avaliação do quadro de honra é constituída pelo presidente do conselho geral, pelo

director de turma, pelo presidente da associação de pais da escola e pelo presidente da associação de

estudantes.

2. A comissão de avaliação tem por competência apreciar as candidaturas ao quadro de honra e, por

deliberação fundamentada, decidir pela integração ou não do aluno no mesmo.

3. Compete ao director convocar a comissão de avaliação após a divulgação dos resultados do 3º

período.

Artigo 111º

Divulgação

1. Os alunos que anualmente constem dos quadros de excelência e honra terão direito ao registo de

uma menção honrosa a constar no seu processo individual.

2. A divulgação pública destes alunos é efectuada em placard afixado no átrio da escola e na sua

página electrónica e por outros meios julgados adequados.

Artigo 112º

Processo individual do aluno

1. O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo

devolvido aos pais ou ao encarregado de educação ou, se maior de idade, ao aluno, no termo da

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escolaridade obrigatória, ou, não se verificando interrupção no prosseguimento de estudos, aquando

da conclusão do ensino secundário.

2. A organização deste dossiê é da responsabilidade do director de turma, onde deverão constar: os

elementos fundamentais de identificação do aluno, os registos de avaliação, relatórios médicos ou de

avaliação psicológica, planos e relatórios de apoio pedagógico, o programa educativo individual, no

caso de o aluno estar abrangido pela modalidade de educação especial, os registos e produtos mais

significativos de trabalho que documentem o seu percurso escolar e informações relevantes do seu

trajecto educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e a medidas

disciplinares sancionatórias aplicadas e seus efeitos.

3. O processo individual do aluno constitui-se como registo exclusivo em termos disciplinares.

4. As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de

natureza pessoal e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de

sigilo todos os membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso.

Artigo 113º

Estatuto do delegado de turma

1. O delegado de turma é o representante e o porta-voz da turma.

2. O delegado é substituído pelo subdelegado, sempre que o primeiro não se encontrar presente.

3. Qualquer aluno de uma turma pode eleger ou ser eleito delegado, desde que apresente o perfil

definido no artigo seguinte.

4. Os delegados ou subdelegados que se vejam envolvidos em processos disciplinares serão, no final

do processo, destituídos dos cargos, procedendo-se a novas eleições.

5. O delegado participa em reuniões periódicas com o director.

Artigo 114º

Perfil do delegado de turma

O delegado deverá reunir as seguintes características:

a. ser responsável e atento;

b. ter bom comportamento na aula e fora dela;

c. ter bom relacionamento com todos os colegas, professores e funcionários.

Artigo 115º

Eleição do delegado de turma

1. O delegado é eleito, por voto secreto, pelos alunos da turma.

2. A eleição decorre numa aula de Formação Cívica, no ensino básico e numa aula com o director de

turma, no ensino secundário.

3. O delegado é o aluno que obtém o maior número de votos na votação.

4. O subdelegado é eleito na mesma ocasião, ao obter o número de votos imediatamente a seguir.

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47

5. Dos resultados atrás referidos deve lavrar-se uma acta.

Artigo 116º

Atribuições do delegado de turma

1. São atribuições do delegado de turma:

a. representar a turma sempre que necessário;

b. servir de elemento de coesão da turma, estando permanentemente a par dos seus problemas;

c. manter uma ligação permanente entre a turma e os professores, em especial com o director de

turma;

d. manter-se informado a respeito de todos os problemas que afectam a escola, quer possam afectar

ou não a turma, e deles informar os seus colegas;

e. fazer parte da assembleia de delegados de turma;

f. preparar-se previamente, ouvindo os colegas, para intervir de forma consciente e responsável nas

assembleias de delegados;

g. dar conhecimento à turma dos assuntos tratados nas assembleias dos delegados de turma que

lhe digam respeito;

h. estar presente nas reuniões de conselho de turma disciplinar e intercalar que tratem de assuntos

referentes a alunos da turma;

i. contribuir, em colaboração com os colegas e professores, para a resolução de problemas

disciplinares ocorridos com a turma;

j. reunir a turma para tratar qualquer assunto, sempre que necessário, sem prejuízo das aulas;

k. servir de elemento de ligação entre os órgãos de direcção e a turma;

l. contribuir e sensibilizar os colegas para a limpeza, manutenção e asseio da sala de aula e do

estabelecimento.

Artigo 117º

Frequência e assiduidade

1. Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da lei, os alunos são

responsáveis pelo cumprimento do dever de assiduidade.

2. Os pais e encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis

conjuntamente com estes pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3. O dever de assiduidade implica para o aluno, quer a presença e a pontualidade na sala de aula e

demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, quer uma atitude de empenho intelectual e

comportamental adequada, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino e aprendizagem.

4. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra actividade de frequência obrigatória ou

facultativa, caso tenha havido lugar a inscrição.

5. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do

aluno.

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6. As faltas são registadas pelo professor ou pelo director de turma em suportes administrativos

adequados.

Artigo 118º

Faltas justificadas

São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a. doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento superior a

cinco dias úteis;

b. isolamento profiláctico, determinado por doença infecto-contagiosa de pessoa que coabite com o

aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c. falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar,

previsto no regime de contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções públicas;

d. nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e. realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa

efectuar-se fora do período das actividades lectivas;

f. assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal

assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g. acto decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efectuar-se fora

do período das actividades lectivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como

própria dessa religião;

h. preparação ou participação em competições desportivas de alunos integrados no subsistema do

alto rendimento, nos termos da legislação em vigor bem como daqueles que sejam designados para

integrar selecções ou outras representações nacionais, nos períodos de preparação e participação

competitiva, ou, ainda, a participação dos demais alunos em actividades desportivas e culturais

quando esta seja considerada relevante pelas respectivas autoridades escolares;

i. participação em actividades associativas, nos termos da lei;

j. cumprimento de obrigações legais;

k. outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja imputável

ao aluno ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo director de turma;

l. comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, tal como definido na Lei nº

90/2001, de 20 de Agosto.

Artigo 119º

Justificação de faltas

1. O pedido de justificação das faltas é apresentado por escrito pelos pais ou encarregados de

educação ou, quando o aluno for maior de idade, pelo próprio, ao director de turma com indicação do

dia, hora e da actividade em que a falta ocorreu, referenciando-se os motivos justificativos da mesma

na caderneta escolar, tratando-se de aluno do ensino básico, ou em impresso próprio, tratando-se de

aluno do ensino secundário.

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2. As entidades que determinarem a falta do aluno devem, quando solicitadas para o efeito, elaborar

uma declaração justificativa da mesma.

3. O director de turma pode solicitar aos pais ou encarregados de educação, ou ao aluno, quando

maior, os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta, devendo,

igualmente, qualquer entidade que para esse efeito for contactada, contribuir para o correcto

apuramento dos factos.

4. A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos

restantes casos, até ao 3º dia útil subsequente à verificação da mesma.

Artigo 120º

Faltas injustificadas

1. As faltas são injustificadas quando:

a. não tenha sido apresentada justificação, nos termos do artigo 119º deste regulamento;

b. a justificação tenha sido apresentada fora do prazo;

c. a justificação não tenha sido aceite;

d. a marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medida disciplinar sancionatória.

2. Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação da justificação apresentada deve ser devidamente fundamentada.

3. As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou encarregado de educação ou, quando maior de idade, ao aluno, pelo director de turma, no prazo máximo de três dias úteis, pelo meio mais expedito.

4. Para efeitos do disposto no nº 1, são também contabilizadas como faltas injustificadas as decorrentes da aplicação da medida correctiva de ordem de saída da sala de aula, nos termos do nº 5 do artigo 26º, bem como as ausências decorrentes da aplicação da medida disciplinar sancionatória de suspensão prevista na alínea c) do nº 2 do artigo 27º da lei 39 /2010 de 2 de Setembro.

Artigo 121º

Excesso grave de faltas

1. As faltas injustificadas não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais, por

disciplina.

2. Quando for atingida metade do limite de faltas injustificadas, os pais ou o encarregado de educação

ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo director

de turma com o objectivo de os alertar para as consequências do excesso grave de faltas e de se

encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de frequência, bem como

o necessário aproveitamento escolar.

3. Caso se revele impraticável o referido no número anterior, por motivos não imputáveis à escola, e

sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respectiva comissão de protecção de

crianças e jovens deverá ser informada do excesso de faltas do aluno, assim como dos procedimentos

e diligências até então adoptadas pela escola, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a

sua falta de assiduidade.

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Artigo 122º

Efeitos da ultrapassagem do limite de faltas

1. Para os alunos que frequentam o 3.ºciclo do ensino básico e o ensino secundário, a violação do limite de faltas injustificadas previsto no n.º 2 do artigo anterior obriga ao cumprimento de um plano individual de trabalho, que incidirá sobre a disciplina ou disciplinas em que ultrapassou o referido limite de faltas e que permita recuperar o atraso das aprendizagens.

2. O recurso ao plano individual de trabalho previsto nos números anteriores apenas pode ocorrer uma única vez no decurso de cada ano lectivo.

3. O cumprimento do plano individual de trabalho por parte do aluno realiza-se em período suplementar ao horário lectivo, competindo ao conselho pedagógico definir os termos da sua realização.

4. O previsto no número anterior não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário lectivo da turma em que se encontra inserido.

5. O plano individual de trabalho deve ser objecto de avaliação, nos termos a definir pelo conselho pedagógico da escola.

6. Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno, o conselho de turma de avaliação do final do ano lectivo pronunciar-se-á, em definitivo, sobre o efeito da ultrapassagem do limite de faltas injustificadas verificado.

7. Após o estabelecimento do plano individual de trabalho, a manutenção da situação do incumprimento do dever de assiduidade, por parte do aluno, determina que o director da escola, na iminência de abandono escolar, possa propor a frequência de um percurso curricular alternativo no interior da escola.

8. O incumprimento reiterado do dever de assiduidade determina a retenção no ano de escolaridade que o aluno frequenta.

Artigo 123º

Regime de assiduidade nos Cursos Profissionais

1. Os alunos têm de cumprir 90% da carga horária do conjunto dos módulos de cada disciplina e 95% da carga horária da formação em contexto de trabalho (FCT).

2. Para efeitos de contabilização, registo ou justificação de faltas é considerado um segmento lectivo de 45 minutos.

3. Quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente justificada:

a. haverá lugar ao desenvolvimento e aplicação de mecanismos /planos de recuperação, propostos pelos professores das disciplinas, tendo em vista o cumprimento dos objectivos de aprendizagem e o número de horas de formação para cada disciplina. Uma vez concluídos os planos de recuperação, será dado conhecimento ao director de turma, em documento próprio;

b. assegurar-se-á o prolongamento da FCT a fim de cumprir o número de horas estabelecidas.

Artigo 124º

Recuperação de módulos em atraso

1. No decurso do ano lectivo, quando o aluno não conseguir aprovação num determinado módulo, pode, em consonância com o professor da disciplina, efectuar um plano de recuperação das aprendizagens não realizadas. Deste plano e sua calendarização será dado conhecimento ao director

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de curso.

2. Os planos de recuperação podem decorrer ainda durante o período lectivo, fora do horário curricular, e/ou nos períodos de interrupções das actividades lectivas.

3. A presença na recuperação do módulo é obrigatória e está sujeita ao regime normal de assiduidade.

4. O aluno pode requerer, no fim de cada ano lectivo, e em condições a fixar pelo director, ouvido o director de curso, a avaliação por exame dos módulos não realizados em cada disciplina no ano lectivo anterior.

Artigo 125º

Progressão no Curso

1. A progressão nas disciplinas depende da obtenção em cada um dos módulos de uma classificação igual ou superior a dez valores.

2. Terminado um ano do ciclo de formação, o aluno deve continuar a formação no ano seguinte, de forma a dar seguimento aos módulos já concluídos.

3. Alunos que tenham em atraso mais do que 25% dos módulos previstos para o final do ano do ciclo de formação de uma disciplina podem requerer exame, no final desse ano lectivo, em condições a fixar pelo director, ouvido o director de curso.

4. Se o aluno se encontrar na situação anterior a mais do que três disciplinas, deve reiniciar o respectivo ano do ciclo de formação dessas disciplinas, podendo-se inscrever às restantes e módulos em que obteve aprovação para melhoria de classificação.

Artigo 126º

Participação em actividades desenvolvidas pela escola ou por outras organizações

1. O professor responsável pela actividade, com conhecimento do director de turma, deverá enviar e obter autorização do encarregado de educação para a participação dos alunos nas actividades, sempre que estas envolvam saída do espaço escolar.

2. Antes da realização da actividade, o professor interveniente deverá colocar previamente, na gaveta respectiva da sala dos directores de turma, a lista dos alunos participantes. O director de turma deverá colocar essa relação no livro de ponto.

3. Após a concretização da actividade, o professor responsável deverá entregar ao director de turma a lista dos alunos que efectivamente participaram, com a maior brevidade possível.

4. A ausência às aulas não será considerada falta, pelo que não será registada.

Artigo 127º

Pontualidade

1. Nas primeiras aulas, os alunos devem ser sensibilizados e prevenidos oralmente pelo professor da importância da pontualidade e dos seus reflexos na avaliação.

2. No início do ano lectivo, os encarregados de educação deverão ser informados que, caso os seus educandos não sejam pontuais, esta atitude terá reflexos na avaliação.

3. O aluno que não chegue pontualmente à aula deve ser advertido pelo professor.

4. No caso de reincidência e na sequência da tomada de conhecimento do encarregado de educação

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através do director de turma, no sentido de resolver o problema, a falta de pontualidade reflectir-se-á na classificação final do período em questão, de acordo com o peso atribuído por cada departamento neste parâmetro.

Artigo 128º

Ausência de material escolar

1. Nas primeiras aulas, os alunos devem ser prevenidos, oralmente, pelo professor da importância do material no processo de ensino/ aprendizagem.

2. No início do ano lectivo, os encarregados de educação deverão ser informados que, caso os seus educandos se apresentem às aulas sem o material necessário, esta atitude terá reflexos negativos na avaliação.

3. Quando o aluno não se fizer acompanhar do material indispensável às actividades lectivas, deverá, em primeira instância, ser advertido pelos professores.

4. Na aula, em que se verificar novamente a ausência de material, o professor registará o facto na caderneta escolar ou no caderno diário do aluno, para que o encarregado de educação dela tome conhecimento.

5. A partir do terceiro registo deverá a ocorrência ser comunicada por escrito ao director de turma.

6. O director de turma averiguará junto do aluno e do professor os motivos da falta que, por sua vez, a levará ao conhecimento do encarregado de educação, que deverá tomar as medidas adequadas para que tal não se repita.

7. No caso de reincidência e na sequência da tomada de conhecimento do encarregado de educação através do director de turma, a ausência de material reflectir-se-á no aproveitamento e na classificação final do período em questão, de acordo com os critérios de avaliação das diferentes disciplinas, dando lugar à marcação de uma falta de presença.

Infracção Disciplinar

Artigo 129º

Qualificação de infracção disciplinar

A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no regulamento interno da escola, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui infracção, passível da aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória nos termos dos artigos seguintes.

Medidas Disciplinares

Artigo 130º

Finalidades das medidas disciplinares

1. Todas as medidas correctivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no exercício da sua actividade profissional e, dos demais funcionários bem como a segurança de toda a comunidade educativa, visando ainda o normal prosseguimento das actividades da escola, a correcção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua

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personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

2. As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e gravidade da infracção praticada, prosseguem igualmente, para além das identificadas no número anterior, finalidades punitivas.

3. As medidas correctivas e medidas disciplinares sancionatórias devem ser aplicadas em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objectivos da sua educação e formação, no âmbito, tanto quanto possível, do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e do projecto educativo da escola, nos termos deste regulamento.

Artigo 131º

Uso de meios electrónicos de comunicação pessoal

1. No início do ano lectivo, alunos e encarregados de educação devem ser prevenidos de que não é permitido o uso e transporte de meios electrónicos de comunicação pessoal na sala de aula e informados das consequências.

2. Quando a situação ocorrer, o professor deve retirar o aparelho ao aluno, entregá-lo ao director e comunicar o facto por escrito ao director de turma.

3. Por sua vez, este comunicará o facto ao encarregado de educação, no sentido de se resolver o problema e ser-lhe-á entregue o aparelho do seu educando por aquele órgão.

4. No caso do aluno reincidir no uso e transporte de meios de comunicação pessoal, o aparelho poderá ficar retido pelo director até ao final do período.

5. Se a reincidência for sistemática, poderá haver lugar a procedimento disciplinar.

Artigo 132º

Determinação da medida disciplinar

1. Na determinação da medida disciplinar correctiva ou sancionatória a aplicar, deve ter-se em consideração a gravidade do incumprimento do dever, as circunstâncias, atenuantes e agravantes apuradas, em que esse incumprimento se verificou, o grau de culpa do aluno, a sua maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais.

2. São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom comportamento anterior, o seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento, com arrependimento, da natureza ilícita da sua conduta.

3. São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, bem como a acumulação de infracções disciplinares e a reincidência, em especial se no decurso do mesmo ano lectivo.

Artigo 133º

Medidas correctivas

1. As medidas correctivas disciplinares prosseguem os objectivos referidos no nº 1 do artigo 130º, assumindo uma natureza iminentemente cautelar.

2. São medidas correctivas, sem prejuízo de outras que obedecem ao disposto no número anterior:

a. a advertência;

b. a ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;

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c. a realização de tarefas e actividades de integração escolar, podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na escola;

d. a realização de tarefas a determinar pelo professor conjuntamente com o director de turma;

e. o condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afectos a actividades lectivas;

f. a inibição de participação em visitas de estudo;

g. o cumprimento de horas de estudo controlado na escola;

h. a mudança de turma.

3. A aplicação das medidas correctivas previstas no ponto 2. é comunicada aos pais ou ao encarregado de educação, tratando-se de aluno menor de idade.

4. Fora da sala de aula, qualquer professor ou funcionário não docente tem competência para advertir o aluno, confrontando-o verbalmente com o comportamento perturbador do normal funcionamento das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, alertando-o de que deve evitar tal tipo de conduta.

5. A aplicação e posterior execução da medida correctiva prevista na alínea e) do nº 2 não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

Artigo 134º

Medidas disciplinares sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar do comportamento assumido pelo aluno, devendo a ocorrência dos factos susceptíveis de a configurarem ser participada, pelo professor ou funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento, de imediato, à direcção da escola com conhecimento ao director de turma.

2. São medidas disciplinares sancionatórias:

a. a repreensão registada;

b. a suspensão por 1 dia;

c. a suspensão da escola até 10 dias úteis;

d. a transferência de escola.

3. Complementarmente às medidas previstas no n.º 2, compete ao director decidir sobre a reparação dos danos provocados pelo aluno no património escolar.

Artigo 135º

Cumulação de medidas disciplinares

1. A aplicação das medidas correctivas previstas nas alíneas a) a h) do nº 2 do artigo 133º deste regulamento é cumulável entre si.

2. A aplicação de uma ou mais das medidas correctivas é cumulável apenas com a aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infracção apenas pode ser aplicada uma medida disciplinar sancionatória.

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Artigo 136º

Advertência

1. A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um seu comportamento perturbador do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações entre os presentes no local onde elas decorrem, alertando-o para a natureza ilícita desse comportamento, que, por isso, deve cessar e ser evitado de futuro e visa promover a responsabilização do aluno no cumprimento dos seus deveres.

2. Na sala de aula, a repreensão é da exclusiva competência do professor, enquanto que, fora dela, qualquer professor ou membro do pessoal não docente tem competência para repreender o aluno.

3. Se a chamada de atenção verbal resultar de um comportamento/ atitude considerado inadequado, o encarregado de educação deverá ser informado do facto pelo professor ou pelo director de turma a fim de tomar as providências consideradas necessárias.

4. A aplicação das medidas correctivas previstas nas alíneas c), e) e h) do nº2 do artigo 133º deste regulamento é da competência do director que, para o efeito, pode ouvir o director de turma.

Artigo 137º

Ordem de saída da sala de aula

1. A ordem de saída da sala de aula é uma medida correctiva aplicável ao aluno que aí se comporte de modo que impeça o prosseguimento do processo de ensino e aprendizagem dos restantes alunos, destinada a prevenir esta situação.

2. A ordem de saída da sala de aula dada pelo professor será obrigatoriamente comunicada ao director de turma, em impresso próprio, no prazo máximo de 48 horas, assim como ao director da escola.

3. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar é da exclusiva competência de professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo ao professor determinar o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, a marcação de falta ao aluno e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.

4. Se o aluno se recusar a realizar as actividades propostas pelo professor, inerentes ao processo de ensino - aprendizagem, deverá ser comunicada ao director de turma essa ocorrência, sendo esta considerada como agravante, no caso de haver lugar a procedimento disciplinar.

5. Na sequência da aplicação da medida correctiva de ordem de saída da sala de aula, o aluno será acompanhado pelo funcionário para o gabinete do aluno, sala de estudo ou biblioteca.

Artigo 138º

Actividades de integração escolar

1. A execução de actividades de integração escolar consistirá no desenvolvimento de um programa de tarefas que poderão revestir as formas indicadas nos números seguintes ou outras consideradas adequadas:

a. pedido formal de desculpas e reparação dos danos provocados, se for o caso;

b. preservação do meio ambiente - designadamente, limpeza de jardins e manutenção de material de trabalho;

c. presença do aluno em sala a designar pelo director para cumprimento de plano ou tarefa a propor

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de acordo com a situação;

d. execução de trabalhos didácticos, designadamente na biblioteca, clubes e oficinas;

e. apoio na montagem/desmontagem de eventos sazonais;

f. apoio a qualquer sector da escola em tarefas que não envolvam confidencialidade;

g. cumprimento de tarefas curriculares em regime presencial;

h. cumprimento de tarefas curriculares a definir quando suspenso preventivamente;

i. manutenção de espaços: apanhar o lixo, despejar caixotes do lixo, varrer espaços exteriores da escola, fazer a limpeza de uma sala de aulas durante uma semana.

2. As tarefas referidas no número anterior são executadas em horário não coincidente com as actividades lectivas.

3. As actividades de integração na escola devem, se necessário e sempre que possível, compreender a reparação do dano provocado pelo aluno.

4. A determinação das tarefas de integração a realizar pelo aluno é proposta pelo conselho de turma disciplinar, devendo as mesmas ser executadas em horário não coincidente com as actividades lectivas do aluno e por prazo a definir, consoante a gravidade do comportamento, nunca superior a quatro semanas.

5. O acompanhamento do aluno durante a realização destas tarefas é determinado pelo director.

6. No caso de implementação de actividades integradoras na comunidade educativa, a intervenção do director de turma deverá respeitar os seguintes procedimentos:

a. comunicação prévia ao encarregado de educação das tarefas ou actividades a implementar;

b. avaliação da implementação da medida;

c. informação sobre todo o processo ao conselho de turma e ao encarregado de educação.

Artigo 139º

Repreensão registada

A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do professor respectivo, quando a infracção for praticada na sala de aula, ou do director, nas restantes situações, averbando-se no respectivo processo individual do aluno, a identificação do autor do acto decisório, data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito que norteou tal decisão.

Artigo 140º

Suspensão por um dia

Em casos excepcionais e enquanto medida dissuasora, a suspensão por um dia pode ser aplicada pelo director da escola, garantidos que estejam os direitos de audiência e defesa do visado e sempre fundamentada nos factos que a suportam.

Artigo 141º

Suspensão por 10 dias

1. A decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão até 10 dias úteis é precedida da audição em processo disciplinar do aluno visado, do qual constam, em termos concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele violados e a referência expressa, não só da

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possibilidade de se pronunciar relativamente àqueles factos, como da defesa elaborada, sendo competente para a sua aplicação o director da escola, que pode, previamente, ouvir o conselho de turma.

2. Compete ao director da escola, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno, quando menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida no número anterior será executada, garantindo ao aluno um plano de actividades pedagógicas a realizar, co-responsabilizando-os pela sua execução e acompanhamento, podendo igualmente, se assim o entender, e para aquele efeito, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

Artigo 142º

Transferência de escola

1. A aplicação da medida disciplinar sancionatória da transferência de escola compete ao director regional de educação respectivo, após a conclusão do procedimento disciplinar a que se refere o artigo 43º da Lei 39/2010 de 2 de Setembro, e reporta-se à prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino-aprendizagem dos restantes alunos da escola, ou do normal relacionamento com algum ou alguns dos membros da comunidade educativa.

2. A medida disciplinar de transferência de escola apenas é aplicada ao aluno de idade não inferior a 10 anos e quando estiver assegurada a frequência de outro estabelecimento de ensino e, frequentando o aluno a escolaridade obrigatória, se esse outro estabelecimento de ensino estiver situado na mesma localidade ou na localidade mais próxima, servida de transporte público ou escolar.

Procedimento disciplinar

Artigo 143º

Competências disciplinares e tramitação processual

1. A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos susceptíveis de configurarem a aplicação de alguma das medidas previstas disciplinares sancionatórias nas alíneas c) e d) do nº 2 do artigo 134º deste regulamento, é do director, devendo o despacho instaurador e de nomeação do instrutor, que deve ser um professor da escola, ser proferido no prazo de um dia útil, a contar do conhecimento concreto e preciso da situação.

2. No mesmo prazo, o director notifica os pais ou encarregados de educação do aluno, quando este for menor, pelo meio mais expedito, designadamente electrónico, telefónico ou por via postal simples para a morada constante no seu processo.

3. Tratando-se de aluno maior de idade, a notificação é feita ao próprio, pessoalmente.

4. O director deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em que profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

5. A instrução do procedimento disciplinar é efectuada no prazo máximo de quatro dias úteis, contados da data de notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento disciplinar, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do aluno e, sendo este menor de idade, do respectivo encarregado de educação.

6. Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, embora, se for apresentada justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, esta possa ser adiada.

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7. No caso de o respectivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode ser ouvido na presença de um docente que integre a comissão de protecção de crianças e jovens com competência na área de residência do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, na presença do director de turma.

8. Da audiência é lavrada acta de que consta o extracto das alegações feitas pelos interessados.

9. Finda a instrução, o instrutor elabora, no prazo de um dia útil, e remete ao director um documento do qual constam, obrigatoriamente, em termos concretos e precisos:

a. os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados em termos de tempo, modo e lugar;

b. os deveres por ele violados, com referência expressa aos respectivos normativos legais ou regulamentares;

c. os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou agravantes nos termos previstos no artigo 132º deste regulamento;

d. a proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável.

10. Da acusação atrás referida, é extraída cópia que, no prazo de um dia útil, é entregue ao aluno, mediante notificação pessoal, sendo de tal facto, e durante esse mesmo período de tempo, informados os pais ou respectivo encarregado de educação, quando o aluno for menor de idade.

12. No caso da medida disciplinar sancionatória ser a transferência de escola, a mesma é comunicada para decisão do director regional de educação no prazo de um dia útil.

13. A decisão é passível de recurso hierárquico, de acordo com o estipulado no artigo 50º da lei 39/2010 de 2 de Setembro.

Artigo 144º

Suspensão preventiva do aluno

1. No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o instaurou, ou no decurso da sua instrução, por proposta do instrutor, o director pode decidir a suspensão preventivamente do aluno, mediante despacho fundamentado, sempre que:

a. a sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do normal funcionamento das actividades da escola;

b. tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade na escola;

c. a sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar.

2. A suspensão preventiva tem a duração que o director considerar adequada na situação em concreto, sem prejuízo de, por razões devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada até à data da decisão do procedimento disciplinar, não podendo, em qualquer caso, ser superior a dez dias úteis.

3. Os efeitos decorrentes das faltas dadas pelo aluno no decurso do período de suspensão preventiva, no que respeita, à avaliação das aprendizagens, são determinados em função da decisão que a final vier a ser proferida no procedimento disciplinar, nos termos estabelecidos neste regulamento.

4. Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da medida disciplinar sancionatória prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo 27º da lei 39/2010 de 2 de Setembro a que o aluno venha a ser condenado na sequência do procedimento disciplinar previsto no artigo 43º da lei 39/2010 de 2 de Setembro.

5. O encarregado de educação é imediatamente informado da suspensão preventiva aplicada ao seu educando e, sempre que a avaliação que fizer das circunstâncias o aconselhe, o director deve participar a ocorrência à respectiva comissão de protecção de crianças e jovens.

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6. Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da escola, o plano de actividades previsto no n.º 6 do artigo 27º da lei 39/2010 de 2 de Setembro.

7. A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via electrónica, pelo director ao Gabinete Coordenador de Segurança Escolar do Ministério da Educação e à direcção regional de educação respectiva, sendo identificados sumariamente os intervenientes, os factos e as circunstâncias que motivaram a decisão de suspensão.

Artigo 145º

Decisão final do procedimento disciplinar

1. A decisão final do procedimento disciplinar, devidamente fundamentada, é proferida no prazo máximo de um dia útil, a contar do momento em que a entidade competente para o decidir receber o relatório do instrutor, sem prejuízo do disposto no nº 4 deste artigo.

2. A decisão final do procedimento disciplinar fixa o momento a partir do qual se inicia a execução da medida disciplinar sancionatória, sem prejuízo da possibilidade de suspensão da execução da medida, nos termos do número seguinte.

3. A execução da medida disciplinar sancionatória, com a excepção da referida na alínea d) do nº 2 do artigo 134º deste regulamento, pode ficar suspensa pelo período de tempo e nos termos e condições em que a entidade decisora considerar justo, adequado e razoável, cessando logo que ao aluno seja aplicada outra medida disciplinar sancionatória no decurso dessa suspensão.

4. Quando esteja em causa a aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola, o prazo para ser proferida a decisão final é de cinco dias úteis, contados a partir da recepção do processo disciplinar na direcção regional de educação respectiva.

5. Da decisão proferida pelo director regional de educação respectivo que aplique a medida disciplinar sancionatória de transferência de escola, deve igualmente constar a identificação do estabelecimento de ensino para onde o aluno vai ser transferido para cuja escolha se procede previamente à audição do respectivo encarregado de educação, quando o aluno for menor de idade.

6. A decisão final do procedimento disciplinar é notificada pessoalmente ao aluno no dia útil seguinte àquele em que foi proferida, ou, quando menor de idade, aos pais ou respectivo encarregado de educação, nos dois dias úteis seguintes.

7. Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada através de uma carta registada com aviso de recepção, considerando-se o aluno, ou, quando este for menor de idade, os pais ou respectivo encarregado de educação, notificado na data da assinatura do aviso de recepção.

Artigo 146º

Execução das medidas correctivas ou disciplinares sancionatórias

1. Compete ao director de turma o acompanhamento do aluno na execução da medida correctiva ou disciplinar sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua actuação com os pais e encarregados de educação e com os professores da turma, em função das necessidades educativas identificadas e de forma a assegurar a co-responsabilização de todos os intervenientes nos efeitos educativos da medida.

2. A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da execução da medida correctiva de actividades de integração na escola ou no momento do regresso à escola do aluno a quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola.

3. O disposto no número anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na nova escola

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para que foi transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória.

4. Na prossecução das finalidades referidas no nº 1, a escola conta com a colaboração dos serviços especializados de apoio educativo e/ ou de outros professores.

Artigo 147º

Recurso hierárquico

1. Da decisão final do procedimento disciplinar cabe recurso hierárquico nos termos gerais de direito, a interpor no prazo de cinco dias úteis.

2. O recurso hierárquico só tem efeitos suspensivos quando interposto de decisão de aplicação das medidas disciplinares sancionatórias de suspensão da escola e de transferência de escola.

3. O despacho que apreciar o recurso hierárquico é remetido à escola, no prazo de 5 dias úteis, cumprindo ao director a adequada notificação, nos termos do n.º 6 e 7 do artigo 144º deste regulamento.

Artigo 148º

Intervenção dos pais e encarregados de educação

Entre o momento da instauração do procedimento disciplinar ao seu educando e a sua conclusão, os pais e encarregados de educação devem contribuir para o correcto apuramento dos factos e, sendo aplicada medida disciplinar sancionatória, diligenciar para que a execução da mesma prossiga os objectivos de reforço da formação cívica do educando, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

Artigo 149º

Responsabilidade civil e criminal

1. A aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória não isenta o aluno e o respectivo representante legal da responsabilidade civil a que, nos termos gerais de direito, haja lugar, sem prejuízo do apuramento da eventual responsabilidade criminal daí decorrente.

2. Sempre que os factos referidos no artigo 55º (lei 39/2010 de 2 de Setembro) ou outros comportamentos especialmente graves sejam passíveis de constituir crime, deve o director comunicá-los ao Ministério Público junto do tribunal competente em matéria de família e menores ou às entidades policiais.

3. Quando o comportamento do aluno menor de 16 anos, que for susceptível de desencadear a aplicação de medida disciplinar sancionatória, se puder constituir, simultaneamente, como facto qualificável de crime deve a direcção da escola comunicar tal facto à comissão de protecção de crianças e jovens ou ao representante do Ministério Público junto do tribunal competente em matéria de menores, conforme o aluno tenha, à data da prática do facto, menos de 12 ou entre 12 e 16 anos, sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais.

4. Quando o procedimento criminal pelos factos a que alude o número anterior depender de queixa ou de acusação particular, competindo este direito ao director, deve o seu exercício fundamentar-se em razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa no desenvolvimento do procedimento criminal perante os interesses à formação do aluno em questão.

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Artigo 150º

Avaliação dos alunos

1. A avaliação dos alunos decorre da legislação em vigor.

2. Retenção no mesmo ciclo do ensino básico: na tomada de decisão acerca de uma 2ª retenção no mesmo ciclo, à excepção do 9º ano de escolaridade, deve ser envolvido o competente conselho de docentes ou o conselho pedagógico e ouvido o encarregado de educação do aluno, convocado pelo director de turma. O encarregado de educação manifestará, em impresso próprio, a sua posição.

3. Os testes e os trabalhos devem ser classificados de acordo com as seguintes escalas:

4. Nos enunciados dos testes devem constar as cotações atribuídas a cada questão, quer no ensino básico, quer no ensino secundário.

Pessoal não docente

Artigo 151º

Direitos

São direitos do pessoal não docente todos os consagrados na legislação em vigor e ainda: a. trabalhar em boas condições de higiene, saúde e segurança; b. gozar do direito a um tratamento respeitoso por parte de todos os restantes membros da

comunidade educativa, em geral, e por parte dos alunos, em especial, uma vez que é sobretudo com estes últimos que mais se relacionam no trabalho quotidiano;

c. ver reconhecido o seu mérito profissional na escola; d. apresentar sugestões para a elaboração do plano de formação e direito a formação contínua; e. apresentar sugestões ou propostas, com vista à cooperação entre todos os membros da escola,

de forma a ser efectivamente participante no processo educativo; f. ter acesso à informação e ser devidamente elucidado pelos órgãos competentes sobre qualquer

assunto relativo à sua actividade profissional; g. ter uma sala devidamente arranjada, dispondo de um mínimo de conforto; h. dispor de um espaço próprio para afixação de informações diversas; i. ser ouvido, em todos os assuntos que lhe digam respeito, pelos professores e órgãos de

administração e gestão da escola; j. reunir nas instalações da escola, sem prejuízo do serviço, para tratar de assuntos do seu

interesse; k. conhecer, com antecedência possível, qualquer alteração ao funcionamento dos seus serviços

atribuídos no início do ano lectivo, salvo as alterações de carácter urgente;

Ensino básico Ensino secundário

Mau: até 19% Medíocre: 20- 49% Suficiente: 50-69% Bom: 70 - 89% Muito Bom: 90 -100%

Mau: até 4 valores Medíocre: 5 - 9 valores Suficiente: 10 – 13 valores Bom: 14 - 17 valores Muito Bom: 18-20 valores

Os testes devem ser classificados quantitativamente e os trabalhos em termos qualitativos.

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l. não lhes ser exigida a execução de tarefas para as quais não se encontrem habilitados ou que não esteja previsto no seu estatuto profissional;

m. exercer livremente a actividade sindical e demais direitos consignados na constituição da República Portuguesa e demais leis em vigor;

n. participar voluntariamente nas visitas de estudo, por solicitação dos docentes organizadores, sem prejuízo das necessidades de serviço;

o. poder sempre justificar-se e defender-se de qualquer acusação; p. reunir no final de cada período lectivo e início de cada ano lectivo.

Artigo 152º

Deveres

1. O pessoal não docente das escolas deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os docentes, os pais e encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas comportamentais e de aprendizagem.

2. O membro do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento de comportamentos susceptíveis de constituir infracção disciplinar deve participá-los imediatamente ao director da escola.

3 São deveres do chefe de serviço de administração escolar os que estão superiormente legislados e os que constam deste regulamento, designadamente:

a. planificar e acompanhar todo o serviço administrativo;

b. propor medidas que visem a rentabilização dos serviços;

c. coordenar todo o trabalho dos serviços de administração escolar.

4. São deveres dos assistentes técnicos os que estão superiormente legislados, designadamente:

a. executar com prontidão e zelo os trabalhos inerentes ao cargo;

b. atender com correcção e prestar todas as informações solicitadas com rigor e clareza;

c. não permitir a entrada a pessoas estranhas ao serviço dentro do espaço onde exercem a sua actividade, excepto em casos justificados;

d. manter actualizado um ficheiro completo dos alunos e do pessoal docente e não docente;

e. elaborar atempadamente os vencimentos de todo o pessoal da escola;

f. elaborar o mapa de faltas dadas, no mês anterior, pelos docentes e não docentes;

g. ter à disposição para consulta todos os diplomas legais que possam interessar à comunidade escolar;

h. cumprir qualquer outro serviço enquadrado nas atribuições legais e pedido pelo chefe de serviços de administração escolar;

i. evitar utilizar o serviço de bufete nos intervalos dos tempos lectivos.

5. São deveres do coordenador operacional, para além das atribuições constantes da lei:

a. programar, acompanhar, controlar e avaliar todas as actividades desenvolvidas pelos assistentes operacionais;

b. fazer chegar a todos as determinações do director;

c. sugerir ao director medidas que possam beneficiar os serviços;

d. informar o director das ocorrências que de algum modo prejudiquem o normal funcionamento da escola;

e. verificar a pontualidade dos assistentes operacionais;

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f. manter actualizado o arquivo de informação da sala do pessoal não docente.

6. São deveres dos assistentes operacionais, de acordo com a respectiva categoria profissional, todos os que a lei consagra, bem como:

a. ser assíduo e pontual;

b. cumprir as tarefas e os horários que lhe estão atribuídos;

c. aceitar e cumprir as ordens que lhe forem dadas pelos encarregados, chefes ou superiores hierárquicos;

d. proceder à limpeza dos sectores que lhe tenham sido atribuídos, incluindo a limpeza do exterior;

e. zelar pela arrumação, limpeza e conservação das instalações (com particular destaque serviços que impliquem manuseamento de alimentos e manutenção de instalações sanitárias), mobiliário, material e equipamentos que utilize ou pelos quais seja responsável;

f. ser correcto, tanto com os elementos da comunidade escolar, como para com todas as pessoas que se lhe dirijam;

g. guardar sigilo profissional e contribuir para o bom ambiente e imagem da escola;

h. exercer vigilância em todo o espaço escolar, particularmente no sector que lhe está atribuído, intervindo sempre que observe situações anómalas e impedindo que os alunos, que não estejam em aulas, perturbem o bom funcionamento das actividades escolares;

i. impedir a presença na escola de qualquer pessoa que não tenha motivo justificado para nela permanecer;

j. participar ao director e/ou encarregado de pessoal qualquer caso de desobediência de incorrecção ou indisciplina;

l. permanecer no local ou sector que lhe foi atribuído a não ser em casos de manifesta necessidade ou quando solicitado por um professor ou superior hierárquico, para execução de qualquer tarefa de índole escolar;

m. quando por razões imperiosas tiver de se ausentar do seu local de trabalho, prevenir o encarregado de pessoal ou funcionário do sector mais próximo, providenciando a sua substituição, mesmo no caso de ida ao bufete no intervalo diário;

n. dar conhecimento imediato por escrito, por qualquer dano ou extravio de equipamento ao encarregado dos assistentes operacionais;

o. marcar as faltas dos professores e entregá-las no final do dia aos elementos responsáveis;

p. marcar a sua presença diariamente através de dispositivo mecânico ou assinar o livro de presenças;

q. acompanhar os alunos que se magoem ao hospital;

r. acompanhar os alunos aos locais adequados em caso de ordem de saída da sala de aula;

s. atender com a prontidão possível todos os elementos da comunidade educativa e outros utentes;

t. ser sempre portador do cartão que permita a sua identificação por parte de qualquer utente;

v. evitar utilizar o serviço de bufete nos intervalos dos tempos lectivos;

x. realizar uma planificação e um balanço das suas actividades.

7. Aos técnicos de serviços de psicologia e orientação, integrados ou não em equipa multidisciplinar, com formação para o efeito, incumbe ainda o papel especial de colaborar na identificação e prevenção de situações problemáticas de alunos e fenómenos de violência, na elaboração de planos de acompanhamento para estes, envolvendo a comunidade educativa.

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Pais e encarregados de educação

Artigo 153º

Direitos

São direitos dos pais e encarregados de educação todos os que se encontram consagrados na legislação em vigor e ainda:

a. participar na avaliação do seu educando, tomando conhecimento dos registos formais de avaliação a fornecer pelo director de turma e dando parecer escrito sobre uma proposta de segunda retenção no mesmo ciclo;

b. autorizar o seu educando, por escrito, no acto da matrícula, a sair da escola na hora de almoço;

c. participar nas reuniões de avaliação intercalar, através dos representantes eleitos na primeira reunião com o director de turma, até ao momento consagrado à avaliação.

Artigo 154º

Deveres

1. Aos pais e encarregados de educação incumbe, para além das suas obrigações legais, uma especial responsabilidade, inerente ao seu poder - dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos, no interesse destes, e de promoverem activamente o desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos mesmos.

2. São ainda deveres dos pais e encarregados de educação:

a. acompanhar o desenvolvimento do processo educativo dos seus educandos, facilitando a acção da escola, nomeadamente através de uma presença regular, responsabilizando-se pela assiduidade, pontualidade e comportamento adequado do seu educando;

b. prestar toda a colaboração aos diversos elementos da comunidade educativa no sentido de encontrar as soluções que melhor se adeqúem ao sucesso educativo dos seus educandos;

c. informar a escola sobre tudo o que considere relevante para o seu bom funcionamento;

d. assumir a responsabilidade pelos prejuízos materiais e danos físicos comprovadamente causados pelos seus educandos;

e. diligenciar para que o seu educando beneficie, efectivamente, dos seus direitos e cumpra rigorosamente os deveres que lhe incumbem, nos termos do presente regulamento, procedendo com correcção no seu comportamento e empenho no processo aprendizagem;

f. promover a articulação entre a educação na família e o ensino na escola;

g. contribuir para a criação e execução do projecto educativo e do regulamento interno da escola e participar na vida da escola;

h. cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos;

i. contribuir para a preservação da disciplina da escola e para a harmonia da comunidade educativa, em especial quando para tal forem solicitados;

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j. contribuir para o correcto apuramento dos factos em procedimento de índole disciplinar instaurado ao seu educando e, sendo aplicada a este medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os objectivos de reforço da sua formação cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do seu sentido de responsabilidade;

l. contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os que participam na vida da escola;

m. integrar activamente a comunidade educativa no desempenho das demais responsabilidades desta, em especial informando-se e informando sobre todas as matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;

n. comparecer na escola sempre que julgue necessário e quando para tal for solicitado;

o. conhecer o estatuto do aluno, bem como o regulamento interno da escola e subscrever declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso activo quanto ao seu cumprimento integral.

3. Os pais e encarregados de educação são responsáveis pelos deveres de assiduidade e disciplina dos seus filhos e educandos.

Artigo 155º

Associação de pais e encarregados de educação (APEE)

1. Nos termos da legislação em vigor, os pais e encarregados de educação têm o direito de constituição de associação própria que os represente.

2. São direitos da A.P.E.E. todos os que a lei consagra e ainda:

a. definir, anualmente, o critério para nomeação dos pais e encarregados de educação representantes de cada turma, em matéria de natureza disciplinar;

b. dispor de espaço próprio, para a sua actividade regular;

c. utilizar as instalações escolares para as suas actividades, mediante autorização prévia do director;

d. receber informação sobre toda a actividade da escola;

e. apoiar os órgãos de gestão e todos os demais elementos da comunidade educativa na procura de soluções que melhor se adeqúem à melhoria da qualidade do trabalho da escola e do sucesso educativo dos alunos.

Normas gerais

Artigo 156º

Utilização de zonas de acesso e circulação

1. Por razões de segurança, o direito de acesso ao espaço da escola é condicionado a pessoas estranhas a este estabelecimento de ensino e os utilizadores das suas instalações em regime de aluguer ou cedência devem ser portadores da devida identificação. Assim:

a. o assistente operacional, em serviço na portaria, solicitará aos visitantes a sua identificação, bem como a identificação do assunto a tratar;

b. os membros da associação de pais e encarregados de educação têm acesso aos locais destinados às reuniões efectuadas periodicamente;

c. os pais e encarregados de educação têm acesso à secretaria e às áreas de atendimento. O

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acesso aos restantes sectores da escola poderá ser feito desde que acompanhados pelo director ou por um seu representante;

d. todos os alunos serão portadores do cartão de estudante, cuja banda magnética terá que ser validada à entrada e saída da escola;

e. o director tomará as medidas necessárias para que os alunos não saiam da escola durante o horário lectivo;

f. os alunos que estiverem devidamente autorizados pelos respectivos encarregados de educação poderão sair para almoço.

Artigo 157º

Entradas, saídas e permanência na escola

Durante o período lectivo, não é possível a entrada de viaturas de docentes, salvo em situações excepcionais.

Não é facultada aos alunos a permanência nos espaços interiores dos pavilhões durante o funcionamento das aulas.

Artigo 158º

Horário de funcionamento da escola

1. A escola está aberta das oito às dezoito horas e trinta, salvo quando existem reuniões que poderão decorrer após este horário.

2. Os serviços administrativos funcionam ininterruptamente das 9:30 às 16:45 horas durante as actividades lectivas. Durante as interrupções lectivas, o horário é das 9:30 às 12 e das 14 às 16:45 horas.

3. O horário de funcionamento das aulas é definido pelo director, ouvido o conselho pedagógico.

Artigo 159º

Constituição de turmas

A constituição das turmas deve ser feita nos termos da lei em vigor.

Artigo 160º

Normas de informação e comunicação

1. As convocatórias, ordens de serviço e outras informações destinadas aos professores são afixadas na sala de professores em local designado para o efeito.

2. Os avisos referentes aos alunos, além de lidos nas salas de aulas, são afixados num expositor do polivalente.

3. A afixação de cartazes, anúncios e outras mensagens só é permitida em locais definidos e exige a autorização do director.

4. A passagem, por entidade exterior ao Ministério da Educação, de qualquer questionário ou inquérito aos alunos pode ser efectuada, desde que devidamente autorizada, sem prejudicar o normal funcionamento das actividades lectivas.

5. Não pode ser distribuído nenhum comunicado sem autorização do director.

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Artigo 161º

Plano de evacuação

As instruções sobre a evacuação dos locais em caso de sinistro ou de perigo grave são dadas a conhecer através da afixação em todos os pavilhões. Todos os elementos da comunidade escolar são obrigados a cumpri-las.

Artigo 162º

Visitas de estudo

O regulamento das visitas de estudo encontra-se no anexo V.

Artigo 163º

Realização de actividades extra-curriculares

1. Todas as actividades têm de ser autorizadas pelo director, ouvido o conselho pedagógico.

2. A utilização de material/equipamento da escola requer a autorização prévia do director.

3. Os danos de qualquer natureza serão imputados aos responsáveis pela actividade.

Artigo 164º

Cartão de estudante

1. O cartão da Escola Secundária Abel Salazar é um cartão magnético de identificação, pessoal e intransmissível, de todos os alunos, professores e funcionários, do qual devem ser sempre portadores, devendo ser apresentado sempre que solicitado por um responsável.

2. O cartão tem como objectivo aumentar a segurança, simplificar a gestão escolar e facilitar a troca de informações. Assim, apresenta do lado direito uma banda de cor azul, verde ou vermelha, sendo a sinalética a seguinte: vermelho – o aluno só pode sair da escola no final das aulas; azul – o aluno pode sair da escola para almoçar; verde – o aluno pode sair nos intervalos e à hora de almoço;

3. Este cartão permite aos seus utilizadores:

a. serem identificados como membros da comunidade escolar;

b. circular na escola;

c. fazer compras e pagamentos de serviços, na papelaria, na cantina, no bufete e na máquinas de venda automática;

d. marcar e desmarcar refeições na cantina;

e. consultar saldos e movimentos.

4. Todos os alunos, para terem acesso à escola, deverão passar o cartão num dos leitores instalados no portão principal da ESAS. À saída, deverão adoptar o mesmo procedimento no sentido de o desactivar.

5. O carregamento dos cartões será feito na papelaria e/ou na máquina de moedas.

6. As consultas, marcações e movimentos poderão ser feitos nos quiosques disponíveis que estão situados no polivalente e na sala de professores.

7. O cartão da ESAS tem a validade de um ano lectivo para os alunos. Para os restantes utentes, será válido enquanto mantiverem a ligação laboral à escola.

8. Em qualquer momento, o utilizador pode pedir o reembolso do saldo do seu cartão nos serviços

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administrativos.

9. O custo do cartão electrónico será estabelecido no início de cada ano lectivo. O cartão é propriedade da escola.

10. O cartão electrónico deve ser mantido em perfeitas condições. Caso se encontre deteriorado (partido, foto não visível, nome ou número não legível ou banda magnética estragada), deverá o seu portador dirigir-se de imediato aos serviços administrativos a fim de se proceder à sua substituição.

11. Quando for necessária a emissão de um novo cartão devido a perda, extravio, deterioração ou qualquer outro motivo imputável ao portador do mesmo, o custo será suportado pelo utente. Este processo de substituição/ emissão será efectuado nos serviços administrativos da ESAS.

12. O custo de uma 2ª via do cartão será de 7,00€, a 3ª via custará 8,00€ e a partir da 4ª via 10,00€.

13. O cartão será entregue pelo director de turma, devendo os alunos ou o encarregado de educação proceder ao seu carregamento o mais breve possível.

Artigo 165º

Intervenção de outras entidades

1. Perante situação de perigo para a segurança, saúde ou educação do aluno, designadamente por ameaça à sua integridade física ou psicológica, deve o director diligenciar para lhe pôr termo, pelos meios estritamente adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do aluno e da sua família, actuando de modo articulado com os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto do aluno.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, deve o director, quando necessário, solicitar a cooperação das entidades competentes do sector público privado ou social.

3. Quando se verifique a oposição dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto do aluno, à intervenção da escola no âmbito da competência referida nos números anteriores, o director deve comunicar imediatamente a situação à comissão de protecção de crianças e jovens com competência na área de residência do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, ao magistrado do Ministério Público junto do tribunal competente.

4. Se a escola, no exercício da competência referida nos nºs 1 e 2, não conseguir assegurar, em tempo adequado, a protecção suficiente que as circunstâncias do caso exijam, cumpre ao director comunicar a situação às entidades referidas no número anterior.

Disposições finais e revogatórias

Artigo 166º

Norma revogatória

São revogadas todas as disposições internas que contrariem o presente regulamento.

Artigo 167º

Omissões

Todos os casos omissos no presente regulamento são resolvidos pelo director, no respeito pela lei.

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Artigo 168º

Divulgação

O regulamento interno é publicitado na página electrónica da escola e num local acessível a toda a comunidade.

Artigo 169º

Revisão do regulamento interno

1. O regulamento interno pode ser revisto ordinariamente quatro anos após a sua aprovação

2. Ao regulamento podem ser introduzidas alterações por deliberação do conselho geral, aprovada por maioria absoluta dos membros em efectividade de funções.

3. Podem ainda ser apresentadas propostas de revisão pelo director, ouvido o conselho pedagógico.

Artigo 170º

Regulamentos específicos

Os regulamentos específicos relativos aos cursos qualificantes seguem em anexo a este regulamento, devendo ser aprovados pelo conselho pedagógico.

Artigo 171º

Entrada em vigor

Sem prejuízo de eventuais correcções, o presente regulamento entra em vigor após a sua aprovação pelo conselho geral.

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ANEXO I

Parâmetros Sim Não

Acção

Programa resumido da acção

Cronograma

Planificação do curso/módulo

Objectivos

Competências a atingir

Público-alvo

Conteúdos

Estratégias

Recursos

Avaliação

Bibliografia

Manuais e textos de Apoio

Objectivos

Competências

Público-alvo

Conteúdos

Bibliografia

Formadores

Nomes + NIF + BI

Formandos

Nomes + NIF + BI

Contratos

Regulamentos

FCT

PAP

Sumários

Registo em suporte digital

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Assiduidade

Registo em suporte digital

Avaliação das aprendizagens

Provas

Testes

Trabalhos

Relatórios

Critérios de correcção

Pautas

Regime de avaliação final

Relatórios

Formadores

Formandos

Visitas de estudo

Acompanhamento de estágios

Avaliação do processo

Desempenho dos formadores

Acompanhamento

Reuniões da equipa pedagógica

Convocatórias

Actas

Outros documentos que descrevam o acompanhamento do processo formativo.

Diversos

Originais de toda a publicidade e informação produzida para a divulgação da acção;

Requisições de material;

Correspondência

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ANEXO II

Regulamento da Prova de Aptidão Profissional (PAP)

Capitulo I

Âmbito e enquadramento da PAP

Artigo 1.º

A prova de aptidão profissional, designada abreviadamente por PAP, faz parte integrante da avaliação dos alunos formandos do ensino profissional e reveste a natureza de um projecto transdisciplinar integrador de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação.

O enquadramento legal assenta na Portaria nº 550 – C/2004 de 21 de Maio, alterada pela Portaria nº797/2006 de 10 de Agosto.

(A Portaria nº 550 – C/2004 de 21 de Maio estabelece a partir da secção III as regras básicas da PAP e refere no artigo 22º “A PAP reger-se-á em todas as matérias não previstas no presente diploma, ou noutra regulamentação a observar pela escola, por regulamento específico aprovado pelos órgãos competentes da escola, como parte integrante do respectivo regulamento interno”)

Artigo 2.º

A PAP reveste a forma de um projecto pessoal, o qual deve ser estruturante do futuro profissional do aluno/formando e centrado em temas e problemas perspectivados por ele, onde devem ser investidos todos os saberes e competências adquiridos no quadro da formação.

Artigo 3.º

A concretização do projecto ocorre preferencialmente após o 3.º ano do plano curricular.

Artigo 4º

1. A realização do projecto compreende três momentos essenciais:

a. concepção do projecto;

b. desenvolvimento do projecto;

c. avaliação do projecto, na qual o aluno formando procederá à auto-avaliação, elaborando um relatório.

2. As datas para a concepção, desenvolvimento e avaliação do projecto serão definidas anualmente no calendário escolar da escola, aprovado em conselho pedagógico.

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Capítulo II

Desenvolvimento e acompanhamento do projecto

Artigo 5º

1. O aluno/formando, sempre apoiado por um ou mais professores, concebe o seu pré-plano estruturado da seguinte forma:

a. identificação do aluno/formando;

b. tema do projecto;

c. justificação do projecto;

d. proposta do professor acompanhante;

e. proposta dos locais de desenvolvimento da PAP.

2. O pré-plano deve ser entregue por escrito, ao director de curso, entre 20 de Novembro e o último dia de aulas do primeiro período. Anualmente será fixada a data limite de entrega para cada curso, dentro deste intervalo, pelo director de curso, depois de ouvidos os professores acompanhantes, em função do número de alunos, das características dos projectos e das especificidades do curso.

Artigo 6º

A PAP pode ser realizada na escola, ou fora dela em contexto de trabalho, em locais que constem da “Carteira de Sítios”, reconhecidos como idóneos pela escola, quer sob o ponto de vista técnico, quer sob o ponto de vista económico que garantam, ainda, o acompanhamento dos alunos formandos.

1. No caso dos alunos formandos indicarem o local ou locais onde pretendem realizar a PAP, compete à escola, de acordo com os princípios definidos anteriormente, fazer ou não a aceitação dos mesmos.

2. Sempre que a PAP se realize em entidades de acolhimento/empresas exteriores, a escola designará igualmente o professor acompanhante e as empresas indicarão o monitor que orientará a formação.

3. Os monitores terão como função específica a definição e orientação das diferentes tarefas a realizar pelos alunos formandos, bem como a avaliação dos mesmos, segundo os parâmetros constantes no regulamento da PAP. Estes elementos de avaliação deverão ser registados na respectiva grelha em colaboração com o professor acompanhante.

4. Quando a PAP se realiza na escola, os alunos/formandos serão acompanhados por professores do curso, para além do professor acompanhante, designado especificamente para o efeito.

5. Quando a PAP se realizar em entidades de acolhimento/empresas exteriores à escola, será elaborado um contrato de formação pelas partes envolvidas, nomeadamente, escola, aluno/formando, encarregado de educação, entidade de acolhimento/empresa.

Artigo 7º

Compete ao director de curso:

a. a organização e supervisão das diferentes acções, articulando-se com os professores acompanhantes, monitores e alunos/formandos. Estabelecerá também, em cada ano lectivo, as regras específicas de funcionamento da PAP de acordo com as diversas situações;

b. manter o director da escola, bem como o conselho pedagógico ao corrente das acções desenvolvidas, apresentando-lhes os problemas que surgirem e que necessitem de resolução

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pontual;

c. compete, ainda, ao director de curso, em casos excepcionais e devidamente justificados, propor ao conselho pedagógico a anulação das mesmas, a qual deverá no entanto, ser ratificada pelo director da escola;

d. supervisionar a celebração dos contratos de formação.

Artigo 8º

1. O professor acompanhante da PAP é nomeado pelo director, ouvido o director de curso, preferencialmente de entre os professores que leccionam a componente da formação técnica.

2. Ao professor acompanhante compete:

a. colaborar na elaboração do regulamento da PAP que contenha as normas de funcionamento da mesma;

b. o acompanhamento do aluno/formando durante a concepção, desenvolvimento do projecto e avaliação, inteirando-se dos seus progressos e dificuldades;

c. deslocar-se, com regularidade, ao local onde o aluno/formando desenvolve o projecto, para a recolha de todas as informações, em articulação com o director de curso;

d. elaborar no final do projecto um parecer escrito, onde constem todas as informações que considere pertinentes para a avaliação;

e. recolher e registar todos os elementos de avaliação ao longo das diferentes fases do projecto, realizando uma avaliação contínua eminentemente formativa;

f. manter o director de curso devidamente informados do desenvolvimento do projecto.

Capítulo III

Planificação e organização dos tempos curriculares

Artigo 9º

A PAP terá uma duração aconselhável de um ano lectivo ao longo do terceiro ano de formação.

Artigo 10º

O plano curricular reserva 1 bloco por semana, durante o ano lectivo, exclusivamente para o projecto da PAP, a definir pelo director, ouvido o conselho pedagógico.

1. Pode ser feita uma gestão diferente dos tempos curriculares, sempre que justifique, e após aprovação no conselho pedagógico.

2. O professor acompanhante deve permanecer na escola neste tempo para acompanhar os alunos/formandos, devendo ser compatível com o horário da turma.

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Capítulo IV

Avaliação do projecto

Artigo 11º

A avaliação é contínua e formativa ao longo de todo o processo, sendo a etapa final decisiva do projecto, representando a síntese quantitativa dos resultados alcançados.

Na apreciação final do projecto, o júri deverá ponderar a avaliação, tendo em conta os critérios adoptados, dos quais o aluno/formando tomou previamente conhecimento.

Artigo 12º

O relatório será obrigatoriamente entregue ao professor acompanhante, que fará uma primeira apreciação. Caso o mesmo não atinja os objectivos considerados necessários, o professor acompanhante pode devolvê-lo ao aluno/formando para uma remodelação.

Artigo 13º

Quando o professor acompanhante considerar que o relatório atingiu os objectivos considerados necessários, informará o director de curso, para que o director convoque o júri de avaliação.

1. A Constituição do júri de avaliação da PAP está definida pelo artigo nº21 da portaria nº550-C/2004 de 21 de Maio.

2. No caso dos alunos/formandos que já terminaram o seu ciclo de formação e quando tal não for possível, o director de turma, como membro do júri da PAP, será substituído pelo director de curso.

Parágrafo único: A apresentação da PAP far-se-á no final da conclusão da parte escolar e da formação em contexto de trabalho.

Artigo 14º

Os alunos/formandos deverão entregar nos serviços administrativos da escola cinco exemplares do relatório da PAP, um para o professor acompanhante, dois para os elementos do júri convidados (organizações empresarial e sindical), um para o aluno/formando e outro em suporte digital para a escola.

O relatório deverá ser obedecer às regras em uso na escola estipuladas no manual de estilo para a redacção de relatórios e escrita de bibliografia e encadernado em formato A4.

Artigo 15º

1. Haverá duas épocas para defesa do projecto PAP segundo calendário a aprovar pelo conselho pedagógico, sob proposta dos directores de curso:

a. 1ª fase – Julho

b. 2ª fase – Setembro

2. Os alunos/formandos devem entregarem o relatório oito dias úteis antes da data indicada para o início de cada uma das fases.

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Artigo 16º

Para a avaliação da PAP, são considerados os seguintes critérios:

desenvolvimento do projecto (50%)

- grau de consecução dos objectivos propostos (40%)

- pontualidade, assiduidade, organização e sentido de responsabilidade patenteada ao longo do processo (10%)

trabalho escrito (30%)

- grau de rigor técnico e científico do trabalho escrito (10%)

- organização do relatório (10%)

- qualidade dos materiais utilizados e apresentados como enriquecimento do projecto (10%)

defesa oral do projecto (20%)

- clareza, fundamentação da escolha da temática tratada e grau de inovação (5%)

- capacidade de argumentação na defesa do projecto (10%)

- qualidade dos recursos utilizados na exposição (5%)

Artigo 17º

Avaliação do projecto

1. As metodologias de apresentação e demonstração devem ser adequados aos trabalhos realizados no projecto PAP, de acordo com os perfis de saída e natureza do curso.

2. Os alunos/formandos poderão apresentar os seus trabalhos a partir de exposições orais que deverão ter a duração mínima de 20 minutos e a duração máxima de 45 minutos, podendo-as ilustrar com meios audiovisuais.

3. Sempre que a natureza dos relatórios apresentados exija uma avaliação que pressuponha o desempenho concreto de uma tarefa, compete ao júri a definição da metodologia e o local da sua realização para a referida avaliação.

4. De todas as reuniões do júri será lavrada uma acta.

5. A classificação obtida pelo aluno/formando na PAP será afixada em local público, nos cinco dias úteis subsequentes à apresentação do projecto.

Artigo 18º

Caso haja discordância com o teor de avaliação da PAP, os encarregados de educação, ou os alunos/formandos quando maiores, podem reclamar, fundamentadamente, para o director, no prazo máximo de cinco dias úteis.

1. Compete ao director aceitar e dar seguimento ou rejeitar a reclamação caso não esteja devidamente fundamentada.

2. No caso de a reclamação ser aceite, o director, convoca o júri da PAP, que se reunirá para tomar conhecimento da fundamentação do recurso e dar uma resposta ao mesmo.

3. Compete ao director dar conhecimento ao aluno/ formando, no prazo de dez dias úteis, das decisões tomadas pelo júri.

4. Competirá ao grupo constituído pelo director, director de curso e director de turma, a decisão final, após a análise de todo o processo de recurso, incluindo os pareceres recolhidos.

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Grelha critérios de avaliação PAP

NOME:

CURSO:

CICLO DE FORMAÇÃO:

ANO LECTIVO:

A- Desenvolvimento do Projecto (50 %) A = (A1 + A2)

A1- Grau de consecução dos objectivos propostos (40%)

A2 – Pontualidade, assiduidade, organização e sentido de responsabilidade patenteada ao longo do processo (10%)

B – Trabalho escrito (30 %) B = (B1 + B2 + B3)

B1 – Grau de rigor técnico e científico do relatório (10%)

B2 – Organização do relatório (10%)

B3 – Qualidade dos materiais utilizados e apresentados como enriquecimento do projecto (10%)

C – Defesa Oral do projecto (20%) C = (C1 + C2 + C3)

C1 – Clareza, fundamentação da escolha da temática tratada e grau de inovação (5%)

C2 – Capacidade de argumentação na defesa do projecto (10%)

C2 – Qualidade dos recursos utilizados na exposição (5%)

Os elementos do Júri:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Classificação

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ANEXO III

Regulamento da planificação da PAP

Procedimentos para o estabelecimento da planificação da PAP

Fase de apresentação do Projecto PAP

Cada pré-projecto será apresentado pelo professor acompanhante da PAP, até à data estabelecida em cada ano (entre 20 de Novembro e o último dia de aulas do primeiro período) e avaliado pelo director do curso de acordo com os seguintes critérios:

a. adequação do tema ao curso profissional;

b. definição clara e sucinta de objectivos;

c. resultados esperados/obtidos sustentados por avaliação;

d. relevância pedagógica para o(s) aluno(s) e para a aquisição do perfil de desempenho à saída ;

e. estabelecimento de parcerias com outras instituições;

f. envolvimento e participação dos diferentes professores do curso e da comunidade educativa;

g. inovação e criatividade;

h. material didáctico necessário e estimativa de custos para o seu desenvolvimento.

Fase de desenvolvimento da PAP

1. Os projectos aprovados pelo director do curso serão sujeitos a uma avaliação intercalar, através do preenchimento de um relatório intercalar de execução que identificará o seu estado de desenvolvimento e a apresentação do relatório final que identificará o seu terminus.

2. Os prazos limites para a apresentação dos dois relatórios identificados no ponto anterior deverá ser estabelecida em cronograma próprio, a calendarização da PAP, a estabelecer pela equipa de professores acompanhantes e orientadores da formação em contexto de trabalho, na data estabelecida para a entrega do projecto PAP.

3. Os modelos de formulário disponibilizados na Intranet da escola para cada uma das fases, sendo facultativos, servirão para nortear a orientação e o controlo por parte dos professores, alunos e famílias, permitindo ajustar o projecto às metas comuns estabelecidas e o apoio, com maior segurança, aos diferentes alunos.

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ANEXO IV

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho / Estágio (FCT)

Âmbito da FCT

A formação em contexto de trabalho (FCT) é um conjunto de actividades profissionais que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do curso frequentado pelo aluno/formando do ensino profissional, podendo revestir várias modalidades (experiências de trabalho por períodos variáveis, estágios nas entidades de acolhimento/empresas, em etapas intermédias ou no final da formação, simulação de actividades profissionais, em situações devidamente fundamentadas, entre outras) que pretende atingir, entre outros, os seguintes objectivos:

a. contribuir para melhorar a orientação e a formação profissional;

b aplicar a actividades concretas, em contexto real de trabalho, conhecimentos e competências

adquiridas ao longo da formação;

c promover a inserção dos alunos/ formandos no mundo do trabalho;

d. desenvolver o espírito empreendedor e de iniciativa;

e. observar o quotidiano das entidades de acolhimento/empresas, com as quais o aluno/formando

toma contacto;

f. desenvolver hábitos de trabalho, espírito criativo e capacidade de actualização permanente.

Enquadramento legal

O decreto-lei 74/2004 de 26 Março, rectificado pela declaração de rectificação nº 44/2002, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo decreto - leis nº 24/2006, de 6 de Fevereiro, rectificado pela declaração nº 23/2006, de 7 de Abril, a portaria 550 c/2004 de 21 de Maio, alterada pela portaria 797/2006, de 10 de Agosto e o despacho 14 758/2004 de 23 de Julho que regulamentam o funcionamento dos cursos profissionais. O período mínimo de FCT é de 420 horas.

Planificação do estágio

O estágio/FCT é realizado preferencialmente em entidades de acolhimento, empresas, associações e instituições da região, podendo no entanto realizar-se no estrangeiro, quando verificados todas os requisitos legais.

Artigo 1º

Os órgãos /elementos a envolver são os seguintes:

a. director;

b. director de curso;

c. professor orientador da formação em contexto de trabalho;

d. monitor da empresa;

e. aluno/formando;

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f. encarregado de educação;

g. conselho de projecto/PAP;

h. conselho coordenador dos cursos profissionais.

Artigo 2º

São competências e atribuições do director:

a. nomear o professor director de curso;

b. nomear o professor orientador da FCT;

c. assinar o protocolo entre a entidade de acolhimento/empresa e a escola;

d. assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento, o professor orientador da FCT e o aluno/formando as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.

Responsabilidade da escola

1. A escola é responsável por:

a. assegurar a realização da FCT, nos termos definidos na legislação em vigor e nos regulamentos específicos aplicáveis;

b. estabelecer os critérios de distribuição dos alunos/formandos pelas diferentes entidades de acolhimento;

c. assegurar a elaboração dos protocolos com as entidades de acolhimento/empresa;

d. assegurar a elaboração e a assinatura dos contratos de formação com os alunos/formandos e seus encarregados de educação, se aqueles forem menores, quando, nos termos do regulamento interno, a escola opta pela utilização daquele instrumento;

e. assegurar a elaboração do plano da FCT, bem como respectiva assinatura por parte de todos os intervenientes;

f. assegurar o acompanhamento da execução do plano da FCT;

g. assegurar a avaliação do desempenho dos alunos /formandos, em colaboração com a entidade de acolhimento;

h. assegurar que o aluno formando se encontra coberto por seguro em todas as actividades de FCT;

i. assegurar em conjunto com a entidade de acolhimento/empresa e o aluno/formando as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.

2. O professor orientador da FCT é designado pelo director ouvido o director de curso, de entre os professores que leccionam as disciplinas da componente da formação técnica.

3. O plano individual da FCT, elaborado antes do início das actividades de formação a que respeita, deve ter parecer favorável do director de curso.

Responsabilidades específicas do professor orientador da FCT

1. São responsabilidades do professor orientador da FCT:

a. elaborar o plano da FCT, em articulação com o director de curso, bem como, quando for o caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação pedagógica, restantes professores e monitor designado pela entidade de acolhimento/empresa;

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b. acompanhar a execução do plano de formação, nomeadamente através de deslocações periódicas aos locais de realização da FCT;

c. avaliar, em conjunto com o monitor designado pela entidade de acolhimento/empresa, o desempenho do aluno/formando;

d. acompanhar o aluno/formando na elaboração dos relatórios da FCT;

e. propor ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno/formando na FCT;

g. planificar reuniões com o monitor de acolhimento e reuniões periódicas com os alunos, de forma a poderem rever o seu plano individual, discutir as competências - chave que têm desenvolvido ou que precisam de desenvolver, elaborando relatórios.

2. Quando a FCT se desenvolve parcialmente sob a modalidade de prática simulada, as funções atribuídas no presente regulamento ao monitor designado pela entidade de acolhimento considerar-se-ão deferidas aos professores responsáveis pelas disciplinas intervenientes.

3.. Para o exercício das suas funções, o professor orientador da FCT tem direito a usufruir durante o ano escolar de uma redução, na componente não lectiva, que será gerida de forma flexível, ao longo do ano, conforme as necessidades, independentemente das formas de concretização da FCT, dentro dos seguintes limites, de acordo com o número de entidades de acolhimento:

a. até seis empresas - quatro horas e meia ( 2,5 blocos)

b. de 7 a 10 empresas – seis horas

c. mais de 10 empresas - sete horas e meia

Parágrafo único: Os horários dos professores orientadores da FCT deverão ser elaborados de forma a permitir o acompanhamento dos alunos e as deslocações às entidades de acolhimento durante os períodos em que se desenvolve a FCT. Sempre que o professor orientador da FCT é também professor acompanhante do Projecto conducente à PAP, um bloco, dos dois blocos e meio (caso tenha até seis empresas), será destinado à orientação da PAP.

Responsabilidades da entidade de acolhimento

São responsabilidades da entidade de acolhimento:

a. designar o monitor;

b. colaborar na elaboração do protocolo e no plano individual da FCT;

c. colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno/formando;

d. assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT, nomeadamente no que

diz respeito à integração sócio-profissional do aluno/formando na instituição;

e. atribuir ao aluno/formando tarefas que permitam a execução do plano individual de formação

previamente acordado;

f. controlar a assiduidade do aluno/formando;

g. assegurar, em conjunto com a escola e o aluno/formando, as condições logísticas necessárias à

realização e ao acompanhamento da FCT.

Responsabilidades do aluno/formando

São responsabilidades do aluno/formando:

a. colaborar na elaboração do protocolo e do plano individual da FCT;

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b. participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT;

c. cumprir, no que lhe compete, o plano individual de formação;

d. respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento/empresa e utilizar com zelo os bens, equipamentos e instalações;

e. não utilizar, sem prévia autorização da entidade de acolhimento/empresa, a informação a que tiver acesso durante a FCT;

f. ser assíduo e pontual e estabelecer comportamentos assertivos nas relações de trabalho;

g. justificar as faltas perante o professor orientador e o monitor, de acordo com as normas internas da escola e da entidade de acolhimento;

h. elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT, de acordo com as regras em uso na escola e estipuladas no manual de estilo para a redacção de relatórios e escrita de bibliografia.

Artigo 3º

Fases da formação em contexto de trabalho

1ª Fase

Sensibilização do aluno/formando, pelo professor orientador da FCT, e do monitor da entidade de acolhimento para a diferença na aprendizagem dentro da sala de aula e em situação vivida no local de trabalho.

2ª Fase

Execução do projecto/plano de trabalho conforme características próprias da entidade acolhedora. Todas as modalidades devem incluir aprendizagens significativas no âmbito da saúde e segurança no trabalho.

3ª Fase

Elaboração e apresentação do relatório final, onde deve constar, entre outros itens:

- introdução (contexto - referência e caracterização da empresa);

- descrição das actividades desenvolvidas, utilizando uma linguagem técnica e apropriada. (deve consultar o registo diário);

- auto - avaliação (apreciação crítica, quanto à avaliação do processo e suas condicionantes, do produto e propostas de melhoria).

Artigo 4º

Instrumentos de avaliação

Desenvolvimento faseado do projecto/plano de trabalho:

- registo diário do aluno formando;

- ficha de acompanhamento do professor orientador da FCT;

- ficha da avaliação do monitor;

- relatório do aluno e auto-avaliação;

- relatório final do professor acompanhante da FCT.

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Artigo 5.º

Calendarização e duração

A calendarização e distribuição das 420 horas são definidas em função do curso e das disponibilidades das entidades acolhedoras/instituições, constantes das candidaturas pedagógica e financeira, previamente autorizadas pelo Ministério da Educação.

Artigo 6º

O não cumprimento, por parte do aluno/formando, do contrato da FCT assinado, implica a sua anulação.

Os casos omissos serão remetidos para o regulamento interno da escola.

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ANEXO V

Regulamento das visitas de estudo

Legislação de referência: despacho nº 28/ME/91 de 28 de Março; ofício circular nº 2/2005 de 4 de Janeiro; estatuto do aluno do ensino básico e secundário – lei nº3/2008, 18 de Janeiro

Artigo 1º

Definição e objectivos

1. As visitas de estudo e intercâmbios são estratégias do processo ensino/aprendizagem que permitem fazer a ligação da escola à vida real e à comunidade e são um meio de concretização de motivações, aprendizagens e competências, quer no âmbito das disciplinas ou áreas não disciplinares, quer de carácter interdisciplinar. Têm como finalidade a consolidação de aprendizagens, o desenvolvimento de técnicas de trabalho e a motivação para o estudo e a investigação.

2. As visitas de estudo decorrem do projecto educativo de escola (PEE) e enquadram-se no plano anual de actividades (PAA) e no projecto curricular de turma (PCT).

Artigo 2º

Aprovação e autorização

1. As propostas de visita de estudo devem ser elaboradas em reunião de grupo disciplinar ou de departamento, de forma a poderem ser integradas no plano anual da escola. A programação das visitas de estudo, sendo parte integrante do projecto curricular da turma, deve ser feita no início do ano lectivo, em reunião do conselho de turma.

2. Às propostas de visitas de estudo não previstas no plano anual de actividades da escola, será dado um parecer favorável pelo conselho pedagógico, desde que o respectivo conselho de turma as considere significativas para a aquisição de competências previstas no currículo. Depois de aprovadas, as visitas de estudo passam a integrar o plano anual de actividades da escola e o projecto curricular de turma e são abrangidas pelo seguro escolar.

3. Podem propor e organizar visitas de estudo todos os professores da escola. A marcação da visita de estudo é da responsabilidade do professor organizador devendo ser aprovada, respectivamente, pelo conselho de turma, conselho pedagógico e conselho geral.

4. A realização das visitas de estudo deve ser feita, preferencialmente, no decurso do primeiro e do segundo períodos, tendo em consideração os momentos de avaliação.

5. As visitas de estudo em território nacional, com duração superior a três dias, assim como qualquer visita de estudo ao estrangeiro, carecem de autorização do director da escola, por delegação de competências do director regional de educação do norte.

6. No caso das visitas de estudo ao estrangeiro, devem ser acautelados os procedimentos a seguir elencados, sob a égide das normas legais à data em vigor:

a. autorização e co-responsabilização das famílias;

b. cobertura do seguro escolar/ seguro externo;

c. declaração de autorização de saída para o estrangeiro expressa pelo responsável legal do aluno;

d. cartão europeu de seguro de doença;

e. bilhete de identidade ou cartão de cidadão;

f. passaporte e visto, quando se justifique.

7. A organização de intercâmbios escolares, em território nacional ou estrangeiro, seguirá os mesmos princípios pedagógicos e organizacionais, de acordo com o normativo legal em vigor.

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8. Em termos de duração, em período lectivo, estas actividades devem obedecer aos seguintes limites legais:

a. intercâmbio escolar - até sete (7) dias úteis - no mínimo, três (3) professores acompanhantes.

b. visitas de estudo ao estrangeiro - até cinco (5) dias úteis - 1 docente por cada 15 alunos.

9. As propostas de intercâmbio e de visita de estudo ao estrangeiro devem ser aprovadas pelo director da escola, enviando-se o pedido de autorização, para o efeito, com a antecedência mínima de 30 dias a contar da data de início da actividade.

10. Em caso de intercâmbio ou saída para o estrangeiro, deverá ser entregue documento da reunião de pais e encarregados de educação realizada para aprovação por parte dos mesmos.

11. As propostas das visitas de estudo não incluídas no ponto anterior devem ser entregues em documento próprio, com uma antecedência mínima de quinze dias.

12. A escola poderá ainda organizar outras actividades fora do seu espaço físico, em período não lectivo e/ou sem prejuízo das actividades lectivas, como passeios, acampamentos ou colónias de férias.

13. As actividades referidas no ponto 8 deverão enquadrar-se, obrigatoriamente, nos objectivos decorrentes do projecto educativo de escola.

14. As actividades referidas no ponto 8 podem resultar da exclusiva iniciativa da escola ou de parcerias realizadas com a respectiva associação de pais e encarregados de educação e/ou outros agentes educativos.

15. Os alunos e docentes que participam nestas actividades estão cobertos pelo seguro escolar, em território nacional, e por seguro a contratar, em território estrangeiro.

16. Possíveis danos causados pelos alunos no decurso destas actividades, que se não enquadrem no âmbito do seguro escolar, serão da responsabilidade dos respectivos encarregados de educação ou dos alunos, caso sejam de maior idade.

17. Considerando as características pedagógicas e didácticas das visitas de estudo e dos intercâmbios, assim como a sua integração no PEE e PAA ou PCT, a participação dos alunos tem carácter obrigatório decorrente do dever de assiduidade que lhe assiste.

18. Poderá o aluno e/ou encarregado de educação (se menor de 18 anos), em caso de não comparência, vir a justificar o motivo da mesma junto do(a) director de turma e do(a) professor(a) responsável pela actividade em questão.

19. Cabe, obrigatoriamente, aos docentes integrados na visita de estudo ou intercâmbio, desde que não sejam acompanhados pela totalidade dos alunos da(s) turma(s), a disponibilização prévia de um plano de aula e actividades a realizar no respectivo horário lectivo.

Artigo 3º

Organização

1. Compete aos professores responsáveis pela visita de estudo:

a. preencher o formulário da proposta da visita de estudo e enviá-lo à comissão das visitas de estudo;

b. estabelecer os contactos com os locais a visitar;

c. contactar a empresa transportadora;

d. enviar aos encarregados de educação informação sobre a visita de estudo, os seus objectivos, os locais a visitar, as disciplinas e turmas envolvidas, a data e o preço e, ainda, o termo de responsabilidade/autorização;

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e. recolher a verba paga pelos alunos e assumir o pagamento a quem de direito;

f. recolher as autorizações para a visita de estudo/ intercâmbio ou actividade no exterior, em modelo próprio e fazer-se acompanhar por estas no decorrer da visita;

g. convocar uma reunião de encarregados de educação em caso de visitas ao estrangeiro ou de visitas em território nacional com duração superior a 24h;

h. organizar, para as visitas ao estrangeiro, uma lista com os contactos dos encarregados de educação de todos os alunos presentes e deixar uma cópia na direcção da escola;

i. informar o director de turma;

j. entregar em modelo próprio, até à véspera da visita, a lista dos alunos participantes, respectivos contactos e contactos dos encarregados de educação, deixando uma cópia na direcção da escola;

l. solicitar na direcção a declaração de idoneidade necessária ao acompanhamento dos alunos;

m. levar para a visita toda a correspondência que a ela diga respeito;

n. fazer cumprir as condições de segurança referidas na lei 13/2006 de 17 de Abril e sua remissão para o despacho 26 348/2006 de 29 de Dezembro;

o. elaborar um relatório síntese e resumo da avaliação da visita de estudo no prazo de 8 (oito) dias após a conclusão da actividade, a entregar à comissão das visitas de estudo;

p. apresentar uma justificação à comissão, no caso de a visita de estudo ser adiada e/ou não se realizar de todo.

2. Compete aos alunos/encarregados de educação:

a. entregar obrigatoriamente ao professor responsável o termo de responsabilidade, devidamente assinado pelo encarregado de educação tenham ou não autorização para a visita de estudo. Nenhum aluno pode ir a uma visita de estudo sem a entrega da autorização escrita ao professor organizador;

b. efectuar o pagamento no prazo que lhes foi indicado;

c. solicitar, através do director de turma, apoio específico, no caso de dificuldades financeiras, de modo que os alunos não sejam impedidos de participar na visita de estudo por tais motivos;

d. comunicar a desistência da visita de estudo, por escrito, ao professor organizador indicando o motivo, até 5 dias úteis antes da visita. A devolução do pagamento deve ser solicitada por escrito ao professor responsável, até 5 dias úteis antes da visita, com indicação do fundamento. O reembolso das quantias já pagas poderá estar dependente de pagamentos já efectuados e não reembolsáveis.

Nota :

- Cabe aos alunos que não participam na actividade, comparecer na escola às actividades previstas no respectivo horário, sem o que deverá ser-lhes marcada falta de presença a todas as disciplinas coincidentes com o horário da visita de estudo, sendo informados os encarregados de educação.

- As visitas de estudo são financiadas na totalidade pelos encarregados de educação.

- No que concerne aos alunos que sejam beneficiários do SASE (apenas do 3º Ciclo e de acordo com os escalões previstos), o reembolso pelo pagamento da visita será feito a posteriori nos moldes estipulados por aqueles serviços.

- No que concerne aos alunos do ensino profissional, a visita estará isenta de qualquer custo, desde que se insira no PAA e tenha sido objecto de aprovação pelo órgão competente (normativo do POPH).

3. Compete ao director de turma:

a. alertar, no início do ano lectivo e sempre que se justificar, os encarregados de educação para a importância da participação dos seus educandos nas visitas de estudo;

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b. responder às dúvidas e pedidos de ajuda dos organizadores de visitas das suas turmas;

c. colaborar com o(s) professor(es) organizador(es) no que diz respeito às alíneas g. e j. deste artigo.

4. Compete ao conselho de turma:

a. agendar as visitas de estudo no plano curricular de turma e colaborar com o professor organizador de forma a melhor agilizar todo o processo;

b. fundamentar a exclusão dos alunos por motivos disciplinares e assegurar a ocupação plena dos que ficam;

c. promover sempre que possível a transversalidade.

5. Compete à direcção da escola:

colaborar e esclarecer dúvidas relativas aos procedimentos no âmbito da organização das visitas de estudo.

6. Compete ao conselho pedagógico:

dar parecer sobre propostas de visitas que lhe sejam apresentadas.

7. Compete ao conselho geral:

aprovar ou recusar as propostas de visitas de estudo que lhe sejam apresentadas.

8.Compete à comissão das visitas de estudo:

a. manter actualizado o dossiê com toda a documentação recebida;

b. providenciar a entrega de todos os documentos solicitados;

c. elaborar relatório intermédio e final sobre as visitas de estudo e actividades realizadas no exterior.

Artigo 4º

Outras situações

1. Incidentes:

a. após a chegada à escola, os professores apresentam-se na direcção devendo participar imediatamente qualquer incidente ocorrido durante a visita de estudo;

b. após a visita de estudo, os professores deverão dar a(s) aula(s) seguintes desde que a chegada ocorra antes do seu início. Se a visita de estudo terminar na hora de almoço, deve ser concedido a professores e alunos um tempo lectivo de (45 minutos) para esse efeito.

2 .Registo de sumário:

a. o(s) professor(s) organizador(s) / acompanhantes devem registar no livro de ponto ou equivalente a participação na visita de estudo;

b. o(s) professor(s) da turma que não participa(m) na visita de estudo deve(m) assinar o livro de ponto ou equivalente. Se tiver(m) alunos, numera(m) a lição e sumaria(m); se não tiver(m) alunos, numera(m) a lição e escreve(m) no sumário “Os alunos foram todos a uma visita de estudo”.

3. Envio de formulários:

as propostas e relatórios das visitas de estudo deverão ser entregues pessoalmente a qualquer dos elementos da respectiva comissão ou enviados para o seguinte endereço electrónico: [email protected]

Nota: Este regulamento não dispensa a leitura do regulamento interno nem da legislação em vigor no que concerne às visitas de estudo, lei 13/2006 de 17 de Abril e despacho 26 348/2006 de 29 de Dezembro.

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ANEXO V

Legenda das siglas utilizadas neste documento

APA – aula de apoio pedagógico acrescido

APEE – associação de pais e encarregados de educação

BE – biblioteca escolar

ESAS – escola secundária abel salazar

FCT – formação em contexto de trabalho

PAA – plano anual de actividades

PAP – prova de aptidão profissional

PE – projecto educativo

RBE – rede de bibliotecas escolar

TIC/PTE – tecnoligias de informação e comunicação/plano tecnológico da educação

SASE – serviço da acção social escolar

UNIMARC – universal machine readble catologing