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ESCOLA TÉCNICA REDENTORISTA – ETER TRAINEE OPERACIONAL EM MANUTENÇÃO MÉRCIA REGINA DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO USINA DO BENEFICIAMENTO DO COBRE PROJETO SALOBO – VALE

Relatório de estágio projeto salobo

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MEU RELATÓRIO DE ESTÁGIO COMO TRAINEE OPERACIONAL NA ÁREA DE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL. NO PROJETO SALOBO - VALE NO PERÍODO DE COMISSIONAMENTO.

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Page 1: Relatório de estágio   projeto salobo

ESCOLA TÉCNICA REDENTORISTA – ETER

TRAINEE OPERACIONAL EM MANUTENÇÃO

MÉRCIA REGINA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

USINA DO BENEFICIAMENTO DO COBRE

PROJETO SALOBO – VALE

MARABÁ – PA

NOVEMBRO/2012

Page 2: Relatório de estágio   projeto salobo

ALUNA: MÉRCIA REGINA DA SILVA

FORMAÇÃO: CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA INDUSTRIAL

ATUAÇÃO: INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

Este relatório apresenta uma breve apresentação da Vale, do Projeto Salobo e das minhas atividades realizadas no Curso Profissionalizante e do Estágio supervisionado ao longo dos seis meses na área da Instrumentação Industrial na Usina de beneficiamento do Cobre na manutenção preventiva.

Mentor: Leandro Martins Cunha

MARABÁ – PA

NOVEMBRO/2012

Page 3: Relatório de estágio   projeto salobo

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por as graças concedidas. Aos meus pais e familiares pelas

expressões de afeto e amor. A todos que compõem o corpo discente e docente da

Escola Técnica Redentorista - ETER no período de preparação no Programa de

Formação Profissional – Vale, participação direta e indireta na condução dos

estudos e pesquisa. Ao Supervisor Leandro Martins e a sua equipe da

Instrumentação Industrial pela orientação e pelo desenvolvimento das minhas

habilidades na área da Instrumentação Industrial através da manutenção preventiva

dos instrumentos. Aos profissionais da área que participaram diretamente no meu

aprendizado através de atividades e cursos de aperfeiçoamento.

Page 4: Relatório de estágio   projeto salobo

ESCOLA TÉCNICA REDENTORISTA – ETER

___________________________________________________

Padre Tiago de Melo Correia

(Diretor)

____________________________________________________

Maria de Fátima Cavalcante

(Vice-diretora)

_____________________________________________________

Ramon Torquato

(Coordenador da Área Eletrônica Industrial)

______________________________________________________

Rosalyn Michele Pereira Laurentino

(Chefe do Setor de Estágio)

________________________________________________________

Silzonaldo Eugênio Souza

(Secretária Escolar)

Page 5: Relatório de estágio   projeto salobo

PROJETO SALOBO METAIS S.A - VALE

___________________________________________________

José Bolãnos

(Gerente de Área)

____________________________________________________

Leandro Martins Cunha

(Supervisor Instrumentação Industrial)

_____________________________________________________

Mércia Regina da Silva

(Trainee Operacional Manutenção)

Page 6: Relatório de estágio   projeto salobo

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................7

2. HISTÓRICO DA EMPRESA....................................................................................8

3. PERFIL DA EMPRESA.........................................................................................11

4. PROJETO SALOBO.............................................................................................13

4.1 Comissionamento.............................................................................................13

4.1.1 FASE DE PRÉ – COMISSIONAMENTO....................................................14

4.1.2 FASE DE TESTES.....................................................................................14

4.2 MONTADORAS................................................................................................14

4.3 GERENCIADORAS..........................................................................................15

4.4 COMISSIONADORA........................................................................................15

4.5 GPO (GRUPO DE PROTIDÃO OPERACIONAL)............................................15

4.6 FORNECEDORES...........................................................................................16

4.7 OPERAÇÃO.....................................................................................................17

4.8 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DAS FASES DO COMISSIONAMENTO... .17

5. DESCRITIVO DO PROCESSO – PROJETO SALOBO........................................19

5.1 DADOS BÁSICOS DE PROCESSO.................................................................20

5.1.1 CARACTERISTICAS GERAIS DO PROCESSO.......................................20

5.1.2 ROTA DO PROCESSO..............................................................................20

5.2 PLANTA DE BENEFICIAMENTO – 12 Mtpa....................................................20

5.2.1 BRITAGEM PRIMÁRIA – ÁREA 2001........................................................20

5.2.2 PILHA DE ESTOCAGEM DE MINÉRIO BRITADO – ÁREA 2003.............21

5.2.3 PENEIRAMENTO PRIMÁRIO E BRITAGEM SECUNDÁRIA – ÁREA 2005............................................................................................................................22

5.2.4 TRANSPORTE DE CORREIA DE LONGA DISTÂNCIA (TCLD) – ÁREA 2007....................................................................................................................23

5.2.5 PILHA DE ESTOCAGEM DE MINÉRIO BRITADO – ÁREA 2009.............23

5.2.6 PRENSAGEM – ÁREA 2010......................................................................24

5.2.7 PENEIRAMENTO SECUNDÁRIO – ÁREA 2012.......................................25

5.2.8 MOAGEM DE BOLAS E CICLONAGEM – ÁREA 2014.............................26

5.2.9 SISTEMA DE MANUSEIO E ESTOCAGEM DE BOLAS – ÁREA 2016.....27

5.2.10 FLOTAÇÃO E REMOAGEM – ÁREA 2017..............................................28

Page 7: Relatório de estágio   projeto salobo

5.2.11 ESPESSAMENTO DE CONCENTRADO – ÁREA 2019..........................32

5.2.12 FILTRAGEM E ESTOCAGEM DO CONC. EM SALOBO – ÁREA 2020..33

5.2.13 PREPARAÇÃO E DOSAGEM DE REAGENTES – ÁREA 2022..............34

6. APRESENTAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO..........................................40

6.1 PROGRAMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL – TRAINEE..........................40

6.2 ESTUDO PRÁTICO..........................................................................................41

6.2.1 Instrumentação Industrial...........................................................................41

6.2.2 CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO...........................41

6.2.3 CLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÃO..............................................................41

6.2.4 CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU SUPRIMENTO. .44

6.2.5 SIMBOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃO....................................................47

6.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.....................................................................63

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................83

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.....................................................................84

9. ANEXOS................................................................................................................86

Page 8: Relatório de estágio   projeto salobo

7

1. INTRODUÇÃO

Serão relatadas aqui as atividades realizadas durante o período de estágio, que

teve duração de oito meses (de agosto de 2011 a março de 2012), na usina do

Projeto Salobo, uma das unidades pertencentes a Empresa Vale S.A localizada no

Estado do Pará.

Em cumprimento as exigências para a conclusão do Técnico em Eletrônica

Industrial da Escola Técnica Redentorista – ETER, o estágio supervisionado foi

realizado na área da Instrumentação Industrial (Manutenção Preventiva

Eletroeletrônica em instrumentos de medição e controle).

Após a conclusão de um curso de formação exigido pela própria Vale (Programa

de Formação Profissional), ministrado na Escola Técnica Redentorista – ETER

dividida em Núcleo Comum (Informática Básica, Matemática Aplicada, Comunicação

Escrita, Segurança Empresarial, Inglês Técnico, Visão Vale, Relações Interpessoais,

e Gestão de Qualidade de Vida) e o Núcleo Específico (Conceitos de Eletricidade,

Leitura e Interpretação de Desenho Industrial, Metrologia Elétrica, Introdução a

Pneumática e Hidráulica, Segurança em Instalação Elétrica e NR-10, Eletrônica

Analógica e Digital, Introdução a Instrumentação, Mecânica e Rolamentos), assim

como aulas práticas no Núcleo Específico em algumas bases.

O estágio possibilitou a realização de tarefas na área de Manutenção Preventiva

na Usina (Britagem Secundária, Moagem e Filtragem), permitindo pôr em pratica

grande parte dos conhecimentos adquiridos, tanto no curso de formação, como no

curso de Eletrônica Industrial. Desse modo o estágio supervisionado teve por

finalidade complementar a aprendizagem.

Contatos diretos com componentes elétricos, circuitos, painéis, instrumentos

diversos e uma série de tantas outras coisas do universo da eletrônica,

possibilitaram a apreensão dos conhecimentos adquiridos em ambos os cursos

realizados na Escola Técnica Redentorista – ETER.

Page 9: Relatório de estágio   projeto salobo

8

2. HISTÓRICO DA EMPRESA

A antiga empresa de economia mista, criada no Governo Getúlio Vargas, é hoje

uma empresa privada, de capital aberto, com sede na cidade do Rio de Janeiro. A

Companhia Vale do Rio Doce, hoje apenas sob o nome de Vale, é a maior empresa

brasileira do ramo de mineração.

E as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e na Bolsa

de Valores de Nova York (NYSE), integrado o Dow Jones Sector Titans Composite

Index.

Em 24 de outubro de 2006 a Vale anunciou a incorporação da INCO canadense,

a maior mineradora de níquel do mundo, que foi efetivada no decorrer de 2007.

Após essa incorporação, o novo conglomerado empresarial CRVD Inco que mudou

oficialmente de nome em novembro de 2007 tornou-se a 31ª maior empresa do

mundo, atingindo um valor de mercado de R$ 298 bilhões, à frente da IBM. Em 2008

seu valor de mercado foi estimado em 196 bilhões de dólares pela consultoria

Economática, perdendo no Brasil apenas para a Petrobrás (R$ 287 bilhões) e se

tornando a 12ª maior mineradora do mundo.

O Conselho de Administração da Vale é controlada pela Valepar S.A, que detém

53,3% do capital votante da CRVD (33,6% do capital total). Por sua vez a

constituição acionária da Valepar é a seguinte: Litel/Litela (fundos de investimentos

administrados pela Previ) com 58,1% das ações, Bradespar com 17,4%, Mitsui com

15,0%, BNDESpar com 9,5%, Elétron (Opportunity) com 0,02%. Se considerarmos

as ações da Previ (cuja diretoria é indicada pela União) e do BNDES como de

influência direta do Governo Federal, esta gerência, por posse ou indicação, cerca

de 41% do capital votante (incluindo participações externas à Valepar). Se

incluirmos a participação do Bradesco e dos investimentos brasileiros, 65% do

capital votante da empresa se encontram no País.

A partir de 29 de novembro de 2007 a marca e o nome de fantasia da empresa

passaram a ser apenas Vale, nome pelo qual sempre foi conhecida nas bolsas de

valores, mais foi mantida a razão social original Companhia Vale do Rio Doce S.A.

O atual presidente da empresa é Roger Agnelli, ex-executivo de carreira do

Bradesco, preside a Vale desde 2001.

MINERAIS FERROSOS:

Page 10: Relatório de estágio   projeto salobo

9

Em 2005 a produção de minério de ferro da Vale atingiu um novo recorde de

240,4 milhões de toneladas, 10,3% acima do volume produzido em 2004. Entre 2001

e 2005, a produção da companhia cresceu à taxa média anual de 15%. Contribuíram

para esse resultado à entrada em operação da mina de Fábrica Nova no Sistema

Sul, ramp-up de Capão Xavier, expansão de capacidade de Carajás e ganhos de

produtividade em quase todas as demais minas. Em 2005 a produção de pelotas foi

de 36,376 milhões de toneladas, 2,2% acima do volume de 2004. Foram produzidas

22,8 milhões de toneladas de pelotas de alto-forno e 13,6 milhões de toneladas de

pelotas de redução direta.

Em 2005, fechou o preço benchmark com a Nippon Steel, uma das maiores

siderúrgicas da Ásia, com aumento de 71,5% para o sinter feed Carajás em relação

ao preço de 2004, o que corresponde ao maior reajuste da história. Já o preço FOB

– Tubarão de pelotas subiu 86,67% e para o minério de ferro granulado o aumento

foi de 79%.

As vendas de minério de ferro e pelotas bateram recorde em 2005, com 252,189

milhões de toneladas. A cadeia do alumínio: bauxita, alumina e alumínio primário. A

produção da cadeia do alumínio em 2005 foi de 6,9 milhões de toneladas de bauxita,

2,6 milhões de toneladas de alumina e 496 mil toneladas de alumínio primário, níveis

recordes.

A mina de bauxita de Paragominas, no Estado do Pará cuja produção ocorreu no

primeiro trimestre de 2007. Após a entrada em operação de seus módulos 4 e 5,

inaugurados no primeiro trimestre de 2006, a Alunorte se tornou a maior refinaria de

alumina o mundo.

MINERAIS NÃO FERROSOS

Em 2005 a Vale inaugurou sua atuação na Indústria de concentrado de cobre (o

primeiro ano completo de operação da Mina do Sossego) e já conta com 13 clientes,

situados em 11 diferentes países.

Obras da usina hidrometalúrgica de Carajás com capacidade de 10 mil toneladas

anuais de cobre catodo. Construída junto à Mina do Sossego, objetiva testar a

tecnologia da rota hidrometalúrgica para o processamento do minério de cobre, com

vistas a processar, no futuro, o minério a ser produzido pelos depósitos do Salobo e

Alemão.

Page 11: Relatório de estágio   projeto salobo

10

A produção de cloreto de potássio, matéria-prima da indústria de fertilizantes, foi

de 641 mil toneladas, outro recorde histórico e suas vendas foram de 640 mil

toneladas. A produção de total caulim, em 2005, foi de 1,218 milhões de toneladas.

CARVÃO

A Vale associou-se à Henan Longyu Energy Resources Ltda (Longyu), empresa

localizada na China e da qual a companhia possui 25% do capital em associação

com empresas chinesas.

Em 2006, chegou ao terminal de Praia Mole em Vitória-ES o primeiro

carregamento de carvão antracito de 40 mil toneladas produzido pela Longyu. A

Vale adquiriu 25% do capital da Shandong Yankuang International Coking Co.,

Associação com o Yankuang Group Co. e Itochu Corporation, para a produção de

coque metalúrgico.

A Vale pesquisa ainda dois depósitos de carvão: o deposito de Moatize em

Moçambique, onde estima ser possível produzir 14 milhões de toneladas de

produtos de carvão metalúrgico e o depósito de carvão subterrâneo Belvedere em

Queensland na Austrália com reservas estimadas em 2,7 bilhões de toneladas.

SERVIÇOS DE LOGÍSTICA

A Vale é a primeira fornecedora de serviços de logística no Brasil sendo

responsável por 68% da movimentação de cargas em ferrovias e 27% da

movimentação portuária. Em 2005 movimentou 10,7 milhões de toneladas de soja

em grãos, farelo de soja, açúcar, fertilizante e outros produtos.

Responsável pela movimentação incluindo transporte ferroviário e serviços

portuários de 18% das exportações brasileiras de soja e por 9% da movimentação

na importação de fertilizantes.

A companhia foi a principal empresa no transporte marítimo de carga entre Brasil

e Argentina em 2005. A Vale investiu 1,8 bilhões de reais em 2005 na sua

infraestrutura de logística tendo adquirido 5,414 vagões e 125 locomotivas para

utilização no transporte de seus produtos e de carga geral para clientes na Estrada

de Ferro Carajás - EFC, Estrada de Ferro Vitória a Minas – EFVM e Ferrovia Centro

– Atlântica – FCA. Existem também o TVV – Terminal Marítimo de Vila Velha no

Espírito Santo.

Page 12: Relatório de estágio   projeto salobo

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3. PERFIL DA EMPRESA

Com operações, escritórios, exploração e joint ventures espalhados pelos cinco

continentes, a Vale é a segunda mineradora, atuando em 38 países e empregando

mais de 138 mil pessoas entre profissionais próprios (colaboradores) e terceirizados.

Presentes na África do Sul, Angola, Argentina, Austrália, Barbados, Canadá,

Cazaquistão, Chile, China, Cingapura, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes,

Estados Unidos, Filipinas, França, Gabão, Guiné, Índia, Indonésia, Japão, Libéria,

Malásia, Malauí, Moçambique, Mongólia, Noruega, Nova Caledônia, Omã, Paraguai,

Peru, República Democrática do Congo, Reino Unido, Suíça, Zâmbia, Tailândia,

Taiwan e Brasil.

MISSÃO VALE

Transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável.

VISÃO VALE

Ser a maior empresa em mineração do mundo e superar os padrões consagrados

de excelência em pesquisa, desenvolvimento, implantação de projetos e operação

de seus negócios.

VALORES VALE

Respeito à vida;

Ética e transparência;

Excelência de desemprenho;

Espírito desenvolvimentista;

Responsabilidade econômica, social e ambiental;

Respeito à diversidade;

Orgulho de ser Vale.

Segunda maior mineradora diversificada do mundo em valor de mercado, líder em

produção de minério de ferro e pelotas, e segunda maior produtora de níquel do

mercado a Vale empresa sediada no Brasil foi criada no início da década de 40 –

período em que suas operações eram concentradas em Minas Gerais, através de

um decreto lei assinado em 1º de junho de 1942 pelo Governo Brasileiro.

Antiga Vale do Rio Doce, a empresa levou esse nome até 2007, quando passou a

ser Vale S.A deixou de ser estatal ainda na década de 90 ao ter ações vendidas a

um grupo de empresários estrangeiros.

Page 13: Relatório de estágio   projeto salobo

12

Suas operações compreendem as produções de ferro, níquel, cobre, manganês,

ferroligas, carvão, potássio, bauxita, alumina, alumínio, cobalto, PMGs e caulim.

Tem como prioridade promover e incentivar o crescimento local nas regiões onde

atua, incentivando e realizando práticas que garantem o desenvolvimento tanto

social, quanto econômico e cultural das áreas onde opera.

Além disso, a empresa tem como prática o zelo e a preocupação com o meio

ambiente aliando desenvolvimento à sustentabilidade. No Brasil a Vale pretende

ocupar até 2014 a posição de maior e melhor mineradora do mundo, atua em 13

Estados brasileiros entre Minas Gerais, Maranhão e Pará, onde no Estado do Pará

se encontram as Minas de Carajás (maior mineradora de ferro do mundo), Mina

Onça Puma, Mina do Sossego e os projetos: Salobo e S11D ambas em implantação.

Page 14: Relatório de estágio   projeto salobo

13

4. PROJETO SALOBO

Localizado na Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri no extremo oeste de Marabá

(250km) e a 90 km de Parauapebas – PA, o Projeto Salobo possui a maior jazida de

cobre já descoberta no Brasil.

Com investimento estimado de US$1,1 bilhão, o Projeto Salobo está em fase de

implantação desde 2007. O Projeto contribuirá diretamente para o desenvolvimento

dos municípios de Marabá e Parauapebas, localizados no sudeste paraense, a

geração de uma média de 3,5 mil empregos na fase de implantação e de 2 mil

empregos na operação, além de oportunidades de instalação, modernização e

crescimento de empresas prestadoras de serviços são algumas das vantagens que

o projeto trará para as comunidades locais.

Nas contratações a Vale mantém sua política de priorização de profissionais da

região.

Produção

A capacidade inicial de processamento do Salobo é de 12 milhões de toneladas

por ano de minério que resultarão na produção de 270 mil toneladas/ano de

concentrado de cobre, sendo 100 mil toneladas de cobre contido. Na segunda fase

do empreendimento serão processadas 24 milhões de toneladas por ano de minério,

o que permitirá expandir a produção de concentrado de cobre para 540 mil

toneladas anuais.

O Projeto Salobo será constituído por uma cava a céu aberto. Da mina o minério

será transportado por correia de longa distância com aproximadamente 2 km, para a

planta de beneficiamento de minério onde será moído, classificado e concentrado

por flotação. Os rejeitos produzidos em decorrência do processo de concentração

serão dispostos em estrutura de contenção (barragem de rejeitos).

Depois de beneficiada toda a produção do Salobo será transportada por

caminhões até a Estação de Transbordo, localizada na Pêra Ferrovia da Estrada de

Ferro Carajás (EFC), em Parauapebas – PA. De lá seguirá de trem até o Terminal

Marítimo de Ponta da Madeira em São Luíz (MA).

4.1 Comissionamento

O plano de comissionamento consiste na definição da composição da

estrutura organizacional, recursos, planejamento, responsabilidades e resultados

esperados para assegurar o Projeto Salobo. O termo comissionamento é um

Page 15: Relatório de estágio   projeto salobo

14

neologismo derivado de comissionar que significa colocar em serviço. Incumbir

provisoriamente uma comissão, delegar a um grupo de pessoas a responsabilidade

de tratar conjuntamente um determinado assunto.

O comissionamento presume uma sequência lógica de atividades e testes,

registros e certificações aplicados de forma integrada e dinâmica a uma unidade,

sistema e subsistema industrial, visando torná-lo operacional dentro dos requisitos

de segurança, desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações no

prazo previsto.

O comissionamento compreende:

4.1.1 FASE DE PRÉ – COMISSIONAMENTO

Compreende a conclusão mecânica e as atividades de testes das

malhas de controle, intertravamentos elétricos, testes dos motores elétricos em

vazio, testes de cabos elétricos, aferição/calibração de instrumentos e testes das

unidades hidráulicas e pneumáticas.

4.1.2 FASE DE TESTES

É desenvolvida após a conclusão do pré – comissionamento na qual a

equipe de comissionamento irá realizar testes funcionais e operacionais dos

equipamentos, instrumentos, sistemas e subsistemas. Onde serão identificados os

problemas associados à operação, realizando-se os ajustes e correções necessárias

que dão condição para a realização do Star-up.

Estes testes são realizados sem carga, a planta é testada com água

(onde aplicável) realizando-se ajustes e as correções identificadas como

necessárias para realização dos testes com carga.

4.2 MONTADORAS

Responsável pela instalação e montagem de todas as unidades da obra

conforme especificado, apresentando o procedimento de testes para a aprovação da

equipe comissionadora.

Executam os testes de conclusão mecânica de tubulações, equipamentos

e/ou sistemas do seu escopo de serviço e o preenchimento dos registros de

qualidade: testes hidrostáticos, flushing de linhas, testes co m líquidos penetrantes,

testes utilizando raio-x, alinhamento e nivelamento, testes de estanqueidade e testes

da iluminação.

Page 16: Relatório de estágio   projeto salobo

15

Fornecer todos os equipamentos e/ou instrumentos necessários às

verificações, inspeções e ensaios correspondentes.

4.3 GERENCIADORAS

Planeja e organiza a montagem eletromecânica e acompanha as

inspeções, verificações e testes;

Verifica, analisa e assina os protocolos de testes de montadoras;

Promover a inspeção para certificação da qualidade das instalações quanto

aos seus aspectos físicos;

Identificar necessidade de complementação e adequações de projetos;

Diligenciar a correção dos desvios identificados;

Emitir certificação da qualidade física das instalações inspecionadas;

Acompanhamento do comissionamento;

Coordenar as correções das pendências.

4.4 COMISSIONADORA

A equipe comissionadora irá executar as atividades de comissionamento das

unidades industriais e atuará como “pusher” das atividades de montagem e

comissionamento. Como também a verificação de vazamentos, verificação do

alinhamento das correias, aferição/calibração de instrumentos, testes funcionais e

operacionais, identificação de falhas e/ou mau funcionamento dos sistemas e

subsistemas, etc.

A comissionadora é uma interface entre a construção/montagem e a operação

assistida. Responsabilidade da equipe comissionamento: coordenação/planejamento

e execução.

4.5 GPO (GRUPO DE PROTIDÃO OPERACIONAL)

A protidão operacional ou “operational readiness” será a ponte entre a equipe

do projeto e a operação que visa:

Assegurar que no inicio da etapa de comissionamento todos os sistemas

operacionais, procedimentos, informações e requisitos legais estejam disponíveis;

Desenvolver e suportar a organização com uma liderança operacional

adequada, infraestrutura, sentimento de ser dono e mão de obra com as habilidades

necessárias para vencer os desafios e metas do “start-up”;

Page 17: Relatório de estágio   projeto salobo

16

Evitar mudanças tardias nos projetos decorrentes de necessidades

operacionais;

Aumentar a previsibilidade e competitividade dos projetos;

Minimizar curva de ramp-up, garantindo desempenho operacional pleno

após comissionamento;

Agilizar a tomada de decisão na interface operação x manutenção;

Assegurar a manutenabilidade dos equipamentos e operabilidade da

instalação industrial;

A equipe GPO formada por profissionais da Vale atua diretamente nas

atividades de comissionamento cedendo equipe de técnicos especializados (técnico

em mecânica, elétrica e instrumentação/automação) trabalhando em conjunto com

técnicos da empresa comissionadora, sob a coordenação da mesma tendo como

responsabilidade:

Execução dos serviços, abrangendo todas as verificações, inspeções,

calibrações. Aferições. Testes funcionais, dos equipamentos, instrumentos, sistemas

e/ou subsistemas definidos;

Preenchimento das folhas de testes de cada equipamento, instrumento,

sistema e/ou subsistema integrante do projeto;

Organização documental das folhas de testes preenchidas e relatórios

elaborados;

Diligenciar o fornecimento dos insumos para carga inicial para testes;

Disponibilizar pessoal de operação, manutenção e segurança para

participação ativa na fase de comissionamento, mesclando pessoal experiente com

o pessoal recém-treinado para formação da futura equipe da operação e

manutenção da planta industrial.

4.6 FORNECEDORES

Os fornecedores realizarão a supervisão de montagem e o acompanhamento

do comissionamento e start-up/ramp-up dos equipamentos, instrumentos, sistemas

e/ou subsistema do projeto tem como responsabilidade:

Fornecer listas de verificação, procedimentos de testes e padrões de

registros e/ou certificados a serem utilizados no processo de comissionamento dos

equipamentos e/ou sistemas escopo de fornecimento;

Page 18: Relatório de estágio   projeto salobo

17

Participar da elaboração dos protocolos de testes somando ao

conhecimento do comissionador;

Validar os procedimentos de testes propostos;

Verificar e aprovar as condições de instalações dos equipamentos;

Liberar os equipamentos para os testes e para operação;

Certificar a liberação dos equipamentos para operação;

Supervisionar testes de conclusão mecânica de equipamentos e/ou

sistemas escopo de fornecimento;

Supervisionar testes sem e com carga em equipamentos e/ou sistemas

escopo de fornecimento;

Supervisionar testes de performance de equipamentos e/ou sistemas

escopo de fornecimento.

4.7 OPERAÇÃO

A equipe da operação durante as fases de montagem e comissionamento do

Projeto Salobo tem como papel principal observar, registrar e identificar eventuais

problemas para a operação e manutenção futura, assegurando-se receber as

instalações adequadas para a produção dos 12 Mtpa de produtos.

A operação deverá participar efetivamente fazendo o levantamento das

pendências.

4.8 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DAS FASES DO

COMISSIONAMENTO

A implantação do Projeto Salabo se subdivide em fases bem definidas

(construção, montagem e comissionamento, que por sua vez se subdivide em: Pré-

comissionamento, testes sem carga e teste com carga) intercaladas por inspeções

periódicas para acompanhamento e verificação das atividades executadas e/ou em

execução.

A fase caracterizada por comissionamento (pré-comissionamento e testes)

inicia-se após o final da montagem, passando inicialmente pelas atividades de pré-

comissionamento (incluindo a conclusão mecânica) e seguindo com a realização dos

testes (provas funcionais). Após a conclusão do comissionamento inicia-se a fase de

start-up onde ocorrerá a entrega das instalações para a equipe de operação.

Processo de Comissionamento:

Fases do Projeto:

Page 19: Relatório de estágio   projeto salobo

18

CONSTRUÇÃO COMISSIONAMENTO OPERAÇÃO

Planejamento do Comissionamento

Transferência para o Comissionamento

Handover Termo de Encerramento

Processo do Comissionamento

Completação Mecânica

Pré Comissionamento

Comissionamento

Planejamento:

- Definição pacote de comissionamento

- Plano de comissionamento

- Procedimento de comissionamento dos pacotes

- Verificação cruzada documentos do projeto

- Definição do espaço: itens tagueados x protocolos

Complementação Mecânica:

- Inspeção Visual

- Teste hidrostático

-Teste de Continuidade

- Teste de Isolamento

- Calibração de Instrumentos e Válvulas de Controle;

- Lubrificação;

- Alinhamento, etc...

Pré Comissionamento

- Intertravamento;

- Malhas de Controle;

- Motores Elétricos;

- Testes de unidades hidráulicas.

Comissionamento

- Testes de subsistemas integrados (pacotes de comissionamento).

Cold Commissioning Hot Commissioning

Operação Assistida

Teste de Performance

Operação Sustentável

Operação

- Ajustes Finais;

- Produção especifica com quantidade e qualidade;

- Monitoramento de Instalações;

- Inspeção e correção de defeitos;

- Estabilização do processo.

Categorias A e B Categoria B Remanescente

LÍDER DO PROJETO GERENTE DE OPERAÇÃO

Construção (Empresa Montadora) Coordenador de Comissionamento Grupo de Operação

- Grupo de Construção (Empresa Montadora);

- Operadores e Mantenedores da Unidade de Negócios;

- GPO (Grupo de Prontidão Operacional);

- Fabricantes e Fornecedores de Equipamentos e Sistemas.

-Gerentes de Área da Construção;

- Grupo de Validação de Complementação Mecânica;

- Fabricantes e Fornecedores de Equipamentos e Sistemas.

- Grupo de Apoio (Especialistas de Comissionamento e Equipe de Montagem Eletro-mecânica);

- Fabricantes e Fornecedores de Equipamentos e Sistemas.

Sem carga

Com Carga

Responsabilidades

Pendências

AÇÕES CHAVES

ETAPAS

Page 20: Relatório de estágio   projeto salobo

19

5. DESCRITIVO DO PROCESSO – PROJETO SALOBO

O descritivo tem como objetivo descrever a rota de processo e as etapas para o

desenvolvimento da Engenharia Básica para o Projeto Cobre 12 Mtpa, para a

unidade localizada a aproximadamente 100 km a noroeste do Complexo de Minério

de Ferro de Carajás, no município de Marabá/PA, de propriedade Vale.

O Projeto Cobre tem como objetivo a produção de concentrado, contendo ouro,

com teor de cobre de 38,0%, através do beneficiamento de 12 Mtpa de minério, com

teor médio de cobre de 1,02% e de ouro de 0,50g/t.

O Projeto envolve todas as unidades necessárias para a produção do

concentrado, como:

Recepção de ROM;

Britagem Primária;

Manuseio e pilha de ROM britado;

Retomada de minério britado;

Peneiramento primário e britagem secundária;

TCLD;

Pilha pulmão e retomada;

Prensa de rolos de alta pressão – HPGR;

Peneiramento secundário;

Moagem de bolas;

Ciclonagem;

Flotação em células mecânicas;

Remoagem;

Flotação em colunas;

Espessamento de concentrado;

Filtragem de concentrado;

Estocagem de concentrado;

Disposição de rejeitos;

Sistema de preparação de reagentes;

Utilidades;

Subestação principal e distribuição de energia;

Sistema de tratamento de efluentes.

Page 21: Relatório de estágio   projeto salobo

20

5.1 DADOS BÁSICOS DE PROCESSO

5.1.1 CARACTERISTICAS GERAIS DO PROCESSO

Capacidade de alimentação: 12 milhões t/a (base seca);

Teor de cobre na alimentação: 1,02% (médio);

Teor de cobre na alimentação: 1,05% (esperado para os primeiros

três anos de operação;

Teor de cobre na alimentação: 1,45% (máximo);

Teor de cobre no concentrado final: 38,0% (médio);

Teor de cobre no concentrado final: 35,0% a 42,5% (faixa de

variação);

Recuperação metalúrgica (média): 87,0%;

Recuperação em massa (média): 2,11%;

Capacidade de produção de concentrado: 280.670 tpa (média).

5.1.2 ROTA DO PROCESSO

Ver em Anexos.

5.2 PLANTA DE BENEFICIAMENTO – 12 Mtpa

5.2.1 BRITAGEM PRIMÁRIA – ÁREA 2001

O minério transportado da mina por caminhões de 240 toneladas será

descarregado diretamente nos dois lados da moega de alimentação (SI-2001-01) do

britador primário giratório (BR-2001-01), modelo 60”x89”. A capacidade da moega é

de 600 t, correspondente à carga de 2,5 caminhões.

Um rompedor de matacos (BR-2001-02) para a quebra de blocos

maiores do que o tamanho admitido na câmara do britador (matacões),

eventualmente alimentados ao sistema.

O produto do britador primário com cerca de 80% passante em 152 mm,

será descarregado na moega de descarga (SI-2001-02) do britador e em um

transportador de alta capacidade (TR-2001-01), com 2200 mm de largura e com

velocidade de 2,5 m/s. A capacidade do (TR-2001-01) será de 8.239 t/h. A taxa

média nominal de alimentação esperada para o britador primário é 1.881 t/h (base

úmida). O fator de projeto adotado para este transportador, superior a 400% é

destinado para absorver a variabilidade da taxa de alimentação inerente à operação

Page 22: Relatório de estágio   projeto salobo

21

com caminhões. Este produto britado primariamente será conduzido para a pilha de

estocagem de minério britado através do transportador (TR-2001-01).

O transportador (TR-2001-01) será dotado de balança integradora (BL-

2001-01) para controle da produção. O controle ambiental tem um sistema de

captação de pó com filtro de mangas (FI-2001-01) e exaustor (BO-2001-01) no silo

de alimentação do britador (SI-2001-01) e na alimentação do transportador (TR-

2001-01), e de um sistema de abatimento de pó e nebulização no ponto de descarga

do transportador (TR-2001-01).

A ponta rolante (PR-2001-01) de 100/25 t de capacidade destinada a

manutenção do britador, uma talha manual (TE-2001-02) de 10 t de capacidade e

outra (TE-2001-01) talha manual de 7,5 t de capacidade, fazem parte da (TR-2001-

01).

Para atendimento da britagem primária, do peneiramento primário e da

britagem secundária, o ar de serviço e de instrumento virá de uma central de ar

comprimido instalada no Posto de Abastecimento de Veículos Pesados constituída

de três compressores: (CB-1024-01/02/03), tipo parafuso, dois operacionais e um

reserva.

5.2.2 PILHA DE ESTOCAGEM DE MINÉRIO BRITADO – ÁREA 2003

A pilha cônica (pilha de estocagem de minério britado) capacidade útil de

24.000 t (12.000 m³), para a fase de 12 Mtpa, deverá permitir a autonomia de

aproximadamente 14 horas de operação do peneiramento primário e da britagem

secundária (taxa nominal de alimentação nova), com a eventual utilização de

tratores na pilha.

Quatro alimentadores de correia (AL-2003-01/02/03/04), com inversores

de frequência para a retomada da pilha, onde dois alimentadores irão operar com

100% da capacidade para a fase de 12 Mtpa. Três alimentadores irão operar na fase

de 24 Mtpa com a capacidade unitária de 8 Mtpa.

Os alimentadores de correia (AL-2003-01/02) irão transferir o minério

britado para o silo (SI-2005-01), através dos transportadores de correia (TR-2003-

01), (TR-2005-01) e (TR-2005-04).

O transportador equipado com o extrator de sucatas (EX-2003-01), para

a proteção dos britadores secundários, com detectores de metais (DM-2003-01/02),

e também com a balança integradora (BL-2003-01), destinada ao monitoramento e

controle da alimentação nova do peneiramento primário/britagem secundária.

Page 23: Relatório de estágio   projeto salobo

22

Um sistema de talhas (TE-2003-01/02/03/04) utilizado para atendimento

dos alimentadores e tambores de retorno do transportador e permitir a retirada de

componentes através do poço de emergência de acesso ao túnel. Para se evitar a

alta temperatura dentro do túnel que possam interferir na operação e manutenção

dos equipamentos um exaustor (BO-2003-01) permitirá ventilação com a presença

dos trabalhadores.

Um sistema de abatimento de pó e nebulização no transportador (TR-

2003-01), os pontos atendidos pelo CFTV serão a pilha de estocagem de minério

britado e o transportador (TR-2003-01).

5.2.3 PENEIRAMENTO PRIMÁRIO E BRITAGEM SECUNDÁRIA – ÁREA 2005

O material britado proveniente da pilha de estocagem será retomado

através de dois alimentadores de correia (AL-2003-01/02), que irão transferir o

minério britado para o silo (SI-2005-01), através dos transportadores de correia (TR-

2003-01), (TR-2005-01) e do transportador de correia móvel reversível (TR-2005-

04).

O silo com capacidade de 880 t (440 m³) e autonomia de 15 minutos de

operação do peneiramento e britagem (alimentação nova + carga circulante), será

descarregado pelos alimentadores de correia (AL-2005-01/02) para alimentação do

peneiramento primário. O peneiramento primário utilizará peneiras vibratórias (PN-

2005-01/02/R1 – duas operacionais e uma reserva, montadas sobre trilho), tipo

banana de 12’x24’ de dois decks, sendo o primeiro deck para alivio. As malhas são

respectivamente: 100 mm e 55 mm para o 1º e 2º decks.

Os retidos nos dois decks são descarregados diretamente nos britadores

secundários de cone (BR-2005-01/02), modelo MP1000 ou similar com câmara de

grossos. A descarga do britador será transferida pelo transportador de correia (TR-

2005-02), para os transportadores de correia (TR-2003-01), (TR-2005-01) e (TR-

2005-04), retornando para o silo (SI-2005-01) e fechando o circuito. O transportador

(TR-2005-02) será dotado de uma balança integradora (BL-2005-01), para

monitoramento da carga circulante deste circuito.

O passante na peneira (material 100% menor que 55 mm) constitui o

produto final desta etapa do processo e será transferido, através do transportador de

correia (TR-2005-03), para os sistema de transporte de longa distância – TCLD (TR-

2007-01). O transportador (TR-2005-03) com balança integradora (BL-2005-02),

para controle da produção na etapa 12Mtpa.

Page 24: Relatório de estágio   projeto salobo

23

Uma ponte rolante (PR-2005-01) de capacidade 60/10 t atenderá as

peneiras e os britadores, e, uma ponte rolante (PR-2005-02) de capacidade de 7,5 t

será destinada ao atendimento dos acionamentos dos transportadores (TR-2005-01)

e (TR-2005-04). As talhas elétricas (TE-2005-01/03) atenderão os transportadores

(TR-2005-02/03), respectivamente.

Um sistema de captação de pó com filtro de mangas (FI-2005-01) e

exaustor (BO-2005-01), com captação na alimentação das peneiras primárias. Um

abatimento de pó e nebulização no transportador (TR-2005-03) para o controle

ambiental.

5.2.4 TRANSPORTE DE CORREIA DE LONGA DISTÂNCIA (TCLD) – ÁREA 2007

O sistema de transporte de longa distância (TCLD) é destinado a

integrar as áreas operacionais da britagem primária, peneiramento e britagem

secundária com as demais unidades integrantes da Planta de Beneficiamento.

O sistema de transporte de longa distância constituído por um único

transportador de correia (TR-2007-01), do tipo tubular (pipe conveyor) com 2.000

mm de largura, com 1773,5 m de comprimento, desnível de cerca de 178 m e

acionamento composto por seis motores de 1000 cv.

O passante no peneiramento primário transportado através do

transportador (TR-2007-01) para alimentar a pilha de estocagem secundária, que

compatibilizar as diferenças de regime operacional entre as britagens e as demais

unidades integrantes da Planta de Beneficiamento. A descarga do transportador

(TR-2007-01) apresenta um sistema de abatimento de pó e nebulização.

5.2.5 PILHA DE ESTOCAGEM DE MINÉRIO BRITADO – ÁREA 2009

A pilha secundária cônica com capacidade total de 160.000 t (80.000 m³)

e capacidade útil de 60.800 t (30.400 m³), com autonomia de cerca de 40 horas de

operação das prensas (taxa nominal de alimentação nova). O material depositado na

pilha de estocagem será retomado pelos alimentadores de correia (AL-2009-

01/02/03/04) de velocidade variável. O ROM rebritado será então transferido pelo

transportador de correia (TR-2009-01) para o transportador de correia (TR-2009-03).

Com três exaustores de metais (EX-2009-01/02/03) no transportador de

correia (TR-2009-03). O controle e o monitoramento da alimentação nova das

prensas serão feitos através da balança integradora (BL-2009-01), instalada no

transportador (TR-2009-04).

Page 25: Relatório de estágio   projeto salobo

24

O material não britável ou sucata metálica será recolhido juntamente

com a magnetita pelos extratores de metais (EX-2009-01/02/03) que irá alimentar o

Peneiramento de Magnetita, sistema composto pelo transportador de correia (TR-

2009-07) e peneira (PN-2009-01). O material retido na peneira vibratória inclinada

(PN-2009-01), modelo SH 5’x14’ de um deck será empilhado como sucata, enquanto

o material passante será recolhido pelo transportador de correia (TR-2009-04) e

retornado ao processo.

Além do material passante na peneira, o transportador (TR-2009-04) é

alimentado pelo transportador (TR-2009-03) e pela carga circulante transferida pelo

transportador (TR-2012-03). O minério será conduzido ao silo (SI-2010-01) através

dos transportadores (TR-2009-05/06) e do transportador móvel reversível (TR-2010-

01). Um sistema de seis talhas elétricas (TE-2009-01/02/05/07/08/09) e uma talha

manual (TE-2009-10) para atendimento dos alimentadores e transportadores.

Um exaustor (BO-2009-01) permitirá ventilação para os colaboradores

para se evitar o acumulo de pó em suspensão no ambiente de alta temperatura

dentro do túnel, assim como, um sistema de nebulização e abatimento de pó no

transportador (TR-2009-01).

5.2.6 PRENSAGEM – ÁREA 2010

O ROM rebritado (menor que 55 mm) retornado da pilha, será

transferido pelos transportadores de correia (TR-2009-01/03/04/05/06) e pelo

transportador de correia (TR-2010-01), para o silo de alimentação das prensas de

rolos (SI-2010-01).

O material estocado no silo (SI-2010-01), alimentação nova em conjunto

com a carga circulante, será extraído pelos alimentadores de correia (AL-2010-

01/02), de velocidade variável. Este silo terá capacidade útil de 2.120 t (≈ 1060 m³) e

deverá permitir uma autonomia de cerca de 70 minutos de alimentação (alimentação

nova + carga circulante) para a prensagem.

Os alimentadores (AL-2010-01/02) irá transferir o material retomado do

silo para as prensas (HP-2010-01/02), através dos desviadores de fluxo (DP-2010-

01/02), de acionamento motorizado. O produto das prensas será recolhido pelo

transportador de correia (TR-2010-02), que irá descarregar no transportador (TR-

2010-03), que descarregará no transportador (TR-2010-04), provido de balança (BL-

2010-01). O produto prensado, proveniente do transportador (TR-2010-02) irá

Page 26: Relatório de estágio   projeto salobo

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alimentar o transportador móvel reversível (TR-2010-01) que irá alimentar o silo do

peneiramento secundário (SI-2012-01).

Uma das maiores preocupações quanto à operação das prensas de

rolos e seu desempenho será manter a alimentação livre de corpos estranhos e

contaminantes que possam danificar seu revestimento, que além de reduzir a vida

útil e aumentar o custo operacional, poderá comprometer o bom desempenho do

sistema.

Para manter a alimentação das prensas livres de corpos estranhos e

contaminantes que possam danificar seu revestimento, além do peneiramento de

magnetita da área 2009, estão previstos dispositivos e sistemas de proteção. Os

alimentadores serão dotados de detectores de metais (DM-2010-01/02), que irão

comandar a operação dos desviadores de fluxo (DP-2010-01/02). A alimentação

será desviada diretamente para o transportador de descarga (TR-2010-02), “by-

passando” as prensas. Tal posição dos desviadores (DP-2010-01/02) será dotada

por um determinado período de tempo para garantir que os metais detectados não

passem pela prensa.

Um sistema de captação de pó, composto por filtros de mangas (FI-

2010-01), um exaustor (BO-2010-01) e uma rosca dosadora (DO-2010-01), com

captação na alimentação e na descarga das prensas. Os transportadores (TR-2010-

02/03) com sistema de nebulização e abatimento de pó.

Uma ponte rolante (PR-2010-02) de 7,5 t de capacidade para

manutenção do transportador (TR-2009-06) e do transportador de cabeça móvel

(TR-2010-01), a ponte rolante (PR-2010-01) de 85/10 t de capacidade para

manutenção das prensas de rolos, a ponte rolante (PR-2010-03) para troca de

revestimento das prensas e as talhas elétricas (TE-2010-01/02) de 5 t de capacidade

para manutenção dos transportadores (TR-2010-02/03).

5.2.7 PENEIRAMENTO SECUNDÁRIO – ÁREA 2012

O material proveniente de prensagem será estocado no silo (SI-2012-

01), através dos transportadores de correia (TR-2012-01/04). O silo (SI-2012-01)

com capacidade de 7.000 t (3.500 m³) e autonomia prevista de 1,5 horas de

operação para o peneiramento secundário (alimentação nova + carga circulante)

será descarregado pelos alimentadores de correia (AL-2012-01/02/03/04), para

alimentar as peneiras secundárias. A taxa de alimentação do silo será monitorada

Page 27: Relatório de estágio   projeto salobo

26

através da balança integradora (BL-2010-01) instalada no transportador de correia

(TR-2010-04).

As peneiras secundárias (PN-2012-01/02/03/04/R1) do tipo banana com

dimensão de 12’x24’. A operação de quatro peneiras com dois decks com telas de

12 mm e 8 mm, sendo o 1º deck para alívio. Peneiramento úmido que para seu bom

desempenho terá um sistema de empolpamento nos alimentadores que antecedem

as peneiras.

O retido nos dois decks (fração mais 8 mm) será descarregado no

transportador de correia (TR-2012-02), deste para o transportador de correia (TR-

2012-03) que descarregará no transportador (TR-2009-04) de retomada da pilha,

reunindo-se à alimentação nova do circuito. O transportador de correia (TR-2012-02)

será dotado da balança integradora (BL-2012-01) para controle da carga circulante,

estimada em 136% da alimentação nova do circuito de prensagem.

Um extrator de metais (EX-2012-01), no transportador (TR-2012-03),

para proteção das prensas, retirando do circuito a sucata metálica ou magnetita. O

material retido será conduzido ao peneiramento de magnetita através dos

transportadores (TR-2012-05) e (TR-2009-07). O passante no 2º deck será

conduzido para as caixas de polpa (CX-2014-01/02), de onde será bombeado (BP-

2014-01/03) e (BP-2014-02/06) uma operacional e uma reserva em cada par para

alimentar a ciclonagem de classificação da moagem.

A ponte rolante (PR-2012-01) de 7,5 t de capacidade para manutenção

dos transportadores (TR-2010-04) e (TR-2012-01/04), a ponte rolante (PR-2012-02)

de 60/10 t de capacidade para manutenção das peneiras e dos alimentadores, a

talha elétrica (TE-2012-02) de 3 t de capacidade para manutenção dos

transportadores (TR-2012-02/03) e a talha elétrica (TE-2012-03), de 3 t de

capacidade para manutenção do transportador (TR-2012-05).

5.2.8 MOAGEM DE BOLAS E CICLONAGEM – ÁREA 2014

O material fino proveniente do peneiramento secundário (passante do 2º

deck) será conduzido para as caixas de polpa (CX-2014-01/02) será transferido

pelas bombas de polpa (BP-2014-01/03) e (BP-2014-02/06) uma operacional e uma

reserva em cada par, para a classificação da moagem.

“A classificação será realizada em duas baterias de dez hidrociclones de

26” (CI-2014-01/02) sete operacionais e três reservas por bateria. Na alimentação de

cada ciclone estão previstas válvulas guilhotina pneumáticas, para permitir o

Page 28: Relatório de estágio   projeto salobo

27

isolamento dos mesmos. O underflow desta ciclonagem alimentará os dois moinhos

de bolas (MO-2014-1/02). O underflow das duas ciclonagens será reunido em

distribuidor (DI-2014-01 – com duas válvulas dardo), que irá dividir o fluxo para

alimentar os dois moinhos. O produto da moagem irá retornar para as caixas de

polpa (CX-2014-01/02), de onde seguirá novamente para a classificação por

ciclonagem, fechando o circuito de moagem. Será retirada uma pequena fração

deste fluxo para amostragem de processo.

A taxa de recirculação na moagem foi estimada em 308% da

alimentação total do circuito (passante nas peneiras, sem computar o efeito da pré-

classificação). Os dois moinhos com descarga por overflow com diâmetro de 7,9 m

(26 ft), comprimento entre carcaça de 12,2 m (40 ft) e acionamento de 17.000 kW

por moinho.

O overflow da ciclonagem de classificação seguirá para a etapa da

flotação, um sistema de amostragem no qual amostradores tubulares (AM-2014-

01/02) irão amostrar o overflow da ciclonagem. A amostra será enviada a um

analisador de tamanho de partículas (ST-2014-01) onde suas características, tais

como granulometria e densidade serão avaliadas.

5.2.9 SISTEMA DE MANUSEIO E ESTOCAGEM DE BOLAS – ÁREA 2016

Os corpos moedores (bolas de diâmetro máximo de 76 mm) para os

moinhos de bolas serão recebidos, a granel, em caminhões e estocados em silos de

concreto (SI-2016-01/02) cujo projeto permitirá a descarga direta dos caminhões.

Os silos dotados de dois alimentadores rotativos de bolas (AL-2016-

01/02), cuja função é retirar dos silos as bolas que serão transferidas através do

transportador de correia de alto ângulo do tipo Flexowell (TR-2016-01) para o

transportador (TR-2016-02) e deste para o transportador (TR-2014-01) para

alimentar os moinhos de bolas (MO-2014-01/02).

A adição de bolas aos dois moinhos não é feita simultaneamente, o

transportador (TR-2014-01) descarregando as bolas através dos desviadores de

fluxo (DP-2014-01/02) no chute de alimentação dos moinhos (MO-2014-01/02),

respectivamente.

O controle da dosagem das bolas é feito através de balança integradora

(BL-2016-01) no transportador (TR-2016-02).

Page 29: Relatório de estágio   projeto salobo

28

5.2.10 FLOTAÇÃO E REMOAGEM – ÁREA 2017

5.2.10.1 Circuito de Flotação

Circuito SMM

5.10.2 DESCRITIVO DA FLOTAÇÃO E REMOAGEM

Circuito SMM

O produto da moagem após amostragem (AM-2014-01/02)

passará por uma caixa com tela de proteção (CX-2017-30) e seguirá para o sistema

de amostragem (ST-2017-01), composto por um amostrador primário linerar vai e

vem (AM-2017-01) e um secundário tipo Vezin (AM-2017-02) para retirada das

amostras metalúrgicas e conduzido por gravidade para um distribuidor de polpa (DI-

2017-01), onde o fluxo será dividido para as duas linhas de flotação.

ALIMENTAÇÃ

O FLOTAÇÃO

FLOTAÇÃO RG1 FLOTAÇÃO RG2

REJEITO

FINAL

FLOTAÇÃO CL1

FLOTAÇÃO CL2

FLOTAÇÃO CL3

ESPESSAMENTO

REMOAGEM

FLOTAÇÃO SC - CL

FILTRAGEM CLARIFICAÇÃO

CONCENTRADO FINAL

Page 30: Relatório de estágio   projeto salobo

29

A flotação Rougher 1 dividida em células mecânicas do tipo

tanque, para Salobo I o circuito possui duas células (CF-2017-01/02) de 200 m³

cada, uma para cada linha, totalizando o volume de 400 m³.

O concentrado Rougher 1 (flotado) conduzido por uma gravidade

para as caixas de polpa (CX-2017-01), e será amostrado através de um analisador e

de raio-X on-line. Das caixas, o concentrado será transferido através das bombas de

polpa (BP-2017-01/02) e BP (2017-03/04), uma bomba operacional e uma reserva

em cada par, para os distribuidores de polpa (DI-2017-02/03), para alimentar as

duas linhas de flotação Cleaner 1. Como alternativa as bombas (BP-2017-01 a 04)

poderão direcionar o fluxo para a caixa de alimentação do espessamento (CX-2019-

03).

O rejeito Rougher 1 (afundado) seguirá por gravidade para a

flotação Rougher 2 que será constituída por dois bancos com seis células mecânicas

(CF-2017-03 a 08) e (CF-2017-9 a 14), de 200 m³ cada, totalizando o volume de

2.400 m³.

O rejeito Rougher 2 (afundado) constituirá parte do rejeito final

do processo. A polpa será amostrada para análise de raio-X on-line (uma amostra

por banco) e depois de se juntar com o rejeito Scavenger do Cleaner, passará pelo

sistema de amostragem (ST-2017-02), onde uma amostra metalúrgica será coletada

pelo amostrador primário linear tipo vai e vem (AM-2017-15) e secundário tipo vezin

(AM-2017-16). O rejeito final será encaminhado por gravidade para a barragem de

rejeitos.

O concentrado Rougher 2, após amostragem para análise Raio-

X on-line, seguirá para as caixas de polpa (CX-2017-06/07), de onde será transferido

por bombas de polpa (BP-2017-13/14 e BP-2017-15/16 – uma bomba operacional e

uma reserva em cada par), juntamente com o concentrado Scavenger do Cleaner,

para as caixas de polpa (CX-2017-15/16). Essas caixas alimentarão a classificação

da remoagem.

A classificação da remoagem será desenvolvida em

hidrociclones de 10 polegadas de diâmetro. Estão sendo consideradas quatro

baterias de 14 hidrociclones cada (CI-2017-01/02/03/04), 12 operacionais e 2

reservas, que serão alimentadas através das caixas de bombas (CX-2017-15/16) e

das bombas de polpa (BP-2017-31/32/33 e BP-2017-34/35/36 – quatro bombas

operando e duas reservas).

Page 31: Relatório de estágio   projeto salobo

30

O underflow das ciclonagens (CI-2017-01/02/03/04) será

direcionado, dois a dois, para os distribuidores de polpa (DI-2017-07 e 08 – cada um

com duas válvulas dardo de acionamento pneumático). Cada distribuidor irá

alimentar dois moinhos, permitindo, assim, maior flexibilidade.

A remoagem será realizada por quatro moinhos verticais (MO-

2017-01 e 04) com potência de 1.500 cv cada. O sistema de remoagem prevê ainda

a recirculação da polpa internamente aos moinhos, através de bombas de polpa

(BP-2017-51 a 54). A descarga dos moinhos (MO-2017-01 a 04) será conduzida por

gravidade para as caixas de polpa (CX-2017-15/16), reunindo-se à alimentação nova

da ciclonagem e fechando o circuito da remoagem.

O overflow dos ciclones (CI-2017-01/02/03/04), polpa com

sólidos de granulometria fina com P80 entre 0,022 e 0,025 mm, será transferido

através dos sistemas de bombeamento formado pelas caixas (CX-2017-17/18) e

pelas bombas de polpa (BP-2017-37/38) e BP-2017-39/40), uma bomba operacional

e uma reserva em cada par, para os distribuidores de alimentação da flotação

Cleaner 1.

Para controle da operação e do processo para a

remoagem/classificação, haverá medidores em linha de granulometria e densidade

de polpa (PSA) do produto da remoagem (OF da ciclonagem). A polpa será

amostrada pelos amostradores tubulares (AM-2017-30/31/32/33) e enviada aos

analisadores de tamanho de partículas (ST-2017-03/04 – PSA).

A flotação Cleaner 1 desenvolvida em oito colunas de flotação

circulares de 6,0 m de diâmetro e 14,0 m de altura dispostas em duas linhas de

quatro colunas (CF-2017-15 a 18) e (CF-2017-19 a 22), sendo cada grupo

alimentado por um distribuidor de polpa de quatro saídas (DI-2017-02/03). As

colunas Cleaner 1 do tipo com “ritrofit” onde o rejeito das colunas é parcialmente

recirculado através de bombas de polpa juntamente com a injeção de ar, para

melhorar as condições de interação ar/sólidos.

O concentrado Cleaner 1 (flotado) seguirá para as caixas de

polpa (CX-2017-08/09), onde é transferido pelas bombas de polpa (BP-2017/18) e

(BP-2017-19/20), uma bomba operacional e uma reserva em cada par, para o

distribuidor de Polpa (DI-2017-05), que alimentará a flotação Cleaner 2.

O rejeito Cleaner 1 (afundado) será transferido pelos sistemas

de bombeamento formado pelas caixas de polpa (CX-2017-03/04) e bombas de

Page 32: Relatório de estágio   projeto salobo

31

polpa (BP-2017-05/06/07), (BP-2017-08/09/10), quatro bombas operando e duas

reservas, para o distribuidor de polpa (DI-2017-04), para alimentar a flotação

Scavenger do Cleaner. O rejeito será amostrado na saída das bombas de polpa para

análise de raio-x on-line.

A flotação Scavenger do Cleaner desenvolvida em dois bancos

de cinco células mecânicas (CF-2017-23 a 32) de 200 m³ cada, totalizando o volume

de 2.000 m³. O concentrado Scavenger do Cleaner (flotado) que será amostrado

para análise de Raio-X (uma amostra por banco), será reunido ao concentrado

Rougher 2 nas caixas de polpa (CX-2017-06/07), sendo então bombeado para a

remoagem como descrito anteriormente.

O rejeito Scavenger do Cleaner (afundado) será parte do rejeito

final do processo. A polpa será amostrada para análise de Raio-X on-line (com uma

amostra por banco0 e depois de se juntar com o rejeito Rougher 2, irá constituir o

rejeito final. O rejeito final será amostrado pelo amostrador primário linear tipo vai e

vem (AM-2017-15) e secundário tipo vezin (AM-2017-16) e, então, será

encaminhado por gravidade para a barragem de rejeitos.

A flotação Cleaner 2 também desenvolvida em colunas, com

quatro colunas (CF-2017-33) com 4,3 m³ de diâmetro e 14,0 m³ de altura, dispostas

em duas linhas de duas colunas.

O rejeito Cleaner 2 (afundado) irá retornar para a flotação

Cleaner 1, reunindo-se ao concentrado Rougher 1 e ao overflow da remoagem nos

distribuidores (DI-201702/03), através dos sistemas de bombeamento formado pela

caixa de polpa (CX-2017-10), bombas de polpa (BP-2017-21/22/23), duas bombas

operando e uma reserva. O rejeito será amostrado para análise de raio-x on-line.

O rejeito Cleaner 2 (flotado) seguirá para a caixa de polpa (CX-

2017-12), de onde será transferido pelas bombas de polpa (BP-2017-24/25/26 –

duas operando e uma reserva) para o distribuidor de polpa (DI-2017-06) para

alimentar a flotação Cleaner 3. O concentrado será amostrado para análise de raio-

x.

O rejeito Cleaner 3 será realizada em duas colunas (CF-2017-37

a 38) com 4,3 m³ de diâmetro e 14,0 m³ de altura.

O rejeito Cleaner 3 (afundado) irá retornar para a flotação

Cleaner 2, sendo bombeado diretamente pelo sistema de bombeamento formado

pela caixa de polpa (CX-2017-13) e bombas de polpa (BP-2017-27/28/29), duas

Page 33: Relatório de estágio   projeto salobo

32

bombas operando e uma reserva, para o distribuidor (DI-2017-05) de alimentação

das colunas cleaner 2. O rejeito será amostrado para análise de raio-x on-line.

O concentrado Cleaner 3 (concentrado final) seguirá para a

caixa de alimentação do espessamento do concentrado (CX-2019-03) por gravidade.

O concentrado final será amostrado para análise de raio-x on-line e para a

composição de amostras metalúrgicas pelos amostradores (AM-2019-01/02).

5.2.11 ESPESSAMENTO DE CONCENTRADO – ÁREA 2019

A função do espessamento de concentrado será promover o seu

adensamento, para melhorar a eficiência da filtragem. O concentrado Cleaner 3

(concentrado final) seguirá por gravidade para a caixa de alimentação (CX-2019-03)

do espessador do concentrado (ES-2019-01). O concentrado será amostrado

através do amostrador primário linear tipo vai e vem (AM-2019-01) e pelo

amostrador secundário tipo vezin (AM-2019-02).

Além do concentrado da Cleaner 3, a caixa (CX-2019-03) recebe

floculante através das bombas de reagente (BQ-2022-29/30) e polpa proveniente da

bomba (BP-2019-01), responsável pela drenagem do piso. Com o fluxo alternativo

do circuito SMM da flotação, a caixa também poderá vir a receber o concentrado da

rougher 1, por bombeamento (BP-2017-01 a 04), duas bombas operando e duas

reservas.

A parte amostrada será transferida para o amostrador vezin (AM-2019-

02) e o restante alimentará o espessador (ES-2019-01). O sistema de amostragem

(ST-2019-01), composto pelos amostradores (AM-2019-01/02) será responsável por

fornecer informações úteis para a avaliação dos balanços metalúrgicos do

concentrado final.

Como alternativa de by-pass do espessador (ES-2019-01), a polpa

poderá ser escoada da caixa (CX-2019-03) diretamente para a caixa de quebra de

velocidade que irá alimentar a filtragem.

O overflow do espessador seguirá por transbordamento para o

reservatório de água (CX-2019-02), para ser utilizada, através das bombas de água

(BP-2019-04/05 – uma bomba operacional e uma reserva), como água de processo.

As bombas de polpa (BP-2019-02/03 – uma bomba operacional e uma

reserva) irão extrair controladamente o underflow do espessador, polpa com

aproximadamente 60% de sólidos em peso e será bombeado para a caixa de

Page 34: Relatório de estágio   projeto salobo

33

redução de velocidade (CX-2020-05) ou ser recirculado no espessador, caso a

densidade esteja além do mínimo requerido na filtragem.

5.2.12 FILTRAGEM E ESTOCAGEM DO CONCENTRADO EM SALOBO – ÁREA

2020

O tanque de alimentação da filtragem estará 110 m abaixo da

plataforma do espessador. A instalação de uma caixa de polpa de concreto (CX-

2020-05) reduzirá a velocidade. A polpa seguirá por gravidade até o tanque de

alimentação da filtragem (TQ-2020-01).

O tanque (TQ-2020-01) com volume útil de 1200 m³ terá a autonomia

correspondente a 40 horas de operação da filtragem para a fase de 12 Mtpa e de 20

horas para a fase de 24 Mtpa. Sua função será informar um estoque regularizador

antes da filtragem, garantindo a operacionalidade dos filtros, já que estes operam

em forma descontínua, em ciclos. O agitador (AG-2020-01) manterá a polpa em

suspensão.

Do tanque de regularização, o concentrado será transferido para

alimentar os filtros (FI-2020-01/02) através das bombas (BP-2020-01/02 – duas

operacionais) com o objetivo de obter o máximo desaguamento da polpa. Caso haja

necessidade, as bombas (BP-2020-01/02) podem redirecionar o fluxo para o tanque

(TQ-2020-01).

O filtrado gerado nesta prensagem será recolhido em dutos e

conduzido para a caixa de alimentação do clarificador (CX-2020-03), através do

sistema de bombeamento formado pela caixa de polpa (CX-2020-02) e bombas (BP-

202003/04).

Após a etapa de secagem, a torta será descarregada diretamente

sobre a pilha de estocagem de concentrado. A torta filtrada com umidade média

entre 8,5% e 9,0% será estocada em uma pilha cônica de cerca de 2.000 t de

capacidade. A pilha será posicionada em galpão coberto sob os filtros.

Após descarregamento da torta, as telas e dutos serão lavados, sendo

o efluente da lavagem incorporado ao filtrado e conduzido para o clarificador (ES-

2020-01), onde será feito o adensamento para a recuperação de sólidos e de água.

Os sólidos adensados (underflow do clarificador) serão reincorporados à

alimentação da filtragem, no tanque (TQ-2020-01) pelas bombas de polpa (BP-2020-

09/10). O overflow será conduzido para a caixa (CX-2020-01) e reutilizado no

Page 35: Relatório de estágio   projeto salobo

34

processo através das bombas (BA-2020-01/02), (BA-2020-03/04) e (BA-2020-05/06),

uma bomba operacional e uma reserva para cada par.

As bombas (BA-2020-05/06) irão direcionar a água para lavagem das

telas e dutos dos filtros, etapa que exige grandes vazões de água durante pequenos

intervalos de tempo. O excesso de água do overflow do clarificador será conduzido

para a lavagem de caminhões e para distribuição de água de serviço pelas bombas

(BP-2020-03/04). Caso não seja possível abastecer nenhum desses pontos, a água

será transferida para a caixa de overflow do espessamento (CX-2019-02) pelas

bombas (BA-2020-01/02).

Para suprimento de ar de instrumento de processo e de serviço a ser

usado na filtragem terão compressores dedicados (CB-2020-01 a 04) e vasos

pulmão: uma para serviço, uma para instrumentação e uma para processo. A

pressão requerida para o ar de processo é de 7,0 kg/cm².

O concentrado será retomado da pilha de estocagem por meio de pás

carregadeiras, para os caminhões com caçamba de 35 t. Os caminhões deverão ter

caçambas com revestimento especial para facilitar a limpeza e evitar perdas de

concentrado.

Os caminhões irão transportar o concentrado das instalações de

beneficiamento até a instalação de carregamento ferroviário de concentrado na

cidade de Parauapebas-PA.

Um sistema de captação de pó composto por filtro de mangas (FI-

2020-03) e exaustor (BO-2020-01) na área da lavagem dos caminhões para o

controle ambiental.

5.2.13 PREPARAÇÃO E DOSAGEM DE REAGENTES – ÁREA 2022

5.2.13.1 Coletor 1 – Amil Xantato (A350)

Este reagente será recebido na forma sólida em big bag’s de

700 kg, e será dosado em solução aquosa 10% (p/v), cuja preparação será feita em

bateladas. O amil-xantato, será armazenado em galpões fechados para utilização

pelo período de 120 dias (30 dias de operação – armazenamento no galpão do platô

do beneficiamento e 90 dias de operação – armazenamento no galpão do

almoxarifado).

Cada batelada corresponderá a cerca de 24 horas de

operação. Para a preparação da solução, os big bag’s serão colocados no tanque

(TQ-2022-02), com volume de 66 m³, com a utilização de ponte rolante (PR-2022-

Page 36: Relatório de estágio   projeto salobo

35

01). A colocação do reagente deverá ser feita com o tanque parcialmente cheio de

água e com o agitador (AG-2022-01) operando. Após descarregamento dos bag’s,

será complementado o volume de água até atingir a diluição pretendida de 10% p/v.

A solução será transferida para o tanque de dosagem (TQ-

2022-02) com volume de 3,0 m³, pelas bombas (BQ-2022-03), por gravidade, de

onde será distribuída para os pontos de consumo, por gravidade, através de funis de

distribuição.

Os gases provenientes do tanque de distribuição de reagentes

serão encaminhados a uma chaminé (CW-2022-01).

Para o controle ambiental uma bacia de contenção com

objetivo de conter eventuais vazamentos onde a solução contida na bacia retornará

para o tanque de recebimento (TQ-2022-01) com agitador (AG-2022-01), através da

bomba de drenagem (BQ-2022-43).

5.2.13.2 Coletor 2 – Ditiofosfato de Sódio (A-3477)

O Ditiofosfato de Sódio será recebido em caminhões tanque, e

transferido pelas bombas (BQ-2022-05/06 – uma operacional e uma reserva) para

os tanques (TQ-2022-03/04), tanques de estocagem de 55 m³ de volume.

Dos tanques (TQ-2022-03/04) a solução será transferida pelas

bombas (BQ-2022-09/10 – uma operacional e uma reserva) para o tanque de

dosagem (TQ-2022-06), com volume de 0,5 m³, de onde será distribuída por

gravidade para os pontos de consumo. A distribuição para os pontos de consumo

localizados na área da flotação será feita por uma caixa (CX-2022-02) provida de

dez mangueiras flexíveis e funis.

Os gases gerados no tanque de distribuição serão conduzidos

para a chaminé (CW-2022-01).

Para o controle ambiental bacias de contenção com objetivo de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para os

tanques de recebimento (TQ-2022-03/04), através da bomba de drenagem (BQ-

2022-43).

5.2.13.3 Espumante 1 – Álcool Poliglicólico (D14)

O álcool poliglicólico (D14) será recebido na forma líquida em

caminhões tanque ou isotank de 21 m³, e será usado conforme for recebido (sem

diluição). Dos caminhões o reagente será transferido e armazenado nos tanques

(TQ-2022-07/08) por intermédio das bombas (BQ-2022-13/14 – uma bomba

Page 37: Relatório de estágio   projeto salobo

36

operacional e uma reserva). Cada tanque tem volume de 260 m³, com autonomia de

150 dias.

Os tanques (TQ-2022-07/08) poderão receber, eventualmente,

espumante 2. Este recebimento também poderá ser feito por caminhões tanque ou

isotank por transferência por meio das bombas (BQ-2022-19/22), uma bomba

operacional e uma reserva, conectadas à tubulação através de mangueiras e engate

rápido.

O álcool poliglicólico será dosado sem diluição e será

transferido dos tanques (TQ-2022-07/08) para o tanque de dosagem (TQ-2022-09),

com volume de 0,6 m³, pelas bombas (BQ-2022-15/16 – uma bomba operacional e

uma reserva), de onde será distribuído para os pontos de consumo por gravidade.

Os gases gerados no tanque de distribuição serão conduzidos

diretamente para a chaminé (CW-2022-01).

Para controle ambiental bacias de contenção com objetivo de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para os

tanques de estocagem (TQ-2022-07/08), através da bomba de drenagem (BQ-2022-

43).

5.2.13.4 Espumante 2 – Álcool Poliglicólico ou MIC

O álcool poliglicólico ou Metil Isobutil Carbinol (MIC) será

recebido na forma líquida, em isotank de 21 m³, ou em caminhões tanque, e será

usado conforme recebido (sem diluição).

O reagente será transferido para os tanques de estocagem

(TQ-2022-17/18) pelas bombas (BQ-2022-19/20), uma bomba operacional e uma

reserva. Cada tanque terá volume de 260 m³, com autonomia de 36 meses.

Alternativamente, os tanques poderão receber o espumante 1

pelas bombas (BQ-2022-13/14), uma bomba operacional e uma reserva através de

mangueiras e engate rápido.

Dos tanques de estocagem (TQ-2022-17/18), o reagente será

transferido para o tanque de distribuição (TQ-2022-10), com volume de 0,6 m³, pelas

bombas (BQ-2022-39/40 – uma bomba operacional e uma reserva), de onde será

distribuído por gravidade para os pontos de consumo.

Os gases gerados no tanque de distribuição serão conduzidos

diretamente para a chaminé (CW-2022-01).

Page 38: Relatório de estágio   projeto salobo

37

Para controle ambiental bacias de contenção com objetivo de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para os

tanques de estocagem (TQ-2022-17/18), através da bomba de drenagem (BQ-2022-

43).

5.2.13.5 Sulfeto de Sódio

O sulfeto de sódio será recebido na forma sólida, em big bag’s

de 1.250 kg, e será armazenado em galpão fechado para utilização pelo de 90 dias

(estoque para 30 dias no galpão e 60 dias no galpão do almoxarifado).

Este reagente será dosado em solução aquosa 10% preparada

em bateladas. Cada batelada corresponderá a cerca de 24 horas de operação. Para

a preparação de uma batelada, os big bag’s serão colocados nos tanques (TQ-2022-

11/19) de 125 m³, com a utilização da ponte rolante (PR-2022-01). A colocação do

reagente deverá ser feita com o tanque parcialmente cheio de água e com

agitadores (AG-2022-03/07) operando. Após o descarregamento dos bag’s será

complementado o volume de água até atingir a diluição pretendida 10% p/p.

A solução assim preparada será transferida ao tanque de

distribuição e dosagem (TQ-2022-12) de 7 m³ pelas bombas (BQ-2022-23/24 – uma

bomba operacional e uma reserva) e, deste tanque, conduzida por gravidade para a

caixa de distribuição de reagente (CX-2022-01) de onde será distribuída aos pontos

de consumo da flotação através de funis de distribuição.

Para controle ambiental caixas de contenção com objetivos de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para os

tanques de preparação (TQ-2022-11/19), através da bomba de drenagem (BQ-2022-

43).

5.2.13.6 Floculante

O floculante será conduzido na forma sólida, em sacos de 25

kg, e será armazenado em galpão fechado, para utilização pelo período de 150 dias

(estoque de 30 dias no galpão do platô e 120 dias no galpão do almoxarifado).

A preparação do floculante será feita em duas etapas:

1ª Etapa – será preparada em bateladas, uma solução-mãe a

0,1% que, posteriormente, será diluída em linha para a concentração de 0,01%. A

solução-mãe será preparada no tanque (TQ-2022-13), que é equipado com o

agitador (AG-2022-04).

Page 39: Relatório de estágio   projeto salobo

38

O floculante em pó será transferido manualmente para o silo de

recebimento (SI-2022-01). A partir deste silo, o floculante será dosado, através de

sistema de válvula rotativa e ejetor no tanque (TQ-2022-13), que deverá estar

parcialmente cheio de água e com o seu agitador operando. Após a transferência do

floculante será complementado o volume de água no tanque (TQ-2022-13), até

atingir a diluição pretendida de 0,1% p/p.

Do tanque (TQ-2022-13), com volume de 22 m³ , a solução-

mãe de floculante será transferida para o tanque de distribuição (TQ-2022-14) de 3,4

m³, através das bombas (BQ-2022-27/28 – uma bomba operacional e uma reserva).

Estas bombas serão do tipo deslocamento positivo (parafuso), em função da alta

viscosidade deste reagente.

Do tanque de distribuição (TQ-2022-14), o floculante será

dosado através das bombas dosadoras (BQ-2022-29/30 – uma operacional e uma

reserva) no espessador e das bombas (BQ-2022-49/50 – uma operacional e uma

reserva) no clarificador. No recalque destas bombas a solução de floculante 0,1%

será diluída para 0,01% para melhor desempenho deste reagente, através de um

misturador de linha.

Para o controle ambiental bacias de contenção com objetivo de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para o

tanque de preparação (TQ-2022-13), através da bomba de drenagem (BQ-2022-43).

5.2.13.7 Cal

A cal virgem será recebida em big bag’s de 1.250 kg e

armazenada em galpão fechado, para utilização pelo período de 30 dias (10 dias no

galpão de reagente e 20 dias no galpão do almoxarifado).

Os bag’s irão alimentar o silo (SI-2022-02) de 80 m³,

manualmente, através das pontes rolantes (PR-2022-02/03). Para o controle

ambiental um sistema de captação de pó com filtro de manga (FI-2022-01) e

exaustor (BO-2022-02).

A preparação do leite de cal (suspensão 10%) será feita de

forma contínua. A cal será dosada pela balança dosadora (BL-2022-01) no tanque

(TQ-2022-15), com volume de 16 m³, dotado de agitador (AG-2022-05). Neste

tanque será adicionada água para diluição, com a sua vazão controlada pela

balança, para assegurar a obtenção da concentração desejada.

Page 40: Relatório de estágio   projeto salobo

39

Deste tanque o leite de cal será transferido pelas bombas (BQ-

2022-33/34 – uma operacional e uma reserva) para o tanque de distribuição (TQ-

2022-16) dotado de agitador (AG-2022-06), com volume de 58 m³. Do tanque (TQ-

2022-16), o leite de cal será distribuído pelas bombas (BQ-2022-16), o leite de cal

será distribuído pelas bombas (BQ-2022-31/32 – uma operacional e uma reserva)

aos pontos de consumo da planta.

Para controle ambiental bacias de contenção com objetivo de

conter eventuais vazamentos, onde a solução contida nas bacias retornará para o

tanque de preparação (TQ-2022-15), através da bomba de drenagem (BQ-2022-54).

Page 41: Relatório de estágio   projeto salobo

40

6. APRESENTAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO

O estágio iniciou desde o momento que fui selecionada para participar do

Programa de Formação Profissional da Vale. O curso voltado para a atuação na

Eletroeletrônica com período de três meses realizado na Escola Técnica

Redentorista – ETER de Campina Grande – Paraíba e finalizado com a parte prática

na Usina de Beneficiamento do Cobre no Projeto Salobo Metais S.A – Vale, como

Trainee Operacional em Eletroeletrônica na área da Instrumentação Industrial.

6.1 PROGRAMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL – TRAINEE

O Programa de Formação Profissional foi composto por estudo teórico e

prático realizado pela Vale com o objetivo de dar oportunidade para o

desenvolvimento teórico, profissional e pessoal do futuro profissional.

As aulas teóricas foram realizadas na Escola Técnica Redentorista – ETER

abordando o seguinte temas:

Núcleo Comum:

Informática Básica;

Matemática Aplicada;

Comunicação Escrita;

Segurança Empresarial;

Inglês Técnico;

Visão Vale;

Relação Interpessoal;

Gestão da Qualidade de Vida.

Núcleo Específico:

Conceitos de Eletricidade;

Leitura e Interpretação de Desenho Técnico;

Metrologia Elétrica (Ferramentas e Instrumentos de Medição Elétrica);

Introdução a Pneumática;

Introdução a Hidráulica;

Segurança em Eletricidade;

NR10;

Eletrônica Analógica e Digital;

Instrumentação Geral;

Mecânica Geral;

Page 42: Relatório de estágio   projeto salobo

41

Rolamentos;

Radioproteção;

Automação;

Elétrica de Máquinas;

Lubrificação;

Técnicas Preditivas Elétricas.

6.2 ESTUDO PRÁTICO

O estudo prático corresponde ao desenvolvimento de atividades práticas

voltada para manutenção de Instrumentos Industriais da usina com aplicação nas

áreas com relação ao comissionamento de instrumentos no campo de atuação

citados anteriormente no Descritivo do Processo do Projeto Salobo.

6.2.1 Instrumentação Industrial

É ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de

instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis

físicas em equipamentos nos processos industriais.

Nas indústrias de processo tais como siderúrgica, petroquímica,

alimentícia, papel, etc.; a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de

um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho

na elaboração do produto desejado. As principais grandezas que traduzem

transferências de energia no processo são: Pressão, Nível, Vazão, Temperatura,

que denominamos de variáveis de processo.

6.2.2 CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Existem vários métodos de classificação de instrumentos de medição.

Dentre os quais podemos ter:

Classificados por:

Função;

Sinal transmitido ou suprimento;

Tipo de sinal.

6.2.3 CLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÃO

Os instrumentos podem ser interligados entre si para realizar uma

determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos

chama-se Malha e em uma malha cada instrumento executa uma função.

Page 43: Relatório de estágio   projeto salobo

42

Os instrumentos que podem compor uma malha são então

classificados por função:

Malha Fechada:

ELEMENTO FINAL DE CONTROLE

UNIDADE DE CONTROLE

UNIDADE DE MEDIÇÃO

PROCESSO

Page 44: Relatório de estágio   projeto salobo

43

Malha Aberta

Classificação por Função:

INSTRUMENTO DEFINIÇÃODETECTOR São dispositivos com os quais conseguimos detectar

alterações na variável do processo. Pode ser ou não do transmissor.

TRANSMISSOR Instrumento que tem a função de converter sinais do detector em outra forma capaz de ser enviada à distância para um instrumento receptor, normalmente localizado no painel.

INDICADOR Instrumento que indica o valor da quantidade medida enviado pelo detector, transmissor, etc.

REGISTRADOR Instrumento que registra graficamente valores instantâneos medidos ao longo do tempo, valores estes enviados pelo detector, transmissor, controlador, etc.

CONVERSOR Instrumento cuja função é a de receber uma informação na forma de um sinal, alterar esta forma e a emitir como um sinal de saída proporcional ao da entrada.

UNIDADE ARITMÉTICA

Instrumento que realiza operações nos sinais de valores de entrada de acordo com uma determinada expressão e fornece uma saída resultante de operação.

INTEGRADOR Instrumento que indica o valor obtido pela integração de quantidade medidas sobre o tempo.

CONTROLADOR Instrumento que compara o valor medido com o desejado e, baseado na diferença entre eles, emite sinal de correção para a variável manipulada a fim de que essa diferença seja igual à zero.

ELEMENTO FINAL DE CONTROLE

Dispositivo cuja função é modificar o valor de uma variável que leve o processo ao valor desejado.

UNIDADE DE MEDIDA

PROCESSO

UNIDADE DE INDICAÇÃO

Page 45: Relatório de estágio   projeto salobo

44

6.2.4 CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU SUPRIMENTO

Os equipamentos podem ser agrupados conforme o tipo de sinal

transmitido ou o seu suprimento. Principais tipos e suas vantagens e desvantagens:

6.2.4.1 Tipo Pneumático

Nesse tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é

alterada conforme o valor que se deseja representar. Nesse caso a variação da

pressão do gás é linearmente manipulada numa faixa específica, padronizada

internacionalmente para representar a variação de uma grandeza desde seu limite

inferior até o seu limite superior. O padrão de transmissão ou recepção de

instrumentos pneumáticos mais utilizados é de 0,2 a 1,0 kgf/cm² (aproximadamente

3psi a 15psi no Sistema Inglês).

Os sinais de transmissão analógica normalmente começam em

um valor acima de zero para termos uma segurança em caso de rompimento do

meio de comunicação.

O gás mais utilizado para transmissão é o ar comprimido, sendo

também o NITROGÊNIO e em casos específicos o GÁS NATURAL.

6.2.4.1.1 Vantagens

A grande e única vantagem em seu utilizar os instrumentos

pneumáticos está no fato de se poder operá-los com segurança em áreas onde

existe risco de explosão.

6.2.4.1.2 Desvantagens

a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu

suprimento e funcionamento;

b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro,

desumidificador, etc., para fornecer aos instrumentos ar seco e sem partículas

sólidas;

c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode

ser enviado à longa distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão

é limitada a aproximadamente 100 m;

d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos

instrumentos são difíceis de serem detectados;

e) Não permite conexão direta aos computadores.

Page 46: Relatório de estágio   projeto salobo

45

6.2.4.2 Tipo Hidráulico

Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o

tipo hidráulico utiliza-se da variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para

transmissão de sinal. É especialmente utilizado em aplicações onde torque elevado

é necessário ou quando o processo envolve pressões elevadas.

6.2.4.2.1 Vantagens

a) Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos

de grande peso e dimensão;

b) Resposta rápida.

6.2.4.2.2 Desvantagens

a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e

suprimento;

b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como

sua troca;

c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como

reservatórios, filtros, bombas, etc.

6.2.4.3 Tipo Elétrico

Esse tipo de transmissão é feito utilizando sinais elétricos de

corrente ou tensão.

Face à tecnologia disponível no mercado em relação à

fabricação de instrumentos microprocessados, é esse tipo de transmissão

largamente usado em todas as indústrias, onde não ocorre risco de explosão. Assim

como na transmissão pneumática, o sinal é linearmente modulado em uma faixa

padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mínimo e máximo de

uma variável de um processador qualquer. Como padrão para transmissão a longas

distâncias são utilizados sinais em corrente contínua variando de (4 mA a 20 mA) e

para distâncias até 15 metros aproximadamente, também se utiliza sinais em tensão

contínua de 1v a 5v.

Page 47: Relatório de estágio   projeto salobo

46

6.2.4.3.1 Vantagens

a) Permite transmissão para longas distâncias sem perdas;

b) A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que

conduzem o sinal de transmissão;

c) Não necessita de poucos equipamentos auxiliares;

d) Permite fácil conexão aos computadores.

e) Fácil instalação;

f) Permite de forma mais fácil realização de operações

matemáticas;

g) Permite que o mesmo sinal (4 mA ~ 20 mA) seja “lido” por

mais de um instrumento, ligando em série os instrumentos. Porém, existe um limite

quanto á soma das resistências internas destes instrumentos que não deve

ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante do transmissor.

6.2.4.3.2 Desvantagens

a) Necessita de técnico especializado para sua instalação e

manutenção;

b) Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em

instalações localizadas em áreas de riscos;

c) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de

cabos ou fios de sinais;

d) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos

elétricos.

6.2.4.4 Tipo Digital

Nesse tipo “pacotes de informações” sobre a variável medida

são enviados para uma estação receptora, através de sinais digitais modulados e

padronizados. Para que a comunicação entre o elemento transmissor receptor seja

realizada com êxito e utilizada uma “linguagem” padrão chamado protocolo de

comunicação.

6.2.4.4.1 Vantagens

a) Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento;

b) Pode utilizar um par trançado ou fibra ótica para transmissão

dos dados;

c) Imune a ruídos externos;

Page 48: Relatório de estágio   projeto salobo

47

d) Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em

qualquer ponto da malha;

e) Menor custo final.

6.2.4.4.2 Desvantagens

a) Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a

comunicação entre equipamentos de marcas diferentes;

b) Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se

perder a informação e/ou controle de várias malhas.

6.2.4.5 Via Rádio

Neste tipo o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua

estação receptora via ondas de rádio em uma faixa de frequência específica.

6.2.4.5.1 Vantagens

a) Não necessita de cabos de sinal;

b) Pode enviar sinais de medição e controle de máquinas em

movimento.

6.2.4.5.2 Desvantagens

a) Alto custo inicial;

b) Necessidade de técnicos altamente especializados.

6.2.4.6 Via Modem

A transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas

telefônicas pela modulação do sinal em frequência, fase ou amplitude.

6.2.4.6.1 Vantagens

a) Baixo custo de instalação;

b) Podem transmitir dados a longas distancias.

6.2.4.6.2 Desvantagens

a) Necessita de profissionais especializados;

b) Baixa velocidade na transmissão de dados;

c) Sujeito a interferências externas, inclusive violação de

informações.

6.2.5 SIMBOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃO

Com o objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos

documentos utilizados para representar as configurações utilizadas para representar

as configurações das malhas de instrumentação, normas foram criadas.

Page 49: Relatório de estágio   projeto salobo

48

No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através

de sua norma NBR 8190 apresenta e sugere o uso de símbolos gráficos para

representação dos diversos instrumentos e suas funções ocupadas nas malhas de

instrumentação. No entanto é dada a liberdade para cada empresa estabelecer a

norma a ser seguida na elaboração dos seus diversos documentos de projeto de

instrumentação outra são utilizadas.

Assim devido a sua maior abrangência e atualização uma das normas

mais utilizadas em projetos industriais no Brasil é a estabelecida pela ISA

(Instrument Society of America).

6.2.5.1 Simbologia conforme Norma ABNT (NBR-8190)

6.2.5.1.1 Tipos de Conexões

1. Conexão do processo, ligação mecânica ou suprimento ao instrumento

2. Sinal Pneumático ou sinal indefinido para diagramas de processo.

3. Sinal Elétrico

4. Tubo Capilar (sistema cheio)

5. Sinal Hidráulico

6. Sinal Eletromagnético ou Sônico (sem fios)

6.2.5.1.2 Código de Identificação de Instrumentos

Cada instrumento deve ser identificar com um sistema de letras

que o classifique funcionalmente.

Identificação representativa:

Identificação Funcional

TRC

T RC

1ª LETRA Letras sucessivas

Page 50: Relatório de estágio   projeto salobo

49

Identificação de Cadeia

2 ANúmero da Cadeia

Sufixo (normalmente não é utilizado)

6.2.5.1.3 Simbologia de Identificação de Instrumentos de Campo e Painel

Page 51: Relatório de estágio   projeto salobo

50

6.2.5.1.4 Instrumentação de Vazão

1. Placa de Orifício

2. Medidor Venturi

3. Tubo Pilot

6.2.5.1.5 Válvula de Controle

1. Válvula com Atuador Pneumático de Diafragma

2. Válvula com Atuador Elétrico (Senoidal ou Motor)

3. Válvula com Atuador Hidráulico ou Pneumático tipo Pisão

4. Válvula Manual

5. Válvula Auto-operada de Diafragma

6.2.5.1.6 Alguns arranjos típicos de Instrumentos

6.2.5.1.6.1 Vazão

Page 52: Relatório de estágio   projeto salobo

51

1. Medidor de Linha (Rotâmetro)

2. Transmissor de Vazão

3. Indicador de Vazão (montagem local)

4. Registrador de Linha

5. Registrador montado no painel e transmissor local com transmissão pneumática

6. Registrador conectado a registrador de pressão (montagem local)

7. Registrador de vazão com registrador de pressão. Registradores no painel e transmissores locais com transmissão pneumática.

8. Controlador e registrador de vazão comandando válvula de controle, com transmissão pneumática.Registrador no painel e transmissor local

Page 53: Relatório de estágio   projeto salobo

52

6.2.5.1.6.2 Pressão

1. Indicador de Pressão (Manômetro) (Montagem Local).

2. Registrador de Pressão no Painel.

3. Registrador-controlador de pressão, comandando válvula de controle, com transmissão pneumática. Registrador no painel e transmissor local.

4. Alarme de Pressão Alta Montagem Local.

5. Válvula Reguladora de Pressão Auto-atuada.

6. Controlador de Pressão, tipo Cego, comandando válvula de controle, com transmissão pneumática.

7. Instrumento combinado de registro e controle de nível, comandando válvula de controle, com transmissão pneumática. Instrumento no painel transmissores de locais.

Page 54: Relatório de estágio   projeto salobo

53

6.2.5.1.6.3 Temperatura

1. Poço para termômetro ou

termopar

2. Indicador de temperatura

3. Indicador de temperatura no painel com transmissão elétrica

4. Indicador e registrador de temperatura no painel, com transmissão elétrica.

5. Registrador controlador de temperatura, no painel (com transmissão elétrica) comandando válvula de controle, com transmissão pneumática.

6. Controlador-indicador de temperatura, tipo expansão comandando válvula de controle, com transmissão pneumática.

7. Válvula de controle auto-atuada

8. Instrumento combinado de registro e controle de temperatura no painel, comandando válvula de controle com transmissão pneumática.

Page 55: Relatório de estágio   projeto salobo

54

6.2.5.1.6.3 Nível

1. Visor de Nível

2. Registrador de nível no painel, com recepção elétrica e instrumento transmissor externo.

2. Instrumento combinado: controlador, indicador de nível e transmissor, comandando válvula de controle, com indicador no painel e com transmissão pneumática.

3. Controlador e registrador de nível comandando válvula de controle com transmissão pneumática. Controlador no painel e transmissor local

4. Alarme de nível baixo, montagem local, com sinalização no painel (transmissão elétrica).

5. Instrumento combinado de registro e controle de nível, comandando válvula de controle, com transmissão pneumática. Instrumentos no painel transmissores de locais

Page 56: Relatório de estágio   projeto salobo

55

6.2.5.2 Simbologia Conforme Norma ISA

As necessidades de procedimentos de vários usuários são

diferentes. A norma reconhece essas necessidades quando estão de acordo com os

objetivos e fornece métodos alternativos de simbolismo. Os símbolos dos

equipamentos de processo não fazem parte desta norma, porém são incluídos

apenas para ilustrar as aplicações dos símbolos da instrumentação.

6.2.5.2.1 Aplicação na Indústria

A norma é adequada para uso em indústrias químicas, de

petróleo, de geração de energia, refrigeração, mineração, refinação de metal, papel

e celulose e muitas outras.

6.2.5.3 Aplicação nas atividades de trabalho

A norma é adequada para uso sempre que qualquer referência a

um instrumento ou a uma função de um sistema de controle for necessária com o

objetivo de simbolização de identificação.

Tais referências podem ser aplicadas para as seguintes

utilizações:

Projetos;

Exemplos didáticos;

Material técnico – papéis, literatura e discussões;

Diagramas de sistema de instrumentação, diagramas de

malha, diagramas lógicos;

Descrições funcionais;

Diagrama de fluxo: processo, mecânico, engenharia,

sistemas, tubulação (processo) e desenhos/projetos de construção de

instrumentação;

Especificações, ordens de compra, manifestações e outras

listas;

Identificação de instrumentos (nomes) e funções de controle;

Instalação, instruções de operação e manutenção, desenhos

e registros.

A norma destina-se a fornecer informações suficientes a fim de

permitir que qualquer pessoa ao revisar qualquer documento sobre medição e

controle de processo, possa entender as maneiras de medir e controlar o processo

(desde que possua certo conhecimento no assunto). Não constitui pré-requisito para

Page 57: Relatório de estágio   projeto salobo

56

esse entendimento um conhecimento profundo/detalhado de um especialista em

instrumentação.

6.2.5.4 Aplicação para Classes e Funções de Instrumentos

As simbologias e o método de identificação desta norma são

aplicáveis para toda classe de processo de medição e instrumentação de controle.

Podem ser utilizadas não somente para identificarem instrumentos discretos e suas

funções, mas também para identificar funções analógicas de sistemas que são

denominadas de várias formas como: “Shared Display”, “Shared Control”,

“Distribuided Control” e “ Computer Control”.

6.2.5.5 Conteúdo da Identificação da Função

A norma é composta de uma chave de funções de instrumentos

para sua identificação e simbolização. Detalhes adicionais dos instrumentos são

melhores descritos em uma especificação apropriada, folha de dados, ou outro

documento utilizado que esses detalhes requerem.

6.2.5.6 Conteúdo de Identificação da Malha

A norma abrange a identificação de um instrumento e todos

outros instrumentos ou funções de controle associados a essa malha. O uso é livre

para aplicação de identificação adicional tais como: número de série, número de

unidade, número de área ou outros significados.

6.2.5.7 Símbolos de Linha de Instrumentos

Todas as linhas são apropriadas em relação às linhas do

processo de tubulação:

1. Alimentação do Instrumento ou

Conexão ao Processo

2. Sinal Indefinido

3. Sinal Pneumático

4. Sinal Elétrico

5. Sinal Hidráulico.

6. Tubo Capilar

Page 58: Relatório de estágio   projeto salobo

57

7. Sinal Sônico ou Eletromagnético

(guiado)

8. Sinal Sônico ou Eletromagnético (não

guiado)

9. Conexão Interna do Sistema

(Software ou Data Link)

10. Conexão Mecânica

6.2.5.7.1 Símbolos Opcionais Binários (ON-OFF)

11. Sinal Binário Pneumático

12. Sinal Binário Elétrico

6.2.5.8 Símbolos Gerais de Instrumentos ou de Funções

Localização Primaria

Normalmente

acessível ao

Operador

Montagem do

Campo

Localização Auxiliar

Normalmente

acessível ao

Operador

Instrumentos

Discretos

1 2 3

Display

compartilhado,

controle

compartilhado.

4 5 6

Função em

Computador

7 8 9

Page 59: Relatório de estágio   projeto salobo

58

Controle Lógico

Programável

10 11 12

13 14

Instrumento com números de identificação

grandes

15

Instrumentos montados no mesmo

alojamento 16

Luz Piloto

17

Ponto de Teste Montado no Painel

18

Purga

19 20

Diafragma de Selagem

21

Intertravamento Lógico Indefinido

6.2.5.9 Modulação Analógica e Digital

Os dados que trafegam pelo computador são digitais e

representados por dois valores distintos de tensão elétrica. Um valor representa o bit

1 e o outro valor representa o bit 0. O sinal digital é uma sequencia eletrônica na

forma de uma tensão elétrica que varia ao longo do tempo, com o objetivo de

representar a sequencia de bits. Um sinal nada mais é que uma tensão variável que

assume dois valores típicos para representar os bits 0 e 1.

As comunicações na instrumentação eletrônica são feitas

através de um único sinal elétrico (4 mA ~ 20 mA), e por isso utilizam apenas um par

de fios. Não podemos transferir dados por essas linhas no formato paralelo (vários

bits de uma só vez), mas sim, no formato serial (um bit de cada vez). A interface

serial é o meio natural para transmitir e receber dados por linhas telefônicas, já que

transmitem ou recebem um bit de cada vez.

Na instrumentação os cabos não possuem caracteristicas

elétricas que permitam transmitir sinais digitais, mas sim, sinais analógicos. Os

sinais analógicos podem assumir infinitos valores de tensão elétrica. Se tentarmos

ligar em um cabo de instrumentação, o sinal digital proviniente de uma interface

Page 60: Relatório de estágio   projeto salobo

59

serial, ocorrerá uma grande distorção. Até alguns metros este sinal pode trafegar

sem grandes distorções, mas com distâncias maiores o sinal fica cada vez mais

degradado.

A solução para transmitir um sinal digital por um cabo simples,

sem apresentar distorções é usando um processo de modulação e demodulação. Na

modulação o sinal digital é transformado em analógico e assim pode trafegar em um

cabo simples sem apresentar distorções. Ao ser recebido no seu destino, o sinal é

demodulado voltando a assumir a forma digital.

6.2.5.10 FieldBus

A instalação e manutenção de sistemas de controle tradicionais

aplicam altos custos principalmente quando se deseja ampliar uma aplicação onde

são requeridos além dos custos de projetos e equipamentos, custos com

cabeamento destes equipamentos à unidade central de controle.

De forma a minimizar estes custos e aumentar a

operacionalidade de uma aplicação introduziu-se o conceito de rede para interligar

os vários equipamentos de uma aplicação. A utilização de redes em aplicações

industriais prevê um significativo avanço nas seguintes áreas:

Custos de Instalação;

Procedimentos de Manutenção;

Opções de upgrades;

Informação de Controle de Qualidade.

Redes industriais são padronizadas sobre 3 níveis de

hierarquias cada qual responsável pela conexão de diferentes tipos de

equipamentos com suas próprias características de informação.

O nível mais alto - nível de informação da rede é destinado

a um computador central que processa o escalonamento da produção da planta e

permite operações de monitoramento estatístico da planta sendo implementado

geralmente por softwares gerenciais (MIS). O padrão Ethernet operando com

protocolo TCP/IP é o mais comumente utilizado neste nível.

O nível intermediário - nível de controle da rede é a rede

central localizada na planta incorporando PLCs, DCSc, e PCs. A informação deve

trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos dados nos

softwares que realizam a supervisão da aplicação.

Page 61: Relatório de estágio   projeto salobo

60

O nível mais baixo – nível de controle discreto se refere às

ligações físicas da rede ou nível de I/O. Este nível de rede conecta os equipamentos

de baixo nível entre partes físicas e de controle. Neste nível encontram-se os

sensores discretos, contatores e blocos de I/O.

As redes de equipamentos são classificadas pelo tipo de

equipamento conectado a elas e o tipo de dados que trafega pela rede. Os dados

podem ser bits, bytes ou blocos. As redes com dados em formato de bits transmitem

sinais discretos contendo simples condições ON/OFF. As redes com dados no

formato byte podem conter pacotes de informações discretas e/ou analógicas e as

redes com dados em formato de bloco são capazes de transmitir pacotes de

informação de tamanhos variáveis.

Classificam-se as redes quanto ao tipo de rede de

equipamentos e os dados que ela transporta:

Rede Sensorbus – dados no formato de bits;

Rede Devicebus – dados em formato de bytes;

Rede Field Bus – dados no formato de pacotes de

mensagens.

Figura A - Pirâmide de Automação Industrial

Page 62: Relatório de estágio   projeto salobo

61

A rede Sensor bus conecta equipamentos simples e pequenos

diretamente à rede. Os equipamentos deste tipo de rede necessitam de

comunicação rápida em níveis discretos e são tipicamente sensores e atuadores de

baixo custo. Estas redes não almejam cobrir grandes distâncias, sua principal

preocupação é manter os custos de conexão tão baixos quando for possível.

Exemplos típicos de rede sensor bus incluem: Seriplex, ASI e INTERBUS Loop.

A rede Devicebus preenche o espaço entre redes sensor bus e

Field bus pode cobrir distâncias de até 500 m. Os equipamentos conectados a esta

rede terão mais pontos discretos, alguns dados analógicos ou uma mistura de

ambos. Algumas destas redes permitem a transferência de blocos em uma menor

prioridade, comparado aos dados no formato de bytes. Esta rede tem os mesmos

requisitos de transferência rápida de dados da rede de sensorbus, mas consegui

gerenciar mais equipamentos e dados. Exemplos de redes desse tipo: DeviceNet,

Smart Distributed System (SDS), Profibus DP, LONWorks e INTERBUS-S.

A rede Fieldbus interliga os equipamentos de I/O mais

inteligentes e pode cobrir distâncias maiores. Os equipamentos acoplados à rede

possuem inteligência para desempenhar funções especificas de controle tais como

loop PID, controle de fluxo de informações e processos. Os tempos de transferência

podem ser longos, mas a rede deve ser capaz de comunicar-se por vários tipos de

dados (discreto, analógico, parâmetros, programas e informações do usuário).

Exemplo de redes Fieldbus: IEC/ISA SP50, Fieldbus Foundation (FF), Profibus PA e

HART.

Page 63: Relatório de estágio   projeto salobo

62

Fieldbus – é um sistema de comunicação digital bidirecional,

que permite a interligação em rede de múltiplos instrumentos diretamente no campo

realizando funções de controle e monitoração de processo e estações de operação

(IHM) através de softwares supervisórios.

Page 64: Relatório de estágio   projeto salobo

63

6.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Antes de iniciar minhas atividades realizei treinamentos importantes para minha

atuação na área. Tais como:

Uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva (EPIs/EPCs);

Atividade Preliminar de Tarefa – APT;

Permissão de Trabalho Especial – PTE;

Bloqueio e Sinalização;

NR10.

1. Uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva (EPIs/EPCs):

A NR06 (Norma Regulamentadoras – MTE), portaria nº 3.214/78.

Artigo nº 157, 158,166 e 167 da Consolidação das Leis Trabalhistas CLT.

Tem como dever a Empresa:

a) Fornecer EPI e EPC;

b) Substituir quando necessário;

c) Controle de consumo de cada funcionário;

d) O uso de EPI e EPC é obrigatório pelos empregados.

Alguns exemplos de EPIs mais utilizados:

a) Capacete de Proteção;

b) Óculos de Proteção;

c) Protetor Auricular;

d) Luvas de Proteção.

Alguns exemplos de EPCs mais utilizados:

a) Cones de Sinalização;

b) Fita zebrada para isolamento de área.

Há punição para a indisciplina ao não uso de EPIs/EPCs, conforme a lei.

Em anexo veja tipos de EPIs/EPCs.

2. A Atividade Preliminar de Tarefa – APT tem como objetivo:

a) Avaliar previamente a natureza do trabalho e os riscos envolvidos,

determinando as ações preventivas de segurança a serem adotadas;

b) Revalidar, cancelar e encerrar a PT (Permissão de Tarefa) conforme as

diretrizes deste procedimento;

c) Interromper os trabalhos se for constatado que as medidas de segurança

adotadas não estão sendo cumpridas pelo executante, permitindo seu reinicio

apenas quando as irregularidades forem sanadas;

Page 65: Relatório de estágio   projeto salobo

64

d) Acompanhar periodicamente a execução dos trabalhos não rotineiros desde o

inicio (abertura da APT) até a sua finalização (encerrando a PT) independente do

tempo de duração;

e) Monitorar o ambiente de trabalho visando detectar eventual atmosfera

inflamável;

f) Arquivar a APT no Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (SST);

g) Verificar o preenchimento da APT;

h) Iniciar os trabalhos quando a APT estiver preenchida e aprovada;

i) Portar a primeira via da APT no local de trabalho em local visível durante a

realização das tarefas.

Esses são os procedimentos da APT que devemos sempre tomar ao inicio das

nossas atividades.

3. Permissão de Trabalhos Especiais – PTE:

É opcional, pois depende do trabalho a ser realizado, antes de iniciar os serviços

o local deve ser inspecionado com a APT preenchida e aprovada, assinada pelo

Emitente. Onde devem constar:

a) Trabalho a ser realizado: Testes Radioativos, Eletricidade, Substâncias

Perigosas, Trabalho em Altura, Escavações, Incêndio e Explosão e outros.

b) É feita uma analise da tarefa (ações de proteção);

c) Qual Equipamento de Proteção Individual/Coletivo (EPIs/EPCs), necessários

para execução das tarefas;

d) Arquivar a PTE no Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (SST);

d) Iniciar o trabalho quando a PTE estiver preenchida e aprovada;

e) Portar a primeira via da PTE no local de trabalho em local visível durante a

realização da tarefa;

f) Acompanhar periodicamente a execução da tarefa desde o inicio (abertura da

PTE) até sua finalização (encerrando a PTE), se for necessário realizar a

revalidação da PTE;

4. Bloqueio e Sinalização:

RAC04 – Energia: todas as forças eletromecânicas utilizadas o acionamento de

vários equipamentos tais como:

Energia e riscos associados: elétrica, mecânica, Hidráulica, Pneumática,

Térmica e Química.

Page 66: Relatório de estágio   projeto salobo

65

Procedimentos para Bloqueio e Sinalização:

Aplica-se o bloqueio em energias citadas acima durante a construção,

manutenção e outras atividades, não se aplicando a fontes de energia radioativas.

Capacitação – devem realizar o curso RAC04 para capacitação apropriada do

trabalho.

Qual é o nosso papel no Bloqueio e Sinalização?

Bloqueio – bloquear o mecanismo que isola uma fonte de energia do

trabalhador;

Sinalização – significa colocar uma etiqueta em um dispositivo que está indicado

no mecanismo.

Onde não for possível o bloqueio deve ser feito uma ART (Análise de Risco de

Tarefa), esse trabalho apenas é feito pelo responsável da área com a aceitação da

Saúde e Segurança do Trabalho.

Bloqueio de energia e suas etapas:

1º Desligar o sistema;

2º Desenergizar;

3º Etiquetar;

4º Teste liga/desliga.

Cartão de Bloqueio (PERIGO) – referente para pessoa que esta executando a

manutenção.

No caso de ocorrer esquecimento de desbloqueio apenas o supervisor ou

pessoa autorizada pela gerência acompanhada pela Segurança do Trabalho poderá

realizar a remoção da chave ou a quebra da haste do cadeado se necessário.

Bloqueio de Energia > Grupo de Bloqueio

Conjunto de procedimentos de controlar energia potencialmente perigosa.

O bloqueio deve seguir:

1. Durável ao ambiente onde é utilizado;

2. Cores padronizadas;

3. Sinalização;

Os EPIs do bloqueio e sinalização podem variar pelo tipo de energia aplicada,

ou seja, especifico para o bloqueio e sinalização.

Importância das etapas das atividades de bloqueio:

1. Documentação (procedimento operacional);

Page 67: Relatório de estágio   projeto salobo

66

2. Há existência de energia não identificada será feito uma ART (Atividade de

Risco de Tarefa).

Fases para o início e término do bloqueio e sinalização:

1º Preparação;

2º Comunicação;

3º Desligamento;

4º Isolamento;

5º Bloqueio e Sinalização;

6º Liberação de Energia Residual (energia que fica na fonte);

7º Teste de verificação de bloqueio;

8º Retirada de Sinalização;

9º Liberação (comunicação – retorno da operação) = livres de condições

inseguras.

Apenas pessoas autorizadas podem realizar o bloqueio de fontes de energia.

Na mudança de turno/equipe de trabalho deve-se dar baixa nas permissões de

trabalho relativas e emitir uma nova ART para continuidade dos serviços pelo (a)

turno/equipe.

Cores padrão para solicitação de desligamento e religamento de equipamentos

pelo solicitante/eletricista usado na Empresa Vale:

PREENCHIMENTO PELO SOLICITANTE NO DESLIGAMENTO

PREENCHIMENTO PELO ELETRICISTA NO DESLIGAMENTO

PREENCHIMENTO PELO SOLICITANTE NO RELIGAMENTO

PREENCHIMENTO PELO ELETRICISTA NO RELIGAMENTO

Cores padrão de cadeados de proteção:

AMARELO – ELETRICA;

LARANJA – MECÂNICA;

AZUL – OPERAÇÃO;

VERMELHO – CONTRATADA.

Alguns dispositivos de bloqueio:

Cadeados de bloqueio;

Etiqueta de bloqueio;

Caixa de bloqueio (coletivo);

Page 68: Relatório de estágio   projeto salobo

67

Dispositivo de bloqueio para válvulas e disjuntores.

* Ver em anexo modelo do Cartão de bloqueio (PERIGO), cadeados e

dispositivos de bloqueio utilizados na empresa Vale.

5. NR10

Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece os requisitos mínimos que tem

como objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de

forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou

indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Esta NR se aplica a todas as fases de geração, transmissão, distribuição e

consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação,

manutenção das instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas

proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos

competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

Comumente em minha função tomei medidas de proteção individual como já

foram citadas acima usando EPIs específicos para a execução da tarefa (NR06), as

vestimentas de trabalho são adequadas às atividades, devendo contemplar a

condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. Onde fica proibida a

utilização de adornos pessoais nos trabalhos elétricos ou em suas aproximidades.

Ver em anexo o tipo de vestimentas de trabalho elétrico.

Minhas atividades desenvolvidas durante o comissionamento:

1. Britagem Primária e Britagem Secundária:

1.1 Inspeções na Britagem Primária no Sistema Hidráulico do Britador Primário,

onde verificamos pendências para futuras melhorias. Durante a atividade

constatamos que alguns instrumentos (sensores) precisavam de melhor localização

para facilitar o acesso na leitura, configuração e calibragem dos mesmos.

Figura 1 - Difícil acesso para visualização dos valores medidos pelo instrumento - TIT.

Figura 2 - Sistema Hidráulico do Britador Secundário BR-2005-01

Page 69: Relatório de estágio   projeto salobo

68

2.1 Acompanhamentos no ligamento do quadro de conexões da Balança Bextra

da WIT – 2001 – 004 (Alimentador de correia TR – 2001 – 01).

Uma breve explicação da Balança Integradora Bextra:

A Balança Integradora Bextra mede a vazão de material sobre a esteira.

A balança integradora Bextra permite o controle da vazão de material sobre a

esteira, via controle de velocidade. Temos duas fontes de corrente de (4 mA a 20

mA) independentes, em ambas as aplicações a balança permite agregar placa de

relés para totalizador remoto, indicação de erro e indicação de total de peso atingido.

O software permite instalar Tacômetro para medir velocidade da esteira.

A indicação de vazão é feita através de display numérico de 4 dígitos e um

teclado de membrana permite programar o equipamento. Um display alfanumérico

mostra o valor dos totalizadores e é utilizado na programação dos dados. Os valores

programados não são perdidos no caso de uma interrupção de rede elétrica.

Foram atribuídos parâmetros conforme é exigido pela operação para o

acompanhamento do processo.

3. Inspeção na TR-2005-01 onde foi concluído que havia a falta de fim de curso

para o sistema anti entupimento e fixação das caixas de transferência da área 2005,

que poderia causar falha na leitura do instrumento com graves riscos a integridade

das correias transportadoras e implementar o fim de curso.

4. Inspeção no AL-2005-01 onde foi constatado que o pino do cabo do sistema

de emergência estava quebrado foi solicitada a substituição da caixa do sistema de

Figura A - ESQUEMA DA BALANÇA INTEGRADORA

Figura B - PROCESSADOR 8032 - TELA DE VISUALIZAÇÃO E PARÂMETROS

Page 70: Relatório de estágio   projeto salobo

69

emergência e a correção do pino. E verificamos com êxito a substituição da caixa de

emergência e corrigido o pino no cabo do sistema de emergência.

5. Inspeção na TR-2005-02 e foi constatada a falta de suporte ao longo dos

conduites elétricos e solicitamos a implementação de suporte para os mesmos. Que

foi corrigido posteriormente.

6. Elaboração de Relatório de Comissionamento e Acompanhamento de Testes

em Instrumentos na área da usina e dependências, com o objetivo de relatar de

forma clara e objetiva os testes realizados na área da usina e comunicar as áreas

destinadas para o comissionamento. A área designada para acompanhamento dos

testes: 2001.

6.1 Testes realizados na britagem secundária no BR-2001-01 sem carga foram

analisados leituras dos instrumentos: no campo e na sala de controle, os

instrumentos indicavam a mesma leitura, comparando leitura em campo e leitura em

sala de controle. Através do software 800xA que faz o acompanhamento do

processo. Abaixo um exemplo desse software:

Foram feitas comparações das medidas do campo com a sala de controle

através de rádio, os instrumentos no sistema e no campo indicavam a mesma

leitura. Os testes realizados no britador mostraram um perfeito funcionamento dos

instrumentos tanto em campo quanto na comunicação com a sala. Os instrumentos

auxiliares como manômetros de temperatura mostravam a mesma leitura dos

instrumentos principais sem a necessidade de reajustes. Não havia sensores de

temperatura nos mancais da polia (a serem instalados).

6.2 Testes no Peneiramento (PN-2005-02) e Primário e Britagem Secundária

(BR-2001-01), neste caso analisamos as variações das correntes e a oscilação era

constante. Eram analisadas as correntes de partida e corrente nominal dos motores

da PN-2005-02.

Os testes realizados no britador mostraram um bom desempenho no

funcionamento dos instrumentos tanto em campo quanto na comunicação em sala.

Apenas pequenas informalidades que foram resolvidas em curto espaço de tempo

entre equipe de campo e equipe de sala. O sistema do britador foi colocado em

funcionamento de forma remota (acessado por meio de linha de comunicação entre

computadores).

Page 71: Relatório de estágio   projeto salobo

70

Abaixo tela do software 800xA: os destaques vermelhos são as leituras de

medições dos instrumentos em área e sala de controle.

Figura 3 - Tela 800xA - Britador Primário - BR-2001-O1

Page 72: Relatório de estágio   projeto salobo

71

7. Elaboração de Work Shop Instrumentação foram dividida equipes cada qual

com um assunto específico, a minha equipe formada por dois mentores: José

Wmarley e Adilson Ramos, nós ficamos responsáveis pela elaboração do Work

Shop sobre: Hidráulica e Pneumática (Conceitos, Interpretação de diagramas

(básico), tipos de instrumentos (atuadores, válvulas solenoides, instrumentos) e

também uma abordagem sobre Válvulas de Controle (Princípio de funcionamento,

tipos de válvulas/aplicação (proporcional e ON/OFF). Um estudo que me ajudou em

obter mais conhecimento e entender melhor o funcionamento da hidráulica,

pneumática e válvulas de controle.

Conceitos:

7.1 Hidráulica – Utiliza um líquido confinado (óleo/água) para transmitir

movimento multiplicando forças. Para ganhar em força, perde-se em deslocamento.

Pelo de usar líquido praticamente incompressível, a transmissão de movimentos é

instantânea;

Figura 4 - Tela 800xA - Visão Geral da Britagem Primária

Page 73: Relatório de estágio   projeto salobo

72

7.1.1 Vantagens de um Sistema Hidráulico:

1. Velocidade variável – através da válvula reguladora de fluxo;

2. Reversibilidade – através da válvula direcional;

3. Parada instantânea – através da válvula direcional;

4. Proteção contra sobre carga – através da válvula de segurança ou limitadora

de pressão;

5. Dimensões reduzidas.

7.1.2 Desvantagens de um Sistema Hidráulico:

1. Poluição do meio ambiente por desperdício de óleo, perigo de fogo/acidente;

2. Sensível à sujeira;

3. Perigo resultante de pressão excessiva;

4. Dependência da temperatura (mudança na viscosidade (medida de

resistência do fluido ao se escoar) do fluido hidráulico);

5. Fator de eficiência desfavorável.

Exemplo de um Sistema Hidráulico:

Figura 5 - Sistema Hidráulico - FI-2020-01 – Filtro de Prensa

Page 74: Relatório de estágio   projeto salobo

73

7.2 Pneumática – Utiliza ar sobre pressão (ar comprimido) para transmitir

movimento mecânico (linear ou rotativo) multiplicando forças. O ar é compressível, o

ar comprimido é o ar atmosférico com volume reduzido, uma fonte de energia limpa

e de simples utilização.

7.2.1 Vantagens de um Sistema Pneumático:

1. Redução de custos operacionais;

2. Robustez dos componentes pneumáticos;

3. Facilidade de implantação;

4. Resistência a ambientes hostis;

5. Simplicidade de manipulação;

6. Segurança.

7.2.2 Desvantagens de um Sistema Pneumático:

1. O ar comprimido necessita de uma boa preparação para realizar o trabalho

proposto;

2. Os componentes pneumáticos são normalmente projetados e utilizados a uma

pressão máxima de 1723,6 kPa;

3. Velocidades muito baixas são difíceis de ser obtidas com o ar comprimido

devido às propriedades físicas;

4. O ar é um fluido altamente compressível (é impossível obter parada

intermediaria e velocidade uniforme);

5. O ar comprimido é poluidor sonoro quando são efetuadas exaustões para a

atmosfera.

Exemplo de um Sistema Pneumático:

Figura 6 - TQ-2020-02 - Tanque de Ar Comprimido

Figura 7 - Sistema Pneumático - ES-2020-2

Page 75: Relatório de estágio   projeto salobo

74

7.3 Válvulas de Controle – É um dispositivo cuja finalidade é a de provocar uma

obstrução na tubulação com o objetivo de permitir maior e menor passagem de

fluído por esta. Esta obstrução pode ser parcial ou total, manual ou automática. Elas

podem ser classificadas em: Esfera, Borboleta, Macho, Globo, Retenção, Auto

Reguladora e Solenoide.

Veja alguns exemplos de Válvulas:

Figura 8 - Válvula Solenoide

Figura 9 - Válvula Borboleta

Figura 10 - Válvula Esfera

Figura 11 - Válvula Macho

Figura 12 - Válvula de Retenção

Figura 13 - Válvula Globo

Page 76: Relatório de estágio   projeto salobo

75

2. Área da Moagem e Flotação.

8. Acompanhei o mentor Técnico em Automação Wellington da ABB, antes de

atuar no campo, fiz um estudo sobre toda configuração de redes no Projeto Salobo.

A rede do Projeto Salobo é Ponto a Ponto, ou seja, os equipamentos são todos

ligados em série. Neste caso é obrigatória a redundância de conexões, de forma a

garantir que a remoção/inserção de um equipamento não venha a interromper a

comunicação.

6020 OFICINA

CENTRALIZADA

8002 SUBESTAÇÃO

PRINCIPAL

2021 FILTRAGEM

2023 REMOAGEM/

REAGENTE

2015MOAGEM/FLOTAÇÃO

2013SALA DE

CONTROLE

2011PRENSA

2008TCLD

2006PENEIRAMENTO

2002BRITAGEM

5002 ETA

5011 CAPTÇÃO DE ÁGUA

7014 ABAST. VEÍC. LEVES

1024 ABAST.

VEÍC. PESADOS

5012 ÁGUA

RECUPERADA

TOPOLOGIA ANEL – todos os equipamentos são interligados entre si no formato físico de um anel.

Se houver algum problema com a rede, poderá existir uma rota alternativa.

Page 77: Relatório de estágio   projeto salobo

76

A Hierarquia das Redes Industriais:

1º NÍVEL – Softwares Gerenciais

Protocolo TCP/IP com Ethernet

Os Servidores é um computador que eleva a capacidade do processamento, sua

função é disponibilizar serviços a rede. Que requer CPUs rápidas e dispositivos de

armazenamento de alta capacidade e acesso rápido.

Cliente/Servidor – todo processamento é realizado pelo servidor enquanto do

lado do cliente ficam as aplicações visuais para acesso ao servidor.

2º NÍVEL – CLPs/CNCs

Controle = Informação

3º NÍVEL – Parte Física da Rede

Controles Discretos

O estudo das Redes FF – FieldBus Foundation que possuem caracteristicas

positivas na execução de projetos tais como:

a) Tendências tecnológicas;

b) Maiores recursos de diagnósticos;

c) Maior confiabilidade de monitoração;

d) Maiores recursos de manutenção;

e) Facilidades de projeto do meio físico;

f) START UP mais rápido;

g) Menor custo final de Instalação;

h) Menor custo final de instalação;

i) Aumento de produtividade.

A rede FF é digital, possuem dois tipos de rede FF:

1. De Baixa Velocidade (REDE H1 – 31,25 kbps);

Figura 14- Quadro Geral - Servidor/Swichs/CPUs.

Figura 15 - Servidor Figura 16 - Switch

Page 78: Relatório de estágio   projeto salobo

77

2. De Alta Velocidade ( REDE HSE – 100 Mbps).

A Rede H1 – interliga instrumentos de baixa velocidade;

A Rede HSE – interliga demais redes e dispositivos de alta velocidade como:

CLPs, Controladores, Servidores de dados e Workstations.

Managment Information System (MIS), Interprise Resource Planning (ERP),

Interfaces Homem-Máquina (IHM) acessam informações Fieldbus através dos

serviços de dados. Cada LD 800 HSE possui um canal HSE para se comunicar com

outros LDs, com controladores AC 800M via interface CI860 e servidores OPC FF

que são responsáveis pela disponibilização dos paramêtros e informações Fieldbus

para o sistema 800xA e consequentemente para as estações de engenharia Via

Fieldbus Builder FF e as estações de operação.

Segmento H1:

Paínel Sala Elétrica:

No Campo:

OBS.: Ao verificar a cor padrão dos cabos nas conexões foi verificado que:

Condutor Laranja: Polaridade (+);

Condutor Azul: Polaridade (-);

Segmento HSE – caracteriza-se pela comunicação entre os sistemas Fieldbus

envolvidos: LD 800 HSE, Controladores AC 800M, Servidores OPC FF, etc.

LD 800 HSE

CONDICIONADOR DE TENSÃO COM

TERMINADOR

CAIXA DE JUNÇÃO COM TERMINADOR

Instrumentos FF

Page 79: Relatório de estágio   projeto salobo

78

A interligação entre esses sistemas ocorre através da ETHERNET 100M bits,

aos quais os equipamentos se conectam a um servidor ETHERNET utilizando cabos

por trançado e com Shields (proteção).

A Rede Profibus é um sistema de comunicação digital e aberto com um grande

range de aplicações nas áreas de fábrica e automação de processo. É adequada

para aplicações rápidas e envolvendo tempos críticos e tarefas de comunicação

complexas. Assegura comunicação entre equipamentos de diferentes fabricantes.

A Rede Profibus DP é a mais difundida para automação industrial, utilizando

tecnologia de transmissão de RS485.

O Sistema Profibus DP se comunica através de uma comunicação CI854 do

controlador AC 800M. Essa interface possui dois canais RS485 de comunicação

permitindo redundância dos seguimentos como opção. A configuração de todo o

sistema profibus dentro do controlador AC 800M é realizada através do Control

Builder (ferramenta de engenharia).

RS485 e a Fibra óptica são as duas principais tecnologias de transmissão para o

profibus DP.

O esquema abaixo mostra o sistema de comunicação em sala remota

(subestações) e automação:

Figura 18 - Caixas de Junção - Instrumentos no Campo.

Figura 17 - Ligações: Sala de Controle - Painel ABB (Sala Remota) - Campo (Instrumentos)

Page 80: Relatório de estágio   projeto salobo

79

8.2 Realizei um estudo na área remota nos painéis da ABB e conclui que: no

painel frontal existem três switches onde são definidas as três redes que saem do

campo para a sala de controle são elas:

1º SWITCH – REDE PRINCIPAL – COR VERDE;

2º SWITCH – REDE REDUNDANTE – COR VERMELHA;

3º SWITCH – REDE FF – FIELDBUS FOUNDATION – COR AMARELA;

Um estudo das portas onde são ligadas as fibras que são responsáveis pela

comunicação que se situam em RK conforme a área. Nessas Racks são

encontrados as redes de controle principal, FF, Modbus, IEC (Elétrica) e controle

Redundante.

Figura 19 - RACK realizando as ligações das Fibras.

Figura 20 - Portas em pares

Page 81: Relatório de estágio   projeto salobo

80

As portas são divididas em pares conforme sua comunicação:

PORTA 1 CONTROLE PRINCIPALPORTA 2

PORTA 3 REDE FFPORTA 4

PORTA 5 MODBUSPORTA 6

PORTA 7 IECPORTA 8

PORTA 9 CONTROLE REDUNDANTEPORTA 10

As fibras são interligadas possibilitando a comunicação entre campo e sala de

controle (automação).

9. Acompanhamento na montagem de válvulas guilhotinas na Flotação pela

Parex e colaboradores Vale. Eu e a equipe acompanhamos a instalação das talhas

elétricas e separação de cabos conforme o painel de ligação de cada bomba.

Especificando qual borne iriam ser ligadas as conexões das válvulas guilhotinas,

separando e enumerando cada cabo de conexão.

10. Apoio na montagem do quadro de conexão dos painéis PCS (painel elétrico

dos instrumentos) no Courrier na responsabilidade do Mentor Márcio Ruben a

equipe realizou separação de cabos de ligação de cada PCS e conforme manual de

instalação foi feita as ligações em cada borne respectivo do PCS. Esses painéis

correspondem aos instrumentos que são responsáveis pelo processo de análise do

material (minério – cobre), através de amostradores é retirada uma alíquota de

material e o sistema de analise químico (raios-X on line) faz a verificação através de

um equipamento o PSI – Amostradores - (painel com interface IHM (homem-

máquina) que mostra toda porcentagem de material recolhido daquela amostra,

onde a técnica monitora os dados de corrente, tensão, temperatura e outros).

ESSAS PORTAS SÃO INTERLIGADAS COM O PAINEL ABB NAS REDES: PRINCIPAL, REDUNDANTE e FF.

COMUNICAÇÃO EM CUBÍCULOS NAS SUBESTAÇÕES - ELÉTRICA

FALHA EM REDES DE COMUNICAÇÃO

Page 82: Relatório de estágio   projeto salobo

81

11. Participação do Treinamento de Instrumentação Básica (Teórica e Prática)

com carga horária de 80 horas na Valer em Parauapebas /PA. Com as seguintes

ênfases:

a) Introdução à Instrumentação;

b) Medição de Pressão;

c) Medição de Nível;

d) Medição de Vazão;

e) Tubulação de Impulso e Sistemas de Selagem;

f) Medição de Temperatura;

g) Válvula de Controle e Posicionadores.

E entre uma ênfase e outra havia a parte prática com realização de cálculos

matemáticos e em seguida aplicamos nossos conhecimentos na Programação

(configuração) e calibração de:

a) Programação e Calibração e ajuste do Transmissor Eletrônico de Pressão;

b) Programação e Calibração e ajuste do Transmissor Eletrônico de Pressão

Diferencial;

c) Demonstração da Programação e Calibração do Posicionador Inteligente.

Este curso foi ministrado por Paulo Roberto F. Teixeira – Técnico de

Instrumentação com razão social: T4M – Treinamento, Consultoria e Assistência e

Automação Industrial.

Através deste curso adquiri conhecimento teórico e prático para exercer as

minhas tarefas no ambiente de trabalho.

11. Execução de OS (Ordem de Serviço) com duração de 8 horas na área da

Britagem Secundária nos Detectores de Metais (DM-2005-01/02), os mesmos

indicavam erros na sala de controle. Foi verificado o erro e dado reset em ambos.

No término da atividade foi concluído que os detectores deveriam ser retirados e

colocados em pontos estratégicos para melhor funcionalidade. No decorrer das

atividades os locais foram analisados e a mudança dos detectores de metais foi

programada em um determinado período para melhor funcionalidade dos mesmos.

12. Auxilio em algumas OS (Ordem de Serviço) em vários pontos do Projeto

Salobo: Inspeção em instrumentos de correia transportadora da área da moagem.

Page 83: Relatório de estágio   projeto salobo

82

Verificamos o estado do instrumento (chave de emergência) e em instrumentos

fixados em alimentadores foi feito um levantamento de algumas pendências para

futuras melhorias.

Auxilio na manutenção de sensores de vibração nas peneiras do britador

secundário. Foi analisado o quadro de ligação dos cabos dos sensores e foi

constatamos a necessidade de substituição dos sensores da PN-2005-02 por falta

de comunicação na medição com a sala de controle. Através de testes do campo

com a sala de controle ocorria falha em alguns sensores.

Portanto essas foram às atividades que mais julguei indispensáveis para meu

aprendizado. Onde participei com auxilio de mentores os quais me orientavam

durante a realização da tarefa.

Page 84: Relatório de estágio   projeto salobo

83

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O meu desenvolvimento iniciou desde a preparação no Programa de Formação

Profissional com base em Manutenção Eletroeletrônica e posteriormente após mais

estudos e uma preparação articulei meus conhecimentos adquiridos ao longo da

prática no ambiente de trabalho em busca do meu objetivo do fazer acontecer.

Também ficou evidente no decorrer das diversas fases do trabalho a busca de mais

conhecimento, através de estudo especifico na área de Instrumentação Industrial. A

junção da experiência em execução de atividades com uma base teórica se fez

necessária para minha formação em Técnica na área Eletroeletrônica.

A Supervisão do Leandro Martins Cunha e sua equipe de Técnicos possuem total

autonomia, um sistema de alta responsabilidade com ênfase no das atividades a

serem executadas e do planejamento da Ordem de Serviço (OS) das mesmas.

Com um sistema de cobrança e prestação das Ordens de Serviço solicitadas por

contas de desempenhos e conclusões das atividades mostram a inovação de toda a

equipe na área de manutenção em Instrumentos Industriais em todo campo do

Projeto Salobo.

Conclui que tenho a necessidade de buscar mais conhecimento através de estudo

na manutenção eletroeletrônica de Instrumentos Industriais, pois as tarefas as quais

desenvolvi junto com meus mentores não me deixaram dúvidas que sou capaz de

fazer acontecer, é um desafio pela questão de naquele momento o Projeto Salobo

estava em fase de comissionamento e acompanhamento de testes em Instrumentos

Industriais em todo campo.

O que requer mais aperfeiçoamento da prática em Manutenção eletroeletrônica de

Instrumentos Industriais.

Page 85: Relatório de estágio   projeto salobo

84

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. GEULY – Gerência Geral de Pré-Operação do SaloboPlano de Comissionamento/RUMP-UP – Usina do Salobo;

2. Projeto Básico - 12 MTPAGeralMemorial Descritivo de ProcessoSEI ENGEVIX – REVISÃO 04

Critérios de Projeto para Processo, CP – 0000-P-001;

Fluxograma de Processo com Balanço de Massas: 2000-P-001 – Diagrama de Blocos; 2000-P-002 – Britagem Primária, Peneira Primária e Britagem Secundária; 2000-P-003 – TCLD, Peneiramento Secundária; 2000-P-004 – Moagem, Ciclonagem, Flotação – Circuito SMM; 2000-P-005 – Flotação e Remoagem – Circuito SMM; 2000-P-006 – Espessamento Concentrado, Estocagem de Concentrado; 2000-P-007 – Estocagem e Preparação de Reagentes; 2000-P-008 – Estocagem e Preparação de Reagentes; 2000-P-009 – Estocagem e Preparação de Reagentes; 2000-P-014 – Estocagem e Preparação de Reagentes.

8. ABNT. NR 5410:2004. Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p.

9. Introdução a Pneumática – Festo Didactic.

10. Introdução a Hidráulica – Material Didático do Programa de Formação Profissional – Vale.

11. CPM – Programa de Certificação do Pessoal de Instrumentação. Instrumentação Básica I – Pressão e Nível. SENAI – Departamento Regional do Espírito Santo.

13. Portal VALE.Disponível em: www.vale.com. Acesso em: Agosto de 2012.

14. Automação Industrial.http://www.automacaoindustrial.info/redes-industriais/protocolo-profibus-pa?

fb_ref=wp. Acesso em: Outubro de 2012.

15. Automação Industrial.

Page 86: Relatório de estágio   projeto salobo

85

http://www.automacaoindustrial.info/controle-de-processos/a-piramide-da-automacao-industrial. Acesso em: Outubro de 2012.

16. Automação Industrial.http://www.automacaoindustrial.info/. Acesso em: Outubro de 2012.

17. Site Googlewww.google.com.br/imagens. Acesso em: Novembro de 2012.

Page 87: Relatório de estágio   projeto salobo

86

9. ANEXOS

A – FLUXOGRAMA DO PROCESSO

ESPESSAMENTO- FILTRAGEMSISTEMA DE

REJEITO

Espessador de Concentrado

BRITAGEM PRIMÁRIA

BritadorGiratório

Pilhade minério britado

Barragem deRejeito

FLOTAÇÃO E REMOAGEMRougher 1Rougher 2

Flotação Scavengerdo Cleaner

Moinhos Verticais

Ciclones

ESPESSAMENTO-FILTRAGEM

BRITAGEM SECUNDÁRIA PENEIRAMENTO PRIMÁRIO

HPGR

Peneiras Primárias

Moinhos de Bolas

Bateria de Ciclones

Britadores

Secundários

FiltrosPrensa

Pilha deConcentrado

Tanque deConcentrado

Cleaner 1, 2 e 3

Pilha de regularização HPGR

Peneiras

Secundárias

HPGR E PENEIRAMENTO SECUNDÁRIO

MOAGEM DE BOLAS

Figura 1 - FLUXOGRAMA DE PROCESSO SALOBO

Page 88: Relatório de estágio   projeto salobo

87

Page 89: Relatório de estágio   projeto salobo

88

100%

132%

Prensa

de Rolos

26”

Moinho de

Bolas 26 X 39ft

10”

Barragem

Rejeitos

Filtro Prensa

Espessador de

concentrado

Clarificador

232%

100%

308%

100%

Peneiramento

Secundário

SCV-CL

RG2RG1

CL2CL1CL3

Pilha de Concentrado

Moinho Vertical

7,4%

92,6%

35,3%

22,7%

78,7%

13,9%58,0

%8,4%

6,3%20,6

%

19,2%

0,03%

2,1%

2,1%

16,1%

30,0%

Figura 3 - PERCENTUAIS ESTIMADOS DURANTE O PROCESSO.

Page 90: Relatório de estágio   projeto salobo

89

B – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Figura 1 - Capacete de Segurança Figura 2 - Carneira Figura 3 - Jugular

Figura 4 - Abafador Uricular- Específico para trabalhos Elétricos

Figura 5 - Luva de Proteção - Tipo Hiflex - Isolamento Elétrico

Figura 6 - Óculos de Proteção

Figura 7 - Bota de Proteção

Figura 8 - Cinto de Segurança - Trabalho em Altura

Page 91: Relatório de estágio   projeto salobo

90

C – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Figura 1 - Cone Figura 2 - Corrente de Isolamento

Figura 3 - Tela para Isolamento de Área

Figura 4 - Fita de Isolamento Zebrada

Figura 5 - Placa de Segurança

Figura 6 - Placa de Advertência

Page 92: Relatório de estágio   projeto salobo

91

D - DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO

Figura 1 - Cadeados de Bloqueio: Amarelo - Elétrica / Laranja - Mecânica / Azul - Operação / Vermelho - Contratada

Figura 2 - Caixa de Bloqueio - Bloqueio Coletivo.

Figura 3 - Dispositivos de Bloqueio para Válvulas.

Figura 4 - Dispositivos de Bloqueio - Disjuntores

Figura 7 - Dispositivo de Bloqueio Coletivo - Garra de Bloqueio

Page 93: Relatório de estágio   projeto salobo

92

E - NR10 – VESTIMENTAS

Figura 1 - Camisa Nomex

Figura 2 - Calça Nomex

Page 94: Relatório de estágio   projeto salobo

93

F - CARTÃO DE BLOQUEIO E IDENTIFICAÇÃO

Figura 1 - Bloqueio

Figura 2 - Cartão de Identificação

Page 95: Relatório de estágio   projeto salobo

94

G - FORMULÁRIO PARA DESBLOQUEIO EXCEPCIONAL

Page 96: Relatório de estágio   projeto salobo

95

H – PROJETO SALOBO METAIS – COMISSIONAMENTO

Figura 1 - Britador Secundário - Vista Superior

Figura 2 - Peneira do Britador Secundário - Vista Frontal

Figura 3 - Parte da TCLD Figura 4 – Moinho de Bolas

Figura 6 - Flotação

Figura 5 - Moinho Vertical - HPGR

Figura 7 - Espessador - Filtragem

Page 97: Relatório de estágio   projeto salobo

96

I – PROJETO SALOBO METAIS – NOS DIAS ATUAIS

Figura 1 - PILHA COM MATERIAL BRITADO