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Representações de adolescentes sobre feminino ou masculino INTRODUÇÃO Nascemos biologicamente machos ou fêmeas, mas nos tornamos masculinos ou femininos por meio das relações sociais as quais estamos inseridos/as desde cedo. Essas relações sociais são permeadas por relações de poder, em que ainda há um domínio do feminino pelo masculino, reflexos da cultura machista que ainda é forte em nossa sociedade. A partir desse pressuposto, a equipe do PIBID, por meio de oficinas pedagógicas desenvolvidas com crianças e adolescentes, têm realizado um trabalho de reflexão e aprofundamento de um tema que deixa professoras e professores tão pouco à vontade e indiferentes às questões que inevitavelmente afloram e se fazem presentes no cotidiano escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS METODOLOGIA Com as diversas discussões suscitadas pelo vídeo, identificamos como é forte influência dos estereótipos e preconceitos em relação à homossexualidade e aos “papeis” de gênero. Os desenhos realizados de forma livre pelos/as estudantes, após assistirem o vídeo corroboraram que essas concepções são notadamente influenciadas por representações as quais os/as estudantes têm contato desde cedo por meio dos grupos sociais aos quais estão inseridos/as, principalmente a família, escola e também a mídia. “Os amigos estavam rindo dele porque ele não queria ficar com a menina.Autores/as: Juliana G. Martins Guimarães 5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia, [email protected]; Marco Polo Amaral 5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia, [email protected]; Natany Avelar Silva 5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia; [email protected]; Cláudia Maria Ribeiro (orientadora) DED/UFLA [email protected]; Carolina Faria Alvarenga (co-orientadora) DED/UFLA [email protected] OBJETIVO O trabalho teve como objetivo principal discutir a questão da construção das identidades de gênero e sexual a partir do que se considera ser masculino ou feminino, bem como a influência da família, mídia, escola e sociedade nessa construção. Para a realização da oficina, foi exibido e discutido o vídeo “Minha Vida de João”. Em seguida, foi proposto aos/às estudantes que elaborassem histórias em quadrinhos a partir das imagens e situações do vídeo, onde deram voz as personagens do vídeo de acordo com as interpretações e experiências pessoais de cada um/a. PROBLEMATIZAÇÕES XAVIER FILHA, Constantina et al. "Minha vida de João” e “Era uma vez outra Maria”: Reflexões sobre masculinidades e feminilidades em momentos de formação docente. In: RIBEIRO, Cláudia Maria (org.). Tecendo gênero e diversidade sexual nos currículos da Educação Infantil. Ed.UFLA. Lavras. 2012. p.336-354. Vídeo: “Minha vida de João” (23 minutos) (2001). Produção Jah Comunicações. Direção Reginaldo Bianco. Produtores: Instituto Promundo; Ecos Comunicação em Sexualidade; Instituto Papai; Salud y Género. APOIO: CAPES REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA As oficinas, usando recursos audiovisuais, podem melhorar a convivência dos e das estudantes na escola. Algum estranhamento acerca do tema, a princípio, dificulta a realização de atividades propostas, porém, nos momentos em que aconteceram as oficinas, os e as estudantes demonstraram interesse e colaboração às atividades propostas e os temas puderam ser bem trabalhados e problematizados. “Eu brinco com a boneca da minha irmã, brincar de boneca, brincar de boneca não me faz menos menino.“João estava brincando no corredor, e viu sua mãe se arrumando e sua mãe saiu do quarto. E ele entrou; E passou maquiagem. E colocou o sapato de sua mãe.

Representações de adolescentes sobre feminino e masculino

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Page 1: Representações de adolescentes sobre feminino e masculino

Representações de adolescentes

sobre feminino ou masculino

INTRODUÇÃO

Nascemos biologicamente machos ou fêmeas, mas nos

tornamos masculinos ou femininos por meio das relações sociais

as quais estamos inseridos/as desde cedo. Essas relações

sociais são permeadas por relações de poder, em que ainda há

um domínio do feminino pelo masculino, reflexos da cultura

machista que ainda é forte em nossa sociedade.

A partir desse pressuposto, a equipe do PIBID, por meio de

oficinas pedagógicas desenvolvidas com crianças e

adolescentes, têm realizado um trabalho de reflexão e

aprofundamento de um tema que deixa professoras e

professores tão pouco à vontade e indiferentes às questões que

inevitavelmente afloram e se fazem presentes no cotidiano

escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

METODOLOGIA

Com as diversas discussões suscitadas pelo vídeo, identificamos

como é forte influência dos estereótipos e preconceitos em

relação à homossexualidade e aos “papeis” de gênero. Os

desenhos realizados de forma livre pelos/as estudantes, após

assistirem o vídeo corroboraram que essas concepções são

notadamente influenciadas por representações as quais os/as

estudantes têm contato desde cedo por meio dos grupos sociais

aos quais estão inseridos/as, principalmente a família, escola e

também a mídia.

“Os amigos estavam rindo dele porque ele não queria ficar com a

menina.”

Autores/as: Juliana G. Martins Guimarães – 5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia, [email protected];

Marco Polo Amaral – 5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia, [email protected]; Natany Avelar Silva –

5°Período Pedagogia, UFLA, PIBID/Pedagogia; [email protected]; Cláudia Maria Ribeiro (orientadora) –

DED/UFLA [email protected]; Carolina Faria Alvarenga (co-orientadora) – DED/UFLA [email protected]

OBJETIVO

O trabalho teve como objetivo principal discutir a questão da

construção das identidades de gênero e sexual a partir do que

se considera ser masculino ou feminino, bem como a influência

da família, mídia, escola e sociedade nessa construção.

Para a realização da oficina, foi exibido e discutido o vídeo

“Minha Vida de João”. Em seguida, foi proposto aos/às

estudantes que elaborassem histórias em quadrinhos a partir

das imagens e situações do vídeo, onde deram voz as

personagens do vídeo de acordo com as interpretações e

experiências pessoais de cada um/a.

PROBLEMATIZAÇÕES

XAVIER FILHA, Constantina et al. "Minha vida de João” e “Era uma vez outra Maria”:

Reflexões sobre masculinidades e feminilidades em momentos de formação docente. In:

RIBEIRO, Cláudia Maria (org.). Tecendo gênero e diversidade sexual nos currículos da

Educação Infantil. Ed.UFLA. Lavras. 2012. p.336-354.

Vídeo: “Minha vida de João” (23 minutos) (2001). Produção Jah Comunicações. Direção

Reginaldo Bianco. Produtores: Instituto Promundo; Ecos Comunicação em Sexualidade; Instituto

Papai; Salud y Género. APOIO: CAPES

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

As oficinas, usando recursos audiovisuais, podem melhorar a

convivência dos e das estudantes na escola. Algum

estranhamento acerca do tema, a princípio, dificulta a

realização de atividades propostas, porém, nos momentos em

que aconteceram as oficinas, os e as estudantes

demonstraram interesse e colaboração às atividades propostas

e os temas puderam ser bem trabalhados e problematizados.

“Eu brinco com a boneca da minha irmã, brincar de boneca, brincar de

boneca não me faz menos menino.”

“João estava brincando no corredor, e viu sua mãe se arrumando e sua

mãe saiu do quarto. E ele entrou; E passou maquiagem. E colocou o

sapato de sua mãe.”