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Acentuação Acentuação diferencia palavras: sabiá/sábia/sabia > Muda Classes: amulo (substantivo) x acumulo (verbo) > nem toda sílaba tônica é acentuada>átono=fraco Regra do Hiato: Acentuam-se o “i” e “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): baú, juízes, balaústre, país, reúnem, saúde, egoísmo. Caso contrário, não acentua: juiz, raiz, ruim, cair. Não se acentuam também hiatos com vogais repetidas: voo, enjoo, creem, leem, saara, xiita, semeemos. Exceção1: “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha, Exceção 2 : “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: bocaiuva, feiura, sauipe, Piauí, tuiuiú. Monossílabo Tônico Terminados em A(s),E(s),O(s) : pá, três, pós Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: céu, réis, dói oxítona Terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). sofá, café, Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: chapéu, anéis, herói paroxíto na •Todas, exceto terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). Ex: cil, fen, álbum, cadáver, álbuns, rax, ri, pis, rus, ceps, órfão •Terminadas em ditongo (Regra cobradíssima) Ex: Indiduos, prerias, rie, hisria, iveis, água, distância, pririo, indústria, dio • Se tiver Ditongo Aberto: não acentua mais!Ex: boia, jiboia, proteico, heroico Proparoxí tona Todas. Sempre. Ex: quida, blica, epidica, anenfalo, peodo

Resumão português revisado 12.12.2016

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Acentuação

Acentuação diferencia palavras: sabiá/sábia/sabia > Muda Classes: acúmulo

(substantivo) x acumulo (verbo) > nem toda sílaba tônica é acentuada>átono=fraco

Regra do Hiato: Acentuam-se o “i” e “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): baú,

juízes, balaústre, país, reúnem, saúde, egoísmo. Caso contrário, não acentua: juiz,

raiz, ruim, cair.

Não se acentuam também hiatos com vogais repetidas: voo, enjoo, creem, leem,

saara, xiita, semeemos.

Exceção1: “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha,

Exceção2: “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: bocaiuva,

feiura, sauipe, Piauí, tuiuiú.

Monossílabo

Tônico

• Terminados em A(s),E(s),O(s) : pá, três, pós

• Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: céu, réis, dói

oxítona

• Terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). sofá, café,

• Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: chapéu, anéis, herói

paroxítona

• Todas, exceto terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). Ex: fácil, hífen, álbum,

cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão

• Terminadas em ditongo (Regra cobradíssima) Ex: Indivíduos, precárias, série, história, imóveis, água, distância, primário, indústria, rádio

• Se tiver Ditongo Aberto: não acentua mais!Ex: boia, jiboia, proteico, heroico

Proparoxítona

• Todas. Sempre. Ex: líquida, pública, episódica, anencéfalo, período

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Não se usa hífen para unir vogais diferentes: autoestrada, agroindustrial, anteontem, extraoficial, videoaulas, autoaprendizagem, coautor, infraestrutura,

semianalfabeto> Usa-se para vogais iguais: Micro-ondas; contra-ataque; anti-

inflamatório; auto-observação

Não se usa hífen para unir consoantes diferentes: Hipermercado, superbactéria,

intermunicipal> Usa-se para consoantes iguais: Super-romântico; hiper-resistente;

sub-bibliotecário

Não se usa hífen para entre palavras com elementos de ligação: Mão de obra;

dia a dia; café com leite; cão de guarda; pai dos burros; ponto e vírgula; camisa de

força; bicho de sete cabeças; pé de moleque; cara de pau.

Contrariamente, se não houver elemento de ligação, há hífen: boa-fé; arco-íris;

guarda-chuva; vaga-lume; porta-malas; bate-boca; pega-pega; corre-corre

Recém, além, aquem, sem, pós, pre, ex, vice. HÁ HÍFEN: Recém-nascido, recém-

casado, pré-datado, além-túmulo, pós-graduação, vice-presidente, ex-presidente,

sem-terra, pré-vestibular

Antes de palavra com H, SEMPRE HÁ HÍFEN: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-

herdeiro, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem,

ultra-hiperbólico, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar

Prefixos “Sub” e “sob” + R/B: HÁ HÍFEN: Sub-região, Sub-raça, Sub-reitor

*Exceções: mais-que-perfeito; cor-de-rosa; água-de-colônia; pé-de-meia; gota-

d’água; espécies botânicas: pimenta-do-reino, cravo-da-índia; cooperar...

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Concordância

Sujeito simples: concorda com o núcleo. Cuidado com a distância entre sujeito e

verbo. Começe pelo verbo e trace uma seta até o sujeito.

Coletivos ou partitivos especificados: Essa é a regra para expressões como: a

maioria de, a minoria de, uma porção de, um bando de, um grande número de +

determinante (termo preposicionado que modifica, especifica o substantivo coletivo

ou partitivo).

Concordam com o 1núcleo do sujeito (parte) ou 2do adjunto adnominal (determinante),

termo determinante ligado a ele. Tanto faz. É Facultativo.

Ex: A metade dos servidores públicos entrou/entraram em greve

Ex: A matilha de lobos atravessou/atravessaram a montanha.

Numerais/porcentagens+determinante: o verbo concorda com o próprio numeral

ou com o determinante. Se o numeral vier determinado, a concordância tem que ser

feita com ele.

Ex: 20% do eleitorado ficou revoltado.

Ex: 20% do eleitorado ficaram revoltados.

Ex: 1 milhão de torcedores assistiram a Copa do Mundo.

Ex: 1 milhão de torcedores assistiu a Copa do Mundo.

Ex: Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.

“os” e “do eleitorado” são determinantes (adjuntos) do núcleo 20%.

Ex: Aquele milhão de brasileiros ficou revoltado.

Mais de um, menos de dois, cerca de, menos de... A concordância segue o

numeral.

Mais de um cliente se queixou / Mais de dois clientes se queixaram

Menos de dois clientes se queixaram/ Cerca de mil pessoas se queixaram.

Se o numeral for decimal não determinado, teremos a concordância obrigatória

no plural somente a partir do número dois:

Page 4: Resumão português revisado 12.12.2016

Ex: 1,5 milhão foi gasto. (sem determinante, concorda com o numeral)

Ex: 1,5 milhão de dólares foi gasto.

com determinante, singular

ou plural

Ex: 1,5 milhão de dólares foram gastos.

Ex: Seu 1,99 m de altura intimida; os 2,20m dele intimidam mais ainda.

Sujeito Composto: Anteposto> Concordância Gramatical/Total(plural)

Posposto> Concordância Gramatical/Total OU + próximo

Mário e Heber Viajaram/Viajaram Mário e Heber/Viajou Mário e Heber

Sujeito indeterminado: Verbo no Singular> PIS (VTI/VI +SE) : Vive-se bem aqui.

Trabalha-se muito.

Núcleos Unidos por “ou”:

Excludente>Singular: Mário ou Heber será o primeiro lugar.

Inclusivo>Plural: Mário ou Heber serão classificados.

Oração sem sujeito: (Não tem sujeito, não há flexão: verbo no singular)

Fenômenos naturais:Choveu muito/Amanheceu Nublado/Faz calor em Teresina

Tempo decorrido: Faz 6 meses que não viajo/Vai para 2 anos que não fumo/Há 6

meses não saio. Verbos ficam no singular.

Verbo haver com sentido de existir (singular)> Trocou por sinônimo

(ocorrer/acontecer/existir), o verbo sinônimo concorda com o sujeito.

Há vários livros ali/Haverá novos conflitos/existem livros/ocorrerão novos conflitos

Poderá haver conflitos (na locução com haver, auxiliar fica no singular também).

Sujeito oracional: (Verbo na 3ªP.singular> orações substantivas subjetivas,

iniciadas por “QUE” e substituíveis por [ISTO]; muitas vezes reduzidas de infinitivo)

Verbos Importantes (sujeito é oração):

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Ocorrer: Jamais me ocorre desistir.

Faltar: Faltava abandonar a velha escola.

Convir: Adiar oportunidades não convém.

Bastar: [ISTO] Bastaria que estudasse e ele seria aprovado

Caber: Cabe à polícia inibir esses crimes.

Importar: Não me importa que eu tente mil vezes

Custar: Custou a ela pedir desculpas ao avô.

Núcleos do sujeito são infinitivos: Verbo no Singular: Comer, rezar e amar se

tornou meu lema.

Haverá plural quando os núcleos do sujeito do infinitivo vierem determinados ou

forem antônimos: "O errar e o assumir dependem do caráter" (determinados pelo

“o”)/ "Dormir e acordar constituem características humanas" (antônimos).

Na locução verbal, o infinitivo não varia, quem varia é o verbo auxiliar: Eles pareciam

estar famintos.

Que/Quem: Em sujeitos modificados por pronome relativo “que”, o verbo deve

concordar com o antecedente do “que”.

Fui eu que convidei você para a festa./ Fomos nós que convidamos você para a festa.

Em sujeitos modificados por pronome relativo “quem”, o verbo deve concordar com

o próprio “quem”.

Ex: Fui eu quem convidou você para a festa.

Porém, também é possível concordar com o antecedente do “quem”, geralmente um

pronome reto (eu, ele, nós...).

Fui eu quem recitei o poema durante a aula.

Pronomes de tratamento: verbo concorda com a terceira pessoa, seguindo o padrão

do pronome “você”. Os adjetivos concordam com o sexo da pessoa a que se refere o

tratamento.

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Ex: Vossa Excelência perdeu sua carteira? (não é vossa carteira!)

Ex: Senador, Vossa Senhoria está cansado! (não é cansada!)

Termos coesivos resumidores: (tudo, nada, isso, cada um, nenhum). A

concordância segue a regra normal, concorda com o termo resumitivo, no singular.

Ex: “Seu rosto, seu cheiro, seu gosto, tudo que não me deixa em paz...”

Voz passiva: Deve-se localizar o sujeito paciente fazer-se a concordância do verbo

com ele.

Ex: Casas são vendidas no Grajaú= Vendem-se casas no Grajaú (suj.pac=casas)

Ex: Casa é vendida no Grajaú= Vende-se casa no Grajaú (suj.pac=casa)

Um adjetivo se referindo a dois ou mais substantivos: Concordarão com o mais

próximo (concordância atrativa) ou com todos os substantivos (concordância total ou

gramatical), salvo quando o adjetivo estiver anteposto aos substantivos, caso em

que só se admite concordância com o termo mais próximo.

Ex: Tenho alunos e alunas dedicadas/Tenho alunos e alunas dedicados.

Ex: Consumi bons vinhos, comidas e livros/Consumi boa comida, vinhos e livros.

Tal e Qual: Tal concorda com o antecedente e qual com o termo seguinte:

Ex: Esses funcionários são tais quais os patrões/Esse funcionário é tal quais os patrões.

É bom, é necessário, é proibido (SER+Adjetivo): As expressões acima são

invariáveis, mas, se vierem com artigo, o adjetivo concordará com ele.

É necessário disciplina/Cafeína é bom para os nervos

A cafeína é boa para os nervos./É proibida a presença de animais.

Mais...possível: Nas expressões superlativas com mais e possível a concordância é

feita com o artigo.

As questões são as mais ambíguas possíveis/Estude o mais cedo possível.

“em apenso”; “menos” e “alerta” são invariáveis.

Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite (variáveis)

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Regência

Trata-se de saber qual a preposição certa exigida por um verbo ou nome. A banca gosta

de cobrar aqueles verbos que têm dois sentidos, a depender da preposição:

Visar

Rubricar: VTD

Almejar: VTI (a)

Implicar

Resultar: VTD

Irritar: VTI (com)

Precisar

Precisão: VTD

Necessidade: VTI

(de)

Assistir

Ajudar: VTD

Morar:VI

Presenciar: VTI

(a)

Caber: VTDI (a)

Aspirar

Sorver ar: VTD

Almejar: VTI (a)

Preferir

Escolher: VTI

Preferir Uma coisa

A outra

Não admite: prefiro

mais/menos

Informaravisar

comunicar

São VTDI: pedem um OD e um

OI

Preposição: a/de/sobre

Esquecer/Lembrar

VTD sem pronome: Lembrar/Esquecer o tema

VTI com pronome:

Lembrar/esquecer-MEDO tema

OU vem com

PRONOME + DE, ou sem

nada

Referir-se/Aludir

VTI (a)

Seu sinônimo

"mencionar" é VTD

Presenciar: VTI (a)

Caber: VTDI (a)

Chamar

Invocar Ajuda: VTI

(por)

Convocar/

Convidar: VTD

Nomear/Designar: VTD

ou VTI

Há predicativo do objeto:

Chamou o/ao moço de ladrão

Ir, chegar, voltar,

comparecer

Regra: VI (+ADJ ADV

LUGAR)

Preposição "a". Não admitem

"em".

Já foram cobrados como VTI

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Regência com pronomes relativos:

Comparecemos A + a reunião> A reunião A QUE comparecemos foi produtiva.

Na segunda lacuna, temos que pensar no verbo Chegar. Quem chega chega “a” algum

lugar, então, o pronome relativo que retoma esse lugar deve vir acompanhado da

preposição “a”.

Chegamos A + o lugar> O lugar A QUE chegamos era lindo

A reunião À QUAL comparecemos foi produtiva.

O lugar AO QUAL/AONDE chegamos era lindo (“a qual” já tem um “a” embutido, por isso há crase)

Crase

Crase é o fenômeno de fusão sonora, marcado pelo acento grave.

Aludi ( a ) + ( as ) crianças Aludi às crianças.

O caso que nos interessa é a crase na contração da preposição “a” com artigos

femininos ou com o “a” em alguns pronomes demonstrativos e relativos:

Ex: Assisti ao jogo (assistir “a”+ “o” jogo= ao)

Ex: Assisti à novela (assistir “a”+ “a” novela= à)

Ex: Estou visando a este cargo (visar “a” + Este)

Ex: Estou visando àquele cargo (visar “a” + aquele= àquele)

Ex: Estou visando à remuneração (visar ”a”+ “a” remuneração= à)

Ex: Esse é o livro ao qual me referi. (se referir “a” + “o” qual - livro)

Ex: Essa é a apostila à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual - apostila)

Principais locuções femininas: à medida que, à proporção que, à toa, à noite, à

tarde, às vezes, às pressas, à vista, à primeira vista, àquela hora, à direita, à vontade,

às avessas, às escuras, às escondidas, à míngua, à venda, à mão armada, à beça, à

tinta, à máquina, à caneta, à foice, à chave, à revelia, à deriva, à uma hora, à altura

de, à custa de, à espera de, à beira de, à espreita de, à base de, à moda de, à procura

de, à roda de, à mercê de, à semelhança de... (obs: “a máquina” já foi dado como

certo)

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Crase Obrigatória

Locuções Femininas (à toa; à deriva;

à espera)

Preposição a+a do artigo

feminino Preposição a+a de

aquele; a qual; a que

Crase Proibida

Antes de Masculino,

verbo, "uma" e Pron.Tratam

Palavra em sentido

genérico, indefinido Entre palavras

repetidas

após preposição

Crase Facultativa

antes nome

próprio

Até a

antes de Possessivos

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Substantivos

Classe variável que dá nome aos seres. É o núcleo das funções nominais, pois recebe

os modificadores (determinantes), que devem concordar com ele:

Os seus cinco patinhos amarelados foram nadar na lagoa

Sujeito Adj. Adv.

Flexão dos substantivos compostos: a regra geral é que, se o termo é formado por

classes variáveis, como substantivos, adjetivos, numerais e pronomes (exceto o verbo),

ambos variam.

Ex: Substantivo + Substantivo (Couve-flor>>>Couves-flores)

Ex: Numeral + Substantivo (Quarta-feira>>> Quartas-feiras)

Ex: Adjetivo + Substantivo (baixo-relevo>>>baixos-relevos)

Se na composição de dois substantivos, o segundo for delimitador do primeiro por uma

relação de semelhança ou de finalidade, ambos os substantivos podem variar. Veja:

Públicos-alvo(s); pombos-correio(s); banhos-maria(s); salários-família(s).

A segunda regra geral é que as classes invariáveis (e os verbos) não variam em

número:

Ex: Verbo + Substantivo (beija-flor>>> beija-flores)

Ex: Advérbio + Adjetivo (alto-falante>>>alto-falantes)

Ex: Interjeição + Substantivo (ave-maria>>>ave-marias)

Formação de substantivos por derivação sufixal:

pescar>pescaria; filmar>filmagem; matar>matador;

militar>militância; dissolver>dissolução;

corromper>corrupção.

Formação de substantivos por derivação regressiva:

Cantar>canto; Almoçar>almoço; Causar>causa...

Note que o artigo tem o poder de substantivar qualquer classe: Ex: O fazer é melhor que o esperar. (verbo substantivado)

Page 11: Resumão português revisado 12.12.2016

Adjetivos:

Classe variável que se refere ao substantivo, por isso, tem função sintática de

adjunto adnominal.

Adjetivo com Valor objetivo (relacional) x Adjetivo com Valor subjetivo (opinativo)

Valor objetivo, relacional: característica inerente, fato. Não pode ser retirado, graduado

ou vir anteposto ao substantivo: Turista japonês; Sistema eletrônico; Justiça Civil.

Valor subjetivo, opinativo: juízo de valor, interpretativo. Pode ser graduado, retirado e

deslocado: Turista velho; Sistema corrupto; Justiça lenta.

Locução adjetiva: expressão que equivale a um adjetivo.

Ex: A coluna tinha forma de ogiva x A coluna tinha forma ogival.

Ex: Comi chocolates da Suíça x Comi chocolates suíços.

Ex: Tenho hábitos de velho x Tenho hábitos senis

Subst + Adjetivo: efeito da mudança de ordem

1) Não muda nem a classe nem o sentido:

Ex: Cão bom x Bom cão Subst Adj Adj Subst

2) Muda o sentido sem mudar as classes.

Ex: Candidato pobre x Pobre candidato Subst Adj Adj Subst

3) Muda a classe, e muda necessariamente o sentido.

Ex: Alemão nazista x nazista Alemão Subst Adj Subst Adj

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Artigo

O artigo definido mostra que o substantivo é familiar, já conhecido ou mencionado:

Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.

Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:

Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)

Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, políticos em geral)

Por esse motivo, quando o substantivo é utilizado com sentido genérico, não recebe

artigo e não há crase.

A presença de um artigo antes de uma palavra indica que é um substantivo.

O artigo também é usado para universalizar uma espécie, no sentido de “todo”: “o (todo)

homem é criativo”, “o (todo) brasileiro é passivo”; “a (toda) mulher sofre com o machismo”.

Também pode ser usado como recurso de adjetivação, por meio de um realce na entoação de um termo que não é tônico:

Ex: Esse não é um médico, esse é o médico.

Pode ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”...

Advérbios

classe invariável que pode modificar verbo, adjetivo e outro advérbio. Normalmente

indicam a circunstância dos verbos.

Palavras denotativas: muitas vezes são tratadas como advérbio. A retirada das

“expletivas” ou de “realce” não causas prejuízo.

o corrupto morreu

•de fome: causa

•fuzilado: modo

•na cadeia: lugar

•com sócios: companhia

o corrupto roubou

•demais: intensidade

•sempre: frequência

•hoje e ontem: tempo

• a tinta: locução adverbial de intrumento

o corrupto

cairá

•provavelmente: dúvida

•decerto: certeza

•pelo partido: locuçãoadverbial de motivo

•a chicotadas: locução adv. de instrumento

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Preposições:

“Essenciais” as preposições puras, que só funcionam como preposição: a, com, de, em, para, por, desde, contra, sob,

sobre, ante, sem... Gosto de ler/Confio em você/Refiro-me a pessoas específicas.

“Acidentais” aquelas palavras que, na verdade, pertencem a outra classe, mas que, “acidentalmente”, fazem papel

de preposição. Tenho que estudar/ Estudo tudo, menos Matemática.

Valor semântico das preposições: a dica é verificar o sentido do termo que vem depois

da preposição.

Ex: Escrevi a caneta. (instrumento)

Ex: Meu violão é de mogno. (matéria)

Ex: Fui ao cinema com ela. (companhia)

Ex: Fiquei chocado com a novidade. (causa)

Ex: Estou morrendo de frio. (causa)

Ex: Não fale de/sobre corrupção aqui. (assunto)

Ex: Vou para um lugar melhor. (direção; vai e fica lá; definitivo)

Ex: Vou a um lugar melhor. (direção; vai e volta; provisório)

Ex: Estudo para passar em primeiro lugar. (finalidade)

Ex: Para Freud, o sonho é um desejo reprimido. (conformidade)

Ex: Devolva-me o livro do aluno. (posse)

Ex: Feri-me com a faca. (instrumento)

Ex: Vivo de aluguéis e investimentos. (meio)

Ex: Vivo só com a renda da aposentadoria. (meio)

Ex: Estudo com gana. (modo)

pal

avra

s d

eno

tati

vas Retificação/Explicação:

aliás, ou seja; isto é, ou melhor, digo, a saber

O menino, isto é, o homem...

Não deu, ou seja, perdi...

Inclusão Até, inclusive

Todos, podem, até você.

Eles viajaram, sua mão inclusive.

ExclusãoSó, somente, exceto, menos,

salvo

Todos podem, menos o preguiçoso

Só Carolina não viu

Designação eis

Eis o filho do homem

Depois de nove meses, eis o resultado

Expletivas/Realce é que(m); é porque; que

Ele é que manda aqui.

Sabe o que que é? É porque eu tenho vergonha...

Page 14: Resumão português revisado 12.12.2016

Ex: Sou contra o populismo. (oposição)

Ex: O prazo para posse é de 30 dias (tempo)

Ex: Não sou de Campinas. (origem)

Ex: Com mais um minuto, resolveria aquele problema (tempo)

Ex: Resolvi a questão com um macete. (instrumento)

Ex: Fui ao cinema com ela. (companhia)

Valor semântico das locuções prepositivas:

Embaixo de > sob (lugar)

A fim de > para (finalidade)

Dentro de > em (lugar)

De encontro a > contra (posição)

Acerca de > sobre (assunto)

Devido a > com (causa)

Em virtude de > por (causa)

A respeito de > sobre (assunto)

Por meio de > através (meio)

Pronomes Pessoais

Retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles)>substituem sujeito: João é magro>Ele é magro.

Oblíquos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos:

o, a, os, as substituem somente objetos diretos. Já o pronome –lhe (s) tem função

somente de objeto indireto.

me, te, se, nos, vos podem ser objetos diretos ou indiretos, a depender da regência

do verbo.

Ex: Já lhe disse tudo. (disse a ele)

Ex: Informei-o de tudo. (informei a pessoa de tudo)

Ex: Você me agradou, mas não me convenceu. (agradou a mim)

Ao unir o pronome ao verbo por hífen, há alterações na grafia:

Quando os verbos são terminados em R, S, Z + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las.

Não pude dissuadi-la (dissuadir + a)

Felicitamo-las (felicitamos + as)

Fi-lo porque o quis. (fiz + o) Vamos pô-lo de castigo (pôr+ele)

Page 15: Resumão português revisado 12.12.2016

Quando os verbos são terminados em som nasal, como m, ão, aos, õe, ões + o, os, a, as, teremos: no, nos, na, nas.

Ex: Animemo-nos/Mataram-na/Eles compram-na promoção.

Pronome oblíquo (O, A, Os, As) pode ser sujeito, quando tais pronomes estão

dentro de um objeto direto oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer) e

sensitivos (ver, ouvir, sentir): Não o vi sair/ Ela o fez desistir/ Mandei a ir embora.

Ex:Mandei o menino sair> Ex: Mandei-o sair.

Objeto direto é: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de infinitivo,

equivalente à forma desenvolvida: “mandei que o menino saísse”.

Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito da oração. Se a oração fosse

desenvolvida, “o menino” seria sujeito. Então, como o pronome o substitui, também

tem a mesma função sintática.

Não o vi sair/ Ela o fez desistir/ Mandei a ir embora.

Detalhe, não podemos trocar o pronome “o” por –lhe ou -ele:

Mandei- o sair

Mandei-lhe sair

Mandei ele sair

Nesses casos, se o sujeito for o “pronome oblíquo” no plural, o infinitivo fica invariável:

Mandei- os sair

Mandei-os saírem

Porém, se o sujeito for o “substantivo” no plural, há duas concordâncias corretas.

Mandei os meninos sair/saírem

Colocação Pronominal

Pronome antes do verbo: Próclise

Pronome depois do verbo: Ênclise

Pronome no meio dos verbos: Mesóclise

Regra fundamental: Palavra invariável (advérbios, preposições, conjunções

subornativas, alguns pronomes) antes do verbo atrai pronome proclítico:

Pronomes Indefinidos (outras, certas, muitos.) e Relativos (os quais, cujas.)

são atrativos mesmo quando variáveis .

Page 16: Resumão português revisado 12.12.2016

Proibições gerais:

1iniciar oração com pronome oblíquo átono ou

2inseri-los após futuros (do presente e do pretérito) e particípio.

O que não for proibido será aceito, simples assim. Veja abaixo construções inadequadas e adequadas:

Me dá um cigarro?

Darei-te um presente.

Tinha emprestado-lhe um dinheiro.

Dá-me um cigarro.

Dar-te-ei um presente.

Tinha-lhe/lhe emprestado um

dinheiro

Colocação pronominal na locução verbal:

O verbo pode vir antes, depois ou no meio da locução. Porém, se houver palavra atrativa, o pronome não pode estar no meio com hífen, pois isso indicaria que estaria em ênclise com o verbo auxiliar, quando, na verdade, ele só pode estar no meio por estar em próclise ao verbo principal.

Ex: Eu o estou ajudando.

Ex: Eu estou o ajudando.

Ex: Eu estou-o ajudando.

Ex: Eu estou ajudando-o.

Ex: Eu não o estou ajudando.

Ex: Eu não estou ajudando-o. (o pronome está distante, evita atração)

Ex: Eu não estou o ajudando. (o pronome está proclítico a ajudando)

Ex: Eu não estou-o ajudando. (Errado porque o pronome, com hífen, estaria em ênclise mesmo havendo palavra atrativa obrigando próclise)

Pronomes indefinidos:

Indicam quantidade, de maneira vaga: ninguém, nenhum, alguém, algum, algo,

todo, outro, tanto, quanto, muito, certo, vários, qualquer, tudo, qual, outrem,

nada, mais, que, quem, um.

Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.

Ex: Muita gente não chegou a tempo de fazer a prova.

Ex: O professor tem pouco dinheiro.

Ex: Vamos tentar mais dieta, menos doces.

Ex: Nada é por acaso, tudo estava escrito.

Atenção à palavra bastante, que pode ser confundida com um advérbio:

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Ex: Tenho bastante talento. (modifica substantivo, é pronome indefinido adjetivo).

X

Ex: Já temos bastantes aliados (modifica substantivo, é adjetivo: “suficiente”).

X

Ex: Sou bastante talentoso (modifica adjetivo, é advérbio).

Ex: Estudei bastante (modifica verbo, é advérbio).

Ex: Ela é bastante bonita (modifica adjetivo, é advérbio).

As palavras certo e bastante são pronomes indefinidos quando vêm antes do

substantivo e serão adjetivos quando vierem depois do substantivo.

Quero certo (determinado) modelo de carro x Quero o modelo certo de carro (adequado).

Tenho bastante (muito) dinheiro X Tenho dinheiro bastante (suficiente)

Pronome possessivos:

São eles: meu(s), minha(s), nosso(s) nossas; teu(s), tua(s), vosso(s),

vossa(s): seu(s), sua(s). (Obs: Dele(a)(s) não são pronomes possessivos)

Delimitam o substantivo.

Concordam com o substantivo que vem depois dele e não concordam com

o referente.

O pronome possessivo vem junto ao substantivo, é acessório, tem função de adjunto adnominal.

Valor possessivo do pronome oblíquo (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) : Apertou-lhe

a mão (sua mão); beijou-me a testa (minha testa); penteou-lhes os cabelos (cabelos

dela).

Pronomes demonstrativos:

Pronomes demonstrativos apontam, demonstram a posição dos elementos a que se

referem no tempo, no espaço e no texto. Ex: Este, Esse, Isto, Aquilo, O (e flexões)

Tempo:

este(s), esta(s), isto: indicam tempo presente:

Ex: Este domingo vai ter jogo do Barcelona. Ex: Neste verão viajarei para o Caribe.

esse(s), essa(s), isso: indicam passado recente:

Ex: Esse domingo teve jogo do Barcelona.

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Ex: Nesse verão sofri demais com o calor.

aquele(s), aquela(s), aquilo: indicam passado ou futuro distante:

Ex: Aquela década de 70 foi completamente perdida. Ex: Aquele intercâmbio que faremos em 10 anos será caríssimo.

Espaço:

este(s), esta(s), isto: apontam para referente perto do falante:

Ex: Este violão aqui na minha mão é de madeira maciça. Ex: Estes meus cabelos estão uma verdadeira palha.

esse(s), essa(s), isso: apontam para perto do ouvinte:

Ex: Esse violão aí na sua mão é de madeira maciça. Ex: Isso é roupa que se vista num casamento?

aquele(s), aquela(s), aquilo: apontam para longe do falante/ouvinte:

Ex: Aquela pintura lá em cima é um afresco. Ex: Aquilo não é um pássaro, nem um avião; é só um balão caindo. Nesses casos acima, como a referência é feita no espaço e no tempo, fora do texto, dizemos que esses pronomes estão sendo utilizados com função exofórica (fora) ou dêitica.

Texto:

este(s), esta(s), isto: apontam ao que será mencionado (anuncia):

Ex: Esta é sua nova senha: 95@173xy; memorize-a. Ex: Isto é o que importa: estudar e mudar de vida para sempre!

esse(s), essa(s), isso: apontam para o que já foi mencionado:

Ex: João passou em primeiro lugar, esse cara é bom. Ex: Dinheiro, sucesso, prestígio, isso tudo é sim importante (resumitivo).

aquele(s), aquela(s), aquilo: apontam para o antecedente mais distante, enquanto

este aponta para o mais próximo:

Ex: João e Maria são concursados, esta do Bacen, aquele do TCU. Ex: Aquilo não é um pássaro, nem um avião; é só um balão caindo.

Referência Anafórica e Catafórica do Pronome. Quando um pronome retoma algo que já foi mencionado, dizemos que tem função anafórica. Quando anuncia ou se refere a algo que ainda está para ser dito, tem função catafórica.

Ex: Não gosto de estudar. Apesar disso, estudei muito.

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Ex: Eu só pensava nisto: passar no concurso.

As palavras o, a, os, as também podem ser pronomes demonstrativos, geralmente quando antecedem um pronome relativo. Veja:

Ex: Quero o que está em promoção. (aquilo)

Ex: Comprei as camisas que você me pediu. (aquelas)

Ex: Entre as cuecas, comprei a de algodão. (aquela)

Ex: Sabia que devia estudar, mas não o fiz. (isso)

Pronomes relativos: Que, O(a) qual(s), cuja, onde, aonde, quem.

O pronome “quem” sempre se refere a pessoa ou ente personificado e sempre é precedido

por preposição.

Ex: Essa é a pessoa a quem me referi.

Ex: Essa é a pessoa de quem falei.

O pronome “cujo” tem como principais características:

Indica posse e sempre vem entre dois substantivos, possuidor e possuído;

Não pode ser seguido de artigo, mas pode ser antecedido por preposição; (Para

lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)

Não pode ser substituído por outro pronome relativo.

Ex: Vi o filme cujo diretor ganhou o Oscar.

Ex: Vi o filme a cujas cenas você se referiu.

Tem função de adjunto adnominal em 99% dos casos, porque indica posse.

Porém, pode ser complemento nominal, em estruturas em que se refira a substantivo abstrato: Eu foco no PDF cuja leitura é fundamental. (a leitura do PDF). O termo sublinhado se refere a leitura, que é substantivo abstrato derivado de ação. O livro é lido. Sentido passivo. Nesse raro caso, o cujo tem função de Complemento Nominal!

O pronome relativo “cujo” faz referência ao termo que aparece depois dele, então, tem função catafórica.

O pronome relativo “onde” só pode ser usado quando o antecedente indicar lugar físico,

com sentido de “posicionamento em”. Então é utilizado com verbos que pedem “em”.

Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA.

Veja que é errado usar o onde para outra referência que não seja lugar físico.

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Ex: Essa é a hora onde o aluno se desespera.

Ex: Essa é a hora em que/na qual o aluno se desespera.

O pronome relativo “aonde” é usado nos casos em que o verbo pede a preposição “a”,

com sentido de “em direção a”.

Ex: Vou aonde eu quiser.

O pronome relativo arcaico “donde”, que equivale a “de onde”, é usado nos casos em que o

verbo pede a preposição “de”, com sentido de “procedência”.

Ex: Volto donde eu quiser quando eu quiser.

O pronome relativo “como”, é usado quando o antecedente for palavras como forma, modo,

maneira, jeito, ou outra, com sentido de “modo”.

Ex: Não aceito o jeito como você fala comigo.

Ex: Não aceito o jeito com que você fala comigo.

O pronome relativo “quando”, é usado nos casos em que o antecedente tiver sentido de

“tempo”.

Ex: Sinto saudade da época quando eu não tinha preocupações.

O pronome relativo “quanto”, é usado nos casos em que o antecedente tiver sentido de

“quantidade”.

Ex: Consegui tudo quanto queria, exceto tempo para desfrutar.

Temos que ter atenção à preposição que o verbo vai pedir, lembre-se de que temos

que enxergar sintaticamente o relativo como o próprio termo a que se refere:

Ex: O menino a que me referi morreu. (referi-me “a” que= o menino=)

Ex: O escritor de cujos poemas gosto morreu. (gosto “de” cujos=poemas do escritor)

Ex: Esqueci o valor com quanto concordei (concordei “com” quanto=o valor).

Observe que se o verbo pedir preposição, esta deve vir antes do pronome relativo!

Funções sintáticas do Pronome Relativo “que”: Método: Veja a função sintática daquele termo retomado; se for, por exemplo, sujeito, então o “que” será sujeito”

Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso país.

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Objeto Direto: Comprei o fone que você queria.

Objeto Indireto: Este é o curso de que preciso.

Complemento Nominal: Estas são as medicações de que ele tem necessidade.

Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitos gostariam de ter.

Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado.

Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto

adverbial de tempo).

Pronome de tratamento: concordam com a terceira pessoa, mas se referem à

segunda. O macete é pensar na concordância com o pronome “Você”.

Vossa senhoria nomeará seu substituto. (E não Vosso ou Vossa. Concordância com

senhoria, o núcleo da expressão.)

Os Adjetivos e Locuções de voz passiva concordam com o sexo da pessoa a que se

refere, não com o substantivo que compõe a locução (Excelência, Senhoria).

Sua Excelência X Vossa Excelência

Usamos “Sua Excelência” para se referir a uma terceira pessoa e “Vossa Excelência”

para nos referirmos diretamente à autoridade.

Verbos

Presente do indicativo: “hoje eu________”: Hoje eu corro/hoje começa/hoje nasce...

Levantar Beber Cair

Eu Levanto Bebo Caio

Tu Levantas Bebes Cais

Ele Levanta Bebe Cai

Nós Levantamos Bebemos Caímos

Vós Levantais Bebeis Caís

Eles Levantam Bebem Caem

Semântica: Indica um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

Fato permanente, verdade atemporal: A água ferve a 100 graus Celsius.

Hábito ou rotina: Eu corro e nado todo dia.

Fato pontual: Ele está ranzinza hoje.

Futuro próximo: The Game of Thrones começa hoje à noite.

Presente histórico: Em 1908, nasce o mito. (dá caráter de atualidade)

Pretérito Perfeito do indicativo: Pense “ontem eu______”. Ontem eu levantei/ele

bebeu/eles caíram...

Page 22: Resumão português revisado 12.12.2016

Levantar Beber Cair

Eu Levantei Bebi Caí

Tu Levantaste Bebeste Caíste

Ele Levantou Bebeu Caiu

Nós Levantamos Bebemos Caímos

Vós Levantastes Bebestes Caístes

Eles Levantaram Beberam Caíram

Semântica: Na sua forma simples, indica um fato perfeitamente acabado no passado, ação concluída antes do

momento da fala. Pense “ontem eu______”. Ontem levantei/ele bebeu/eles caíram...

Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

Fato que teve início e fim no passado próximo ou distante.

Ex: Li duas aulas de constitucional hoje.

Ex: Li muitos livros na minha infância.

O pretérito perfeito composto expressa uma ação que começou no passado e se prolonga até o presente.

Ex: Tenho levantado cedo todos os dias ultimamente.

Pretérito Imperfeito do indicativo: “antigamente eu_____”: Antigamente eu bebia/eles caíam/elas levantavam...

Levantar Beber Cair

Eu eu levantava eu bebia eu caía

Tu tu levantavas tu bebias tu caías

Ele ele levantava ele bebia ele caía

Nós nós levantávamos nós bebíamos nós caíamos

Vós vós levantáveis vós bebíeis vós caíeis

Eles eles levantavam eles bebiam eles caíam

Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado:

Ex: Antigamente eu estudava todo dia e ainda malhava.

Ex: Quando eu era pequeno, eu achava a vida chata.

Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua) quando

outra (instantânea) aconteceu.

Ex: Eu estava dormindo quando o cachorro latiu.

Ação planejada, esperada, que não se realizou.

Ex: Eu pretendia começar hoje o curso, porém foi tudo cancelado.

Ex: Quando eu pretendia avisar, já era tarde demais.

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Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:

Levantar Beber Cair

Eu eu levantara eu bebera eu caíra

Tu tu levantaras tu beberas tu caíras

Ele ele levantara ele bebera ele caíra

Nós nós levantáramos nós bebêramos nós caíramos

Vós vós levantáreis vós bebêreis vós caíreis

Eles eles levantaram eles beberam eles caíram

Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado.

Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.

Ex: Já passara das dez quando o taxi chegou.

Fique atento, sua terminação é –RA.

O mais que perfeito composto é formado pela locução Tinha/Havia+Particípio. Equivale ao simples –RA.

Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.

Ex: Já tinha passado das dez quando o taxi chegou.

Futuro do presente do indicativo: “amanhã eu______”: eu farei/ele levantará/eles

cairão...

Levantar Beber Cair

Eu eu levantarei eu beberei eu cairei

Tu tu levantarás tu beberás tu cairás

Ele ele levantará ele beberá ele cairá

Nós nós levantaremos nós beberemos nós cairemos

Vós vós levantareis vós bebereis vós caireis

Eles eles levantarão eles beberão eles cairão

Indica fato futuro em relação ao momento da fala.

Ex: Passarei no concurso dos meus sonhos.

Indica também um futuro considerado certo por quem fala:

Ex: O táxi chegará às 23h.

Pode também indicar incerteza ou dúvida.

Ex: Será que a prova vai vir fácil?

Futuro do pretérito do indicativo: (TERMINAÇÃO –RIA). “se eu pudesse, eu_____”

(levantaria, beberia, cairia, viajaria...)

Page 24: Resumão português revisado 12.12.2016

Levantar Beber Cair

Eu eu levantaria eu beberia eu cairia

Tu tu levantarias tu beberias tu cairias

Ele ele levantaria ele beberia ele cairia

Nós nós levantaríamos nós beberíamos nós cairíamos

Vós vós levantaríeis vós beberíeis vós cairíeis

Eles eles levantariam eles beberiam eles cairiam

Indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal é passado, não é o momento da fala.

Ex: Eu disse que você conseguiria. (primeiro eu disse, depois você conseguiu)

Assim como o futuro do presente, pode expressar incerteza e dúvida:

Ex: Quem seria capaz de acertar essa questão?

Pode ser usado para expressar polidez em pedidos e conselhos.

Ex: Poderia me ajudar?/Seria bom você estudar mais português./ Quem gostaria de uma sobremesa?

Presente do subjuntivo: “Maria quer que eu______” (que eu faça, que eu fale, que eu mate,

que eu caia, que eu suba, que eu beba...)

Levantar Beber Cair

Eu que eu levante que eu beba que eu caia

Tu que tu levantes que tu bebas que tu caias

Ele que ele levante que ele beba que ele caia

Nós que nós levantemos que nós bebamos que nós caiamos

Vós que vós levanteis que vós bebais que vós caiais

Eles que eles levantem que eles bebam que eles caiam

Indica possibilidade, incerteza, no presente ou no futuro:

Sua terminação é A/E.

Ex: Temo que a prova venhA difícil./ Não quero que você fumE mais.

Observe a diferença entre o uso do modo indicativo e do modo subjuntivo:

Ex: Alunos que estudam passam mais rápido. (indicativo>certeza)

Ex: Alunos que estudem passam mais rápido. (subjuntivo>dúvida)

Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu_______ (pudesse,

fizesse, estudasse...) .

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Terminação –SSE. Muito utilizado relacionado ao fut.do. pretérito (-ia)

Levantar Beber Cair

Eu se eu levantasse se eu bebesse se eu caísse

Tu se tu levantasses se tu bebesses se tu caísses

Ele se ele levantasse se ele bebesse se ele caísse

Nós se nós levantássemos se nós bebêssemos se nós caíssemos

Vós se vós levantásseis se vós bebêsseis se vós caísseis

Eles se eles levantassem se eles bebessem se eles caíssem

Denota ação posterior a outro fato na oração principal:

Ex: Duvidei que minha vó bebesse tanta tequila. / Gostaria que eles se levantassem.

Denota condição ou desejo:

Ex: Se ela estudasse todo dia, passaria em qualquer prova.

Futuro do subjuntivo: “quando eu______”... (fizer, quiser, puser, entretiver)

Muito utilizado relacionado ao fut.do. presente (-ei/á)

Ex: quando eu puder, farei/ quando ela souber, dirá

Levantar Beber Cair

Eu quando eu levantar quando eu beber quando eu cair

Tu quando tu levantares quando tu beberes quando tu caíres

Ele quando ele levantar quando ele beber quando ele cair

Nós quando nós levantarmos quando nós bebermos quando nós cairmos

Vós quando vós levantardes quando vós beberdes quando vós cairdes

Eles quando eles levantarem quando eles beberem quando eles caírem

Denota ação eventual ou hipotética no futuro:

Ex: Quando você me pagar, eu entregarei o produto. / “Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós”

Propor (Infinitivo) x Propuser (futuro do subjuntivo)

Entreter (Infinitivo) x Entretiver (futuro do subjuntivo)

Ver (Infinitivo) x Vir (futuro do subjuntivo)

Vir (Infinitivo) x Vier (futuro do subjuntivo)

Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!!

Na dúvida: Troque pelo verbo fazer:

Ex: Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)

Ex: Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)

Page 26: Resumão português revisado 12.12.2016

Imperativo:

O imperativo afirmativo é todo derivado do subjuntivo. No imperativo negativo, com “tu” e “vós”, teremos a mesma

conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu bebes e Vós bebeis vão virar no imperativo bebe tu e bebei

vós.

Afirmativo Levantar Beber Cair

Tu levanta tu bebe tu cai tu

Ele (você) levante ele beba ele caia ele

Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós

Vós levantai vós bebei vós caí vós

Eles levantem eles bebam eles caiam eles

💾GRAVE: estão corretas as formas Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu; Sê tu/Sede vós.

Verbos de Ligação

Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais. Os verbos de ligação, por sua vez, são chamados verbos

de estado ou verbos relacionais.

Estado permanente:

Ex: Minha mãe é mal-humorada

Estado continuado:

Ex: Minha mãe continua/permanece mal-humorada

Estado transitório/circunstancial:

Ex: Minha mãe está feliz.

Ex: Minha mãe anda silenciosa ultimamente.

Mudança de estado:

Ex: Minha mãe ficou mal-humorada.

Ex: Minha mãe tornou-se organizada por causa do concurso.

Ex: Minha mãe virou síndica do prédio.

Estado aparente:

Ex: Minha mãe parece distraída.

OBS: O fato de um verbo de estado permanente estar no passado não faz dele um estado temporário!

Verbos importantes

Aqui veremos verbos que servem de “modelo” e os que derivam (ou não) deles.

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Verbos terminados em EAR/IAR Os verbos terminados em IAR são regulares. Siga o verbo “criar”.

Os verbos terminados em EAR são irregulares. Siga o verbo passear, NAS FORMAS EM QUE TEMOS “I”

PRESENTE INDICATIVO PRESENTE SUBJUNTIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO

Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ

tu passeias que tu passeies passeia tu

ele passeia que ele passeie passeie ele

nós passeamos que nós passeemos passeemos nós

vós passeais que vós passeeis passeai vós

eles passeiam que eles passeiem passeiem eles

Verbos excepcionais (exceções MARIO!)

Mediar

Ansiar

Remediar Por exceção, se conjugam como passear/odiar

Incendiar/intermediar (Acostume-se: medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio)

Odiar

Provir

Intervir

Convir Se conjugam como vir

Advir

Sobrevir

(Acostume-se: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse, se ele adviesse, quando ele interviesse...

Prover x Provir

"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer", conjuga-se pelo verbo "ver" nos tempos

presentes (vejo/provejo; vê/provê; vêem/provêem) e é regular nos outros tempos (se eu provesse).

Em suma, “PROVER” é igual ao “ver” nos tempos presentes e igual a “beber” nos outros tempos. Fique ligado!!

"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir" (vem/provém;

veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).

Memorize: Quando... eu vir; tu vires; ele vir; nós virmos; vós virdes; eles virem.

Ver, ter e derivados

Prever

Antever

Rever Se conjugam como ver

Telever

Entrever

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Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu visse, se eu antevisse,

se eu prescrevesse...

Deter

Entreter

Manter

Obter

Reter Se conjugam como ter

Abster

Conter

Ater

Suster

VIR e TER são possuem as mesmas desinências. Trazem acento diferencial de número: Ele tem/vem; Eles têm/vêm.

O mesmo vale para os derivados. OBS: Abater não é derivado de “ter”: abateram/tiveram.

Memorize a conjugação abaixo. Despenca em prova. ☔☔☔

Quando... eu tiver, tu tiveres, ele tiver, nós tivermos; vós tivéreis; eles tiverem.

Se... eu tivesse, tu tivesses, ele tivesse, nós tivéssemos, vós tivésseis; tivessem.

Quando... eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos; vós vierdes; eles vierem.

Se... eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis; eles viessem.

Verbo Pôr e derivados

O verbo pôr (ainda acentuado) é segue a forma da segunda conjugação: Eu ponho, tu pões, ele põe, nós pomos, vós

pois, eles põem...

Entrepor

Supor

Compor

Repor

Opor

Transpor Se conjugam como Pôr

Interpor

Dispor

Impor

Sobrepor

Verbo Aderir e similares

Polir

Aderir

Repelir Se conjugam como Ferir

Transferir

Expelir

Page 29: Resumão português revisado 12.12.2016

Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem...Que... eu fira, tu firas, ele fira, eles

firam, vós firais, eles firam...

Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir, divergir, despir, digerir, gerir, mentir,

perseguir, sugerir, vestir.

Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no subjuntivo, em função de

algumas conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que... Grave essas “bases”, pois elas estarão nas

questões.

Ter- TIVE+DESINÊNCIA: se tivesse, quando tiver...

Por- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséramos...

Requerer- REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...

Precaver- PRECAVE+DESINÊNCIA: Se precavesse, quando precaveu...

Prover- PROVE+DESINÊNCIA: se provesse, quando proveu...

Ver-VI+DESINÊNCIA: se visse, quando víssemos, se vir...

Vir- VIE+DESINÊNCIA: se viessemos, quando vier, se vierem...

Verbo REQUERER

Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.

Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.

Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, requereram.

Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão.

Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam.

Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.

Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem.

Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.

Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais, não requeiram.

Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

Verbos vicários: (Fazer, Ser)

São aqueles que são utilizados no lugar de um verbo anteriormente mencionado, para evitar a repetição.

Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o, que retoma a ação ou o evento da oração

anterior.

Ex: Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”, isto é, FAZER retoma FUGIR)

Ex: Se você não estudou foi porque teve preguiça. (“foi” retoma “teve preguiça”/ OBS: “foi” é expletivo!)

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Verbos Pronominais:

São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados sem ele.

Normalmente indicam sentimentos: Alegrar-se, irritar-se, arrepender-se, atrever-se, assemelhar-se, candidatar-se,

dignar-se, esforçar-se; queixar-se; refugiar-se, suicidar-se, estreitar-se...

Normalmente a banca pergunta se o “SE” é voz passiva. Nesse caso, observe se o verbo é VTD. Além disso, verifique

se o sentido é passivo ou até reflexivo.

Formas nominais do verbo: Gerúndio, Particípio e Infinitivo.

Ex: O meu viver é minha esposa.

(viver está substantivado, precedido de artigo, como sujeito)

Ex: A quantia investida é altíssima.

(investida qualifica o substantivo quantia, como adjetivo)

Ex: Chegando a visita, convide-a para sentar.

(chegando=quando chegar, circunstância de tempo, adverbial)

Infinitivo pessoal x impessoal:

O infinitivo pode ser pessoal, quando tem sujeito; ou impessoal, quando não tem. O infinitivo impessoal, não

flexionado, não concorda com nenhum termo, pois enuncia uma ação vaga, sem agente determinado.

O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no singular porque seu

sujeito é singular. Quando há sujeito explicito para o infinitivo, o verbo deve concordar com ele.

Ex: É importante estudarmos para a prova.

(sujeito explícito na desinência-mos=nós; o infinitivo concorda com ele)

Ex: É importante estudar para a prova.

(Quem estudar? A ação é vaga, indeterminada, não há sujeito para concordar)

Ex: É importante ele estudar para a prova.

(sujeito explícito no pronome; o infinitivo concorda com “ele”, no singular! Atenção!! É pessoal, singular não significa

necessariamente impessoal!)

Nas locuções verbais o infinitivo não se flexiona, o verbo auxiliar é que se flexionará para concordar com o sujeito.

Carga semântica do gerúndio

O gerúndio geralmente indica uma ação continuada ou ações que ocorrem simultaneamente. Mas, em questões de concurso, geralmente também são cobrados outros sentidos: Tempo, Condição, Modo e Causa. Ex: Chegando ao banco, se assustou com a fila. (Tempo: se assustou quando chegou ao banco.) Ex: Lavando a louça, deixo você sair. (Condição: se lavar a louça, poderá sair.) Ex: Desenvolveu a memória fazendo exercícios (Modo: exercícios foram a maneira que usou para desenvolver a memória.) Ex: Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar. (Causa: foi aprovada em primeiro lugar porque estudou por anos.) Atenção: as diferenças às vezes podem parecer sutis, mas é preciso conhecer as possibilidades que a banca explora.

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Particípios Abundantes

Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular, que pode ter diversas

terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue uma pequena lista deles.

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Aceitar Aceitado Aceito

Acender Acendido Aceso

Afligir Afligido Aflito

Assentar Assentado Assento

Corrigir Corrigido Correto

Encher Enchido Cheio

Entregar Entregado Entregue

Expressar Expressado Expresso

Extinguir Extinguido Extinto

Fixar Fixado Fixo

Fritar Fritado Frito

Limpar Limpado Limpo

Misturar Misturado Misto

Morrer Morrido Morto

Pagar Pagado Pago

Submeter Submetido Submisso

Suspender Suspendido Suspenso

Tingir Tingido Tinto

Vagar Vagado Vago

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A regra é simples: com os particípios com terminação regular –do serão usados com os verbos TER/HAVER:

Ex: Tenho pagado minhas dívidas em débito automático.

Ex: Eu nunca havia aceitado bem críticas.

Os particípios irregulares, com outras terminações, por exceção, serão usados com os verbos SER/ESTAR:

Ex: O boleto foi pago em dinheiro vivo.

Ex: Estive suspenso do trabalho, por desafiar ordens sem sentido.

Correlação Verbal

Grave especialmente essas duas: resolvem a maior parte das questões:

Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei

Ex: Vejo que você malha.

Ex: É preciso que você estude.

Ex: Quando terminarem, estarei dormindo.

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Ex: Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.

Ex: Vi que você trouxe um presente.

Ex: Sugiro que procure um psiquiatra.

Ex: Sugeri que procurasse um psiquiatra.

Ex: Espero que tenha procurado um psiquiatra.

Ex: Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.

Vozes verbais

Voz passiva analítica ou pronominal (verbo ser+particípio)

Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da passiva. O objeto direto da ativa vira

sujeito paciente na passiva.

Ex: O desafiante derrotou o campeão (voz ativa) Sujeito objeto direto

Ex: O campeão foi derrotado pelo desafiante. (voz passiva analítica)

Suj Paciente Ser + Particípio Agente da passiva

Voz passiva sintática (VTD ou VTDI+ se):

Ex: Derrotou-se o campeão, acabaram-se as esperanças. Pron. Suj.paciente Pron. Suj.paciente

Apassivador Apassivador

A voz passiva está ligada à existência de um OD que existe na ativa. Não é possível voz

passiva com VTI, VI, VL e verbos que já possuem sentido passivo: Ex: levar, ganhar,

receber, tomar, aguentar, sofrer, pesar (massa), ter (posse), haver (impessoal). Esses

verbos, quando vêm com “SE”, geralmente têm sujeito interminado.

CUIDADO: às vezes o sujeito paciente tem a maior “cara” de objeto direto. Lembre-se.

Na voz passiva, não há mais o objeto direto que havia na ativa. Ele vira SUJEITO!

Não se espera novo concurso em 2017 (O termo destacado é SUJEITO PACIENTE)

Não se espera que o governo resolva tudo sozinho (A oração destacada é SUJEITO PACIENTE)

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Vejam abaixo algumas diferenciações muito importantes para sua prova:

Sintaxe

Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em prova:

Sujeito:

VOZ PASSIVA:

Analítica: SER+PARTICÍPIO (Casas são vendidas)

Sintética: VTD/VTDI+SE (Vendem-se casas)

LOCUÇÃO DE TEMPO COMPOSTO:

TER/HAVER+PARTICÍPIO:

(Tenho andado distraído)

(Tem sido difícil estudar)

Partícula Sujeito Indeterminado:

VTI, VI+SE

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Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.

Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE (Vive-se

bem aqui/Gosta-se de cães na China)

Desinencial: Vem implícito na terminação da palavra: Estudamos hoje (nós)

O sujeito pode ter forma de:

Nome: O menino é importante.

Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.

Oração: Estudar é importante (oração reduzida). Que se estudasse mais foi necessário.

(sujeito oracional e passivo. A oração está desenvolvia, introduzida por conectivo)

Oração sem sujeito:

Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.

Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.

Ex: Faz tempo que não vou à praia.

Ex: Faz frio em Corumbá.

Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.

Ex: Está quente aqui.

O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares

que formam locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.

Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.

Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)

Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:

Nome: Não vimos a cena.

Pronome: Ele nos deixou aqui.

Oração: Espero que estudem.

Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós mesmos.

OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.

(O pronome “quem” e os pronomes oblíquos tônicos são casos de OD preposicinado)

Objeto indireto: complemento verbal com preposição. (a, de, em, para, com)

Pode ter forma de:

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Nome: Gosto de comida./Penso em comida/ Concordo com o policial.

Pronome: Gosto disso./ Ela obedeceu-lhe. (a preposição está implícita)

Oração: Duvidava (de) que ele fosse passar.(essa preposição pode ser suprimida)

OI Pleonástico: Ao pastor, não lhe dei nenhum dinheiro. (lhe=ao pastor)

Predicativo do Objeto: atribui característica ao complemento verbal.

Considerei/Julguei o réu culpado. (predicativo do OD)

Chamei ao médico de mentiroso. (predicativo do OI)

Adjunto adverbial:

Se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo, modo,

causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição...

Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)

Ontem (adjunto adverbial de tempo)

de fome (adjunto adverbial de causa)

aqui (adjunto adverbial de lugar)

só (adjunto adverbial de modo)

Agente da passiva:

Ex: Eu comprei um carro>Um carro foi comprado por mim. Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva

agente Voz ativa paciente voz passiva

O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser

introduzido pela preposição “de”.

Adjunto adnominal:

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.

Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome carros e

atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse...

Complemento nominal:

Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui

transitividade. Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.

Adjunto adnominal X Complemento Nominal

Diferenças:

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O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios.

O adjunto adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo

preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é

complemento nominal.

O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não. Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser

Adjunto.

O Complemento nominal se liga a substantivos abstratos (Sentimento; ação;

qualidade; estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e

abstratos. Então, se o nome for um substantivo concreto, vai ter que ser

adjunto e será impossível ser CN.

Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja

“de”, será CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros

aspectos.

Semelhanças:

Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos que ver alguns

critérios de distinção.

O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.

O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo: adjunto adnominal.

O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.

O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele

nome for transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o

complemento nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

Substituível por adjetivo

perfeitamente equivalente

Não pode ser substituído por um

adjetivo perfeitamente equivalente

Substantivo Concreto. Também

pode ser Abstrato com sentido

ativo, de posse, ou pertinência. Se

for concreto, só pode ser adjunto.

Só complementa Substantivo Abstrato

(Sentimento; ação; qualidade;

estado e conceito).

Só modifica substantivo: Então,

termo preposicionado ligado a adjetivo e advérbio nunca será

adjunto adnominal.

Refere-se a advérbio, adjetivos e

substantivo abstratos. Então, termo

preposicionado ligado a adjetivo e

advérbio só pode ser Complemento

Nominal.

Nem sempre preposicionado.

Qualquer preposição, inclusive de

pode indicar adjunto adnominal.

Sempre preposicionado, em geral com

a preposição de. Outras preposições

vão indicar que é adjunto.

Page 37: Resumão português revisado 12.12.2016

Classsificações da Palavra “SE”

Pronome apassivador (PA): Vendem-se casas. Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Vive-se bem aqui. Trata-se de uma exceção. Conjunção integrante: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isso; introduz uma oração substantiva objetiva direta) Conjunção condicional: Se eu posso, todos podem. Pronome reflexivo: Minha tia se barbeia. Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto, pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa. Acompanham verbos que indicam ações que podem ser praticadas na própria pessoa ou em outra. Não confunda com verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante do verbo, como levantar-se, candidatar-se, suicidar-se, arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se... Pronome recíproco: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o “SE” terá função sintática de objeto direto. Parte integrante de verbo pronominal (PIV): Candidatei-me à presidência e me arrependi/Certifique-se do horário. Esse “se” não tem função sintática, é parte integrante do verbo! Partícula expletiva de realce: Vão-se minhas últimas economias. Foi-se embora.

Classsificações da Palavra “QUE”

Conjunção consecutiva: Bebi tanto que passei mal.

Conjunção comparativa: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)

Conjunção explicativa: Estude, que o edital já vai sair.

Conjunção aditiva: Você fala que fala hein, meu amigo!

Locução conjuntiva: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.

Preposição acidental: Tenho que passar o quanto antes. (equivale a “tenho de passar”)

Pronome interrogativo: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)

Pronome indefinido: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.

Pronome indefinido interrogativo: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma

interrogativa indireta, sem [?])

Substantivo: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre acentuado)

Advérbio de intensidade: Que chato!

Partícula Expletiva: Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE)

Conjunção integrante: Quero que você se exploda!

Oração E Período

Frase é o enunciado que tem sentido completo, mesmo sem verbo. Ex: Fogo! Socorro!

Oração é a frase que tem verbo.

Período simples é aquele com uma única oração; composto, aquele que tem mais de uma

oração. Na coordenação, as orações são sintaticamente independentes. Na subordinação, a

subordinada é dependente da principal, pois exerce função sintática em relação a ela.

Vejamos um período com orações coordenadas e subordinadas:

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Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu o tinha deixado em cima da

mesa e nem percebi... 1Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no

horário. Sou sortudo demais ou não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período

Frase nominal. 2 orações. 4 orações

Sem verbo unidas por coordenação unidas por subordinação

Quarto Período, Quinto período,

2 orações, 1 oração,

Unidas por subordinação período simples

Período composto por coordenação:

1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.

Oração Independente Oração Independente

Oração principal Coordenada aditiva

Conjunção coordenativa aditiva

Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo, indepedência sintática)

Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo, indepedência sintática)

1Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.

Oração subordinada concessiva Oração principal

Oração dependente Oração Independente

Locução

Concessiva

Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)

Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)

Período misto: tem orações subordinadas e coordenadas, misturadas.

1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha

deixado em cima da mesa e 5nem lembrei...

Orações Coordenadas:

As sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas, adversativas e alternativas.

(Mnemônico C&A).

Orações subordinadas coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado, depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo

assim, desse modo.

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Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.

Orações subordinadas coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que,

porque, pois (antes do verbo), porquanto.

Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.

Orações subordinadas coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.

Ex: Comprei não só frutas, como legumes.

Orações subordinadas coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.

Orações subordinadas coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou,

ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.

ORAÇÕES SUBORDINADAS:

1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função sintática típica de

substantivo, como Sujeito, OD, OI...)

2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem papel adjetivo, ou

seja, modificam substantivo)

3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais—causais, temporais, concessivas, condicionais; tem valor de

advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal, como tempo, condição...)

As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses “conectivos” (pronome relativo,

conjunções). Seu verbo vem numa forma nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.

1 -Subordinadas Substantivas reduzidas de infinitivo

a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.

b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.

c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.

d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.

e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.

f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.

2 -Subordinadas Adverbiais reduzidas de infinitivo

a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.

b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.

c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.

d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.

e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.

f) Temporais: Ao rever a ex-professora, se emocionou.

3 -Subordinadas Adjetivas reduzidas de infinitivo

Quando acordei, encontrei o menino a cantar no quintal. (a cantar=cantando, sentido “durativo”)

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Orações subordinadas substantivas:

Estava claro [que ele era preguiçoso.]

Estava claro [isto]

Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.

Quero [que você se exploda!]

Quero [isto]

Quem quer, quer algo. A oração tem função de objeto direto.

Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:

Não sei [se ele estuda seriamente!]

Não sei [isto]

Quem sabe, sabe alguma coisa. A oração tem função de objeto direto.

Discordo [de que eles aumentem impostos].

Discordo [disto]

Quem discorda, discorda de alguma coisa. A oração funciona como objeto indireto.

A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.

A certeza [disto] me alivia.

Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa. Esse substantivo é abstrato, indica um sentimento. Seu

complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza. A oração é um Complemento nominal.

Quero apenas uma coisa: [que você passe!]

Quero apenas uma coisa: [isto]

A oração tem função de aposto explicativo do termo “coisa”. É uma oração apositiva, introduzida por dois pontos ou

até vírgula, único caso em que uma oração subordinada substantiva pode ser separada por pontuação.

Orações subordinadas adjetivas:

Funcionam como um adjetivo (menino que estuda = menino estudioso). São

introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, cujo, onde)

Podem ser restritivas, quando individualizam o nome em em relação ao universo:

Meu amigo que trabalha no TRT me ligou. (restringiu: há vários amigos, um é do TRT)

Podem ser explicativas, caso em que virão marcadas por vírgula.

Meu amigo, que trabalha no tribunal, me ligou. (não há outros amigos: é explicativa)

A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de

risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a

formação de tumores

Oração subordinada Adjetiva Explicativa,

introduzida pelo pronome relativo “que”.

Oração subordinada apositiva (aposto explicativo de “sonho”),

introduzida por sinal de dois pontos (:)

Por não ter conector, é chamada “assindética”.

Está reduzida de infinitivo.

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Pontuação

1º Princípio Geral: Ordem Direta: SuVeCA.

Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)

Eu comprei uma bicicleta semana passada

Maria foi trabalhar de táxi

Nós gostamos de comer em rodízios

Como consequência, não separar:

Sujeito e seu verbo.

Verbo e seu complemento.

Complemento e seu adjunto.

Predicativo de seu sujeito ou objeto.

Nome de seu complemento ou adjunto Adnominal.

Conjunção subordinativa do restante da oração que ela inicia.

Qualquer termo que vier entre eles deve estar entre vírgulas, devidamente isolado

para não interferir nessa ordem direta.

Sujeito,___ ,Verbo, ___ ,Complemento, ___ , Adjuntos, ___.

Pedro,___ ,comprou, ___ ,um carro, ___ , de corrida, ___.

Pedro, sem pensar muito, comprou , a prazo e sem poder pagar , um carro, que mais parecia

uma nave , de corrida, ontem à noite — que louco!

2º Princípio geral: termos que indiquem algum tipo de “esclarecimento” devem ser intercalados por pontuação (vírgula, travessão, parênteses).

Usos da vírgula:

Intercalação/deslocamento/anteposição:

De adjunto adverbial: Ele, assim que chegou, foi estudar/ Ele, bem cedo, foi estudar

De conjunção coordenativa deslocada: Estudei. Não tive, portanto, dificuldades./ Errei muito,

entretanto.

De retificação: Ele optou pela preguiça, isto é, não estudou/ Faça, ou melhor, não faça.

De explicação: China e EUA, entre outras potências, cresceram menos em 2017.

De oração interferente: Ele me contou—isso que me deixou surpreso— que nunca viu o mar.

Isolar/Marcar:

Aposto: Diógenes, meu tio querido, é muito gentil. Fui ao Rio de Janeiro, uma cidade violenta.

Vocativo: Venham almoçar, crianças. /Amiga, você não vai acreditar.../Eleitor, vote em mim!

Complemento pleonástico: Os problemas, já os resolvi./ Esse sujeito, já o vi antes.

Palavra denotativa: Todos desistiram, exceto eu./ Então, vai estudar ou não?/ Ninguém foi,

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só ele./ Ele, afinal, decidiu se aposentar? O menino, isto é, rapaz, não foi condenado.

Indicar Elipse (omissão de termo não mencionado): Na fila do banco, várias pessoas.

(omissão de “havia”)

Indicar Zeugma (omissão de termo já mencionado): Eu gosto de violão; ela, de piano. (omissão de “gosto”)

Anteposição de oração subordinada: Quando eu puder, ajudarei./ Que era difícil, eu já

sabia.

Adjuntos adverbiais de pequena extensão podem vir sem vírgulas. Orações adverbiais

antepostas à principal devem vir marcada por vírgulas, mesmo quando curtas.

Ex: Hoje (,) eu vou beber até perder a memória. (vírgula facultativa)

Ex: Amanhã (,) vou acordar arrependido. (vírgula facultativa)

Ex: De tarde (,) quero descansar... (vírgula facultativa)

Ex: Embora fosse impossível (,) ela realizou a façanha. (Vírgula obrigatória)

Ex: Se tudo der certo (,) o dólar vai baixar. (Vírgula obrigatória)

Não se separa oração subordinada substantiva da principal, salvo a apositiva, que poder ter vírgula ou dois-pontos:

Tenho um desejo apenas: passar no concurso.

As orações adjetivas explicativas são isoladas por vírgula. A retirada da pontuação muda o

sentido, pois as torna “restritivas”.

Meu irmão, que mora em Roma, é médico. (Explicativa, com vírgulas)

Meu irmão que mora em Roma é médico. (Restritiva, sem vírgulas)

Separar termos (palavras ou orações) de mesma função sintática numa enumeração:

Ex: Comprei frutas, legumes, cereais e carnes magras. (enumeração de itens; os termos

separados pelas vírgulas são objetos do verbo comprar.)

Ex: O segredo é estudar, revisar e praticar. (enumeração de itens; os termos separados pelas

vírgulas são orações com função de predicativos do sujeito “segredo”.)

Enumeração de orações coordenadas e polissíndeto:

Ex: Comprei frutas, passei no açougue, fui à feira. (enumeração de orações coordenadas.)

Ex: Minha mãe falava, e falava, e falava... (repetição da conjunção “E”: polissíndeto)

Ponto e Vírgula:

Pode substituir a vírgula para separar orações coordenadas, especialmente as que tiverem certa

extensão. Também servem para formar “grupos” em enumerações já organizadas por vírgulas.

Ex: Comprei alimentos saudáveis: carne, peixe, frango; frutas, legumes, verduras. (O (;)

criou dois subgrupos: alimentos de origem animal e de origem vegetal.

Dois-pontos:

Anuncia um esclarecimento do que vem antes dele. Introduz um aposto explicativo:

O desafio era a rotina: estudar todo dia./ Ela revelou o motivo: estava sem dinheiro.

Nos casos acima, caberia o uso de vírgulas.

Introduz citação literal:

Dizia ele: “estou indo para Brasília, neste país lugar melhor não há”.

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Reticências:

Sua função principal é marcar interrupções no fluxo da sentença ou do pensamento. Indicam

ironia, malícia, hesitação, incerteza, prolongamento de uma ideia. Deixam “no ar” a continuidade do que foi interrompido.

Travessões e Parênteses:

Isolam termos explicativos acessórios. Nessa função, podem ser substituídos por vírgulas.

O travessão também marca a mudança de locutor. A retirada dos travessões não deve

influenciar na pontuação normal da frase, por isolarem termo acessório, suprimível.

Messi— o artilheiro— é um gênio. Ele— segundo os argentinos— é o melhor da história.

Messi (o artilheiro) é um gênio. Ele (segundo os argentinos) é o melhor da história.

Messi, o artilheiro, é um gênio. Ele, segundo os argentinos, é o melhor da história.

Aspas:

Indicam citação literal, gíria, ironia, estrangeirismo, arcaísmo, linguagem informal. Indicam que

a palavra foi utilizada com uma “intenção especial”, um provável sentido extra.

TIPOLOGIA TEXTUAL/COMPREENSÃO

OBS: Não existe tipo puro. Normalmente há “predominância” de um tipo sobre outros

que também são utilizados no texto. O critério principal é a “finalidade”.

Narração

ações, personagens,

tempo, espaço, enredo, relação de

antes e depois, climax

Verbos no pretérito, narrador,

verbos de ação

charges, piadas, contos, novelas,

crônicas

Dissertação Expositiva

Discutir um tema, sem defesa de tese: traz

postulados, abstrações

apresentar informação

nova ao leitor (informativo)

linguagem impessoal, universal

Dissertação Argumentativa

Defesa de tese, convencer o

leitor; debate; argumentação

direcionada

Verbos no presente do

indicativo, com tom de "fato"

linguagem impessoal,

universal, 3ª pessoa; forma

estrurada

InjunçãoInstruções, regras;

Ensina procedimento;

Verbos no imperativo, infinitivos impessoais,

modais de dever, obrigação

Manuais, lei, regulamento, tutoriai,

receita, bula

Descrição

Caracterização, pormenorização estática

Pausa no tempo para apresentação da cena

Verbos de ligação, predicativos, adjetivação, quase sempre em uma

narração ou em uma injunção

Page 44: Resumão português revisado 12.12.2016

Estrutura do parágrafo argumentativo:

Finalidade dos Textos

Opinativo: Convencer, defender uma opinião.

Polêmico: Contrabalancear opiniões.

Informativo: Veicular informação nova.

Instrucional: Normatizar, prescrever, ensinar.

Passagem do discurso direto para o indireto:

Alteração na pontuação:

Conversão dos pronomes:

Conversão dos tempos verbais:

Tópico Frasal (pequena tese ou tese do

parágrafo)

Ampliação (exemplo, estatística, citação, dado, analogia...)

Conclusão da ideia-núcleo ou anúncio do

próximo tópico

Discurso direto: 1.ª pessoa Discurso indireto: 3.ª pessoa

Frases interrogativas, exclamativas e imperativas

( "" ! ? -)frases declarativas

Eu, me, mim, comigo

nós, nos, conosco

meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nossa, nossas

ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe

eles, elas, os, as, lhes

seu, seus, sua e suas

Presente do indicativoPretérito imperfeito do

indicativo

Page 45: Resumão português revisado 12.12.2016

Advérbios e adjuntos adverbiais:

Compreensão de texto

Recorrência: o leitor deve buscar no texto aquela informação, sabendo que a resposta estará escrita com

outras palavras, em forma de paráfrase, ou seja, de uma reescritura.

Inferência: o leitor deve fazer deduções a partir do texto. O fundamento da dedução será um pressuposto,

ou seja, uma pista, vestígios que o texto traz. Deduzir além das pistas do texto é extrapolar. Geralmente

questões de inferência trazem o seguinte enunciado: “depreende-se das ideias do texto”.

Exemplos de pressupostos e o sentidos implícitos que podem ser inferidos:

Ex: Douglas parou de fumar. (podemos inferir, deduzir, depreender dessa frase que Douglas fumava antes.)

Ex: Ainda não lançaram o novo filme do Tarantino. ( expectativa de que o filme já deveria ter saído.)

Ex: Minha primeira esposa desistiu de comprar aquele carro. (já casou antes; sua esposa queria comprar

antes)

Ex: Finalmente ela concluiu aquele curso. (havia um curso em andamento e demorou para terminar)

Ex: Alunos que revisam têm notas mais altas . (há alunos que não revisam; suas notas são inferiores)

Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Futuro do presente do indicativo

futuro do pretérito do indicativo

Presente e futuro do subjuntivo

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Imperativopretérito imperfeito do

subjuntivo

Hoje e agora

Amanhã

Aqui, aí, cá

Este, Isto

Naquele dia e naquele momento

No dia seguinte

Ali, Lá

Aquele, Aquilo

Page 46: Resumão português revisado 12.12.2016

Julgamento de Assertivas: principais erros.

Extrapolar:

O texto vai até um limite e o examinador oferece uma assertiva que “vai além” desse limite. O examinador inventa

aspectos que não estão contidos no texto e o candidato, por não ter entendido bem o texto, preenche essas lacunas

com a imaginação, fazendo outras associações, à margem do texto, estimulado pela assertiva errada.

Limitar e Restringir:

É o contrário da extrapolação. Supressão de informação essencial para o texto. A assertiva reducionista omite parte

do que foi dito ou restringe o fato discutido a um universo menor de possibilidades.

Acrescentar opinião:

O examinador parafraseia parte do texto, mas acrescenta um pouco da sua própria opinião, opinião esta que não foi

externada pelo autor. A armadilha dessas afirmativas está em embutir uma opinião que não está no texto, mas está

na consciência coletiva, por ser um clichê ou senso comum que o candidato possa compartilhar.

Contradizer o texto.

O texto original diz “A” e o texto parafraseado da assertiva errada diz “Não A” ou “B”. Para disfarçar essa contradição,

a banca usará muitas palavras do texto, fará uma paráfrase muito semelhante, mas com um vocábulo crucial que fará

o sentido ficar inverso ao do texto.

Tangenciar o tema.

O examinador cria uma assertiva que aparentemente se relaciona ao tema, mas fala de outro assunto, remotamente

correlato. No mundo dos fatos, aqueles dois temas podem até ser afins, mas no texto não se falou do segundo, só do

primeiro; então houve fuga ou tangenciamento ao tema.

Leia o texto todo. Leia outra vez, marcando as ideias centrais de

cada parágrafo, que frequentemente vêm no seu

início.

A ideia central na introdução e na conclusão é a tese. No

desenvolvimento é o tópico frasal.

Questões de recorrência são resolvidas encontrando uma

paráfrase (reescritura equivalente). Questões de

inferência exigem uma dedução baseada em pressupostos.

Page 47: Resumão português revisado 12.12.2016

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS (Oração com função de advérbio)

Finais Para, Para que, *porque

TemporaisQuando, enquanto, antes que, depois

que, desde que, logo que, assim que, até

que, mal, sempre que

ProporcionaisÀ medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais x... mais

y, quanto menos x... menos y

CondicionaisSe, caso, sem que, contanto que, desde

que, a menos que, a não ser que

ConcessivasAinda que, apesar de que, embora,

mesmo que, por mais que, se bem

que, por pouco que, em que peseConformativas

Conforme, como, segundoComparativas

Que, do que, mais do

que, menos do que, melhor que, tal... qual, tanto... quanto,

como, assim comoCausais

Porque, pois, como, visto que, uma vez

que, que, já que, *na medida em que

Consecutivas

Tal... que, tanto... que, tão... que, de modo que

Page 48: Resumão português revisado 12.12.2016

As conjunções coordenativas introduzem orações coordenadas, isto é, sintaticamente independente uma da outra.

São diferentes das orações subordinadas, que estão ligadas sintaticamente à oração principal.

Obs: o “mas” é uma conjunção adversativa que não pode ser deslocada. Ele inicia a oração adversativa.

CO

OR

DEN

ATI

VA

S Conclusivas Logo, então, portanto, por conseguinte

Penso, logo existo.

Estudei, portanto passei

Explicativas pois, que, porque

Saia, que não quero falar

Estude, porque o concurso está chegando

Adversativas Mas, entretanto, todavia, porém, contudo

Ela é inteligente, mas não estuda

Estudei, todavia não passei

Alternativas ou, quer...quer...; seja...seja...; ora...ora...

Ela ora lê teoria, ora faz questões

Seja dia útil, seja feriado, sempre devemos estudar

Aditivas E; Não só...como...; Não só estuda, como trabalha

Estuda e trabalha

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Fiquem atentos às conjunções que podem trazer mais de um sentido!

SENÃO

Alternativo:

Saia, ou chamo a polícia

Adversativo

Ele não estava triste, senão concentrado

Aditivo

Era o favorito não só da turma, senão de toda a escola

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Não confunda (Causa) x (Consequência) x (Explicação):

Ex: Choveu porque o dia foi muito quente. (Causa)

Ex: Choveu tanto que o chão está molhado. (Consequência).

Ex: Choveu, porque o chão está molhado. (Explicação)

O chão estar molhado não causa chuva! É só uma explicação ou justificativa para afirmação “choveu”. A vírgula também denuncia essa relação de coordenação,

acentuando que são duas orações independentes.

Conjunção Integrante> introduz oração substantiva (troca por [ISTO])

QUE

Estava claro [que ele era preguiçoso.]=Estava claro [isto]

Quero [que você seja aprovado!]=Quero [isto]

SE

Não sei [se ele estuda seriamente.]=Não sei [isto]

Perguntei [se ele estudava seriamente.]=Perguntei [isto]