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REVISÃO
8 º ANO – HISTÓRIA
PROF.ª : JANAÍNA BINDÁ
INSTITUTO ÁGAPE
PARTE 1 : Independência o grito ecoa na
colônia portuguesa - CAP. 9 Livro
○ Beckman○ Emboabas○ Mascates○ Inconfidência○ Derrama○ Baianos
PARTE 1 : Independência o grito ecoa na
colônia portuguesa - CAP. 9 Livro
○ Beckman○ Emboabas○ Mascates○ Inconfidência○ Derrama○ Baianos
PARTE 1 : Independência o grito ecoa na
colônia portuguesa - CAP. 9 Livro
○ Beckman○ Emboabas○ Mascates○ Inconfidência○ Derrama○ Baianos
Os movimentos nativistas constituíram-se
em revoltas isoladas ocorridas na então colônia
portuguesa do Brasil, em finais do século XVIII, em que
se amiudaram as situações de conflito entre os "filhos
da terra" e os chamados "reinóis", e que compõem um
quadro que faz parte do sentimento nacional que
incluiu em vários territórios das Latinas e de outras
partes, dos quais fizeram parte: a Aclamação de
Amador Bueno; a Revolta de Beckman, no Maranhão; a
Revolta de Filipe dos Santos, em Vila Rica; a Guerra
dos Emboabas, dos Mascates, a Conjuração
Mineira, Revolução Farroupilha, Revolta dos Alfaiates e
a Revolução Pernambucana, esta já no século XIX.
Nas três primeiras surreições prevaleceram as razões
de ordem econômica, mas nas seguintes houve
preponderância do sentimento nacional na motivação
dos revoltosos.
As invasões sofridas pelo território brasileiro no século
XVIII, bem como a união dos elementos nativos
(nascidos no país) como o branco filho de europeus, o
mestiço, o negro e o índio catequizado para a defesa
do território, especialmente após as invasões
holandesas no Brasil, cresceu paulatinamente entre a
população da colônia a ideia de emancipação, de modo
local ainda e não generalizado entre as províncias.
FREI CANECA O prisioneiro retratado foi Frei Joaquim do
Amor Divino Rabelo Caneca, mais conhecido como Frei
Caneca, um dos mentores da Revolução Pernambucana.
Preso em 1817, Frei Caneca foi levado para Salvador, onde
cumpriu pena até 1821.
Com a instauração da monarquia, por Pedro 1º, em
1822, preparava-se uma Constituição para reger o país. Em
1824 o Imperador dissolveu a Assembleia
Constituinte, outorgando uma Constituição de perfil
conservador, contra a qual se insurgiu o grupo de Caneca.
Frei Caneca, um dos maiores idealizadores e combatentes do
movimento, foi condenado à forca. Foi preso e levado para
um calabouço. No dia de Natal do mesmo ano, foi transferido
de sua cela a uma sala incomunicável, para receber a
sentença. Muito foi feito para que Caneca não fosse
executado. Houve petições, manifestações de ordens
religiosas, pedidos de clemência. Em vão.
Dia 13 de janeiro de 1825, o prisioneiro foi conduzido à forca.
Na hora de chamar o carrasco, surgiu um problema. Não
havia quem aceitasse enforcar Caneca.
Castigos, sangue, pancadas. Nada, ninguém queria se
prestar ao papel de carrasco. Por fim, resolveram trocar a
forca pela execução por fuzilamento. Estava encerrada a
carreira revolucionária de Frei Caneca. Seu corpo foi deixado
num caixão de pinho em frente ao Convento das
Carmelitas, de onde os padres o recolheram.
Joaquim José da Silva Xavier,
o Tiradentes
Tiradentes começou a se aproximar de gruposque criticavam a exploração do Brasil pelametrópole, o que ficava evidente quando seconfrontava o volume de riquezas tomadaspelos corruptos e a pobreza em que o povopermanecia. Insatisfeito por não conseguirpromoção na carreira militar, tendoalcançando apenas o posto de alferes, patenteinicial do oficialato à época, e por ter perdidoa função de marechal da patrulha do CaminhoNovo, pediu licença da cavalaria em 1787.
Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, notrajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou detransformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendoverdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qualhouve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra ecomposta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveiscausas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esseespetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando aintenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidãode que estava cumprida a sentença, tendo sido declaradosinfames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foierguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamentecooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foramdistribuídos ao longo do Caminho Novo.
PARTE 2 : FAMÍLIA REAL NO BRASIL
Introdução
Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Chegada da família real ao Brasil
Nos quatorze navios, além da família real, vieramcentenas de funcionários, criados, assessores e pessoasligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muitodinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoaise outros objetos de valor.
Após uma forte tempestade, alguns navios foram pararem Salvador e outros na cidade do Rio de Janeiro. Emmarço de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio deJaneiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foramdespejados para que os imóveis fossem usados pelosfuncionários do governo. Este fato gerou, num primeiromomento, muita insatisfação e transtorno na populaçãoda capital brasileira.
No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D.João tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI,rei do Reino Unido a Portugal e Algarves.
Abertura dos
portos às nações
amigas
Uma das principais medidas tomadas por D.João foi abrir o comércio brasileiro aos paísesamigos de Portugal. A principal beneficiadacom a medida foi à Inglaterra, que passou a tervantagens comerciais e dominar o comérciocom o Brasil. Os produtos ingleses chegavamao Brasil com impostos de 15%, enquanto deoutros países deveriam pagar 24%. Esteprivilégio fez com que nosso país fosseinundado por produtos ingleses. Esta medidaacabou prejudicando o desenvolvimento daindústria brasileira.
Medidas tomadas por D. João
D. João adotou várias medidas econômicas quefavoreceram o desenvolvimento brasileiro.Entre as principais, podemos citar: estímulo aoestabelecimento de indústrias noBrasil, construção de estradas, cancelamentoda lei que não permitia a criação de fábricas noBrasil, reformas em portos, criação do Bancodo Brasil e instalação da Junta de Comércio.
Do ponto de vista
cultural, o Brasil também saiu
ganhando com algumas medidas tomadas porD. João. O rei trouxe a Missão Francesa para oBrasil, estimulando o desenvolvimento dasartes em nosso país. Criou o Museu Nacional, aBiblioteca Real, a Escola Real de Artes e oObservatório Astronômico. Vários cursos foramcriados (agricultura, cirurgia, química, desenhotécnico, etc) nos estados da Bahia e Rio deJaneiro.
Retorno de D. João para
Portugal
Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois oexército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povoportuguês passou a exigir o retorno do rei que se encontrava noBrasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que osrevolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. JoãoVI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionadopelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, emabril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedrocomo príncipe regente.
Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-seimperador, após o processo de Independênciado Brasil (7 de setembro de 1822).
A independência do Brasil,enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do prínciperegente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margensdo rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou umanação independente, devemos perceber como as transformações políticas,econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da CorteLusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.
A chegada da Família
Real Portuguesa ao Brasil
Foi episódio de grande importância para que possamos iniciar asjustificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro,Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra,que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleãoe escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmoantes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou aabertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.
Do ponto de vista
econômico, essa medida pode ser
vista como um primeiro “grito deindependência”, onde a colônia brasileira nãomais estaria atrelada ao monopólio comercialimposto pelo antigo pacto colonial. Com talmedida, os grandes produtores agrícolas ecomerciantes nacionais puderam avolumar osseus negócios e viver um tempo deprosperidade material nunca antesexperimentado em toda história colonial. Aliberdade já era sentida no bolso de nossaselites.
Para fora do campo da economia, podemos salientar como a
reforma urbanística feita por Dom João VI promoveuum embelezamento do Rio de Janeiro atéentão nunca antes vivida na capital dacolônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração
para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal eAlgarves. Se a medida prestigiou os novos súditostupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses queforam deixados à mercê da administração de Lorde Protetor doexército inglês.
Essas medidas, tomadas até o ano de1815, alimentaram um movimento de mudançaspor parte das elites lusitanas, que se viamabandonadas por sua antiga autoridade política.Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dosquadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal doPorto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa pormeio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziriao Brasil à condição de colônia.
Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie deAssembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas
Cortes, as principais figuras políticaslusitanas exigiam que o rei DomJoão VI retornasse à terra natalpara que legitimasse astransformações políticas em andamento.
Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasilem 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como prínciperegente do Brasil.
A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos
cofres brasileiros, o que deixou a nação em
péssimas condições financeiras. Em meio às
conturbações políticas que se viam contrárias às
intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I
tratou de tomar medidas em favor da população
tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o
príncipe regente baixou os impostos e equiparou
as autoridades militares nacionais às lusitanas.
Naturalmente, tais ações desagradaram bastante
as Cortes de Portugal.
Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiramque o príncipe retornasse para Portugal eentregasse o Brasil ao controle de uma juntaadministrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de
Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesseseconômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessamaneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensãopolítica de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.
No final de 1821,
quando as pressões das Cortes atingiram suaforça máxima, os defensores da independênciaorganizaram um grande abaixo-assinadorequerendo a permanência e Dom Pedro noBrasil. A demonstração de apoio dada foiretribuída quando, em 9 de janeiro de 1822,Dom Pedro I reafirmou sua permanência no
conhecido Dia do Fico. A
partir desse ato público, o príncipe regenteassinalou qual era seu posicionamentopolítico.
Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom
Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Essa última medida de Dom Pedro I tornou suarelação política com as Cortes praticamenteinsustentável. Em setembro de 1822, aassembleia lusitana enviou um novodocumento para o Brasil exigindo o retorno dopríncipe para Portugal sob a ameaça de invasãomilitar, caso a exigência não fosseimediatamente cumprida. Ao tomarconhecimento do documento, Dom Pedro I(que estava em viagem) declarou a
independência do país no dia 7 desetembro de 1822, àsmargens do rio Ipiranga.
A Confederação do Equador
foi um movimento político ocorrido em 1824 no nordeste brasileiro.
Começando em Pernambuco, ampliou-se rapidamente para outrasprovíncias da região, como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Emsíntese, a Confederação do Equador - que ganhou esse nome emreferência à proximidade do centro do conflito com a linha do Equador- foi um movimento contrário à centralização do poder imperial. Daí,portanto, seu caráter revolucionário e, no extremo, seu aspectoindependentista com relação ao Brasil.
O movimento tinha ligações com
outros dois episódios importantes
ocorridos na mesma região, embora
destes não fosse mero reflexo: a
Revolução Pernambucana de 1817 e o
Movimento Constitucionalista de
1821. Juntos, os dois haviam ajudado
a concretizar em práticas políticas e
sociais o ideário liberal - que se
contrapunha à centralização do poder
imperial - e a luta pela independência,
num contraponto ao domínio exercido
pelo Rio de Janeiro sobre as demais
províncias.
A constituição de1824 perfilou a criação de um Estado de
natureza autoritária em meio a instituições deaparência liberal. A contradição do períodoacabou excluindo a grande maioria dapopulação ao direito de participação políticae, logo em seguida, motivando rebeliões denatureza separatista. Com isso, a primeiraconstituição apoiou um governo centralizadoque, por vezes, ameaçou a unidade territorial epolítica do Brasil.
Figurando um passo fundamental para a consolidação da independêncianacional, a formulação de uma carta constituinte tornou-se uma dasgrandes questões do Primeiro Reinado. Mesmo antes de dar fim aos laçoscoloniais, Dom Pedro I já havia articulado, em 1822, a formação de uma
Assembleia Constituinte imbuída damissão de discutir as leis máximas danação. Essa primeira assembleia convocou oitenta deputados de
catorze províncias.
Uma monarquia constitucional hereditária;O catolicismo como religião oficial;O voto indireto e censitário (era necessário ter uma renda mínima decem mil réis);Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador;
Uma das mais delicadas questõesque envolvia as leis elaboradas pelaAssembleia, fazia referência à definição dos poderes de
Dom Pedro I. Em pouco tempo, os constituintes formaram dois grupospolíticos visíveis: um liberal, defendendo a limitação dos poderesimperiais e dando maior autonomia às províncias; e um conservadorque apoiava um regime político centralizado nas mãos de Dom Pedro. Apartir de então, a relação entre o rei e os constituintes não seria nadatranquila.