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AULA - REVISÃO PARA AV1 DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL Rio de Janeiro, xx de xxxxxxxxx de xxxx (caixa alta e baixa)

Revisão para av1 2012.1

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Revisão Av 1 - Direito Civil

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  • 1. AULA - REVISO PARA AV1 DIREITO CIVIL I PARTE GERAL Rio de Janeiro, xx de xxxxxxxxx de xxxx (caixa alta e baixa)
  • 2. O CDIGO CIVIL - Lei n 10.406, de 10.01.2002 Entrada em vigor: 11 de janeiro de 2003 Tramitao no Congresso: desde 1968 Importncia jurdica e social: representa a consolidao dasmudanas sociais e legislativas surgidas nas ltimas nove dcadas,incorporando outros novos avanos na tcnica jurdica. Segundo Miguel Reale, o Cdigo Civil atual, norteou-se por trsprincpios - socialidade, eticidade e operabilidade adotando, comotcnica legislativa as clusulas gerais, possibilitando a evoluo dopensamento e do comportamento social, sem ofensa seguranajurdica.
  • 3. Fundamentos Principiolgicos do C.C.O cdigo civil tem como fundamentos os princpios da eticidade, dasocialidade e da operabilidade.ETICIDADE no Novo Cdigo Civil visa imprimir eficcia e efetividadeaos princpios constitucionais da valorizao da dignidade humana,da cidadania, da personalidade, da confiana, da probidade, dalealdade, da boa-f, da honestidade nas relaes jurdicas de direitoprivado. Ex. boa-f objetivas nas relaes jurdicas, no realizao eexecuo dos contratosSOCIALIDADE reflete a prevalncia dos valores coletivos sobre osindividuais, sem perda, porm, do valor fundamental da pessoahumana; vem tentar a superao do carter manifestamenteindividualista do Diploma revogado, reflexo mesmo da publicizaodo Direito Civil, admitindo ainda a propriedade pblica dos bens cujaapreenso individual configuraria um risco para o bem comum. Ex.art. 1228, o 1. do CC, estabelece a funo social da propriedade.
  • 4. OPERABILIDADE: Leva em considerao que o direito feitopara ser efetivado, para ser executado. Por essa razo o CdigoCivil de 2002 evitou as complexidades. Diversas soluesnormativas foram tomadas no sentido de possibilitar umacompreenso maior e mais simplificada para sua interpretao eaplicao pelo operador do Direito.Exemplos:distines mais claras entre prescrio e decadncia e os casosem que so aplicadas;diferena objetiva entre associao e sociedade, servindo aprimeira para indicar as entidades de fins no econmicos, e altima para designar as de objetivos econmicos.
  • 5. CLUSULAS GERAIS: tcnica legislativa que constitui na elaborao denormas que no prescrevem uma certa conduta, mas, simplesmente,definem valores e parmetros hermenuticos. Servem assim como pontode referncia interpretativo e oferecem ao intrprete os critrios axiolgicose os limites para a aplicao de demais disposies normativas.Objetivo: possibilitar a evoluo do pensamento e do comportamentosocial, com segurana jurdica. Assim, somente com "flexibilizao" e aomesmo tempo "segurana" teremos um sistema eternamente emconstruo .Funo das clusulas gerais no Cdigo Civil:I dotar o sistema interno do Cdigo Civil de mobilidade, mitigando asregras mais rgidas.II a de atuar de forma a concretizar o que se encontra previsto nosprincpios gerais de direito e nos conceitos legais indeterminados.III a de, tambm, abrandar as desvantagens do estilo excessivamenteabstrato e genrico da lei.
  • 6. Dentre as clusulas gerais adotadas pelo novo cdigo civil encontram-se a daboa-f objetiva, a da funo social do contrato e da funo social dapropriedade;a) BOA-F OBJETIVA: a boa-f de que cuida o Cdigo Civil no art. 422 aboa-f objetiva, que impe certos deveres s partes contratantes, possuindo afuno de fonte de novos deveres especiais de conduta durante o vnculocontratual;b) FUNO SOCIAL DO CONTRATO: a adoo da clusula geral da funosocial do contrato apenas limitou os princpio de pacta sunt servanda e o darelatividade subjetiva, exigindo dos contratantes uma postura mais humana emenos egostica ao entabularem os contratos, de modo que a liberdade decontratar no pode ser exercida desconectada da funo social do contrato;c) FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADE: o direito de propriedade somente eticamente vlido se cumprida sua funo social, cristalizando o valorsocioeconmico moradia, para o direito de propriedade urbana, e produo dealimentos, para o direito de propriedade rural.
  • 7. CONSTITUCIONALIZAO DO DIREITO CIVIL Antes do Cdigo Civil de 2002, havia uma verdadeira ciso na estrutura jurdica liberal, o Cdigo Civil representava o centro normativo de direito privado, preocupando-se em regular com inteireza e completude as relaes entre particulares cabendo- lhe o regime das relaes humanas, o espao sagrado e inviolvel da autonomia privada, caberia Constituio apenas se preocupar em regular a dinmica organizacional dos poderes do Estado.A constitucionalizao do Direito privado quer proporcionar umareleitura dos velhos institutos e conceitos do mbito privado,visando concretizao dos valores e preceitos constitucionais.
  • 8. Constitucionalizao do Direito Civil X Publicizao do Direito Privado.A Constitucionalizao do Direito Civil a analise dodireito privado com base nos fundamentosconstitucionalmente estabelecidos. a aplicao dosmandamentos constitucionais no direito privado.A Publicizao do direito privado o processo deinterveno estatal no direito privado, principalmentemediante a legislao infraconstitucional.
  • 9. Pessoas reconhecidas pela ordem jurdica Art. 1 Cdigo Civil - Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.Pessoa o ente capaz de exercer direitos e submeter-se a deveres narbita jurdica; aquele que poder compor o polo ativo ou passivo narelao jurdica. PESSOA O SUJEITO DE DIREITOA ordem jurdica reconhece duas espcies de pessoas que podem sersujeitos de uma relao jurdica: a pessoa natural (o ser humano, tambm chamado pessoa fsica), PESSOA a pessoa jurdica ou pessoa moral ou pessoa coletiva (agrupamento de pessoas naturais, visando alcanar um interesse comum).
  • 10. A personalidade jurdicaArt. 2 A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida;mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro.Personalidade Jurdica o atributo reconhecido a uma pessoa para quepossa atuar no plano jurdico, titularizando relaes diversas, e reclamar aproteo jurdica dedicada a pessoa pelos direitos da personalidade; aaptido genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes e deveres naordem civil.Aquisio da personalidade jurdica d-se com o nascimento com vida,quando a criana separada do ventre materno, no importando tenhasido o parto natural, mesmo que no tenha sido cortado o cordoumbilical. necessrio que haja respirado, ainda que tenha perecido emseguida.A comprovao de que tenha ou no respirado feita atravs de examemdico legal denominado Docimasia Hidrosttica de Galeno.Se a criana perecer logo depois de nascer, lavra-se dois assentos, o denascimento e o de bito (LRP, art 3, 2).
  • 11. Relevncia Jurdica da Docimasia hidrosttica de Galeno TEM MUITA IMPORTNCIA NO CAMPO DO DIREITO SUCESSRIONo mbito jurdico a docimasia relevante porque contribui para adeterminao do momento da morte, pois se a pessoa vem luz viva oumorta, as conseqncias jurdicas sero diferentes em cada caso.Por exemplo:Se o pai da criana falecer enquanto sua esposa est grvida: se acriana nascer com vida, esta ter direito sucesso. Caso contrrio (seno nascer com vida), opera-se a sucesso normalmente.Se o beb morrer pouco aps o nascimento: neste caso, a criana farjus a sucesso e, logo em seguida, tambm ser autora de herana.Situao diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina.
  • 12. A personalidade jurdica im da personalidade jurdica da pessoa natural: a pessoa natural se extingue com a morte, e, com ela a personalidade jurdica que adquiriu ao nascer com vida. personalidade do indivduo extingue-se com a morte. A das pessoas jurdicas, com a sua dissoluo.C.C.- Art. 6 (primeira parte) A existncia da pessoa naturaltermina com a morte;...
  • 13. A natureza jurdica do nascituroascituro aquele "que h de nascer,(...) o ser humano j concebido, cujonascimento se espera como fato futuro certo", Dicionrio Aurlio.ateria de provaeoria Concepcionista: assegura ao nascituro personalidade, desde a TEORIAS TEORIASconcepo, possuindo, assim, direito personalidade antes mesmo denascer. (afirma que j pessoa)eoria Natalista: a personalidade comea com o nascimento com vida;afirma que o nascituro possui mera expectativa de direito, s fazendo jus personalidade aps o nascimento com vida (art.2, 1 parte do CC/02).doutrina majoritria entende que a disposio do Art 2 a lei pe a salvodesde a concepo os direitos do nascituro, no se refere ao incio dapersonalidade jurdica porque esta s ocorre com o nascimento com vida.
  • 14. A natureza jurdica do embrioEmbrio o feto at nove semanas de gestaoO ordenamento jurdico brasileiro no trata da questo envolvendo o embrioexcedentrio, isto , aquele no implantado no tero materno, proveniente defertilizao em laboratrio.No h consenso na doutrina nacional e internacional no que tange natureza jurdica do embrio humano excedentrio.A Lei de Bissegurana, traa parmetros de viabilidade do embrioexcedentrios.De acordo com esses parmetros, o embrio excedentrio invivel nuncaser capaz de gerar vida, portanto, desprovido dessa potencialidade, obtm ostatus de coisa, objeto, podendo ser utilizado nas pesquisas com clulas-tronco embrionrias. A seu turno, o embrio excedentrio vivel um ser que,a princpio, por si s, no tem expectativa de vida, e, portanto, de direito,tendo somente potencialidade de vida, j que somente aps sua implantaono meio adequado, qual seja, o tero materno, passa ao status de nascituro,sendo tutelado pelo direito ptrio.
  • 15. CAPACIDADE CIVILArt. 1 -Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.A capacidade jurdica, uma medida limitadora ou delineadora dapossibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigaes.Capacidade significa a aptido que a pessoa tem de adquirir e exercerdireitos. CAPACIDADE CIVIL CAPACIDADE DE DIREITO CAPACIDADE DE FATO ou de gozo ou capacidade ou de exerccio ou de aquisio capacidade de ao. 15
  • 16. TIPOS DE CAPACIDADE CIVIL CAPACIDADE DE DIREITO OU CAPACIDADE DE FATO OU DE GOZO EXERCCIO 3, 4 E 5 a prpria aptido genrica a aptido para praticarreconhecida universalmente, para pessoalmente os atos da vidaalgum ser titular de direitos e civil, ou seja, a possibilidade deobrigaes. praticar atos com efeito jurdico, adquirindo, modificando ou Confunde-se com a extinguindo relaes jurdicas.personalidade. (ipc) nasceu com vida tem personalidade e capacidade pontenciall. A capacidade de fato ou deToda pessoa natural a tem, pela exerccio admite gradaes:simples condio de pessoa. Deflui plenamente capaz,do prprio nascimento com vida. relativamente capazaptido para aquisio de direitos e absolutamente incapaz.deveres.A personalidade jurdica ou civil confere a pessoa uma capacidade de direito. Toda pessoa tem capacidade de direito; mas nem toda a de fato. 16
  • 17. INCAPACIDADE a restrio legal ao exerccio de atos da vidacivil, imposta pela lei somente aos que, excepcionalmentenecessitam de proteo, tendo em vista as suas naturaisdeficincias decorrentes em geral, da idade, da sade e dodesenvolvimento mental e intelectual.Deve ser analisada de forma restrita, porque como ensina adoutrina deve ser aplicado o princpio de que A CAPACIDADE A REGRA, A INCAPACIDADE A EXCEO. Portanto, shaver incapacidade nos casos estabelecidos em lei.Finalidade: O instituto da incapacidade foi construdo paraproteo dos que por motivo de idade, ou doena no podemexercer por s, seus direitos.
  • 18. INCAPACIDADE ABSOLUTA INCAPACIDADE RELATIVAA incapacidade absoluta acarreta a A incapacidade relativa permite que oproibio TOTAL do exerccio, por si s , relativamente incapaz pratique atos dado direito. vida civil desde que ASSISTIDO porSer absoluta a incapacidade quando a seu representante legal, sob pena delei considerar um indivduo totalmente ANULABILIDADE (CC.art.171,I).inapto ao exerccio da atividade da vidacivil. As pessoas mencionadas no art. 4Os absolutamente incapazes podem encontram-se numa zona intermediria,adquirir direitos, pois possuem a entre a capacidade plena e acapacidade de direito, mas no so incapacidade total pois j possuemhabilitados a exerc-los, pois falta a razovel discernimento, e, por isso, nocapacidade de exerccio. ficam afastadas da atividade jurdica,O ato somente poder ser praticado pelo podendo praticar determinados atos porREPRESENTANTE LEGAL do si ss. Mas para os atos em geral,absolutamente incapaz. A inobservncia devem estar devidamente assistidas pordessa regra provoca a NULIDADE do ato seu representante legal sob pena denos termos do art. 166, I, do Cdigo Civil. ANULABILIDADE
  • 19. Art. 3 CC-INCAPACIDADE ABSOLUTAArt. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos davida civil:I - os menores de dezesseis anos;II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem onecessrio discernimento para a prtica desses atos; (Todos os casos deinsanidade mental permanente ou duradoura, provocada por doena ouenfermidade mental congnita ou adquirida como a oligofrenia- debil, idiota,imbecil - e a esquizofrenia, bem como por deficincia mental decorrente dedistrbios psquicos.Para que os atos praticados pelas pessoas elencadas nesteinciso sejam considerados nulos, necessrio que seja interditada judicialmente)III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir suavontade .(pessoas que no puderem exprimir totalmente sua vontade por causatransitria, ou em virtude de alguma patologia -arteriosclerose, excessiva pressoarterial, paralisia, embriaguez no habitual, uso eventual e excessivo deentorpecentes ou substncias alucingenas uso eventual de lcool e drogas-,hipnose ou outras causas semelhantes, mesmo no permanentes. No secompreende aqui as pessoas portadoras de doena ou deficincia mental) 19
  • 20. Art. 4. CC-INCAPACIDADE RELATIVAArt. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer:I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;(podem praticar apenasdeterminados atos sem a assistncia de seus representantes: aceitar mandato, sertestemunha, fazer testamento, etc. No se tratando desses casos especiais, necessitam dareferida assistncia, sob pena de ANULABILIDADE do ato, se o lesado tomar providnciasnesse sentido e o vcio no houver sido sanado.)II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental,tenham o discernimento reduzido; (somente os alcolatras, ou dipsmanos -os que tmimpulso irresistvel para beber- e os toxicmanos, isto , os viciados no uso e dependentesde substncias alcolicas ou entorpecentes, bem como os fracos da mente so assimconsiderados.)III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;(portadores de Sndromede Down, e todos os excepcionais sem completo desenvolvimento mental,por exemplo, ossurdos-mudos que no teverem recebido educao adequada e permanecerem isolados,ficaram privados de um desenvolvimento mental completo.IV - os prdigos. (Indivduo que dilapida seu patrimnio deve ser interditado, Pode sersubmetido curatela-art. 1.767, V, CC. O prdigo somente ficar privado, de praticar, semcurador, atos que implique o comprometimento do patrimnio, como emprestar, darquitao, alienar, hipotecar -art. 1.782 da Lei n.10.406/2.002).Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial.
  • 21. I.P.C.O prdigo pode praticar, validamente e por si s, os atos da vida civilque no envolvam o seu patrimnio e no se enquadrem nas restriesmencionadas. Pode, assim, casar, dar autorizao para casamento dosfilhos menores, etc.O falido no incapaz, apenas lhe so impostas restries atividademercantil.A condenao criminal no implica capacidade civil. Como penaacessria, pode sofrer o condenado a perda de funo pblica ou dodireito investidura em funo pblica; a perda do poder familiar, datutela ou da curatela.A capacidade dos ndios regulada, em nosso pas, pela Lei n. 6.001,datada de19/12/1.973, que dispe sobre o Estatuto do ndio,proclamando que ficaro sujeitos tutela da Unio, at se adaptarem civilizao.
  • 22. Da cessao da incapacidadeCessa a incapacidade, em primeiro lugar, quando cessar a sua causa(enfermidade mental, menoridade, etc.) e, em segundo lugar, pelaemancipao.Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando apessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vida civil.Cessa a menoridade no primeiro momento do dia em que o indivduoperfaz os dezoito anos. Se nascido no dia 29 de fevereiro de anobissexto,completa a maioridade no dia 1 de maro. 22
  • 23. A emancipao EMANCIPAO: a antecipao da capacidade civil . PERODO EM QUE A EMANCIPAO PODE SER CONCEDIDA: A emancipao pode ser concedida entre 16 e 18 anos. OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DA EMANCIPAO: Quando a emancipao concedida pelos pais ou por um deles na falta do outro ou judicialmente, s produz efeito depois de registrada. CARTRIO ONDE DEVE SER REGISTRADA A EMANCIPAO: No Cartrio do Registro Civil das Pessoas Naturais do 1 Subdistrito da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a). 23
  • 24. Tipos de emancipao:voluntria, judicial e legalA EMANCIPAO VOLUNTRIA - concedida pelos pais,se o menortiver dezesseis anos completos (art. 5, pargrafo nico,inciso I do CdigoCivil). Deve ser concedida por ambos os pais, ou por um deles na falta deoutro. A impossibilidade de qualquer deles participar do ato, por seencontrar em local ignorado ou por outro motivo relevante, deve serdevidamente justificada em juzo.A EMANCIPAO JUDICIAL concedida por sentena, ouvido o tutor,em favor do tutelado que j completou dezesseis anos. Se o menor estiversob tutela, dever requerer sua emancipao ao juiz, que a conceder porsentena, depois de verificar a convenincia do deferimento para o bem domenor. O tutor no pode emancip-lo.A EMANCIPAO LEGAL a que decorre de determinados fatosprevistos na lei, como o casamento, o exerccio de emprego pblicoefetivo, a colao de grau em curso de ensino superior e oestabelecimento com economia prpria. Independe de registro eproduzir efeitos desde logo, isto , a partir do ato ou do fato que aprovocou. 24
  • 25. I.P.C.A emancipao irrevogvel: no podem os pais, quevoluntariamente emanciparam o filho, voltar atrs.O maior de 16 e menor de dezoito anos casado, continuar emancipadoainda que haja separao.A colao de grau em curso de ensino superior, e o estabelecimentocivil ou comercial, ou a existncia de relao de emprego, desde que,em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenhaeconomia prpria, justificam a emancipao, por demonstrar maturidadeprpria do menor.As emancipaes voluntria e judicial devem ser registradas em livroprprio do 1 Ofcio do Registro Civil da comarca do domiclio do menor,anotando-se tambm em seu registro de nascimento. Se judicial, deve ojuiz comunicar, de ofcio, a concesso ao escrivo do Registro Civil (= aoCartrio onde fora assentado o registro de nascimento do menor).
  • 26. Da EMANCIPAOArt. 5 pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade:I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro,mediante instrumento pblico, independentemente de homologaojudicial,(emancipao voluntria) ou por sentena do juiz(emancipao judicial), ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anoscompletos; II - pelo casamento; (emancipao legal) III - pelo exerccio de emprego pblico efetivo; (emancipao legal) IV - pela colao de grau em curso de ensino superior;(emancipaolegal) V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia derelao de emprego, desde que, em funo deles, o menor comdezesseis anos completos tenha economia prpria.(emancipaolegal)
  • 27. Suprimento da incapacidadeA incapacidade dos incapazes pode ser suprida pelos institutos daassistncia e da representao.ASSISTNCIA o instituto ligados aos relativamente incapazes.Os assistentes dos incapazes sero:A) OS PAIS OU TUTOR assistem os maiores de 16 e menores de 18anos.B) O CURADOR assiste os prdigos e os que possuem o discernimentoreduzido, se maiores de 18 anos.REPRESENTAO: a representao instituto ligado ao absolutamenteincapaz. Os representantes no gozam de poderes ilimitados, sendoimprescindvel a autorizao do juiz e do Ministrio Pblico para arealizao de qualquer ato que importe perda patrimonial, pelo que ficavedada a prtica dos seguintes atos sem autorizao: venda, doao outroca de bens, renncia de direitos etc. Os representantes dosabsolutamente incapazes sero: os pais, o tutor, o curador.
  • 28. Os representantes dos absolutamente incapazes sero: os pais, o tutor, ocurador.A) OS PAIS no caso dos menores de 16 anos. A representao nessecaso d-se automaticamente, o representante do incapaz no necessita dequalquer ato de investidura ou designao.B) TUTOR no caso dos menores de 16 anos, se os pais no forem vivosou forem ou tornarem-se incapazes, ou perderem o poder familiar (poderparental). O tutor nomeado pelo juiz ou pelos prprios pais. Poder serum parente ou qualquer pessoa que goze da confiana do juiz ou dos pais.Tanto nesse caso do tutor quanto do curador a representao no se d deforma automtica, ocorrendo por designao judiciria. O representanteadquire esta qualidade em razo de um ato judicial, e s em funo dele que se legitima a representao.C) CURADOR no caso em que o incapaz possui uma enfermidade oudeficincia mental e for maior de 18 anos.Tais diferenciaes acarretam diversos efeitos jurdicos, os atos praticadospelos absolutamente incapazes so nulos (art.166 CC), e os praticadospelos relativamente incapazes so anulveis (art. 171 CC).
  • 29. Efeitos dos atos praticados por absolutamenteincapaz e relativamente incapaz, no CC.Art. 166. nulo o negcio jurdico quando: I - celebrado por pessoaabsolutamente incapaz;Art. 171. Alm dos casos expressamente declarados na lei, anulvel o negciojurdico: I - por incapacidade relativa do agenteArt. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, no pode, para eximir-se deuma obrigao, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquiridopela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.Art. 181. Ningum pode reclamar o que, por uma obrigao anulada, pagou aum incapaz, se no provar que reverteu em proveito dele a importncia paga.Art. 928. O incapaz responde pelos prejuzos que causar, se as pessoas por eleresponsveis no tiverem obrigao de faz-lo ou no dispuserem de meiossuficientes.
  • 30. Efeitos dos atos praticados por absolutamenteincapaz e relativamente incapaz, no CC. Assim, os atos praticados pelo absolutamente incapaz nulo de pleno direito, ato invlido, no surte qualquer efeito, no sendo reconhecida pelo direito a transao. Os atos praticados por pessoa relativamente incapaz o ato ser vlido podendo ser anulado. ATO NULO invlido e no surte efeito. ex tunc (retroage at o nascimento do ato) ATO ANULVEL o ato vlido surte efeito at a sua anulao. ex nunc (no retroage, da sentena em diante)
  • 31. I.P.C.
  • 32. Individualizao da pessoa naturalOs principais elementos individualizadores da pessoa natural so:O NOME CIVIL (art16 ao 19 e LRP 6.015/73) a designao pelaqual se identificam e distinguem as pessoas naturais, nas relaesconcernentes ao aspecto civil da sua vida jurdica; o principalelemento identificador dos indivduos no seio social. matria deordem pblica e tem proteo legal um direito da personalidade)O ESTADO CIVIL que indica sua posio na famlia e nasociedade poltica; O estado nasce de fatos jurdicos, como onascimento, a idade, a filiao, a doena; de atos jurdicos, como ocasamento, a emancipao; de decises judiciais, como a separao,o divorcio, a interdio. Tais circunstancias levam a caracterizao detrs estados: o familiar, o poltico e o pessoal ou individual.O DOMICLIO CIVIL que a sua sede jurdica
  • 33. O NOME CIVIL Prenome: o nome prprio ou nome de batismo, escolhido pelos pais por ocasio do registro de nascimento, para individualizar seu portador. Pode ser simples (Luiz, Maria) ou composto (Luiz Carlos, Maria Regina) (art. 55 da LRP). Sobrenome (ou patronmico, apelido de famlia Elementos ou nome de famlia): o segundo elemento fundamentalcomponentes do nome civil e serve para indicar a procedncia dado nome civil pessoa, sua estirpe. Ele no pertence a pessoa determinada e sim, a todos os membros de uma famlia. O patronmico ser simples quando provir apenas do sobrenome materno ou paterno e composto quando provir de ambos. Agnome: o sinal que se acrescenta ao nome completo para distingu-lo de outros parentes que possuam o mesmo nome. So bastante comuns os agnomes Filho, Jnior, Neto e Sobrinho.
  • 34. Cognome (ou apelido, epteto, alcunha, hipocorstico): aforma pejorativa ou afetiva de identificar uma pessoa.Pseudnimo: normalmente utilizado no meio artstico ouliterrio para ocultar sua verdadeira identidade e ao mesmotempo identificar sua personalidade. O pseudnimo, assim comoo nome verdadeiro, goza da proteo da lei (art. 19 doCdigo Civil).
  • 35. Alterao do nome civil QUANTO AO NOME QUANTO AO SOBRENOME Quando expuser o titular ao ridculo ou a a) Pela adoo (ECA, art 47,5 e CC. Art situao vexatria, bem como se tratando 1.627); de nome extico; b) Pelo casamento, quando facultado a Havendo erro grfico evidente qualquer dos nubentes acrescer o caracterizado por equvoco de grafia. nome do outro (CC art. 2.565, 1), Para incluir apelido pblico notrio - art. inclusive podendo ambos modificar o 58, Pargrafo nico LRP. nome, acrescentando o nome do seu Pela adoo (ECA, art 47,5 e CC. Art consorte; 1.627); c) Pela separao judicial ou pelo Pelo uso prolongado e constante de nome divrcio, diverso; d) Para a incluso de sobrenome de Quando ocorrer homonmia depreciativa ascendente (inclusive abarcando a gerando embaraos profissionais ou chamada incluso de sobrenome sociais; avoengo na hiptese de acrscimo do Pela traduo nos casos em que o nome patronmico dos avs), desde que no grafado em lngua estrangeira. (John prejudique o patronmico dos demais Joo). ascendentes; e) Pela unio estvel; f) Pela anulao ou declarao de nulidade do casamento.
  • 36. Hiptese imotivada para alterao do nomeNa fluncia do primeiro ano aps a maioridade civil (ou seja, dosdezoito aos dezenove anos de idade), desde que no prejudiqueapelidos de famlia. art. 56 da Lei 6.015/73.Toda alterao do nome, ocorrida posterior ao registro de nascimento,somente se efetuar por sentena judicial, devidamente averbadano assento de nascimento.
  • 37. ESTADO CIVILEstado civil a posio jurdica que algum ocupa, em determinadomomento, dentro do ordenamento jurdico. Estado individual: o modo de ser da pessoa quanto idade, sexo, cor, altura, sade (so ou insano e incapaz) etc. aspectos que exercem influncia sobre a capacidade civil. Estado Familiar: o que indica a sua situao na famlia, TIPOS DE em relao ao matrimnio (solteiro, casado, vivo,ESTADO CIVIL divorciado) e ao parentesco por consanguinidade (pai, filho, irmo, av), ou por afinidade (sogro, sogra, cunhado etc.) Estado poltico: a qualidade que advm da posio do indivduo na sociedade poltica podendo ser nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro. (CRFB/88 art. 12)
  • 38. Individualidade: uno e indivisvel; no possvel ter mais de um estado (casado e solteiro, maior e menor, brasileiro e estrangeiro. A obteno de dupla nacionalidade constitui exceo a regra. Indisponibilidade: relao fora do comrcio porCARACTERSTICAS se tratar de reflexo da personalidade; inalienvel e DO ESTADO CIVL irrenuncivel. Imprescritibilidade: no se perde nem se adquire o estado pela prescrio. elemento integrante da personalidade e, assim, nasce com a pessoa e com ela desaparece.Os estados individuais, em geral, so atributos da personalidade, ou seja,integram-na.O estado individual constitui um direito absoluto, oponvel a toda a sociedade,que, portanto, todos devem respeitar; e pblico por ser reconhecido e protegidopelo Estado
  • 39. DOMICLIO CIVILConceito Legal: CC. Art 70 O domiclio da pessoa natural o lugaronde ela estabelece a sua residncia co nimo definitivo.Elementos:a) objetivo - fixao da pessoa em determinado lugar;b) subjetivo - inteno de ali permanecer com nimo definitivo; fixaoespacial permanente da pessoa naturalConceito Doutrinrio: Domiclio a sede jurdica da pessoa , onde elase presume presente para efeitos de direito e onde praticahabitualmente seus atos, e negcios jurdicos. (Carlos RobertoGonalves).Domiclio da pessoa natural o lugar onde ela, de modo definitivo,estabelece a sua residncia e o centro principal da sua atividade (ClvisBevilqua).
  • 40. Tipos de domiclio.a) domiclio voluntrio: decorre de ato livre da vontade do sujeito dedireito art. 74b) domiclio legal ou necessrio: fruto de determinao legal e, emateno a condio especial de certas pessoas. ex. incapaz, servidorpblico, martimo, preso Art. 76 do CC - dos cnjuges art.1.569 )c) domiclio especial: pode ser o do contrato. (art. 78 CC) a sedejurdica especificada no contrato ; e o de eleio (art. 111 CPC) que oescolhido pelas partes para propositura de aes relativas s referidasobrigaes e direitos recprocos. 40
  • 41. Domiclio da pessoa naturalArt 70 O domiclio da pessoa natural o lugar onde elaestabelece a sua residncia com nimo definitivo. a) o local em que estabelece a sua residncia com nimo definitivo; e b) o local em que pratica a sua atividade profissional. Se a profisso for explorada e exercitada em lugares diversos, em que se lhe concentram os interesses, cada um deles constituir domiclio para as relaes que lhe corresponderem. Trabalho: legal ou necessario por ser func publivo, necessarfio do casal, necessario dos filhos por serem incapazes, consultorio: domicilio profissional. Cada domicilio ser para as relaoes a eles correspondentes. Casa domicilio voluntrio e necessrio Voluntrio legal 41
  • 42. Pluralidade de domiclioPluralidade domiciliar - admitida pela nossa legislao quando a pessoanatural tiver mais de uma residncia, pois cada uma delas serconsiderado domiclio dessa pessoa.Ex.: Uma pessoa abre escritrios de advocacia em Macei e Aracaj,fixando residncias nessas duas cidades e atuando em dias alternados.Se um ru tiver vrios domiclios, poder ser acionado em qualquer umdeles.Art. 71. Se, porm, a pessoa natural tiver diversas residncias, onde,alternadamente, viva, considerar-se- domiclio seu qualquer delas. 42
  • 43. MODOS DE EXTINO DA PESSOAArt 6. A existncia da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura dasucesso definitiva. Morte real luz do cadver - (art. 6) Morte simultnea ou comorincia (art.8) Morte presumida Sem declarao de ausncia - (art. 7) (perigo de vida ou prisioneiro de guerra) Sem declarao de ausncia, sem perigo de vida, ou sem ser prisioneiro de guerra. com justificativa de bito, art-88 - Com declarao de ausncia. - (art.6, segunda parte) A morte marca o fim da personalidade fsica, faz cessar consequentemente a personalidade jurdica. A prova da morte faz-se pelo atestado de bito ou por ao declaratria de morte presumida, sem decretao de ausncia (art. 7), podendo, ainda, ser utilizada a justificao de bito prevista no art. 88 da LRP Lei n. 6.015/73. Art. 3 da Lei dos Transplantes: A cessao da vida se d com a morte enceflica - (critrios clnicos de verificao - Resoluo 1.480/97 do CFM)
  • 44. EFEITOS JURDICOS DA MORTE Extingue a personalidade jurdicaExtingue o poder familiarDissolve o vnculo matrimonial,Abertura da sucesso,Extino dos contratos personalssimos,Extino da obrigao de pagar alimentos, que setransfere aos herdeiros do devedor.O de cujus no susceptvel de ser titular de direitos eobrigaes
  • 45. Art.7 Morte presumida sem declarao de ausncia Art. 7 . Pode ser declarada a morte presumida, sem decretao de ausncia: I se for extremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida; II se algum, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at 2 (dois) anos aps o trmino da guerra. Pargrafo nico. A declarao da morte presumida, nesses casos, somente poder ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do lanamento.
  • 46. JUSTIFICATIVA DE BITO O art. 77 da LRP permite a justificao de bito, por meio de testemunhas, de percia ou de documentos, a ocorrncia de morte, bem como o dia, hora e local, para que o juiz, ouvido o promotor de justia, d por justificado o bito, determinando a lavratura do registro respectivo. (cidades de interior) O art. 88 da LRP permite a justificativa de bito das pessoas que no se tem mais notcias, desaparecidas em naufrgios, incndios, inundaes, maremotos, terremotos, enfim, em grandes catstrofes. NO SE TRATA DE PRESUNO DE MORTE. No entanto, mesmo que acolhida uma justificao nesse sentido, nada impede que a pessoa surja posteriormente s e salva, o que anula todos os atos praticados com sua morte justificada, protegendo-se os terceiros de boa-f. Requisitos: prova de que a pessoa estava no local em que ocorreu a catstrofe e de que, posteriormente, no mais h notcias dela.
  • 47. COMORINCIAArt. 8-Se dois ou mais indivduos falecerem na mesma ocasio, no se podendoaveriguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-osimultaneamente mortos.Conceito: Comorincia a presuno de morte simultnea (ao mesmotempo) de duas pessoas que se sucedem entre si.Relevncia: A regra da comorincia tem relevncia principalmente nasquestes do direito de sucesso.Para que seja aplicada necessrio que tenham morrido juntosparentes que sejam sucessores recprocos, ou seja, somente interessasaber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiria daoutra.Efeitos jurdicos : no ocorre transmisso de bens entre oscomorientes, ou seja no h sucesso.
  • 48. AUSNCIAArt. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domiclio sem dela haver notcia, seno houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lheos bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministrio Pblico,declarar a ausncia, e nomear-lhe- curador.Objetivo: A declarao de ausncia objetiva a proteo dopatrimnio do desaparecido levando sucesso provisria e sucessodefinitiva.Finalidade: Os fins do instituto so exclusivamente patrimoniais.O Cdigo aponta que sejam consideradas mortes presumidas assituaes que autorizam a abertura da sucesso definitiva (artigos 37ss.).Ao se analisar o tempo que perdura a ausncia, trs momentos distintospodem ser destacados, a saber:Curadoria dos bens do ausenteAbertura da Sucesso provisriaAbertura da Sucesso definitiva
  • 49. AUSNCIA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE: ART. 22 CC Nesta fase o juiz declara a ausncia da pessoa e nomeia-lhe curador. Quando o desaparecimento recente e a possibilidade de retorno do ausente , portanto, bem grande, o legislador tem a preocupao de preservar os bens por ele deixados, evitando a suaMOMEN deteriorao.TOAo nomear o curador o juiz deve fixar os limites de seus deveres e suasobrigaes (art. 24). Deve zelar pela administrao e conservao dosbens do ausente. A nomeao dever respeitar a ordem estabelecidapelo legislador no art. 25 do CC.
  • 50. ABERTURA DA SUCESSO PROVISRIA -ART. 26Decorrido um ano da data da arrecadao dos bens do ausente, ou trsanos no caso de haver sido deixado mandatrio constitudo, osinteressados podem requerer a declarao de ausncia e abertura dasucesso provisria do ausente.Estabeleceu o legislador um rol de pessoas que tm legitimidade pararequerer a sua abertura: Art. 27,CCI) o cnjuge no separado judicialmente.II) os herdeiros presumidos, legtimos ou testamentrios.III) aquele que tenha direito a algum bem do ausente subordinado sua morte, como no caso do donatrio que recebe uma doao subordinada condio suspensiva da morte do doador.IV) os credores de obrigaes vencidas e no pagas.
  • 51. Mesmo com a abertura da sucesso provisria a probabilidade de voltado ausente, remota, existe. Por isso prev o Cdigo.c)a deciso que declarar a ausncia s produzir efeitos aps 180 diasda sua publicao.d)a partilha dos bens deixados ser feita, mas para que os herdeirosentrem na posse dos bens recebidos devero prestar garantias (Art. 30,CC).c) os bens imveis do ausente no podero ser vendidos, salvo paraevitar a deteriorao -art 31.d) a renda produzida pelos bens cabentes aos descendentes,ascendentes e ao cnjuge, pertencer a estes. (Arts. 29 e 33).e) Havendo frutos (rendimentos), aqueles imitidos provisoriamente naposse, devero capitalizar metade.Se o ausente retornar depois da sucesso provisria, mas antes de aberta adefinitiva, mantm o direito propriedade dos bens, mas no totalidade dosfrutos e rendimento destes.
  • 52. ABERTURA DA SUCESSO DEFINITIVA - ART. 37 Decorridos dez anos do trnsito em julgado da sentena concessiva da abertura da sucesso provisria, permitido que os interessados requeiram a abertura da sucesso definitiva do ausente, bem como o levantamento das caues anteriormente prestadas. Tal faculdade ser ainda conferida a eles no caso de se provar que o ausente conta com oitenta anos e h mais de cinco anos so suas ltimas notcias (art. 38).ATENO Se o ausente retornar aps a sucesso definitiva, mas antesde transcorridos dez anos, tem apenas o direito restituio dos seusbens no estado em que se encontram.Regressando depois de dez anos da sucesso definitiva, no tem maisdireito aos seus bens.
  • 53. 1 ou 3 anos+ 180 dias Se voltar dentro desses 10 anos, antes da suc. Definitiva recebe 10 seus bens menos metade dos rendimentos.anos
  • 54. Direitos da PersonalidadeFundamentos do Estado Democrtico de Direito brasileiro, os direitosda personalidade resguardam a dignidade da pessoa humana.Se prope a defender os valores como a vida, a honra, a integridadefsica a intimidade... o direito subjetivo de exigir um comportamentonegativo de todos, protegendo um bem prprio, valendo-se de aojudicial.Objetivo: os direitos da personalidade foram criados para dotar odireito de mecanismos eficientes para tutelar trs princpios bsicosconstitucionais: o princpio da dignidade da pessoa humana, daigualdade e da solidariedade.Caractersticas: Os direitos da personalidade caracterizam-se porserem absolutos, indisponveis(relativamente), imprescritveis eextrapatrimoniais.
  • 55. ADRO ESQUEMTICO DAS CARACTERSTICAS Carter absoluto Possuem eficcia contra todos (so oponveis erga omnes). So sujeitos passivos todos aqueles que ameacem ou impeam o livre exerccio dos direitos da personalidade. Generalidade Todas as pessoas, naturais ou jurdicas so titulares dos direitos da personalidade, basta que tenham personalidade jurdica. Extrapatrimonialidade So direitos sem contedo econmico. Indisponibilidade/ Intransmissibilidade a no modificao subjetiva. No se pode intransmissibilidade e separar a honra, a intimidade de seu titular. irrenunciabilidade A irrenunciabilidade a impossibilidade do titular do direito da personalidade renunciar desse seu direito Imprescritibilidade O direito da personalidade no prescreve, no se perde com o tempo. Impenhorabilidade No posso dar minha vida em penhora. Vitaliciedade Os direitos da personalidade so para toda a vida e depois da morte.
  • 56. Teorias dos Direitos da PersonalidadeDiscutem a tcnica a ser utilizada para viabilizar a introduo dos direitosda personalidade no ordenamento civil. Indaga-se a respeito da forma maisadequada de se tutelar os bens humanos extrapatrimonias maisrelevantes) Teoria Monista: defende o reconhecimento de um direito geral de personalidade, por meio de que a proteo da pessoa humana seria obtida atravs de uma regra geral que envolvesse todas as hipteses em que valores essenciais ao ser humano fossem colocados sob ameaa. Teoria Pluralista: A personalidade apresenta vrias ramificaes que devem ser protegidas separadamente. Teoria Negativista: consideravam a personalidade humana como algo muito abstrato. No aceitavam a idia de que a personalidade pudesse atuar como sujeito e objeto em uma relao jurdica, pois isso criaria uma contradio.
  • 57. Dir. da Personalidade e Dir. Fundamentais Direitos da Personalidade Direitos Fundamentais Foram criados para Foram criados para proteger proteger os indivduos de si os indivduos do Estado mesmos e de terceiros (direito pblico). A tutela dos (direito privado). Os direitos direitos fundamentais da da personalidade so um pessoa na Constituio tem reconhecimento da origem e finalidade na dignidade da pessoa, necessidade de criar limites apesar e alm das relaes ao poder poltico na sua de poder, e devem ser capacidade para ofender a respeitados, pessoa, como indivduo e independentemente de cidado. A tutela jurdica qualquer formalismo, funda-se na lei e depende positividade ou tipicidade. dela.
  • 58. ATENO: Os direitos da Personalidade so imprescritveis. Noconfundir com a prescritibilidade da pretenso indenizatria que de 3anos.Imprescritvel a pretenso de garantir o exerccio do direito, mas noa de reparar pecuniariamente eventual dano sofrido.Ex.: uso indevido da imagem.No prescreve a pretenso de fazer parar a leso mas prescreve em 3anos a pretenso de reparao do dano causado imagem.O exerccio dos direitos da personalidade pode sofrer limitaovoluntria, desde que no seja nem permanente nem geral(Enunciado 4, Jornada de Direito Civil)
  • 59. NO ESQUEA!Reconhece-se, como direito da personalidade da pessoaviva, a proteo dos direitos da personalidade de algumque j morreu. Art. 12, pargrafo nico. So oschamados lesados indiretos.
  • 60. A pessoa jurdica titular de direitos da personalidade. O inciso X utiliza apalavra pessoa, segundo o artigo 1 do CC, pessoas so todas aspessoas naturais ou jurdicas.A pessoa jurdica possui honra objetiva, portanto, pode sofrer dano moral.S.227 STJ a pessoa jurdica pode sofrer dano moralEntendimento majoritrio da doutrina que prega que a pessoa jurdicapossui alguns atributos que a pessoa natural goza tais como a honra, onome, a imagem. (os autores de Direito Civil Constitucional negam)
  • 61. O DIREITO IMAGEMO tema no possui tratamento pacfico.A doutrina e a jurisprudncia mais clssicas sustentamque o direito de imagem de pessoas pblicas, no restaviolado se no causar dano ou leso, se a divulgao temintuito apenas de informar ao pblico.A doutrina e a jurisprudncia mais modernas consideramque a simples divulgao da imagem do autor, quandoevidenciada sua pessoalidade e no quando privilegiado fatosocial no qual algum se veja inserido, requer a competenteautorizao do prprio, que inexistindo acarretar a violaodo direito da personalidade passvel de gerar indenizao,bem como, no consideram necessrio o aproveitamentoeconmico ou a perda econmica para tal caracterizao.