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BOA VONTADE Novembro de 2004 Para onde vamos ? Paiva Netto escreve: Questão de Vida ou de Morte? Natal Permanente Artistas apóiam tradicional Campanha de Natal da LBV, que distribuirá toneladas de alimentos às famílias carentes. Templo da Boa Vontade Paiva Netto reúne milhares de peregrinos para celebrar o 5 o aniversário do TBV BOA VONTADE A REVISTA DA ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA • ANO XXII • Nº 195 • NOVEMBRO DE 2004 • R$ 7,90 Religiosos e cientistas debatem, no ParlaMundi da LBV, as teorias sobre a continuidade da vida após a morte. Assim, o Correio Braziliense definiu o Fórum promovido pela Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF, Brasil. Senado Federal LBV é homenageada em sessão solene pelos quinze anos do TBV ONU A Sra. Diane Williams, representante da ONU, anuncia que o Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, terá subcomitê nas Nações Unidas. O russo Dr. Edward Krizhanovsky, Ph.D. em física e chefe do laboratório de pesquisa da Kirlionics Technology International, um dos renomados conferencistas do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, apresentou instigante estudo da energia humana e dos diferentes estados de consciência, pela técnica GDV – Gas Discharge Visualization (Descarga Gasosa de Visualização). Nesta edição, leia a cobertura completa desse evento internacional.

Revista Boa Vontade, edição 195

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A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.

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Para ondevamos ?

Paiva Netto escreve: Questão de Vida ou de Morte?

Natal PermanenteArtistas apóiam tradicional

Campanha de Natal da LBV, que distribuirá toneladas de

alimentos às famílias carentes.

Templo da Boa VontadePaiva Netto reúne milhares de peregrinos

para celebrar o �5o aniversário do TBV

BOA VONTADEA RevistA dA espiRituAlidAde ecumênicA • AnO XXii • nº 195 • nOvemBRO de 2004 • R$ 7,90

Religiosos e cientistas debatem, no ParlaMundi da LBV, as teorias sobre a continuidade da vida após a morte. Assim, o Correio Braziliense definiu o Fórum promovido pela Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF, Brasil.

Senado FederalLBV é homenageada em sessão

solene pelos quinze anos do TBV

ONUA Sra. Diane Williams, representante

da ONU, anuncia que o Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV,

terá subcomitê nas Nações Unidas.

O russo Dr. Edward Krizhanovsky, Ph.D. em física e chefe do laboratório de pesquisa da Kirlionics Technology International, um dos renomados conferencistas do Fórum Mundial Permanente

Espírito e Ciência, da LBV, apresentou instigante estudo da energia humana e dos diferentes estados de consciência, pela técnica GDV – Gas Discharge Visualization (Descarga Gasosa de Visualização).

Nesta edição, leia a cobertura completa desse evento internacional.

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Questão de Vida ou de Morte?Ora, Deus não é Deus de mortos, e,

sim, de vivos; porque para Ele todos vivem.(Jesus, o Cristo de Deus, no Seu Evangelho, segundo Lucas, 20:38)

Trazemos oportunamente a mensagem de Paiva Netto dirigida aos participantes da Se-gunda Sessão Plenária do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, reunidos

no ParlaMundi da Legião da Boa Vontade*1 (Brasília/DF, Brasil), de 20 a 23 de outubro de 2004. Esta matéria faz parte dos originais do seu livro Os Mortos não morrem, da Editora

Elevação, que, por sinal, foi lida também pelo autor, abrindo as discussões sobre o tema, no encontro preparatório do evento, realizado nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2003.

Será essa questão da Morte realmente uma questão de morte?...

Na verdade, para falar com correção, a Morte é um assunto essencial de Vida. O pastor evangélico e

renomado intérprete do Apocalipse Uriah Smith (1832-1903)*2 definiu-a como

— (...) um tirano vencido.

No entanto, é espantoso como o Ser Humano, até o de maior cultura, muita vez despreza, cético, um tema do qual não poderá esquivar-se, alegando não ser científico, porém religioso.

Cabe então, aqui, este comentário do mais famoso cientista do século XX, o judeu-alemão Albert Einstein*3 (1879-1955):

— Falando do espírito que impregna as investigações cien-tíficas modernas, creio que todas as especulações mais refina-das no campo da ciência provêm de um profundo sentimento religioso, e que, sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas. Creio também que esse tipo de religiosidade que hoje se faz sentir nas investigações científicas é a única atividade religiosa criativa de nossa época.

(Agora, uma curiosidade: na religião judaica, cemitério, em hebraico, é Beit Há’Chayim, que quer dizer “Casa da Vida”).

A posição da avestruz

Deixar de lado a investigação da probabilidade de a Vida prosseguir de-pois do desaparecimento do corpo físico, por achar que, após ele, nada mais exista ou porque não “comprovaram” sua certeza até então, antes de tudo me parece uma atitude anticientífica e lembra a famosa posição da avestruz, que, ao se descobrir em perigo, esconde a cabeça no chão e deixa o resto do corpo de fora.

Anotemos, para meditação, este conceito expendido em O Novo Catecis-mo Católico — A Fé para adultos, edição de 1969, páginas 542 e 541:

— Até mesmo o marxista, apesar de ensinar que o espírito é

produto de células corporais, ao acompanhar um “cadáver” para o

cemitério, sente que deve haver algo mais e venera a morte. (...) Nenhum homem que acredite na Boa Nova pode dizer: ninguém jamais voltou da morte.

Ainda hoje, entre certos pensadores, a preferência é para com aquilo que conhecem ou pensam avaliar bem. Muito cômodo...

Para esses, um dos hobbies mais comuns, talvez por confor-tável, seria a negação pura e simples do que não ousam decifrar... Entretanto, tal comportamento não causa espécie à Morte, que, pachorrentamente, ri de tudo isso e continua levando para o “Outro Lado” desde o cidadão desprovido de pecúnia ao mais

poderoso monarca. Não devemos, pois, fugir de sua pesquisa, porque, se existe uma impossibilidade neste mundo, é a de alguém conseguir desviá-la do próprio caminho.

Disse o Buda*4 (aprox. 556-486 a.C.):

— Erguei-vos, pois! Não sejais indolentes! Agi de acordo com a Lei. Aquele que observa a Lei vive feliz neste mundo e em todos os outros.

E, agora, esta provocação do velho Einstein, o enunciador da Teoria da Relatividade, que volta a este texto para nos socorrer com a sua indesmentível sabedoria:

— A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes descobertas realizaram esse salto.

Saibamos também encarar o momento derradeiro, com o humor sábio de Stephen Butler-Leacock*5:

— Odeio os corretores de seguro de vida. Estão sempre argumentando que um dia morrerei — o que não é verdade.

Antiga companheira

A Morte é a mais antiga companheira dos Seres Terrestres. Talvez por isso há quem deixe de perceber a sua extrema importância, conforme ocorre com as peças da casa, que seu morador contempla a todo instante. Há, porém, um fato que diferencia em tudo e por tudo o acontecimento inarredável: ele nos atinge de frente.

Uriah Smith

Albert Einstein

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade.

Fotos e gravuras: reprodução BV.

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Bem a propósito, esta advertência do Profeta Maomé*6 — “Que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele”*7 — no Alcorão Sagrado:

— A Morte há de te arrebatar, ainda que estejas encerrado na mais poderosa das fortalezas.

Diante disso, mais dia, menos dia, somos convocados àquelas perguntas filosóficas que todos se fazem, mesmo que inconscientemente, ou não as revelam a ninguém, a não ser ao próprio travesseiro...

Quem sou eu?De onde vim?Por que me alegro?Por que sofro?Por que um dia morrerei?

E, por conseqüência, para onde irei?

Quem consegue escapulir dessas instigantes indagações?

Transformação pela consciência espiritual

Nas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, vol. III, 1991, relacionei as seguintes ponderações:

Ninguém é mais feliz do que o Ser Humano consciente de sua origem, que é espiritual, e da necessidade de integração no Amor, “o clima do Universo”, no conceito do padre João de Brito (1647-1693). Esse júbilo acaba por se derramar sobre a

Política, a Economia, a Filosofia, a Ciência, a Arte, o Esporte e a própria Religião, gerando um novo entendimento de todas as coisas, diante do qual o Ser Humano, sponte sua, não mais ferirá, odiará, matará, roubará, trapaceará, difamará, porque terá compreendido, acima de tudo, que dentro de si reside a Eternidade de Deus, que é, justamente, Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Utopia?! Mas qual o progresso, hoje, que, ontem, não foi a mais completa utopia?! Se é difícil, comecemos já (...), com base no Amor, o mais perfeito antídoto contra o ódio. Não adianta, pois, escapar do assunto Morte, que não exprime qualquer morbidez. Mórbido é fugir à realidade. E Tânatos*8 é uma certeza que devemos enfrentar, pois todos sofremos as suas conseqüências, boas ou más, conforme o que houvermos semeado, consoante a definição do Divino Mestre: A cada um de acordo com as próprias obras

(Evangelho do Cristo, segundo Mateus, 16:27, e Apocalipse de Jesus, segundo João, 22:12).

Aqui termina a transcrição da página, com alguns acréscimos que lhe fiz.

Jung e a questão da Morte

Vamos agora dar a palavra a James R. Lewis*9, quando comenta a posição de Carl Gustav Jung*10

(1875-1961), famoso psicólogo e psiquiatra suíço, o homem do “inconsciente coletivo”, sobre o fenômeno erroneamente chamado de Morte:

— Embora Jung tenha sempre se recusado a afirmar aberta-mente que havia vida após a morte, geralmente insinuava que esse era o caso. Acreditava na sobrevivência espiritual além da morte física, e essa convicção foi reforçada pela sua crença de que a psique, como evidenciam os sonhos, comporta-se como se continuasse a existir. De acordo com Jung, os sonhos de morte estão ligados a um grupo primordial de arquétipos, e, através de sua análise, é possível concluir que haverá uma existência humana após a morte, caracterizada pelo nível de consciência obtido pelo indivíduo enquanto vivo. Assim, a vida terrena é altamente significativa, e o que o ser humano leva após a morte é muito importante, pois o ajuda a obter o limite superior de co-nhecimento e consciência na pós-vida. Jung sustentou que a suposição de que existe uma pós-vida significa muito para a maioria das pessoas e permite que elas vivam mais sensata e tranqüilamente. Mesmo que não haja meio de provar a continuidade da alma após a morte, algumas experiências podem nos inclinar para esse ponto de vista, tais como os mitos, sugestões e alusões figurativas enviados pelo inconsciente através dos sonhos. De acordo com Jung, a morte geralmente surge como uma catástrofe, que é brutal não como um evento físico apenas, mas psíquico também. Mas, se a pessoa acredita na eternidade, a morte pode ser considerada como um evento feliz, um casamento em que a alma reúne sua metade desaparecida com o todo.

Oração versus medo

Com propriedade, escreveu Allan Kardec*11 (1804-1869), em O Céu e o Inferno:

— Para libertar-se do temor da morte é mister poder encará-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter pe-netrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma idéia tão exata quanto possível, o que denota da parte do Espírito encarnado um tal ou qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria.

É inteligente, pois, não temê-la. Ademais, o exercício da oração afasta de nós o medo.

Ninguém pode ficar alheio à Morte

Muitas outras figuras exponenciais da Humanidade, algumas conhecidas descrentes ou agnósticas, tiveram a Morte como tema de suas reflexões:

— A morte natural, a morte que é o resultado do desenvolvi-mento completo da Vida, essa morte não é um mal; a morte que é um mal é a que provém do vício, do crime, da necessidade, da miséria, da ignorância, da barbárie.

Ludwig Feuerbach (1804-1872)Filósofo alemão

— Perecemos, desaparecemos; mas a marcha do tempo continua.

Ernest Renan (1823-1892)Escritor francês, autor do polêmico Jesus.

— A morte de uma pessoa querida, ou outra desgraça das que deixam no coração um sulco profundo, dispõe o espírito a

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Paiva Netto apresenta a mensagem Questão de Vida ou de Morte? aos participantes do Congresso “Discutindo a

Morte e a Vida após Ela”, realizado em 2003.

graves pensamentos e imprime aos sentimentos uma direção religiosa.

Jaime Balmes (1810-1848)Filósofo e sociólogo espanhol

— A morte não é o apagamento da luz; é o ato de dispensar a lâmpada porque o dia já raiou.

Rabindranath Tagore (1861-1941)Escritor e poeta hindu, Prêmio Nobel de

Literatura.

— (...) E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

Salomão (Eclesiastes, 12:7)

— (...) e morrendo é que nascemos para a Vida Eterna.

Francisco de Assis (1181 ou 1182-1226),

na sua famosa prece.(Por sinal, “Il Poverello”, o Pobrezi-

nho, é o patrono da Legião da Boa Vonta-de, LBV.)

— Os que não acreditam em outra vida estão mortos mesmo nesta.

Goethe (1749-1832)Filósofo alemão

— Morrer é recomeçar. Porque é diante das infindáveis mortes que recomeçamos.

Lúcio Cardoso (1913-1968)Escritor e pintor brasileiro

— Ó morte (...), como é universal o teu domínio.

Frei Luís de Granada (1505-1588)

— Esquecer-se dos mortos é esquecer-se de si próprio.

Alphonse Marie Louis de Prat de Lamar-tine (1790-1869), poeta, historiador e esta-

dista francês.

— Morrer é mudar de corpo como os atores mudam de roupa.

Plotino (205-270)Filósofo egípcio neoplatônico

— Os mortos têm um modo de estar presen-tes maior do que quando eram vivos.

Pearl S. Buck (1892-1973) Escritora norte-americana, especialista

em romances sobre a China. Foi a primeira mulher da América a ganhar o Prêmio Nobel de

Literatura.

— Aquele que sabe que seu corpo é semelhante à espu-ma ligeira e não tem maior consistência que um raio de luz chegará a não mais avistar o reino da Morte.

Siddharta Gautama, o Buda.

A beleza da Criação Divina

Após tão apreciáveis reflexões, é forçoso inferir que o grande segredo da Vida é, amando a Vida, saber preparar-se para a Morte, ou Vida Eterna.

Quero pedir-lhes licença para reiterar essa passagem do que há pouco lhes manifestei: amando a Vida..., isto é, sem desejar, pois, de forma alguma, abreviá-la, porquanto a existência humana deve ser reverenciada, pelos imensos benefícios com que enrique-ce a nossa Alma. Afinal, se aqui tratamos do que se convencionou chamar de Morte, é para destacar a Vida, um seu outro nome. Estamos vivendo um tempo de grande Renascimento da natureza humana, sob forte sopro da Espiritualidade Superior.

Tanatologia e perenidade da existência

A simples apresentação dos notáveis anteriormente relacionados demonstra que o assunto não é tão “de-simportante”*12 ou “fatídico”, quanto alguns querem fazer crer, pelos mais variados motivos. Entre eles, a descrença sistemática na perenidade da Vida ou o temor do “desconhecido”. Desconhecido igualmente entre aspas, porque, na verdade, não o é.

Já vigora entre nós o estudo da tanatologia, apoiado por nomes respeitáveis, até mesmo polêmicos, como o da Dra. Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004)*13, o do Dr. Raymond Moody*14, o do Prof. Dr. Jorge Paulete Vanrell*15 , o do Dr. Ian Stevenson*16 e do Padre François Brune*17.

A respeito do injustificável temor às Almas, de que alguns padecem, admoesta o eminente político e médico espírita brasi-leiro Dr. Bezerra de Menezes *18 (1831-1900):

— Não são os espíritos que assustam os homens. São os homens que atemorizam os céus com suas belico-sas armas, impostas por domínios cruéis e insensatez constante.

Ora, a manifestação espiritual em nossa existên-cia revela-se, diariamente, aos olhos mais atentos. Para esses, não há temas tabus. Não se intimidam com as pressões do status quo. Por isso, vivem dispostos a avançar sobre território proibido pelo establishment. Entre eles se encontra a vanguarda da Ciência, campo luminoso do saber humano, que nada teme.

Todavia, àqueles receosos por seu futuro além das conhecidas barreiras somáticas, a serem vencidas, ainda desapercebidos de que neste ciclo natural de “ir e vir” entre Terra e Céu, ou, se assim preferirem, entre dimensões diversas, está o regozijo do aprendizado e da evolução pela Eternidade, destaco estes ilustrativos versos da inesquecível Cecília Meireles (1902-1964), em Cânticos (obra póstuma):

Cântico IV

Tu tens um medo: Acabar./ Não vês que acabas todo dia./ Que morres no amor./ Na tristeza./ Na dúvida./ No de-

sejo./ Que te renovas todo dia./ No amor./ Na tristeza./ Na dúvida./ No desejo./ Que és sempre outro./ Que és sempre o mesmo./ Que morrerás por idades imensas./ Até não teres medo de morrer./ E então serás eterno.

O grande pensador brasileiro e ativista social Alziro Zarur*19 (1914-1979) preconizava:

— Não há morte em nenhum ponto do Universo.

SalomãoFrancisco de Assis

GoetheLúcio Cardoso

Frei Luís de Granada

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Pearl S. Buck

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Na liturgia católica da Ressurreição encontramos esta belíssima passagem do Apóstolo Paulo:

— Morte, onde está a tua vitória? Onde, o teu aguilhão? (Primeira Epístola aos Coríntios, 15:55).

No meu livro Reflexões da Alma incluí esta manifestação do renomado pastor evangélico Billy Graham*20:

— A morte não é o fim, mas o começo de uma nova dimensão de vida — a vida eterna. (...) Pela Sua ressurreição dentre os mortos, Jesus demonstrou — sem qualquer sombra de dúvida — que existe vida após a morte.

Como término de minhas palavras, porquanto não lhes quero tomar em demasia o precioso tempo, esta consideração do ateu-materialista Karl Heinrich Marx*21 (1818-1883):

— Toda vez que o trem da Vida faz uma curva, os pensadores caem pela janela.

Ora, o diálogo sobre o tema “Discutindo a Morte e a Vida após Ela”, parte integrante do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, humildemente surgiu para que ninguém seja lançado fora do comboio do conhecimento livre de fanatismos e de preconceitos. Se não nos confrater-nizarmos no debate de assuntos vitais para o desenvolvimento das gentes, aí, sim, estaremos verdadeiramente mortos, por nos termos tornado inúteis ao progresso espiritual, moral e, em conseqüência, material das criaturas e das nações.

Opinar civilizadamente

Por ser aqui o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica da Legião da Boa Vontade, o ParlaMundi da LBV, todos têm, nas atividades dele, o dever de expressar suas opiniões, mesmo que com o calor natural à defesa das teses, todavia sem espírito de cizânia, portanto civilizadamente — de preferência...

Pobre da sociedade sem a discussão das idéias. Detestam-na, apenas, os que querem o domínio criminoso da mente humana. A História conta-nos o horror que tem sido a sua passagem pela Terra.

Meus agradecimentos a todos — autoridades, palestrantes, povo e mídia — pelo honroso prestígio de sua presença._____________________________________*1 Legião da Boa Vontade (LBV) — Segundo o Prof. Luís Merege, da Fundação Getúlio Vargas, “a LBV é a maior instituição do mapa (do Terceiro Setor)”.*2 Uriah Smith — Nasceu em West Wilton, New Hampshire, Estados Unidos da América. Em sua juventude, dedicou-se ao estudo da Bíblia, mormente as profecias do Apocalipse. Autor de As Profecias do Apocalipse.*3 Albert Einstein — Físico judeu-alemão, um dos maiores gênios científicos de todos os tempos. Em 1900, formou-se na Escola Politécnica de Zurique, Suíça, e adotou nacionalidade desse país. Após seu casamento, em 1902, começou a traba-lhar no Departamento de Patentes de Berna. Três anos depois, formulou a Teoria da Relatividade Restrita e passou a publicar artigos sobre física teórica. Mais tarde, anunciou a Teoria Geral da Relatividade, que apresentou uma nova visão dos fenô-menos gravitacionais. Em 1921, recebeu o Prêmio Nobel de Física.*4 Buda — O maior de todos os Budas, o que fundou o Budismo, foi Siddharta Gautama. Originário de uma família nobre, era mantido pelo pai, o rei Suddhodana. Uma tradição relata que a partir do instante em que teve contato com o sofrimento, andando pelos arredores do palácio, ao se deparar com a doença, a miséria, a ve-lhice, a morte, ou seja, com a vida real, bem distante da existência luxuosa, deixou de lado todos os bens materiais, para se dedicar inteiramente à Vida Espiritual. Partindo do ponto de que viver é sofrer, Buda estabeleceu normas, orientando o sentido da perfeição.*5 Stephen Butler Leacock — Escritor e economista canadense, nascido em Swanmore, Inglaterra. Escreveu vários livros sobre ciências políticas e econômicas assim como as biografias de Mark Twain (1932) e Charles Dickens (1933). Ele é mais conhecido por seus ensaios, paródias e contos nos quais demonstrava uma rica veia humorística e satírica. *6 Maomé — Nas suas múltiplas viagens teve conversas com os persas, judeus e cristãos. Casou-se com uma viúva rica, chamada Kadidja, prima de um cristão. A partir do ano 610 começou a ter visões, avisando-o que estaria destinado a restabe-

lecer o Islã, isto é, a submissão a um só Deus. Era preciso acabar com a adoração de muitos deuses e evitar a corrupção em que o povo vivia. Deu início à sua pregação, reunindo muitos seguidores. Perseguido, foi convidado a fazer da cidade de Yathrib, localizada ao norte de Meca, a sede de seu apostolado. Começou, assim, a migração gradativa dos adeptos da nova religião. O deslocamento terminou em 25 de setembro de 622, data que se tornou o ponto inicial da cronologia maometana. Esse ano ficou conhecido como da Hégira (saída).*7 “Que a Paz e a Bênção estejam sobre ele” — Saudação islâmica ao Profeta Maomé.*8 Tânatos (ou Tanatos) — Deus da mitologia grega que personifica a Morte.*9 James R. Lewis — Norte-americano, autor de Enciclopédia da Vida após a Morte — Crenças, rituais, lendas e fenômenos extraordinários.*10 Carl Gustav Jung — Nasceu no vilarejo de Kesswil, na Suíça. Filho de um pastor, Jung tinha ainda oito tios que também eram pastores. O contato de Jung com a religião influenciou profundamente seu trabalho. É considerado um dos maiores psiquiatras do mundo. Fundador da escola analítica de Psicologia, ele introduziu termos como extroversão, introversão e o inconsciente coletivo. Jung ampliou as visões psicanalíticas de Freud, interpretando distúrbios mentais e emocionais como uma tentativa do indivíduo de buscar a perfeição pessoal e espiritual.*11 Allan Kardec — Educador francês, cujo bicentenário de nascimento é come-morado em 2004, foi discípulo do pedagogo suíço Pestalozzi e codificou o Espiri-tismo. Entre suas obras publicadas destacam-se O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos.*12 Nota do autor — Assunto “desimportante” — Por que alguns pensam assim a respeito de fator tão decisivo na existência humana? Basta lembrar que dizem: “Ah! Um dia vou morrer mesmo! Então, deixa a ‘morte’ para lá”. Trata-se de uma forma de raciocínio que beira a leviandade.*13 Dra. Elisabeth Kübler-Ross — Médica psiquiatra nascida em Zurich, Suíça, e radicada nos Estados Unidos. Dedicou a maior parte de sua vida ao trabalho com pacientes terminais e as famílias deles.*14 Dr. Raymond Moody — Médico psiquiatra norte-americano e professor de Psicologia na West Georgia College. É autor de Vida depois da vida.*15 Prof. Dr. Jorge Paulete Vanrell (MD, DSc (Ph.D.), LLB, JD, BedSc) — Nas-cido em Montevidéu, Uruguai. Médico legista, perito médico forense, é também Professor de Medicina Legal no curso de Direito da Unirp (São José do Rio Preto/SP, Brasil) e Professor de Medicina Legal e de Criminologia da Academia de Polícia Civil de São Paulo.*16 Dr. Ian Stevenson — Respeitadíssimo por seu rigor científico, este psiquiatra canadense, nascido em Montreal, Estado de Quebec, em 31 de outubro de 1918, é reconhecido mundialmente pelos estudos relativos à reencarnação. Catedrático em Neurologia e Psiquiatria na Universidade de Virgínia, EUA, escreveu dezenas de livros, nos quais reuniu sua vasta pesquisa de toda uma vida. Ele já catalogou mais de três mil casos de histórias fantásticas de crianças que relembram vidas anteriores. *17 François Brune — Padre francês, bacharel em Latim, Grego e Filosofia e li-cenciado em Teologia. Nasceu em 18 de agosto de 1931. François evidencia o valor do estudo da vida além-túmulo por meio do rádio, da TV e do computador. Como declara o professor Clóvis Nunes em seu livro Transcomunicação — Comunicações tecnológicas com o Mundo dos Mortos: “Por parte da Igreja Católica, o padre Brune nos falou pessoalmente que o interesse nessas pesquisas se intensificou, desde o apoio do Papa Paulo VI em 1969. Apesar de não ter se pronunciado oficialmente, o Vaticano continuou incentivando essas investigações através de seus membros eclesiásticos”.*18 Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti — Personalidade ímpar na história da monarquia e no início da república no Brasil, foi abolicionista inflamado, além de Presidente da Câmara Municipal da Corte (Rio de Janeiro), uma espécie de prefeito dos dias atuais. Foi também Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB). Por sua devoção aos carentes, era chamado “Médico dos Pobres”.*19 Alziro Zarur — Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, no Natal de Jesus de 1914. Jornalista, radialista, escritor e poeta, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), em 1o de janeiro de 1950, e brilhantemente presidiu-a até a sua passagem para o Plano Espiritual, em 21 de outubro de 1979. Polêmico e carismático, pregador entusiasta do Evangelho e do Apocalipse de Jesus de forma popular e inovadora, o pensador Zarur foi também o grande precursor do Ecumenismo Total no mundo, tese que já sustentava desde a sua adolescência, quando lançou os fundamentos de sua Cruzada de Religiões Irmanadas. Recebeu das mãos do Núncio Apostólico — Dom Sebastião Baggio — a Medalha do Papa Paulo VI por serviços prestados à causa do Ecumenismo.*20 Billy Graham — Nascido em Charlotte, Carolina do Norte, em 1918, é um dos mais conhecidos e respeitados líderes evangélicos dos Estados Unidos da América.*21 Karl Heinrich Marx (1818-1883) — Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier. Estudou na Universidade de Berlim. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses. No mesmo ano, naquela cidade, conheceu Friedrich Engels. Foi o começo de uma forte amizade durante a toda vida. Quando na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua mais famosa obra, O Capital.

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Educação diferenciada

Com emoção li a revista BOA VONTADE nº 194, que traz um editorial histórico e o retrospecto da construção do Templo da Boa Vontade, o Templo dos Espíritos Luminosos, entre tantos assuntos interessantes.

Participei da sua inauguração e, este ano, também com prazer lá estive, por ocasião do seu 15º aniversário e da segunda edição do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, movimento de educação e reedu-cação das massas.

Como educadora, é indispensável estar presente a tão importantes eventos e acompanhar as publicações da Editora Elevação, como subsídio a uma atividade educacional diferenciada, que entende a Espiritualidade como elemento imprescindível a todos, sejam educandos ou educadores.

Wanderly Albieri BaptistaPedagoga — São Paulo/SP

Comovente homenagem

Que bela, comovente e justa homenagem o senhor (Paiva Netto) prestou ao saudoso fundador da LBV e Proclamador da Religião de Deus, Alziro Zarur, na revista comemorativa aos 15 anos do Templo da Boa Vontade (vide revista BOA VONTADE, edição nº 194). O que mais me emocionou foi poder presenciar e compartilhar de seu incansável trabalho pela conti-nuidade dessas obras que tanto bem têm feito à Humanidade. Com certeza, Zarur sente-se homenageado todos os dias diante de sua condução firme e empreendedora à frente das Instituições da Boa Vontade, fazendo surgir no interior das criaturas obras geradoras de transformação, elevando seus corações ao Criador, proporcionando-lhes uma renovação completa, pois mais importante do que a inclusão social é trabalhar pela inclusão espiritual, e isso o senhor faz muito bem.

Maria de Lourdes Custódio MauroAssistente Social com formação em Psicanálise Clínica —

Uberlândia/MG

Fórum Espírito e Ciência

Brilhante a iniciativa de promover o Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV — Discutindo a morte e a Vida após Ela, em sua Segunda Sessão Plenária. Estas iniciativas nos permitem ter uma vi-são abrangente do conhecimento e tomar contato com as diversas linhas de pensamento. Essa Organização busca unir os fragmentos da Cultura Universal, promovendo o intercâmbio entre o conhecimento científico e as várias tradições religiosas.

José Paulo VianaPregador da Religião de Deus

São Paulo/SP

Lições do Apocalipse

Acompanho as lições do Apocalipse, diariamente, e confesso que tenho aprendido muito com as explicações e os esclarecimentos ministrados pelo senhor (Paiva Netto). Quero parabenizá-lo pelo Fórum Mundial Perma-

nente Espírito e Ciência, da LBV. Acompanhei pela internet. Fiquei muito emocionada e feliz.

Suas palavras me trazem conforto e felici-dade. Tenho 78 anos, e freqüentar a Legião da Boa Vontade tem sido a maior felicidade da minha vida. Deus lhe dê muita saúde e proteção para enfrentar os desafios que surgem a todo o momento. Um beijo no seu coração.

Erotildes Braga Santos Aposentada

Salvador/BA

BOA VONTADE em alta

Estou muito feliz com a revista BOA VONTADE. Ela possui matérias interessantíssimas e que alimentam nosso Espírito. Gostaria de pa-rabenizá-los pelo periódico e dizer que, com certeza, estarei no “Congresso Natal de Jesus — o Maior Educador dos Povos” (em 18 de dezembro de 2004, em Maringá/PR).

Camila Neiva de Carvalho(via e-mail)

Rádio Mais — Portugal

Dr. Paiva Netto, votos muito sinceros de tudo de bom, extensivos a todos os seus colaboradores. Continuação dos maiores sucessos!!! Eu vivo em Lisboa e ouço-o na Rádio Mais. Continuo a apreciar a vossa acção humana filantrópica.

Agostinho Ribeiro Lisboa, Portugal

Cartas

J. Pascale dá dicas de leituraReflexões da Alma, de autoria do escritor

Paiva Netto, é um livro de crescimento pessoal, que desperta os valores éticos, morais e espi-rituais dos que o lêem, fazendo com que cada um busque a verdade no seu eu interior.

O jornalista J. Pascale, em recente conversa com representantes da Legião da Boa Vontade, LBV, revelou que “a obra contribui muito

para superar os desafios diários”. Para ele, “os ensinamentos de Paiva Netto vêm elucidar tudo aquilo que, às vezes, parece não ter resposta”.

Outra publicação que também está conquistando o público é a revista BOA VONTADE. Sobre o periódico, Pascale opinou: “tecnicamente está muito bom e o con-teúdo está acessível aos leitores pelo tamanho da letra e

pelos destaques”.

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Jornalista J. Pascale

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EditorialCartas

Atualidades

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Especial 14Reportagem 26

Notícias de Brasília31Ponto de vista32

4 Editorial

26 Senado Federal

40 Brasil mais solidário

11 Cecília Mei-reles na ABL

32 Sete Faces da Paz

Expediente

Índice

14 Espírito e Ciência

Diretor responsável: Francisco de Assis Periotto — MTE/DRTE/RJ 19.916 JPEditor: Gerdeilson BotelhoSubeditora: Débora VerdanRevisão: Adriane Schirmer e Neuza AlvesProjeto gráfico: João Periotto Capa: João Periotto e Alziro Braga Fotos da Capa: ilustração — PhotoDisc e foto de Edward Krizhanovsky — Daniel Trevisan. Supervisão de produção: Daniel Rocha Impressão: Gráfica PROLBOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom RetiroCEP 01134-000 — São Paulo/SP — Tel.: (11) 3358-6868Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com / E-mail: [email protected] revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.

O escritor Paiva Netto apresenta artigo

“Questão de Vida ou de Morte?”.

Desembargador Cármine Savino palestra na Academia Brasileira de Letras para saudar a renoma-da escritora brasileira.

Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, reúne

cientistas e religiosos para discutir o que há depois da morte.

Em sessão solene, Senado Federal homenageia o trabalho da Legião da Boa Vontade e o Templo da Paz.

Povo e classe artística apóiam tradicional Campanha de Natal da LBV.

Peregrinos superlotam Nave do TBV nas comemorações dos

15 anos do monumento idealiza-do e construído por Paiva Netto.

Não perca no próximo número da revista BOA VONTADE, o en-carte com o terceiro volume do fascículo “O Carisma do Líder da Boa Vontade”, que faz parte do informativo ÍMPAR. Nele, o amigo leitor poderá conhecer um pouco da trajetória de Paiva Netto, desde a sua infância até os dias atuais.

Encarte Especial

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Ao leitorO resultado das mais avançadas pesquisas

científicas sobre o fenômeno morte aliado às opiniões de várias tradições religiosas — mui-tas delas milenares — chamaram a atenção de diversas pessoas para as palestras do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV (FMPEC), criado por Paiva Netto. Durante sua realização, no ParlaMundi da LBV, a repre-sentante da ONU no evento, Diane Williams, deu uma excelente notícia: o FMPEC terá um subcomitê sobre o assunto nas Nações Unidas.

A repercussão deste e de outros fatos viraram manchetes em grandes meios de comunicação do Brasil e do Exterior, e também aqui na revis-ta BOA VONTADE, para a qual nossa equipe preparou um resumo com os principais aconte-cimentos deste Fórum.

Nesta edição, o leitor poderá acompanhar os detalhes da homenagem concedida pelo Senado Federal à Legião da Boa Vontade e ao Templo da Paz, que completou o 15º aniversário, em 21 de outubro. Entre as festividades para celebrar a data, destaque para o Encontro das Duas Hu-manidades, que reuniu milhares de peregrinos na Nave do TBV.

Os editores

Acontece 40

A Legião da Boa Vontade fir-mou, em 9 de ou-tubro deste ano, convênio com a Associação Brasi-leira de Imprensa (ABI), para pres-tar, sem quaisquer ônus para a As-sociação, atendi-

mento odontológico aos jornalistas aposentados, de renda modesta. Os associados serão encaminhados ao

Centro Odontoló-gico da LBV em Del Castilho/RJ. Segundo o jorna-lista Domingos Meirelles, Dire-tor de Assistência Social da ABI, as guias serão expe-didas pela própria Associação. Ou-tras informações podem ser obtidas pelos telefones da ABI: (21) 2282-1292 e 2240-8769.

(por Mário Augusto Brandão)

LBV e ABI formam parceria na área odontológica

O escritor, crítico literário e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) Antonio Carlos Secchin lançou na capital fluminense, em 28 de outubro, o livro Mário Pederneiras — Poesias reunidas, que faz parte da Coleção Austregésilo de Athayde, uma iniciativa da ABL, onde ocorreu o evento.

O trabalho retrata a vida e a obra do escri-tor e poeta Mário Pederneiras (1867-1915): ex-aluno do Colégio Pedro II (Escola padrão do Rio de Janeiro), que, com os amigos Gonzaga Duque e Lima Campos, fundou e dirigiu vários periódicos e também atuou como redator das revistas Rio — Revista, Galáxia, Mercúrio, a célebre Fon-Fon e o jornal Gazeta de Notícias.

Na ocasião, o organizador do título ficou muito feliz em receber os representantes da LBV e afirmou que acompanha sempre as edi-ções da revista BOA VONTADE. No exemplar do livro encaminha-do ao Diretor-Presidente da Instituição, o acadêmico fez a seguinte dedicatória: “Para José de Paiva Netto, que também gosta de poetas e de poesia, com o abraço de Antonio Carlos Secchin”.

Nesse mesmo dia, a Casa de Machado de Assis colocou à disposição de todos a quarta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa — 2004, feita pela sua comissão de Lexi-cografia — composta pelos acadêmicos Eduardo Portella, Sérgio Corrêa da Costa e Evanildo Bechara — e também por um grupo de especialistas. O vocabulário, composto por 344.440 verbetes

usados no Português culto contemporâneo do Brasil, é destinado aos que usam a língua como bem comum. [S.B.]

Poesias reunidas

Exportando talento

Antonio Carlos Secchin

Paiva Netto, Diretor-Presidente da LBV.

Maurício Azedo, Presidente da ABI.

Quadro de Paiva Netto, pintado pelo artis-ta plástico Celito Medeiros.

A obra do artista plástico brasileiro Celito Medeiros, exemplo de talento na arte contempo-rânea do País, é pródiga no colorido, na presença da Natureza e tem traços bem-definidos.

O catarinense de Meleiro é conhecido aqui e no Exterior por suas exposições e prêmios. É membro da Federação Internacional dos Artistas Plásticos, de Barcelona, e da National Geographic Society. Celito já expôs obras em famosas mostras do Brasil e do mundo, como a

Feira de Nova York (EUA); Exposição de Munique (Alemanha); e Exposição Inter de Zurique (Suíça).

Entre as muitas honrarias concedidas a ele destacam-se o Prê-mio Universo das Artes (2002), o Prêmio Saint Germain (2002) e Revelações Brasileiras — Se-leções de Talentos Nacionais (2003).

Em sua página na internet (www.celitomedeiros.com.br), expõe as principais telas produzidas. Na galeria, consta o retrato que ele fez em home-nagem ao Diretor-Presidente da LBV. Essa obra está exposta atualmente na Fundação José de Paiva Netto, em São Paulo/SP.

[R.O.]

Celito Medeiros

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Artista brasileiro é premiado nas principais exposições mundiais

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A dupla sertaneja Hugo e Tiago, que participou do quadro Vídeogame, apresentado por Angélica, e exibido no programa Vídeo Show, da Rede Globo de Televisão, entre os dias 8 e 12 de novembro, fez doação de cestas de Natal à LBV e à Santa Casa de Mise-ricórdia na cidade de Fartura/SP.

Durante toda a semana, os can-tores participaram das competições do programa e, da maneira que as venceram, acumularam mais pontos que os outros competidores. Com isso, a dupla teve o direito de indicar uma Entidade para receber as doações do programa de televisão. “Eu quero doar as cestas para a LBV, lá em Goiânia. É uma Instituição maravilhosa que ajuda bastante gente, eu sempre quis ajudá-la e agora tenho a oportunidade”, afirmou Hugo, sensibilizado. Após, Angélica incentivou os telespectadores

a ajudarem a LBV.Cabe, aqui, agradecer a iniciativa dos músicos em

ajudar a Organização e, também, parabenizar Angélica e Luciano Huck, pela feliz união matrimonial, desejando

ao casal muita Paz e Felicidade.

LBV é uma das escolhidas no programa Vídeo Show, da Rede Globo.

Tiago (E), Hugo e Angélica.

(por Elias Paulo Morais)

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Considerada uma das mais destacadas representantes da escola modernista do Brasil, a escritora, poeta e educadora Cecília Meireles nasceu na Tijuca, Rio de

Janeiro, em 7 de novembro de 1901, mesma cidade em que morreu, a 9 de novembro de 1964. Ainda menina, Cecília perdeu os pais, sendo criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Isso fez com que, desde tenra idade, buscasse nos livros a sua companhia, despertando-lhe o contato com as letras e a poesia.

A temática de seus poemas traduzia as perdas, o silêncio, a solidão, enfim emoções por ela vividas. Mas, apesar de todo esse cenário de sombras, Cecília Meireles fazia fluir em seus versos a existência de Deus, a eternidade da Vida e a religiosidade para superar seus problemas.

Com o objetivo de resgatar esse grande legado cultural que representou a poeta, a Rede Boa Von-tade de Rádio (940 kHz, 100 Kw) promoveu, no dia 10 de novembro, a Conferência “Homenagem de Nascimento e Morte de Cecília Meireles”, no Auditório José de Alencar, na Academia Brasileira de Letras (ABL), tendo como pa-lestrante o Desembargador Cármine Antônio Savino Filho, Titular da 6a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do RJ, e como mestre-de-cerimônias, o Dr. Pedro Paulo Torres, representando o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O conferencista, apaixonado pela obra de Cecília, é mestre em Direito Público e autor de 41 livros, nos quais aborda vários temas como: Literatura, Educação e Direito. Seu trabalho mais recente é Cidade Noturna, uma coletânea de poesias. Foi condecorado com 12 prêmios nacionais de poesia, tendo sido selecionado para receber o prêmio Olavo Bilac, da ABL, com o título Tempo (de poesias).

Atualmente o Desembargador, além de atuar no Judiciário, é também docente de cursos de Pós-Graduação em diversos Esta-dos brasileiros e professor de graduação de Direito Processual Civil e Direito Processual Penal.

Publicou vários artigos no Jornal do Commercio e Jornal do Brasil e, recentemente, lançou o título Direito — Processo Civil Resumido.

O auditório José de Alencar ficou pequeno para ouvir a Conferência. O Dr. Cármine, com maestria, convidou a platéia a entrar no mundo da poeta em que a própria, por intermédio de uma gravação,

declamou seu poema Apresentação, que, segundo os críticos literários, retrata a au-tobiografia dela.

Após, o Desembargador dirigiu-se ao salão da ABL onde foi saudado por amigos, tais como juízes, comendadores, advogados, professores, políticos, jornalistas e familiares.

Entre os convidados estavam presentes: Eliel Brum, Gerente Regional da LBV no RJ, represen-tando o Diretor-Presidente, José de Paiva Netto; Waldeth Brasiel (Deputada Estadual do Rio); Desembargador Mello Porto do TRT (Tribunal Regional do Trabalho); Pablo Valentin — Dele-gado da 105a DP de Petrópolis; Hélio de Almeida Fernandes — jornalista e sua esposa, Maria do Carmo Fernandes; Comendador Humberto Reis Fiorelli (jornalista, radialista e apresentador do Programa Encontro com Fiorelli — canal 3, filial da TVE em Três Rios); Nilma Lúcia Assumpção

(professora e pianista, prima do Desembargador); Luís Paulo Viveiros de Castro, advogado do PT; An-tonieta Santos e Irene Cristina Gurgel (jornalistas e membros do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa — ABI), Guilherme Savino Filho (advogado e filho do Desembargador) e sua esposa, Cristina Savino.

O evento teve a cobertura completa também da Rede Boa Vontade de Rádio.

(por Simone Barreto)

Eu canto porque o instante existee a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste: Sou poeta.(Cecília Meireles — Poema Motivo)

na ABL

Público superlota o Auditório José de Alencar, na ABL, para acompanhar a palestra do Desembargador Cármine, que homenageou a saudosa escritora brasileira Cecília Meireles.

Da esquerda para a direita: Cristina Savino, Dr. Guilherme Savino Filho, ao lado do

pai, Desembargador Cármine, Dr. Pablo Valentin, Dr. Luís Paulo Viveiros de Castro.

O jornalista Paulo Parisi (E) e os Desembargadores Cármine e Mello Porto

Desembargador Cármine, à esquerda, o jornalista Hélio de Almeida e sua esposa,

Maria do Carmo.

Da esquerda para a direita: Pedro Paulo Tor-res, a Deputada Estadual Waldeth Brasiel, o

Desembargador Cármine e Eliel Brum, re-presentante do dirigente da LBV, na ocasião.

Cecília Meireles

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Fotos: Salomão Sant’Ana

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Sorrisos e olhares radiantes denun-ciavam a alegria d o s a l u n o s d o

Centro Educacional, Cultu-ral e Comunitário da LBV (Av. Dom Hélder Câmara, 3.059, Del Castilho), no Rio de Janeiro/RJ, após terem cabelos “transfor-mados” pelo cabeleireiro Edson Freitas e sua equipe. O grupo esteve na escola, em 26 de outubro, e, além de l i teralmente fazer a

cabeça da garotada, pôde conhecer a estrutura de funcionamento do Órgão, suas salas de aula e, principalmente, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico que é aplicada, com sucesso, em todos os estabelecimentos de ensino da Instituição.

Aproveitaram a visita também para interagir com os pequeninos, por meio de conversas informais, nas quais o cabeleireiro falou sobre a carreira e a importância de as pessoas terem em mente os ensinamen-tos do Cristo. Ele e seus auxiliares participaram ainda de uma roda de capoeira com os estudantes.

Todos saíram do ambiente da LBV muito satisfeitos e impressio-nados por conhecerem um trabalho tão digno e que serve de exemplo para muitas organizações que lidam com crianças e adultos em situação de risco social, conforme enfatizaram.

A equipe de Edson Freitas já havia tido contato com a Instituição, quando no Dia do Professor, 15 de outubro, em seu salão na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), todos os profissionais de Educa-ção desse órgão da LBV ganharam cortes de cabelo e penteados, como reconhecimento ao importante serviço que desempenham na formação dos futuros cidadãos.

Edson ainda garantiu seu apoio à Campanha da Legião da Boa Vontade Natal de Jesus: o Pão Nosso de cada dia!, por meio do pro-jeto Estilo Solidário, que realiza há algum tempo, no qual faz cortes de cabelo na praia em troca de alimentos não-perecíveis. Neste ano, o que for arrecadado será encaminhado à LBV. [S.B.]

Beleza e Solidariedade com Edson Freitas

O famoso cabeleireiro Edson Freitas em visita à LBV

Ao l o n g o dos anos, a C o m -p a n h i a

Energética do Cea-rá (Coelce) vem se consolidando como uma das empresas que mais investem na cultura e no de-senvolvimento social

do Estado. A Coelce aplica recursos pró-

prios em projetos socio-culturais, por meio da Lei

Jereissati e do Fundo Estadual da Cultura. Entre os principais

empreendimentos patrocinados em 2004 destacam-se o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga, o XIV Cine Ceará, as comemorações dos 94 anos do Teatro José de Alencar, a Casa do Conto, o Festival Cearense de Quadrilhas e o lançamento do livro O Olhar de Cada Um, sobre as unidades de conservação da capital.

Com essa postura, a empresa mantém-se fiel ao Programa de Incentivo à Cultura, que desenvolve desde 1998, priorizando o apoio a projetos voltados ao bem-estar, proporcionando o fortalecimento dos direitos de cidadania a crianças e adolescentes de comunidades menos favorecidas de todo o Estado. São iniciativas nas mais dife-rentes áreas de atuação — teatro, dança, música, cinema, artesanato, esportes, festas tradicionais e fotografia, entre outras —, pelas quais a

empresa propi-cia maior qua-lidade de vida e desenvolvi-mento a toda a sociedade.

As parce-rias no seg-mento social também vêm sendo um pon-to marcante na gestão de res-ponsabilidade social da Coelce. Várias entidades, dentre elas a Legião da Boa Vontade (LBV), que mantém na capital cearense seu Centro Comunitário e Educacional, e que desenvolve inúmeros programas e projetos so-cioeducativos destinados à infância, juventude, adultos e idosos em situação de risco social, são contempladas pela Companhia, por meio de sua estrutura para arrecadação de recursos via conta de energia elé-trica. Por esse método, os consumidores contribuem espontaneamente, possibilitando o repasse às instituições favorecidas.

A Companhia realiza ainda projetos próprios, a exemplo do Coelce nas Escolas, que leva a estudantes de estabelecimentos de ensino públi-cos e particulares de Fortaleza e da região metropolitana dicas sobre o uso correto da energia elétrica e lições sobre prevenção de acidentes e preservação do meio ambiente. Outra importante iniciativa é o Coelce nos Bairros, que proporciona melhorias a comunidades carentes, com reuniões educativas e atendimento realizado por unidades móveis na periferia da Grande Fortaleza.

Coelce investe no desenvolvimentosociocultural do Ceará

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(por Márcia Figueiredo)

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Encarar o falecimento do corpo não como o fim da vida, mas, sim, como uma mudança de plano. Essa é uma das grandes contribuições aos povos que a Legião da Boa Vontade tem dado ao longo de mais de meio século

de existência. Conforme diz o dirigente da LBV, naturalmente existe a saudade daqueles que nos antecederam no caminho da grande Pátria Espiritual. Então, compreende-se essa falta do ente querido, contudo não convém alimentar a tristeza, “porque isso perturba o Espírito da pes-soa amada. Eles estão mais vivos do que nunca. Nada morre (...)”, afirma Paiva Netto.

É ainda do Líder da Boa Vontade esta máxi-ma: “Deus não é morte. É Vida. E Vida Eterna. O próprio Jesus revelou aos Seus discípulos que o Pai Celestial universalmente governa Seres Imortais”.

Para levar essa missiva a um número cada vez maior de pessoas, a LBV mobiliza voluntários de todo o mundo. O Templo da Paz, por se tratar de um lugar ímpar para fazer essa ligação com estes dois planos, o da matéria e do Espírito, sempre atrai inúmeros peregrinos ao monumento. No dia dois de novembro, o correspondente Pedro Varella, de uma das maiores agências de notícias, a espanhola Tele-Mundo, ao perceber a movimentação no TBV, voltou ao hotel para buscar o equipamento e registrar o fato.

Impressionado por essa fé que move esses visitantes, ele conheceu os ambientes do Tem-plo da Paz e gravou imagens do local para sua

reportagem. No Rio de Janei-

ro/RJ, a Legião da Boa Vontade realizou panfletagem no cemitério São João Batista, localizado em Botafogo, zona sul da cidade. O gari Carlos Alberto Siqueira Guimarães, recebeu a publicação, e, diante do microfone da Rede Boa Vontade de Rádio, manifestou-se emocionado: “É da LBV? Que alegria encontrar vocês aqui!”.

Durante o bate-papo, relatou a época de quando era criança e que foi abandonado pela mãe aos 3 meses de idade. Recordou que a Legião da Boa Vontade foi quem o socorreu até os 6 anos. Hoje, Carlos Alberto fala com alegria porque venceu esses obstáculos. “A LBV foi a parte do meu berçário. Porque foi ali que me prepararam culturalmente para viver a vida lá fora, o mais forte da criança, a hora que a criança mais precisa, da alimentação, da mamadeira, do carinho. Ali eu consegui muita coisa”, diz.

Em homenagem aos que já partiram, cabe, aqui, relembrar o Poe-ma do Imortalista, memorável página do poeta brasileiro e fundador da LBV, Alziro Zarur:

Dois de novembro é um dia, na verdade,Rico em lições para quem sabe ver:A maior ilusão é a realidade,Já ensinava o excelente Paul Gibier.

Os vivos (pseudovivos) levam floresE lágrimas aos mortos (pseudomortos);E os mortos se comovem ante as doresDos vivos a trilhar caminhos tortos.

Legítimos defuntos, na ignorânciaDesses espirituais, magnos assuntos,Parece que inda estão em plena infância,E vão homenagear falsos defuntos.

Não é preciso ser muito sagazPara sentir que a vida tem seus portos:Um dia, o Cristo disse a um bom rapaz“Que os mortos enterrassem os seus mortos”.

Amigos, por favor, não suponhaisQue a morte seja o fim de nossa vida;A vida continua, não jungidaAos círculos das rotas celestiais.

Os mortos não estão aí, cativosNos túmulos que tendes ante vós:Os finados, agora, são os vivos;Finados, mais ou menos, somos nós.

Carlos Alberto, do Rio de Janeiro/RJ (gari).

Poema do Imortalista

Alziro Zarur (1914-1979), fundador da LBV.

Na primeira foto, o Conjunto Ecumênico

da LBV, formado pelo Parlamento Mundial da

Fraternidade Ecumênica (ParlaMundi da LBV),

à esquerda; pela sede administrativa, ao

centro; e pelo Templo da Boa Vontade, à direita,

monumento mais visitado de Brasília/DF, Brasil.

Na foto menor, retrato do estacionamento

no feriado do Dia de Finados, data em que

milhares de pessoas vão ao TBV orar pelos entes

queridos que estão na Pátria Espiritual.

Dois de Novembro

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“A LBV foi a parte do meu berçário. Porque foi ali que me prepararam

culturalmente para viver a vida lá fora, o mais forte da criança, a hora que a criança mais precisa, da alimentação,

da mamadeira, do carinho. Ali eu consegui muita coisa”.

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“Tônus da Eternidade

O que há depois da morte, segundo cientistas, religiosos, pesquisadores e filósofos.

“O que a Religião intui, a Ciência comprovará em laboratório. Ciência sem Religião pode tornar-se secura de Alma. Religião sem Ciência pode

descambar para o fanatismo. Por isso, no dia ideal que todos desejamos ver surgir no horizonte da história, a Ciência (Cérebro, Mente), iluminada

pelo Amor (Religião, Coração Fraterno), elevará o Ser Humano à conquista da Verdade.

Paiva Netto

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EternidadePor quatro dias, quem foi

a Brasília/DF teve a oportunidade única de conhecer mais sobre um

tema que aguça a curiosidade, pelo menos em algum momento da existência, de todas as pessoas: “Discutindo a Morte e a Vida após Ela”.

O assunto, que ocupa o Homem desde a mais longínqua Antiguidade, ganhou no Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV (FMPEC) — realizado no ParlaMundi da Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF — um papel diferenciado e amplo, por ser apresentado, pioneiramente, contemplando ateus, religiosos e agnósticos.

Não importa a maneira de pensar, a pessoa que participou dos debates promovidos pelo Fórum, tanto na Primeira Plenária (entre 18 e 21 de outubro de 2000) quanto na Segunda Sessão, ocorrida de 20 a 23 de outubro deste ano, da qual esta reportagem irá tratar, pôde vislumbrar o surgimento de um

novo modelo, um renascimento do saber, em que Fé e Razão orientam o desenvolvimento de pesquisas na busca de respostas às perguntas que afligem ao Ser Humano acerca da continuidade de sua existência e a presença de algo superior às três dimensões conhecidas.

Na noite de abertura do encontro, um dos momentos

mais especiais aconteceu com a leitura da mensagem de Paiva

Netto, intitulada: “Questão de Vida ou de Morte?” (vide página 4), que faz parte dos originais do livro Os Mortos não

morrem, da Editora Elevação, e foi apresentada na ocasião por seu filho, o advogado Pedro Paulote de Paiva. Nela, o instituidor do Fórum explica por que lançou a proposta de abertura desta tribuna fraterna e produtiva. Ao fim do texto, os participantes do evento aplaudiram de pé, num gesto de agradecimento pelo importante conteúdo da página.

(por Leila Marco)

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No FMPEC, 32 renomados conferencistas do Brasil e do Exterior promoveram o intercâmbio entre o conhecimento científico e as várias tradições religio-

sas, apresentaram seus pontos de vista e pesquisas, conquistando o público presente e os milhares de ouvintes e telespectadores da Rede Boa Vontade de Comunicação (composta pela Rede Mundial de TV e a Rede Boa Vontade de Rádio) e internautas, que acompanhavam a transmissão on-line, em tempo real, das palestras.

Diane Williams (EUA), Presidente do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas, uma das palestrantes do encontro, ficou impressionada com o resultado dos debates ali arrolados, afirmando que o movimento promovido pela LBV receberá na ONU um subco-mitê para que esses diálogos e atividades também sejam desenvolvidos na Sede das Nações Unidas, em Nova York.

Durante seu pronunciamento a respeito da trans-formação nas Relações Humanas e Sociais perante

Fórum da LBV terá subcomitê nas Nações Unidas

Diane Williams (EUA), representante das Nações Unidas.

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Dr. Pedro de Paiva faz a leitura do artigo “Questão de Vida ou de Morte?”, de seu pai, o jornalista José de Paiva Netto, durante a sessão solene de aber-tura do FMPEC. Um dos momentos mais especiais da noite.

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esse novo paradigma, narrou uma situação vivida por ela: “Certa vez, fui acordada por uma energia e escutei uma voz, dizendo: ‘Apenas o Amor importa’. Senti essa energia indo embora. Depois, o meu pai ligou e disse que minha avó havia morrido, no mesmo horário em que ouvi a voz”. Deste momento em diante, procurou conhecer também os sentimentos de pessoas que saíram do corpo, após sofrer a Experiência de Quase Morte (EQM), viu, então, que esse desligamento trouxe aos indivíduos uma sensação extrema de Paz e um maior senso solidário, querendo explorar mais a Espiritualidade.

Nesse particular, relembrou a visita que fez a dois Centros Educacionais da Legião da Boa Vontade, nos quais sentiu a grande força da Instituição em comuni-car um sentimento maior: “A LBV realmente coloca

seu Amor em ação. Eu fui ao Rio e a São Paulo. E, no Rio, minha amiga e eu fomos recebidas por um grupo de crianças que nos mostrou esse Amor incondicional. A LBV realmente cumpre a missão de unir coração e cérebro, para que as crianças possam desempenhar o mais alto potencial. E isso facilitará para elas encontrar o seu verdadeiro propósito: viver o Amor e o respeito uns com os outros”.

Ainda sobre o que testemunhou nesses lugares, afirmou: “Nós percebemos que as crianças estavam estudando, brincando e tratando umas das outras com respeito e também com felicidade. Para mim, esse é o maior presente que a Legião da Boa Vontade dá ao mundo: ser capaz de estabelecer esses valores espirituais nos pequenos”.

O Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da Legião da Boa Vontade, realizado no ParlaMundi da LBV (foto), trouxe à discussão a continuidade da vida após o fenômeno da morte, sob a ótica da razão e da fé.

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Por meio de um programa de computador, que avalia imagens de cada dedo aos pontos meridianos do corpo, o físico russo Krizhanovsky auferiu o campo energético da representante da ONU, Diane Williams.

A palestra de Edward Krizhanovsky, Ph.D. em física e che-fe do laboratório de pesquisa da Kirlionics Technology International, uma das mais aguardadas, fundamentou-se em estudos que tem feito sobre a energia humana, com

base no fenômeno da consciência que se manifesta em diferentes níveis de existência e funcionamento do corpo. Por meio de um modelo físico-matemático: a técnica de DGV (Descarga Gasosa com Visualização — Gas Discharge Visualization/GDV), pou-co conhecida no Brasil, se pode qualificar, quantificar e medir cientificamente os campos energéticos humanos, permitindo sua análise e documentação.

Segundo o pesquisador, “trata-se de um campo elétrico de alta freqüência criado em torno de um objeto, como, por exemplo, um dedo. Essa descarga pode ser capturada e analisada, usando um programa de computador apropriado, envolvendo a apreciação das imagens de cada dedo aos pontos meridianos do corpo”.

O físico pediu a colaboração dos participantes do FMPEC para exemplificar a teoria por ele apresentada. A mesma experiência foi repetida, com sucesso, com mais seis voluntários que foram ao Templo da Boa Vontade (monumento ao lado do ParlaMundi da LBV) e beberam, no local, da Água Fluidificada (Leia matéria na página 39).

Expôs gráficos comparativos nos quais se pôde ver que as amostras após a morte estão conectadas com o que se fez antes desse fenômeno. Segundo ele, isso é possível porque três dias após o falecimento há ainda uma energia externa no cadáver, que desaparece ao fim do quinto dia. Nesse trabalho, Edward mostra, por exemplo, como é irregular o campo energético de um suicida em relação a quem morre por causas normais, o que, para ele, poderia ser resultado do arrependimento, da vontade de retornar ao vaso físico. E concluiu: “A energia não se torna zero, ela se transforma após a morte; a vida existe, mas em um outro nível de consciência”.

Provas em laboratório

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Na palestra do físico russo Edward Krizhanovsky, foi apre-sentada a técnica de DGV, com a qual se pode qualificar, quantificar e medir os campos energéticos humanos.

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Também na área da Ciência, o professor Ademar Eugênio de Mello, Bacharel em Matemá-tica Aplicada e especialista em Física Quântica, trouxe para

o debate o tema “O delineamento de um modelo hipotético da Alma humana”.

Ele desenvolveu a palestra, tendo a ciência exata como linha de condução de suas pa-lavras. “A Matemática é como a música, por ela podemos atingir níveis elevados de per-cepção, mas dela geralmente fugimos, como de um dentista”, brincou.

Teceu um breve histórico de várias ciências que, de alguma maneira, contribuem para esse trabalho, começando pela Psicolo-gia, na qual já se estuda a hipótese de o Homem ter uma grande parte da consciência delineada, da qual emanam os níveis superiores do conhecimento e das manifestações mediúnicas.

Depois, fez uma analogia ao ato de fé, de se acender uma vela em favor de uma alma, dizendo que, de certa forma, a sua luz é refletida em um plano etéreo, pois pode se expressar em um outro campo eletromagnético, que explicaria o fundamento espiritual da luz para além do aspecto místico.

Ao longo da explicação, foi demonstrando por meio de diversos cálculos matemáticos e desenhos a relatividade da matéria, como em um dos slides em que apareciam elétrons de uma célula de carbono, que se atraem e se

movimentam numa velocidade tão gigantesca que aos olhos humanos formam uma massa compacta.

Para o professor, outra pesquisa de ex-celência nesse campo é a das “Funções

da Onda”, modelos matemáticos que fornecem cálculos científicos no

âmbito da vida Física e Espiritual. E isto, segundo ele, significa uma grande mudança de mentalidade, na qual se passa a observar as coisas antigas com outros olhos. “Podem levar 100, 150 anos, mas estamos no caminho. Pre-cisamos ter essa visão de futuro (...). Estamos todos interligados. É o fenômeno da não-realidade. Homens, estrelas, Natureza...

todos interligados no milagre da vida”.

Finalizou a palestra manifes-tando a importância de se levar

essas idéias às novas gerações. “Os jovens têm uma carência de horizontes,

uma sensação de que tudo está feito, está descoberto. Temos imensas quantidades de coisas para

serem conhecidas. A minha geração só está dando um empurrãozinho. Só está dando esse começo, esse starter. E não existe um lugar melhor para se fazer um trabalho desse, de integração entre Ciência e Espiritualidade, do que a LBV. Ela é aberta a todas as correntes do pensa-mento. Não importa de onde venham. E se pudermos ter um local como a LBV, em que se realizam eventos desse tipo, o Brasil e a juventude, principalmente, a juventude — graças à direção do Paiva Netto —, serão beneficiados. Isso aqui é um tesouro!”, concluiu.

A Física Quântica e a sobrevivência do Espírito

Entremeando a apresentação de alguns cientistas, houve a confe-rência do Xamã Mário “El Puma” (Peru), guia espiritual da conheci-

da peregrinação a Machu Pichu. Ele iniciou sua fala agradecendo a “José de Paiva Netto e a todos os que acompanham a Legião da Boa Vontade por realizar o Fórum”.

Saudou os participantes do encontro à moda do antigo império dos Filhos do Sol; palavras carregadas de misticismo, Paz e harmonia.

Iniciado nas plantas sagradas de poder, o Xamã discorreu sobre o alto conhecimento do

povo Inca, principalmente no que concerne aos segredos de cura das raízes e da observân-cia dos animais, de seus instintos de sobrevi-vência. Ele falou do intercâmbio de Terra e Céu. Pois, para a tradição Inca, quando uma pessoa se encontra próxima da morte, surgem animais para anunciar esse fenômeno, como a coruja que canta alguns dias antes do fato. Outro dado interessante fornecido pelo guia espiritual é que os mortos, em sua tradição, são embalsamados em posição fetal, pois não há o fim da matéria e do Espírito, o corpo volta à Mãe Terra e a Alma sobe ao Plano Superior, aguardando um futuro retorno.

O poder da cura na Natureza

O Xamã Mário “El Puma” invoca os poderes da Natureza.

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Para o renomado professor Ademar Eugênio de Mello, a Matemática pode ajudar a delinear um modelo da Alma.

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A sigla TCI, Transcomunicação Instrumental, teve seu termo cunha-do, na década de 1980, pelo professor alemão Ernest Senkowski. “Transcomunicação” foi criada buscando unir dois vocábulos: “comunicação” e “transcendente”, ou seja, um intercâmbio que

vá além do mundo físico em que vivemos. A palavra “instrumental” para demonstrar o meio pelo qual é obtida: aparelhos, instrumentos (normalmente eletroeletrônicos).

Ernest, que é consultor da Nasa para assuntos de Física Nuclear e Satélites, integrou os trabalhos do FMPEC por meio de vi-deoconferência. Ele expli-cou que essas experiências se dão a partir do início do século XX: “Em 1920 houve médiuns que afir-maram que as mensagens do Além não são apenas transcritas, mas existiriam aparelhos eletrônicos que trariam esses relatos”.

“Gravei mais de 25 mil vozes do Além, e estou convencido de que eles, os Espíritos, estão ao nosso lado”, afirmou. Ernest Senkowski também destacou: “Existe Vida após a morte; há possibilidades de transcomunicação; não devemos ter medo da morte, pois lá (no Plano Espiritual) eles vivem mais felizes do que nós. (...) O mundo das formas e o espiritual, na realidade, são um só!”.

Gravações de Espíritos — Paolo Presi (Itália) — en-genheiro da Aeronáutica, especialista em estudos da

Psicofonia/Metafonia — há muito acompanha de perto o trabalho que vem sendo desenvol-

vido por Marcello Bacci, desde a década de 1970, na pequena cidade de Grosseto, na Itália Central, utilizando vários métodos e aparelhos.

Na palestra durante o Fórum, Presi comentou que a Ciência evoluiu muito nos últimos anos e, com isso, as vozes do Além, vindas pelo rádio, melhoraram bastante. Além disso, explicou que as manifestações pelos meios eletrônicos são bem diferentes das ocorridas pela mediuni-dade dos Seres Humanos. Elas obedecem a

orientações técnicas, científicas.A maior parte das pessoas que procura

Marcello Bacci no Laboratório de Pesquisas de Transcomunicação em Grosseto quer receber

notícias de entes familiares, principalmente mães que buscam comunicação com os filhos que já morreram: “Mãe, aqui é Maximi-liano. Estou bem. Não é maravilhoso?”, afirmou um deles, para a surpresa de Ilda, que foi até Bacci, mas não se identificou ou forneceu detalhes sobre sua vida. “Cheguei cheia de dúvidas, agora sei que é verdade.” Depoimentos como este reforçam a autenticidade desses fenômenos.

Sobre o Fórum, Paolo destacou: “As pessoas saem daqui com uma riqueza espiritual que muitos buscam e não têm”.

Uma diplomata a serviço do “Além”

Os caminhos que despertam para a pes-quisa nessa área são diversos. No caso da diplomata portuguesa Anabela Cardoso, que também é doutora em serviço público (honoris causa) e especialista em Filolo-gia Germânica, foram a Solidariedade e a compaixão que a levaram a estudar Psico-fonia e Transcomunicação Instrumental, tornando-se uma das maiores especialistas no assunto em todo mundo.

Anabela comentou: “Agradeço à Legião da Boa Vontade o convite para estar aqui. Um Fórum muito importante, porque versa sobre os dois temas fundamentais da nossa pesquisa: Ciência e Espírito. E como diz Paiva Netto*: Um não deve, não pode viver sem o outro. Essa é também a minha opinião”.

A diplomata portuguesa falou de suas vivências em diversos países, ao longo de 28 anos de carreira no serviço diplomático, em que pôde conhecer um pouco da alma humana nos quatro continentes onde serviu. Esteve nos Estados Unidos, Índia, Japão, Portugal, Espanha e França. Mas foi em Galiza (Espanha) que sua vida realmente mudou: “Para ajudar a uma amiga que perdeu seu filho único, de 18 anos, e que, por causa disso, tentou o suicídio três vezes”.

Após esse episódio, foi aconselhada por um Padre a tentar a transcomuni-cação, como forma de confortar essa mãe. Segundo ela, para este intercâmbio é preciso apenas querer fazer; ter um aparelho de rádio para sintonizar um ruído “branco” no fundo, um gravador, tranqüilidade e, depois, formular as perguntas.

E foi seguindo esta receita simples e com paciência que, em 1998, teve contato com o grupo “Rio do Tempo”. “Tive uma resposta diretamente do alto-falante do rádio, como acontece com Marcello Bacci”, disse.

A conversa com essa equipe é feita pela voz de Carlos de Almeida. O grupo é formado por Espíritos que viveram em países de Língua Portuguesa, como brasileiros, portugueses e africanos. “Eles pesquisam como se comunicar melhor com este mundo aqui. Eles praticam, pedem para deixar os aparelhos ligados, obviamente para treinar as vozes”, afirmou.

Explicou, ainda, que as vozes por esses meios instrumentais são geral-mente de difícil entendimento, mas, em alguns casos, são bem claras como na mensagem que escolheu do grupo “Rio do Tempo” para encerrar sua conferência: “Pense em nosso mundo. Quem pensa no nosso mundo as distâncias reduz”.

_____________*A diplomata portuguesa Anabela Cardoso refere-se ao pensamento do dirigente da LBV

em que ele assegura: “O que a Religião intui, a Ciência comprovará em laboratório. Ciência sem Religião pode tornar-se secura de Alma. Religião sem Ciência pode descambar para o fanatismo. Por isso, no dia ideal que todos desejamos ver surgir no horizonte da história, a Ciência (Cérebro), iluminada pelo Amor (Religião, Coração Fraterno), elevará o Ser Humano à conquista da Verdade”.

A comunicação dos “mortos” pelos meios eletrônicos

A diplomata portuguesa Anabela Cardoso, uma das maiores especialis-tas em Transcomunicação da Europa.

Ernest Senkowski, consultor da Nasa, participou do FM-PEC por meio de videoconferência.

O engenheiro da Aeronáutica Paolo Presi (Itália) trouxe para a platéia o

resultado das pesquisas do compatriota Marcello Bacci, que há 30 anos grava

vozes de Espíritos.

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Estudos na Europa

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“Temos a idéia de que tudo tem início e fim. É uma visão ultrapassada, an-

tropomórfica, de tudo classificar. A Vida é eterna. O próprio Universo é Deus, Ele não é um Deus que tem início e fim, a criação conti-nua.” Desta forma o mais famoso astrônomo brasileiro, Ronaldo Rogério Mourão, professor e físico

do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, demonstra bem como os

homens da Ciência, cada vez mais, são os primeiros a estudar a comprovação

da existência de uma Força Superior e a eternidade da Vida.

Essas palavras fazem parte da conferên-cia proferida pelo astrônomo durante

a realização do Fórum Mun-dial Permanente Espírito

e Ciência, da LBV, quando pôde

discorrer sobre a origem e criação da vida no Cosmos, o nascimento de estrelas, planetas e dos aglomerados de galáxias. Falou também dos buracos negros, que se imaginava a princípio serem formados pelo nada: “Já está comprovado que há neles uma energia, ou seja, não há nada total”. Assim, o fim do Universo é para Mourão uma visão ultrapassada: “Os estu-dos atuais apontam uma constante mudança entre energia e matéria, matéria e energia. (...) Há uma evolução das estrelas, uma perpétua trans-formação de energia. O total aniquilamento desses objetos celestes é inaceitável”.

Descobrindo a Vida eterna no CosmosO internacionalmente respeitado astrônomo brasileiro, Ronaldo Rogério Mourão.

Para Ronaldo Mourão, “o pró-prio Universo é Deus, Ele não é um Deus que tem início e fim, a

criação continua”.

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Inusitada, assim o público avaliou a conferência do professor, projetista técnico e parapsicólogo Clóvis Nunes, que palestrou também sobre o assunto. Segundo ele, no fim da década de 1970, com a ascensão dos postos de transcomunicação na Europa, o mundo conheceu a sigla

EVP, que significa Eletronic Voice Phenomenon, isto é, o Fenômeno da Voz Eletrônica. Em 1986, foi recebida a primeira imagem de transcomunicação. Logo após, apareceram as imagens em cores. Em virtude da evolução no número de casos, três anos depois ocorreu o primeiro congresso mundial da matéria, na Suíça. Os únicos representantes da América Latina foram Clóvis Nunes (o próprio conferencista), Ney Prieto e Wilson Picler, todos estes participantes do FMPEC.

O mais importante, na concepção de Clóvis, não é a prova de que exista a comunicação, “mas a maturidade psicológica de quem está diante da prova”. O parapsicólogo apresentou algumas imagens famosas, que seriam provas deste experimento. Despediu-se das pessoas, àquela altura, já surpreendidas pelo que ouvi-ram, afirmando que “a única certeza que temos da vida é a morte”. Suas palavras finais foram: “Boa morte para todos”.

“O Estudo Científico da Comunicação entre o Mundo Físico e o Espiritual” foi o tema defen-dido por Wilson Picler, físico e especialista em Metodologia da Ciência, que realçou a necessi-dade de se utilizar toda essa pesquisa para ajudar os indivíduos a melhorarem a sua conduta, de forma a construir a vida em outro plano. “A Caridade é o alimento do Espírito”, disse.

“O que está faltando para colocar em prática o que é ensinado por qua-se todas as tradições religiosas? É necessário ser coerente com aquilo que acreditamos e praticar no dia-a-dia”, destaca o físico.

Wilson afirmou que a melhor maneira de se fazer o intercâmbio com o Mundo Espiritual é a alma humana, “pois é esta vivência espiritual que nos guia para que sejamos produtivos”.

Neste sentido, explicou que a maioria das pessoas tem algum tipo de intuição, mas que não dá atenção a ela. Há aqueles também que conse-guem captar os pensamentos de outros seres en-carnados, mas não desenvolvem esse dom como deveriam. Essas mediunidades são comparadas à ressonância magnética, hoje utilizada em diversos

aparelhos dos meios mecâ-nico e eletrô-nico, e que, segundo ele, podem se dar em todos os outros meios, até mesmo o do cérebro humano.

Para Picler, “é uma satisfação, uma honra e felicidade participar de mais um Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência , da LBV. A Legião da Boa Von-tade está dando uma grande contribuição à

sociedade, porque mantém essa chama acesa. É muito necessária a pesquisa pela ótica da Ciência da Espiritualidade. E esse é um papel que a LBV está desempenhando com bastante desenvoltura, competência e profundidade. É uma oportunidade para nós trocarmos idéias e também apresentarmos ao público os avanços dos últimos anos”.

No Brasil, a pesquisa também é intensa.

Ney Prieto (E) e Wilson Picler

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A troca entre os planos Espiritual e o Físico se dá de inúmeras ma-neiras, entre elas está a

psicografia. O assunto, por sinal, foi destaque na fala do jornalista Marcel Souto Maior, que contou algumas de suas experiências e

dos caminhos que o conduziram a fazer uma série de reportagens sobre

a escrita dos Espíritos por intermédio do saudoso Chico Xavier (1910-2002);

essas matérias e manifestações extra-sen-soriais vividas por ele modificaram sua forma

de encarar o assunto, de tal jeito, que Marcel as registrou em sua obra literária As vidas de Chico Xavier.

Segundo Marcel, um dos fatos que o levaram a perceber o trabalho do famoso sensitivo mineiro foi a quantidade de livros de sua autoria: mais de 400. Quando se aproximou dele, não acreditava na possibi-

lidade de os “mortos” se comunicarem com este mundo. Mas disse que, desde o primeiro contato com Chico, ficou impressionado com o modo com que ele psicografava: “sentava-se e fechava os olhos, e a sua mão ia escrevendo, escrevendo...” Vários acontecimentos que presenciou nas visitas a Uberaba/MG foram liquidando o seu ceti-cismo: “fui abalado pelo sofrimento das famílias e pela veracidade dos fatos observados na vida de Chico Xavier”.

Quanto às razões para editar seu segundo título, Por trás do véu de Ísis, veio de um episódio particular, de uma mensagem de uma tia sua chamada Lourinha, que ele nem conhecia. Esse recado, que lhe chegou por um médium de Brasília, deu início à nova investigação do que existe de consciente e inconsciente na relação de vivos e mortos. Sua forma de narrar é, acima de tudo, jornalística, na qual ele atua como um observador, o mais isento e objetivo possível, para transcrever ao leitor os fatos vividos pela protagonista do livro: Juraci Quirino, “mãe que perdeu os dois filhos e buscou em vários centros espíritas provas da sobrevivência deles em um outro plano”.

Como seria a conduta política diante da eternidade da Alma? Para responder a essa questão durante o Fórum da LBV, o Deputado Federal Luiz Carlos Bassuma primeiro deixou claro que todos são políticos, “gostemos ou não”.

E logo esclareceu que há uma confusão: “O que a gente pode ser é apartidário (e a maioria da sociedade assim o é), que é não cuidar de partidos, que é apenas um pedacinho dessa ciência. Política a gente faz em casa, com o marido, a mulher, os filhos (...), quando a gente vai a feira, etc.”.

Para Bassuma, a coisa mais lamentável para quem está neste Planeta e possui alguma missão é voltar à Pátria Espiritual e desco-brir que, passados tantos anos no Orbe Terrestre, a sua contribuição foi mínima ou nula para diminuir o estado de miséria, de violência, que aqui habita. “E por que estou dizendo isso para vocês? Porque

tecnologicamente, economicamente, está tudo resolvido (...). Então, o que falta é o Ser Humano, dito inteligente, tomar a decisão: ‘Eu quero acabar com esse câncer que enfeia a vida na Terra”.

Para ele, a privação total dos meios de sobrevivên-cia, pela qual passam milhões de pessoas, embrutece e atrasa a evolução da Humanidade. E isso só não foi resolvido por causa da falta “do ponto de vista espiritual” de que a alma continua viva após o falecimento do corpo, de que existem as Leis de Causa e Efeito e da Reencarnação, que transformariam completamente as relações humanas. “Por isso eventos como esses são importantes, ajudam nesse sentido. (...) Parabéns pela coragem, ousadia e deter-minação da LBV em manter essa chama da construção de um mundo mais espiritualizado”, concluiu.

“Vivos” e “Mortos” escrevem

Visões e vozes “sobrenaturais”

Outros instrumentos deste relacionamento foram apontados pelo Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Nestor João Masotti. Em sua explanação, narrou fatos que confirmam a imortalidade da Alma e existência de dons como a visão e

audição mediúnicas (para os Espíritas), conhecidas também como fenô-menos paranormais ou de sensitividade, desde a Antiguidade até os dias de hoje.

Nestor recorreu à Bíblia Sagrada para exemplificar o tema, como as passagens em que Moisés, no Monte Sinai, conversa com os Espíritos para libertar os judeus e o episódio em que ele recebe as Tábuas da Lei, “no qual ficou registrada a presença do Mundo Superior, trazendo orientações para aquele povo, necessitado de uma disciplina maior de comportamento, algo extremamente significativo”, disse.

O mesmo ocorre, para Masotti, no Novo Testamento, na ocasião em que o “Anjo Gabriel anuncia a Maria que ela seria Mãe de Jesus, Mãe do

Salvador”. O Evangelho registra da mesma maneira esse intercâmbio no momento do batismo do Cristo, o Pentecostes e os pró-prios “Atos dos Apóstolos”.

O Presidente da FEB ainda ressaltou o fato histórico da vida de Joana D’Arc (que ouvia vozes), que, com o apoio dos Espíritos, terminou com uma guerra de cem anos, entre França e Inglaterra, que dizimou muitos de seus compatriotas franceses.

Destacou que Deus criou o Homem para ser indestrutível e perfeito, na medida em que permite a cada pessoa construir seu progresso, com o desenvolver de seus próprios talentos.

Política e Espiritualidade

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A política diante da eternidade da Alma foi o tema da confe-rência do Deputado Federal Luiz Carlos Bassuma

Nestor João Masotti, Presi-dente da Federação Espírita Brasileira.

O jornalista Marcel Souto Maior fala da escrita dos Espíritos

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Marlene Nobre, médica e Presidente da Asso-ciação Médico-Espírita do Brasil: “Realmente é um marco dentro da nossa sociedade, porque vários segmentos, inclusive daqueles que pensam até de forma contrária, mas no FMPEC podem livremente se expandir, falar sobre as suas convicções. E isto é muito importante para que a gente aprenda a vivência do Ecumenismo verdadeiro”.

Alcione Giacomitti, escritor, produtor de TV e radialista: “É um prazer estar aqui e expressar o meu sentimento de gratidão a Paiva Netto pela idealiza-ção, pela ousadia de realização de um evento desse porte. Nós estivemos reunidos com os Conselheiros do Fórum e falamos muito sobre os benefícios de ter um encontro dessa magnitude em solo brasileiro. O Brasil é a Pátria da Espiritualidade nesse novo milê-nio. Já diziam grandes tradições budistas, de séculos atrás, que neste lugar nasceriam os filhos da sétima raça raiz, que fariam do Planeta um lugar melhor para se viver. A LBV está cumprindo essa profecia. (...) Vocês têm permitido que um mundo mais justo surja a partir deste evento. (...) Estamos criando aqui um paradigma que valerá pelos próximos mil anos. Que Deus possa lhe dar (Paiva Netto) muitos anos de vida. A grande maioria das pessoas não percebe o mal que fez ao Planeta essa separação de Ciência e Espiritualidade. Essa união pode colocar o mundo nos eixos, para que ele possa sobreviver mais seis, 10 mil anos”.

Fernando Salazar Bañol (México), Líder espi-ritual gnóstico: “(...) Estamos observando que um Fórum como esse dá realmente a mais perfeita opor-tunidade de realizar o resgate do passado, quando se dividiu a Ciência e a Religião. Sabemos que existem, aqui, muitas personalidades, cientistas, que estão em sua área pragmática, dispostos e predispostos para, neste Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, tentar promover uma abertura altamente espiritual”.

Reverendo Elias Pinto: “É uma alegria voltar a Brasília, participar desse encontro, poder contribuir com a visão cristã dos Evangélicos. E é sempre um momento de aprendizado, de cooperação, de convivência e de aprofundamento da visão do Ser Humano como um todo sobre esse processo que envolve vida e morte”.

Daniel Henry Calmanovitz, Diretor do Centro Dharma da Paz e representante da Lama Gangchen World Peace Foun-

dation: “Quero agradecer e parabenizar os organizadores do Fórum. O assunto de morte e vida após ela deve ser bastante discutido, para que não seja um tabu, para que a gente possa se preparar da melhor forma para o momento da morte, que, com certeza, todos vão ter de passar, para se ter uma passagem e uma próxima existência boa”.

Ricardo Lindemann, teósofo, engenheiro civil, licenciado em Filosofia pela UFRGS e Presidente da Sociedade Teosó-fica no Brasil: “Gostaria de acrescentar nossa disposição de colaborar, porque essa é uma ocasião especial pela Fraternidade Universal, pela mútua cooperação. A LBV sempre trabalhou pela Fraternidade Universal. É uma ocasião extraordinária, numa cultura que foi marcada muitas vezes por algumas crises de separação entre a Ciência e a Religião. A cultura ocidental tenta agora, no Terceiro Milênio, fazer esse casamento nova-mente entre a Fé e a Razão, que, desde a Idade Média, tem sido marcado por uma certa dificuldade de conciliação, e, no século XX, descobrimos a grande questão da mútua conversibilidade da energia e da matéria. Portanto, é um anacronismo, está fora de época, alguém se declarar materialista”.

O FMPEC caracterizou-se por abrir um espaço ecumênico, em que pessoas das mais diversas áreas do pensamento puderam expor, com tranqüilidade, sua forma de ver um tema instigante: “Discutindo a Morte e a Vida após Ela”. Bom exemplo do entendimento que caracterizou o encontro está registrado na foto (acima), cli-cada na manhã de 22 de outubro, quando se pôde ouvir a posição do Judaísmo, na palavra do Rabino Henry Sobel (à esquerda), e do Islamismo, com a explicação do sheik e líder espiritual da Comunidade Muçulmana no Brasil Jihad Hammadeh, sobre o assunto.

Judeu e muçulmano lado a lado:respeito e Ecumenismo.

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Conferencistas e observadores falam doFórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV.

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Marlene Nobre

Alcione Giacomitti

Fernando S. Bañol

Elias Pinto

Ricardo Lindemann

Daniel Calmanovitz

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Este encontro ecumênico mundial contou ainda com a presença de outros ilustres conferencistas: José Carlos Brandi Aleixo, padre, Ph.D.

em Ciências Políticas (Tema: “O que é a vida? O que é a morte?”); Iya Sandra Epega, Diretora-Adjunta do Superior Órgão de Um-banda do Estado de São Paulo (Tema: “O que é vida? O que é morte?”); Antonio Haroldo Franco da Rocha (Portugal), Representante da Legião da Vontade na Europa (Tema: “A Lei da Reencarnação”); Carlos Alberto Tinoco, professor, mestre em Educação e fundador do curso de Parapsicologia das Faculdades Integradas Espíritas do Paraná (Tema: “As Upanishads e a questão da vida após a mor-te”); Ercília Zilli, professora universitária, psicóloga clínica e Presidente da Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas (Tema: “O ato do suicídio e suas conseqüências espiritu-ais”); Bel César, escritora, psicóloga clínica e psicoterapeuta sob a perspectiva do Budismo Tibetano (Tema: “Morrer não se improvisa — Relatos que ajudam a compreender as ne-cessidades emocionais e espirituais daqueles que enfrentam a morte na visão budista”); Luy Vieira, paranormal, sensitiva auditiva, estudiosa do mundo esotérico (Tema: “Mor-te: viagem para a verdadeira vida”); Marcos Terena, articulador dos Direitos Indígenas na ONU (Tema: “A cultura e a religiosidade das nações indígenas quanto ao sentido da vida e da vida após a morte”); Maria Júlia Prieto Peres, médica e especialista em terapias de regressão a vidas passadas (Tema: “Casos de regressão, sugestivos de reencarnação”); Pau-lo Alziro Schnor, jornalista e apresentador de rádio e TV (Tema: “União das duas Humani-dades — O que é?”); e Osvaldo Hely Moreira, médico cardiologista e Vice-Presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (Tema: “Como encarar o procedimento de eutanásia diante da existência da vida após a morte”).

O Fórum

Eis DeusOs trabalhos do Fórum Mundial Permanente

Espírito e Ciência, da LBV, nesta segunda sessão, foram encerrados, em 23 de outubro, já com o anúncio para o público do novo tema da próxima plenária Ecce Deus (Eis Deus), inspirado em ar-tigo do dirigente da LBV, publicado em seu livro Crônicas e Entrevistas, da Editora Elevação, outro assunto que vai movimentar religiosos e cientistas num instigante debate.

RepercussãoDiversos veículos da mídia brasileira e internacio-

nal deram ampla divulgação à iniciativa da Le-gião da Boa Vontade por promover a Segunda Sessão Plenária do Fórum Mundial Permanente

Espírito e Ciência, da LBV. No meio televisivo, destaque para as TVs Brasília, Bandeirantes e Gazeta. Vários órgãos da imprensa escrita também noticiaram o fato, a exemplo dos sites Sortimentos, Comunique-se, Monitor Mercantil, UbaWeb, Diário da Tarde, Jornal da Mídia, Revista Brasi-leira de Ufologia, RS CPRESS e Capital Gaúcha.

Além deles, o Fórum foi pauta nas páginas da revista Foco e dos periódicos Correio Braziliense, Jornal do Brasil, Tribuna do Brasil, Brazilian Voice, Luso América, Brazi-lian Press, Folha do Povo, Diário da Manhã, O Estado de Goiás, Monitor Mercantil, Diário da Tarde, Folha Espírita, Jornal de Brasília, O Anápolis.

As rádios Transamérica 100,1 FM, 105 FM, JK FM, BAND, CBN, Nacional FM e AM, MEGA FM, Rede Mi-neira de Rádio, Espírito Santo AM, Ativa FM, Imigrantes, 98 FM, Liberdade FM, 95 FM, 98.3 FM, Gazeta, Nova Sumaré, Cidade das Águas, Azul Celeste, Mil FM, São Luiz AM, Cultura AM, MEC, Brasil Central AM e FM, Difusora AM, também apoiaram a iniciativa.

Leia, a seguir, trechos de algumas das matérias publi-cadas pela imprensa:

Correio Braziliense: “Para onde vamos? — Religiosos e cientistas

debatem (...), no ParlaMundi, as teorias sobre a continuidade da vida após a morte”.

Um dos mais importantes periódicos do Brasil, o Correio Braziliense, publicou matéria de página inteira na seção Ci-dades, no dia 21 de outubro. No texto, o jornalista João Rafael Torres chamou a atenção para a temática central do evento: “Das três perguntas que nor-teiam as religiões e filosofias — Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? —, a terceira, que busca resposta para o mistério da vida após a morte, é um dos temas que mais intrigam a humanidade. As teorias sobre a continuidade da existência depois da morte do corpo naturalmente divergem. Até sábado, a meta é buscar um denomi-nador comum.

“A Legião da Boa Vontade (LBV) reuniu 33 conferen-cistas para discutir as experiências pós-morte no Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (...). Além das explicações religiosas, pesquisadores debatem os avanços

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Maria Júlia Prieto Peres

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Padre José Carlos Aleixo

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Haroldo Rocha

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O escritor e poeta Newton Rossi, inspirado nos ideais do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, expressou em versos sua visão do encontro. Leia, abaixo, o poema:

“‘Eu sou uma simples peça de uma grande máquina que se chama HUMA-NIDADE’.

“Este Fórum Permanente/ Cujo tema transcendente/ ‘Espírito e Ciência’./ Procura mostrar ao mundo/ O

lado humano e profundo/ Que emerge da consciência./ Mostrar que a vida persiste,/ Pois a morte não existe,/

Tudo tem continuidade!/

“E a nossa curta passagem/ É de imensa apren-dizagem/ Que nos leva à eternidade,/ E o Fórum

clamando diz:/ Se o Espírito aprendiz,/ Vive entre crentes e ateus/ Em busca da evolução/

A Ciência é Religião que anda/ À procura de Deus”.

na Mídia FMPECinspira poesia

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Newton Rossi

da ciência para provar a imortalidade da alma, como a captação de imagens de espíritos pela televisão.

“Essa é a segunda reunião do fórum, que foi insti-tuído em 2000. A continuidade da vida foi escolhida como tema por permear o campo científico e religioso. ‘A espiritualidade está cada vez mais evidente nas pesquisas científicas. Como diz Paiva Netto (Diretor-Presidente da LBV), o que a Religião intui, a Ciência um dia comprovará em laboratório’ (...)”

O jornal ainda enfatizou a criação do subcomitê, que a Legião da Boa Vontade presidirá nas Nações Unidas: “(...) Espírito e Ciência — A iniciativa de consolidar o fórum levou a ONU a convidar a LBV para presidir o subcomitê Espírito e Ciência, do Co-mitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas. De acordo com a Pre-sidente do comitê, Diane Williams, o convite é uma resposta ao trabalho de unificação e representa uma quebra de barreiras”.

Jornal do Brasil: “Diversas formas de encarar a morte”.

O conceituado Jornal do Brasil, do Rio de Ja-neiro/RJ, publicou, no caderno Brasília, reportagem

apoiando a iniciativa da LBV pela realização do Fórum. A matéria, que ocupa quase meia página do periódico, apresenta também como subtítulo: “Fórum mundial traz para Brasília especialistas em religião e ciência para discutir sobre o que existe após a vida na Terra”.

No texto, explica o jornal: “‘O que a religião intui, a ciência um dia comprovará em laboratório. Ciência sem religião pode tornar-se secura de alma. Religião sem ciência pode descambar para o fanatismo’. Deste pensamento (de Paiva Netto) nasceu o Fórum Mun-dial Permanente Espírito e Ciência (...)”.

O astrônomo Ronaldo Rogério Mourão, amigo de longa data da LBV e de seu dirigente, foi entrevistado pela equipe do jornal, e falou que a importância do evento está em permitir o debate de idéias opostas (aparentemente) acerca do tema. “Para Mourão, o conceito de morte, vista como o fim da vida, não

existe. Segundo ele, na realidade, o que há é uma constante mudança entre energia e matéria, e matéria em energia. ‘As pessoas acham que a vida se resume à vida de uma pessoa, de um indivíduo, quando a vida é tudo. O indivíduo tem fim, mas a vida é eterna’”.

Jornal de Brasília:“Templo da LBV reúne 10 mil

em celebração”.

Com este título o Jornal de Brasília, de 24 de outubro, fez um resumo das comemorações do 15º aniversário do TBV — A Pirâmide dos Espíritos Lumino-sos: “Sotaques de vá-rios estados brasileiros se misturavam ontem (23 de outubro) nas comemorações dos 15 anos de construção do Templo da Legião da Boa Vontade (TBV). O aniversário do Tem-plo da Paz, erguido na 915 Sul, reuniu cer-ca de 10 mil pessoas (...). Ao anoitecer, o ponto alto do evento foi a oração pela paz mundial, entendimento humano e pela família, comandada pelo Diretor-Pre-sidente da LBV, José de Paiva Netto, idealizador e construtor do Templo. (...)

“Entre os dias 20 e 23 o Templo foi palco do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (da LBV), que discutiu se existe vida após a morte, tese defendida pelos participantes de diversos países. O resultado é que será criado um subcomitê para tratar do assunto na sede da ONU, nos EUA”.

O periódico também publicou nota a respeito da homenagem prestada ao TBV e à LBV pelo Senado Federal, em 21 de outubro, data da inauguração da Pirâmide da Paz. O texto reproduz parte do pronunciamento do Senador Paulo Octávio, que exalta as inúmeras unidades da LBV espalhadas no Brasil e Exterior e ainda sobre o ponto turístico mais visitado do Distrito Federal. “(...) O Templo da LBV em Brasília é visitado, anualmente, por aproximadamente 1 milhão de pessoas, dentre os quais muitos turistas estrangeiros, segundo dados da Secretaria de Turismo do DF”.

“Espírito e Ciência — A iniciativa de consolidar o fórum

levou a ONU a convidar a LBV para presidir o subcomitê Espírito e Ciência, do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs

nas Nações Unidas. De acordo com a Presidente do comitê, Diane Williams, o convite é

uma resposta ao trabalho de unificação e representa uma

quebra de barreiras”.

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Homenagem à “A Legião da Boa Vontade revela ser um modelo para as instituições do Terceiro Setor que buscam levar a cabo um trabalho sério em benefício legítimo da sociedade. Afirmo

isso com autoridade de quem presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito criada em 200� para investigar a atuação no Brasil das organizações

não-governamentais. Uma parcela significativa das organizações teria muito a ganhar caso se espelhasse na ética, nos princípios que têm norteado as ações da LBV.”

Senador Mozarildo Cavalcanti

Na sessão solene do Senado Federal que homenageou a Legião da Boa Vontade, uma cena marcante destacada pelos Senadores: nas cadeiras, onde costumam sentar-se os parlamentares, estão dezenas de crianças atendidas pela LBV, na capital federal, observando a cerimônia.

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Homenagem à Paz Senado Federal dedica sessão solene à LBV e ao TBV e Senadores apontam Instituição como modelo a ser seguido

(por Marta Trigueiro)

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O Senado Federal dedicou, no dia 21 de outubro, uma ses-são solene especial à Legião da Boa Vontade (LBV) e ao Templo da Boa Vontade (TBV), pelos 15 anos de existência deste.

Momentos de muita emoção marcaram a cerimônia, que contou com a presença de autoridades, líderes religiosos, membros de vários países

e entidades — até mes-

mo da Organização das Nações Unidas (ONU) —, além de um grupo de crianças simbolizando as centenas delas atendidas pela Instituição em Brasília/DF. A sessão foi presidida pelo Primeiro Vice-Presidente do Senado, Paulo Paim, que carinhosamente se referiu à homenageada como “a nossa querida LBV”.

Saudando todos os presentes, o Senador Mozarildo Cavalcanti — propositor da iniciativa — começou seu pronunciamento reportan-do-se ao dirigente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto”,

Fotos: João Areis Preda

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que, na ocasião, esteve representado pelos filhos Dr. Pedro e José Eduardo Paulote de Paiva. Em seguida, disse que o Dia do Ecu-menismo — comemorado em 21 de outubro na capital federal e em outros Estados — é uma data muito importante e que “a LBV é exatamente a síntese maior do Ecumenismo Irrestrito”.

De acordo com o parlamentar, o TBV encabeça a relação dos seis locais turísticos mais visitados da cidade. “Eu tenho dados oficiais de 2003, em que o Templo da Boa Vontade teve a visitação de 1.261.970 pessoas. (...) Quase que a soma de todos os outros pontos não atinge o seu número de visitantes, o que mostra real-mente a importância desse Templo para Brasília, para o Brasil e para o mundo”, atestou.

Paiva Netto centuplicou programas socioeducacionais

O Senador Mozarildo destacou ainda que “a LBV, como é co-nhecida nacional e mundialmente, adota como fundamento de suas ações o ideal do Ecumenismo Irrestrito, o que se revela muito sig-nificativo por dois motivos especiais: a grande marca da sociedade brasileira, formada a partir do encontro de tantos povos e culturas, é exatamente o pluralismo, inclusive o religioso. (...) A LBV é uma das formas peculiares sobre as quais se logrou materializar a própria vocação nacional para a diversidade, entre outros essenciais valores. A segunda razão, como todos sabemos, nestes nossos dias, a maioria dos conflitos que assolam a Humanidade é motivada por anseios e temores estreitamente relacionados à intolerância religiosa, contra a qual se opõe o ideal propagado pela LBV”.

As iniciativas fora do Brasil foram igualmente lembradas com entusiasmo pelo parlamentar: “(...) A atuação da Legião da Boa Vontade ultrapassa fronteiras, fazendo-se ativa também em Portugal, na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Bolívia e até nos Estados Unidos. Portanto, senhores Senadores, não foi sem motivos que a LBV se tornou a primeira organização brasileira do Terceiro Setor a granjear, no ano de 1999, o reconhecimento em caráter oficial da Organização das Nações Unidas. Simultaneamente, conquistou a

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“A LBV é uma das formas peculiares sobre as quais se logrou materializar a própria vocação nacional

para a diversidade, entre outros essenciais valores. (...) como todos sabemos, nestes nossos dias, a

maioria dos conflitos que assolam a Humanidade é motivada por anseios e temores estreitamente

relacionados à intolerância religiosa, contra a qual se opõe o ideal propagado pela LBV. “

Senador Mozarildo Cavalcanti

O Templo da Boa Vontade foi uma das razões que levaram os Senadores a homena-gear a Instituição. Ao lado do monumento, na fachada da sede administrativa da LBV, encontra-se este pensamento de José de Paiva Netto, em portu-guês, inglês e espanhol: “Quem confia em Jesus, não perde o seu tempo!”.

Da esquerda para a direita, Dr. Pedro Paulote de Paiva (LBV), Iya Sandra Epega (Diretora-Adjunta do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo), Conceição Malaman (representante da LBV nas Nações Unidas), Diane Williams (representante da ONU) e José Eduardo Paulote de Paiva (LBV).

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“Meus cumprimentos à LBV. (...) Esse reconhecimento não

é só meu, no exercício da presidência, mas de todo o Senado da República e, com certeza, do Povo brasileiro.”

Senador Paulo Paim

participação no Conselho Econômico e Social da ONU — o Ecosoc — com a obtenção do status consultivo geral, o que lhe confere a prerrogativa de tomar parte de todas as reuniões do Conselho. Essa parceria prevê constante diálogo e troca de experiências com o objetivo de criar uma agenda de ações coordenadas para o combate aos problemas sociais. Em suma, como bem podemos constatar, a despeito dos arrivismos sensacionalistas já perpetrados por segmentos da imprensa, a Legião da Boa Vontade revela ser um modelo para as instituições do Terceiro Setor que buscam levar a cabo um trabalho sério em benefício legítimo da sociedade. Afirmo isso com autoridade de quem presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito criada em 2001 para investigar a atuação no Brasil das organizações não-governamentais. Uma parcela significativa das organizações teria muito a ganhar caso se espelhasse na ética, nos princípios que têm norteado as ações da LBV. Por tal motivo é que me vejo honrado em enaltecer a Instituição, com tantas realizações em prol dos desfavorecidos e do bem comum”.

Emocionado, o Senador Mozarildo dedicou ainda parte de seu discurso ao TBV. “(...) ‘Neste Templo até as pedras clamarão que Deus é Espírito e como tal deve ser adorado: em Espírito e Verdade.’ Esta foi a definição do jornalista, radialista, escritor e Diretor-Presidente da Legião da Boa Vonta-de, José de Paiva Netto, ao inaugurar, em 21 de outubro de 1989, aqui, em Brasília, o Templo da Boa Vontade, também conhecido como ‘A Pirâmide dos Espíritos Luminosos’, símbolo maior do Ecumenismo Irrestrito. Por que Irrestrito? Porque não foi erguido somente para a felicidade das cria-turas terrenas, mas também para os Seres Espirituais, que, apesar de ainda invisíveis aos nossos olhos materiais, contudo EXISTEM, porque a morte não existe: a Vida continua em outras dimensões.

“O Templo da Boa Vontade é um teto erigido para que os Seres Humanos e Espirituais se sintam em Paz e reconheçam que a Terra é nossa morada coletiva. (...)

“(...) O TBV é um ponto de encontro da Espiritualidade Superior, da Cultura, da Arte, da Ecologia e da Medicina Científica e Espiritual, harmonicamente dispostas para inspirar os mais nobres senti-mentos. (...) Realmente, o ambiente propicia a busca da Paz interior e a catalisação de energias (...).

“(...) Sem dúvida (o Templo da Boa Vontade é) uma contribuição do Brasil à Paz Mundial, um marco de união entre os povos; um brado à consciência de todos, anunciando que Deus existe e é Amor. (...)

“(...) É um local de notável beleza e re-ferência de peregrinação ecumênica. (...) A fama do Templo ultrapassou fronteiras antes mesmo da inauguração. Turistas do mundo inteiro vêm até a cidade especialmente para visitá-lo e conhecê-lo. O que será que atrai tanta gente, em um permanente ciclo de fascínio e envolvimento? Qual será o mistério de toda essa procura, de toda essa admiração, que vai passando e formando uma corrente de congraçamento humano-espiritual?

“A resposta a essas perguntas está resumida no seguinte pensamento de Paiva Netto: ‘O Templo da Boa Vontade cumpre esta histórica função no mundo: abrigar solidariamente em seu seio as ovelhas de Deus, exaustas de separatismo, sequiosas do estabelecimento do Ecumenismo Irrestrito na Terra. É uma renovação total do espírito religioso, filosófico, político, científico, econômico, artístico, até mesmo desportivo no mundo, verdadeiro Renascimento espiritual’. Na verdade, fica quase impossível entender tudo isso sem ter visitado o Templo da LBV (...).

“(...) Hoje, ao completar os seus 15 anos de fundação, é difícil traduzir apenas com palavras o significado e a proposta deste monumento. A mis-tura de sentimentos puros e fraternos, que faz parte de cada canto, de cada

ponto, de cada caminho dentro do TBV, representa muito mais do que se possa querer explicar. É preciso mesmo fazer parte dessa experiência para conseguir atingir a freqüência de Luz e de Espiritualidade que está inserida neste Templo da Paz, da união e da esperança”, ressaltou o Senador Mozarildo.

O Senador Paulo Paim recordou os bons momentos vivenciados por ele quando visitou o Lar e Parque Alziro Zarur, mantido pela Instituição, no muni-cípio de Glorinha/RS: “Parabéns, LBV! Parabéns, Glorinha! Vi lá um belíssimo trabalho, tanto para as crianças como para os adolescentes”. O Vice-Presidente do Senado falou também da visita feita ao Templo da Paz: “Eu estive no TBV com alegria enorme e verifiquei que naquele painel ecumênico existente no Salão Nobre do Templo estão pessoas de Marx a Jesus Cristo. Figuras como o grande Zumbi dos Palmares, a maior referência e herói da nação negra, que aqui, humildemente, procuro também representar como negro. Figuras como Gandhi, Getúlio Vargas, Tiradentes, enfim os grandes líderes que a Humani-

dade soube reconhecer. Não poderíamos ainda deixar de estender nossa homenagem à memória de Alziro Zarur, fundador da LBV, e também do seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto, que, com brilhantismo, comanda essa grande organização humanitária. Deixo aqui os meus cum-primentos à LBV. (...) Esse reconhecimento não é só meu, no exercício da presidência, mas de todo o Senado da República e, com certeza, do Povo brasileiro. Parabéns, LBV! Que o exemplo de vocês seja seguido por outros setores da sociedade”.

Para o Senador Eduardo Siqueira Campos, o que impulsiona as ações e os programas da Instituição é firmar-se no Mandamento Novo do Cristo: “(...) Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Essa frase expressa bem o que vai dentro da missão, do destino de cada um que integra a LBV, daquilo que expressam no seu dia-a-dia, no exercício da Solidariedade, tão necessária no nosso país.”

Da esquerda para a direita: Dr. Pedro Paulote de Paiva, representando o dirigente da LBV, José de Paiva Netto, ao lado dos Senadores Paulo Paim e Eduardo Siqueira Campos.

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“Levei minha filha ao Templo da Boa Vontade. E como é bom deixar um filho em algum lugar de tanta riqueza espiritual.”

Senador Eduardo Siqueira Campos

Eduardo Siqueira relata ainda uma interes-sante história familiar: sua filha buscava uma biblioteca para estudar aos sábados. Ele a levou ao TBV, “porque lá existem salas de estudo com internet gratuita à disposição da juventude.

Então, levei minha filha ao Templo da Boa Vontade. E

como é bom deixar um filho em algum lugar de tanta riqueza

espiritual. Portanto, acho que não há brasileiro que não tenha um exemplo, uma passagem, ou que

não tenha, no mínimo, o grande reconhecimento do trabalho

inspirado por esse movi-mento fundado por Alziro Zarur, que tem sido levado à frente com espírito de Solidariedade, com coragem e com abnegação e dedicação tão grandes quanto José de Paiva Netto. (...) Não há quem não conheça a Legião da Boa Vontade”.

Freqüentador do monumento erguido à So-lidariedade, o Senador Paulo Octávio afirmou ser

testemunha da contribuição que o TBV vem ofere-cendo não só a Brasília, mas ao Brasil e aos brasileiros. Disse também que a “justa homenagem à Legião da Boa Vontade” se devia “principalmente pelo papel da Instituição no nosso país como prestadora de serviços sociais e

orientadora espiri-tual, cujo traba-lho proporciona amparo a inú-meras crianças e adolescentes ca-

rentes no País, em áreas de Educação

e Promoção Humana e Social”.

Salientou ainda que o reconhecimento da

Organização das Nações Unidas “simboliza o trabalho

sério que a LBV vem desenvol-vendo” e que “o lema da Instituição

— Educação e Cultura, Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiri-tualidade — traduz com lealdade o que representam a LBV e os seus programas. A abrangência de suas atividades merece maior atenção por parte do governo e das empresas privadas, pois a população brasileira é

quem ganhará, como um todo, com a disseminação da semente do Amor, da cidadania, do respeito ao próximo e, principalmente, da integração social”.

Segundo o parlamentar, “os 15 anos de inaugu-ração do Templo da LBV são motivo de orgulho” para todos os brasilienses. “(...) E não só pelo que representa como paisagem, como beleza arquite-tônica, mas, sobretudo, espiritualmente. (...) É isto que nós hoje estamos homenageando no Senado: um trabalho sério, respeitado”.

Também prestigiando a sessão solene, o Se-nador Edison Lobão declarou, a exemplo de seu

colega Paulo Octávio: “Esta homenagem é extremamente merecida. O Templo da Boa Vontade é um ambiente em que as pessoas se sentem reconfortadas de seus problemas diários e permanentes. Eu freqüento, sim, o TBV. Toda vez que preciso de um instante de meditação, de reco-lhimento comigo mesmo, eu o procuro”.

A edição de 22 de outubro do Jornal do Senado publicou matéria de capa referente ao preito que a LBV e a Pirâmide dos Espíritos Luminosos receberam no Senado Federal no dia anterior. A reportagem, intitulada “Senado homenageia a Legião da Boa Vontade”, mostra detalhes da sessão solene, além de apresentar a opinião do propositor da iniciativa e de outros Senadores. O portal do Senado (www.senado.gov.br) também

fez, no próprio dia 21, a cobertura da cerimônia, transmitindo os principais fatos que a marcaram.

Senador Eduardo Siqueira Campos

Senador Edison Lobão

Senador Paulo Octávio

Reprodução das matérias publicadas no Jornal do Senado, que fez ampla cobertura, com destaca-da foto de capa, à sessão especial da Casa Legislativa, em homenagem à Legião da Boa Vontade,

na edição do dia 22 de outubro do periódico.

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Algumas das crianças amparadas pela LBV, conhecidas também

como Soldadinhos de Deus, abri-lhantam o Senado Federal.

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O Futuro nas cadeiras do Senado

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Leio, em minha residência nos Estados Unidos da América, a BOA VONTADE (julho de 2004, no 191), publicada pela

Editora Elevação. O nome dela ressalta um valor moral contrário ao individualismo

provocado pela sociedade cada vez mais mate-rialista. Em toda a revista, observamos o cuidado

dos editores em destacar vínculos entre a cultura diária da população e a Espiritualidade, a política e a Espiritualidade, a economia e a Espiritualidade, a saúde e a Espiritualidade. No editorial de Paiva Netto, “Conhecimento espiritual gera fartura”, está definida a ideologia: a Espiritu-alidade aliada a todos os campos do saber.

“O conhecimento é patrimônio eterno do Ser Humano e de seu Espírito imortal. Na Economia, gera riqueza. Unido ao Amor Fraterno, criará prospe-ridade (...)”, assim começa o autor. Na Antropologia, costumamos dizer que o indivíduo guarda em sua memória, como uma idéia de um baú cultural, informações que recebeu por intermédio das tradições, costumes e linguagem dos ancestrais – uma herança cultural. O indivíduo passa a ser “aculturado” por essa determinada herança cultural. Nessa primeira frase do escritor Paiva Netto, podemos entender que se com o Homem acontece o armazenamento de informações em seu baú cultural, o mesmo ocorre com o seu Espírito. O indivíduo material carrega uma herança espiritual adquirida pela vivência imortal do seu Espírito. Saber unificar essas duas formas de conhecimento é a chave para a construção de um agente social modificador, o Cidadão Ecu-mênico. Aliar o conhecimento material ao espiritual criará a prosperidade não somente de um indivíduo, mas de nações inteiras.

Com seu conhecido zelo no trato com o leitor, Paiva Netto esclarece o que vem a ser o conhecimento espiritual: “(...) À beira do Terceiro Milênio, urge definitivamente entender que qualquer reforma substancial deve origi-nar-se da transformação profunda do Ser Humano, a partir da compreensão perspicaz do significado de seu Espírito eterno, conquanto o que aí se vê, o mais das vezes, é o contrário — bem patrocinado e subvencionado, porque ‘dá audiência’ —, ainda que arrebente a população, pois desvia a atenção dela dos seus verdadeiros problemas, até que, um dia, a hipnose não mais funcione, porquanto as questões se agravaram de modo extremado. Reeducar para a liberdade não é tarefa para um minuto, mas, sim, coisa a ser feita antes que não reste tempo nem mesmo para o Tempo (...)”. Isto é, o conhecimento material quando não dirigido pelo conhecimento do Espírito, aquele que, na existência espiritual, não permite o separativismo, a criação de dogmas, irá gerar a hipnose cultural. O indivíduo pode ser extremamente preparado pelas letras humanas, mas se não possuir a alfabetização da Solidariedade, do Respeito, do Amor ao próximo, contidos no Cristianismo entendido como Amor, Fraternidade, Paz, enfim, conhecimentos gerados pelo corpo espiritual, esse indivíduo será apenas uma pessoa instruída, mas não educada para a vivência em globalização.

Algum leitor pode pensar que o Líder da Boa Vontade é mais um estu-dioso preocupado em mostrar o caminho para a aquisição do capital. Com essa visão não se pode ler esse artigo. O que o autor demonstra é exatamente o contrário. Ele não está preocupado em mostrar o caminho para a riqueza material, e, sim, mostrar que o capital sem a responsabilidade do respeito ao

próximo torna-se mais efêmero que um algodão-doce, que se desmancha ao toque da língua.

Segundo Marx e Bourdieu, a sociedade vive em grupos antagônicos pela disputa do capital. Para Marx, o capital é estritamente econômico (produção mais posse). Para Bourdieu, o capital recebe mais três defini-ções além da econômica: cultural (conjunto de qualificações culturais), social (grupo de relações interpersonas), simbólico (prestígio a partir da posse dos três outros tipos de capital). Porém, o capital não pode e não deve ser entendido como fator de disputa ou de dominação. Encontra-mos na riqueza gerada pelo conhecimento divino o capital espiritual que cada cidadão possui, sem distinção de raça, cor, nacionalidade, classe social, etc. Trata-se do capital que todos possuímos. Os demais tipos são seletivos. Entretanto, a essência espiritual, que já nasce com o indivíduo porque se encontra no Espírito, é riqueza natural da pessoa. Quando trazido do campo espiritual pela vivência do Amor Fraterno, cria prosperidade. Não há mais nada a dizer. O capital econômico, cultural, social, simbólico — ou o que mais o seja — passa a ser uma conseqüência da prática do Amor Fraterno na Economia, na Política, na Educação, na Religião, na Filosofia, nas Academias, enfim, na convivência em Humanidade.

Paiva Netto vai além do capital, trazendo a proposta Sociedade Solidária, componente da Estratégia da Sobrevivência, nomenclaturas criadas por ele para definir o tipo de sociedade possível com a aplicação da Democracia baseada nos ensinamentos de Jesus, resumidos no Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34). Essa Lei, aplicada à Educação, cria a Educa-ção Solidária; à Política, cria a Política Solidária; à Economia, a Economia Solidária, e assim por diante. Aplicar a Espiritualidade “(...) como bússola sinalizadora do caminho ideal para o alcance da tão sonhada concórdia planetária, cuja dificuldade em ser realizada fortalece a decisão dos que não capitulam diante das agruras do caminho (...)”, diz o escritor.

Com essa análise, entendemos que o autor afirma que todos nós, indis-tintamente, somos capazes de fazer a transformação. E todos ao mesmo tempo. Por que digo isso? Porque recordo uma aula sobre Capitalismo que tive em minha graduação. A professora usou o seguinte argumento: O Capitalismo é um regime econômico que permite democraticamente que tenhamos acesso ao capital… em teoria. O capital, geralmente passado através de herdeiros, dificilmente muda de mãos. São raros os casos nos quais uma pessoa que ao nascer seja pobre, no decorrer de sua vida adulta consiga tornar-se um poderoso capitalista (isto é, nascido pobre e hoje rico). Há então uma controvérsia, o Capitalismo é democrático? Essa discussão passa a não ser necessária quando lemos esse artigo “Conhecimento Es-piritual gera riqueza”, porque verificamos que tanto a Democracia quanto o capital recebem definições muito mais abrangentes do que a visão atual materialista que a cada um é reservada. A Democracia com Espiritualidade passa a ser o regime que permite a vivência da Sociedade Solidária por meio da transformação do Ser Humano e Espiritual, reeducado pelo prisma do Ecumenismo Irrestrito. O capital com Espiritualidade abandona a sua definição de poder e posse e passa a receber dois braços, duas pernas, um corpo, o próprio Ser Humano, o Capital de Deus, a maior riqueza, a fonte produtiva e realizadora de bens, não apenas de consumo, mas também de Solidariedade, de Fraternidade, de Humanidade e de Paz.

Além do CapitalSandra Albuquerque Fernandez, Socióloga — Nova York, EUA.

www.boavontade.comPONTO DE VISTA

Sandra Albuquerque Fernandez

Sete faces querevelam Deus

Templo da LBV comemora �5 anos de Paz e Ecumenismo

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Peregrinos do Brasil e do mundo superlotam Nave do TBV para prestigiar 15º aniversário da Pirâmide da Paz.

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revelam DeusTemplo da LBV comemora �5 anos de Paz e Ecumenismo

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Um mês dedicado ao Amor e à Espi-ritualidade. Essa frase resume bem o que foi o outubro dos peregrinos, vindos de todo o País e do Exterior,

que passaram a data no Templo da Boa Vonta-de. Sem dúvida, quem esteve lá vivenciou

momentos de muita emo-ção que

marcaram os festejos do 15º aniversário da Pi-râmide da Paz, inaugurada em 21/10/1989.

Para celebrar a ocasião, foi realizada uma série de eventos comemorativos. O maior deles ocorreu no dia 23 e foi liderado pelo idealizador e construtor do monumento, José de Paiva Netto. Antes mesmo de adentrar no Templo, logo na entrada, o Líder da Boa Von-

tade foi recebido por alguns

(por Rodrigo Oliveira)

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dos palestrantes do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, a exemplo dos escritores Marcel Souto Maior e Alcione Giacomitti. Assim que chegou à Nave do TBV, milhares de pessoas, que superlota-vam o ambiente, o saudaram por meio de calorosas palmas.

Com o bom humor e o carisma que lhe são característicos, falou a todos, abrindo a sessão solene das comemorações, dirigindo uma mensagem de ânimo e de transformação interior do Homem. “Todas as reformas so-ciais do mundo, em grande parte, fracassaram, porque começaram a reivindicar liberdade, mas não levaram em consideração a origem espiritual das criaturas. Acabaram, por fim, enchendo as cadeias. Nenhuma reforma social no Brasil ou em qualquer país ocorrerá se não metermos na cabeça que tudo começa no Céu, no Plano Invisível, até mesmo as reformas políticas”, explicou.

Durante sua prédica, o Presidente da Ins-tituição recordou a entrevista concedida

por ele ao jornalista Roman Dobrzyński, da TV Polonesa, que veio cobrir a inau-guração do Templo da Boa Vontade. Na reportagem, Roman questionou: “Mas como é que o senhor pode pregar Ecu-menismo se fala tanto em Jesus?”. E Paiva Netto respondeu: “Mas aí é que

está o grande erro. Jesus é o Grande Li-bertador dos Povos! Como pode então ser

escravo de qualquer crença, por mais ele-vada que seja? Daí ser preciso dessectarizar

Jesus. É essa consciência que espero de Vocês, jovens. Ao falarem no rádio, não imaginem um

Jesus algemado. Já basta a crucificação que o Divino Mestre sofreu, apesar de que, quando O elevaram crucificado, Ele foi colocado acima das cabeças e da craveira comum”.

Na seqüência, convocou os presentes e os que acompanhavam sua palavra pela Rede Boa Vontade de Rádio, Rede Mundial de

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Desde os mais jovens até aqueles que estão na Melhor Idade, todos vibram na chega-da do Líder da Boa Vontade ao evento.

Paiva Netto profere mensagem ecumênica nas comemorações do aniversário do TBV

Logo pela manhã, ocorreu na Praça da Paz (localizada diante do TBV) a cerimônia de abertura das atividades. Nas fotos, a Banda da Polícia Militar executa o Hino Nacional Brasileiro.

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(1) Assim que desembarcou em Brasília para conduzir o Congresso comemorativo do 15º aniversário do TBV, Paiva Netto, acompanhado por sua esposa, Lucimara Augusta, encontra o Deputado Distrital Rodrigo Rollemberg, propositor da homenagem ao Templo da Boa Vontade, que oficializou o 21 de outubro como Dia do Ecumenismo. (2) Ao chegar ao TBV, o Líder da Boa Vontade conversa com o escritor Alcione Giacomitti. (3) Cerimônia de Unção Batismal, ocorrida na Nave do TBV.

Televisão — A TV da Educação, da Cultura e da Ci-dadania com Espiritualidade! e Portal Boa Vontade a conhecer melhor o Pai Celestial. “Existe um Ser que ainda não foi definido corretamente por nós, criaturas humanas, porque, em primeiro lugar, tem de ser senti-do: Deus! Aliás, gostaria de lançar-lhes um desafio: o de dessectarizar, também, à moda de Vocês, essa idéia de um deus sectário, criado à imagem e semelhança do homem factível”.

Aos participantes da 29ª Festa dos Casais Legionários da Boa Vontade de Deus, promovida oportunamente no mesmo dia, o Diretor-Presidente da LBV pediu pelo fortalecimento do Amor incondicional, já que este senti-

mento é o único caminho para a Paz. Aliás, vale salientar que, para o evento, a Gravadora Som Puro preparou o CD Aos que se Amam*, no qual o compositor Paiva Netto apresenta músicas feitas especialmente para a família.

Em certo momento, o dirigente da LBV caminhou pela multidão e deslocou-se até o centro da Nave do Templo, de onde comandou a prece de encerramento das comemorações, selando o aniversário de 15 anos do Templo da Boa Vontade, realizando uma Corrente Ecu-mênica de Fé e Oração entre as duas Humanidades.

No ambiente sagrado, o Dr. Bezerra de Menezes falou sobre os resultados da Segunda Sessão Plenária do FMPEC. “O Fórum Mundial Permanente Espírito e

Emocionadas, as pessoas levantam as mãos para saudar o Diretor-Presidente da LBV.

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Para a prece de encerramento, Paiva Netto deslocou-se ao centro da Nave do TBV que estava superlotada e de lá realizou uma corrente de oração em prol dos Casais de Boa Vontade.

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Ciência, da LBV, que congrega pensamentos díspares, atingiu seu objetivo pelo debate elucidativo entre homens e mulheres, governantes e nações de todo o Planeta, conscientes de suas responsabilidades”, afirmou.

O Coordenador da Equipe Espi-ritual Ecumênica ainda enfatizou a questão da harmonia entre os povos: “O mundo suplica pela Paz Univer-sal. É urgente respirarmos o Ecume-nismo dentro dos adversos caminhos criados pelos Seres Humanos. É a missão de todos vocês, Amigos, ilus-tres integrantes do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, de vital importância na trans-formação de idéias radicais à escala das Sagradas Escrituras de todos os povos da Terra”.

Como o dia foi mesmo de fes-tejos, logo pela manhã inúmeras pessoas se reuniram na Praça da Paz (localizada diante do TBV), para realizar a cerimônia de abertura das ati-

vidades. Embalados pela Banda da Polícia Militar, todos cantaram o Hino Nacional Brasileiro.

Diversidade e Respeito

Em 21 de outubro, dias antes do grande evento, a Nave do TBV ficou superlotada para lembrar a data es-pecial. A exemplo do Ecumenismo Total, pregado e vivido no ambiente, a homenagem ao Templo teve todo esse carisma universal, reunindo na-quele Espaço Sagrado representantes de diferentes ideologias para, juntos, saudar o Jubileu de Cristal do monu-mento.

Com a finalidade de promover a confraternização e a Paz entre todas as raças e todos os campos do conhe-cimento e do saber universal, fazendo com que o respeito à criatura humana

seja a bandeira da harmonia e do entendimento, 21 de ou-tubro foi instituído, numa homenagem ao Templo da LBV,

CD Aos que se Amam, do compositor Paiva Netto.

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como o Dia do Ecumenismo. Foi oficializado pela primeira vez pelo Governo do Distrito Federal, por proposição do Deputado Distrital Rodrigo Rollem-berg, em 1999, quando o TBV comemorou 10 anos.

A iniciativa tem empolgado outros locais da União, a exemplo do Rio de Janeiro, que a incorporou ao seu calendário oficial, por meio da Lei 4.160, sancionada em 23 de setembro de 2003, pela Governadora do Estado, Rosinha Matheus, por indicação do Deputado Estadual Noel de Carvalho.

A data também é comemorada, desde 2001, no Estado de São Paulo, por indicação da Deputada su-plente Edir Sales. E, em 2002, ganhou ainda o apoio do Estado do Mato Grosso (graças ao Deputado Wilson Teixeira) e da cidade de Novo Hambur-go/RS (numa proposta dos Vereadores Ciro José Rothen e Antonio Zacarias), que passaram a incluir essa deferência ao TBV em sua agenda oficial.________________________* Para encomendar seu CD Aos que se Amam, basta entrar em contato com o Clube Cultura de Paz, pelo tele-fone (11) 3358-6840.

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Na primeira foto, uma forte luz aparece sobre a fronte do Líder da Boa Vontade, José de Paiva Netto, durante as comemorações do 15º aniversário do Templo da LBV, cujos ambientes são repletos de energia, fato também destacado pelo físico russo Edward Krizhanovsky, dias antes do acontecimento (vide página 39). Na segunda foto, em meio à multidão no centro da Pirâmide dos Espíritos Luminosos, como também é chamado pelo Povo o TBV, observa-se faixo de luz que desce sobre um dos jovens que se encontram de mãos postas ao alto.

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Os conferencistas do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, visitaram o TBV. Um deles, Paolo Presi, engenheiro da Aeronáutica e especialista no estudo da psicofonia e da metafonia, ao caminhar próximo à Fonte

do TBV, afirmou: “O Templo da Boa Vontade é uma obra magnífica (...), uma forma de você se religar com o próprio Deus. Há interação, ou seja, essa religação que supõe a religião da matéria com o Espírito, essa transcendência (...). O Templo da Boa Vontade leva as pessoas a fazerem esse religamento. (...) É um lugar maravilhoso que dá grande mérito à gente brasileira”.

Esse ponto de intercâmbio com as Forças Superiores também foi destacado pela Presidente do Comitê de Espiritualidade, Valores e Inte-resses Globais de ONGs nas Nações Unidas, Diane Williams. Durante

sua entrevista, ela se recordou da primei-ra vez que esteve no local, em 1999, quan-do se realizou o “Ré-veillon Espiritual do Cristo — o Congresso da Paz”, um dos maio-res eventos comanda-dos por Paiva Netto e que reuniu mais de 200 mil caravaneiros, diante do Templo da Boa Vontade.

Diane disse que “é essencial às pessoas terem um lugar onde possam rezar, se sentirem bem e respeitadas, da maneira que elas se sentem me-lhor. E realmente fazer essa conexão. (...) Acho que tem de ter mais lugares como esses em que a Espiritualidade transcende segmentos religiosos e todos podem desenvolver os valores espirituais”.

Para o Rabino Henry Sobel a grande contribuição do TBV é dar, por intermédio do ParlaMundi, um “Fórum no qual homens e mulheres de todos os credos podem se unir em torno de temas universais. É preciso manter as diferenças e eliminar as divisões. (...) O Fórum Espírito e Ciência nos proporciona a possibilidade de refletir e confraternizar com todos os povos e todos os credos. É algo muito único! Obrigado, Paiva Netto! Obrigado, Família da LBV! Contem comigo sempre!”.

Um pedaço do Egito em Brasília

A civilização egípcia foi a primeira a or-ganizar-se de forma evidente no mundo (isso há quase cinco mil anos). As marcas que esse povo grafou na História são uma das atrações que o Templo da Boa Vontade apresenta aos visitantes que passam pelos ambientes da Sala Egípcia. O sheik Jihad Hammadeh, teólogo, historiador, líder espiritual da Comunidade Muçulmana no Brasil e conferencista do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV (FMPEC), esteve lá e registrou sua opinião sobre o local.

Mesmo nascendo próximo daquela região, ele confessou que apren-deu bastante durante a visita. “Já que a gente não pode ir até lá, alguém fez o favor de trazer o Egito até nós. Vocês estão de parabéns. É muito curioso, a pessoa quer ficar mais tempo estudando, perguntar tudo, saber o porquê disso e daquilo. Apesar de que nós somos daquela região, eu nasci na Síria. Mas confesso que ainda me falta muito conhecimento, mais muito mesmo! Aprendi muita coisa aqui”, disse.

Ligação entre a Criatura e Criador

Crianças do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, no Rio de Janeiro/RJ, saúdam Diane Williams (EUA), Presidente do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas, e sua amiga Lana Yang, da Associação Internacional de Educadores pela Paz Mundial. Lana deixou registradas no Livro do Coração da escola as seguintes palavras: “O Centro Comunitário e Educacional da LBV é um ótimo exemplo de idéias maravilhosas, de grandes esforços que podem realmente ser realizados. Este lugar deve servir como um bom exemplo/modelo para ser seguido por muitas outras organizações no mundo. É importante ensinar às crianças sobre paz mundial, ensinando a amar umas às outras desde pequenininhas. (...). Parabéns!”.

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Diane Williams (ONU) diante de três das sete faces do Templo da

Boa Vontade

Sheik Jihad Hammadeh em visita à sala Egípcia do Templo da Boa Vontade

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Josué Ben-Nun (LBV), Diane Williams (ONU), Ricardo Lindemann e Danilo Parmegiani (LBV) participaram do programa Viver em Brasília, da jornalista Mônica Nóbrega, exibido na TV Brasília.

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O Rabino Henry Sobel fala durante o FMPEC

Lana Yang (EUA): “LBV, modelo para o mundo”.

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Ao visitar o Tem-p lo da Boa Vontade, mes-mo não sendo

pela primeira vez, várias pes-soas se mostram fascinadas

com o que vêem e sentem em cada ambiente do monumento.

Um desses relatos é de Marcel Souto Maior, jornalista, roteirista e

escritor.Ele nos conta que vai muitas vezes ao Tem-

plo para se energizar. “Quando venho a Brasília, e estou num hotel me sentindo meio com as baterias descarregadas e quero me ligar na tomada, pego um táxi e vou ao Templo da Boa Vontade e me sinto acolhido. Eu venho aqui sozinho muitas vezes. É curioso: mesmo quando estou sozinho, me sinto muito bem-acompanhado”, relata.

Ele define como “fundamental” a diversidade de pensamentos que se observa nos ambientes do TBV. “Essa abertura a todos os segmentos, a todas as pessoas — as que tenham Fé ou que não a tenham —, a todo tipo de crença, é fundamental”.

No bate-papo, o jornalista recordou-se de uma história do saudoso Chico Xavier, que viu acontecer de forma semelhante na Pirâmide da LBV. Ele conta que “uma mãe chegou para o médium e falou: ‘Chico, meu marido é maravilhoso. Ele é bom pai, bom filho, companheiro, mas tem um defeito grave: ele não é Espírita’. E o Chico lhe respondeu: ‘Mas se é tudo isso que você me fala, não precisa ser Espírita de jeito nenhum. Não mexa com ele, não, senão o estraga’. Aqui na LBV é assim. E qual é a base filosófica da LBV? Quem a visita não precisa ter uma fé defi-nida. Quer dizer, vocês não cobram de ninguém uma postura religiosa determinada. Vocês procuram é fazer com que a pessoa enxergue por ela mesma que o caminho certo é o do Bem. (...) E acredito que não tem nada melhor do que isso. E essa energia que vem dessa Filosofia de vocês, está impregnada no Templo da Boa Vontade”.

Autor da conhecida obra literária: As vidas de Chico Xavier, Mar-cel fez questão de autografar um exemplar ao Líder da Boa Vontade. “Eu adorei o fato de ele ter lido o meu livro também, porque imagino o pouco tempo que deve ter. Ele trabalha sem parar. Só o fato de ele ter conseguido ler o meu livro e ainda ter gostado, para mim foi uma honra, um ato muito generoso. Fiquei muito feliz porque eu respeito a opinião dele (do Paiva Netto), por se tratar de uma pessoa que estuda e que trabalha.”

Espiritualidade e respeito

Utilizando-se da técnica de Descarga Gasosa de Visualização, o renomado físico russo Edward Krizhanovsky, que apresentou uma das mais aguardadas

palestras do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, comprovou que o TBV fortalece a energia de quem adentra as suas portas.

Para chegar a essa conclusão realizou algumas experiências que deram resultados positivos. Primei-ramente, seis participantes do FMPEC voluntaria-ram-se para medir seu campo energético. A primeira medição foi comparada com a última, após visita ao Trono e Altar de Deus no Templo da Boa Vontade, onde também beberam da Água Fluidificada.

Em entrevista à Rede Boa Vontade de Co-municação, o físico afirmou que o resultado foi surpreendente. “A principal e mais interessante conclusão é que teve uma diferença muita per-ceptiva antes e após voltarem do Templo. Os

voluntários tiveram suas energias fortalecidas e distribuídas, além de ficarem muito mais claras”, ressaltou.

O físico justificou sua escolha do local, alegando que “sabia que as pessoas amavam o Templo e queria comprovar no campo da Física porque existia esse Amor. Percebi que a energia ficou mais forte, intensa, mais bem distribuída e com maior brilho depois da visita ao TBV. Elas gostam de se sentir mais fortalecidas e por isso vão ao Templo. Eu também fui lá e me senti dessa maneira”.

Edward falou que, visitando a Pirâmide da LBV, é possível que os Seres Humanos tenham maior qualidade de vida. “A conclusão que se pode ter é que nesse curto período em que foram analisadas as energias, com certeza, o Templo da Boa Vontade trouxe um melhoramento na condição de vida delas”, constatou.

Físico russo se impressiona com a energia do TBV

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Fotos: Daniel Trevisan

Físico russo mostra ao público a expe-riência realizada com seis voluntários que, após passarem em alguns ambien-tes do TBV, tiveram, segundo aferiu, suas energias recarregadas. Nas duas primeiras fotos, Edward demonstra várias imagens com o comparativo da energia de duas pessoas. Ao lado, traz o detalhamento da pesquisa que realizou com a energia distribuída em todas as partes do corpo dos voluntários.

Edward Krizhanovsky realiza medição do campo energético dos presentes, no palco do Fórum Mundial

Permanente Espírito e Ciência, da LBV.

Paiva Netto, em sua chegada ao TBV, num feliz encontro com o jornalista e escritor Marcel Souto Maior, um dos conferencistas do FMPEC.

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É consenso geral que todos precisamos unir-nos para construir um mundo de Paz, de Fraternidade e de Amor. Nesse sentido, uma das prioridades da Legião da Boa Vontade é

resgatar valores como respeito, ética e cidadania. Por meio de suas escolas, lares e Centros Comunitários e Educacionais, ela se empenha em desenvolver ações para erradicar a fome, criar oportunidades aos jovens e amparar crianças, adultos e idosos, visando reduzir a pobreza, melhorar a educação e promover a Cultura de Paz — tudo isso sempre aliado à Espiritualidade.

A tradicional Campanha do Natal Permanente da LBV, cujo slogan é Natal de Jesus — O Pão Nosso de cada dia!, é uma das muitas iniciativas realizadas sempre no fim do ano, que presenteiam milhares de famílias atendidas pela Instituição com cestas de alimentos não-perecíveis.

Em 2004, a Campanha ainda teve a finalidade de agradecer àqueles que contribuem para a manutenção dos programas socioeducativos da LBV em todo o Brasil. Nesse contexto, destaca-se o apoio de inúmeros colaboradores, amigos, parceiros e voluntários, entre eles o conceituado fotógrafo Chico Audi, sempre pronto a ajudar, cedendo seu tempo, sua arte e seus estúdios para a mobilização social. “Aqui, eu consigo sentir a bênção de Deus, essas crianças cantando para mim, esse trabalho maravilhoso da LBV. Não existem palavras no mundo que possam expressar o que estou sentindo agora. Realmente, eu só tenho de agradecer ao José de Paiva Netto, grande homem que está mu-dando a história da Humanidade. É um prazer muito grande poder atender a LBV, ser um instrumento do seu trabalho.”

A classe artística é outra referência. Nesta Cam-panha, em especial, marcaram presença as cantoras e apresentadoras de TV Preta Gil e Kelly Key; o cantor

sertanejo Cleiton (da dupla Cleiton & Camargo); o ator mirim Ma-theus Tayroni; as duplas sertanejas Zé Henrique & Gabriel e Willian & Renan; o ator Matheus Minas; os grupos Turma do Ja-carezinho e Karametade; as também apresentadoras de TV Olga Bongiovanni e Viviane Ro-manelli; a numeróloga Aparecida Liberato; a cantora Adryana Ribeiro; além do próprio Chico Audi.

Vale registrar algumas manifestações de incentivo e de agradecimento ao trabalho da Instituição. Preta Gil assim se expressou: “Eu sou uma nova colabo-radora. Estou muito feliz e comovida de estar aqui

Você,a LBV e todos juntos pelo Natal de Jesus.

Fotos: Chico Audi

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Matheus Minas

Cleiton (da dupla sertane-ja Cleiton & Camargo)

Zé Henrique & GabrielWillian & Renan

Grupo Karametade

Turma do Jacarezinho

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colaborando da maneira que posso em prol da LBV. Acredito que Deus está guardando algo de especial para essas pessoas que têm Amor no coração e compartilham um pouquinho daquilo que têm. Esse é um ato de muita generosidade, de Solidariedade. É fundamental que, nos dias de hoje, isso prevaleça na vida do Ser Humano, e é o que está faltando para que a gente tenha realmente um mundo melhor”.

Olga Bongiovanni (do programa Bom Dia Mulher, exibido pela Rede TV!) complementou: “É a nossa pequena contribuição diante do que a LBV faz há tantos anos pelas nossas crianças. Parabéns à Obra mais uma vez! O meu desejo de um Feliz Natal ao Paiva Netto e a todos os que fazem a LBV”.

Para Viviane Romanelli, que apresenta o Dia Dia, na Rede Ban-deirantes de Televisão, “Solidariedade é a coisa mais importante que cada brasileiro, que cada cidadão tem de ter. A gente tem de pensar assim: se cada um fizer a sua parte, vai ajudar um pouquinho a quem necessita”.

Kelly Key agradeceu: “É um grande prazer participar e dizer que, sempre que vocês precisarem, eu estou aqui para ajudar. Obrigada!”.

Cleiton e Camargo estão entre os vários artistas que já visi-taram a Organização e conhecem de perto o que ela realiza. “É um trabalho sério, que as pessoas podem realmente acreditar e confiar. Sabemos como tudo nela é levado a sério. E mais: o José de Paiva Netto é uma pessoa muito especial para a gente”, declarou Cleiton.

Outra colaboradora da Obra, Aparecida Li-berato, destacou: “A gente tem de agradecer mesmo, dizer ‘Obrigada!’ para todo mundo que tem ajudado, que tem disponibili-zado não só os recursos materiais, mas também o seu tempo, a sua

vontade para a LBV, para que tudo cresça e que mais crianças possam ser ensinadas, orientadas e cuidadas, por esse projeto tão grandio-so, tão maravilhoso que é o do Irmão Paiva”. A cantora Adryana Ribeiro, que não perde nenhum evento da Instituição, aproveitou a oportunidade para fazer um convite especial: “Vale muito continuar ajudando a LBV. Sempre estou junto porque acredito. E você que não a conhece tem de ir conhecê-la para ver o resultado. O pouquinho que é para você vale muito nas mãos da LBV. Na verdade, não sou eu quem ajuda a causa: a LBV me ajuda a tornar um Ser Humano cada vez melhor”.

Pepe, integrante do grupo Karametade, ressaltou o aspecto prin-cipal das ações da Instituição: “A ação da LBV, a gente sabe que é o ano inteiro. No Natal, nada mais é do que a consolidação daquele ano todo que foi trabalhado. Faço questão de estar nesta Campanha, porque, se cada um der um pouquinho de si, conseguimos fazer um País melhor”.

A Legião da Boa Vontade acredita no Brasil, na força da sua gente. Por isso, ela agradece a todos os que têm contribuído para a edificação de um mundo mais humano, justo e solidário, desejando continuar as parcerias com a sociedade civil, os órgãos governamentais e diversas instituições para que isso se torne cada vez mais uma realidade. Um Feliz Natal e um Ano-Novo repleto de Paz, prosperidade e vitórias são os votos da LBV e dos milhões de pessoas amparados em 2004!

Kelly Key com algumas das crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade

Adryana Ribeiro

Olga Bongiovanni

Preta Gil Viviane Romanelli Aparecida Liberato

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Centro Educacional da LBV

Duas outras datas importantes, desta vez no setor da Saúde, também foram lembradas no Centro Educacio-nal do Rio: os dias do Médico e do Dentista, come-morados, respectivamente, em 18 e 25 de outubro.

Uma grande festa foi realizada na escola para os que pres-tam serviços voluntários nessas áreas, dedicando parte do seu tempo em prol da melhoria da qualidade de vida de pessoas carentes.

O encontro, iniciado com a Prece Ecumênica do Pai-Nosso, comoveu os presentes. “Estamos muito emocionados e felizes por presenciar os frutos que foram de uma semente lançada há algum tempo: o nosso Centro Odontológico da LBV no Rio. Hoje é um dia muito especial, pois estamos vendo outros co-legas apoiando este trabalho com nossas crianças. Eu sinto que sou muito mais ajudado do que propriamente colaboro. Descobri que, como ensinava Alziro Zarur, só podemos ser felizes praticando o Bem. Sinto uma alegria indiscutível, uma emoção muito especial quando tenho contato com es-sas crianças”, assim se manifestou o dentista Geraldo Pessanha dos Santos.

O Centro Odontológico da Legião da Boa Vontade atende diariamente os alunos do Centro Educacional da Instituição, contando com a adesão de profissionais da área, estudantes e professores do curso de Odontologia da Universidade Estácio de Sá, que, graças a uma parceria, desenvolvem um trabalho completo de Saúde e prevenção bucal.

“É muito importante podermos elaborar a Saúde com a Educação. Isso faz o diferencial de qualquer indivíduo. Relembrando o lema da LBV*, a Espiritualidade forma o in-divíduo com uma certeza de ele ser a criação e fazer parte do Universo. Isso a LBV sabe disseminar muito bem, pois co-loca nas crianças a semente do Criador, pequena e essencial diferença em crescer com dignidade, com amor, fazendo parte de uma sociedade com a firme Fé de que foi criado para exercer uma função melhor no mundo”, destaca a odontóloga Rosany Nascimento de Azevedo, que também abraçou a causa.

A dentista Leila Senna Maia segue na mesma linha de pen-samento: “Na LBV, há a concretização de um sonho de vários doutores. Muitos poderiam achar que era uma utopia nossa, mas a utopia, que pode estar acontecendo em outro lugar, aqui

é realidade. As crianças nos emocionam a toda hora. Agradeço muito ao Paiva Netto por ter feito essa Instituição crescer do jeito que cresceu. Sem ele nós não estaríamos neste lu-gar, e a Deus por nos ter dado a

oportunidade de ajudar. Às vezes, as pessoas ficam nos agradecendo, mas nós é que temos de dizer obrigado por es-tarmos trabalhando com vocês”.

Os frutos de todo esse empenho são muitos. Recen-temente, 35 alunos da 4ª série do Ensino Fundamental e três dos Jardins

I e II da Escola da LBV participaram da 39ª edição do Concurso Criança Sorriso, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), seção Rio de Janeiro, que visa motivar a comuni-dade para os hábitos necessários, os cuidados com a saúde bucal, especial-mente na infância. O convite para o evento, que ocorreu em 22 de outubro, na Escola Nacional de Circo (sediada

na Praça da Bandeira), partiu do Diretor do Departamento de Ati-vidades Comunitárias da ABO/RJ, Celson da Silva Couri. A alu-na Nathália Oliveira de Souza (5 anos), do Conjunto Educacional da Legião da Boa Von-tade, competiu com milhares de estudan-tes de outras escolas e ONGs, conquistando o segundo lugar na sua faixa etária, ganhou

bicicleta, medalha e cesta com vários brindes. Vale dizer que o critério utilizado para seleção das crianças atendeu aos seguin-tes requisitos: não possuir cárie e apresentar gengivas sadias e dentes em posições normais.____________________________* A Doutora Rosany Nascimento de Azevedo refere-se ao lema instituído pelo dirigente da LBV, José de Paiva Netto, Educação e Cultura, Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiritualidade!

promove saúde bucal

Crianças apresentam peça teatral para homenagear os dentistas

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Profissionais da saúde que receberam a homenagem da LBV. Da esquerda para a direita: Dr. Geraldo Pessanha, Drª Cynésia Torres, Drª Maria Urânia Alves, Drª Rosany Azevedo e Drª Leila Senna Maia.Dentista avalia os dentes de participante do Concurso Criança SorrisoAs três vencedoras do concurso exibem o sorriso feliz

Fotos: Jorge Alexandre

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