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Revista Boa Vontade, edição 203

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A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.

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Editorial

Trago nesta edição da revista BOA VONTADE, artigo de minha autoria, publicado no livro Crônicas e Entrevistas,

lançado pela Editora Elevação no ano de 2000, e que considero de interesse geral, pois o bem-estar físico é patrimônio valioso para a Humanidade. E o tema em pauta continua assunto preocupan-te na Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há algum tempo o Presidente Bill Clinton declarou o número progressivo de obesos como calamidade pública nos Estados Unidos. As TVs mostraram jovens com dificuldade de se locomover, tamanho o peso. Aqui pelo Brasil esta-mos assistindo a fatos semelhantes.

O Dr. Walmir Coutinho, da As-sociação Brasileira para Estudos da Obesidade, que realiza um trabalho com o Ministério da Saúde, concedeu entre-vista a João Paulo Lopes, no programa Viver é Melhor, da Rede Mundial de Televisão*1.

Entre as suas declarações, destaco estas que expõem a gravidade da doença que anda ceifando preciosas vidas:

— É muito preocupante. (...) A gente já tem, com excesso de peso no País, 36% dos brasileiros. (...) E o que impressiona mais é que, justa-mente nas camadas de menor poder aquisitivo, se observa o maior índice de crescimento desse problema.

Obesidademata mais que AidsSem preconceitos: ricos e pobres sofrem com a gordura.

Existem algumas explicações. E talvez no Brasil haja duas realidades diferentes, pelo menos esta é minha hipótese, a maneira como vejo as coisas: (...) na população de renda mais alta, de maior escolaridade, possivelmente o fator predominante seja o conforto da vida moderna e a inatividade física dele decorrente (...), sem falar da violência nas grandes cidades, que prende as crianças dentro de casa. Elas não podem mais sair à rua para divertir-se, têm de permanecer em frente da TV, do computador, da Internet, o tempo todo.

Agora, nas camadas de renda mais baixa, creio ser decisiva a edu-cação, que, de forma lamentável, é muito deficitária ali, principalmente a específica para este assunto: a ali-mentação saudável e a importância do exercício corporal.

Sem essa instrução, a pessoa acaba comendo errado. Há dados alarmantes. Por exemplo: o consumo de lingüiça no Brasil aumentou em 1.000% nos últimos anos. Então,

Walmir Coutinho Bill Clinton

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade.

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Ricos e pobres sofrem com o

problema da gordura. É um armagedom, mas

sempre há salvação, ou seja, uma alternativa ao alcance de

todos, porém com o aval da medicina.

acho que, para as comunidades pobres, a alimentação é ruim, com muita gordura animal. (...)

Desequilíbrio dietético

O desequilíbrio dietético apre-senta uma série de ameaças graves que, infelizmente, levam muitos à morte.

São riscos associados à gordura escondida no abdômen, chamada de abdominal visceral. (...) Ela desenca-deia uma resistência à ação da insuli-na, hormônio que controla o açúcar no sangue. O que vem junto com isso? Pressão alta, o diabetes (até nas crianças)... Se ele não vem, chega a tolerância glicídica, o colesterol alto, e tudo isso leva o indivíduo a uma tendência muito grande de entupir vasos sangüíneos, determinando vários tipos de complicações, liga-das à obstrução vascular. (...)

Quando se somam essas coisas e se vai fazer uma estimativa, acre-dita-se hoje que, no Brasil, 80.000 mortes anuais sejam causadas pelas conseqüências da obesidade.

É realmente assustador. Para se ter uma idéia de quanto significa esse fato: nem a Aids chegou a matar a metade disso. A obesidade é, pois, uma epidemia que destrói mais do que o HIV.

Mau exemplo para as crianças

Quanto aos pequeninos, o especia-lista adverte:

— Se os adultos não souberem comer direito, dificilmente eles desenvolverão hábito de uma boa nutrição. Por isso, na fase da infân-cia, o fator mais importante nesse tratamento acaba sendo os pais.

E diz ainda o doutor:

— O ambiente escolar tem de ser mudado. Não adianta uma criança ir ao médico e ouvir: — “Você preci-sa comer coisas mais saudáveis...”

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se, na cantina*2 do colégio, ela só encontrar hambúrguer, cachorro-quente, batata frita, balas e chocolate. (...) Não adianta dizer-lhe que deve comer frutas, se não vai achá-las por lá. (...) A criança precisa de atividade física também.

Aqui, um dado alentador:

— O Brasil possui quantidade e qualidade de profissionais atuando na área da obesidade, que talvez não

conheça paralelo no mundo. (...) São endocrinologis-tas, nutricionistas, psi-cólogos, professores de educação física, que se

reúnem em congressos científicos, cada

vez mais pes-quisam, publi-

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Mais de 1.000 crianças e jovens atendidos pelo Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade, em São Paulo/SP, dispõem de infra-estrutura modelar, com quadras poliesportivas e ampla praça de lazer. Antes mesmo da inauguração do Conjunto Educacional, o dirigente da LBV, José de Paiva Netto, determinou pesquisa sobre o melhor processo para se obter uma alimentação saudável (1). Com esse parâmetro, foram apontados equipamentos de origem alemã, adquiridos para a Escola, a exemplo dos fornos (2), nos quais são preparadas as refeições das crianças. Esse sistema de cozimento, além de reduzir a gordura, conserva, de forma mais eficaz, o valor nutritivo dos alimentos.

cam novos trabalhos sobre o tema e tratam do paciente com um nível de seriedade sempre maior. Então, creio que, por este lado, o panorama é animador.

A importância da atividade física

O Dr. Walmir volta a destacar o valor do exercício, mesmo que seja “andar de 15 ou 20 minutos por dia, pois isso já é melhor do que não praticar nada”.

— Quando nem isso for pos-sível, aconselho uma atividade física informal, aquela que a pessoa não se prepara para fazer, não precisa calçar tênis, vestir roupa de ginástica... Pode levar o cachorro para passear, descer do ônibus uma ou duas quadras antes do trabalho, de modo que realize uma caminhada. Como o sedentarismo é igualmente uma epidemia, se a pessoa conseguir cumprir 30 minutos de atividade física três vezes por semana, segundo a Organização Mundial da Saúde, já deixa de ser um sedentário, com repercussões importantes para o corpo. Não precisa nem ser 30 minutos se-guidos. Bastam 15 de cada vez ao dia.

Bem, a entrevista prossegue. Há outros aspectos elucidativos, como

quanto a dietas, que reproduzirei em outra oportunidade. Ricos e pobres sofrem com o problema da gordura. É um armagedom, mas sempre há salvação, ou seja, uma alternativa ao alcance de todos, porém com o aval da medicina. Vale a pena conscientizar-se disso. O nosso metabolismo agradece.

Quarenta e nove anos

Aproveito o ensejo para registrar minha gratidão pelas manifestações de apreço que venho recebendo na passagem de meu 49º aniversário de serviços prestados à causa empolgante e altruística da Legião da Boa Vontade, completado em 29 de junho do corrente ano. Retribuo na mesma intensidade essas demonstrações de Amor Fraterno._________________*1 Rede Mundial — A TV da Educa-ção, da Cultura e da Cidadania Soli-dária com Espiritualidade Ecumênica! — Rede nacional de televisão criada por Paiva Netto em 1º de janeiro de 2000. *2 Cantina — É antiga a ordem de Paiva Netto para que nas cantinas das escolas da LBV, em todos os locais, sejam ser-vidos alimentos que contribuam para o bem-estar das crianças e dos jovens. O Instituto de Educação da LBV está localizado na Av. Rudge, 700, Bom Re-tiro, São Paulo/SP, tel.: (11) 3225-4500, site www.iejpn.com.br.

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Cartas

obra da Legião da Boa Vontade. (César Bastos — Coordenador do Centro de Referência à Discriminação Religiosa — CRDR e Secretário Executivo da Central de Cidadania (SEJDIC/RJ)

“Muro de Gerês”Quero expressar minha emoção

ao ler o artigo do escritor Paiva Netto, “Muro de Gerês”, na edição nº 202, desta maravilhosa revista. A forma como ele descreve pessoas e lugares que conheceu em sua viagem a Por-tugal é muito rica em detalhes, tanto é que fui capaz de visualizar todas as si-tuações, como se lá estivesse também, e isso me encanta em suas matérias. Nos belíssimos versos, que foram inspirados no Muro de Gerês, podemos perceber quanto sentimento o escritor demonstra ao reconhecer a importância do que para muitos poderia ser um simples muro, mas que na visão de um homem iluminado pela força do Amor de Jesus, torna-se exemplo de uma estrutura que cumpre sua função permanente. Para-béns à revista BOA VONTADE, que está esplêndida, e ao Irmão Paiva, que com fidelidade e muito Amor dedica sua vida ao Divino Mestre e, assim, nos leva a conquistar a Paz. (Anderson Cardoso — via e-mail)

Identidade VisualQuero parabenizar a identidade vi-

sual da revista BOA VONTADE, não só pelo colorido e diagramação ímpares,

mas principalmente pelas reflexões de pensadores que marcaram sua geração e as vindouras, com frases que são tão úteis e atuais quanto em suas épocas. (Paulo Berri, escritor — Florianópolis/SC)

Parabéns!Queridos amigos, acompanho a

Super Rede Boa Vontade de Rádio há quase dois anos e gostaria de dizer quanto tenho aprendido com as lições do Irmão Paiva e as vibrações que sinto com as músicas e preces. Vocês estão de parabéns!!! (Cláudio Ricardo — Barra Mansa/RJ)

A revista BOA VONTADE está simplesmente maravilhosa, moderna e superatual. Os temas nela abrangidos são de uma importância tão grande que não devemos deixar de ler. (Luiz Silva — Nova Iguaçu/RJ)

Quero agradecer ao Irmão Paiva pela grande lição de humildade que vem nos trazendo todos os dias por meio dos Ensinamentos Divinos, seja pelo rádio, televisão, pelos congressos maravilhosos, como o de Uberlândia/MG, no dia 25 de junho; ou pelas obras literárias — pérolas divinas a nos despertar para a ver-dadeira realidade: a espiritual. Entre eles As Profecias sem Mistério, que como afirma o ilustre Espírito Dr. Be-zerra de Menezes: “É o livro da cura, e deve estar na cabeceira de todas as

Alguns dos leitores da revista BOA VONTADE tiveram a grata satisfação de realizar

uma viagem virtual a diversos ór-gãos da Legião da Boa Vontade, neste mês de julho. Um deles, o maestro José Eduardo Paulote de Paiva, emocionou-se ao ver as fo-tografias aéreas do Templo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o Par-

O mundo ao alcance de um cliquelaMundi da LBV, em Brasília/DF. Quem quiser visitar também esses lugares e uma infinidade de outros espalhados por todo o Planeta pode fazê-lo com apenas um clique. Para isso, basta salvar em seu computador um novo programa disponibilizado pelos sites http://maps.google.com e http://earth.google.com; e ver as imagens feitas da Terra por satélites em órbita.

Imagens: Google Earth

Imagens de satélite: Templo da Boa Vontade e do ParlaMundi da LBV (acima), em Brasília/DF, e Instituto de Educação José de

Paiva Netto (embaixo), na capital paulista.

Cidadania plena(...) A revista BOA VONTADE pri-

ma pelo Ecumenismo e pela elevação espiritual da Humanidade. Veículos com este perfil conseguem desenvolver a cidadania plena, que só é possível dentro do binômio “humano x Espírito”, conduzindo reportagens sempre ao engrandecimento de to-dos. Acompanhamos a trajetória da Legião da Boa Vontade desde os

tempos do saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979), até os dias de hoje, com a administração e condução iluminada do Irmão Paiva Netto, que pelo seu dinamismo e capacidade, ampliou as ações sociais (da Instituição), construiu o Templo (da Boa Vontade), em Brasília, responsável pela maior peregrinação do Distrito Federal; o ParlaMundi (da LBV), que abriga as mais variadas con-ferências e discussões para o crescimento da Humanidade; e deu seqüência à ex-pansão mundial da LBV, com a presença em diversos países.

(...) Gostaríamos de agradecer todo o apoio dado pelos senhores, que tem sido de grande valia aos propósitos de proje-tos, que por meio da nossa Organização da Sociedade Civil — OSCIP; Central de Referência à Discriminação Religiosa — CRDR, promove ações sociais se-guindo o exemplo dado pela maravilhosa

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famílias”. Esse trabalho do Irmão Pai-va libertará a Humanidade da maior doença de todos os tempos: a ignorân-cia total das Leis de Deus. (Cláudia Oliveira — Piracicaba/SP)

A equipe da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus está trabalhan-do para que essa corrente maravilhosa chamada Legião da Boa Vontade possa crescer a cada dia. Minha sincera grati-dão também pelo Congresso da LBV em Uberlândia/MG dedicado aos Jovens. Meu coração está em festa, pois receber este presente moral e espiritual é uma honra pela qual não poderia deixar de citar nesta singela carta. (Samara Ales-sandra Marques, Recife/PE)

Irmão Paiva, grande amigo! Quero desejar muitas felicidades! Amigo é as-sim: está todos os dias em nosso lar nos orientando, nos ensinando a viver melhor e nos elevando ao coração de Jesus nos momentos de oração, por meio da Super Rede Boa Vontade de Comunicação. Obrigada pela sua amizade e pelo seu carinho. Feliz Dia do Amigo! (Maria Freitas, por e-mail).

Quero transmitir ao coração do Irmão Paiva as minhas vibrações de carinho, amizade e gratidão. Que Jesus, o Divino Amigo, o ilumine sempre e derrame so-bre ele e sua querida família as Bênçãos Celestiais de saúde, paz e alegria. (Miltes Pestana, por e-mail).

EutanásiaA palestra publicada na BOA VON-

TADE, edição nº 202, sobre a Eutanásia, está surpreendente. O Dr. Oswaldo Hely Moreira faz uma análise médico-espiri-tual, debatendo a questão do comporta-mento ético da medicina, dos direitos do paciente terminal e as conseqüências espirituais dessa atitude. A matéria está bem didática, elucidando de maneira compreensível os termos científicos e polêmicos abordados, a exemplo de Distanásia e Ortotanásia. Parabéns a todos pela escolha dos temas, sempre atuais, que são tratados pelo prisma da Espiritualidade Ecumênica. (Leonardo Barduzzi — São Paulo/SP)

“Meu querido Irmão Paiva Netto, envio um abraço fraterno e especial pelo Dia do Amigo. Peço a Jesus que continue dando-lhe força para continuar atuando com brilhantismo como magní-fico médico espiritual de homens e de al-mas. Que Deus o ilumine para continuar sempre atuando na LBV com todo este carisma, cheio de rapidez de raciocínio e repleto de Amor ao próximo. Que para todo o mundo você continue espalhando seus conhecimentos espirituais e que faça crescer, cada vez mais, a nossa Legião da Boa Vontade”. (Luiz Carlos Lourenço, jornalista).

Dia do amigo“Prezado escri-

tor José de Paiva Netto, registro, com muita satisfação, o recebimento da re-vista BOA VONTA-DE de maio de 2005. Cumprimentando-o

pelo editorial Status da Mulher nas Nações Unidas, agradeço a gentileza com que fui distinguido. O abraço es-pecial.” (Marco Maciel, Senador)

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Da esq. para a dir.: o jornalista Luiz Carlos Lourenço, o radialista Hilton Abi-Rihan e o dirigente da LBV, Paiva Netto, em memorável encontro.

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A Academia Brasileira de Letras (ABL) promoveu, em 20 de julho, a solenidade comemorativa ao 108º aniversário de fundação da Casa. Na cerimônia foram entregues os Prêmios Literários ABL, na sede do órgão no Rio de Janeiro/RJ. A principal honraria foi conferida ao poeta e escritor Ferreira Gullar, que ganhou o Prêmio Machado

de Assis, pelo conjunto de sua obra. Na oportunidade, o advogado Pedro de Paiva representou seu pai, o dirigente da LBV, cumprimentando os presen-tes, em especial, os homenageados. O acadêmico Eduardo Portella, ao ser saudado, aproveitou para mandar um forte abraço a Paiva Netto e dizer que sempre lê a revista BOA VONTADE.

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O advogado Pedro de Paiva (E) ao lado do poeta e escritor Ferreira Gullar

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A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.

Este número da revista BOA VONTADE é, acima de tudo, um re-gistro histórico de pioneiros de nossa comunicação, homenagem ensejada pelos 90 anos de idade do veterano jornalista Fernando Segismundo, em 5 de julho. Na referida data, a Asso-ciação Brasileira de Imprensa (ABI) realizou o evento “Quatro pilares da ABI”, no qual ele e outros três destacados ex-Presidentes daquela Casa foram lembrados, por sugestão inicial do próprio Segismundo, e são eles também que figuram na capa da rBV. Na matéria de José Reinaldo Marques, publicada também no site da ABI, pode-se ter uma idéia do legado desses profissionais para o Brasil: Herbert Moses (1884-1972), que consolidou a Entidade fundada por Gustavo de Lacerda (1852-1909); Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000), o decano da imprensa, que liderou uma intensa campanha nacionalista e fez da profissão um meio de levar po-lítica e cultura ao Povo; e Prudente de Moraes, neto (1904-1977), que, entre as relevantes ações, destacou-se, em especial, na defesa dos jornalistas de nosso país.

Sumário

4 Editorial 8 Cartas 13 Coluna do Garotinho14 Perfil17 Literatura18 Samba e História20 LBV na ONU22 Memória da Imprensa26 Entrevista29 Cultura30 História36 Reportagem

Edição nº 203

Vale dizer, ainda, que é antiga a amizade que une a Legião da Boa Vontade e a ABI, desde os primór-dios da Instituição (1950), pois foi justamente no Salão do Conselho da Associação que ocorreram as primei-ras reuniões públicas ecumênicas da LBV, fundada pelo saudoso jornalista Alziro Zarur (1914-1979).

Outra matéria de destaque desta edição é o editorial de Paiva Netto. Nele, o escritor e jornalista chama a atenção para o fato de que a “Obesi-dade mata mais que Aids”, conforme registrou no título de seu artigo.

Realce também para a cobertura do “30º Congresso Internacional da Juventude Ecumênica da LBV”, que ocorreu em Uberlândia/MG, no últi-mo 25 de junho, cujo tema O Jovem na Política de Deus mexeu com essa gente moça, fazendo-a refletir sobre valores como Respeito, Caridade, Solidariedade e Amor. No Especial, trechos marcantes da palavra do Líder da LBV, Paiva Netto, durante o evento jovem, acerca do assunto, apresentado por ele de forma prática, na vida das pessoas e dos povos.

Os editores

Ao Leitor

Adriane Schirmer Neuza Alves Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista

Redação

BOA VONTADEANO XXIII • Nº 203 • julhO de 2005

Diretor e Editor responsávelFrancisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Editor Executivo: Gerdeilson BotelhoSubeditora: Débora Verdan

Revisão

ArteProjeto Gráfico: João Periotto Capa: João Periotto e Alziro BragaFotomontagem de capa: acervo da ABI e da rBV.

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação.

Impressão: PROL Editora Gráfica

Produção

Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com E-mail: [email protected]

ColaboradoresAlvino Barros, Antonio Paulo Espeleta, Daniel Trevisan, Elias Paulo, Leonardo Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Paulo Azor, Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre, Silvia Bovino e William Luz

44 Especial sobre Paiva Netto46 Viver é Melhor!47 Atualidades49 Melhor Idade50 Ação Jovem LBV 52 Soldadinhos de Deus54 Acontece no mundo57 Acontece62 Pedagogia do Cidadão

Ecumênico

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Sumário4Editorial

Coluna do Garotinho 13

Perfil 14

Entrevista26

Memória da Imprensa 22

História 30

36ReportagemSamba e História 18

4 Editorial

O escritor e jornalista Paiva Netto alerta: “Obesidade mata mais que Aids”, chamando a atenção dos leitores para a doença que, em mui-tos países, é considerada caso de calamidade pública.

13 Coluna do Garotinho

A formação de novos talentos no futebol na América do Sul e na Áfri-ca e o investimento de clubes euro-peus nesses jogadores são pauta do artigo de José Carlos Araújo

14 Perfil

Oscar Schmidt conta a trajetória de sua vida que o tornou um campeão dentro e fora das quadras

18 Samba e História

Um dos grandes símbolos do carna-val carioca, Neguinho da Beija-Flor, há 30 anos na Escola de Nilópolis, fala do trabalho que o projetou como cantor e compositor.

22 Memória da Imprensa

Cerimônia especial na Associação Brasileira de Imprensa homenageia os “Quatro Pilares da ABI”, um reco-nhecimento aos ex-Presidentes da Casa do Jornalista: Herbert Moses, Prudente Moraes, neto, Barbosa Lima Sobrinho e Fernando Segis-mundo.

26 Entrevista

Rafael Cury comenta a mais expres-siva vitória da Ufologia do Brasil: a abertura dos arquivos da Aeronáu-tica, uma ação que teve início no ParlaMundi da LBV, em 1997.

30 História

A vida e obra de Santos Dumont, o brasileiro que se tornou um dos mais respeitados inventores do mundo moderno, ao realizar o his-tórico vôo no 14 Bis.

36 Reportagem

Paiva Netto palestra para milhares de jovens em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em evento marcante que debateu “O Jovem na Política de Deus”. Na reportagem, leia trechos do pronunciamento feito de improviso pelo Líder da LBV.

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que qualquer clube europeu consegue contratar com relativa facilidade. Para eles, sai muito barato e a revenda é lucro na certa. Para nós, suas propostas em dólares ou euros são irresistíveis.

Não é por acaso que os campeonatos europeus exibem os maiores craques do futebol mundial. Tanto que, ao escalar as seleções titulares de Brasil e Argentina, por exemplo, todos são integrantes de equipes européias.

Mas, justamente por esse êxodo, que tanto incomoda o torcedor bra-sileiro, o admirado futebol europeu vem fracassando nas competições internacionais.

Foi assim na Copa do Mundo de 2002 e no Campeonato Mundial sub-20, disputado agora, na Holanda. O mesmo ocorreu na Copa das Con-federações, cuja final reuniu Brasil e Argentina, o maior clássico e a maior rivalidade da América do Sul.

Ficou claro que o milionário fute-bol europeu simplesmente não existe.

A supremacia daAmérica do Sul e da África

José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do

Rio de Janeiro/RJ

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Coluna do Garotinho

O futebol milionário, sem dúvi-da, está na Europa. Os clubes espanhóis, italianos, ingleses, alemães e franceses dão mos-

tras de sua vitalidade financeira, com enorme capacidade de gerar receitas ini-magináveis para clubes dos continentes sul-americano e africano.

Até mesmo centros esportivamente menos desenvolvidos, como o da Rússia (sem falar em países de futebol inexpres-sivo, como os da Ásia), matam de inveja qualquer diretor financeiro de clubes da América do Sul e da África.

Falando em termos brasileiros, basta surgir um novo talento por aqui

Na verdade, o que a Europa exibe são talentos sul-americanos (brasileiros, argentinos, colombianos, paraguaios, etc.), acompanhados de talentos afri-canos.

Ao importar os craques dos prin-cipais centros futebolísticos mundiais, os europeus deixam de formar os seus próprios jogadores. Por isso, quando colocam suas seleções em campo, não podendo contar com os importados, acabam exibindo toda a sua fragili-dade.

Ao contrário, a saída constante de jogadores leva os clubes exportadores de talentos (sul-americanos e africanos, principalmente), a acelerar a formação de jovens jogadores.

A continuar assim, os próximos campeonatos mundiais deverão repetir os resultados observados nas últimas disputas: países sul-americanos e afri-canos sempre ocupando as primeiras posições e levando para casa impor-tantes conquistas.

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Estádio de Daegu, na Coréia do Sul.

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Trajetória de um

Oscar Schmidt: exemplo no esporte e de cidadania.

campeão

A carreira vitoriosa de Oscar Daniel Bezerra Schmidt — ou como ficou carinho-samente conhecido: o “Mão

Santa” — pode ser observada sob al-guns ângulos e, apreciando-os, se tem a certeza de que a experiência pessoal dele é útil, principalmente para os jovens, seja qual for o campo de atu-ação que escolham. Um gigante, não só na estatura (2,04 m) mas nas ações, dentro e fora das quadras, dando apoio aos colegas ou colaborando com o próximo, a exemplo de diversas cam-panhas socioeducacionais da Legião da Boa Vontade de que participou. A aura alegre, jovial, cheia de energia, e o espírito aguerrido que lhe valeram nos momentos mais difíceis alicerça-ram o seu currículo impecável como atleta, a ponto de ser considerado o maior jogador de basquete brasileiro de todos os tempos e um dos maiores recordistas mundiais na modalidade.

Vindo de família de esportistas, o caminho foi natural, com um empur-rãozinho a mais que a altura favorecia. Aos 13 anos (já com 1,90 m), deu os primeiros passos com a ajuda do técnico Laurindo Miura, época em que morava na capital federal. De-pois foram se sucedendo os triunfos, os bons resultados nos campeonatos, sempre se destacando nos clubes em que passou, no Brasil e Exterior, como nas onze temporadas na Itália (foi o primeiro jogador a fazer 10 mil pontos no Campeonato Italiano) e, depois,

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Fotos: Arquivo da Confederação Brasileira de Basquete (CBB)

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ao integrar o Forum, de Valladolid, na Espanha.

Em um quarto de século nas quadras, chegou, em 1º de dezembro de 1999, à marca de 43 mil pontos, apenas superado no basquete inter-nacional por Kareem Abdul-Jabbar, que alcançou os 46.725. Outro grande feito de Schmidt foi integrar o time brasileiro em cinco Olimpíadas: Mos-cou (1980), Los Angeles (1984), Seul (1988), Barcelona (1992) e Atlanta (1996), sendo o cestinha em três jogos e o primeiro, nessa competição, a fazer mais de mil pontos.

Mas nada se iguala ao desempe-nho em 1987, quando comandou a histórica vitória de 120 x 115 sobre o Dream Team, ganhando o título do Pan-Americano, na casa dos adversá-rios, em Indianápolis/EUA.

Ao se despedir das quadras, soube fazê-lo da melhor forma, com justo reconhecimento. Atualmente, dirige a equipe do Telemar, Rio de Janeiro, que se sagrou campeã brasileira no último 26 de junho, ao vencer o Unit, de Uberlândia/MG, com uma equipe formada por jogadores ditos “velhos”, mais um ousado projeto de Oscar. Por tudo isso, vale conferir a entrevista exclusiva do nosso “Mão Santa”.

BOA VONTADE — Primeira-mente, a LBV agradece por você tomar parte das comemorações dos 55 anos da Instituição.

Oscar — Eu que agradeço. Sem-pre que fui chamado, atendi. Sou cliente velho da LBV (risos). É um orgulho ser chamado para divulgar algo que deu certo. E faço com a maior Boa Vontade mesmo, com um prazer enorme. Participar da Cam-panha cedendo aquilo que tenho de mais precioso, que construí durante muitos anos, a minha imagem. Por-que a LBV é o exemplo de como as coisas devem ser feitas para ajudar as pessoas que precisam. Espero que ela cresça muito, que se multiplique cada vez mais e consiga atender a muitos mais milhões (de pessoas) do que já atendeu até agora.

Em 1987, Oscar festeja um dos títulos mais importantes da carreira: a vitória sobre a Seleção Norte-Americana, no Pan-Americano de Indianápolis (EUA).

O “Mão Santa” em mais um lance espetacular

Oscar foi um dos atletas que assinaram a camiseta da LBV — França-98, um incentivo à Seleção Brasileira de Futebol nos jogos da Copa do Mundo. A renda com a venda desse material foi revertida em prol das obras socioeducacionais da Instituição.

BV — Nos Centros Educacionais da LBV, que você já visitou diversas vezes, o esporte também é colocado em destaque, sendo valorizado.

Oscar — O esporte é muito bom para a criança, para o adolescente. A LBV tem de incentivar, cada vez mais, a prática dele para preencher as lacunas que ficam na vida da criança, quando a garotada não está estudando. Ao dar esporte nessa hora livre, você coloca objetivos, coisas boas na cabe-ça do menino. E ele fica cansado, com pouco tempo para fazer besteira.

BV — Seus pais não eram liga-dos ao basquete. Como surgiu este contato com a modalidade?

Oscar — Apesar de eles não serem jogadores de basquete, eram esportis-tas: meu pai, mãe e tio jogavam vôlei. Um irmão jogou vôlei, chegou a ser da Seleção Brasileira, hoje o Tadeu Schmidt é um grande repórter da TV Globo. Outro irmão meu, o Felipe, também pratica vôlei de praia com seu filho, e jogou muito basquete, é Capitão de Fragata da Marinha, lá em Vitória. Todos temos o esporte no sangue. Então, fazer vôlei, basquete, ou qualquer outra modalidade, é uma questão só de escolha, porque, com o que a gente fizesse, ia se identificar. Mudamos para Brasília, meu pai é militar, e quando cheguei lá, queria jogar futebol, mas eu estudava no (Colégio) Salesiano, onde estava o técnico de basquete do Clube Unida-de Vizinhança. Então, aconselharam

“A LBV é o exemplo de como as coisas devem ser feitas para

ajudar as pessoas que precisam.”J.

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a mim e a meu pai: “Vá lá tentar o basquete, porque você tem tamanho”. Acabei me apaixonando de cara.

BV — O apoio familiar foi impor-tante nessa trajetória?

Oscar — Sim, a primeira coisa é o apoio familiar. A família é primordial em todos os instantes felizes e nos que a gente passa por uma certa dificuldade. Se há um problema em casa, aí o esporte se torna fundamental. Se você tiver as três coisas: a família em casa, fizer es-porte e estudar, está bem encaminhado. É muito difícil cair numa errada.

BV — Qual o valor da religiosida-de na vida das pessoas?

Oscar — É importante, sobretudo nos momentos difíceis, você se apegar a alguém. E Deus é uma coisa muito séria, a mais bonita, segura para se ligar. Quando se tem esse sentimento, você sai na frente dos outros.

BV — Vivemos numa era de videogame, computador. As crian-ças e os jovens estão cada vez mais sedentários. De onde deve vir o incentivo para a garotada ingressar no esporte?

Oscar — O videogame é muito legal. O computador também é im-prescindível na vida da gente, mas todos têm de achar um tempo para se movimentar. Além de preencher o tempo, para todos, fazer esporte é fundamental: para não engordar, não ter problema de saúde. Muitos jogos infantis foram esquecidos, como o botão, a bola de gude, em-pinar papagaio. Essas coisas que a maioria dos meninos fazia, hoje com o videogame, o computador, ficam muito mais difíceis. Seria bom que as crianças encontrassem um tempo para brincar de coisas manuais, não só olhar para uma tela e ficar meio hipnotizado.

BV — Você nasceu em Natal/RN, e as principais praças esporti-vas estão centralizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Como dar maior acesso às pessoas que estão em outras localidades?

Oscar — Isso é um papel das federações e confederações espor-tivas, que no nosso País não fazem da maneira como deveria ser. A es-cola também tem um fator relevante nisso, mas não é feito como teria de ser. A partir do momento que vier, de cima para baixo, uma ordem e mais recursos para investir na Educação, de maneira que o esporte seja pra-ticado na escola, e a criança fique o dia todo no colégio, teremos um Brasil muito melhor pela frente.

BV — Como você avalia a nova geração de jogadores de basque-te que estão atuando em nossa seleção?

Oscar — São bons jogadores. Temos uma ótima seleção. Só falta aquela coisinha a mais para mudar de nível. Aquele detalhezinho para sair do estágio de equilíbrio entre os

países, passar para o de cima, que a Argentina conseguiu e a Iugoslávia alcançou há muitos anos, a Rússia há um tempo e os Estados Unidos já têm a vida toda.

BV — Quais as metas de vida para 2005 em diante?

Oscar — Meus planos de vida são cuidar da minha família, conti-nuar fazendo palestras pelo Brasil. O meu ganha-pão hoje é fazer pa-lestras. E, de alguma forma, per-manecer no meio do esporte. Estou trabalhando para nós viabilizarmos uma liga profissional independente de basquete, com todos os clubes do Brasil. Está tendo um sucesso relativo até agora, espero que isso vingue e que, pouco a pouco, cada um no seu papel, possa melhorar o nosso basquete.

BV — Sua mensagem final: Oscar — Façam esporte, se me-

xam. Se não for algo competitivo, que seja andar a pé e de bicicleta, correr, jogar um futebolzinho ou basquete. Qualquer tipo de esporte é bom para a saúde. Quem puder enveredar pelo caminho profissio-nal, melhor. Quem não conseguir, faça de alguma maneira, porque, senão, você pode ter problemas no futuro.

Perfil

Oscar, em 1987, quando comandou a histórica vitória de 120 x 115 sobre o Dream Team, ganhando o título do Pan-Americano, na casa dos adversários, em Indianápolis/EUA.

“Deus é uma coisa muito séria,

a mais bonita, segura para se ligar. Quando se tem esse

sentimento, você sai na frente dos

outros.”

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Literatura

Os mistérios do Universo instigam a mente não só de crianças, como também de jovens e adultos. Quando

vistos pelo prisma científico, tor-nam-se bem curiosos e interessantes. Acreditando nisso, o renomado físico Marcelo Gleiser lançou a obra Micro Macro — Reflexões sobre o Homem, o Tempo e o Espaço. Na noite de autó-grafos, realizada na Livraria FNAC, em Pinheiros, zona sul de São Paulo, Gleiser, que também acumula a fun-ção de professor premiado de Física e Astronomia no Dartmouth College (EUA), dedicou um exemplar de sua obra ao Líder da LBV com a mensa-gem: “Para José de Paiva Netto, com grande abraço. Marcelo Gleiser”.

Em 2000, um mês antes da rea-lização do “Fórum Mundial Perma-nente Espírito e Ciência, da LBV”, o físico assim se expressou sobre o

Universo da Físicaaconteci-mento: “A iniciativa da Legião d a B o a Vontade é f a n t á s t i -ca, porque u m a d a s g r a n d e s m e n t i r a s q u e t ê m sido espa-lhadas por aí é que Ciência e Reli-gião estão em guerra, em conflito, e que uma não tem nada a ver com a outra. E não é por aí! A Ciência e a Fé complementam-se, as pessoas precisam das duas. Não adianta você ter uma visão puramente ra-cional do mundo. Existem certas coisas que a Ciência não se propõe a explicar”. [R.O.]

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O ex-Pre-sidente dos Es-

tados Unidos Bill Clinton fez uma pa-lestra sobre L i d e r a n ç a e Prosperi-dade Coleti-va, no fim do mês de junho, na capital paulista. William Jefferson Clinton foi eleito Presidente dos EUA em 1992 e reeleito quatro anos mais tarde, sendo o primeiro do partido democrata a exercer um segundo mandato desde Roosevelt.

O encontro, voltado para lideranças de todo o Brasil, reuniu um público de aproxi-madamente 1.200 executivos e l íderes governamentais . Durante este evento, ele lan-çou o seu livro Minha Vida e autografou um exemplar ao dirigente da LBV: “To Paiva Netto, Bill Clinton”. (“Para Paiva Netto, Bill Clinton”).

O conceituado jornalista Franklin Martins lançou, no restaurante Carpe Diem, da 104 Sul, Distrito

Federal, o livro Jornalismo Político. O autor é comentarista político da TV Globo, da Globonews e da Rádio CBN. Sua obra literária “explora de forma prazerosa o dia-a-dia de um jornalista político e conta como é a relação entre a imprensa e o poder em Brasília”, escreve na contracapa. “Este livro — essencial para estudantes e profissionais da área — mostra que é possível para o jornalista exercer sua profissão com responsabilidade e transmitir informação isenta e correta sem se comprometer com conflitos de interesse”, completa.

No lançamento, Franklin autogra-fou um exemplar de seu livro para

___________Nádia Preda

Jornalismo e Política______________

Raquel Bertolin

Memórias de

o Presidente das Instituições da Boa Vontade, registrando as palavras: “Ao Paiva Netto, algumas reflexões sobre nossa profissão. Espero que goste. Franklin Martins”.

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Marcelo Gleiser

Franklin Martins

Bill Clinton em entrevista à Rede Mun-dial de Televisão

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Noel Rosa (1910-1937) afirma-va que “samba não se aprende na escola”. Mas a vida do sam-bista Neguinho da Beija-Flor

dá um livro, como ele mesmo definiu em entrevista ao programa Samba e História, transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (RBV) e pela Rede Mundial de Televisão (RMTV). Filho de músico — o pai de Neguinho era pistonista — as raízes familiares contribuíram para que o artista não apenas interpretasse sambas, mas, de fato, conhecesse música.

O início da carreira dele foi no bloco Acadêmico de Miguel Couto, como capoeirista. Contudo foi quando saiu do Leão do Iguaçu, em 1975, que Neguinho começou a fazer parte da ala

de compositores da Beija-Flor, escola na qual permanece até hoje. E foi aí que nasceu o primeiro sucesso: Sonhar com Rei dá Leão.

Com este samba-enredo, a atual tricampeã do carnaval carioca faturou o primeiro título, “quebrando, assim, um tabu de quatro escolas de samba (na época, há 30 anos) que são Mangueira, Salgueiro, Portela e Império Serrano”, recorda. “Só essas quatro é que ga-nhavam carnavais; as demais eram só coadjuvantes, só para encher, dar um complemento no desfile (...) A Beija-Flor quebrou esse tabu com um samba de minha autoria”, declara.

Durante o bate-papo, ele ainda se lembrou de quando foi gravar o primei-ro samba-enredo que compôs. Muitos

Samba e História

Hilton Abi-Rihan, radialista, apresentador do programa Samba e História, da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, conversa com Neguinho da Beija-Flor. Na RBV, o ouvinte pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, no horário das 13 ou 19 horas. Pela RMTV o programa (foto) é exibido aos sábados, às 23 horas. No domingo, o telespectador tem duas opções de horário: às 15 ou 23 horas.

Coração da

Há 30 anos na Beija-Flor, o cantor e compositor Neguinho conta sua trajetória no samba.

azul e brancode Nilópolis

Neguinho da Beija-Flor (C) puxa o samba-enredo: “O vento corta as terras dos Pampas. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor... Sete missões de amor”, que deu, em

2005, à Escola de Samba de Nilópolis, o tricampeonato do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Fotos gentilmente cedidas pela Escola de Samba Beija-Flor

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Page 19: Revista Boa Vontade, edição 203

de Nilópolis

não sabem, mas a composição Sonhar com Rei dá Leão, escrita por Neguinho, marcou história na vida do sambista. A canção, na época, foi eleita para repre-sentar a escola de Nilópolis nos desfiles daquele ano. A voz que iria puxar o enredo não era a sua. Contrariado em ver a atuação do cantor no estúdio de gravação, Neguinho solicitou a um dos diretores para mostrar como se cantava a música.

Ao ouvir a interpretação dele, o diretor pagou a quantia que devia ao cantor e pediu a Neguinho que gravas-se a melodia. Recorda o sambista: “Eu falei que meu nome era Neguinho da Vala. O diretor disse: ‘Não! Quem vai gravar é você; e, a partir de hoje, vai ser Neguinho da Beija-Flor’”.

Flamenguista apaixonado, Negui-nho também é autor de O Campeão, música que fez em homenagem ao time rubro-negro e que atualmente é cantada por torcedores de vários clubes. Até porque virou um clássico o refrão: “Domingo eu vou ao Maracanã, torcer para o time que sou fã”, conforme des-creve a letra. Outra grande conquista é a canção Ângela, de Serginho Meriti e Alexandre, que, na voz de Neguinho, fez sucesso na década de 1980. A mú-

sica inspirou o sambista para o nome da sua filha, agora com 18 anos.

É de autoria dele também Deusa da passarela, escrita na época em que a azul e branco de Nilópolis sagrou-se tricam-peã pela primeira vez (1976/ 77/ 78).

Enquanto para alguns a escola de samba é apenas visual ou samba no pé, Neguinho encontra nos pavilhões uma paixão. Ele está na Beija-Flor há trinta anos e compôs oito sambas para a azul e branco de Nilópolis, que, atualmente, no ranking geral da Liga das Escolas de Samba, é a campeã em títulos. Mui-tas composições dele misturam-se a situações vividas em seu dia-a-dia. “Às vezes as pessoas ouvem uma música e dizem: ‘Será que foi verdade essa história ou o compositor criou essa história, imaginou e contou?’. No meu caso, a maioria de minhas músicas são fatos verdadeiros”.

O CD Nos braços da comunidade é o atual trabalho do Neguinho da Beija-Flor, que está na Europa numa turnê de três meses. Durante a gravação do programa Samba e História, ele, ca-rinhosamente, fez um trocadilho com o bordão de maior sucesso do artista, numa homenagem à Legião da Boa Vontade: “Olha a LBV aí, gente!”.

A elegância do primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Beija-Flor, Claudinho e Selminha Sorriso.

Neguinho da Beija-Flor

“Olha a LBV aí, gente!”

Na Marquês de Sapucaí, tradicionalmente a escola levanta a avenida.

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Encontro reúne anualmente chefes de Estado, ministros e embaixadores de mais de 190 países.

_________________Danilo Parmegiani

Boa Vontade nas Nações Unidas

LBV na ONU

Fotos: Eliana Gonçalves

Conceição Malaman, da LBV, trouxe à reunião do Alto Comissariado do Eco-soc, na ONU, a contribuição da Rede Sociedade Solidária, criada pela LBV, e que reúne 234 ONGs latino-americanas.

Fac-símiles das

capas da revista

Sociedade Solidária

(inglês e espanhol)

apresentou a articulação da rede So-ciedade Solidária e um documento que obteve a contribuição de 234 ONGs latino-americanas. O comprometimento em promover ações organizadas no combate à fome, à miséria, às desigual-dades e em favor da Vida, da educação universal e do desenvolvimento susten-tável foi abordado com uma preocupa-ção transversal: a necessidade de buscar valores de Espiritualidade Ecumênica em cada indivíduo para a superação dos problemas sociais. A representante da Legião da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), Conceição Malaman, encerrou a mensagem dedi-cando à reflexão de todos o seguinte pensamento do dirigente da Instituição, José de Paiva Netto: “Cuida do Espíri-

to, reforma o Ser Humano. E tudo se transformará”.

Paul Hoeffel, chefe da seção de ONGs do Departamento de Infor-mações Públicas (DPI) das Nações Unidas — no qual a LBV possui relação consultiva desde 1994 — resumiu em duas palavras seu parecer sobre o trabalho exposto pela entidade brasileira: “Muito impressionante”.

O documento na íntegra foi impresso e disponibilizado no site

da ONU (documents.un.org, sob a identificação e/2005/ngo/8) em seis idiomas (Inglês, Francês, Russo, Espa-nhol, Árabe e Chinês). Em Português, o texto, bem como a relação de todas as ONGs que colaboraram na discussão local dos oito Objetivos de Desenvolvi-mento do Milênio (ODMs), podem ser lidos no site www.lbv.org.br.

As delegações participantes recebe-ram a sexta edição da revista Sociedade Solidária, com a íntegra do artigo de Paiva Netto “É urgente reeducar!”. O material foi elogiado pela Diretora Executiva do United Nations Deve-lopment Fund for Women (Unifem), Noeleen Heyzer.

A reunião do Alto Segmento do Ecosoc é uma oportunidade de troca de experiências e de informações entre organizações do mundo inteiro. Du-rante um almoço ministerial oferecido pelo governo de Sergipe e pela World Family Organization, o Governador João Alves Filho parabenizou a obra que a LBV realiza na capital do Estado, Aracaju.

Todos os anos, o Conselho Eco-nômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) reúne-se para uma sessão extraor-

dinária do High Level Segment (Alto Segmento), na qual chefes de Estado, ministros e embaixadores de vários países-membros divul-gam suas ações em direção ao desenvol-vimento sustentável do Planeta e à melhoria

da qualidade de vida da Humanidade. Assim, entre 29 de junho e 1º de julho de 2005, o Alto Comissariado desse Conselho discutiu o tema “Millennium+5”, marcando meia década da assinatura da Declaração do Milênio e o prazo de mais dez anos para o cum-primento dos desafios globais acordados por 191 nações.

Além das delegações oficiais, a sociedade civil pôde pronunciar-se. Da América Latina, a organização convida-da a se dirigir ao microfone na câmara do Ecosoc foi a Legião da Boa Von-tade, pelo trabalho socioeducacional que desenvolve há 55 anos, em vários países, com ampla atuação intersetorial, cooperativa e ecumênica.

Tendo sua palavra anunciada pelo Presidente do Conselho e Embaixador do Paquistão, Munir Akram, a LBV

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de comunicação do Brasil e Exterior. E tantos outros detalhes e práticas que se fossem registrados no questionário, o tornariam pequeno para as diversas realizações.

Ainda como recomendação, a Obra apresentou trechos da palavra do Dire-tor-Presidente da LBV constantes da revista Dinamismo da Paz — cujo teor foi apresentado aos participantes da I Conferência de Cúpula da Paz Mundial para o Milênio, promovida na sede das Nações Unidas, em agosto de 2000 — e outra passagem do livro Reflexões da Alma, igualmente de Paiva Netto. [L.S.M]

LBV no relatório da Unesco sobre a Década da Cultura de Paz

O Programa da Década da Cultura de Paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) (2001-2010), de âm-bito mundial, comemora os resultados dos primeiros cinco anos da iniciativa. Um relatório preliminar divulgado, em maio, pela Unesco — que ouviu cerca de 700 organizações, de 100 países — comenta as dificuldades enfrentadas pelas entidades e aponta os progressos, ressaltando o papel da América Latina, em especial o Brasil, entre as nações que mais têm colaborado para a difusão desta consciência pacificadora.

São muitas as conquistas de organi-zações da sociedade civil, cujos esforços são imprescindíveis para promover a Cultura de Paz. A Legião da Boa Von-tade também foi convidada a apresentar suas ações, que datam da década de 1940. A começar pelo próprio dístico da LBV (em forma de um coração azul),

em que se registra: “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”.

No documento, a Instituição faz um rápido retrospecto dos serviços prestados no ideal fraterno, a exemplo da edificação, em Brasília/DF, do Tem-plo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV; o desenvolvimento — em escolas e centros comunitários e educacionais — da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que visa à for-mação integral do Ser Humano: corpo e espírito, além da disseminação da Cultura de Paz em eventos nacionais e internacionais e nos diversos veículos

O High Level Segment (Alto Segmento) reúne centenas de delegações internacionais na Câ-mara do Ecosoc, na Sede das Nações Unidas, em Nova York.

O Governador de Sergipe, João Alves Filho, aparece ladeado pelos representantes da LBV Conceição Malaman e Danilo Parme-giani.

Representante da ONU agradece contribuição da LBV

Russo ChinêsEspanhol Francês ÁrabeInglês

Hanifa Mezoui

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Mensagem da LBV divulgada pela ONU em seus 6 idiomas oficiais a delegações de Estado e ONGs

na Declaração do Milênio, bem como implementando os resultados das conferências e encontros principais da ONU: progresso feito, desafios e oportunidades’.

“A respeito do Encontro Mundial de 2005, a reunião do

Alto Segmento 2005 foi particularmente significativa, de modo que possibilitou maior contribuição ao processo de revi-são do progresso feito na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Na verdade, como o senhor deve saber, a relação entre o Conselho Econômico e Social e as organizações não-governamentais foi definida no es-tatuto das Nações Unidas. Desde então, o Conselho tem persistentemente se esforçado, por um lado, ao permitir aos órgãos da ONU conclamar a consulta de ONGs e suas experiências nas mais diversas, geográfica e substantivamente,

A Sra. Hanifa Mezoui, Chefe da Seção de Organiza-ções não-Governamentais do ECOSOC, encaminhou carta ao dirigente da LBV, José de Paiva Netto, para agradecer o trabalho realizado pela Legião da Boa Vontade no High Level Segment 2005. Abaixo, a mensagem escrita por Hanifa:

“Prezado Sr. Paiva Netto,“Verdadeiramente foi um prazer

recebê-lo na sede das Nações Unidas em Nova York para a reunião do Alto Segmento 2005 do Conselho Econômico e Social, a fim de compartilhar com o senhor tantas atividades inspiradoras e estimulantes, culminando com a apresen-tação do documento de sua Organização dentro do tema ‘Atingindo os objetivos de desenvolvimento, internacionalmente acordados, incluindo aqueles contidos

populações, bem como, por outro lado, possibilitando às organizações que representem elemento importante da opinião pública expressar seus pontos de vista, da mesma forma que o senhor fez no manifesto escrito de sua institui-ção, identificado como E/2005/NGO/8. Como o senhor também deve saber, esse documento foi traduzido para os seis idiomas oficiais.

“Aproveito para comunicar que uma sinopse dos documentos de ONGs formará uma publicação lançada anual-mente pelo Ecosoc e intitulada Diálo-gos no Conselho Econômico e Social. Manteremos o senhor informado do lançamento.

“Mais uma vez, agradeço-lhe pela participação nessa sessão e pela valiosa contribuição a esse ímpeto coletivo de trabalhar em direção ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

“Sinceramente, Hanifa Mezoui, Che-fe da Seção de ONGs, DESA.”

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Festa paraquatro ex-Presidentes

Memória da Imprensa

____________________José Reinaldo Marques do site www.abi.org.br

Durante o evento “Quatro Pilares da ABI”, no último 5 de julho, Fernando Segismundo (à direita) e o jornalista Domingos Meirelles que presidiu a sessão.

Gustavo de Lacerda, o fundador da ABI (1908).

Na primeira foto, o Senador americano Robert Kennedy é aclamado em frente ao prédio da Entidade (1961), após entrevista concedida à imprensa na ABI. Ao lado, registro histórico: Herbert Moses, o segundo da fila, no Jubileu de Ouro de Rui Barbosa, em 1911, data comemorada pelos juristas brasileiros.

Fotos: Acervo da ABI*1

Herbert Moses

Prudente de Moraes, neto

Barbosa Lima Sobrinho

Utilidade pública

Muito festejado por amigos e três gerações de parentes que o acompanha-ram à ABI, Segismundo agradeceu as palavras de carinho que recebeu: “Estou muito honrado com esse momento, não somente por motivos pessoais, mas porque encontrei os confrades que admiro e acompanhei nesta Casa, que

a sessão foi formada pelo ex-Presidente Fernando Segismundo; o Conselhei-ro José Gomes Talarico; a Diretora de Jornalismo, Joseti Marques; o acadê-mico Cícero Sandroni; a historiadora Maria Cecília Rego Carneiro; a jornalista Ana Arruda Callado; o poeta Geraldo Meneses; a Presidente da União Brasileira de Escrito-res, Estela Leonardo e a pintora Maria Emília

Paladino.Domingos explicou que a sugestão

de homenagear outros ex-Presidentes da Casa no dia de seu aniversário partiu do próprio Fernando Segismundo, que justificou assim sua decisão: “Gosto de comemorar e de homenagear, mas fico sem graça quando eu mesmo sou o homenageado”.

Com a sessão come-morativa “Quatro pilares da ABI”, a Associação Bra-

sileira de Imprensa home-nageou Fernando Segis-mundo, que completou 90 anos, e mais três ex-Presidentes*2 da entidade. A celebração ocorreu no Auditório Oscar Guanaba-rino, 9º andar do edifício-sede, no centro do Rio. Os outros homenageados foram Barbosa Lima So-brinho, Herbert Moses e Prudente de Moraes, neto.

A cerimônia foi presidida por Do-mingos Meirelles, Diretor de Assistência Social da ABI, que representou o Presi-dente Maurício Azêdo. Convocada por Domingos, a mesa que conduziu

Fernando Segismundo

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Page 23: Revista Boa Vontade, edição 203

considero de utilidade pública. Pois este é o ambiente da liberdade e do pro-gresso, que agasalha o Povo brasileiro nessas suas aspirações democráticas”. O aniversariante falou também de sua admiração por Herbert Moses, de quem relembrou a obstinação e a capacidade de administrar e escolher assessores, como o poeta e jornalista Orígenes Lessa: “Era um homem extraordinário, que sabia o que que-ria. Quando o conheci na ABI, ele já sonhava com a nova sede. E tinha bom senso ao escolher e cultivar as-sessores que levaram adiante os seus projetos”.

Segismundo ressaltou o prestí-gio de que Moses desfrutava com o Presidente Getúlio Vargas — e que acabou resultando na realização de um antigo sonho: a doação financeira para a compra do terreno onde a ABI ergueu o seu edifício-sede. Decano dos jornalistas

Em sua evocação, o acadêmico Cícero Sandroni falou da trajetória de Barbosa Lima Sobrinho, que conside-ra o decano dos jornalistas brasileiros. Destacou sua competência e determi-nação em defender a democracia e impedir o cerceamento da imprensa, com a firme postura de combater tudo o que considerava errado na política: “Ele é eterno pelas palavras que dei-xou escritas, muito melhores do que eu poderia fazer. Lembro que uma vez o questionei pela sua jornada de trabalho, por causa de sua idade, e ele me disse: ‘O tempo que perdemos na ABI, ganhamos pelo Brasil’”.

Domingos Meirelles, por sua vez, recordou que em 1978 foi pedir-lhe que aceitasse o convite para presidir a ABI: “Vivíamos um momento de tensão. Com a morte de Prudente de Moraes, neto, a Associação se en-contrava dividida e precisava de um Presidente que tivesse a capacidade de desarmar os espíritos. O nome de Barbosa Lima Sobrinho surgiu no calor dos debates sobre o futuro do País e da própria Casa”.

Ao se pronunciar sobre os ex-Pre-sidentes Prudente de Moraes, neto, e Fernando Segismundo, o historiador Mário Barata disse que, ao escolher os quatro homenageados como

seus pilares, a ABI estava vivendo um momento muito importante: “Estamos fazendo um corte histórico para o co-nhecimento da Associação Brasileira de Imprensa, para as futuras gerações. Esses Presidentes conduziram a Casa com muito esforço e criatividade, a ser-viço da comunidade brasileira”.

___________________*1Nosso agradecimento especial à Sra.

Vilma Oliveira, responsável pela Biblioteca Bastos Tigre, que gentilmente cedeu as fotos para a rBV.

*2 As biografias dos quatro ex-Presiden-tes da ABI, homenageados nesta reporta-gem, podem ser encontradas no site www.abi.org.br.

O saudoso Prudente de Moraes, neto, em frente ao prédio da ABI.

Herbert Moses lança a pedra fundamental do

edifício da ABI, em 30 de setembro de 1935.

A solenidade foi assistida por centenas de

jornalistas.

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ABI e LBV:55 anos de amizade

Memória da Imprensa

______________Simone Barreto

Na primeira imagem, da esquerda para a direita, o fundador da LBV, Alziro Zarur, ao lado de importantes figuras da imprensa na-cional: Herbert Moses e João Mello. A foto 2 registra o cordial encontro entre Paiva Netto e o jornalista Fernando Segismundo. Sua simpática esposa, Gioconda, aparece na terceira imagem. Logo abaixo, o conselheiro da ABI José Gomes Talarico concede entrevista à Super Rádio Brasil (940 AM). Na quinta foto, o premiado repórter fotográfico Amicucci Gallo com o jornalista e acadêmico Cícero Sandroni.

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Fotos: Arquivo rBV

Como tradicionalmente ocorre, a Super Rede Boa Vontade de Comunicação deu amplo destaque ao evento. Fernan-

do Segismundo foi cumprimentado pelos representantes da LBV, que, na ocasião, entregaram-lhe a edição nº 202 da revista BOA VONTADE. O jornalista disse que sempre lê a publicação e que gosta muito dos assuntos abordados.

Professor do tradicional Colégio Pedro II e fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, Segismundo frisou que “a festa é da ABI, nós todos estamos festejando essa data permanentemen-te. Estou muito contente porque é a nossa Casa, eu me julgo um homem da comunicação. Acho a ABI funda-mental para nos congregar”.

Ao lado de sua simpática esposa, Gioconda, Fernando afirmou que “Paiva Netto é uma das figuras mais singulares deste País”. Na opinião do jornalista, o dirigente da LBV “nasceu, sem dúvida, para ser útil. Ele se impôs num dever de utilida-de. Paiva Netto trabalha há muitos

anos para a comunidade, para o Povo. Por isso, além de ser nosso amigo, nós o admiramos muito, porque ele se dedicou a uma missão importantíssima que é ajudar as al-mas e os corpos. Estou muito grato pela LBV ter se lembrado de mim, sobretudo na administração dele, que é uma figura muito importante para o nosso País”.

No final da entrevista, Segis-mundo ressaltou que: “Paiva Netto é referência”. Recordou-se também de que o conheceu jovem, no Colé-gio Pedro II: “a nossa admiração, a nossa amizade é muito maior do que se imagina porque é a nossa vida”. E, ainda, desejou ao dirigente da LBV “que ele tenha muita saúde para continuar sua missão enorme, imensa, sublime a que se dedicou. O meu abraço”.

Cícero Sandroni, acadêmico e palestrante, fez um resumo sobre a trajetória do Dr. Barbosa Lima Sobrinho. “Foi o Presidente mais jovem dessa Casa nos anos 20, de-pois reelegeu-se, voltando mais tarde no começo dos anos 1980, onde permaneceu até o seu falecimento. Foi um grande homem, decano do Brasil”. O conselheiro José Gomes Talarico falou sobre as quatro figuras importantes da ABI, fazendo um des-taque especial para Herbert Moses e aproveitou para mandar um grande abraço ao amigo Paiva Netto. Quem também estava presente no evento foi o repórter fotográfico Amicucci Gallo, que enviou um grande abraço ao dirigente da LBV, destacando que a revista BOA VONTADE está de parabéns com o novo formato.

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Primeira reunião ecumênica da LBV, em 1950, foi na ABI.

Relevante parceria social

Maurício Azêdo

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Em 7 de janeiro de 1950, Alziro Zarur comanda a primeira reunião ecumênica da Legião da Boa Vontade, a Cruzada de Religiões Irmanadas, pela qual pioneiramente preconizava o inter-relacionamento religioso. Ela foi realizada no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro/RJ, da qual Leopoldo Machado foi um dos oradores. Na foto superior, ao lado direito de Zarur, que aparece em pé, Teles da Cruz (Catolicismo), à esquerda Murilo Botelho (Esoterismo) e Ascânio Farias (Positivismo).

que assumiu interina-mente a Prefeitura —; Secretário Municipal de Desenvolvimento Social entre 1986 e 1987; Conselheiro do Tribunal de Contas escolhido por unani-midade pela Câmara Municipal em 1995 — aposentou-se em 2004, ao atingir a idade limite para o exercício do cargo; e professor do Departamento de Comuni-cação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro entre 1979 e 1980, lecionando Técnicas de Produção em Jor-nalismo Impresso e Legislação dos Meios de Comunicação, entre outras matérias.

Maurício Azêdo está desde 1972 na ABI, onde foi diretor da Biblioteca Bastos Tigre entre 74 e 76, além de um dos edito-res do Boletim ABI.

A LBV e a Casa do Jornalista sempre mantiveram um relacionamento cordial, tendo firmado parcerias ao longo do tempo, como, no fim de 2004, quando foi assinado um convênio entre as duas insti-tuições, sem quaisquer ônus para a ABI, no qual é dado atendimento odontológico aos jornalistas aposentados, de renda mo-desta. Os associados são encaminhados ao Centro Odontológico que a LBV mantém em Del Castilho/RJ, na zona norte do Rio. Também são entregues mensalmente a esses profissionais dezenas de cestas básicas de alimentos. Tudo é realizado gratuitamente.

Por ocasião do seu centenário (1997), o Dr. Barbosa Lima Sobrinho foi cumprimentado pelo escritor Paiva Netto. Barbosa foi o segundo Presidente do Conselho de Honra do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, da LBV, assumindo o cargo honorífico após o falecimento do saudoso Presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde. Em carta, Dr. Barbosa agradeceu à distinção: “(...) Não posso deixar de aprovar qualquer movimento de Caridade, sobretudo quando tem a presença do jornalista Paiva Netto (...)”, escreveu.

Uma das mais respeitadas Casas da Imprensa nacional, a ABI tem parte na história de 55 anos da Legião da Boa Von-tade. Foi justamente no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa que ocorreram as primeiras reuniões prepara-tórias da Instituição. O número de pessoas presentes a esse encontro aumentou em grande escala. Por esse motivo, foram transferidos para um local mais amplo: o auditório da ABI. O Presidente da Casa na-quela época, Herbert Moses, surpreendido com o fenômeno da Obra, declarou: “Zarur fez um verdadeiro milagre, juntando tantos inimigos cordiais na LBV”.

Atualmente, a ABI tem na sua Pre-sidência o eminente jornalista Maurício Azêdo.

Nascido em 27 de setembro de 1934, no Rio de Janeiro, Maurício Azêdo for-mou-se em Direito na Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) em 1960. No entanto, desde o terceiro ano da faculdade já se dedicava à atividade jorna-lística, que exerceu nos mais importantes veículos impressos do Rio e de São Paulo. Mais tarde, trabalhou em publicações alternativas de resistência ao regime mili-tar, como a Folha da Semana, Opinião e Movimento e colaborou com a clandestina Voz Operária, órgão do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Eleito vereador em 1982, exerceu mandato em três legislaturas consecutivas (1983-1988, 1989-1992 e1993-1996). Foi Presidente da Câmara Municipal do Rio entre 1983 e 1985 — período em

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Abertos arquivosda Aeronáutica

No último 20 de maio, um passo histórico foi dado no Brasil para o reconhecimento oficial das investigações sobre

ÓVNIs (Objetos Voadores Não-Identifi-cados), a exemplo do ocorrido no Chile, Espanha, França e Uruguai. A Comissão Brasileira de Ufólogos — formada pelos investigadores Ademar José Gevaerd, Rafael Cury, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit de Castro, Fernando de Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e Roberto Affonso Beck — foi convidada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) para visitar as instalações do Centro Integrado de De-fesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactal) e o Centro de Defesa Aero-espacial Brasileiro (Comdabra), onde foi recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, chefe do Cecomsaer, e pelo Brigadeiro Atheneu Azambuja, chefe do Comdabra.

A mais expressiva vitória da Ufologia no Brasil, no campo documental, teve início no ParlaMundi da LBV, em 1997.

Rafael Cury

A Comissão recebeu informações sobre o sistema de defesa aeroespacial do País e teve acesso a documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) a respeito de acontecimentos ufológicos mantidos em seus arquivos.

A caminhada rumo a este aconteci-mento teve início em 14 de dezembro de 1997, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF. Nessa data, a comunidade ufológica brasileira e internacional, reunida no I Fórum Mun-dial de Ufologia, subscreveu a Carta

de Brasília, dirigida ao Ministro da Aeronáutica, solicitando acesso aos arquivos até então reser-vados sobre a Operação Prato e dos avistamentos, em maio de 1986, entre São José dos Campos/SP e a capital paulista.

Argüido a respeito da realidade dos ÓVNIs, o escritor e jornalista Paiva Netto ponderou: “O mundo discute, há muito tempo, a existência dos cha-mados UFOs. Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles; mas, sim, saber se esses fe-nômenos são ou não são verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência. A posição filosófica adequada é a de que não se

____________________________Equipe de Estudos Ecumênicos

J. A.

Par

meg

iani

Ufólogos presentes ao I Fó-rum Mundial de Ufologia, no ParlaMundi da LBV. Na foto, eles aparecem na entrada principal do Templo da Boa Vontade, em Bra-sília/DF — Brasil.

Fotos: Arquivo UFO

Entrevista

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“Muitas pessoas não sa-bem que a Organização das

Nações Unidas (ONU) já debateu em duas reuniões

extraordinárias o tema UFO.”

pode, a priori, negar essa possibilida-de, porque seria, no mínimo, arrogân-cia de nossa parte pensar que só existe vida aqui no nosso querido, contudo pequeno, Planeta Terra”*.

Com a finalidade de contribuir com o estudo e avaliação em profundidade do fenômeno UFO, o Presidente das Instituições da Boa Vontade (IBVs) es-tabeleceu que o ParlaMundi participasse da organização para sediar o I Fórum Mundial de Ufologia. Aliás, dentro da tradição de vanguarda das IBVs que, em 1956, já discutia o assunto pelas páginas da revista BOA VONTADE.

A importância do acesso aos docu-mentos produzidos pela Força Aérea e o papel do Fórum, realizado na LBV para que isso ocorresse, foi analisado por Rafael Cury, membro da Comissão Bra-sileira de Ufólogos, CBU, e fundador do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) em entrevista ao Programa Ecumenis-mo, apresentado por Angélica Beck na Rede Mundial de Televisão.

BOA VONTADE — O que signi-ficou o convite da Aeronáutica para que a CBU conhecesse os seus arqui-vos sobre os chamados ÓVNIs?

Rafael Cury — O encontro que tivemos com oficiais da Aeronáutica em Brasília foi o diploma universitário da ufologia brasileira. Mas nós queremos a pós-graduação. Isto é, buscarmos um diálogo com a comunidade científica brasileira.

Já temos sinais de alguns segmentos que pretendem essa aproximação, por-que compete à Ciência dar explicações à Humanidade sobre a questão do fenô-meno. Nós, ufólogos, temos muito que

o que ela deseja com a criação da Co-missão mista formada por oficiais da Aeronáutica e ufólogos é o know-how para pesquisar os arquivos e liberá-los para a comunidade brasileira.

BV — Qual será o futuro dessa parceria?

Rafael Cury — Acho que nós atingimos a maturidade e a tendência é trabalharmos em conjunto com a Aeronáutica para a liberação desses documentos. E, a partir desse mo-mento, esperamos aproximação com a comunidade científica. Porque a

sociedade brasileira necessita de uma resposta. Trata-se de fenômeno secu-lar e é considerado um dos maiores enigmas de todos os tempos, por isso a comunidade mundial deseja uma resposta.

(...) A Ufologia, através da sua casuística, já mostrou que essas civi-lizações que nos visitam em atividades amistosas, também, têm atividades agressivas com a sociedade huma-na. Muitas pessoas não sabem que a Organização das Nações Unidas (ONU) já debateu em duas reuniões extraordinárias o tema UFO. Nós que-remos, a partir de agora, com a união da ufologia mundial, voltar a discutir esse assunto junto à ONU. Compete às Nações Unidas, também, dar uma resposta à Humanidade.

BV — Qual foi a importância do Fórum Mundial de Ufologia no ParlaMundi da LBV, em Brasília, em todo esse processo?

Rafael Cury — O Fórum Mundial de Ufologia foi criado e realizado em 1997. Durante um ano, nos reunimos em Curitiba, Campo Grande, Brasília e São Paulo, para que a gente pudesse escolher um ambiente que causasse impacto e alcançasse o objetivo de uma aproximação com o governo bra-sileiro e com a Aeronáutica. Tivemos a presença de militares no ParlaMundi da LBV, em Brasília, de representantes do Governo Federal e de Senadores e, na oportunidade, foi criada a Carta de Brasília que tinha justamente no seu conteúdo o pedido às autoridades

contribuir ainda, pois dispomos de farto material para pesquisas. Mas queremos essa aproximação com a comunidade científica.

A abertura por parte do Ministério da Aeronáutica vem demonstrar a serieda-de da Ufologia brasileira. Nós tivemos acesso a arquivos; o mais importante é que a Aeronáutica brasileira reconhece a Ufologia. E declarou, através dos seus comandantes, que o know-how para pes-quisas está nas mãos dos ufólogos.

A Aeronáutica possui 50 anos, aproximadamente, de registros e não tem condições técnicas para pesquisar,

Rafael Cury

Conferencistas de Língua Espanhola conce-dem entrevista às agências internacionais: Associated Press, Reuters e Ansa.

Plenário José de Paiva Netto, do ParlaMundi da LBV, superlotado de participantes do mundo inteiro.

O jornalista Alexandre Garcia, da Rede Globo, entrevistando o cosmonauta russo Alexander Balandine.

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militares da Aeronáutica para que liberassem as informações.

Então, a semente foi plantada, em 1997, naquele Fórum no ParlaMundi da LBV, que reuniu pesquisadores de mais de 30 países. Em uma semana de debates, ela frutificou e estamos colhendo aquilo que plantamos. Naquela data, comemoramos 50 anos de Ufologia e eu posso garantir a todos que sem o apoio da Legião da Boa Vontade, naquele momento, nós não che-garíamos aonde chegamos. Então, quero deixar o nosso profundo agradecimento pelo apoio que Paiva Netto nos deu. E, hoje, a comunidade ufológica e a socie-dade brasileira agradecem, porque terão informações mais precisas nos próximos anos, sobre os arquivos da Aeronáutica.

Ao término da entrevista, Rafael Cury informou que a Campanha “Liberdade de Informação, Já!”, iniciada em 2004, prosseguirá. A Comissão de Ufólogos Brasileiros convida todos para assinarem o manifesto que está disponível no site www. ufo.com.br.

Ciência e busca da verdade.

Entrevista

“O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados UFOs.

Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles;

mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não são verdadeiros. A com-provação dessa realidade cabe natu-

ralmente à Ciência.”Paiva Netto

Fotos: Divulgação

“(...) no ParlaMundi da LBV, no Distrito Federal, (...) foi criada a Carta de Brasília que tinha

justamente no seu conteúdo o pedido às autoridades militares da Aeronáutica para que libe-

rassem as informações. Então, a semente foi plantada, em 1997, naquele Fórum no ParlaMundi

da LBV que reuniu pesquisadores de mais de 30 países. (...) Quero deixar o nosso profundo agra-

decimento pelo apoio que Paiva Netto nos deu. E, hoje, a comu-nidade ufológica e a sociedade brasileira agradecem, porque

terão informações mais precisas nos próximos anos, sobre os arquivos da Aeronáutica.”

Rafael Cury

HOLLYWOOD,No fim de ju-

nho, estreou o novo filme do

diretor de Contatos Imediatos do Terceiro Grau e E.T. — o Ex-traterrestre, Steven Spielberg, membro do Conselho da So-

ciedade Planetária. Trata-se de uma versão cinematográfica do livro de H.G. Wells Guerra dos Mundos, que foi radiofonizado por Orson Welles em 1938, provocando pânico nos Estados Unidos.

Milhões de pessoas acorrem aos cinemas e às livrarias em busca de obras a respeito de vida inteligente fora da Terra e que apresentem contatos e visitas de extraterrestres ao nosso Planeta. Esses são exemplos de que no imaginário mun-dial a existência de muitos mundos ha-bitados é um dado adquirido.

A existência de vida inteligente fora do Planeta Terra tem sido defendida por muitos estudiosos desde há muito tempo. Um desses exem-plos é o trabalho de Carl Sagan (1934-1996), criador do projeto SETI, Search for Extra-Terrestrial Intelligence (Busca de Inteligência Extraterrestre), que reúne cientistas importantes que procuram sinais de vida no espaço sideral, entre eles o astrônomo norte-americano Frank Drake, que desenvolveu uma equação, em 1961, com a finalidade de estimar a possibilidade de haver vida inteligente em outros planetas. Segundo ele, é pos-sível existir, somente em nossa galáxia, um milhão de civilizações** capazes de desenvolver tecnologia e nos contatar.

Em seu livro Apocalip-se sem medo, da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, o escri-tor Paiva Netto dedica um capítulo muito interessante ao tema, denominado “Pro-fecia e ÓVNIs”. Nele, o autor demonstra a irracionalidade do preconceito que impede a pesquisa aprofundada do assunto, conclamando as mentes capacitadas do mundo científico para o enfrentamento da questão ufológica e reafirma a impor-tância dos governos de todo o planeta abrirem seus arquivos

aos investigadores. _________________

* Trecho do artigo “A Ciên-cia iluminada pelo Amor

eleva o Ser Humano à conquista da Verda-de”, do escritor Paiva Netto, que consta na LBV em Revista, uma publicação históri-ca e especial sobre o evento, lançada em

dezembro de 1997. ** Professores Re-

nato Las Casas e Divi-na Mourão do Observatório

Astronômico Frei Rosário da UFMG (Universidade Federal de Minas

Gerais).

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Fotos: Simone Barreto

O sociólogo, cientista político e escritor Helio Jaguaribe tomou posse, aos 82 anos, da cadeira número 11 da Academia Bra-

sileira de Letras (ABL), que tem como patrono Fagundes Varela (1841-1875), ocupada anteriormente por Darcy Ri-beiro (1992-1997) e, por último, pelo economista Celso Furtado, falecido em novembro de 2004. A eleição do novo imortal, que publicou cerca de 40 títulos, foi, praticamente, por unanimidade, re-cebendo 35 do total de 39 votos da Casa. A cerimônia ocorreu em 22 de julho, no Salão Nobre do Petit Trianon da ABL, Centro do Rio de Janeiro/RJ.

Helio foi recebido pelo acadêmico Candido Mendes, que, por meio de um amplo discurso, falou sobre a vida e as obras do sociólogo; este, em seguida, recebeu o colar das mãos de seu confrade Afonso Arinos e a espada das mãos do Senador José Sarney.

Já empossado, fez seu discurso saudando o Presidente da ABL, Ivan Junqueira, as autoridades presentes, embaixadores, a sra. Rosa Furtado, es-posa de seu antecessor, os acadêmicos e convidados, homenageando também a figura ilustre do antropólogo e educa-dor Darcy Ribeiro, sétimo ocupante da cadeira de número 11. Ele agradeceu todo empenho dos preclaros confrades que contribuíram para o seu ingresso na ABL, além de sua gratidão em suceder o economista Celso Furtado,

de quem foi amigo por mais de 50 anos, identificado com suas idéias e projetos. “Celso não foi apenas o autor de uma grande obra, mas a produziu porque foi um grande homem”, mani-festou emocionado.

Após a solenidade, Jaguaribe e sua esposa, Maria Lúcia, recepcionaram os inúmeros convidados, dentre eles o advogado Pedro de Paiva — que trans-mitiu os parabéns de seu pai, o Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto —, ao que ele retribuiu: “Muito obrigado, agradeço sinceramente”. Em entrevista à Rede Boa Vontade de Comunicação, co-mentou também: “Ser recebido nessa Casa é uma homenagem para qualquer intelectual brasileiro. Representa uma distinção suprema”.

O representante da LBV cumpri-mentou outros amigos acadêmicos, como a jornalista e escritora Nélida Piñon, que ressaltou o fato de a re-vista BOA VONTADE (edição nº 202) ter como reportagem de capa a escolha de seu nome para receber o “Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras”. Nélida comentou que enviou exemplares do periódico para seus amigos da Europa, em particular da Espanha, e mandou um grande abraço para seu amigo, o Líder da LBV.

Também presente ao evento, a escri-tora Lygia Fagundes Telles disse estar muito saudosa do amigo Paiva Netto.

[S.B.]

Helio Jaguaribe

O escritor Helio Jaguaribe ladeado da filha Beatriz (E) e da esposa, sra. Maria Lúcia, presentes ao prestigiado evento.

Acadêmica Lygia Fagundes Telles e Pedro de Paiva

Senador José Sarney, que naquele dia completava 25 anos de ABL.

A viúva do acadêmico Celso Furtado, sra. Rosa Furtado.

Jornalista e acadêmico Carlos Heitor Cony

Marcos Vilaça, segundo Secretário da ABL.

Imortal e historiador Alfredo Bosi

Tarcísio Padilha, acadêmico.

Marco Maciel, Senador e membro da ABL.

assume a cadeira no 11 da ABL

O novo Imortal Helio Jaguaribe é cumprimentado pelo Dr. Pedro de Paiva, que, na ocasião, representou seu pai, o Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto.

Cultura

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História

O projétil da sonda Deep Im-pact (Impacto Profundo) da Nasa chocou-se, pro-positalmente, com um co-

meta no início do dia 4 de julho, num ponto a 133 milhões de quilômetros da Terra, com tal força que a explosão resultante, composta de fragmentos de água congelada, aturdiu os pes-quisadores em conseqüência da sua proporção e fulgurância. O objetivo da missão de US$ 333 milhões é o estudo mais detalhado feito até hoje sobre um cometa, na busca por informações sobre a formação do Sistema Solar.

O marco dos primeiros passos dessa realização não se encontra na partida da vitoriosa Missão, mas, sim, seis meses

antes. A numerosa equipe multinacional da Nasa erigiu sua conquista apoiada nos ombros de gênios pioneiros dos tempos idos. De fato, a história da Deep Impact começa a ser contada no fim do século XIX e princípio do XX. Um tempo de descobertas.

O homem há de voar!

No começo dos anos oitenta do século XIX, o mundo fervilhava de acontecimentos. No Brasil de então, reinava o imperador Dom Pedro II. Ainda ressoavam os ecos da vitória sobre o Paraguai na última das Guer-ras Platinas, os republicanos conspira-vam, a abolição da escravatura dividia

Santos Dumontdas estrelasO caminhoHistória

___________Daniel Rocha

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____________ Daniel Rocha

a sociedade brasileira. As estradas de ferro interligavam novas paragens e as indústrias surgiam pelo País.

Esse cadinho de fatos muito inte-ressava ao engenheiro Dumont e seus amigos, que, aos serões, reuniam-se em sua fazenda em Ribeirão Preto/SP para discutir seriamente tais temas. Entretanto, nenhum destes capitais acontecimentos preocupava os me-ninos que brincavam na varanda da fazenda. Jogavam, distraídos, o jogo das prendas. Coube a um deles a per-gunta: “Voa o gato?”. Ao que todos respondem: “Não!”. “Voa o urubu?” Levantam os braços e afirmam: “Voa!”. “Voa o carcará?”. A garotada repreende dizendo: “Voa!”. “Voa o Homem?”. Todos gritam: “Não!”,

com exceção de um deles. Alberto Santos Dumont, um dos filhos do engenheiro, levanta os braços e grita: “Voa!”. Com as risadas dos irmãos e dos outros meninos, Alberto vê-se obrigado a pagar uma prenda. Ri-se com os outros, mas teima: “Um dia, o homem há de voar!”.

Algum tempo se passou. Em 23 de outubro de 1906, o jovem Dumont, na época aos 33 anos de idade, ob-servava ansioso seu relógio adaptado ao pulso, que marcava quatro horas da tarde. Levantou, por instantes, o olhar procurando sinais visíveis da movimentação do vento e depara-se com a multidão inquieta que acorrera ao Campo de Bagatelle, em Paris, para presenciar a tentativa do jovem brasileiro.

Monsieur Albert apanha um pe-daço de estopa para limpar a sujeira das mãos. Já havia ensaiado um vôo experimental em setembro, quando percorrera sete metros no ar, um fato notável que chamou a atenção da imprensa. Entretanto, sua descoberta expunha-se aos olhos de todos. A hora era aquela.

Sinaliza para a comissão julgadora do Aeroclube para avisar que a expe-riência teria início. Segura as hastes

da asa e, em movimento contíguo, entra no estreito compartimento do aparelho. Instantaneamente, o ruído da multidão cessa. Todos os olhares se voltam para um único ponto: o curioso aparato em cuja lateral se lê “14 Bis”. O silêncio é intimidador. Nada está acontecendo. Monsieur Albert, piloto e inventor, acena com o braço. A multidão não entende. Por fim, alguém lhes diz que é preciso re-cuar, o piloto precisará de um espaço maior. As pessoas vão se afastando, surpresas.

As pás da hélice começam a girar. O motor de 50 cavalos, num estampido. O piloto busca o controle do aparato por meio de um intrincado conjunto de procedimentos. A respiração de todos fica suspensa até que, surpreen-dentemente, as rodas não tocam mais o chão. O fôlego é liberado na forma de uma exclamação de perplexidade e admiração. O Ser Humano está voando. A aeronave sobe mais de dois metros, percorre cerca de 60 metros antes de ir descendo vagarosamente até estar de novo no solo. “Impossível!”, afirmou um espectador, lutando para acreditar nos próprios olhos.

A multidão não se contém. Cha-péus atirados ao ar. Todos gritam

Santos Dumontdas estrelasO caminho Santos Dumont: A saga do Pai da Aviação.

Fotos: Reprodução BV

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HistóriaHistória Fotos: Reprodução BV

vivas ao grande e vitorioso inventor. Na cabine do aparelho, Alberto San-tos Dumont sorri feliz, leva a mão à testa procurando retirar a gota de suor que lhe quer escorrer na face.

Monsieur Albert é retirado da cabi-ne, erguido nos ombros da multidão e aclamado como o gênio que fez alçar vôo o mais pesado que o ar. Com esse feito, Santos Dumont arrebatara os 3.000 francos do prêmio Archdeacon, criado em julho de 1906, pelo ameri-cano Ernest Archdeacon, para premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 50 metros em um vôo nivelado dessa natureza. “Le petit Santos” pulverizara esta marca e con-sagrara-se como o inventor do avião.

Vôos mais altos

Este foi, indiscutivelmente, um dos maiores dias da vida desse pródigo mineiro, nascido em 20 de julho de 1873, no sítio Cabangu, no município de João Aires, próximo à cidade de Palmira (atual Santos Dumont), em Minas Gerais. Foi o sexto filho de um total de oito do engenheiro Henrique Dumont e Dona Francisca de Paula Santos. Seus irmãos mais velhos eram: Henrique, Maria Rosalina, Virgínia, Luís e Gabriela. Suas duas irmãs mais moças, Sofia e Francisca.

Apesar da glória, Dumont conti-nuou, nos anos seguintes, o desen-volvimento de seus inventos. Era um experiente balonista e fora o pioneiro na construção de dirigíveis, detendo, nesses aparelhos, importantes prê-mios anteriores. Sua conquista era resultado do conhecimento acumu-lado em anos de trabalho.

O 14 Bis foi melhorado, acrescido de ailerons e, em 12 de novembro de 1906, após várias tentativas com este aparelho, Santos Dumont conquistou o prêmio “Aeroclube da França”, atin-gindo uma altura de 6 metros. Levou os dois primeiros prêmios da história da aviação reconhecidos pela Fédération Aéronautique International: distância (220 metros) e velocidade no ar (41,292 km/h), tendo subido cerca de seis me-tros. Esta conquista maior projetou a imagem dele internacionalmente e seu trabalho passou a orientar as pesquisas de diversos outros pioneiros em seus experimentos. A primazia estava assi-nalada. Mas a mais notável conquista técnica estava por chegar.

Um ano depois, em novembro, Mon-sieur Albert inicia os testes do primeiro modelo de um aeroplano, o nº 19, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, em razão de sua graciosi-dade e semelhança com as libélulas. Pe-sando 110 quilos, o experimento era

uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu. Aproveitando características e formato do “nº 19”, foi criado o “Demoiselle nº 20”. Foi nesse

experimento que Santos Dumont estabeleceu, em 1909, o recorde de velocidade vo-ando a 96 km/h.

A 18 de setem-bro daquele ano realiza seu último vôo em uma de suas aeronaves com um rasante sobre a mul-tidão sem segurar os comandos. Santos Dumont não paten-teou esta invenção,

deixando todos livres para fabricá-lo, tornando-o, assim, o primeiro avião “popular”. Quando um jornalista quis saber se ele não iria construir aviões, respondeu: “Se quer prestar-me um grande favor, declare, pelo seu jornal, que, desejoso de propagar a locomoção aérea, ponho à disposição do público as patentes de invenção do meu aeroplano (...)”. O plano do Demoiselle foi, de fato, publicado numa edição da Popu-lar Mechanics, no ano de 1910. Com isso, foram revelados os pormenores de construção no intuito de encorajar outros inventores a produzirem o avião. Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle.

Santos Dumont parou de voar em 1910 por motivos de saúde, quando lhe é diagnosticado estar com esclerose múltipla. Monsieur Albert entristeceu-se profundamente com o fato.

O ocaso

O tempo passava e “Le petit San-tos” sofria qual um pássaro cujas asas já não lhe permitem ir aos céus. À sua doença somaram-se as notícias do rápido sucesso de rela-ções públicas dos irmãos Wilbur e Orville Wright, alardeando ser deles a primazia no vôo do mais

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pesado que o ar baseados em precá-rias “provas”, mas contando com o apoio da poderosa mídia americana e colaboradores franceses bem re-lacionados.

Já abatido, sofreu ainda com as notícias da utilização de aeronaves em conflitos armados, fato que observou pessoalmente quando, em 1932, já de volta ao Brasil, irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeia-se, causando morte entre irmãos brasileiros. Nesta oportunidade, manda uma mensagem aos com-patriotas, posicionando-se contra a luta fratricida e clamando por Paz. O zoar dos motores dos aviões do governo, armados para o ataque, a caminho da capital paulista moía-lhe os nervos e lhe infundia profundo sentimento de culpa. O avião, seu sonho idealístico de popularização do transporte aéreo, pelo qual trabalhou toda uma vida, havia sido corrompido e vertido em instrumento de morte.

Sentido pelo grave momento no País, deixou-se vencer pela depres-são e, num triste ato de insanidade, suicidou-se no quarto do Hotel de la Plage, onde residia, no dia 23 de julho de 1932, aos 59 anos.

Não há como contar os feitos de Dumont apenas nas páginas de seus esquemas técnicos. Nem como falar de sua importância atribuindo-lhe o rótulo: inventor. Seu legado transborda tais limites e nos faz refletir sobre as lições de altruísmo e entusiasmado ardor pela conquista dos ares.

E nesse mês de julho, ao com-pletarem-se 73 anos de sua morte, quando o engenho tecnológico humano nos permitiu tocar os astros no Universo, que não nos esqueçamos de que esta estrada é calçada pelo abnegado esforço de incontáveis Almas, e coube a um deles, brasileiro, por meio de sua invenção, nos mostrar o caminho para alcançar as estrelas.

Torre Eiffel, em Paris (França).

Para saber mais:

Santos-Dumont e a inven-ção do vôo — Henrique Lins de Barros — Rio de Janeiro, 2003, Jorge Zahar EditorWings of Madness: Alberto Santos-Dumont and the Inven-tion of Flight — Paul HoffmanInternet: http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao

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Reportagem

Ordem e Progresso

Congresso Jovem Internacional da Boa Vontade reúne milhares de pessoas em Uberlândia/MG para comemorar o 49º aniversário de Paiva Netto na LBV

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Ordem ecom Espiritualidade

Progresso

Congresso Jovem Internacional da Boa Vontade reúne milhares de pessoas em Uberlândia/MG para comemorar o 49º aniversário de Paiva Netto na LBV

Paiva Netto comanda a multidão presente Jo

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Reportagem

Nas imagens abaixo, registros fotográficos das apresentações culturais promovidas pela Juventude de corpo e Alma que esteve presente no Encontro.

______________________Rodrigo Oliveira, 18 anos.

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“Jovens do Brasil e do Mundo, aqui reunidos, jamais percam a oportunidade de fazer o Bem pelo semelhante, lei da sociedade ecumenicamente solidária. Seu coração lhes agradecerá. Fazer o Bem faz bem à saúde.”

Por iniciativa da Juventude, a ocasião foi propícia a um belo feste-jo, pois faltavam apenas quatro dias para Paiva Netto completar 49 anos de trabalho em prol da Legião da Boa Vontade. Já no palco do Congresso, o Líder da LBV foi ovacionado com uma criativa homenagem. Jovens e crianças bradavam, individualmente, um número, até chegar ao 49º, que foi dito, em uníssono, pela multidão que superlotava o ambiente. No entanto, isso era apenas o início. Majestosa estampa de Jesus, pintada em tela pela artista plástica Dona Filomena, foi a lembrança que a Juventude Ecumênica mineira ofereceu a ele que, num como-vente gesto, beijou-a afetivamente.

Paiva Netto, em sua prédica (vei-culada, ao vivo, pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação: Rádio, TV e Internet), fez o público refletir seriamente acerca do tema O Jovem na Política de Deus, naturalmente entendido como Amor e Justiça, razão pela qual a mocidade se reuniu em Uberlândia. Firmado em trechos do Evangelho de Jesus — analisados em Espírito e Verdade (portanto, não ao pé da letra, que, consoante o Apóstolo Paulo, mata) e à Luz do Novo Manda-mento do Cristo (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35, 15:12, 13 e 9) —, o jornalista, radialista e escritor, com sua habitual franqueza e sem forma-lidades, emocionou todos os que ali se encontravam. Relembrou, também, as palavras registradas pelo saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979): “Governar é ensinar cada um a governar a si mesmo”.

Em certo ponto de sua mensagem, Paiva Netto apontou caminhos de su-cesso extraídos da própria experiência

Nos dias de hoje, muito se fala que a Juventude não está comprometida com as questões sociais ou que

ela é desinteressada por esses as-suntos “mais cabeça”. Porém, a 30ª edição do Congresso da Juventude Ecumênica da LBV veio demonstrar o contrário. Por esta razão, simboli-zou um marco histórico no que diz respeito a protagonismo juvenil no País. Reuniu-se tanta gente moça para discutir temas que influenciam o dia-a-dia da sociedade com o pro-pósito de apresentar soluções emba-sadas em valores da Espiritualidade Ecumênica.

O cenário do acontecimento foi Uberlândia/MG. No dia 25 de junho, o Triângulo Mineiro acolheu todas essas pessoas dispostas a promover o desenvolvimento de uma nova cons-ciência educacional, sob o prisma dos valores éticos e espirituais. E, daquela terra fértil, surgiram idéias transformadoras.

Três belos painéis foram montados pelos moços no palco do auditório do Centro de Convenções da cidade, ten-do o principal deles a representação de Jesus, acima de sectarismos, no centro da bandeira do Brasil, saudan-do todos os participantes.

Assim que chegou ao solo mineiro para liderar o Encontro, Paiva Netto foi recepcionado por milhares de pessoas no aeroporto da cidade e con-tou aos presentes quando conheceu aquela região: “há 44 anos, vim aqui pela primeira vez, acompanhando a caravana da LBV para a inauguração do Lar Alziro Zarur”.

Antes de se dirigir ao Centro de Convenções, o Líder da Instituição vistoriou as dependências do Lar para a Terceira Idade que a LBV mantém em Uberlândia, sede do Congresso. Na oportunidade, emocionado cum-primentou todos os vovôs e vovós que lá estavam. “Que Deus abençoe o senhor, Irmão Paiva”, calorosamen-te, desejou a senhora Divina Lucas.

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Fotos acima: Paiva Netto emocionou-se ao visitar o Lar Alziro Zarur, da LBV, para a Terceira Idade (Uberlândia/MG), onde foi recebido carinhosamente pelos vovôs e vovós amparados pela Legião da Boa Vontade. Na oportunidade, o Líder da Instituição foi entrevistado pelos veículos de comunicação que acompa-nharam a sua passagem pela aconchegante casa de idosos. Daí, partiu para o Centro de Convenções da cidade e comandou o 30º Congresso da entusiasmada Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus. Na ocasião, levou o público a refletir seriamente sobre o tema O Jovem na Política de Deus e proferiu uma Prece Ecumênica com a cerimônia do Batismo Espiritual.

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de quase meio século de trabalho na Legião da Boa Vontade: “humildade pessoal e o bom orgulho no que estiver realizando, em favor do Ser Humano — e o Espírito Santo falará por vós (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 10:20) —, sem desistir jamais dos objeti-vos traçados. Quanto mais difícil, maior a vitória”. Recordou-se de um ditado gaúcho que diz: “Se o cavalo passa encilhado, você deve montar nele”. E comentou: “E há gente ainda que deixa escapar a vez de realizar algo benéfico. Uma coisa dessas nas Instituições da Boa Vontade não acontece. Jovens do Brasil e do Exterior, aqui reunidos, ja-mais percam a oportunidade de fazer o Bem pelo semelhante, lei da sociedade ecumenicamente solidária. Seu coração lhes agradecerá. Fazer o Bem faz bem à saúde. A LBV e seus Legionários são ati-víssimos, não perdem o ensejo de traba-lhar pela Solidariedade universal. Esse é o batismo que estou realizando com Vocês, o da Fraternidade Ecumênica,

porque não se consegue que uma Obra cresça com gente sem entusiasmo pela vida. Porém, com jovens conscientes, fortes, libertários e pertinazes no Bem! (...) Deus nos privilegiou com o livre-arbítrio, igualmente nos instruiu com o sentido de responsabilidade. Cabe-nos saber usá-los”.

“Lavar os pés” é ato de cidadania plena e inclusão socioespiritual

Durante o seu pronunciamento, o dirigente da LBV, falando sempre com o coração, leu a passagem do Evangelho de Jesus, segundo João, capítulo 13, versículos de 1 a 20, na qual encontra-se o Batismo Espiritual, anunciado alguns dias antes do Congresso pelo Irmão Dr. Bezerra de Menezes. Desta análise de Paiva Netto, trazemos o seguinte resu-mo: “Para merecermos ser batizados por Deus, temos de viver a humildade que Jesus explicitou ao lavar os pés dos Seus Discípulos, o que correspondeu a um ato de cidadania plena e, portanto, de inclusão socioespiritual. É preciso que lavemos os pés uns aos outros. Lavar os pés no sentido de limpar de nós as diferenças pessoais; é igualmente como extirpar um furúnculo, um tumor que pode gangrenar um membro do organismo e deixar marcas no corpo, caso não venha, em socorro, o trabalho do bisturi. Lavar os pés do semelhante é amar, amparando o caído, limpando-o das chagas sociais ou morais. Já disse que não é por pregarmos o Evangelho e o Apocalipse e acreditarmos no Cristo que sejamos sonhadores, afastados da realidade da vida. Como a Caridade não é ação de tolos. Ela é uma estratégia de Deus. (...) Sem instrução e Educação com Espiritualidade, não há nação que possa devidamente progredir. Vejam que falei em Espiritualidade, não em fanatismo, que leva à violência. Refiro-me, em resumo, ao bom relacionamento que deve existir, sem hipocrisias, entre as comunidades”.

Relevante papel da Juventude

Como tradicionalmente ocorre nas edições do Congresso Jovem LBV, as

oficinas e conferências são um meio de refletir sobre os temas e rever posi-cionamentos, para, então, partir para a prática. Marcel Souto Maior, experiente e conceituado jornalista em rádio e TV, fez importante palestra sobre o ideal da juventude, parabenizando o Líder da Legião da Boa Vontade pelo 30º Congresso Internacional Jovem. Nos bastidores, Souto Maior revelou estar admirado com o Encontro da LBV. Em entrevista, disse: “Estou impressionado com a quantidade de jovens que aqui comparecem. Uma festa, uma energia forte. São jovens que estão aqui por inteiro. Felizes. Passam uma energia muito boa”.

Ele também se recordou da iniciativa pioneira do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, do qual é conselheiro. O jornalista enalteceu o idealizador deste Fórum. “Eu admiro muito Paiva Netto. (...) Hoje, estava entrando aqui, muita gente encontrei pela primeira vez, mas parece que é um reencontro mesmo, que já os conheço há muito tempo. (...) E com Paiva Netto, desde o início, aconteceu isso: sinto uma afinidade muito grande. (...) Quero dar os parabéns sempre a ele e à LBV. Eu sei que é uma luta dura. (...) São muitos obs-táculos também no meio do caminho. Crescer e levar a LBV para o mundo é um desafio grande”, afirmou.

Marcel destacou, ainda, que é “im-pressionante o carisma de Paiva Netto. ‘Estão cansados?’ — ele perguntou para a multidão, de pé, durante mais de quatro horas. A resposta veio forte, estrondosa, em coro: ‘Não!’. Grande abraço, muita paz, minha torcida sincera pela LBV”.

A atuação das novas gerações na sociedade foi outro tema que ganhou as discussões no Encontro. Dividida em quatro oficinas e apresentações cultu-rais, essa gente moça apontou soluções viáveis para estabelecer uma sociedade justa, portanto, mais solidária, razão de ser deste movimento. Assim, puderam opinar sobre o eixo central do Congres-so, mostrando o que entenderam acerca do assunto. Em próximos números, desta revista, traremos resumo dessas conclusões.

Os jornalistas Paiva Netto e Marcel Souto Maior

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da“Impressionante o carisma de Paiva Netto. ‘Estão cansados?’ — ele perguntou para a multidão, de pé, durante mais de quatro horas. A resposta veio forte, estrondosa, em coro: ‘Não!’. Grande abraço, muita paz, minha torcida sincera pela LBV.”Marcel Souto Maior, jornalista.

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O dirigente da LBV foi eleito pela Academia de Letras do Brasil Central (ALBC), para ocupar a ca-deira nº 39, cujo patrono foi o Ministro Nelson Hungria Hoffbauer (1891-1969). A proposta foi apresentada por Siomar Rodrigues de Sousa, fundador e Presiden-te daquele órgão, com sede em Brasília/DF, durante o “30º Congresso Interna-cional do Jovem da Boa

Vontade de Deus”. Antes de anunciar a notícia, Sio-mar, demonstrando grande entusiasmo, pediu “uma enorme salva de palmas a este tremendo e notável homem”, referindo-se ao Líder da LBV. A multidão presente respondeu: “Ele merece!”. Por sua vez, Paiva Netto disparou: “Vo-cês merecem!”, justificando que “ninguém faz nada sozinho”.

Paiva Netto na Academia de Letras do Brasil Central

Boas-vindas em muitos idiomas

Dando as boas-vindas aos cara-vaneiros, a Juventude Ecumênica de Minas Gerais preparou uma saudação em seis idiomas (Português — Brasil e Portugal —, Espanhol, Inglês, Francês e Esperanto).

Para estarem presentes ao evento, os jovens cruzaram estradas brasileiras e, até mesmo, as fronteiras de outros países. Cleidiane Lima encarou mais de dois dias de viagem. Mas isso não é nada, perto da vontade que mostrou de estar presente ao acontecimento. Morando há dois anos na Bolívia, ela não quis perder a oportunidade de fazer parte do Congresso.

“Enfrentei 53 horas de estrada, mas não me cansei. Vim com um amigo. Somos Legionários e não poderíamos perder”, disse Cleidiane, segurando uma enorme bandeira da Bolívia. Além dessa nação, foram registradas representações da Argentina, Uruguai, Paraguai, Esta-dos Unidos e Portugal.

Multidão presente se comove com emocionante prece

Ao finalizar o Encontro, o Líder da Legião da Boa Vontade, após pro-ferir comovente Prece Ecumênica, despediu-se dos milhares de moços

Dr. Siomar Rodrigues anuncia ao escritor Paiva Netto a eleição dele para a Academia de Letras do Brasil Central

O belo painel de Jesus ao centro da bandeira nacional emocionou o público presente

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que superlotavam o ambiente: “Bem, iniciamos, assim, o 30º Congresso Internacional dos Jovens da Boa Von-tade, cujo tema, escolhido por Vocês mesmos foi O Jovem na Política de Deus (ou dos Espíritos de Luz), com o Batismo da Religião Divina feito por mim, com muita honra. Porque se disser que o Congresso acabou agora, seria somente conversa fiada (risos). Nada disso! Todo dia é dia de renovar o nosso destino. Agora é que ele tem início na vida diária. E não se esqueçam de que — enquanto não prevalecer o ensino eficaz por todos os de bom senso almejado, qualquer

nação padecerá o cativeiro das limita-ções que o despreparo lhe impõe.

“Esta Unção anunciada pelo Es-pírito Dr. Bezerra de Menezes, aqui sentida por todos, é abençoada pelo Cristo, neste 25 de junho, no Centro de Convenções de Uberlândia, cidade cujo nome quer dizer ‘Terra Fértil’. Muito obrigado pela presença de todos!

“Quem confia em Jesus não perde o seu tempo! Porque Ele é o grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.

“Deus está presente!“Viva Jesus!”.

“Para merecermos ser batizados por Deus, temos de viver a humildade que Jesus explicitou ao lavar os pés dos Seus Discípulos, o que correspondeu a um ato de cidadania plena e, portanto, de inclusão socioespiritual. (...) Lavar os pés do semelhante é amar, amparando o caído, limpando-o das chagas sociais ou morais.”

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Alguns dias depois da realiza-ção do 30º Congresso Jovem LBV, diversas personalidades brasileiras registraram, pelos

microfones da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o reconhecimento pelos 49 anos de trabalho de Paiva Netto dedicados ao bem da Humanidade. Leia, abaixo, algumas das manifestações:

“Acompanho a trajetória da LBV desde o seu início, quando foi criada pelo nos-so querido Alziro Zarur. Nesse dia em que nosso Ir-mão Paiva Netto completa 49 anos

de trabalho, quero mandar um abraço afetuoso e dizer que imagino todas as lutas, as dificuldades, as incertezas, as aflições por que passou. Mas, acredito que foi um saldo positivo, porque conti-nua fazendo aquilo que é mais bonito no Ser Humano, que é a assistência social, atender os menos favorecidos. (...) Ele faz aquilo que todo mundo deveria fazer, nem que fosse um pouquinho, dentro da sua casa, com seu vizinho, ajudar a quem precisa. Por isso, eu desejo muita saúde, força e, sobretudo, aquela vontade de continuar fazendo da LBV esse grande Instrumento de Amor, de Solidariedade. Um abraço grande pra você”. (Daisy Lúcidi, Radialista — Rádio Nacional, Rio de Janeiro/RJ)

“Estou participando de um momento importante que se reflete do esplêndido trabalho desse mágico da gestão que se chama Paiva Netto. Há 49 anos trabalha com eficiência, planejamento e Amor na LBV, no sentido de fazer com que ela cresça, cada vez mais, e sedimente o seu projeto, as suas atuações no Brasil.

Personalidades destacam os49 anos de trabalho de Paiva Netto na LBV

(...) Paiva Netto é essa figura esplêndida que realmente tem a mais absoluta consciência de seu papel na sociedade. Ele é um operário, exemplo forma-dor que conso-lida um Brasil novo. É o ho-mem que cons-trói uma Obra para o futuro do País, ligada à Educação e às atividades sociais. Nesse momento, quero cumprimentá-lo pelos 49 anos de trabalho ininter-rupto e eficaz junto à LBV. Hoje, a Institui-ção é um dos raros exemplos de Educação sistêmica, de Obra social sistêmica. Parabéns, Paiva Netto! Eu tenho, por V.Sa., carinho e Amor muito grande e mais do que isso: eu lhe devo a mais absoluta admiração, porque sei do seu trabalho permanente e este ideal maravilhoso que pertence ao seu coração. Deixo em seu coração um beijo fraternal e amigo. (...) Parabéns!”. (Cármine Antônio Savino Filho, De-sembargador Titular da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro)

“Tenho um prazer muito especial de poder dirigir-me a esse grande brasileiro que é José de Paiva Netto. Um

amigo querido e cujo trabalho venho acompa-nhando há anos, não só eu, Néli-da, mas todo o Brasil, porque ele está à frente de uma das mais importantes Instituições do País, que é a Legião da Boa Vontade. Uma Obra paradigmática, voltada para a Caridade, Bondade, para os melhores sentimentos do Ser Humano. À frente, como lhes dizia, dessa Instituição, que é José de Paiva Netto, passou e passa sua vida, porque é um homem jovem, com muita energia, servindo ao seu ideal. É um destino muito bo-nito que cumpre ao nosso lado, sob a égide da nossa admiração, porque servir ao próximo como ele o faz, eu não posso ver nada mais precioso, como diria São Paulo; ele ressaltava a Cáritas, que na verdade é o Amor. O Amor ao próximo é o sentimento mais avassalador e extraordinário do Ser Humano. De maneira que quero, nesse momento em que ele, a Instituição e todos nós celebramos 49 anos de serviços prestados à grande causa brasileira, humanitária, nós não podemos deixar de estabelecer esses parâmetros e manifestar apreço e admiração. Até breve, e vamos aguar-dá-lo daqui a muitos anos, e espero estar na outra esquina esperando por ele, para abraçá-lo. Muito obrigada!”. (Nélida Piñon, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), jornalista e escritora)

“Nós, da Bandeirantes, estamos muito orgulhosos de ser aliados de vocês. Acompanhamos a luta do Pai-va, acompanhamos desde o tempo de Zarur e sabemos deste trabalho sério,

Fotos: Arquivo BV

Estou participando de um momento importan-te que se reflete do es-

plêndido trabalho desse mágico da gestão que se chama Paiva Netto.

Há 49 anos trabalha com eficiência, plane-

jamento e Amor na LBV, no sentido de fazer com

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atuações no Brasil. (...) Hoje, a Instituição é um

dos raros exemplos de Educação sistêmica, de Obra social sistêmica.

Parabéns, Paiva Netto!Cármine Antônio Savino Filho

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bonito, honra-do, que cuida de criança, cuida de gente idosa, envolve todo mundo, então, nós somos, em 1º lugar, fã do trabalho de vo-

cês, admiradores e colaboradores do trabalho de vocês. (...) Muito obrigado e fiquem com Deus”. (Sr. Johnny Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV)

“O Paiva Netto tem um trabalho que é maravilho-so, no qual você realmente sen-te a presença de Deus, de Jesus, que só tem a so-mar, a multiplicar o bem. E como faço parte do bem, estou, aqui,

para poder atender e ajudar a LBV. O Paiva Netto é um grande homem, ele está mudando a história da Humanida-de”. (Chico Audi, fotógrafo)

“ V e n h o transmitir a José de Paiva Netto meus entusiás-ticos parabéns pelos 49 anos de sua atuação fren-te à LBV, em que

se tem havido de maneira brilhante em prol da socieda-de, notadamente das crianças, com seu trabalho de assistência e dignificação da juventude brasileira, além de seu talento como escritor, autor de obras que enaltecem a cidadania e as causas espirituais”. (Moacir C. Lopes, escritor e romancista)

“Quero cum-primentar e sau-dar o Paiva Netto pelo transcurso do 49º aniversá-rio de trabalho.

Esperamos que Deus nos ajude para que estejamos juntos no seu cinqüente-nário, quando no Lar e Parque da LBV estará, no ano que vem, com os amigos, crianças, comemorando 50 anos de atividade cristã, profícua, em nome da Solidariedade basicamente dirigida às crianças”. (Dr. Elói Guimarães, Presi-dente da Câmara Municipal de Porto Alegre/RS)

“Gostaria de

parabenizar José de Paiva Netto pelos 49 anos de trabalho na LBV. Tive o privilégio de conhecer toda Obra Social da LBV, importante

para o Rio Grande do Sul. Tenho o maior prazer em comemorar com Paiva Netto e acompanhar seu trabalho. O Rio Grande do Sul é muito agradecido por ter a Instituição sendo parceira nossa nos desafios que temos no dia-a-dia. Parabéns à LBV e ao Paiva Netto, em especial, que é o grande mentor deste trabalho”. (Mauro Zacher, Secretário Municipal da Juventude em Porto Alegre/RS)

“Quero me associar aos 49 anos de trabalho ininterruptos de Paiva Netto na LBV, no segui-mento do cami-nho traçado por Alziro Zarur. Paz

na Terra aos Homens de Boa Vontade. Durante esses 49 anos, o que o mundo mais precisou foi de Paz; e o que mais Paiva Netto fez foi anunciar a Paz, sobretudo, a palavra Jesus; atendendo, acolhendo, trabalhando com as pessoas que mais precisam. Que Deus o proteja e o acompanhe”. (Padre Marcos San-drini — Diretor da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre/RS)________________Muitas outras manifestações referentes aos 49 anos de trabalho de Paiva Netto na LBV serão agradecidas nas próximas edições da BOA VONTADE.

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No dia 29 de junho de 2005, o jornalista e radialista Paiva Netto completou 49 anos de eficaz trabalho na Legião

da Boa Vontade. Em homenagem ao acontecimento damos seqüência nesta matéria a respeito de uma de suas teses pioneiras: a Economia da Solidariedade, distinguindo-a da Economia Solidária, pois o escopo de sua proposição é o Espírito do Ser Humano e sua infinita capacidade realizadora:

Estudiosos como John Stuart Mill (1806-1873), Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) pon-deraram sobre a influência da religião na economia. O sociólogo Max Weber (1864-1920) escreveu famoso artigo, porém, pela primeira vez, surge uma contribuição que não se restringe aos efeitos das respeitáveis crenças no mundo socioeconômico.

A proposta de Paiva Netto las-treia-se em Leis Morais e Espirituais que regem a vida e apresenta os seus mecanismos aplicados ao desenvolvi-mento econômico sustentável.

Economia da Solidariedade Humana e Espiritual

Origem — Em plena Guerra Fria dois modelos conflitavam: o capita-lismo e o comunismo disputavam territórios e mentes em todo o Pla-neta. Nesse cenário, o escritor Paiva Netto apresentou, no Congresso da Boa Vontade, em 1969, uma propo-sição com a finalidade de edificar a Sociedade Solidária:

Fraternidade não é uma coisa

Economia da Solidariedade e Economia Solidária comparadas

e televisiva, pois de mesas vazias; também, e principalmente, Frater-nidade é o esclarecimento espiritual das massas, sempre em Espírito e Verdade à luz do Novo Mandamento do Cristo, pois o mundo só conhecerá a Paz quando viver o Amor Espiritual e conhecer a Verdade Divina. Disse Jesus: Conhecereis a Verdade (de Deus), e a Verdade (de Deus) vos li-bertará (Evangelho de Jesus, segundo João, 8:32).

(...) É preciso viver a Fraterni-dade interclasses, para que surja a Sociedade Solidária, cujo fundamen-to maior é o Mandamento Novo de Jesus, que ordena: Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim sereis reconhecidos como meus discípulos. (...) Ninguém tem maior Amor do que este: dar a própria vida pelos seus amigos (Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34 e 35 e 15: 12 e 13).

Trata-se da Lei de Solidariedade Humana e Social, um fio milagroso

(Parte II)__________________________Equipe de Estudos Ecumênicos

Especial sobre Paiva Netto

abstrata, Fraternidade, além de tudo aquilo que entendemos como relacio-namento cordial entre as criaturas humanas, expressa-se no campo ob-jetivo das soluções efetivas dos pro-blemas nacionais e mundiais, como Solidariedade: escolas para instruir e educar, empregos para as multidões que todos os anos invadem o mercado de trabalho, a solução do problema dos aposentados, o uso dos meios de comunicação para esclarecer e não engazopar as massas com uma reali-dade falsa de fartura cinematográfica

“(Na Economia da Solidariedade Huma-na, proposta por Paiva Netto), o centro da Economia é deslocado do mercado e do Estado para o Espírito Eterno do Ser Humano, que, quando valo-rizado como o Capital de Deus, torna-se o ponto de estabilidade da Economia. Ele é a geratriz do progresso. (...) A Chave Maga

é cuidar do Espírito, reformar o Homem para tudo transformar.”

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que une as partes anacronicamente separadas do organismo sociedade, razão por que incluímos esta avan-çada afirmativa de Zarur: Religião, Ciência, Filosofia e Política são qua-tro aspectos da mesma Verdade, que é Deus. (Os negritos são nossos).

E explicou a função do Ecume-nismo Irrestrito e Total, difundido pela LBV, desde a década de 1940: desbastar arestas, para harmonizar os Seres Humanos em conflito; der-rubar bastilhas, para o que é impres-cindível a ação da Fraternidade, que é energicamente dinâmica, na forma de Solidariedade.

Definição — Os modelos de de-senvolvimento propostos durante a Guerra Fria, e, posteriormente, pela abordagem neoliberal, provocaram um efeito devastador para a vida no planeta.

Em razão disso Paiva Netto pro-pôs a Estratégia da Sobrevivência que tem por parte vital uma Economia que tome um caráter mais humano, porque, se não o fizer por altruísmo, será impelida pelo simples instinto de sobrevivência.

O centro da Economia é deslo-cado do mercado e do Estado para o Espírito Eterno do Ser Humano, que, quando valorizado como o Ca-pital de Deus, torna-se o ponto de estabilidade da Economia. Ele é a geratriz do progresso. (...) A Chave Maga é cuidar do Espírito, reformar o Homem para tudo transformar. (...) Todo o esforço é no sentido da integração do Espírito da criatura no Espírito do Criador (...) pois essa integração estabelece a sintonia de que precisamos, na Terra, para que seja perpetuado nela o, digamos, Paraíso prometido (...).

No livro O Capital de Deus, Paiva Netto diz que são necessárias doses maciças de verdadeira Espiritualida-de, na área da mais imprevisível e, ao mesmo tempo, a mais religiosa das Ciências (há quem não a considere assim). Porque, acima das leis eco-nômicas ainda mal descobertas e, de

modo pouco apreciável, empregadas por nós, os Seres Humanos, vigem, desde antes da criação do mundo, as Leis da Economia Divina, por inter-médio das quais Jesus pôde construir este Planeta, em que, por Sua Infinita Misericórdia, temos podido viver e, mais, sobreviver, apesar de todas as nossas traquinices. (...) A Economia não pode, pois, impunemente, des-prezar as exigências do sentimento sublimado (...).

A Economia é religadora por-que cuida da distribuição dos bens indispensáveis à sobrevivência dos cidadãos e da melhora da qualidade de vida. Isso é um dever dos que se dizem religiosos e, mesmo, dos des-crentes em relação à existência da Divindade, mas que trazem dentro de si o respeito à decência do seme-lhante. Sem espírito solidário não há civilização.

Na Economia da Solidariedade os fatores da História não são oriundos da dinâmica da Economia, mas, da intimidade ética do indivíduo como entidade espiritual, quando cons-ciente de que foi criado à imagem e semelhança de Deus. Não do deus antropomórfico. Contudo, do Deus Divino.

Para o desenvolvimento da Hu-manidade, propõe: Sem o proverbial estímulo da Solidariedade ensinada pelo Cristo, o progresso humano sempre ficará aquém das expectativas das coletividades (...).

Desenvolvimento da Economia Ecumênica — A Fraternidade expres-sa-se na solução dos problemas econô-micos e sociais como Solidariedade, e o seu fundamento é que todos estamos corpo, mas somos Espírito. A condi-ção universal de Seres Espirituais é o denominador comum que nos faz irmãos e possibilita a real cooperação em todos empreendimentos. As Insti-tuições da Boa Vontade por meio do esclarecimento espiritual criam condi-ções para a vivência da Fraternidade interclasses.

Aprendemos com Paiva Netto que Utopia tem outro nome: Progresso.

Mas, então, como materializá-la? Voltemos ao livro O Capital de Deus. A transformação do Ser Humano, com seu Espírito eterno, onde quer que ele esteja, independente de sua classe social, profissão, cor ou religião significa o surgimento de um Cidadão Ecumênico capaz de gerar a Economia da Solidariedade Humana e Espiritual, sob os princípios de Desenvolvimento efetivamente Solidário: o Homem, na Terra, é, no campo social, o início de tudo. Não se pode modificá-lo por decreto. Trata-se de largo trabalho que vai, além de instruir e educar, principalmente reeducar. (...) Não se trata apenas de ampliar horizontes culturais do educando, o que é neces-sário, mas não é tudo. A prática da Fraternidade incondicional, o silêncio interior profundo (que se estabelece pelo “não julgueis”) e a oração since-ra pedindo luz e Sabedoria Espiritual são instrumentos da Pedagogia de Deus que, se observados com perse-verança, acabam por abrir os olhos da Alma aos eternos e libertadores Horizontes Invisíveis de Deus.

Aquele que experimenta, um pou-co que seja, da Realidade do Amor Divino que habita em si mesmo, não mais se conforma com as recompensas superficiais e efêmeras do egoísmo. Ao contrário, lutará incessantemente para despir-se das ilusões de seu ego a fim de trajar-se com o cintilante tecido do Amor Universal. Essa transforma-ção espontânea do indivíduo — essa descoberta de sua verdadeira identi-dade espiritual — é a única fórmula segura e duradoura para a desejada reforma social. O Novo Céu da cons-ciência de cada um, gerando a Nova Terra da harmonia e do respeito entre todos, na Política, na Ciência, no Esporte, na Arte, na Economia e assim por diante.

(Continua)

Para saber mais:Diretrizes Espirituais da Religião

de Deus e O Capital de Deus, ambos do escritor Paiva Netto (Editora Elevação).

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Dr. José Luiz AmurattiMédico

É preciso estar atento àDiabetes

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A atividade física propicia aos diabéticos um melhor metabolismo para a insulina e a glicose.

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Esta traiçoeira doença pode estar rondando a sua família e você não percebe. A necessidade de se cuidar se faz pelas terríveis

complicações de que já deve ter ouvi-do falar: cegueira, insuficiência renal, impotência, feridas que não cicatrizam, maior facilidade de outros males como infartos no coração e acidentes vascu-lares cerebrais. Tudo isso, longe de nós, não parece tão perigoso. Entretanto, quando vemos familiares ou pessoas próximas sofrendo tais conseqüências, refletimos que todo esse sofrimento poderia ser evitado.

Mas para prevenir é preciso, primeiramente, entender como a enfermidade atua no corpo humano. Trata-se de uma condição na qual o organismo não permite que a glicose entre nas células por falha genética da produção de insulina, o que resulta no tipo I da doença. Pode ocorrer também por problemas nos receptores da insulina nas células, por exemplo, como acontece na obesidade. Neste caso, o paciente está diante da Diabe-tes tipo II. Daí a necessidade de con-trolar a ingestão de açúcar: o excesso

dessa substância causa problemas em vasos sanguíneos, gerando maior faci-lidade para deteriorá-los, o que resulta em efeitos desastrosos.

Para evitar o problema, a principal atitude a ser tomada é ficar de olho no seu cardápio e no de sua família também. Não crie o hábito de ingerir doces e açúcares em exagero, massas e guloseimas, refrigerantes e conservan-tes. Se você tem parentes diabéticos, os cuidados devem ser redobrados. Faça exames periódicos e, então, po-derá saber da tendência.

Não se esqueça da atividade físi-ca.Temos grandes atletas diabéticos, porém, no geral, com o trabalho mus-cular é possível propiciar um metabo-lismo muito melhor para a insulina e a glicose. Além de se sentir bem, todo o controle é mais fácil. Preste atenção à obesidade. Se você controla o peso, suas células terão uma ótima resposta para a insulina.

O que está sendo feito — Fique sabendo das mais recentes pesquisas científicas para o tratamento da Dia-betes.

Transplante Pancreático: com os rins, faz-se o transplante, mas há difi-culdades em controlar a rejeição;

Transplante de Ilhotas (grupos de células que fabricam insulina): muito promissor, porque a rejeição é melhor controlada;

Pâncreas Virtual: um aparelho que faz o trabalho do pâncreas;

Regeneração de Ilhotas: por in-termédio de proteínas estimuladoras;

Bio-Engenharia com células-tron-co: No Reino Unido já se obteve uma cura total com essa técnica.

Realmente, temos de curar, tratar e cuidar, pois a Espiritualidade Superior está empenhada em nos esclarecer e trazer sabedoria para que harmoni-zemos corpo e Espírito; cuidemos do nosso organismo com todo o respeito, por meio da boa nutrição e da ativida-de física. É assim que agradecemos o mérito de estar em plena evolução na graça da Vida.

Revista Boa Vontade ��

Page 47: Revista Boa Vontade, edição 203

Brasil e FrançaAlém dos propósitos culturais, nações se unem em nome da Solidariedade.

Da direita para a esquerda: O Ministro da Cultura, Gilberto Gil,

ao lado de Sandra de Sá, Elba Ramalho e Tony Garrido entre

outros representantes da música popular brasileira.

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Os Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Jacques Chirac (França) assistem ao desfile militar de comemoração pelo dia 14 de julho

Fonte: Radiobrás.

Atualidades

As b a n d e i r a s francesa e bra-sileira ditaram as cores durante

a comemoração do feria-do nacional na França. O 14 de julho marca a his-tória como o dia em que o país adotou a República como forma de governo em substituição à Mo-narquia. O episódio ficou conhecido como a Queda da Bastilha. Nesta data, ocorre, tradicionalmente, o desfile militar que, em 2005, teve a participação das Forças Armadas do Brasil (FAB). Aliás, desde março o Ano do Brasil na França é comemorado por lá.

Além do objetivo cultural, as nações se uniram em propósitos de ações humanitárias. Um exemplo disso é o projeto que elas pretendem implantar até 2006 no intento de ar-recadar recursos para os países mais pobres por meio de contribuições nas passagens aéreas. Esses valores vão financiar o combate à Aids e

outras doenças. Esta é a principal proposta da declaração firmada en-tre os governos brasileiro e francês durante a visita do Presidente Lula à França. Para ambos os países, o “desconto de solidariedade”, como foi chamado o projeto, faz parte de uma série de medidas fundamentais para o cumprimento das metas do milênio até 2015, estabelecidas pelas Nações Unidas.

Na abertura do colóquio “Brasil:

Ator Global” na Universi-dade de Sorbonne, na capi-tal parisiense, o Presidente reafirmou que a integração da América do Sul é uma das prioridades da política externa brasileira. O Pre-sidente francês Jacques Chirac disse, por sua vez, que está orgulhoso de estar ao lado de Lula na ação pelo financiamento do de-senvolvimento no mundo e afirmou não ter dúvidas de que os dois vão conseguir obter avanços.

Os franceses também tiveram oportunidade de acompanhar o que há de melhor na música po-pular brasileira. A Praça da Bastilha sediou o grande show “Viva Brasil!”, evento que deu início às celebrações da Festa Nacional francesa. Por iniciativa do Ministro brasileiro da Cultura, o cantor Gilberto Gil, o pal-co do evento contou com a presença de Gal Costa, Jorge Ben Jor, Daniela Mercury, Seu Jorge, Lenine, e o gru-po baiano de dança e percussão Ilê Ayiê, entre outros. [R.O.]

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Estatuto do Idoso

Page 49: Revista Boa Vontade, edição 203

Em virtude da importância do Esta-tuto do Idoso para as pessoas com idade igual e superior a 60 anos, continuo, nesta edição, a publicar trechos deste documento (Lei nº 10.741), promulgado em 1º de outubro de 2003. Vamos ao texto:

“Da Profissionalização e do Tra-balho

Art. 26. O idoso tem direito ao exer-cício de atividade profissional, respeita-das suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.

Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite má-ximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.

Parágrafo único. O primeiro crité-rio de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada.

Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:

I – profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus po-tenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas;

II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estí-mulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento so-bre os direitos sociais e de cidadania;

III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho.

CAPÍTULO VIIDa Previdência SocialArt. 29. Os benefícios de aposen-

tadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que pre-servem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente.

Parágrafo único: Os valores dos benefícios em manutenção serão rea-justados na mesma data de reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os critérios estabelecidos pela Lei no 3, de 24 de julho de 1991.

Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício.

Parágrafo único: O cálculo do valor do benefício previsto no caput observará o disposto no caput e § 2º do art. 3º da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo salários-de-con-tribuição recolhidos a partir da compe-tência de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei nº 8.213, de 1991.

Art. 31. O pagamento de parce-las relativas a benefícios, efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no período com-preendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.

Art. 32. O Dia Mundial do Tra-balho, 1o de Maio, é a data-base dos aposentados e pensionistas”.

Estatuto do Idoso

Jornalista Walter Periotto

Estudos têm demonstrado que al-guns hábitos simples podem ajudar a manter a memória em bom estado. O estímulo das funções cerebrais deve ser feito nas atividades cotidianas, como caminhar após as refeições ou durante as compras. Para exercitá-la basta seguir algumas dicas: obser-var objetos, pessoas e locais. Faça isso pelo menos uma vez por dia e procure lembrar mais tarde de suas principais características.

Outra coisa que ajuda bastante é a percepção dos ingredientes nos alimentos, pelo gosto e cheiro, reme-morando-os depois. Tente identificar as pessoas pela voz, ao usar o tele-fone, e memorizar números. Faça, também, no fim do dia, uma lista com quem falou. Para ter certeza do progresso, utilize sempre as anota-ções para consultas posteriores.

Exercite sua memória

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Melhor Idade

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Page 50: Revista Boa Vontade, edição 203

Ciência e Religião na

A Juventude Ecumêni-ca da LBV não pára.

Pela terceira vez, na Universidade de Campinas (Uni-camp), ocorreu, no dia de Anchieta (9 de junho), mais uma edição do Fórum Permanente Jesus — Scientia ad Deum (Ciência para Deus), com a participa-ção de jovens de várias áreas acadêmi-cas (Física, Comunicação, Biologia e Engenharia) e ideológicas (Católicos, Ecumênicos, Espíritas e Agnósticos). A discussão girou em torno do papel da Ciência e da Religião na vida do Ser Humano: ambas divergem ou a união entre elas seria efetivamente uma Estratégia Divina?

A exemplo do que ocorre nas Reuniões Ecumênicas da LBV, todos tiveram oportunidade de expressar livremente suas opiniões, como ocorreu com Daniel Lobianco, ao citar trecho da palavra do escritor Paiva Netto, no

__________Irani Maria

Unicamp

livro Crônicas e Entrevistas, que resu-me de forma magistral a questão, ao afirmar: “Ciência sem Religião é secura de Alma: Religião sem Ciência pode descambar para o fanatismo”.

O encontro foi mediado pelo integrante da Juventude Ecumênica Juliano Carvalho Bento, estudante de Física. Na análise do jovem Douglas Soares da Silva, também aluno de

Os jovens da LBV de São Paulo/SP prepararam para julho o “Festival de In-

verno”. O evento teve início no dia 3 deste mês. O objetivo foi apresentar a Arte e o Esporte como meios de valorização da Vida. Uma das atividades orga-nizadas, o “Futsal de Inverno”, reuniu times masculino e fe-minino, representando as áreas

das Instituições da Boa Vontade (IBVs). Os jogos ocorreram na quadra poliesportiva do Instituto de Educação José de Paiva Netto, no horário da tarde. A conclusão se dará no mês de agosto com um “Show de Inverno”, promo-vido pela Juventude Ecumênica. Informações tel.:(11) 3358-6805 ou pelo site www.acaojovemlbv.com.

Festival de Inverno _________________ Nathan Rodrigues

esquenta SP

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Ação Jovem LBV

A competição esportiva de Futsal reuniu times femininos e masculinos, no Instituto de Educação da LBV, em São Paulo/SP, levando, por meio do esporte, a

valorização da Vida.

A Juventude Ecumênica da LBV e alunos da Universidade de Campinas realizaram na Unicamp, o Fórum Permanente Jesus.

Física, e que é católico, “esse tipo de conhecimento é útil e muito importan-te para todo Ser Humano. Discussões desta envergadura não se encontram em nenhum ambiente acadêmico”. Ao término, o jovem Daniel, referin-do-se à vibração que tomou conta do ambiente, destacou que toda cidade universitária havia colhido os benefí-cios daquele Fórum.

Juliano Bento, estudante de Física.

Fotos: Clayton Ferreira

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Page 51: Revista Boa Vontade, edição 203

Cultura no Museu

Blitz educativa no trânsitode Florianópolis

_______________ Thiago Morello

_________________Cristiano Campolina

de Arte da Pampulha

____________ Vânia Besse

Festa popular à nordestina

______________Mayla Ferreira

Estudos doutrináriosem Curitiba

_______________ André Rodrigues

Juventude homenageia Bombeiros

acaojovemlbv.com.brWWW

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Em parceria com a Polícia Militar de Santa Catarina,

a militância jovem da LBV promoveu uma Blitz Educativa, levando a mensagem de Valorização à Vida: “Não use dro-gas. Viver é Melhor”. A Juventude Ecumênica levou, ainda, às ruas e avenidas da Ilha da Magia, faixas e panfletos. Vestindo camiseta alusiva à Campanha, os jovens conversavam com os motoristas, conscienti-zando-os dos prejuízos para o Ser Humano causados pelo uso das drogas, entregando-lhes a mensagem da Dialética da Boa Vontade. Durante essa atuação o Prefeito de Florianópolis, Dario Elias Berger, também foi informado da Campanha. Ele aproveitou para pa-rabenizar a LBV pela ação.

Um programa que já entrou na agenda dos militantes da Juven-tude Ecumênica da Boa Vontade

de Deus da cidade de Curitiba/PR é o estudo da coleção Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, que ocorre às quar-tas-feiras. Semanalmente, os jovens reú-nem-se para discutir temas abordados nos três livros escritos pelo Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto. Também no encontro, todos têm oportunidade de acompanhar um capítulo da radionovela Nosso Lar, sucesso que está sendo exibi-do na programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio. Para se informar como fazer parte das reuniões, basta ligar para o tel. (41) 3344-4444.

Em Leme, interior paulista, a Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus visitou o Ba-

talhão do Corpo de Bombeiros para homenagear os profissionais pela pas-sagem do seu dia. Por iniciativa dos membros da corporação, foi realizada parceria entre o órgão e a Legião da Boa Vontade. O soldado Figueiras afirmou a necessidade de “unir forças e juntos fazer com que o Corpo de Bombeiros trabalhe ao lado da LBV”. Para participar das ações promovidas pela Obra na cidade é só ligar para o tel. (19) 3571-1362.

E m Belo Horizonte/MG, a Juven-tude Ecumênica da Boa Vontade de Deus realizou passeio no

famoso Museu de Arte da Pampulha (MAP). No local, os visitantes pude-ram conhecer um pouco mais sobre a história desse expressivo centro mineiro, despertando, também, seu interesse por assuntos culturais. O acervo do Museu, composto por mais de 1.600 obras, expõe a arte contem-porânea brasileira. O prédio que abriga o MAP foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer.

Sem dúvida, a época de junho/julho é uma das mais agradáveis

quando se fala de cultura popular. É justamente nesse mês que ocorrem as tradicionais festas caipiras e, de norte a sul do País, a LBV organiza eventos com o objetivo de promover alegria sem baixaria, conforme afirma o dirigente da Instituição, José de Paiva Netto. Na capital pernambucana, a Juventude levou para o palco dos festejos uma peça teatral com a cara do que há de melhor da cultura nordestina: o casamento ma-tuto, intitulado “Um casório em Macaxeira de fora”. A atividade teatral é uma das realizações dos jovens em Recife. Para participar dessas e de outras ações, ligue para: (81) 3413-8600.

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Page 52: Revista Boa Vontade, edição 203

André Luís Gutiere, Curitiba/Paraná

Adriana Letícia Martins de Sousa, Joinville/SC

Estéphanie Valverde da Conceição, 6 anos, Campo Grande/RJ

há 36 anos, em 20 de julho de 1969, o homem pisou o solo da lua com uma bota

azul, no 41, calçada pelo astronauta Neil Armstrong, que disse uma das frases mais conhecidas do mun-do: “esse é um pe-queno passo para o

homem, um salto gigantesco para

a humanida-de”.

um sonho há muito tempo desejado pelo

Ser humano enfim

Agradecemos a cartinha do Vinícius Simões Bittencourt, 3 anos, do Rio de Janeiro/RJ, que ao conhecer O Peixinho Vermelho, falou:

“Eu gostei muito dessa história. Eu aprendi que é importante estudar e que a gente precisa ter coragem. Gostei da coragem

do Peixinho Vermelho. Eu queria que os amigos do Peixinho ficassem felizes”.

Cartinha

Júlia Lopes Haccourt, Curitiba/Paraná

Leandro Gabriel Moran Machado, 2 anos, UruguaiVinícius de Lemos

Marcon, 5 anos, Uruguai

Letícia Akemi Brugnolo, 5 anos, Curitiba/PR

Júlia de Lemos Marcon, 3 anos, Uruguai

Escreva para o Bolo com Pudim Editorial, mande sua foto, seu desenho, ou um recado para

os Soldadinhos de Deus. Não se esqueça de colocar seu

nome, idade e cidade onde mora.

Rua Doraci, nº 90, Bom Retiro, São Paulo/SP – CEP 01134-050

E-mail: [email protected]

Fotos: Arquivo pessoal

se realizou. A viagem de ida durou quatro dias, a

bordo da Nave Apollo XI, con-t a n d o c o m a presença de três astronautas, que recolheram pe-dras lunares, tira-ram fotografias além de fazer diversas pesquisas.

d e p o i s d e s s e acontecimento, hou-

ve outras cinco missões tripula-das com o mesmo objetivo: o de estudar nosso satélite natural.

Viagem para a Lua

Soldadinhos de Deus

Revista Boa Vontade �2

Page 53: Revista Boa Vontade, edição 203

Alziro Zarur (1914-1979)

I — Amar a Deus sobre todas as coisas.

II — Viver o Evangelho de Jesus em Espírito e Verdade à luz do Seu Novo Mandamento.

III — Cultuar a Boa Vontade em todos os momentos da vida.

IV — Fazer do Brasil a Pátria das Pátrias — o Coração do Mundo.

V — Respeitar as religiões das crianças de toda a Humanidade.

VI — Abraçar fraternalmente os filhos dos pobres e dos ricos, dos brancos e dos negros, dos amarelos, dos vermelhos e dos mestiços.

IX — Cumprir, de todo o coração, os Mandamentos da Lei de Deus.

X — Aplicar a todos os seus atos o Novo Mandamento de Jesus: Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. (...) Ninguém tem maior Amor do que este: dar a própria vida pelos seus amigos (Evangelho do Cristo, segundo João, 13: 34 e 35 e 15: 12 e 13).

VII — Honrar a seu pai e sua mãe, obedecendo sempre.

Os Dez Mandamentos dos Soldadinhos de Deus

VIII — Estudar incessantemente, dignificando seus professores.

Colaboração da Pré-Juventude da LBV: Felipe Tonin e Renan Gallo.Revista Boa Vontade �3

Page 54: Revista Boa Vontade, edição 203

Educação de Primeiro Mundo

LBV do Uruguai

URUGUAI

Acontece no mundo

Fotos: Maciel Ferreira

Em dezembro de 2005, a LBV amplia o trabalho socioeducacional que realiza

em Montevidéu, Uruguai, com a inauguração do Instituto de Educação José de

Paiva Netto.

A comunidade de baixa renda de Montev idéu vai receber,

no fim deste ano, mais um grande presen-te da Legião da Boa Vontade. Dezembro é o mês que assinala a conclusão do pro-jeto do Instituto de Educação José de Paiva Netto, que vai ampliar as bem-sucedidas iniciati-vas da LBV do Uruguai. A escola-modelo será inaugurada no mesmo ano em que a Instituição completa 20 anos de trabalhos realizados naquele país (leia o histórico na próxima página).

Ocupando uma área de 1.500 m², o novo empreendimento per-mitirá o acesso a um maior número de crianças, jovens e adultos, que vivem em situação de risco social, aos programas socioeducativos da LBV. Também deverão ser imple-mentados, neste Centro, programas para os da Terceira Idade. A fim de facilitar a locomoção, as pessoas dessa faixa etária serão contem-

pladas com um amplo espaço no térreo. Ainda neste pavimento haverá cozinha, refeitório, ludo-teca (brinquedoteca), ambulatório médico e dentário.

No primeiro andar do prédio estarão as instalações da Escola de Educação Inicial, com sete salas de aula, além de banheiros e ambiente de recepção. No segundo piso haverá um salão aberto para atividades esportivas, seminários e eventos.

A Instituição empenha-se na construção do moderno Centro Educacional, cujas obras não foram interrompidas nem mesmo com a forte crise econômica que assolou o país em 2002. Desde que surgi-ram os primeiros traços do projeto, a comunidade uruguaia contribui com recursos financeiros para apoiar a iniciativa. A mídia igual-mente tem demonstrado ser forte parceira ao destacar os trabalhos da Instituição. [R.O.]

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Em junho, há duas décadas, a bela Montevidéu ganhava na Rua Burgues uma sede da Le-gião da Boa Vontade. Naquele ano de 1985, a Instituição ins-talou uma creche-refeitório na capital uruguaia, para atender crianças em situação de risco social que moravam na região. Pouco tempo depois, os meninos e meninas passaram a receber da LBV a Educação Infantil.

Já em meados da década de 1990, o Jardim Infantil Jesus foi transferido para um edifício maior, localizado no bairro Pra-do, o que permitiu o atendimento a mais alunos. Posteriormente, foram implementados cursos de capacitação para possibilitar a reinserção profissional de pes-

soas desempregadas. Ao longo destes anos, a

Organização soube traçar uma trajetória que a fez merecedora de uma série de reconhecimen-tos, entre os quais se destacam os prêmios recebidos no ano 2000 da Fundación Manantiales e, no ano 2002, da Intendencia Municipal de Montevideo. Des-taque também para o apoio dado pelos meios de comunicação que sempre divulgaram as propostas da LBV, por meio de programas de TV (Caleidoscópio, Buendía Uruguay, De Igual a Igual e Café Versátil); emissoras de rá-dio (CX 20 Montecarlo, CX 30 Nacional, 104,9 FM Metrópolis); e dos jornais El Observador, Ultimas Noticias e El País.

URUGUAI

Históricoda Solidariedade

Em duas décadas de trabalhos na capital uru-guaia, a LBV tem ampa-rado milhares de crianças e jovens em situação de risco social.

As obras para a conclusão do projeto do Instituto de Educação da LBV, de Montevidéu/Uruguai, estão a todo vapor, como se pode ver nas fotos tiradas no início deste mês.

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Imagem do projeto do Instituto de Educação da LBV do Uruguai

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O jornal MGTV 1ª Edição, da Rede Globo Minas, exibiu, no dia 15 de julho, matéria com o Grupo de Convivên-

cia da Terceira Idade atendido pelo Centro Comunitário e Educacional da LBV em Belo Horizonte/MG. O vídeo mostrou a importância da atuação do voluntariado nas instituições. A repórter Narrimann Sible conversou com vários idosos, colaboradores e o assistente social da LBV.

Por meio desse projeto, os vovôs e vovós, provenientes de famílias em situação de risco social, têm à dis-

posição um espaço agradável, onde, uma vez por semana, se reúnem e realizam diversas atividades, entre elas dança de salão, jogos, passeios, palestras e ioga. Além disso, conhe-cem outras pessoas e fazem amigos. No grupo, eles elevam a auto-estima, e problemas como depressão e solidão acabam no decorrer da participação nos encontros.

O Centro Comunitário e Educa-cional da LBV na capital mineira está localizado na Avenida Cristiano Machado, 10.727, Planalto, tel. (31) 3494-3232.

Imprensa Mineira divulga ação da LBV

_______________Mônica Mendes

para Terceira Idade

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Figu

eire

doNo último dia 12 de

julho, a Presidente do Fundo Social de Solidariedade do

Estado de São Paulo, sra. Lu Alckmin, encerrou a edição de 2005 da Campanha do Agasalho. Em mais um ano, a iniciativa bateu recorde de arrecadações: 18 milhões de peças. Este número ultrapas-sou em mais de 60% a marca de 2004, que foi de 11 milhões. No total, foram mais de nove mil postos de arrecadação.

Para chegar a este número expressivo de doações, o Go-verno contou com o apoio de ONGs da capital paulista. Entre as entidades que apoiaram a idéia está a Legião da Boa

O calor da Solidariedade

Vontade. Parceira na Campa-nha, a Instituição participou ativamente divulgando e recolhendo as peças nas co-munidades onde atua. “Agra-deço à LBV, que mandou os cobertores, os agasalhos que recebemos aqui no Palácio do Governo. Muito obrigada. Vocês fazem um trabalho lindo de amor ao próximo”, disse Lu Alckmin.

O Governador do Estado, Geraldo Alckmin, também destacou a colaboração da LBV a mais essa iniciativa solidária. “Quero agradecer

a todos que participaram, à Legião da Boa Vontade, o trabalho voluntário. Que Deus lhes pague, isso vai ajudar muita

esquenta o inverno Paulista

gente que precisa para poder passar o inverno bem agasalhado e com o cari-nho de vocês”.

As doações angariadas estão sendo distribuídas, desde o início da campa-nha, nos 645 municípios do Estado de São Paulo e em mais de 2.500 entidades da capital, cadastradas no Fussesp. [N.L.]

Geraldo Alckmin

Sra. Lu Alckmin Sra. Lu Alckmin recebe das mãos da representante da LBV no evento, Nilva Rio, um cartão produzido pelas crianças da Instituição.

Acontece

Fotos: Reprodução RMTV

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Page 58: Revista Boa Vontade, edição 203

Acontece

Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2005, divulgado em 29 de junho, pela Organização das Nações Unidas (ONU), 5% da

população do Planeta consomem drogas ilícitas, ou seja, 200 milhões de pessoas. O estudo mostra ainda que houve um au-mento do emprego de entorpecentes. No capítulo dedicado ao Brasil, a maconha continua a se destacar, mas o crescimento de novas drogas sintéticas é grande, prin-cipalmente do ecstasy, cujos efeitos são tão letais que já foram encontrados casos de jovens usuários que apresentaram mal de Alzheimer, doença mais comum depois dos 60 anos de idade e que causa sérias alterações neurológicas.

Atenta a esse lamentável panorama, a Legião da Boa Vontade deu início, em Florianópolis/SC, à edição de 2005 de sua Campanha pela Valorização da Vida. O jornal O Estado de 16 de junho noticiou o acontecimento, com destaque na capa. Segue o texto do periódico:

“A Legião da Boa Vontade (LBV) lançou ontem uma campanha educativa contra o uso de drogas, no auditório do Sest/Senat, no Jardim Atlântico. Idealiza-da pelo Diretor-Presidente da Entidade, José de Paiva Netto, a campanha tem como tema Não use drogas. Viver é Melhor!, com o objetivo de atingir as crianças na faixa etária de sete a onze anos de idade, matriculadas no programa LBV: Criança — Futuro no Presente! e também alunos de 4ª a 8ª séries de esco-las públicas e particulares.

“A campanha pretende apresentar

alternativas saudáveis para crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social para afastá-los da dependência química. O projeto da LBV, em parceria com o Conselho Municipal de Entorpe-centes (Comen), Sest/Senat e Fundação Casan, vai oferecer diversas formas de buscar a prevenção das drogas por meio de atividades esportivas, culturais e educativas”.

O Diretor-Presidente do Sest/Senat, João Alfredo Brodt, festeja a iniciativa: “Agradeço à Legião da Boa Vontade por ter nos convidado como parceiros nesta campanha, que é extremamente importante”.

Para o Presidente do Comen, José Rodrigues Rocha, que tem disponibi-lizado profissionais para ministrar pa-lestras nos estabelecimentos de ensino,

o programa é visto com “muita alegria, porque está vindo ao encontro do que é o propósito do Conselho, que se tem dedicado na prevenção, no tratamento e na mobilização da sociedade por meio de cursos e campanhas”.

Representando, na ocasião, o Go-vernador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, a capitã da Polícia Militar Claudete Lehmkuhl Thiesen, Coordenadora do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), destacou o conteúdo da men-sagem da LBV: “Não use drogas. Viver é Melhor! é muito interessante, porque ela passa por questão que é a valorização pela Vida”. Lembrando que a Polícia Militar do Estado de Santa Catarina tem colaborado na execução das blitze educativas da

contra as

______________ Derli Francisco

intensifica

drogasCampanha

LBV

Aspecto de uma das palestras contra as drogas que a Legião da Boa Vontade promove em escolas e comunidades. No detalhe, a veterana Legionária Mariliza Rezende Parmegiani, que coordena o evento.

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Page 59: Revista Boa Vontade, edição 203

Instituição, que consistem em carreatas e passeatas na região.

Representantes da sociedade falam da iniciativa

Diversos segmentos da sociedade estiveram presentes na cerimônia. O jornalista Cyro Barreto em suas pala-vras incentivou todos a prosseguirem nesta caminhada: “A justiça social que a LBV faz, educando, preparando essa nova geração, que surge das mãos de vocês, nos engrandece sobremaneira e nos faz acreditar que o País tem futuro. O Brasil é grandioso em razão do papel dos educadores que a LBV também proporciona”.

Outro colega de profissão, que real-çou o trabalho desenvolvido pela Obra, foi o jornalista Mário Motta: “(...) Esta Campanha será mais um sucesso, como tantas outras que a LBV já desenvolveu (...). Eu tive o que considero um privi-légio, pela luminosidade do Espírito de Alziro Zarur, de tê-lo conhecido, quando tinha 7 ou 8 anos de idade, lá na Rádio Mundial — meu pai me levou para co-nhecê-lo pessoalmente na minha infância — e de ter me sentido um Soldadinho de Deus e guardado tudo isso na memória, no coração, e tentar fazer uso sempre das coisas boas que pude ler, aprender nas revistas Soldadinhos de Deus, e mais tarde, transmitir aos meus filhos. Há um carinho muito grande por todas essas coisas boas, especialmente pela frase que ainda hoje é ostentada no símbolo da LBV. Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Von-tade foi dita por Jesus e certamente por outros Espíritos tão fortes, tão bonitos, tão iluminados como o do próprio Alziro Zarur e, agora, o do nosso Presidente da LBV, Paiva Netto”.

Da mesma maneira, Elisabete Baia Bittencourt Férrer, Presidente do Con-selho Municipal de Assistência Social

(CMAS), diz estar gratificada por inte-grar o projeto: “A LBV vem desenvol-vendo ações buscando a inclusão social dos nossos cidadãos em âmbito não só nacional, mas até envolvendo vários países na proposta dessa filosofia de tra-balho de buscar a valorização da pessoa humana, como pessoa de dignidade e de respeito”.

CorrespondênciaA Solidariedade à iniciativa deu-se

ainda por intermédio de inúmeros te-legramas, e-mails e cartas cumprimen-tando a Legião da Boa Vontade; abaixo reproduzimos alguns deles.

Agradecem o convite e aproveitam para parabenizar a LBV pela iniciativa e desejam muito sucesso na Campanha:

Ranieri Moacir Bertoli, Presidente da Associação Catarinense de Emis-soras de Rádio e Televisão de Santa Catarina — Acaert.

“(...) Cumprimento esta entidade pela iniciativa, que em muito contribui com a valorização da qualidade de vida dos nossos jovens.”

Jacó Anderle, Secretário de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.

“Parabenizamos todos pela impor-tante Campanha, desejando sucesso no evento.”

Milton Mendes, Diretor-Presidente

da Eletrosul — Centrais Elétricas S.A.

“Como Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Hu-manos, estou inteiramente à disposição desta Instituição.”

Alceu Nieckarz, Vereador de Flo-rianópolis.

TV Barriga Verde divulga iniciativa antidrogas

A garotada atendida pela LBV par-ticipou ainda do programa César Souza — transmitido pela TV Barriga Verde, afiliada da Rede Bandeirantes —, no quadro “Drogas”, que vai ao ar todas as terças-feiras, com a finalidade de informar e debater o que é narcotráfico e os males que a dependência química causa.

O apresentador César Souza Júnior teve como convidado especial o Dr. Ildo Rosa, delegado da Polícia Federal no Estado. No auditório, a presença maciça da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, da capital catarinense. César ainda entrevistou o representante da LBV, Sérgio Morello, que falou sobre as ações que ela desenvolve para valo-rizar a Vida, em especial a Campanha contra as drogas. Com isso, diversos telespectadores telefonaram dando os parabéns à Instituição, que foi convidada para, pelo menos duas vezes por mês, discorrer na TV sobre o que oferece às novas gerações.

Outros órgãos de comunicação tam-bém têm dado sua colaboração à Cam-panha da LBV, como as TVs Câmara, Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Net e TVA (estas duas últimas, canal 16, a cabo); e das rádios CBN, Guarujá, Gazeta e Luar FM.

Em Florianópolis, a LBV localiza-se na Rua General Eurico Gaspar Dutra, 226, Estreito, tel. (48) 248-0108.

João Alfredo Brodt Mário Motta Dr. Cyro Barreto Elisabeth Baia Spínola Bittencourt Férrer

Capitã Claudete José R. Rocha

Thiago Morello

Derli Francisco

Arquivo pessoal

Derli Francisco

“A justiça social que a LBV faz, educando, preparando essa nova geração, que surge das mãos de vocês, nos engrandece sobrema-neira e nos faz acreditar que o País tem futuro. O Brasil é grandioso em razão do papel dos educadores que a LBV também proporciona.”

Cyro Barreto

Derli Francisco

Derli Francisco

Revista Boa Vontade ��

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__________________Natália Lombardi

LBV noSuper Cap de Ouro

A entrega do Tro-féu Super Cap de Ouro, organizado pelo Grupo Jor-

nalístico Ronaldo Côrtes, ocorreu na noite de 27 de junho, no Círculo Militar (Ibirapuera), na capital paulista. A premiação ho-menageou 70 personalidades do meio artístico e da televisão brasileira, vo-tadas, mensalmente, pelos colunistas sociais.

O Coral Ecumênico LBV abriu a cerimônia de premiação interpretando o Hino Nacional, acompanhado de pé por todos os presentes e, depois, a canção na-politana Santa Lucia. “Agradecemos a partici-pação de vocês, conosco há tantos anos”, disse Ronaldo Côrtes. Após o canto, o músico Caçu-linha (do programa Do-mingão do Faustão, da Rede Globo) foi pesso-almente cumprimentar o grupo e confessou ter ficado “quietinho acom-panhando o coro, para ver se alguém saía do tom. (...) Sempre alguém desafina”. E, logo após a música napolitana, afir-mou estar encantado, já que este tipo de melodia é de difícil interpretação. “Foi maravilhoso. O coro é afinadíssimo. É tão difícil você ver um coral afinado. Estão de parabéns, de verdade!”, disse.

O evento coincidiu com as véspe-ras da comemoração dos 49 anos de trabalho do Diretor-Presidente da LBV. Muitos agraciados pelo troféu aprovei-taram a oportunidade para mandar o seu abraço a Paiva Netto. Entre eles, desta-

cam-se Jair Rodrigues, can-tor e compositor; Lucimara Parisi, jornalista e diretora do programa Domingão do Faustão; Luiza Mell e Nelson Rubens, apre-sentadores da Rede TV!, que também deixaram os seguintes recados a Paiva

Netto. “Grande beijo. Parabéns! Muitos anos de vida, de mais trabalho. Paiva Netto, você está fazendo a diferença para tantas crianças, porque está oferecendo escolaridade que é fundamental. O pro-dutor do meu CD estudou na LBV e hoje é um superprofissional”, disse Luiza

Mell. Nelson Rubens afirmou: “Quero cum-primentar Paiva Netto. Eu tenho muito carinho pelo trabalho que ele faz. Sou bem-informa-do sobre o que vocês vêm fazendo, trans-formando, ajudando o Brasil a socialmente viver melhor”.

Jair Rodrigues, com seu jeito carismático, cantou em homenagem

ao dirigente da LBV. “Parabéns a você, nesta data querida. Muitas felicidades, muitos anos de vida. Paiva Netto, é nós na fita. LBV na área”. Lucimara Parisi, além de parabenizá-lo, lembrou-se do lançamento de sua obra Uma mulher que faz. “Eu tenho muito respeito pelo Paiva Netto. Sei da vida dele toda, de anos e anos. Tenho o maior respeito e carinho por ele. Mas muito, muito mes-mo. Fiquei feliz que vocês estiveram lá no lançamento do meu livro. E pude ter esse privilégio de assinar um exemplar para Paiva Netto”.

“Quero cumprimentar Paiva Netto. Eu tenho mui-

to carinho pelo trabalho que ele faz. Sou bem-in-

formado sobre o que vocês vêm fazendo, transforman-

do, ajudando o Brasil a socialmente viver melhor.”

Nelson Rubens, apresentador

da Rede TV!

Coral Ecumênico LBV interpreta o Hino Nacional na abertura do evento

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Nelson Rubens

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Pedagogia do Cidadão Ecumênico

“O Mundo Espiritualnão é uma abstração.”

____________________________ Equipe de Estudos Ecumênicos

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A segunda característica de substancial importância para a compreensão do segundo princípio da Pedagogia do

Cidadão Ecumênico (PCE), metodo-logia criada pelo educador Paiva Netto e aplicada com sucesso nas escolas da LBV, é o reconhecimento da existência do Mundo Espiritual e o seu natural intercâmbio com nossa dimensão, não como um dogma, mas como a afirmação do raciocínio iluminado por uma visão mais avançada.

Por meio da intuição devidamente desenvolvida, o educando e o educador estabelecem o adequado relacionamento com as energias inteligentes que se en-contram nas dimensões elevadas, ainda invisíveis. Afirma o filósofo Immanuel Kant (1724-1804):

“Confesso que me acho muito in-clinado a admitir a existência de Seres imateriais no mundo e a classificar a minha própria Alma nesta categoria. Podemos admitir a existência de tais Seres imateriais sem receio de sermos contestados, mas, ao mesmo tempo, sem a possibilidade de demonstrarmos a sua existência através da razão. Estes Seres Espirituais existirão no espaço, con-servando-se, porém, penetráveis pelos Seres materiais. Pode-se aceitar como demonstrado ou poder-se-ia demons-trar se aprofundássemos o assunto; ou melhor ainda, será provado no futuro, não posso conceber onde e quando que, também, nesta Vida a Alma humana se mantém em união indissolúvel com todos os Seres do Mundo Espiritual; que neles produz efeitos e em troca deles recebe certas impressões. Seria uma felicidade se tal sistema de estrutura do Mundo Espiritual pudesse ser deduzido de outra prova, além da bastante hipoté-tica concepção da natureza espiritual em geral; pudesse ela, porém, ao menos ser inferida ou então conjeturada como pro-vável resultado de alguma observação geralmente admitida”*1. (Grifo nosso)

Desafio para a Ciência — Atualmente, com o avanço da Física Quântica, é possível esperar que a realidade espiri-tual obtenha a demonstração pretendida por Kant. Vale a pena citar aqui dois exemplos práticos: o Dr. Amit Goswa-mi*2, Ph.D. em Física e professor da Universidade do Oregon, concluiu que a consciência gera a forma, ou seja, o que denominamos matéria. E o Dr. Wladi-myr Sanchez*3, físico nuclear, realizou importante estudo no campo da ciência quântica a respeito da influência dos Espíritos no nosso dia-a-dia.

Vencidos os preconceitos, é preciso considerar a possibilidade do intercâm-bio com o Mundo Espiritual também no âmbito da Educação, pois a amplitude que ela poderá trazer para a formação de todos é indispensável. Assim sendo, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, conforme afirmou seu idealizador, Paiva Netto, leva em consideração o rela-cionamento consciente com o Mundo Espiritual:

“Estamos realizando uma tarefa de Educação e Cultura, Alimentação, Saú-de e Trabalho, para que haja cidadania com Espiritualidade Ecumênica. Mas para que haja Espiritualidade é necessá-rio que essa obra de Educação e Cultura seja feita também com a Espiritualidade. Observaram a filigrana? Com A Espiri-tualidade Superior.

“Nossos amigos do Mundo Espiri-tual são invisíveis? Um dia seremos tão

invisíveis quanto eles, o que não signi-fica que tenhamos morrido, tornando-nos o pó da terra, como alguns ainda preferem, pensando que a morte acaba com tudo. A Humanidade Espiritual é até hoje invisível aos nossos olhos materiais, porém ela existe. O Mundo Espiritual não é uma abstração. A Ciência já pesquisa a possibilidade da existência em diferentes dimensões, além do fato de também investigar a vida em outros planos materiais, as-tros, sistemas, galáxias, porque seria arrogância humana pretender que não exista vida fora do Planeta Terra. Se os de Boa Vontade não se unirem, o que vai ocorrer, justamente provocado por esta soberba descabida, é que a vida poderá deixar de existir no próprio Orbe Terrestre, porque ainda há desco-medidos com armas potentíssimas”.*4

(Grifo nosso)____________________*1 Esta citação de Immanuel Kant foi publicada por Paiva Netto em seu livro O Brasil e o Apo-calipse, volume III.*2 e *3 O Dr. Amit Goswami (como palestrante) e o Dr. Wladimyr Sanchez (como membro do Conselho Consultivo) participaram do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, promo-vido pelo ParlaMundi da LBV, no ano de 2000, em Brasília/DF. Veja outras informações no site www.forumespiritoeciencia.com.br.*4 Palavras de Paiva Netto publicadas em seu livro As Profecias sem Mistério, no capítulo “Realidade da Vida em outras dimensões”, p. 266, 55a ed. (Editora Elevação).

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