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ALERTAS Edição 4 Ano 201 1 AUTORES Produção Independente ―Liberdade‖ de Expressão De qual Ética viverá a humanidade? Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ―O coliseu dos nossos dias‖ Dicas Alertas Alertas em foco

Revista ed.4

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Page 1: Revista ed.4

ALERTAS

Edição

nº4

Ano

2011

AUTORES

Produção Independente

―Liberdade‖ de

Expressão De qual Ética viverá a

humanidade? Big Basbaque Brasil -

o alucinógeno! ―O coliseu dos nossos dias‖ Dicas Alertas Alertas em foco

Page 2: Revista ed.4

Esta Revista Eletrônica é um documento de livre acesso. Nosso objeti-

vo é levar a possibilidade de reflexões a respeito de assuntos que são normal-

mente banalizados e facilmente aceitos na esfera social. Projeta-se uma ten-

tativa de desbanalização do que nos é apresentado no cotidiano, com profun-

da banalidade/normalidade/superficialidade.

Cria-se, aqui, um espaço de discussão, reflexão e atitude perante os

vários fenômenos e possibilidades (conhecimentos e emoções) que afetam

nosso cotidiano. Espaço, este, no qual cada autor poderá tecer suas reflexões

de maneira autônoma. Ressaltamos, entretanto, que as idéias aqui publica-

das, são de responsabilidade exclusiva de cada autor, uma vez que a liberda-

de de expressão é um exercício constante em nossa revista.

Portanto, tendo em vista a liberdade do PENSAR, VOCÊ CARO LEI-

TOR, poderá tecer suas opiniões e expô-las também. Os „Autores‟ convidam

TODOS a fazerem parte dessas reflexões, lendo, discutindo e, sobretudo,

escrevendo.

Para expor suas opiniões acerca dos assuntos aqui discutidos ou conhe-

cer mais sobre os AUTORES ALERTAS, entre em contato:

Blog- http://autoresalertas.blogspot.com (nosso blog)

E-mail- [email protected]

Atenciosamente,

AUTORES ALERTAS

editorial

Page 3: Revista ed.4

Sumário

ARTIGOS

―Liberdade‖ de Expressão .......................................................................................... 04

De qual Ética viverá a humanidade? ......................................................................... 06

Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ........................................................................ 07

―O coliseu dos nossos dias‖ ......................................................................................... 07

DICAS ALERTAS

CEM ANOS DE SOLIDÃO—GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ ..........................08

CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008) ...............................................................08

ALERTAS EM FOCO ...................................................09

Page 4: Revista ed.4

Hoje, enquanto lia um artigo

do Dr. Sr. Philippe Pomier La-

yrargues, que discursava sobre o

cinismo da reciclagem, enfati-

zando os significados ideológi-

cos da reciclagem das latas de

alumínio, fiquei chocado ao ver a

mão do capitalismo até mesmo

nisso. Em seu trabalho o Sr. La-

yrargues, deixa claro que a reci-

clagem, pelo menos no tocante

ao material de alumínio, é uma

ferramenta do capitalismo que

mantém o status quo operante na

sociedade atual.

Mas é claro que o discurso

dele está correto, é lógico. Ele

mostra que com a reciclagem das

latas de alumínio, este material

pode se tornar inesgotável, o que

parece lixo para muitos, é na ver-

dade uma boa maneira de reduzir

custos gigantescos no processo

de produção de mais alumínio.

A elite toma conta de um co-

nhecimento sócio científico es-

tarrecedor e o pior, eles usam

isso contra nós a todo tempo.

Tanto que, no referido artigo, a

empresa que parece dominar o

mercado de alumínio no mundo,

a Reynolds Latasa, elabora um

projeto que faz com que as pes-

soas levem seu alumínio direta-

mente aos postos de coleta dan-

do, então, a estes postos, brindes

como computadores para ajudar

instituições de caridade a se

“desenvolverem”.

No entanto, acabam tirando

ao mesmo tempo da jogada os

catadores de lata, pois os mes-

mos seriam um empecilho no

processo de produção de mais

alumínio, devido ao fato de se-

rem um custo a mais para fazer o

repasse das latinhas arrecadadas.

Repasse, este, que garante sua

sustentabilidade, ou melhor, sua

subsistência dentro da socieda-

de em que vivem.

O que não me deixou es-

pantado foi que a América do

Sul é a líder em reciclagem de

alumínio, e que o Brasil duran-

te o ano de 1999 conseguiu re-

ciclar 73% de todo o produto

despejado no mercado devido

ao incentivo do projeto da La-

tasa. Não impressiona mesmo

que um país de 3º mundo, onde

a pobreza impera, ser o maior

catador de latinhas de todo o

mundo. O que mais acho estra-

nho é que na cidade onde vivo -

Jaraguá do Sul - existe uma

média de 2 carros por família

que circulam pelas ruas da ci-

dade.

Nós trabalhamos como es-

cravos do sistema capitalista,

que só nos devolve com des-

prezo e autoengano. Fique do-

ente e não tenha dinheiro para

ver o que acontece? Vamos lá

classe média, tente realizar um

sonho de 5 mil reais. É só ir no

banco e pegar? É isso? Vejo

carros importados gigantes que

realizariam muitos sonhos de 5

mil reais. Que tirariam da misé-

ria muitas famílias, mas na ver-

dade, não vejo ninguém preo-

cupado de verdade com isso,

nem mesmo os pobres. Thoreau

estava certo, não existe nada na

sociedade que valha a pena se

doar ou prestigiar. E ele já ha-

via notado isso em meados de

1850, muito tempo se passou, e

nada mudou. Sinto vergonha e

desgosto de viver neste sistema

de consumo, de ser um filho

dele, de depender dele. Penso

em um projeto que ajude o

meio ambiente, mas no fundo

vou acabar contribuindo com o

capitalismo selvagem. Eles

conseguem fazer tudo com nos-

sas idéias, transformam-nas em

marketing, em “oportunidade

para os pobres”, na verdade,

transformam-na numa verda-

deira ilusão. Não é de se admi-

rar que tantas pessoas se tor-

nem alcoólatras e drogadas

querendo viver fora da realida-

de. Todos os que tentaram de-

nunciar o sistema acabaram

mortos, Che Guevara, Martin

Luther King, aquela irmã na

Amazônia. Como vencer o sis-

tema? Como derrubá-lo? Ele

está tão impregnado nas pesso-

as que se distanciar gera medo,

porém, isso também é um pro-

duto de sua artimanha silencio-

sa.

Penso num emprego de 3 a

5 mil por mês e ao mesmo tem-

po penso em quantas pessoas

devem ter na linha de produção

para pagar por esse salário,

quantos catadores pagam por

esse meu salário o qual uma

parte ainda retorna ao governo,

o maldito governo que só nos

suga e não nos dá dignidade.

Não temos escolas, crianças e

adultos educados, não temos

saúde, os pacientes cardíacos e

cancerosos morrem aos montes

e nem ouvimos falar disso. So-

mente por que eles não tem di-

nheiro, porém, trabalham a vi-

da toda. Não sinto diferença

dos tempos da escravidão. So-

mos escravos sim. Só que hoje

parece pior. Antigamente eles

açoitavam os negros, fisica-

mente. Hoje manipulam nossa

mentes de maneira geral, sem

distinção de cor mas sim de

“classe social”, todos são atin-

gidos, brancos, negros, amare-

los, vermelhos. Ah os verme-

lhos, perderam toda sua

04

―Liberdade‖ de Expressão Renan Krawulski - Biólogo e Educador.

Pós-graduando em Ecologia.

e-mail: [email protected]

"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mun-

do, então somos companheiros" (Ernesto Che Guevara)

Page 5: Revista ed.4

dignidade, sua característica. Se

humilham nas calçadas das cida-

des por uns trocados e eu ainda

tenho a coragem de julgar dizen-

do que eles não tem emprego por

que não querem, como se um

emprego fosse o caminho certo a

seguir só por que a maioria se-

gue. Isso é capitalismo. Essa

mentira, ilusão enraizada que nos

faz ser quem não queremos ser,

nos faz fazer o que não queremos

fazer, estudar o que não precisa-

mos estudar. Somos os escravos

dos ricos. Sim, nós pobres e não

essa besteira de classes. Vejo

gente que ganha 8 mil por mês

pousando de patrão ou patroa,

super bom, mais um bando de

coitados que deve ao governo

tanto quanto qualquer um que

ganhe um salário mínimo.

O salário mínimo está para

passar de 500,00 reais para

540,00 reais. Está uma luta direta

entre partidos para que isso acon-

teça, mas luta mesmo, sai no jor-

nal e tudo. Porém, no primeiro

dia de governo da nova Presiden-

te da república, a Sra. Dilma, a

excelentíssima estabeleceu um

reajuste de praticamente 80% no

salário dos deputados federais e

senadores, o que proporciona um

efeito cascata para toda a corja

política aumentando o salário dos

deputados estaduais e assim por

diante. De 12 mil, um deputado

estadual vai passar a ganhar 20

mil por MÊS. Um deputado fede-

ral custará 118.991,22 por MÊS

(A Notícia, Dez 2010), e eles es-

tão brigando para dar 40 reais a

mais no salário de quem os man-

têm vivos. São nossos emprega-

dos, mas posam como nossos

patrões. Quando isso vai acabar?

O que devemos fazer?

Acho que só nos resta falar

disso mesmo. Seja para aliviar a

dor, a tensão, para compartilhar

nossas lástimas, nem que seja

num email, ou num quarto so-

zinho. Não é fácil viver desse

jeito. Livres, mas presos; sol-

tos, mas acorrentados; de férias

e com dívidas. Muitos vão rir

ao ler isso, ah sim, muitos vão

rir, porém, verão que riram de

si mesmos e da miséria que os

rodeia, por que quando se dá

um tempo para observar a situ-

ação atual do capital, não se vê

nada de animador, como se po-

de ser feliz com crianças pas-

sando fome, adultos analfabe-

tos, gente morrendo a torta e

direita por motivos banais, por

politicagem, por egocentrismo!

QUANTO CUSTA A LI-

BERDADE? OU MELHOR, O

QUE É A LIBERDADE?

Talvez o preço seja mais

alto do que parece! Ou o con-

ceito deveria ser reformulado?

REFERÊNCIAS

THOREAU, Henry David. Wal-

den. Trad: Denise Bottmann. Pro-

to Alegre. RS : L&PM, 2010.

LAYRARGUES, Philippe Pomi-

er. O cinismo da reciclagem: o

significado ideológico da recicla-

gem da lata de alumínio e suas

implicações para a educação

ambiental. In: LOUREIRO,

C.F.B., LAYRARGUES, P.P. &

CASTRO, R. de S. (Orgs.) Educa-

ção ambiental: repensando o es-

paço da cidadania. p. 179-

219.São Paulo: Cortez. 2002

05

Page 6: Revista ed.4

Ética. Onde ela tem funda-

mentado-se? Estará seu funda-

mento nas incógnitas da consci-

ência ou práxis humanas? Deve-

ríamos pensar „ética‟ de forma

complexa, religando seu funda-

mento entre o objetivo e o subje-

tivo? Será, a nossa ética, parte da

cultura humana, autêntica, ou sua

essência está além de nossa von-

tade?

Alguns defenderão que a éti-

ca lança suas raízes no agir cons-

ciente, e por influência social,

caracterizar-se pelo fazer o bem

(DAMATTA, 2011; FERNAN-

DES & FREITAS, 2006). Outros

defini-la-ão como “a reflexão

sobre a ação humana, para extrair

dela o conjunto excelente de a-

ções” (SANTOS, 1997). Inde-

pendente de seu fundamento ba-

sear-se na consciência, prática,

ou ser vista de forma complexa,

nossa compreensão de ética aca-

ba por vincular-se ao antropocên-

trismo.

Argumenta-se, em contrapar-

tida, que as fontes da ética seri-

am anteriores à humanidade, fa-

zendo-se presente na rivalidade e

comunidade de outros grupos de

mamíferos (MORIN, 2005). De

fato, alguns pensadores, já refle-

tiam a condição humana como

sendo muito semelhante à dos

outros animais. “[...] filósofos

chegaram a afirmar que há mais

diferenças entre um homem e

outro do que entre um homem e

um animal”, adverte Rousseau

(1755).

Todavia, nosso processo de

aculturação acaba sendo bem dis-

tinto em relação aos outros seres.

Continuamos com a tendência de

desenvolver, intencionalmente,

ou não, uma ética egocêntrica

voltada a nossa própria espécie

(antropoética), voltada ao pro-

cess o d e ho min i zação

(MORIN, 2009) mesmo que

nosso discurso acabe sendo e-

cológico. O que pode continuar

acarretando um posicionamen-

to de exclusão em relação ao

ambiente.

Transformamos o ambiente

por meio de nossa forma de

pensar, agir, ser -por meio de

nossa ética- (MICHALISZYN,

2008) sem perceber o impacto

da maneira humana de existir.

Há intensas tentativas de

romper com a visão de ética

voltada apenas ao gênero Ho-

mo. Nancy Mangabeira Unger

defende uma esfera biocêntri-

ca, enquanto que Cornelius

Castoriadis comenta a impor-

tância dos fatores abióticos em

prol da vida, o que ampliaria a

esfera da ética para uma visão

ecocêntrica (SOARES, 2003,

p.92).

Um perceber ecocêntrico da

ética relaciona-se com a idéia

de complexidade, presente no

discurso de Leonardo Boff

(1997). Suas idéias encaram o

universo como um complexo

sistema interdependente onde

os fatores bióticos e abióticos

estabelecem relações entre si.

A natureza e o universo não constitu-

em simplesmente o conjunto dos ob-

jetos existentes, como pensava a ciên-

cia moderna. Constituem, sim, uma

teia de relações, em constante intera-

ção, como os vê a ciência contempo-

rânea. Os seres que interagem deixam

de ser apenas objetos. Eles se fazem

sujeitos, sempre relacionados e inter-

conectados, formando um complexo

sistema de inter-retro-relações. O

universo é, pois, o conjunto das rela-

ções dos sujeitos. (BOFF, 1997, p.74)

No entanto, mesmo com um

olhar complexo de ética, nossa

„verdadeira‟ preocupação apa-

renta estar baseada, apenas, nas

ameaças que nossa espécie en-

frenta atualmente.

Qual seria a veracidade de

nossa preocupação ética? Qual

deveria ser a abrangência esfé-

rica da ética? Em qual esfera

(antropocêntrica, biocêntrica,

ecocêntrica ou outra) nosso ca-

minhar tende a destinar-se? E

quais seriam as conseqüências

de cada caminho no que tange

a nossa visão da natureza?

REFERÊNCIAS

DAMATTA, Roberto. Informe de

Consultoria apresentado ao Ban-

co Interamericano de Desenvolvi-

mento. 20 de novembro de 2001.

FERNANDES, Maria de F.P.;

FREITAS, Genival F. de. Funda-

mentos da ética. In: OGISSO, Taka;

ZOBOLI, Elma L. C. P. (orgs). Éti-

ca e bioética: desafios para a enfer-

magem e a saúde. Barueri, SP:

Manole, 2006.p.27-44.

SANTOS, Antônio Raimundo dos.

Ética: Caminhos da realização

humana. São Paulo: AVE-MARIA,

1997. cap.IV.

MICHALISZYN, Mario Sergio.

Fundamentos socioantropológicos

da educação. Curitiba: IBPEX,

2008.

MORIN, Edgar. O Método 6: ética.

Porto Alegre: Meridional, 2005.

p.19-29.

ROUSSEAU, Jean-Jacques.

Discurso sobre A Origem da

Desigualdade Entre os Homens.

São Paulo: ESCALA, 2007. 40 p.

SOARES, André Geraldo. A Natu-

reza, a Cultura e Eu: Ambienta-

lismo e Transformação Social. Blumenau, SC: Edifurb; Itajaí: Edi-

tora da Univalli, 2003.

BOFF, Leonardo. A águia e a gali-

nha: Uma metáfora da condição humana. Petrópolis, RJ: VOZES,

1997.

06

De qual Ética viverá a Humanidade? Thiago Alex Dreveck - Biólogo e Educador.

Pós-graduando em Interdisciplinaridade.

e-mail: [email protected]

Page 7: Revista ed.4

Impressionante, estarrece-

dor... é de ficar boquiaberto...

com mais uma das produções

globais de sucesso em nosso

país – O Big Basbaque Brasil!

Relutei em furtar meu tempo

para escrever a respeito. O Big

iBope Brasil alcança elevados

picos de audiência nos lares dos

brasileiros. Além disso, as con-

correntes parecem seguir a mes-

ma filosofia de sucesso e aliena-

ção, fato que se verifica em pro-

gramas como Big Busão do

Brasil; a Big fazenda; a Big casa

dos artistas e por aí vai... Pro-

gramas desta estirpe produzem

apenas um Big Boom de recei-

tas; royalties; divisas para eles

mesmos e uma Big Babel para

nós.

Como aceitar o Big Barraco

produzido por supostos confli-

tos interpessoais em uma casa

regada a mordomias e Big Ba-

canais??? Já foram 11 Big Ban-

dalheiras e essa nave já foi lon-

ge demais...

Nossa! Como é Big a tolerância

do brasileiro ou será Big a sua

alienação??? Um povo reflete a

cultura do seu país... Viva o

„Big Biscate Brasil‟.

PS: Não é necessário estudo

para se aprofundar no assunto.

Um dos veículos de informa-

ção que mais se destaca no Bra-

sil é a “rede globo”. Particular-

mente a considero como: Vênus

platinada ou matriarca brasilei-

ra, pois possui, ela, em proprie-

dade patenteada a mente do po-

vo brasileiro. Tal símbolo que a

mesma apresenta como logo-

marca, é conhecida como “big

brother” (olho robótico que tudo

observa). A intenção é mais do

que clara: vigiar e punir os te-

lespectadores que ousarem mu-

dar o cérebro para o canal dos

livros.

Além de anestesiar a razão

humana com doses de ignorân-

cia matinal, (receita especial de

Ana Maria Braga), produz tam-

bém o ato de hipnose via satélite

com suas nojentas novelinhas as

quais não vale a pena ver de no-

vo, sem contar que a mãe emis-

sora contribui para a degenera-

ção do Q.I. Esse é o melhor

meio de alienar as donas de ca-

sa, na qual não apresentam ne-

nhum tipo de funcionamento

encefálico.

Não sabendo administrar o

real do fantasioso, o cérebro de

quem assiste diariamente as pro-

gramações com ausência de

conteúdo, vai atrofiando até

chagar ao estado da falta de

pensar, sendo assim, pessoas e

mais pessoas começam a agir

como gados marcados com so-

fisticados sininhos pendurados

no pescoço emitindo o insupor-

tável “plim-plim”.

É melhor dar um peixe ao

homem do que ensiná-lo a pes-

car! É muito mais fácil receber

opiniões prontas do que ser au-

têntico e pensar por si próprio.

Todo o banal é mais banalizado

através de suas informações, e

seu poder de controlar remota-

mente as marionetes sem desti-

no é absurdamente inquestioná-

vel. Cada massacre que é trans-

mitido pelo Coliseu de nossos

dias assusta e impressiona a tur-

ba, e todos vibram com o sensa-

cionalismo barato que ela pro-

move com gestos solidários.

A majestosa mãe do irreal

propaga que tudo é lindo e

maravilhoso, que todo pobre é

feliz por ser sempre um miserá-

vel, que o futebol é a arte da

vida e que no final tudo acaba

em samba na maior euforia. A

visão que se apresenta é que to-

da mulher é linda, bem posicio-

nada e feliz e os homens são

galãs, charmosos e comedores...

bem ao contrário do imbecil que

se instala na poltrona da sala

para ficar observando a sessão

„aliena trouxa‟ até deixar a tela

quente.

A filosofia atual da nação é

“Sento e logo assisto”! A caixa

de pandora tecnológica penetra

nos lares e liberam seus males,

suas cabeças irritantes, astros,

novelas, noticiários e as fabulo-

sas, irresistíveis garotas propa-

gandas de cerveja, versões mo-

dernizadas dos tradicionais pro-

gramas que outrora já foram

reprises. Despertai esses sonâm-

bulos que caminham para o uni-

verso da depressão!

―O coliseu dos nossos dias‖

Diego Alves da Silva - Educador, formado

em História. Graduando em Ciências Soci-

ais e especialista no Ensino de História e

Geografia.

e-mail: [email protected]

Big Basbaque Brasil – o alucinógeno!

Geremias Alves - Psicólogo, especialista em

Psicopedagogia e Técnico em Design Indus-

trial.

e-mail: [email protected]

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Page 8: Revista ed.4

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DICAS ALERTAS

Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira

que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa

casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borbole-

tas amarelas.

São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante uni-

verso deste romance, no qual se narra a mítica história da cidade de

Macondo e de seus inesquecíveis habitantes.

Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso,

como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna.

O livro logo tornou o colombiano Gabriel García Márquez (1928)

uma celebridade mundial; quinze anos depois, em 1982, ele recebe-

ria o Prêmio Nobel de Literatura. Aqui o leitor acompanhará as vi-

cissitudes da numerosa descendência da família Buendía ao longo

de várias gerações. Todos em luta contra uma realidade truculenta,

excessiva, sempre à beira da destruição total.

Todos com as paixões à flor da pele. E o "realismo mágico" de

García Márquez não dilui a matéria de que trata --no caso, a história

brutal e às vezes inacreditável dos países latino-americanos. Pelo

contrário: só a torna mais viva.

Fonte: Folha de São Paulo.

Disponível em:http://biblioteca.folha.com.br/1/10/sinopse.html

Acesso em: 03/04/2011.

CEM ANOS DE SOLIDÃO -

GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ

Esta caixa resume o essencial da obra de Chico Buar-

que em quatro temas: Samba e amor; Todo o sentimento;

Cotidiano e Entre amigos, Paratodos.

São 56 faixas reunindo canções de todas as fases do

cantor e compositor. De Pedro Pedreiro, composta em

1965, até Renata Maria, de 2005, incluindo ainda duas

regravações: Tanto Amar e Samba do grande amor.

Além dos quatro CDs, trazemos o DVD Chico ou País

da Delicadeza Perdida, especial que Chico estrelou para a

televisão francesa em 1990, dirigido por Walter Salles e

Nelson Motta, com direito a participações de Gal Costa e

Gilberto Gil.

Disponível em:http://www.chicobuarque.com.br/discos/

mestre.asp?pg=box_essencial_01.htm

Acesso em: 03/04/2011.

CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008)

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