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Revista Literatura e Música Especial livro Black Wings Revista Literatura e Música - Ano 1 - Nº 007

Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings

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Revista

Literatura e Música

Especial livro Black Wings

Revista Literatura e Música -  Ano 1 -  Nº 007

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ProjetoLiterário-Musical

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Para mais informações:ladyblackraven.blogspot.com.br

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Sumário

06-

primeiras discussões

08-

citações literárias

11-

o universo angélico - do real ao imaginário

28

música

05-

Apresentação do resumo do livro

referências

34-

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CARO LEITOR

Nesta edição, a revista trata de uma trilogia de livros do gênero romance sobrenatural intitulado "Black Wings". O primeiro livro será lançado no dia 29 de setembro de 2016. O conjunto da obra é oriunda de nove anos de elaboração e estudos para a composição deste trabalho literário, no qual considero o melhor desenvolvido por mim, dentro deste gênero. Espero que o leitor possa ser instigado a investigar e descobrir comigo, os segredos de uma cidade chamada Coldland, de uma garota tímida, Ávila Kurts, e de um "ser" de vestes negras, cujo o amor, para ser finalmente concretizado, atormentará as forças do céu e do inferno.

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Apresentação do resumo do livro

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primeiras discussões

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A história se passa na cidade fictícia chamada Coldland, agrupada no mapa de um condado americano real intitulado Koochiching, fundado em 1906. Ele é um dos 87 condados do estado de Minnesota. Realmente a sede desse condado é Internacional Falls e outras cidades citadas na obra, são reais. A escolha desse condado se deve ao fato de que a cidade de IF é tida como a mais fria dos EUA. E situar Coldland dentre as proximidades, é a estratégia necessária para justificar o clima frio e sombrio da cidade, onde será desenrolada as tramas principais. Temas como preconceito, bullying, depressão são tratados na obra.

O Símbolo do amor: flor de muguetA escolha de uma rosa para simbolizar o amor é o ápice do ultrarromantismo: uma rosa bela, que exala um incrível perfume, mas, contudo venenosa. Essa é a contrariedade necessária para explicar os perigos de quem decide se aventurar nos embalos do amor. O cheiro de tal rosa é a marca registrada do misterioso Ullieh. Como explica a própria personagem, Ávila:

"Por fim, acabei descobrindo o cheiro misterioso que me guiava para caminhos desconhecidos, em busca de solucionar o enigma a respeito da figura do meu desconhecido: era de uma flor chamada ‘Muguet’ – também conhecida como Lírio-do-Vale, Círio-de-Nossa-Senhora, Convalária, Flor-de-maio, Lírio-convale, Mugué, Muguete e Muguete-do-Vale. Ela é pequeninha, mas exala uma magnífica essência, capaz de deixar você louco (no bom sentido). Além disso, dizem que ela representa a ‘rosa da boa sorte’. O interessante é que no período inverno, essa flor entra em uma espécie de ‘sono’. Quando a primavera chega, suas folhas anunciam que a fênix morta está prestes a ressurgir. Então, logo começa a espalhar o seu adorável odor por entre os ventos uivantes. Mas por trás da beleza da misteriosa flor, existe também um cuidado especial a ser tomado: ela é muito venenosa" (ALVES, 2015, p 61 e 62.).

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Florbela Lobo ou mais conhecida como Florbela Espanca- Livro de Mágoas: Ávila escolhera um dos poemas dessa poetisa portuguesa para recitá-lo na festa de fim de ano escolar, quando tinha apenas oito anos de idade e residia em IF. Livro de Mágoas foi o primeiro livro publicado por Florbela (1919), e na época eu gostaria de ter publicado Black Wings como a minha primeira obra, então a alusão a esta obra é explicável. Não é citado em minha história um poema específico que Ávila recitaria, mas gosto do Neurastemia, do qual destaco apenas algumas estrofes:

citações literárias NA OBRA BLACK WINGS

(...) Chuva… tenho tristeza! Mas porquê?!Vento… tenho saudades! Mas de quê?!Ó neve que destino triste o nosso! Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura!Gritem ao mundo inteiro esta amargura,Digam isto que sinto que eu não posso!!…

Lois Mailou Jones foi uma pintora negra que nasceu em Boston e pertenceu ao Harlem Renaissance conhecido também como New Negro Movement. Lois Jones foi a única pintora africana do período de 1930 a 1940 a ter influência sobre os demais artistas da época, pois o movimento mesclava a cultura africana com a americana. Eu deixo o link do site que tem mais informações e belíssimas imagens de suas obras de arte: http://www.loismailoujones.com/. É citada no meu livro seu nome, em comparação as atividades artísticas desenvolvidas pela mãe de Ávila, a senhora Alexia Von, também pintora.

Geoffrey Chaucer- obra The Canterburry Tales: é o livro que Ávila está lendo na parada de ônibus quando conhece pela primeira vez Ullieh. Também é o livro que Ullieh envia a jovem anonimamente, visto que no acidente de ônibus que Ávila sofrera, perdera o exemplar antigo que possuía. Traduzido como Os contos da Cantuária (The Canterburry Tales), esta obra escrita em 1387 por Geoffrey Chaucer, é um marco na história da literatura inglesa medieval, uma vez que o autor escreveu tal obra em inglês, abandonando

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o latim e o francês, que eram as línguas mais comuns de obras publicadas naquele período na Inglaterra. O livro apresenta histórias escritas em prosa (contos) e versos que narram a jornada de vários peregrinos rumo a Catedral da Cantuária onde estão os restos mortais do Santo Thomas Becket, arcebispo que fora assassinado pelos seguidores do rei Henrique II, em antigas disputas entre a Igreja Católica e o rei da Inglaterra. É proposto que cada peregrino narre alguma história para tornar a viagem menos cansativa.

Banda Xandria- banda alemã de metal gótico. Especialmente o meu gosto pessoal que está impregnado neste livro. Aprecio o metal sinfônico, doom e gótico, e citar essa banda que eu tenho uma enorme estima, é um prazer imenso. O próprio estilo musical que a banda segue tem “uma pegada” bem ultrarromântica. Ávila presentei sua amiga Lili com cds dessa banda, quando pensa que a mesma lhe dera o exemplar perdido do livro The Canterburry Tales.

Edgar Allan Poe- Ao longo do livro, Ávila recebe de presente de Lin o livro de contos e poemas do escritor do período romântico da literatura americana (denominado de EARLY ROMANTICISM (Romantismo Precoce)), Edgar Allan Poe. Desenvolvi minha tese monográfica do curso de Letras na Universidade Regional do Cariri (URCA) sobre este autor, e desde então sou fã de sua vida e obra. Não poderia deixar de citar a vida de um homem, que assim como a personagem Ávila, era um romântico, sonhador, em busca de vivenciar o amor, traído por aqueles que diziam serem seus amigos e pior ainda: perturbado por seus medos, vícios e dilemas pessoais que o levaram a escrever grandes obras que se tornaram imortais no cenário da literatura universal. A causa de sua morte, até hoje é um mistério... Ligo isso também ao real fato que ocasionara a morte de Ávila, que para seus familiares e amigos será um mistério que só mesmo a personagem sabe a real causa de ter sua vida ceifada.

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No livro é citado também os contos A máscara da morte rubra e uma frase do conto Ligéia, que é minha assinatura em determinadas redes sociais: “O homem não se entrega aos anjos, nem se rende inteiramente a morte, senão pela fraqueza de sua débil vontade”.

A personagem Tessy, irmã de Ávila, lê o poema O Corvo como forma de homenagear a irmã morta. No poema é nítido o subjetivismo, sentimentalismo, a adoração do amor e da mulher, melancolia, pessimismo, morte, atmosfera sombria que indica o estado da alma humana do jovem que perdera sua donzela arrancada e sendo levada pelos braços da morte. O animal corvo é porta-voz de tristes refrãos de indagações apresentados pelo narrador, não existindo pois, poema perfeito para ser recitado em um clima fúnebre.

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o universo angélico - do real ao imaginário

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O que são Anjos?

Discutir os conceitos angelicais é saber que há uma evolução daquilo que se é definido, a partir do momento em que se adquire novas concepções oriundas de pesquisas inerentes ao momento histórico. Desde as antigas civilizações e respectivas mitologias/religiões busca-se a compreensão de quem são esses seres angélicos.

Segundo Nunes, na Pérsia, Babilônia e Índia, acreditavam-se que tais anjos eram “seres sobrenaturais” regentes “das fases da vida” (s/d, p. 03, 04 e 05). Os egípcios, como por exemplo, o filósofo judaico Filo (20 a.C. à 42 d.C.) “retratou os anjos com mediadores entre Deus e a raça-humana” (idem).

Foi nas histórias assírias e gregas que foram moldadas a personalidade e caracterização dos anjos, sendo acrescidas as asas, que ganharam traços em obras artísticas da arte medieval. Para Nunes (s/d, p. 23) a inspiração para os anjos derivou-se da deusa grega Nike. Com o advento do Racionalismo (1800 d.C.) os anjos eram vistos pelos céticos, segundo Nunes, como “personificações de energias divinas” (s/d, p. 06).

Mas foi no judaísmo e no cristianismo que esses seres se “popularizaram”. No livro sagrado cristão denominado de Bíblia, há pelo menos a citação desse termo “108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento” (NUNES, s/d, p. 07).

Estudar a complexidade dos anjos e de suas origens foi fundamental para a criação de uma doutrina denominada Angeologia, no campo da “Teologia Sistemática”, voltada a adentrar nos estudos que dizem respeito a “existência, características da natureza, moral e atividades dos anjos” (NUNES, s/d, p. 08).

Do latim “ângelus”, derivado do grego “angelos”, no hebraico “mal’ãk” e no idioma português “anjo” (NUNES, s/d, p. 07), define-se tal ser como mensageiro e portador de ações ou avisos de divindades. Nunes cita alguns “termos genéricos” que podem ser usados para designar os anjos: “hostes, espíritos, vigias (...), estrelas (...), seres celestiais (...), pastores da igreja, principados, tronos, dominações, autoridades, congregações, assembleia” (s/d, p. 11).

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Utilizando-se principalmente as histórias bíblicas podemos perceber que os anjos são “seres espirituais, invisíveis, racionais, morais, imortais, inteligentes e poderosos” (NUNES, s/d, p. 13-19). Foram criados em uma época que precede o surgimento do homem (provavelmente na época da criação dos céus) e foram dotados do livre-arbítrio, detendo, pois, a liberdade para seguir os dois lados de forças distintas: o bem e o mal (NUNES, s/d).

A Hierarquia Angelical mais aceita é aquela presente na Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino (foi um frade italiano que contribuiu com seus pensamentos no campo da filosofia e da teologia) que apresenta as classes ou hierarquias angelicais em “ordem divina descendentes: serafins, querubins, tronos, dominações, virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos” (PÉGUES, 1942, p. 37).

Já no The Celestial Hierarchy ou conhecido popularmente como Pseudo-Dionísio (um livro atribuído ao areopagita Dionísio e é também um livro importante nos estudos teológicos), encontramos a hierarquia angelical dividida em três grupos, segundo: “1º: Serafins, Querubins e Tronos; 2º: Domínio, Poder e Autoridade; e 3º: Principados, Arcanjos e Anjos” WEBER (1997, p. 150).

Nunes acrescenta alguns outros anjos que também são importantes nas histórias bíblicas:

“anjos de juízo (Gn. 19. 13; Ez 9-1, 5-7; Sl 78-49); vigilantes: são os santos que promoviam zelosamente os decretos soberanos de Deus; anjos do abismo: Rei Abandom (hebraico) ou Apolim (grego); anjos guardiões (das nações) e anjos nomeados, segundo passagens bíblicas de Dt 38-8 e Daniel 10.13,20; 11.1; 12.1” (s/d, p. 32 e 33).

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A partir dessas observações foi que montei a ordem dos membros pertencentes ao Conselho Divino da Banca Celestial Julgadora (quando Ullieh, Rubi e Ávila são chamados para responder por seus crimes/pecados). A narradora Ávila assim descreve:

(...) Antes de tudo, devo descrever como era composta a “banca julgadora do Tribunal Celestial.” Apesar de não entender a língua dos anjos, deduzi que as inscrições acima das cadeiras indicavam a nomeação e os agrupamentos das “tríades” angelicais. Me lembrei de algumas poucas conversas que tive com Ullieh e de alguns textos da suma teológica de São Tomás de Aquino e de São Dionísio que estudei há 3 anos atrás para um trabalho sobre religião. Segundo todos esses apontamentos, a 1ª tríade, cujo assentos estavam no meio, eram formadas por aqueles que estão mais próximos de Deus: os Serafins, Querubins e os Tronos. Nessa última categoria, fazia parte o “Anjo Ancião” (...) Na verdade, os Tronos eram compostos por 24 anciãos, que representavam a “autoridade da vida” (...) Do lado esquerdo, a 2ª tríade era composta pelos anjos das Dominações, Virtudes e os Potestades (classe que pertence os anjos do nascimento e da morte). A maioria desses anjos “interferem no mundo material e espiritual”, ou seja, estão em contato com a humanidade. Eu desviei o meu olhar para a 3ª tríade, que são aqueles mais presentes ainda em nossas vidas (chamados também de Anjos Ministrantes). Dentre eles, estão os Principados e os Arcanjos– esses últimos mais conhecidos nas histórias bíblicas. De cada tríade, um representante estava à frente, representando seus respectivos grupos: O Anjo Ancião da classe dos Tronos, Mantisiel, o Anjo da Morte da classe dos Potestades, Auriel e o Anjo Principado, Orin” (ALVES, 2015, p 304 e 305.).

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Voltando a discutir sobre o que são os Anjos, é possível eles assumirem formas humanas visíveis para fazer valer sua missão especificada pelo Criador ou Eterno (alguns dos nomes referentes a Deus no catolicismo). Assim como um ser humano tem a capacidade de influenciar seus semelhantes, Nunes (s/d) acredita que esse mesmo poder é cabível a um anjo.

Nos estudos teológicos os Anjos não possuem fraqueza, mas na história Black Wings, os Anjos possuem as fraquezas e sentimentos humanos. Segundo a fala do personagem Ullieh, levando em conta sua própria fraqueza por amar um ser humano (Ávila):

(...) Sim, como qualquer outro ser. Têm qualidades, defeitos, sonhos, pesadelos, dignidade (...) Não posso dizer a fraqueza de meus irmãos. A única explicação que eu encontrei para minha fraqueza é que não sei explicar qual força me faz desejar ser humano, compartilhar com você todos os meus sentimentos, desejos, arrependimentos (ALVES, 2015, p. 272).

Para complementar o pensamento de Ullieh, na fala do personagem Mantisiel, um dos 24 Anjos Anciões da obra Black Wings:

Reconheçamos que temos um lado fraco também. Se nós não fôssemos fracos, não teríamos presenciado os anjos revoltados e caídos, sangue de nosso sangue (...) Aqueles rebeldes, inconsequentes, egoístas e mesquinhos são a prova viva de nosso lado fraco (ALVES, 2015, p. 320).

A respeito dos Anjos Caídos, nos próximos livros será mais explorado a condição final ou destino dos personagens Ullieh e Rubi.

Cada cidade tem seu representante angelical. Deus1 dividiu as nações de acordo com o número dos Anjos. Assume-se que Deus tenha nomeado um ou mais anjos para cada uma das nações (...) Deixar seu próprio principado, poderia significar infidelidade no cumprimento de seus deveres (NUNES, s/d, p. 48).

1-Deus: Santo Tomás de Aquino diz que o universo seria composto por três tipos de seres: “os espíritos puros, os corpos e os compostos de matéria e espírito” (PÉGUES, 1942, p. 18). O criador ou regente do Universo, denominado de Deus no catolicismo, seria portanto, um espírito em toda a sua essência. Ele não possui um corpo na maneira pela qual nós temos (PÈGUES, 1942). Segundo relatos bíblicos, há três céus e o terceiro denominado “Céu dos Céus” é o “lugar da habitação de Deus” (NUNES, s/d, p. 21).

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Sendo assim, “Deus destina um Anjo da Guarda para cada homem” (PÉGUES, 1942, p. 39). Agora, especialmente falando da classe dos Potestades, temos o Anjo da Guarda e o da Morte, representando, respectivamente a antítese dos segredos divinos. O primeiro (anjo da guarda), segundo uma antiga crença judaica

O Anjo Guardião tem a semelhança ou aparência com aquele quem guarda (...) Esta ideia pode estar ligada a noção oriental do eu-superior ou super-eu do indivíduo (...) A alma não é o elemento superior do indivíduo, mas sim, um instrumento do eu-superior, que é a verdadeira entidade: Esse super-eu é o homem em sua forma mais elevada, um poderosíssimo ser espiritual. Nesse caso, o Anjo Guardião seria o próprio homem, e a alma seria o seu instrumento, tal como o corpo é instrumento da alma (NUNES, s/d, p. 34).

Na explicação do personagem Mantisiel sobre o Anjo da Guarda, com base no que fora anteriormente exposto: “O anjo da guarda está ao lado do filho do Divino na Terra, em algumas etapas cruciais em sua vida. Quando vê que a pessoa pode seguir com seus próprios pés, quando a pessoa tem a noção do bem e do mal, a missão deste anjo está acabada” (ALVES, 2015, p. 324). Nos ensinamentos teológicos, tendo como base a Suma Teologica de Santo Tomás de Aquino, os Anjos da Guarda estão sempre na companhia dos homens aos quais foram destinados a zelar por suas vidas até o seu último suspiro (PÉGUES, 1942), ou seja, independente de seu credo ou moral, cada um de todos temos um ser celestial ao nosso lado. Mas na história, a personagem Ávila não possui um Anjo da Guarda como é explicado por Mantisiel

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Ela não foi iniciada corretamente na religião, e como nunca buscou seguir algumas normas, como por exemplo, o batismo, a cada dia ela foi se distanciando de seu guardião. Mas em uma dada etapa de sua vida, sua fé em uma força benévola e atos ‘cristãos’ como praticar sempre o bem, fazem da menina uma filha do nosso Pai assim como tantos outros. (ALVES, 2015, p. 324).

No final das contas, na história Black Wings, para Deus, não importa o seu credo e sim o bem que você faz na Terra ao seu próximo, para assim ser denominado de Filho de Deus. Em relação ao segundo membro dos Potestades, o Anjo da Morte, em uma conversa séria sobre sua real identidade, Ullieh revela a Ávila os segredos de seu ofício:

Os anjos da Morte são também anjos de luz, anjos formosos (...) A nossa missão é cumprir o que está escrito no livro do destino de cada pessoa, ou seja, conduzir suas almas para uma possível nova vida quando assim chegar a hora... (ALVES, 2015, p. 265).

Sobre a morte, assim fala o personagem Ullieh:

A morte não é algo bonito, então você imagina toda revolta, dor e desespero que envolvem o indivíduo e os levam a pensar que somos seres indignos e cruéis... Na verdade, somos até amaldiçoados pelos mortais que não nos enxergam como anjos. Somos qualquer coisa, menos anjos... (ALVES, 2015, p. 321).

Depois das explicações dadas por Ullieh e oriunda de suas reflexões sobre como possivelmente ela e os seres humanos enxergam a morte ou os Anjos da Morte, Ávila assim se expressa:

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De uma certa forma, era uma classe que não possuíam laços íntimos de amizade com os outros anjos e por se sentirem envolvidos em uma atmosfera de tristeza e dor, se isolavam dos outros, vivendo em seu próprio mundo fechado... Muitas vezes, eles preferiam viver em outros lugares longe do céu, por se sentirem “não agraciados” com uma vida que se resume a ceifar vidas, se tornando revoltados, mal compreendidos e geralmente, de uma vez ou outra, se tornavam anjos caídos, por estarem mais próximos de serem tentados pelos próprios sentimentos que geravam dúvidas e questionamentos obscuros em sua mente. Mesmo sendo anjos, possuem fraquezas que se assemelham aos humanos (ALVES, 2015, p. 305 e 306).

Em se tratando do processo do Anjo da Morte de anotar o nome da próxima pessoa a morrer no Livro do Destino, segundo o personagem Ullieh:

Involuntariamente e envolvidos num processo misterioso de inconsciência, escrevemos o nome da pessoa, cujo tempo de vida acabou. Não sabemos quem é, o que faz da vida... Só adquirimos essa “consciência” desse ser cuja vida será ceifada, no instante em que vamos cumprir com a nossa parte (ALVES, 2015, p. 272).

Descobre-se, posteriormente, que Rubi escrevera no livro de Ullieh o nome de Ávila (utilizando o Dom Oculto das Sombras, que é a capacidade de escolher quem vive e quem morre), além de ter descoberto o plano de Ullieh de torna-se humano através da obtenção dos rascunhos de um feitiço antigo no Livro de Magia de Enoque (que será explicado com mais riqueza de detalhes nos próximos livros).

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Mesmo sabendo do segredo de Ullieh e depois de muito refletir, Ávila está decidida a lutar pelo o que sente: “Eu amo um ser angelical criado para ser intocável no mundo dos vivos” (ALVES, 2015, p. 308). Sobre essa frase, sabe-se que a natureza do homem é formada por duas partes, conforme nos é apresentado nos estudos de Santo Tomás de Aquino: uma racional e outra sensitiva.

Especialmente os sentimentos “afetivos e paixões” são um conglomerado de sentimentos conflitantes que se manifestam através do laço sensitivo do homem. “Amor, desejo, prazer ou alegria, ódio, tédio, tristeza, esperança, audácia, temor, ira e desesperação” (PÉGUES, 1942, p. 48). são os compostos constituintes dos sentimentos afetivos e paixões. Portanto, quando se ama ou pretende amar, o ser humano experimenta a oscilação desses compostos até ter a certeza (ou não) do que realmente sente. Na história tanto os personagens humanos como os seres angelicais são acometidos por essas experiências.

Contudo uma questão é levantada: como é a sexualidade angelical? “O ensino bíblico e canônico diz que os Anjos são seres assexuados” (NUNES, s/d, p. 66). Então, no que diz respeito a capacidade dos Anjos de deterem conhecimentos sensitivos semelhantes aos homens, Santo Tomás de Aquino afirma que os Anjos, por não possuirem um corpo orgânico e sendo pois, incorpóreos, são incapazes de ter esse conflito de sentimentos lactantes que afligem o corpo e a alma humana (PÉGUES, 1942).

Já Weber explica que os Anjos São aparentemente seres sem sexo. Jesus em Mateus 22:28-30 afirma que os Anjos não procriam nem se casam. Portanto, não tem sexo no sentido literal da palavra. Pode ser que os seres espirituais do reino celestial tenham sexo de um modo que não conhecemos (1997, p. 184).

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A partir dessa perspectiva, traça-se as características do relacionamento angelical na história Black Wings, que assim é explicada por Ullieh:

O tipo de “relacionamento angelical” que eu falo não é igual ao “relacionamento humano”, em que há, de uma certa forma, o contato físico e sexual entre os seres. O relacionamento angelical é uma forma espiritual de ligação... É um pouco complicado de explicar. (...) Quando Rubi tentou transformar o nosso relacionamento em algo mais carnal, (...) eu me opus, porque isso nos tornaria impuros. (ALVES, 2015, p.) 271 e 272.

Tomás de Aquino fala que há leis humanas e celestiais que regem nossas vidas.

A lei eterna (...) é a lei suprema que rege todas as coisas e da qual dependem todas as outras leis (...) A lei natural é o ato da razão e da vontade de Deus, que prescreve a observância, da ordem moral (..) e que se manifesta às criaturas na luz natural da razão (...) A lei humana é um preceito da razão, ordenada ao bem comum da sociedade em particular, emanado da autoridade competente e por ela promulgado (...) A lei divina é (...) que Deus impôs aos homens quando lhes deu a conhecer na ordem sobrenatural (PÉGUES, 1942, p. 62).

Sendo assim, infligir leis divinas é estar mergulhado no pecado, que pode ser definido como “um ato ou omissão voluntária em matéria ilícita (...) que é contrário ao bem de Deus, ao bem do próprio ou do nosso próximo” (PÉGUES, 1942, p. 53). Para Santo Tomás de Aquino o pecado causa feridas na alma do homem. Tais feridas são “a ignorância, malícia, fragilidade e concupiscência” (PÉGUES, 1942, p. 55). Os pecados estão agrupados em um conjunto de sete. São eles “a soberba, avareza, gula, luxúria, preguiça, inveja e ira” (PÈGUES, 1942, p. 55). Mas dentre todos os pecados há aqueles que podem ser considerados menos graves, chamados de veniais e aqueles que podem ser considerados mais graves e terrivelmente perigosos ao homem e principalmente a sua alma: são os chamados pecados mortais. Tomás de Aquino define o pecado mortal como aquele que “causa a morte da alma, destruindo nela a caridade, que é o princípio e fonte da vida sobrenatural” (PÈGUES, 1942, p. 57).

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Na história o foco principal da luta de Ullieh é a preservação da alma de sua amada Ávila, que alimentando o desejo de amar um anjo, ser celestial, poderia correr sérios riscos de cometer um pecado mortal e sendo assim, se não houvesse remissão, estaria condenada ao inferno, lugar destinado a punição das almas corruptas.

E é assim que ocorre Julgamento da alma humana da personagem Ávila. Quando sofre de um atropelamento causado por Rubi, Anjo da Morte responsável pela cidade de Internacional Falls, a alma de Ávila é elevada a um plano espiritual no qual estão presentes o conselho angelical responsável pelo seu julgamento e dos anjos envolvidos. É possível após a morte de um dado indivíduo, o julgamento da alma humana, segundo Santo Tomás, no qual essa alma pode ser “sentenciada e colocada no céu, no purgatório ou inferno” (PÉGUES, 1942, p. 90).

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Na história, Ávila presencia a alma do serial killer Arthur sendo possivelmente levada ao inferno pelas mãos de um agente divino, ou seja, o Anjo da Morte de Coldland, Ullieh.

A respeito dos três caminhos que podem seguir a alma humana, temos as explicações do que vem a ser o céu, inferno e purgatório conforme a doutrina cristã. Santo Tomás de Aquino diz que o céu “é o lugar onde será o repouso dos justos e onde mora desde o início dos tempos, os Anjos e seu criador” (PÉGUES, 1942, p. 187). Ao morrer há uma possibilidade de uma alma entrar no céu imediatamente. “Entram no lar dos justos aqueles que, além de morrer incorporados a Cristo mediante a graça, satisfizeram plenamente neste mundo a pena correspondente aos seus pecados” (PÉGUES, 1942, p. 187).

Já o Inferno é “o lugar ondem padecem horríveis tormentos e todos os que se rebelaram contra a ordem da divina providência e predestinação, e em seus pecados e crimes se obstinaram para nunca mais se converterem” (PÉGUES, 1942, p. 189).

E por fim, o Purgatório é o lugar de expiação da alma humana no qual estão aqueles que “não alcançaram imediatamente a recompensa dos seus méritos” (PÉGUES, 1942, p. 186).

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A personagem Ávila, depois de escapar de algumas experiências de morte, tem sua vida ceifada pelo Anjo Ullieh, em um último pedido, aceitando a sua sentença. Ela morre vitimada por um trauma craniocerebral, que é uma excessiva hemorragia pelo nariz, ouvido e boca, ocasionado por uma lesão anterior ou várias em um mesmo local.

A pergunta final surge: “Para onde vão os espíritos quando morrem?” Dois meses depois, a alma perdida de Ávila retorna para junto dos braços de Ullieh. No próximo livro será explorado mais essa questão de tornar-se uma alma perdida:

E eu? Minha alma, depois de dois meses, não encontrou paz. Por mais que eu quisesse tranquilizar o meu espírito, forçá-lo a descansar ou esquecer de tudo, era impossível. A imagem de Ullieh dominava a mente de minha alma. Eu não poderia viver essa outra vida assim (ALVES, 2015, p. 349).

É importante destacar as reflexões da personagem, bem como o encontro de sua alma com o seu anjo caído da morte, Ullieh, apresentadas no epílogo:

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Independente de qual religião, aprendemos que existe um dia para o nosso julgamento final. Uns profetizam que tal julgamento acontecerá quando o fim do mundo chegar. Segundo os mesmos, o “Messias” virá a Terra, separará o joio do trigo. Vivos e mortos serão julgados conforme os crimes e pecados cometidos, e obviamente, serão ou recompensados no paraíso ou castigados no fogo do inferno.

Há outros que dizem que o julgamento ocorre logo após a morte. Espíritos bons, vão a morada eterna desfrutar de sua recompensa por seguir as regras, por ter praticado o bem, enfim... Os maus espíritos são mandados ao tormento do fogo eterno e pagarão por todo o mal, que em vida praticaram. As almas “mais ou menos”, serão levadas ao purgatório, a fim de serem purificados pelo sofrimento, e assim, poderem depois morar no paraíso. E há almas que não conseguem se desapegar do plano terreno. De alguma maneira, não conseguiram concretizar o seu real objetivo de vida, ou simplesmente, mantém alguma relação com a Terra, cuja libertação de sua alma só se sucederá, quando puder resolver tudo aquilo que deixou pendente. Ficam a vagar pela Terra durante dias, meses, anos... Me encaixo nesse último grupo.

Entretanto, Ullieh estaria aqui? Haveria uma possibilidade de vê-lo? Quanto tempo o meu espectro vagaria pela Terra? Corri até a rua de nosso marcante encontro. Lá estava a velha e escura casa de sempre. As flores exalavam o mesmo fascinante e atraente perfume. A porta fora aberta abruptamente. Uma onda de tensão e espanto era refletido na cara de meu anjo abatido. Ele estava bem na minha frente. Aos meus olhos, ele continuava a mesma criatura angelical de antes. Nenhum de nós acreditava naquele encontro, naquela imagem na sua frente. Uma brisa fria passou por nós. Anúbis latiu e entrou na casa.

Finalmente um sorriso desajeitado e tímido escapou de seus lábios secos e avermelhados. Mesmo sendo um espectro, eu podia sentir o seu toque. Lágrimas escoriam em minha face. Seu toque em meus cabelos e depois contornando os meus lábios, me estremeceu. Eu ainda podia ter todas aquelas sensações? Como ele conseguiu penetrar na profundidade de minha alma e me fazer sentir tão viva? Sendo um anjo caído da morte, ainda tinha tamanha habilidade? Ele segurou minhas mãos e caminhamos até a porta de sua casa. Lá, tão juntinhos e parados, olhávamos a neve que começava a cair (ALVES, 2015, p. 350 e 351).

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Música

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É um projeto artístico-musical (sem definição de gênero), que reflete um universo convidativo, confuso, desbravador, intenso e verdadeiro. O projeto é sobre o renascimento do indivíduo, a maneira como o ser humano pode buscar novas forças para superar os desafios, tirar de seu interior a luz que vai iluminá-lo quando o cair da noite trouxer as trevas, a positividade que toda a negatividade do mundo pode oferecer a sua vida!

The Kiss of my Justine* é sobre a busca do próprio ser, um encontro e aceitação de suas limitações, essências, amadurecimentos, descobertas... Funciona como uma espécie de yang (claridade, luz) atuando num yin (sombra), um antagonismo que sempre existirá no florescer de qualquer alma humana.

Aventure-se, nos embalos dos beijos dessa nova Justine e descubra um novo mundo, livre das correntes de injúrias, preconceitos e medos, no qual o verdadeiro horizonte irradia a luz que guia os transeuntes no caminho da autodescoberta.

*Justine é a personagem do livro homônimo do escritor francês Marques de Sade, sendo considerada a heroína da virtude, apesar de seu trágico fim, após sofrer nas mãos de seus algozes. Conheça mais sobre Justine, na "Revista Literatura e Música". Para mais detalhes, clique no link abaixo da imagem da revista.

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LINK: http://pt.slideshare.net/Raquelzinha29/justine-a-herona-da-virtude

Em meus diários iniciais, com a proposta de revelar um pouco da história da personagem que nomeia o blog, eu criei coragem, e libertei meu coração: foram as primeiras composições que eu havia criado, e que em dados momentos de desenvolvimento da história, se encaixavam perfeitamente com a temática em questão.

Agora, com uma espécie de nova roupagem, essas composições estão disponíveis no link a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=RdqziF7Ivas

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A quem você ofertaria uma rosa?

Esta segunda demo do projeto The Kiss of My Justine reflete o momento de incertezas que percorre o mundo em diferentes nações, atingindo nossos corações direta ou indiretamente independente do tipo de credo. Diante do avanço de sentimentos corruptos, pobreza, doenças, mortes, Justine encontra-se desorientada.

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Quando as esperanças de um mundo melhor sucumbem a escuridão, o que devemos fazer? Quando as suspeitas de nossas crenças são questionadas em respostas não obtidas, o que devemos fazer? Aventure-se nas canções da personagem Justine, cuja a rosa negra de suas mãos deverá ser ofertado no momento no qual diferentemente do nome em dadas religiões, este será o momento em que o joio será separado do trigo, em que o bem vencerá o mal, em que os justos serão recompensados de suas dores, em que as almas finalmente descasarão em paz:

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A grande novidade também na proposta deste projeto literário musical é a inserção de uma canção que aborda uma intertextualidade com o primeiro livro da saga BLACK WINGS: Meu pobre Anjo é a canção de amor que Ávila faz em homenagem ao misterioso ser que abala a sua concepção de amor.

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REFERÊNCIAS

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http://www.abbreviationfinder.org/pt/acronyms/kccs_koochiching-county-community-services.html

http://www.mulhervirtual.com.br/flor/lirodovale.html

http://plantas-ornamentais.blogspot.com.br/2013/08/lirio-do-brejo-muguet-convallaria.html

http://educacao.uol.com.br/biografias/florbela-espanca.jhtm

http://www.loismailoujones.com

http://ladyblackraven.blogspot.com.br/2015/02/uma-jornada-atraves-do-livro-canteburry.html

ALVES, Raquel. Black Wings. Clube de Autores, 2016.

NUNES, Padre Flávio. Angeologia. Instituto Teológico Gamalieh. Disponível em: http://atalaias.produtoraalphanet.com.br/admin/download/arquivos/Angelologia.pdf. Acessado em: 07 de maio de 2015.

PÉGUES, R. P. Tomás. A suma teológica de Santo Tomás de Aquino em forma de catecismo. O.P Editora. Taubaté, São Paulo, 1942. Disponível em: http://pt.slideshare.net/indexbonorvm/a-suma-teolgica-de-santo-toms-de-aquino-em-forma-de-catecismo. Acessado em 27 de maio de 2015.

ROCHA, Francisca Raquel Queiroz Alves. As características ultrarromânticas existentes no poema The Raven (O Corvo) de Edgar Allan Poe e na música/videoclipe Ravenheart (Coração de Corvo) da banda Xandria. Monografia apresentada a Universidade Regional do Cariri (URCA). Crato, 2011.

WEBER, Marilynn Carolson e William D. Weber. Anjos. Editora Vida. São Paulo- Sp, 1997.