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RevoluçõEs Liberais

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Page 1: RevoluçõEs Liberais
Page 2: RevoluçõEs Liberais

Revoluções Liberais

Nos Estados Unidos, em França e, mais tarde, em Portugal, sugiram

novos regimes políticos baseados nos ideais de liberdade, igualdade e

fraternidade entre todos os homens.

A soberania da Nação não estava já nas mãos de um rei absoluto, mas

nas do povo, que elegia os sues representantes.

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Revoluções Liberais

•Revolução Americana

4/Julho de 1776

Nascimento dos E.U.A

•Revolução Francesa

(1789)

•Revolução Portuguesa

(1820)

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Factores:

Atrofiamento económico das colónias inglesas da América do norte,

devido a publicação dos Actos de Navegação.

Falta de representatividade das colónias no Parlamento inglês.

Aumento dos impostos sobre o açúcar, o papel selado e o chã.

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1773- “Boston Tea Party” ( Em 1773, um grupo de habitantes de

Boston, disfarçados de Índios, lançaram ao mar, o carregamento de

três navios ingleses, que se encontravam ancorados no seu porto

1774- Congresso de Filadélfia os representantes das trezes

colónias exigem os mesmos direitos e liberdades dos habitantes de

Metrópole e recusam o exclusivo colonial.

1776- (4 Julho)- Declaração da independência.

1781- Batalha de Yorktown.

1783- Tratado de Versalhes: a Inglaterra reconhece oficialmente a

independência em colónias.

1787- Constituição Americana: aplicação dos princípios

iluministas.

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Divisão de poderesSoberania popularDireitos e liberdades dos cidadãos

São postos em pratica os princípios iluministas:

Poder Judicial - Tribunais

Poder legislativo – CongressoCâmara de representantes

Senado

Poder executivo - Presidente

Comandante do exercito e da

Marinha

Poder de concluir tratados

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O ambiente Pré-revolucionário

Desigualdade na distribuição da terra-2,5% da população (Clero e Nobreza)

detinham cerca de 40% da propriedade.

Grande desigualdade social: Embora a burguesia possuí –se elevado grau

de cultura e poder económico não lhe era possível ascender na sociedade,

pois não podia ocupar altos cargos na politica, no exército e na Igreja,.

Uso de técnicas rudimentares e uma série de maus anos agrícolas que

provocaram o aumento do preço dos cereais, o que por sua vez provocou

situações de fome e numerosos conflitos.

Concorrência dos produtos ingleses que eram de melhor qualidade que os

franceses. O que originou a falência de muitas fabricas o desemprego e a

baixa de salários.

As excessivas despesas por parte da Corte e bens de luxo e tambem na

guerra dos sete anos e no apoio dado á guerra da independência dos E.U.A

O aumento dos impostos a todos os grupos sociais (esta medida originou a

posição do Clero e da Nobreza, bem como um crescente descrédito no

regime absoluto)

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As queixas dos camponesesA esta classe camponesa tão útil (...) pelo seu trabalho, a propriedade de nada serve; os rendimentos da terra são devorados pelos impostos (...); o cavador coberto pelos farrapos da miséria só tem, para se deitar, um leito de palha e, por alimento, um pão grosseiro que, quantas vezes, apenas pode milhar nas suas lágrimas. Nem na infância conhece repouso: cavador aos sete anos, decrépito aos trinta, é esta a sua triste sorte.

Caderno de Queixas do

Terceiro Estado de

Poitiers (1789)

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40%

20

%

40%

Outros Clero e

Nobreza

Burguesia

Distribuição da

propriedade

População

Distribuição da propriedade pelos grupos sociais.

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Fases da Revolução Francesa:

Assembleia Nacional Constituinte:

Abolição do regime feudal (extinção de títulos da

Nobreza, abolição da dízima e dos direitos senhoriais)

Criação dos direitos do Homem do Cidadão

A França foi dotada de uma Constituição (1791)- O mais

importante documento da Nação baseava –se em dois

princípios: a separação de poderes e a soberania

popular.

Nacionalização dos bens do Clero

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Declaração dos direitos do homem e do cidadão.

Art. 1.º - Os homens nascem e permanecem

livres e iguais em direitos

Art. 2.º - (...) direitos naturais (...) do homem :

(...) a liberdade, a propriedade, a segurança e a

resistência á opressão

Art. 3.º - O principio de toda a soberania reside

essencialmente na nação

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Divisão tripartida de poderes

Assembleia

Nacional

Poder

legislativo

Rei

Executivo

Tribunais

Judicial

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Entre os anos de 1792 e 1794 instaurou-se em França, um regime ditatorial

liderado por Robespierre. Com isto acaba a Monarquia, dando-se inicio a um

novo regime politico designado de República (1792).

O período de Convenção foi marcado por uma série de perseguições e

execuções de todos aqueles que se oponham a liderança de Robespierre.

Foi nesta fase que se verificou a morte de D. Luís XVI (1793)

•Qual é o fim que pretendemos alcançar? A fruição pacífica da liberdade e da

igualdade (...). Queremos uma ordem de coisas em que as distinções nasçam da

igualdade, (...) em que a Pátria assegure o bem estar de cada individuo e em que

cada individuo goze com orgulho a prosperidade e a glória da Pátria. (...) a força do

governo popular em revolução é, ao mesmo tempo, a virtude e o terror. O terror

não é outra coisa senão uma justiça pronta, severa, inflexível (...) O governo da

Revolução é o despotismo da liberdade contra a tirania

Discurso de Robespierre, 07/02/1794

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O poder executivo estava entregue a um conjunto de cinco

directores. Foi um período onde se restabeleceu a vida de

ostentação, porém a ineficácia do Directório na resolução dos

problemas internos criou uma situação de grande instabilidade. Foi

neste contexto que Napoleão tomou o poder através de um golpe

de Estado

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O poder executivo foi entregue então a três Cônsules, destacando-se

como 1º Cônsule Napoleão Bonaparte que com o poder da Burguesia

e do povo tornou-se Cônsule Vitalício (1802) e Mais tarde Imperador de

todos os Franceses (1804).

As principais medidas tomadas por Napoleão foram a reorganização

da administração e ordem internas; a publicação do código do Civil que

conferia a todos os cidadãos a igualdade perante a lei e o direito á

propriedade; criação do banco de França e o estabelecimento da

Concordata.

Externamente Napoleão procurou dominar a Europa através de uma

politica expansionistas.

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Podemos destacar como Carácter Universal da Revolução Francesa o

desenvolvimento das ideias liberais que se basearam nos direitos e

liberdades do cidadão e na soberania da Nação; com o triunfo das

ideologias liberais nota-se o termo dos regimes absolutos e deram lugar

a uma monarquia constitucional e esta mais tarde á República; o fim da

Sociedade de ordens que origina uma sociedade de classes; a

separação do poder temporal ( poder do Estado ) do poder Espirital (

poder da Igreja ); um triunfo do liberalismo económico e de livre

concorrência (economia do mercado) no qual e Estado não tinha uma

participação muito relevante; e ainda a repercussão de um lema

Liberdade, Igualdade e Fraternidade por toda a Europa e América Latina

que originou novas revoluções e sucessivos movimentos autonomistas,

como por exemplo podemos destacar a Revolução Espanhola em 1812,

a Revolução Portuguesa em 1820 e a Revolução Brasileira em

1821/1822.

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Invasões Francesas:

1ª Invasão 1807 (Junot)

2ª Invasão 1809 ( Soult)

3ª Invasão 1810 (Massena)

A primeira invasão Francesa

Em 1807, o general (...) Junot atravessou a fronteira portuguesa com um poderoso exercito (...).

Em Lisboa, a família real, o Governo e centenas de pessoa carregadas de livros, de alfaias preciosas e arquivos; embarcaram para o Brasil (...).

Junot governou o país como terra conquistada sob ocupação militar estrangeira.

Uns 50 000 soldados franceses e espanhóis espalharam-se por toda a Nação, confiscando, pilhando, roubando, matando e prendendo a seu bel prazer

A.H. de Oliveira Marques

Historia de Portugal, vol. II

(adaptado)

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Fuga da Família Real para o Brasil ( entrega da governação de Portugal

a uma Regência de 5 governadores )

Situação de caos económico (paralisação do comercio e da industria,

vias se comunicação destruídas... )

Aproveitamento da conjuntura favorável por parte de Inglaterra ( a

Inglaterra beneficia com facilidade de comercio com o Brasil dada pelo rei

D. João VI, prejudicando gravemente a burguesia portuguesa que assim

não consegue grande capacidade competitiva)

A agricultura portuguesa estava pouco desenvolvida, presa ainda a um

cariz feudal

A débil industria nacional não aguentou a concorrência dos produtos

ingleses

A balança comercial portuguesa estava com um forte deficit

Ao militares estavam descontentes uma vez que tinham salários baixos

e os mais altos cargos eram ocupados pelos oficiais ingleses

Page 19: RevoluçõEs Liberais

Perante este descontentamento geral, as ideias liberais vão-se

propagando quer por iniciativa da maçonaria, quer por influencia de

exilados políticos. Assim, após algumas tentativas de revolta, no dia

20 de Agosto de 1820, inicia-se, na cidade do porto a revolução. Cai

a regência em Lisboa, é formada a Junta provisional e organizam-se

as eleições para deputados ás Cortes Constituintes.

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A acção das Cortes Constituintes

Exigiram o regresso do rei D. João VI do Brasil

Aboliram os privilégios e direitos senhoriais

Extinguiram o Tribunal do Santo Oficio e acabaram com a

censura previa ( acabou a Inquisição)

Nacionalizaram os bens do Clero

Em 1822, as Cortes Constituintes aprovaram a 1ª

Constituição Portuguesa que estabelecia direitos e deveres

dos indivíduos, garantia a soberania da Nação e proclamava

a divisão tripartida de poderes

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Poder executivo

Rei

Governo

(Ministros do Estado)

Poder legislativo

CORTES

(Deputados eleitos por 2 anos)

Eleitores

(Sufrágio directo com restrições)

Nomeia

Elege

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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A independência do Brasil ocorreu a 07 de Setembro de 1822

mediante a pressão de uma possível recolonização.

O Brasil beneficiara com a abertura dos seus portos a outras

nações, nomeadamente à Inglaterra.

Em 1815, aquando da estada da corte no Brasil, decretou-se o

Reino de Portugal, Brasil e Algarve, deixando o Brasil de ter

estatuto de colónia.

A criação da Junta do Comércio, Agricultura e Navegação

permitiu a livre circulação de indústrias e assim o próspero

desenvolvimento económico do Brasil.

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A CARTA CONSTITUCIONAL DE 1826

D. João VI regressa a Portugal e aceita a Constituição de 1822,

porém o descontentamento aumenta e com ele, o saudosismo pelo

regime absoluto.

Com a morte de D. João VI (1826), o seu legitimo herdeiro, D.

Pedro IV abdica do trono a favor da sua filha D. Maria da Glória,

entregando a regência a seu irmão D. Miguel. Este deveria

governar de acordo com a Carta Constitucional que, entretanto

D. Pedro IV tinha outorgado a Portugal.

A Carta Constitucional atribuía ao rei o Poder Moderador, o que

lhe garantia o direito de veto sobre as decisões das Cortes -

supremacia do poder executivo sobre o poder legislativo

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A GUERRA CIVIL

Após o regresso do exílio D. Miguel, foi proclamado rei

absuluto em Cortes que entretanto convocara.

Guerra Civil – 1828/1834: D. Pedro consegue o apoio

de França e Inglaterra e, a partir dos Açores,

organizou um exército que desembarcou no Porto e

ocupou a cidade (1832)

1834 – Convenção de Évora-Monte: marca a vitória

definitiva do liberalismo em Portugal

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INSTABILIDADE POLÍTICA

1836 – Revolta de Setembro (setembrismo) – restauração

da Constituição de 1822

Golpe de Estado de Costa Cabral e reposição da Carta

Constitucional (1842)

Revoltas populares da Maria da Fonte (1846) e da Patuleia

(1847)

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O LIBERALISMO EM PORTUGAL

Medidas de Mouzinho da Silveira (1832/1843):

- extinção dos morgadios;

- abolição dos direitos feudais

- reforma da administração pública

- extinção da dízima

- liberalização do comércio e da pequena indústria

Em 1833, Ferreira Borges publica o Código Comercial.

EM 1834, Joaquim António de Aguiar promoveu a abolição das ordens

religiosas.