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Segunda chance

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: abril/2011

Transcrição:

Vanessa Coelho

Copidesque:

Nicibel Silva

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Matheus Freitas

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Introdução

Normalmente, as pessoas buscam por algo novo na vida; no coração do ser humano há esse desejo de se realizar, mesmo diante das frustrações e fracassos, muitos querem e buscam uma nova oportunidade na vida. Diante das aflições, da agonia, muitos pen-samentos vêm à mente e um deles é: “Ah, como seria maravilhoso se eu pudesse ter uma nova chance, uma nova oportunidade, para fazer tudo diferente”. Querido, a nossa vida é marcada pelos recomeços. Não deixe que a dúvida ou a incredulidade encha o seu coração, pois o nosso Deus é o Deus da segunda chance. Ele é misericordioso, gracioso, e nos oferece uma nova

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oportunidade. A cada manhã as misericórdias do Se-nhor se renovam. Deus é um Deus longânimo, que nos proporciona a graça do recomeço a cada dia.

Existem pessoas que começam a vida de uma for-ma tão linda, buscando ao Senhor, se rendendo dian-te dele, pessoas que têm o pecado como um acidente, mas que, de repente, deixam de depender de Deus desviando-se dos caminhos que o Senhor traçou para elas. Ao fazer escolhas erradas, não se arrependendo diante do Senhor, acabam terminando a vida de uma forma tão triste e dolorosa. Entretanto, há pessoas que vivem uma vida inteira no erro, nunca reconhecem que precisam de Deus, e terminam a vida mal, como consequência dos próprios atos. E por fim, há outros que começam bem e depois se desviam por um cami-nho mal, mas seus olhos são abertos e se rendem aos pés do Senhor; arrependidos clamam por uma nova chance, alcançam a misericórdia de Deus e acabam muito bem. Na vida, é como termina é que conta.

O Deus que nos dá uma nova oportunidade, que nos dá uma segunda chance não é um Deus rígido, inflexível. Ele está sempre disposto a nos conceder uma segunda chance. Deus nunca desiste de nós. Ele está sempre disposto a nos ouvir, nos guiar por

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um caminho diferente daquele que muitas vezes escolhemos, ou seja, o caminho do erro, do peca-do, das frustrações. Ele nos guia por um caminho melhor, para o propósito que Ele mesmo tem para cada um de nós. O Pai celestial é bom, é amável, é bondoso, paciente. E Ele sempre escreve uma nova história para mim e para você. Quando clamamos por uma segunda chance, o Senhor tem prazer em transformar nossa vida, em escrever uma nova histó-ria de vida. Sansão experimentou muito da bondade e longanimidade de Deus. Entre os contemporâneos de Sansão, não houve um homem que tivesse expe-rimentado tanto da longanimidade de Deus como Sansão. Ele teve muito mais que uma segunda chan-ce. Sansão teve um início cheio da graça de Deus, ele foi escolhido desde o ventre da sua mãe para livrar Israel do poder dos filisteus (Juízes 13.5). Mas no meio do caminho, como todo ser humano sujeito a erros, ele tropeçou, escolheu andar por um caminho de pecado, cedendo à tentação, caminhando por lu-gares onde um homem consagrado ao Senhor não poderia estar (veja Juízes 14 e 16). Mas Deus o aben-çoava, e por misericórdia e graça, lhe dava novas oportunidades. Talvez você tenha caído, tropeçado,

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e quem sabe hoje esteja gritando por uma segunda chance, por uma nova oportunidade. Se sua vida tem sido marcada por erros, quedas, fracassos, não desista, querido, não coloque um ponto final na sua vida, porque Deus está sempre disposto a lhe dar uma nova oportunidade. Nesta mensagem mostra-rei através da história de vida de Sansão, que Deus é o Deus da segunda chance. Este homem clamou por uma segunda chance, uma nova oportunidade para mudar sua história de vida. Na vida, como termina é que conta. E Sansão queria que sua vida terminasse de forma diferente.

“Senhor, a tua Palavra é a verdade, e que esta verda-de venha a encher o coração de cada leitor agora. Que eles possam reconhecer a sua bondade e misericórdia. Tu és o Deus que nos concede a cada manhã uma nova chance, uma nova oportunidade para sermos nova criatura. E que esta Palavra venha a florescer no nosso coração, trazendo mudança, quebrantamento e con-sagração. Deus, tu és Senhor da nossa vida, tua és a força, tudo vem de ti, reconhecemos nesta hora a tua grandeza e o teu poder, na tua força é que somos fortes, pois o seu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Seja feita a tua vontade Senhor; em nome de Jesus! Amém!”

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Consagração

“Tendo os filhos de Israel tornado a fazer o que era mau perante o Senhor, este os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos. Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. Apareceu o Anjo do Senhor a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará na-valha; por quanto o menino será nazireu consagrado

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a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus”. (Juízes 13, versos de 1 a 5.)

Neste texto, lemos que Sansão foi escolhido desde o ventre materno. Um anjo apareceu a seus pais dizendo-lhes que teriam um filho, e esse filho seria consagrado a Deus desde o ventre. Deus não faz acepção de pessoas, Ele não escolhe uns para abençoar e outros para amaldiçoar. O Senhor não escolhe uns para viver uma vida plena e outros para viver uma vida de privações. Não mesmo. O Senhor nos viu quando éramos uma substância ainda infor-me e determinou os nossos dias, quando nenhum deles existia, conforme nos mostra o Salmo 139, verso 16: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”. O nosso Deus é o alfa e ômega, princípio e o fim (Apocalipse 1.8). Ele nos conhece desde o princípio até o nosso fim. Ele nos conheceu quando éramos ainda sem forma, ape-nas um projeto, e da mesma forma Deus conheceu Sansão, um nazireu, consagrado ao Senhor. E para que você entenda um pouco mais sobre o nazireu,

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vamos ao texto sagrado de Números, capítulo 6, versos de 1 a 7. Nele, encontramos três proibições àquele, na época, que era nazireu, ou seja, consa-grado ao Senhor. Vejamos:

“Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém, seja homem seja mulher, fizer voto especial, o voto de nazireu, a fim de consa-grar-se para o Senhor, abster-se-á de vinho e de bebi-da forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas. Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde as sementes até às cascas. Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou ao Senhor, santo será, deixando crescer li-vremente a cabeleira. Todos os dias da sua consagra-ção para o Senhor, não se aproximará de um cadáver. Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará, quando mor-rerem; porquanto o nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça”.

Aos nazireus era proibido comer ou beber qual-quer produto proveniente da uva, cortar os cabelos

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e tocar em cadáveres. Antes mesmo do nascimento de Sansão, seus pais receberam uma revelação do anjo do Senhor de que ele seria nazireu. E a primei-ra proibição na vida de um nazireu era o vinho. Ou seja, ao nazireu não era permitido beber vinho, pois se bebesse de algum produto procedente da uva seria contaminado. Mas o vinho na Bíblia simboli-za alegria, prazer. O primeiro milagre de Jesus foi transformar a água em vinho, para mostrar que o propósito principal da sua obra seria transformar a vida natural do homem, de água insípida, inodora, incolor, numa vida plena e abundante.

Em Efésios capítulo 5, verso 18, o apóstolo Paulo compara o enchimento do Espírito Santo à embria-guês do vinho: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Esta era a razão pela qual Deus determinou que o nazireu não pudesse beber vinho, ou seja, era para mostrar que o prazer maior do nazireu, seu maior deleite, seria a pessoa do Senhor. O nazireu renun-ciaria todo prazer, todo deleite carnal, a fim de con-sagrar-se inteiramente ao Senhor. Da mesma forma que a nossa consagração perde sentido se não es-tivermos no amor do Senhor, o prazer de andar na

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sua presença sem esta consagração vai se tornar simplesmente um ato religioso, legalista. A nossa fé ao Senhor será simplesmente um ato de religiosida-de, sem ter verdadeiramente intimidade com Deus, sem estar totalmente em comunhão com Ele, pois o nosso amor estará nas coisas, nas convenções ditadas pelo homem, no amor às regras humanas. Então, tudo isso explica, em parte, o motivo da proi-bição do vinho ao nazireu, ele precisava entender que a fonte do seu prazer não poderia ser as coisas, mas o Senhor. Deus é a fonte de prazer.

A segunda proibição na vida do nazireu era que ele não podia cortar o cabelo. O cabelo do nazireu era o sinal notório de seu chamado. Paulo se refere ao cabelo em 1 Coríntios capítulo 11, versos 10 a 15, da seguinte maneira:

“Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, tra-zer véu na cabeça, como sinal de autoridade. No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus. Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu? Ou não vos ensina a própria natureza ser

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desonroso para o homem usar cabelo comprido? E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o ca-belo lhe foi dado em lugar de mantilha”.

A Palavra de Deus diz que para o homem é vergo-nhoso usar o cabelo comprido. Mas para a mulher é sinal de submissão. De um lado temos a consagração ao Senhor, entretanto, essa entrega ao Senhor, esta consagração absoluta a Deus pode se tornar motivo de vergonha e zombaria por parte de algumas pes-soas. Naquela época, o cabelo comprido de Sansão era motivo de zombaria, de escárnio, talvez ele fosse o único que mantinha os cabelos compridos, e, por isso, fosse criticado pelos colegas de infância. Talvez hoje, o motivo de zombaria não seja o cabelo com-prido, mas uma vida santa, uma vida irrepreensível, é a moça solteira que se guarda para o futuro marido, o homem puro, íntegro; tudo isso pode ser motivo de deboche, de risadas. Exatamente pela nossa con-sagração podemos ser humilhados através de excla-mações cheias de escárnio, de zombaria, podemos dizer que ela sempre envolverá a disposição para o sofrimento e aflições. Contudo, a consagração, aos olhos do Pai, expressa submissão e reconhecimen-to ao Senhorio do Senhor Jesus Cristo sobre nós. E é

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isso que verdadeiramente tem valor. Então, o cabelo comprido do nazireu era o sinal mais evidente da sua consagração, ele simbolizava submissão e obediên-cia ao Senhor.

A terceira proibição na vida de um nazireu era que ele não podia tocar em cadáver. Quando uma pessoa é consagrada ao Senhor, ela não pode dar lugar ao pecado. Ser consagrado ao Senhor signifi-ca rejeitar tudo que estiver impregnado de morte, significa não tocar em nada que cheira morte, por isso o nazireu não podia tocar em cadáver algum.

Jesus é o nosso exemplo de consagração, e Ele não pecou em nenhum momento de sua vida. Mes-mo diante das tentações Ele resistiu ao diabo. Em Mateus capítulo 4, versos 1 a 11, encontramos o diabo tentando Jesus, mas vemos Jesus resistindo ao diabo com a própria Palavra de Deus. Enquanto Jesus se consagrava ao Senhor, no deserto, o diabo tentava contra Ele. Vejamos o texto:

“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar qua-renta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o ten-tador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.

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Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ain-da o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.

Na nossa vida, também somos tentados. O diabo deseja destruir a nossa consagração. Por meio dele, da carne e do mundo podemos ser destruídos. Veja o que texto em Gálatas, capítulo 5, verso 17, nos re-vela acerca da carne: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”. Em todas as coisas somos tentados. O

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diabo, a carne e o mundo lançam tentações em nossa mente, contra nosso espírito em todo o tempo. Mas a Palavra de Deus diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. (1 Coríntios 10.13.)

Sobre o mundo, a Palavra de Deus nos ensina a não amá-lo e nem as coisas que há nele. Ela diz que “se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”. (1 João 2.15.) Amado, quando temos essa compreensão de que o mundo e tudo o que nele há é morte, entendemos que não podemos amar o mundo, pois se o amarmos mais do que a Deus, o Senhor não estará em nós. O príncipe deste mun-do veio para matar, roubar e destruir. A nossa carne nos leva à morte, e, por isso, o nazireu não podia to-car em nada que estivesse morto, ele não podia ter contato com cadáveres. O pior inimigo de Deus é a morte. Não a morte física, mas a morte espiritual. Quando você não consegue mais sentir Deus, não consegue mais discernir as coisas de Deus para sua vida. A Bíblia diz que há caminhos que aos olhos do homem parece reto, mas ao cabo dá em caminhos

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de morte (Provérbios 14.12). Cuidado, não escolha caminhos de morte, escolha o caminho de Jesus. Escolha se consagrar diante do Senhor a cada novo dia. Entregue a Ele toda a sua vida e creia que Ele tem propósitos lindos para sua vida. Não se entre-gue a morte, ao pecado, fique longe de tudo aquilo que possa matá-lo espiritualmente. Tantas coisas podem nos afastar de Deus. O mundo nos oferece tantos banquetes contaminados, e estes podem ser aquele filme inconveniente que você vê na televi-são, ou aquele site impróprio que você acessa. Isso é tocar na morte, é desagradar o coração do Senhor, é entristecer o Espírito Santo. Precisamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, porque Jesus era puro de coração e de alma. Ele era um Cordeiro irrepreen-sível. Vigie sempre, não deixe que o diabo roube a sua fé, a sua atitude de cordeiro, seja como Jesus. Para vencer o diabo basta repreendê-lo e resisti-lo pela fé. Para vencer o pecado, basta confessá-lo e crer no poder do sangue do Cordeiro que é Jesus. E a morte, no entanto, precisa ser vencida através da comunhão, do amor do Pai.

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a Consagração

traz força

Assim como Sansão, nós somos nazireus consa-grados ao Senhor. E por causa dessa consagração precisamos rejeitar tudo aquilo que possa nos levar ao pecado. Mas isso não significa que vamos exibir um selo de consagração, seja por meio do compri-mento do cabelo ou de qualquer outra coisa. A nos-sa consagração estar em ter uma vida reta diante

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de Deus, em andarmos sempre guiados por Ele, em comunhão e demonstrando isso no nosso modo de vida.

Em Juízes capítulo 13, versos 24 a 25, está escri-to: “Depois, deu a mulher à luz um filho e lhe chamou Sansão; o menino cresceu, e o Senhor o abençoou. E o Espírito do Senhor passou a incitá-lo em Maané-Dã, entre Zorá e Estaol”. Ou seja, a marca da consagração traz a direção do Espírito. Muitas pessoas desejam ser orientadas pelo Senhor, ser guiadas pelo o Es-pírito Santo, mas para que isso aconteça é preciso ter a marca da consagração, é preciso que tenha-mos uma vida diante de Deus. Uma vida agradável ao Espírito Santo de Deus. Muitos irmãos não são cheios do Espírito, simplesmente porque não têm o coração consagrado a Deus. A consagração é uma das condições para sermos usados por Deus. Eu não me refiro a uma consagração legalista, religiosa, mas um coração que realmente deseja a presença de Deus; porque a verdadeira consagração traz a unção, e a unção do Senhor vem com a comunhão, intimidade com Deus. A unção do Senhor vem com uma vida quebrantada pelo Espírito Santo, a con-sagração traz força. E na vida de Sansão podemos

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constatar isso, pois ele possuía uma força que não vinha dele próprio, mas do próprio Deus. Para mim, Sansão não era um homem forte fisicamente, mas um homem comum, ou até mesmo franzino, que causava admiração às pessoas por conta do físico e da força que ele tinha. Talvez até se perguntavam: “De onde vem a força desse homem? De onde vem o poder dele”? Sansão dizimava um exército de ini-migos sem nada nas mãos. Ele rasgou um leão ao meio, arrancou a porta da cidade de Gaza e a carre-gou em seus ombros (Juízes 16.1-3).

A consagração traz unção e a unção traz poder. Existem pessoas que querem o poder, mas o poder sem a unção, sem a consagração é um desastre. É como o carisma sem caráter. O poder tem que ser resultado da unção, mas a unção é resultado da consagração. Para Sansão nazireu, a consagração trazia unção. E com a unção resultante da consagra-ção tinha a força necessária para vencer os inimigos.

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Quando a Consagração

é Quebrada

O inimigo quer destruir a nossa consagração, a nossa fonte de força espiritual, a unção do Espírito. O diabo sabe que sem a unção não temos poder. Então, ele procura nos seduzir com o intuito de quebrar nossa consagração espiritual. Em Juízes, capítulo 14, versos de 1 a 9, temos o relato do que aconteceu com Sansão:

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“Desceu Sansão a Timma; vendo em Timma uma das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timma, das filhas dos filis-teus; tomai-ma, pois, por esposa. Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Dis-se Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado. Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do Senhor, pois este procurava ocasião contra os filisteus; porquanto, naquele tempo, os filisteus dominavam sobre Israel. Desceu, pois, com seu pai e sua mãe a Timna; e, chegando às vinhas de Timna, eis que um leão novo, bra-mando, lhe saiu ao encontro. Então, o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito, sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera. Desceu, e falou àquela mulher, e dela se agradou. Depois de alguns dias, voltou ele para a tomar; e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que, neste, havia um enxame de abelhas com mel. Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele; e chegando a seu pai e a sua mãe, deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara”.

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Sansão gostava de ir a lugares em que não de-veria estar. Mesmo sabendo que não poderia beber vinho, Sansão passeava pelas vinhas de Timna. Ele não podia beber do vinho, não podia comer do fru-to da videira, mas gostava de se deliciar nas som-bras das parreiras. Sansão não se contentava em ficar de longe, sempre arrumava uma maneira de passar perto das parreiras. Talvez você esteja viven-do algo parecido, tendo atitudes como as de San-são. Você sabe que não pode, mas fica passeando por lugares, por situações onde não deveria estar. É como brincar à beira do abismo, achar que não é perigoso, que pode controlar, que não vai cair, mas, de repente, a queda. Não ande por lugares que po-dem tirá-lo da consagração. Você pode achar que é forte, que não vai ceder, não vai se entregar, mas existe um ditado popular que diz: “Quem brinca com fogo, acaba se queimando”. A Bíblia diz: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam”. (1 Coríntios 10.23.)

O diabo é muito astuto, ele não nos conduz dire-tamente ao pecado, primeiramente ele nos conven-ce de que não há nada de errado em passear entre as parreiras, em sentir o cheiro das uvas. Ele nos

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induz através do espírito de engano, de que não precisamos comer do fruto, mas podemos fazer dali nosso lugar de caminhada. Nada vai acontecer, mas isso é mentira dele. Acredite que não é seguro an-darmos por lugares onde sabemos que poderemos ceder à tentação.

Em Juízes 14, versos 8 e 9 diz que depois de al-guns dias Sansão voltou para a tomar a mulher e “apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que, neste, havia um enxame de abelhas com mel. Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele; e chegando a seu pai e a sua mãe, deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara”

O verso 6 diz: “Então, o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito, sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera”. Ele matou o leão e depois voltou para vê-lo, ao encon-trar a carcaça do leão, viu que havia ali um enxame de abelhas com mel. Sansão era nazireu, ele não po-dia tocar em cadáver, mas ele pegou um favo de mel, o comeu e ainda deu a seus pais, que também co-meram, porém não sabiam de onde vinha. O diabo

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sempre vai colocar mel no que é proibido. Ele coloca mel nas coisas do mundo para atrair você, para que veja os programas de televisão, os mais perversos, acreditando não estar fazendo nada demais. Cuida-do com o mel que ele coloca, pois ele quer roubar a sua consagração.

Há uma frase muito comum dita em nosso meio: “Fulano caiu em adultério”, mas na verdade, uma pessoa cheia do Espírito Santo não pode cair em pecado. Isso é um processo, tal como aconte-ceu com Sansão, ele, progressivamente, deu lugar ao diabo, tocando nas coisas que não deveria tocar, quebrando a consagração, e isso pode acontecer com aquele que brinca com o inimigo. Como já vi-mos, o nazireu não podia tocar em cadáver, e sabe-dor disso, satanás colocou mel no leão morto para iludir Sansão. Ele deveria estar atento quanto a isso, quanto às escolhas que tinha que fazer, pois toda escolha gera uma consequência, e quando quebra-mos a consagração sofremos as consequências des-te rompimento.

Muitos são aqueles que vivem uma vida vazia, cheia de destruição, porque romperam a consagra-ção. São tantas as situações que o diabo utiliza o mel

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para atrair as pessoas ao pecado, para que elas que-brem a consagração. Tudo isso é muito sutil, pode vir por meio daquela novela que exibe cenas de adulté-rio, cheia de pornografia, da internet, de uma revista, de uma conversa, enfim, as estratégias de satanás podem parecer comuns, mas elas são destruidoras, minam a nossa comunhão com o Pai. Alguns acre-ditam que com eles nada irá acontecer: “Ah, não faz mal, olhar, não vai fazer nenhum mal se eu só olhar”. Fuja do engano. Fique alerta. Vigie em todo tempo!

As táticas que o diabo usou na vida de Sansão o seduziram, mas não o derrotaram. Primeiro, ele foi caminhar entre as vinhas, depois tocou no mel do corpo do leão morto, mas nada disso foi suficiente para tirar a unção de Sansão, por isso o diabo usou uma mulher para enganá-lo, cortando os cabelos dele, tirando, assim, toda a força que ele tinha. San-são foi entregue a Dalila, aos filisteus e levado para o cárcere. Ali ele teve seus olhos furados e o obrigaram a trabalhar girando um moinho, conforme relato bí-blico.

Em Juízes, capítulo 16, versos 19 a 22, está escrito:“Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e,

tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete

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tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força. E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse con-sigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amar-raram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere. E o cabelo da sua cabeça, logo após ser rapado, começou a crescer de novo”.

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a segunda ChanCe

Quando vivenciamos a quebra da consagração, experimentamos a realidade das consequências imediatas desta quebra: a primeira consequência é a perda do poder de vencer o pecado para subjugar o inimigo. Antes vimos Sansão subjugando o ini-migo, sempre vitorioso, mas quando seu cabelo foi cortado, houve a quebra da consagração e ele per-deu toda a sua força, o poder para vencer o pecado e o poder de subjugar o inimigo. A segunda conse-quência é que perdemos a liberdade conquistada

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em Cristo Jesus. Existem pessoas que foram libertas pelo Senhor, mas que hoje estão vivendo debaixo das cadeias do diabo, assim como Sansão que se encontrava no fundo do cárcere acorrentado, fa-zendo um trabalho iníquo. A terceira consequência é a perda da visão, do discernimento, da sensibilida-de espiritual. Sansão perdeu a visão, teve seus olhos furados. E por fim, a perda da direção espiritual, por causa das cadeias espirituais que nos prendem. A pessoa, então, passa a andar em círculos, e aquele que fica andando em círculos não sai do lugar. San-são estava no cárcere, amarrado com duas cadeias de bronze, girando um moinho, fazendo o trabalho de um animal. Deus tem algo diferente para nós. O Senhor quer nos encher com a sua unção, Ele de-seja que sejamos cheios do Espírito Santo. A con-sagração é sempre seguida pela unção, e todas as vezes que o óleo desce sobre nós, a luz do Senhor ilumina o nosso interior. Dessa forma, sabemos para onde ir, e aonde devemos chegar. Quando não há consagração, muitas vezes, gastamos tanta energia e não produzimos praticamente nada em virtude das cadeias espirituais que estão nos prendendo, nos subjugando. Mas se a unção estiver sobre nós,

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o Senhor nos capacita a ver o que os outros não veem, e a fazer o que outros não conseguem fazer. Deus não tem para seus filhos uma vida de derrota, de fracassos. O nosso Deus é longânimo, é o Deus da segunda chance, a cada manhã as suas miseri-córdias se renovam. E foi exatamente isso que Deus fez a Sansão.

Em Juízes 12, verso 22 diz: “E o cabelo da sua cabeça, logo após ser rapado, começou a crescer de novo”. Instantaneamente o cabelo de Sansão cres-ceu. O nosso Deus é um Deus de milagre, o poder de Deus na vida de Sansão começou a ser restau-rado. Sansão teve uma vida desregrada, quebrou a consagração, mas Deus é um Deus de restauração. Ele não desiste de nós, não desiste de você, querido leitor!

Deus deu a Sansão uma nova oportunidade, diz a Palavra que ele clamou ao Senhor e disse: “Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos”. (Juízes 16.28.) Sansão teve uma nova chance. Quando ele clamou pelo Senhor, sua força foi restaurada, Deus restau-rou-lhe a consagração quando ele reconheceu que

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Deus era o Senhor, e que a força que ele precisava vinha de Deus. Sendo assim, Sansão pôde extermi-nar os inimigos que o aprisionavam. A Palavra diz que Sansão abraçou as duas colunas que sustenta-vam a casa onde todos os filisteus estavam, fazendo força sobre elas, e aquela casa caiu sobre ele e sobre os filisteus, matando-os. E maior foi o número de mortos por Sansão na sua morte do que os que ele matou em vida (Juízes 16.29-30). Jamais podemos nos esquecer do poder de Deus que se manifesta na nossa fraqueza (2 Coríntios 12.9).

Hoje, Deus quer te dar uma segunda chance, não importa o que você tenha feito, onde você caiu, Ele estende as mãos para que você possa se levantar. O Deus que deu o seu filho unigênito para morrer ali na cruz, Ele é o mesmo, Ele conhece o seu coração, sabe de tudo o que você tem vivido, e está de braços aber-tos para recebê-lo, basta que você abra o seu coração e deixe que Ele entre. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. (Apocalipse 3.20.) Ele ouve o clamor dos seus lábios, clame a Ele nesta hora, assim como Ele restaurou a força de San-são, sendo ele vitorioso até mesmo na sua morte,

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assim Ele é com você. Ele tem uma segunda chance para lhe dar. Ele quer curá-lo, restaurá-lo, transformá-lo numa nova criatura. O nosso Deus é bondoso, a sua longanimidade dura para sempre. Ele levou so-bre si todas as nossas dores, os nossos pecados, para que tivéssemos uma nova vida, uma nova oportuni-dade. Abra os olhos do seu coração e contemple essa realidade.

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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Jesus te aMa e Quer

VoCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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